estado de goiÁs secretaria de estado da segurança pública
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ESTADO DE GOIÁS
Secretaria de Estado da Segurança Pública
Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás
Academia Bombeiro Militar
Curso de Formação de Oficiais
PROPOSTA DE CUIDADOS PARA CONSERVAÇÃO DAS MANGUEIRAS DE
INCÊNDIO APÓS AS OCORRÊNCIAS, NO ÂMBITO DO CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS.
DÉRIKI SULLIVAN CASTRO
GOIÂNIA
2014
DÉRIKI SULLIVAN CASTRO
PROPOSTA DE CUIDADOS PARA CONSERVAÇÃO DAS MANGUEIRAS DE
INCÊNDIO APÓS AS OCORRÊNCIAS, NO ÂMBITO DO CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS.
GOIÂNIA
2014
Artigo monográfico apresentado como
exigência para conclusão do Curso de
Formação de Oficiais 2012/2 do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado de Goiás sob
orientação do Cap. QOC BM Gustavo
Moura Jorge
DÉRIKI SULLIVAN CASTRO
PROPOSTA DE CUIDADOS PARA CONSERVAÇÃO DAS MANGUEIRAS DE
INCÊNDIO APÓS AS OCORRÊNCIAS, NO ÂMBITO DO CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS.
APROVADO POR:
_____________________________________________
TC QOC – Jonas Henrique Moreira Bueno
_____________________________________________
TC QOC – Ami de Souza Conceição
_____________________________________________
Maj QOC – Emerson Divino G. Ferreira
GOIÂNIA
2014
Artigo apresentado como exigência para
conclusão do Curso de Formação de
Oficiais 2012/2 do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Goiás sob orientação
do Cap. QOC BM Gustavo Moura Jorge
Avaliado em ______/_____/_______
“Um ao outro ajudou,
e ao seu companheiro disse:
Esforça-te.”
Isaias 41:06
Palavra da Salvação
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente pela paciência, força, inteligência e
saúde dispensada sobre este pequeno ser;
Agradeço a minha esposa por estar ao meu lado suportado as
incertezas desta missão;
Agradeço ao meu orientador por ter empenhado junto comigo forças
para enfrentar esta batalha;
Agradeço a meus pares pelas contribuições positivas que me ajudaram
a chegar a este momento.
RESUMO
A falta de um procedimento único e padrão dentro das ações
realizadas pelos militares do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, dado o
trato com as mangueiras de incêndio, assim como sua inadequada aplicação e
principalmente a carência de uma estrutura básica para manejo, limpeza e
conservação, nos exige propor formas de agir. Normas Técnicas, recomendações
dos fabricantes e ações aplicadas em empresas de ponta fornecem o
direcionamento. Este trabalho procura propor alternativas que sejam viáveis à
nossas estruturas padrão. De forma simples e pouco dispendiosa conceder meios
para uma correta conservação e manutenção das mangueiras de incêndio, evitando
surpresas desagradáveis em possíveis sinistros, assim como macular a credibilidade
do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás perante a sociedade e,
sobretudo, fazer um bom uso do dinheiro público evitado reposições desnecessárias
e não planejadas.
Palavra-chave: CECIU – Combate a Incêndio Urbano; Mangueiras de
Combate a Incêndio. Conservação e Manutenção. Corpo de Bombeiros.
ABSTRACT
The lack of a single standard within the military actions taken by the
Fire Fighting of the State of Goiás, given the deal with fire hoses procedure as
inadequate implementation and especially the lack of a basic structure for handling,
cleaning and conservation, requires us to propose ways of acting. Technical
Standards, manufacturers' recommendations and actions implemented at leading
companies provide the direction. This paper aims to propose alternatives that are
viable to our standard structures. A simple and inexpensive means to provide a
correct conservation and maintenance of fire hoses, avoiding unpleasant surprises in
potential losses as well as tarnish the credibility of the Fire Fighting of the State of
Goiás in society and, above all, make a good use of public funds avoided
unnecessary and unplanned replacements.
Keyword: CECIU - Urban Fire Fighting; Fire Fighting hoses.
Conservation and Maintenance.Fire Department.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10
2. REFERÊNCIAL TEORICO ................................................................................. 12
3. AS MANGUEIRAS ............................................................................................. 13
3.1 Histórico das Mangueiras de Incêndio ......................................................... 13
3.2 Fabricação das Mangueiras de Incêndio ...................................................... 15
3.2.1 Tubo Interno .......................................................................................... 16
3.2.2 Reforço Têxtil ......................................................................................... 17
3.2.3 Mangueiras com Revestimento de Borracha ......................................... 18
3.2.4 Uniões ................................................................................................... 19
3.2.5 Empatação da mangueira à União ........................................................ 19
3.3 Tipos de Mangueiras .................................................................................... 20
4. MÉTODOS APLICADOS .................................................................................... 22
4.1 Visitas Técnicas ........................................................................................... 22
4.2 Levantamento de Licitações Realizadas ...................................................... 24
4.3 Levantamento de Estatísticas de Ocorrências ............................................. 24
4.4 Observações preliminares e dificuldades encontradas ................................ 25
5. CUIDADOS GERAIS COM AS MANGUEIRAS DE INCÊNDIO ......................... 26
5.1 Antes do Uso ................................................................................................ 26
5.2 Durante o Uso .............................................................................................. 27
5.2.1 Inspeção e Manutenção ........................................................................ 27
5.3 Depois do Uso .............................................................................................. 28
6. METODOLOGIA ................................................................................................. 29
7. A PROPOSTA .................................................................................................... 30
7.1 Objeto ........................................................................................................... 30
7.1.1 Limpeza das Mangueiras de incêndio ................................................... 30
7.1.2 Secagem e Armazenamento ................................................................. 32
7.2 Orçamento.................................................................................................... 34
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 36
9. REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ...................................... 38
10. APÊNDICE A - LISTA DE FOTOS ..................................................................... 39
11. APÊNDICE B - LISTA DE FIGURAS ................................................................. 40
12. APÊNDICE C - LISTA DE TABELAS ................................................................ 41
13. APÊNDICE D - LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................... 42
10
1. INTRODUÇÃO
Baseado nas Normas ABNT NBR 11.861/1998 e NBR 12.779/2009,
que trata das questões de tipos, inspeções e manutenção das mangueiras de
incêndio, e fixa as condições e cuidados necessários para manter a mangueira de
incêndio apta para uso, percebe-se no âmbito do CBMGO que essas prescrições
não são aplicadas.
As mangueiras de incêndio não apresentam um prazo de validade
especifico. Basta serem inspecionadas a cada seis meses e submetidas a ensaio
hidrostático a cada doze meses, devendo estes serviços ser realizados por
empresas capacitadas.
Os certificados de inspeção e manutenção das mangueiras de
incêndio, emitidos por empresas capacitadas, podem ser exigidos pelo Corpo de
Bombeiros, Prefeitura e Companhias de Seguro, assim como outras autoridades. A
falta desse documento poderá acarretar em não indenização dos danos por
seguradoras, bem como responsabilizar engenheiros, técnicos de segurança,
proprietários e síndicos por eventuais ações judiciais relativas à proteção de vidas e
patrimônios.
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás já consolidou a sua
credibilidade junto à sociedade, e, apesar de ter como carro chefe de suas ações as
ocorrências de resgate pré-hospitalar, principalmente em Goiânia e região
metropolitana, ainda povoa no imaginário popular como principal atividade do Corpo
de Bombeiros o combate a incêndios.
Como ícones destas referidas ações, é papel deste mesmo Corpo de
Bombeiros fornecerem o exemplo correto de manejo e conservação dos
equipamentos utilizados. Demonstrar que com baixo custo pode-se padronizar e
11
facilitar o trabalho dos bombeiros militares em relação aos cuidados recomendados
às mangueiras de incêndio.
Torna-se objetivo deste trabalho, propor um espaço adequado e
eficiente para a manutenção das mangueiras de incêndio, proporcionar o aumento
da vida útil das mangueiras de incêndio, evitando reposições desnecessárias e não
planejadas e sistematizar uma conduta de manutenção das mangueiras de incêndio
assim como um controle das mangueiras em uso;
12
2. REFERÊNCIAL TEORICO
Como referencial teórico utilizou-se o livro de Marina de Andrade de
Marconi e Eva Maria Lakatos, Fundamentos de Metodologia Cientifica que disserta
sobre o conceito de ciência e de conhecimento cientifico.
Sobre o histórico de mangueiras de incêndio utilizou-se o trabalho de
conclusão de curso de Sandro Fonseca da Universidade do Vale do Itajaí.
Sobre as técnicas utilizadas usaram-se as NBR 11.861 e NBR 12.779
das quais se extraíram as aplicações, os cuidados e métodos recomendados para os
cuidados propostos.
13
3. AS MANGUEIRAS
3.1 Histórico das Mangueiras de Incêndio
A destruição causada por incêndios ainda hoje assola o homem com
bastante intensidade. Há milhares de anos os incêndios destroem e causam
diversos prejuízos, muitas vezes dizimando vidas. Apesar do avanço progressivo em
diversas áreas do conhecimento, pouco se mudou como as formas primitivas de
combate a incêndio. Os Bombeiros de diversas nações, apesar dos avanços, ainda
utilizam as mangueiras como principal ferramenta para enviar água ao incêndio, e a
água continua sendo o meio mais barato e abundante para o combate a incêndios
além de ser o mais eficiente. Por este e deste modo as mangueiras de incêndio tem
participação crucial nas ações de combate a incêndio.
O surgimento das mangueiras de incêndio adveio bastante tempo apos
o aparecimento dos bombeiros propriamente ditos. Conta a historia que os primeiros
bombeiros surgiram dentre os povos romanos e chineses. Até então o transporte de
água até os locais de incêndio eram feitos através de odres (espécie de sacos de
couro). Os bombeiros da época além de se esforçarem demasiadamente tinham que
contar com a ajuda amistosa e voluntaria da população que movida por um desejo
de forte emoção ajudavam a transportar a água até o local do incêndio. FONSECA
(2007).
Após algum tempo começam a surgir às primeiras mangueiras de
incêndio, as quais eram produzidas com pedaços de couro curtido e costuradas com
grampos de latão, o que as tornava duras e extremamente pesadas quando úmidas.
Também eram de difícil acoplamento e seu manuseio nos climas frios era tão
complicado quanto à de um cano de ferro. Além disso, quando se aplicava pressão,
frequentemente havia inúmeras rupturas por suas fendas e por isso chegava pouca
água ao esguicho. Adequações e melhoramentos ao longo do tempo, mais
precisamente no século dezessete, facilitam o trabalho dos bombeiros em suas
ações, porem eram muitos os corpos de bombeiros que ainda utilizavam o transporte
14
de água em baldes, passados de mão em mão até o lugar do sinistro. FONSECA
(2007).
As primeiras mangueiras de incêndio satisfatórias começaram a ser
fabricadas a partir do século XIX. Na Inglaterra em 1811, apareceram às primeiras
mangueiras de tecido advindas com o surgimento dos teares circulares, eram
tecidas em fibras naturais, como algodão, linho, juta e cânhamo e não possuíam
revestimento interno, apresentando problemas de vazamento. Sua parcial
imobilização era obtida pelo inchamento das fibras que aumentavam de volume
quando molhadas, contudo, eram sensíveis ao ataque de fungos, vindo a apodrecer,
apesar de todo o cuidado dispensado.
A partir de 1868 começa o processo de produção com uma nova
tecnologia para o momento que consistia em um tubo de borracha inserido dentro da
mangueira pela ação de altas temperaturas, este processo patenteado por J. B.
Forsyth foi conhecido como vulcanização. Processo que começa a ser utilizado
apenas um século depois de sua criação.
Apesar de todos os avanços, foi a partir dos anos 60 que as fibras
naturais começam a serem substituídas pelas fibras sintéticas, estas apresentavam
inúmeras vantagens como: redução de peso, pressões de trabalho mais elevadas,
pouca absorção de água, resistência a fungos e menor manutenção.
Atualmente o processo de produção das mangueiras de incêndio é
relativamente simples e rápido, sem maior protelação. Não há duvidas o quanto
ainda carece ser aperfeiçoadas, contudo a inserção de materiais aplicados oriundos
dos avanços da tecnologia espacial muito tem contribuído para redução das
imperfeições o que diretamente minimiza os efeitos trágicos causados pelos
incêndios às vidas, a propriedade e ao meio ambiente. FONSECA (2007).
15
3.2 Fabricação das Mangueiras de Incêndio
A mangueira de incêndio atual é constituída por um tubo flexível tendo
em suas pontas juntas de união do tipo storz destinadas ao engate rápido para a
atividade bombeiro além de possuir capacidade de conduzir água sob pressão. O
revestimento interno contém um tubo de borracha que impermeabiliza a mangueira,
evitando rupturas por onde sai água. A capa do tubo flexível é composta de uma
lona, confeccionada em fibras naturais ou sintéticas, que permitem à mangueira
suportar alta pressão, tração e as difíceis condições de trabalho exigidas pela
atividade bombeiro militar além de que todo o processo de produção atual é regido
por um conjunto de normas e exigências de qualidade que contribuem para
credibilidade nas ações de combate a incêndio.
O tipo mais comum é a mangueira com reforço têxtil sintético e tubo
interno de borracha. É constituída de um tubo de borracha vulcanizada revestido de
um ou mais reforços têxteis. O tubo interno torna a mangueira resistente a
vazamentos e reduz o atrito da água com as paredes do tubo, o que reduz perda de
carga. Já o reforço têxtil lhe confere resistência à deformação, à abrasão e a altas
temperaturas (Foto 1). FONSECA (2007).
Foto 1: Mangueira de 2 ½” Tipo 2
Fonte: do autor
16
3.2.1 Tubo Interno
As características essenciais dos forros internos das mangueiras de
incêndio (também chamados tubos) são ausência de defeitos e de pontos de
vazamentos, boas características de envelhecimento e baixa rugosidade da
superfície. Características desejáveis de resistência ao envelhecimento são exigidas
para evitar o aparecimento de rachaduras nas dobras e subsequente falha em
serviço. Essa característica é muito importante já que a mangueira fica armazenada
por grande parte de sua vida útil. O tubo interno é constituído por polímeros:
borracha, plástico ou composto de borracha/plástico flexível.
A composição do forro interno de borracha das mangueiras de incêndio
envolve a seleção de matérias primas apropriada para assegurar as propriedades
desejadas. A primeira e a mais importante dessas seleções é a borracha. Há setenta
anos, a borracha natural era a única escolha possível. Hoje, entretanto, diversas
borrachas sintéticas tornaram-se disponíveis comercialmente.
Essas borrachas (natural ou sintética) são combinadas com cargas
(sílica, negro defumo, caulim, etc.), óleos de processamento, antioxidantes,
aceleradores e agentes de vulcanização para alcançar as propriedades físicas
desejadas no tubo acabado. O composto de borracha sintética possui uma
resistência muito maior do que a borracha natural a óleos e a combustíveis, bem
como contra todos os efeitos do tempo. FONSECA (2007).
O tubo é fabricado de duas formas: por calandras ou por extrusão.
Calandra é o processo no qual a borracha é comprimida entre dois rolos opostos
para produzir uma lâmina plana. O tubo é então formado dobrando-se e unindo-se
às extremidades da lâmina. Esse método foi virtualmente substituído pela extrusão,
um processo no qual uma massa de borracha ou de plástico aquecido é forçado, sob
pressão, através de um molde de uma máquina de extrusão, para produzir um tubo
contínuo, sem costura. A baixa rugosidade no interior do tubo reduz a perda de
carga, a qual seria causada pela passagem da água através da mangueira à alta
17
velocidade. Após os tubos serem extrudados, é aplicada uma fina camada de
adesivo. A seguir o tubo é introduzido no reforço têxtil e tem lugar a vulcanização. O
calor e a pressão do vapor no processo de vulcanização provocam a aderência do
tubo interno às fibras do reforço têxtil, que transformam o tubo e o reforço em uma
peça só. FONSECA (2007).
3.2.2 Reforço Têxtil
A função do reforço têxtil é proteger o tubo interno de borracha e dar
resistência ao conjunto. Tecido em um tear circular, o reforço têxtil possui dois
elementos básicos: o urdume e a trama, conforme mostrado (Figura 1)
O urdume é o conjunto de fios que estão dispostos no sentido
longitudinal da mangueira. A trama é o conjunto de fios que estão dispostos no
sentido transversal da mangueira. A trama está disposta ao longo da circunferência
do reforço têxtil e cobre o urdume. Como a mangueira está sujeita às altas pressões
quando em carga, o urdume resiste aos componentes da pressão interna no sentido
do comprimento e a trama resiste à pressão no sentido da circunferência. Diversas
fibras sintéticas são utilizadas na confecção do reforço têxtil, principalmente o náilon
e o poliéster. A trama e urdume emprestam os módulos de elasticidades de seus
componentes à trama, que por sua vez, forma um conjunto com o tubo de borrachas,
Figura 1: Ilustração de como se posta à trama e o urdume.
Fonte: FONSECA, Sandro FireHouse Pratices, p 14.
18
dando às mangueiras um módulo de elasticidade específico no sentido longitudinal e
transversal, impondo-lhe a propriedade de aumentar e diminuir de diâmetro e
comprimento de acordo com os esforços mecânicos a que forem submetidas. A
característica mais importante de qualquer mangueira de incêndio é o seu
comportamento sob pressão. Alongamento, dobramento, torção ou qualquer
distorção sob pressão devem ser razoavelmente minimizadas, a fim de que o
desempenho desejado possa ser alcançado. A concepção e a resistência do reforço
têxtil é fator fundamental para atingir tal desempenho.
3.2.3 Mangueiras com Revestimento de Borracha
Como o termo indica, é a mangueira que possui um revestimento
externo de borracha, o qual resiste ao mofo, resiste a danos por abrasão e ao
contato com produtos químicos. Há vários processos para a produção desse tipo de
mangueira. Em um dos processos, o reforço têxtil é passado através de uma
máquina de extrusão que o reveste interna e externamente com material
emborrachado. O reforço têxtil é feito de poliéster, náilon ou uma combinação de
ambos. Como o reforço passa através da máquina, um composto de borracha
nitrílica é injetado sob pressão e calor, de modo que ele penetre nas fibras do
reforço, unindo o interior e o exterior. A borracha nitrílica, assim, serve tanto como
uma cobertura ou como um tubo interno liso e à prova de vazamentos.
Outro tipo de mangueira recoberta com borracha é fabricado em um
processo de três camadas, no qual a proteção externa é vulcanizada à superfície
interior do reforço de poliéster. Em seguida a mangueira é virada no seu avesso e o
tubo interno de borracha é então introduzido na mangueira e esta é novamente
vulcanizada. FONSECA (2007).
19
3.2.4 Uniões
As uniões utilizadas em mangueiras de incêndio são as do tipo engate
rápido tipo storz. São uniões que não possuem peça macho ou fêmea, facilitando e
dando maior rapidez à execução das conexões. São conectadas juntando-se as
duas uniões e girando-as para a direita até o seu travamento.
Os componentes de travamento consistem em aletas e reentrâncias
feitas na face década união giratória. Quando juntadas, as aletas de cada união
ajusta-se a um recesso na reentrância da oposta, então deslizam até a posição de
travamento com um giro de 180º (cento e oitenta graus). Ressaltos na parte de trás
da união giratória fornecem apoio para as chaves de mangueira (Foto 2). FONSECA
(2007).
3.2.5 Empatação da mangueira à União
Denomina-se empatação a fixação da mangueira à união. Uma das
mais antigas formas de fixar a mangueira à união e adotada no Brasil, envolve o uso
de um anel de metal maleável, chamado anel de expansão, usualmente feito de
cobre recozido. O anel de expansão, que possui diâmetro externo ligeiramente
Foto 2: União do tipo Storz
Fonte: do autor.
20
menor do que o diâmetro interno da mangueira é introduzido e alinhado com a borda
da mangueira. A mangueira é introduzida na união e então o anel é expandido
contra a mangueira com uma máquina (manual ou hidráulica). Esse processo
comprime fortemente a mangueira contra a superfície interna da união. O anel
expandido fica com o mesmo diâmetro do forro interno da mangueira, de tal forma
que ele não obstrui a passagem da água. Esse método não é somente usado nas
fábricas de mangueiras, mas também nas oficinas dos Quartéis de Bombeiros, para
reempatar as mangueiras que, por qualquer motivo, necessitem de tal serviço ou de
reparos (Foto 3). FONSECA (2007).
3.3 Tipos de Mangueiras
No Brasil, as mangueiras de incêndio atendem às especificações da
NBR 11861(ABNT, 1998) que dispõe sobre os tipos de mangueiras de incêndio
existentes no mercado, e estabelece: O tipo da mangueira, o nome ou marca do
fabricante deve estar marcado nas duas extremidades do duto flexível com
caracteres de 25 mm de altura à distância de 0,5 m a 1,4 m das uniões.
Foto 3: União de 1 ½ “ empatada (fixada) em uma mangueira de Tipo 1
Fonte: do autor
autorAutor
21
Certifica-se de que o tipo de mangueira de incêndio é adequado ao
local e as condições de aplicação da seguinte forma:
Mangueira Tipo 1 – Construída com um reforço têxtil, destina-se a edifícios de
ocupação residencial. Pressão de trabalho máxima de 980 kPa (10 kgf/cm2 ou 100
mca);
Mangueira Tipo 2 – Construída com um reforço têxtil, destina-se a edifícios
comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros. Pressão de trabalho máxima de
1.370 kPa (14 kgf/cm2 ou 140 mca);
Mangueira Tipo 3 - Construída com dois reforços têxteis sobrepostos, destina-se a
área naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde é indispensável maior
resistência à abrasão.Pressão de trabalho máxima de 1.470 kPa (15 kgf/cm2 ou 150
mca);
Mangueira Tipo 4 - Construída com um reforço têxtil, acrescida com uma película
externa de plástico, destina-se à área industrial, onde é desejável maior resistência à
abrasão.Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2 ou 140 mca);
Mangueira Tipo 5 - Construída com um reforço têxtil, acrescida de um revestimento
externo de borracha, destina-se à área industrial, onde é desejável uma alta
resistência à abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2 ou 140
mca).
Tabela 1 – Comportamento da Mangueira sob pressão.
Fonte: NBR 11.861 (ABNT, 1998).
22
4. MÉTODOS APLICADOS
Intentou colher os dados referentes a licitações realizadas pelo
CBMGO relativo à aquisição de mangueiras de incêndio no âmbito da corporação e
posteriormente saber quantas destas mangueiras foram disponibilizadas para as
unidades pesquisadas. Com estes dados em mãos cruzá-los com os atendimentos
reais de combate a incêndio que objetivaram o uso das mangueiras, e por fim, saber
a quantidade de mangueiras avariadas e suas principais avarias.
4.1 Visitas Técnicas
Foram realizadas algumas vistas técnicas em unidades da capital
acompanhando o trabalho de militares ligados à atividade de combate a incêndio e
suas ações frente ao tema abordado neste trabalho: cuidados com as mangueiras
de incêndio e o que se viu é o que se segue (Fotos 4,5 e 6):
Foto 4: Armazenamento inadequado das mangueiras de incêndio.
Fonte: quartel da capital
23
Foto 5: Presença de óleos e graxas com a mangueira de incêndio.
Foto 6: Secagem inadequada da mangueira após limpeza.
Fonte: quartel da capital
Fonte: quartel da capital
24
4.2 Levantamento de Licitações Realizadas
Segundo levantamento realizado junto ao DECOL – Departamento de
Compras e Licitações do Corpo de Bombeiros de Goiás, foram adquiridas nos
últimos três anos (2012 a 2014) um total de aproximadamente 220 mangueiras de
combate a incêndio de acordo como segue:
- 115 (cento e quinze) mangueiras de 1 ½ do tipo 2 a um preço unitário de R$
216,12 totalizando R$ 24.854,56;
- 85 (oitenta e cinco) mangueiras de 2 ½ do tipo 2 a um preço unitário de R$ 299,10
totalizando R$ 25.424,06;
- foram adquiridos ainda 04 caminhões de combate a incêndio os quais se
encontram atualmente nas seguintes unidades: 1º BBM, 8º BBM, 7º BBM e 2º CIBM
e nestes vieram acompanhando 5 (cinco) mangueiras de 1 ½ tipo 2 e 5 (cinco)
mangueiras de 2 ½ tipo 2, totalizando 20 mangueiras;
4.3 Levantamento de Estatísticas de Ocorrências
Segundo levantamento realizado junto a BM/1, secção de estatística e
analise da informação, segue a quantidade de incêndios urbanos atendidos na
capital (Tabela 2):
Tabela 2 – Ocorrências de Incêndio na Capital (2012 e 2013).
Fonte: BM/1 em 27/05/2014.
25
4.4 Observações preliminares e dificuldades encontradas
Quanto às licitações realizadas, verifica-se que, para os moldes do
Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás - CBMGO, não foi uma compra
acentuada. Sabe-se que algumas unidades receberam um máximo de 5 (cinco)
mangueiras de combate a incêndio, o que é uma quantidade ínfima se comparado
ao porte desta instituição. Segundo pesquisa realizada no sitio do CBMGO em
07/06/2014 a instituição conta hoje com 12 (doze) Batalhões de Bombeiros, 02
(duas) Companhias Operacionais, 15 (quinze) Companhias Independentes, 8 (oito)
Pelotões e 13 (treze) Destacamentos entre ativos e em implantação, totalizando 45
(quarenta e cinco) municípios atendidos diretamente .
As ocorrências atendidas na área metropolitana nos demonstram o
quanto houve atuação dos bombeiros nos mais diversos tipos de edificação, contudo
é insuficiente em demonstrar em quantos dos tais houve a real utilização das
mangueiras de combate a incêndio. Observa-se que o sistema de informações e
controle de dados do CBMGO encontra-se em aprimoramento e espera-se em um
futuro bem próximo alcançar a fidedigna aproximação de dados mais detalhados.
Outros dados que ficaram obscuros foram as quantidades e os tipos de
mangueiras que sofreram avarias neste período, e quantas destas foram
descartadas devido sua impossibilidade para o uso, não é uma pratica recorrente a
documentação deste tipo de informação em meios de fácil acesso.
26
5. CUIDADOS GERAIS COM AS MANGUEIRAS DE INCÊNDIO
Para aumentar a vida útil das mangueiras de combate a incêndios
devem-se seguir todas as instruções contidas na Norma NBR 12.779 (ABNT, 2009)
que trata sobre inspeção, manutenção e cuidados em mangueiras de incêndio,
orientando cuidados para antes, durante e depois do uso semelhantemente as
recomendações do fabricante que nada mais é do que um espelho da norma.
5.1 Antes do Uso
A mencionada norma determina ser necessário verificar se a pressão
na linha é compatível com a pressão de trabalho da mangueira, em alguns casos
não observados por nossas guarnições (Foto 7).
Observa ainda que a mangueira de incêndio deva ser utilizada por
pessoal treinado. Não se deve arrastar a mangueira sem pressão, pois isso causa
furos no vinco. Não se deve armazená-la sob a ação direta dos raios solares e/ou
vapores de produtos químicos agressivos e não utilizar a mangueira para nenhum
outro fim (lavagem de garagens, pátios etc.) que não seja o combate a incêndio. Por
fim, devem-se evitar quedas das uniões e nunca guardar a mangueira molhada após
a lavagem, uso ou ensaio hidrostático.
Foto 7: Mangueira de tipo 1 encontrada em quartel na capital.
Fonte: do autor
27
5.2 Durante o Uso
Deve-se evitar a passagem da mangueira sobre cantos vivos, objetos
cortantes, ou pontiagudos que possam danificá-la. Não se deve curvar
acentuadamente a extremidade conectada com o hidrante, pois isso pode causar o
“desempatamento” da mangueira (união). Deve-se orientar os usuários a ter cuidado
com golpes de aríete na linha causados por entrada de bomba ou fechamento
abrupto de válvulas e esguicho, pois pode romper ou desempatar uma mangueira.
Quando não for possível evitar a passagem de veículos sobre a mangueira, deve ser
utilizado um dispositivo de passagem de nível.
5.2.1 Inspeção e Manutenção
Toda mangueira, quando em uso (em prontidão para combate a
incêndio), deve ser inspecionada a cada 3 (três) meses e ensaiada
hidrostaticamente a cada 12 (doze) meses, conforme a norma NBR 12.779 (ABNT,
2009). Estes serviços devem ser realizados por profissional ou empresa
especializada. O ensaio hidrostático em mangueira de incêndio deve ser executado
utilizando-se equipamento apropriado, sendo totalmente desaconselhável o ensaio
efetuado por meio da expedição de bomba da viatura, hidrante ou ar comprimido, a
fim de evitar acidente. Estabelece a norma que, para lavagem da mangueira, deve-
se utilizar água potável, sabão neutro e escova macia; e secar a mangueira à
sombra, utilizando um plano inclinado ou posicionando-a na vertical, nunca
diretamente ao sol. Além disso, o usuário deve identificar individualmente as
mangueiras sob sua responsabilidade e manter registros históricos de sua vida útil.
Recomenda-se o uso da ficha de controle individual para Mangueira de Incêndio.
Assim, após o ensaio hidrostático, a mangueira deve retornar, preferencialmente,
para o mesmo hidrante ou abrigo em que se encontrava antes do ensaio.
28
5.3 Depois do Uso
As mangueiras de combate a incêndios após seu uso devem ser
desalagadas, ou seja, toda água residual no seu interior deve ser retirada com o
auxílio da gravidade. Deve-se também, lavar sua parede externa com detergente
neutro e escova macia, colocando-a para secar a sombra.
29
6. METODOLOGIA
Primeiramente verificou-se nas unidades estudadas uma carência de
um procedimento básico e padrão para o trato com as mangueiras de incêndio.
Posteriormente buscaram-se bibliografias com normas e assuntos correlatos,
justificando a proposta em questão.
30
7. A PROPOSTA
7.1 Objeto
Mesmo com a difícil condição em confrontar os dados obtidos, sabe-se
que esta é uma instituição que cresce a cada dia. Melhoras substanciais são
aguardadas no âmbito do processamento de dados, licitações e outros. Sabe-se
ainda que os procedimentos realizados atualmente em relação às mangueiras de
incêndio não se assemelham aos recomendados pelos fabricantes e que a norma
especifica pouco é divulgada entre os profissionais da área de combate a incêndio.
Segundo Plano de Gestão 2014 - CBMGO, em seu Mapa Estratégico
Institucional, dinamizar a gestão operacional e administrativa é uma perspectiva
central desta administração. Dentre outros, os seguintes passos estão previstos:
a) Estender a presença do CBMGO em Goiás;
b) Capacitar os bombeiros;
c) Aperfeiçoar a doutrina operacional e administrativa e;
d) Atender com profissionalismo e excelência.
Observa neste contexto a necessidade de aprimorar nossas ações,
sedimentar nossas capacidades de organização adaptando nossos espaços físicos
de forma a dispensar um melhor cuidado com nossas ferramentas de trabalho, alem
de: oferecer condições necessárias para que nossos militares, bem treinados,
possam cumprir com aquilo que lhes é exigido.
7.1.1 Limpeza das Mangueiras de incêndio
Torna-se necessário um espaço adequado para a realização da
limpeza destas mangueiras de incêndio cogitando algo próximo de semelhante
estrutura, como segue (Figura 2):
31
7.1.1.1 Legenda da Figura 2 (Área de limpeza para mangueiras usadas):
- a) piso acabado;
- b) rebaixamento do piso de 8cm a 12cm;
- c) inclinação de 1% a 2% no sentido da seta;
- d) presilhas de fixação de mangueiras;
- e) ralos de drenagem;
- f) escova macia;
- g) sabão neutro.
Pode se utilizar o próprio piso construído em área definida com detalhe
para um sensível rebaixamento inclinado somado a dois ralos nas extremidades.
Observa-se ainda a fixação da mangueira de incêndio com duas presilhas de fixação
em suas extremidades e a utilização de sabão neutro e escova macia propiciando
um menor desgaste dos revestimentos e do próprio tubo da mangueira.
Figura 2: Área de limpeza para mangueiras usadas.
Fonte: do autor
32
7.1.2 Secagem e Armazenamento
Observou-se nas unidades visitadas que foi uma práxis encontrar
mangueiras de incêndio armazenadas e aparentemente secas, dispostas nas
próprias viaturas, e que, após um analise mais detalhado, encontrar em seu interior
bastante água acumulada. Conclui-se assim que não foi realizada uma secagem
adequada e que a água acumulada no interior das mangueiras favorece a
proliferação de fungos acelerando o processo de deterioração do tubo interno.
Verificou-se ainda que, o processo de expor a mangueira ao sol a fim
de obter secagem é um habito recorrente nas unidades visitadas. Ledo engano,
pois, a ação direta de raios solares apressa o processo natural de desgaste
danificando tanto o revestimento externo como ressecando o tubo de borracha.
Sugere-se a administração, a adequação do espaço físico existente de
forma a propiciar uma correta secagem das mangueiras de incêndio contribuindo
para um completo desalagamento. Observa-se ainda que este espaço deva ser
coberto, reduzindo os efeitos dos raios solares com incidência direta, como segue
(Figuras 3 e 4):
Figura 3: Base da estrutura própria de secagem.
Fonte: do autor.
33
7.1.2.1 Legenda da Figura 3 (Base da estrutura própria de secagem):
- a) barras de tubo redondo de 2½” #13, totalizando 8m de altura;
- b) barra de tubo redondo 1½” #13, totalizando 3m;
- c) barra de tubo redondo 1½” #13, totalizando 3m. Esta a 1m do solo fixando as
catracas de içamento;
- d) catracas de içamento dispostas a 0,3m entre si;
- e) estrutura de fixação em concreto ao solo;
- f) cabos de aço de 8 mm;
- g) gancho de suporte fixado ao cabo de aço;
- h) roldanas para o cabo de aço;
7.1.2.2 Legenda da Figura 4 (Cobertura da estrutura própria de secagem):
- a) folhas de cobertura 3,66mm;
- b) barra de tubo redondo 1½” #13, totalizando 3m;
Figura 4: Cobertura da estrutura própria de secagem.
Fonte: do autor
34
7.2 Orçamento
Figura 5: Estrutura completa de secagem das mangueiras de
incêndio.
Fonte: do autor
Tabela 3 – Planilha de orçamento estrutural.
Fonte: do autor
35
Observa-se com este estudo que não se trata de um investimento
oneroso para a unidade uma vez levando em conta os benefícios e retornos com o
tempo.
36
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como instituição de referencia no combate a incêndios, devemos ter
um mínimo de cuidados necessários com nossas ferramentas de trabalho. Sabe-se
que para cada finalidade exige-se um tipo especifico de mangueira. Como
observado em algumas unidades, deve-se retirar todas as mangueiras de tipo 1 dos
caminhões de combate a incêndio pois não são adequadas ao trabalho de
bombeiros, assim como efetuar sua permuta para mangueiras do tipo 2, mínimo
exigido para as atividades.
Compartimentos destinados a abrigo de mangueiras devem ser
utilizados exclusivamente para este fim evitando o uso compartilhado com materiais
impróprios, a exemplo de: mangueiras com óleos, mangueiras com gasolina,
mangueiras com graxas e outros.
O uso de detergente neutro para limpeza das mangueiras de incêndio
assim como um lugar adequado para esta finalidade são procedimentos básicos
para uma instituição que cresce a cada dia. Sugere-se aproveitar nossa estrutura
padrão e adequar um lugar propicio para secagem de mangueiras de incêndio, a
exemplo de como é feito no Batalhão de Salvamento e Emergência – BSE, em
relação aos materiais de primeiros socorros. Permitir uma secagem à sombra e sem
possibilidade de resquícios de água em seu interior, atentando sobretudo, para um
correto armazenamento.
Ainda não se observa em nossa instituição um controle das
mangueiras em uso. Recomenda-se o uso da ficha de controle individual para
mangueiras de Incêndio assim como o teste hidrostático para aquelas que atingem
12 meses de uso. Avarias em mangueiras devem constar em documentação de fácil
acesso e consulta.
Palestras do gênero com orientações e fiscalização é uma solução.
Primar por sedimentar e transmitir os cuidados que nos é exigido é o mesmo que
zelar da missão de estar presente em todas as cidades com população superior a 30
37
mil habitantes. É parte de um processo aparentemente simples, mas que pode fazer
grande diferença quando dimensionado ao nosso continuo crescimento.
Este estudo foi realizado com o intuito de propor cuidados mínimos
para conservação das mangueiras de incêndio após as ocorrências. Não houve a
preocupação do discente em esgotar totalmente o assunto, mas sim apresentar
meios de execução e alertar para o cumprimento das recomendações dos
fabricantes e normas pertinentes. Trazer para esta instituição a iniciação de uma
nova postura frente aos desafios que se apresenta.
38
9. REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia
cientifica. 3 ed. rev e amp. São Paulo: Atlas, 1991.
FONSECA, Sandro. O golpe de aríete nas mangueiras de combate a incêndio. 2007,
49 f (monografia) - Curso de tecnólogo em gestão de emergências, Centro
Tecnológico da Terra e do Mar, Santa Catarina, 2007.
______, NBR 11.861: mangueiras de incêndio: aspectos construtivos e desempenho
das mangueiras de incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.
______, NBR 12.779: inspeção, manutenção e cuidados com mangueiras de
incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
ALVES, Armindo Branco de Oliveira. Manobras de Mangueiras e Motobombas,
manual de formação inicial do bombeiro, vol. XIV, Ranholas – Portugal, 2004.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL, Manual básico de
combate a incêndio, 715 p. Distrito Federal, 2006.
Unidades do Corpo de Bombeiros Militar. Disponível em
http://www.bombeiros.go.gov.br/contatos-enderecos-comunidade> Acesso em 07 de
junho de 2014;
Materiais para Construção. Disponível em
<http://www.brasutil.com/departamento/Construcao-e-Ferragens> Acesso em 07 de
junho de 2014.
39
10. APÊNDICE A - LISTA DE FOTOS
1. Foto 1 (Mangueira de 2 ½” Tipo 2); .................................................................... 15
2. Foto 2 (União do tipo storz); ............................................................................... 19
3. Foto 3 (União de 1 ½ “ empatada (fixada) em uma mangueira de Tipo 1); ........ 20
4. Foto 4 (Armazenamento inadequado das mangueiras de incêndio); .................. 22
5. Foto 5 (Presença de óleos e graxas com a mangueira de incêndio); ................. 23
6. Foto 6 (Secagem inadequada da mangueira pós limpeza); ................................ 23
7. Foto 7 (Mangueira de Tipo 1 encontrada em quartel CBMGO na capital); ......... 26
40
11. APÊNDICE B - LISTA DE FIGURAS
1. Figura 1 (Ilustração de como se posta à trama e o urdume); ............................. 17
2. Figura 2 (Área de limpeza para mangueiras usadas); ........................................ 31
3. Figura 3 (Base da estrutura própria de secagem); ............................................. 32
4. Figura 4 (Cobertura da estrutura própria de secagem); ...................................... 33
5. Figura 5 (Estrutura completa de secagem das mangueiras de incêndio); .......... 34
41
12. APÊNDICE C - LISTA DE TABELAS
1. Tabela 1 (Comportamento da Mangueira sob pressão);..................................... 21
2. Tabela 2 (Ocorrências de Incêndio na Capital em 2012 e 2013); ...................... 24
3. Tabela 3 (Planilha de orçamento estrutural); ...................................................... 34
42
13. APÊNDICE D - LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;
NBR – Norma Brasileira Regulamentadora;
CBMGO – Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás;
Kpa – Unidade de Pressão Quilopascal;
Kgf/cm² – Quilograma força por centímetro quadrado;
Mca – Metros de Coluna D´aguá;
DECOL – Departamento de Compras e Licitações;
BBM – Batalhão de Bombeiros Militares;
CIBM – Companhia Independente de Bombeiros Militares;
1 ½” – Uma Polegada e Meia;
2 ½” – Duas Polegadas e Meia;
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