especies exÓticas invasoras problemas e … · decorre daí, uma distribuição desigual dos...

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ESPECIES EXÓTICAS INVASORAS – PROBLEMAS E

SOLUÇÕES

PARTICIPAÇÃO

Adilson Roque dos Santos - Arquiteto -

Dr.Ecologia Urbana

Jorge Antonio Pontes – Biólogo Dr. Ecologia

Cláudio Alexandre de A. Santana –

Engenheiro Florestal

Marcelo Andrade – Biólogo

A expressão Natureza (do latim: natura, naturam, naturea ou naturae) aplica-se a tudo aquilo que tem como característica fundamental o fato de ser natural: ou seja, envolve todo o ambiente existente que não teve intervenção antrópica,

(humana).

Dessa noção da palavra, surge seu significado mais amplo: a Natureza corresponde ao mundo material e, em extensão, ao Universo físico: toda sua matéria e energia, inseridas em um processo dinâmico que lhes é próprio e cujo funcionamento segue regras próprias (estudadas pelas ciências

naturais).

O QUE É NATUREZA ?

E O QUE É NATUREZA VIVA?

A associação mais popular que nós fazemos à palavra Natureza, ligando-a à definição do Latim, a confunde com a idéia de paisagem natural: a paisagem é o resultado dos processos complexos presentes em um determinado ambiente e a aos fenômenos e recursos naturais, seus processos e dinâmicas próprios, onde se destaca a característica básica, a RESILIÊNCIA, que se baseia em quatro aspectos chaves: a mudança é episódica; os padrões e os processos são desiguais e descontínuos; os ecossistemas possuem equilíbrios múltiplos; e o manejo do ecossistema deve ser flexível, uma vez que os ecossistemas estão sempre mudando. Essas características apontam para a capacidade que tem um sistema ambiental de suportar as alterações ou perturbações, mantendo suas estruturas e voltando sempre ao seu estado de equilíbrio dinâmico. Originalmente, esse conceito é oriundo da física).

O SOL

A Água

Água, luz, a floresta nativa, os animais, uma simbiose

perfeita!

O QUE É SOCIEDADE HUMANA?

Em Sociologia, SOCIEDADE é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, interagindo entre si, constituindo uma comunidade.

De origem latina societas, - uma "associação amistosa com outros".

Deriva de socius, que significa "companheiro“, é intimamente relacionado

àquilo que é social. Está implícito que seus membros compartilham

interesse ou preocupação mútuas sobre um objetivo comum.

Os interesses dos indivíduos de uma sociedade, estão na atual sociedade-

capitalista-industrial, voltados para o consumo, a satisfação pessoal

(hedonismo), e o prazer. Decorre daí, uma distribuição desigual dos

recursos extraídos da natureza, gerando pobreza e degradação

ambiental. De uma maneira geral, essas sociedades se relacionam com a

natureza, apenas para satisfazer suas necessidades básicas (água, ar

puro, madeira, carvão, petróleo, gás natural, pescado), e lazer.

As cidades “formal e informal”, invadem a

natureza...!

INVASÕES BIOLÓGICAS

São processos ocasionados pela introdução acidental ou não, de espécies exóticas em um ambiente diferente de sua distribuição natural.

Ao longo da história, os humanos têm “redistribuido” espécies de plantas e animais pelos mais diversificados territórios do planeta. Através de sementes e mudas, com o propósito de alimentação e paisagismo, e filhotes de animais para domesticação, ornamentação, serviço, e também funções alimentares. Hoje ocorrem também invasões de espécies exóticas através de água-de-lastro e cascos de embarcações.

ESPÉCIES NATIVAS E EXÓTICAS INVASORAS

O QUE SÃO?

Espécies Nativas - São espécies que ocorrem dentro

de sua área natural de distribuição, onde coevoluíram para formar uma comunidade. Não há relação do conceito com fronteiras políticas;

Espécies Exóticas - São espécies que ocorrem fora de sua área natural de distribuição. (CDB, Decisão V/8);

Espécies Exóticas Invasoras - São plantas, animais e outros seres vivos que, uma vez introduzidos a um novo ambiente, se adaptam, se reproduzem e exercem dominância, ameaçando espécies, habitats ou ecossistemas (CDB, Decisão VI/23)

Espécies exóticas invasoras são consideradas a segunda causa mundial de extinção de biodiversidade e a primeira em ilhas e em áreas protegidas.

Principais Causas de introdução de espécies no Brasil

“O problema não está relacionado ao número de espécies, mas sim ao potencial de invasão e consequente risco e dano causado”.

introdução Ornamentais e pets 17%

Alimentar

Forrageira

Silvicultura

Estabilização de solo

Involuntária (15%)

PAISAGISMO E ARBORIZAÇÃO

URBANA

IMPACTOS DE PLANTAS ORNAMENTAIS

O descarte de atividades de limpeza de jardins comumente gera

problemas de invasão biológica.

Ex. Pilea, pau-incenso, alfeneiro, trapoeraba, maria-sem-vergonha.

O cultivo e os cuidados dispensados às espécies ornamentais facilitam o seu estabelecimento.

O arranquio de ervas daninhas em quintais e jardins em geral favorece plantas cultivadas, na maior parte exóticas, em

detrimento da diversidade biológica.

O abandono de espécies plantadas, pela simples falta de manejo e manutenção, facilita sua transição ao processo de invasão. Plantas ornamentais exóticas cultivadas em áreas rurais têm fácil acesso a áreas naturais e maior potencial de dano à biodiversidade.

Pilea sp. maria-sem-vergonha (Impatiens sp.)

Ligustrum sp. pau-de-incenso – (Tetradenia sp.)

RELAÇÃO RESUMO DE OUTRAS ESPÉCIES

DE PLANTAS EXÓTICAS E INVASORAS

Acacia mearnsii

Acacia longifolia

Acacia podalyriifolia

Aleurites moluccana

Eriobotrya japonica

Furcraea foetida

Hedychium coronarium

Hovenia dulcis

Impatiens walleriana

Leucaena leucocephala

Ligustrum spp.

Lonicera japonica

Musa rosacea, M. paradisiaca

Melia azedarach

O caso mais agudo da Floresta da Tijuca

do Rio de Janeiro,

a jaqueira.

Artocarpus heterophyllus

Outras espécies exóticas Acacia mearnsii

Acacia longifolia

Acacia podalyriifolia

Aleurites moluccana

Eriobotrya japonica

Furcraea foetida

Hedychium coronarium

Hovenia dulcis

Impatiens walleriana

Leucaena leucocephala

Ligustrum spp.

Lonicera japonica

Musa rosacea, M. paradisiaca

Melia azedarach

Mimosa caesalpiniifolia

Morus alba, M. nigra

Pittosporum undulatum

Pinus spp. Psidium guajava

Schefflera arboricola

Schefflera actynophylla Spathodea campanulata Sansevieria trifasciata

Tecoma stans

Terminalia cattappa Tithonia diversifolia

Tradescantia zebrina Ulex europaeus

IMPACTOS CULTURAIS

O paisagismo que utiliza espécies ecologicamente adequadas pode funcionar como ferramenta para a conservação da biodiversidade, contribuir para a restauração de ambientes naturais e evitar problemas de invasão biológica.

Espécies comuns em fazendas que promovem “ecoturismo”: impacto cultural

- beijinho

- pínus

- goiabeira

- nêspera

- uva japonesa

- trapoeraba

Tanques com:

- tilápias

- carpas

- trutas

O QUE OS PAISAGISTAS

PODEM FAZER?

- Priorizar o uso de plantas nativas em projetos e em casa;

- Não usar plantas exóticas que são invasoras ;

- Restringir o uso de certas espécies de risco ao centro de áreas urbanas – mas somente usar espécies que não são dispersadas por aves e outros animais;

- Incentivar o uso de espécies que contribuem para a restauração natural de ambientes ao redor da cidade;

- produzir e demandar espécies nativas locais em viveiros ;

- Disseminar informações sobre nativas e exóticas;

- Definir e promover alternativas a espécies exóticas invasoras;

- Usar listas de espécies exóticas invasoras para:

- Referência pública;

- Substituição de plantas ornamentais exóticas invasoras;

- buscar alternativas para a substituição.

PROPOSTAS:

1. Para órgãos e setores de governo

2. Para produtores de plantas ornamentais

3. Para entusiastas de paisagismo e jardinagem

4. Para paisagistas

5. Para jardins botânicos e arboretos

6. Para associações envolvidas com a horticultura

7. Para organizações envolvidas na horticultura ornamental sustentável

- Identificar e recomendar espécies não invasoras que

sejam alternativas viáveis esteticamente às exóticas

invasoras em sua região;

- Produzir e estimular o uso de espécies nativas;

- Difundir a problemática para aumentar o nível de percepção e conhecimento do problema.

- Listar espécies exóticas invasoras em uso para fins ornamentais no Estado do RJ.

(Inventário Florestal Nacional no Estado está em curso).

- Gerar uma lista de espécies alternativas

- Publicar no website do Instituto Hórus para referência pública

- Entregar lista de alternativas a produtores de plantas e floriculturas, solicitando maior disponibilidade

AGRADECIMENTOS

SEAERJ- Sociedade de Engenheiros e

Arquitetos do RJ.

Profa. Silvia Ziller do Instituto Hórus

TODOS AQUI PRESENTE.

Ela agradece nós também.

Muito obrigado!

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