engenho de açúcar

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A CULTURA DA CANA-DE AÇÚCAR

A cultura da cana-de-açúcar foi iniciada no Brasil em 1532 e teve grande importância já que o açúcar se tornava o principal produto de exportação brasileira.

Inicialmente, a cachaça era uma bebida fermentada a partir da espuma que boiava nos tachos onde o suco da cana era fervido para a fabricação do açúcar.

Para purificá-lo, a espuma era retirada e servida aos animais com o nome de cagaça.

A evolução de cagaça para cachaça não demorou, pois quando recolhida em potes, fermentava ganhando teores alcoólicos.

O ENGENHO

O engenho, a grande propriedade produtora de açúcar, era constituído, basicamente, por dois grandes setores:

AGRÍCOLA- formado pelos canaviais

BENEFICIAMENTO - a casa-do-engenho, onde a cana-de-açúcar era transformada em açúcar e aguardente.

CONSTRUÇÕES DOS ENGENHOS

CASA GRANDE: moradia do senhor e de sua famíliaSENZALA: habitação dos escravosCAPELACASA DO ENGENHO: abrigava todas as instalações destinadas ao preparo do açúcar:

moenda - onde se moía a cana para a extração do caldo fornalhas - onde o caldo de cana era fervido e purificado em tachos de cobre casa de purgar - onde o açúcar era branqueado, separando-se o açúcar mascavo (escuro) do açúcar de melhor qualidade e depois posto para secar.

PRODUÇÃO DE AÇÚCARA produção do açúcar era feita com uma grande quantidade de

mão de obra. 

Os bois faziam girar a moenda e puxavam os carros com lenha para a casa das caldeiras. 

A cana era cortada pelos escravos e colocavam-na nos carros dos bois que a levavam para a moenda. 

Quando toda essa operação terminava, o produto era pesado e separado conforme a qualidade, e colocado em caixas de até 50 arrobas.

Só então era exportado para a Europa. Muitos engenhos possuíam também destilarias para produzir a aguardente (cachaça), utilizada como escambo no tráfico de negros da África.

Canaviais, pastagens e lavoura de subsistência formavam as terras do engenho.

Na lavoura destacava-se o cultivo da mandioca, do milho, do arroz e do feijão. Tais produtos eram cultivados para servir de alimento. Mas sua produção insuficiente não atendia às necessidades da população do engenho. Isto porque os senhores não se interessavam pelo cultivo. Consideravam os produtos de baixa lucratividade e prejudiciais ao espaço da lavoura açucareira, centro dos interesses da colonização.

As demais atividades eram deixadas num segundo plano, ocasionando grande falta de alimentos e alta dos preços. Esse problema não atingia os senhores, que importavam os produtos da Europa para sua alimentação.

AS TERRAS DO ENGENHO

A parte das terras do engenho destinada ao cultivo da cana - o canavial - era dividida em partidos, explorados ou não pelo proprietário.

As terras não exploradas pelo senhor do engenho eram cedidas aos lavradores, obrigados a moer sua cana no engenho do proprietário, entregando-lhe a metade de sua produção, além de pagar o aluguel da terra usada (10% da produção).

Quem trabalhava nos engenhos eram os escravos que vinham de África.  Mas havia lavradores com canaviais e que não tinham dinheiro para manter um engenho. Estes cultivavam as canas e vendiam-nas aos engenhos e eles fabricavam o açúcar.

MOINHO DE CANA-DE-AÇÚCAR EM MINAS GERAIS

MOENDA PORTÁTIL DE CALDO DE CANA

ESCRAVOS NUM ENGENHO-DE-AÇÚCAR NO CARIBE – SECÚLO XVI

ENGENHO EM PERNAMBUCO

CARICÉ - PERNAMBUCO

PIRACICABA – SÃO PAULO

1 – CASA GRANDE - morada do senhor do engenho e da sua família

2 – SENZALA – habitação dos escravos

3 –CASA DO ENGENHO – instalações onde se encontram os aparelhos destinados à fabricação do açúcar

FONTESwww.eb23-diogo-cao.rcts.pt

www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt

www.vivercidades.org.br

www.geocities.com

www.terrabrasileira.net

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