efeitos no corpo 3ªa
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“Altas Altitudes”
“ Os principais males físicos que uma escalada em grandes altitudes pode causar estão relacionados ao frio, à oxigenação e à diferença de pressão entre o corpo e o ar ambiente ’’.
As temperaturas extremamente baixas podem levar o corpo humano à hipotermia, a perda de
calor corpóreo que determina a queda da temperatura do corpo e compromete o metabolismo.
A grosso modo, a hipotermia é deflagrada quando a temperatura corporal vai abaixo dos 35º
C. A cada grau centígrado de calor perdido pelo corpo, o fluxo cerebral diminui em 6%, de
modo que, aos 32º C, já começam a aparecer sinais de confusão mental e dificuldade de raciocínio.
Aos 30º C, os reflexos mostram-se comprometidos e a pessoa adquire um aspecto sombrio:
pupilas fixas e movimentos desordenados. A partir dos 26º C há risco de vida, com
ocorrência de arritmias e possibilidade de coma. Se o corpo atingir os 20º C, a morte é praticamente certa. Contudo, esta progressão fatal é perfeitamente controlável e reversível.
Ao sentir sintomas da hipotermia, a pessoa deve buscar formas de aquecer seu corpo, seja
transferindo-se para locais mais quentes ou cobrindo-se com roupas.
Além disso, o frio extremo costuma causar a necrose de partes do corpo expostas a baixas
temperatura por longo período. Neste caso, o mal é irreversível.
O grande problema das grandes escaladas está relacionado à respiração. Trata-se do que os alpinistas chamam de "Mal das Montanhas". Ela pode se manifestar de diferentes formas e em diferentes graus, variando de acordo com as características de cada organismo, mas o fato é que está sempre relacionado à falta de oxigênio.
Na verdade, o ar na montanha não tem menos oxigênio do que o ar ao nível do mar. O problema está na captação deste oxigênio. "Seja a 8000 m ou em Santos, a porcentagem de oxigênio no ar é a mesma, cerca de 30%. Contudo, a pressão parcial do ar atmosférico diminui com a altitude". Para se adaptar a essa baixa pressão atmosférica o corpo se auto-regula, aumentando a freqüência respiratória. Portanto, à medida que se sobe a montanha, a captação de oxigêniopara os tecidos torna-se mais difícil, e ocorrem sintomas como: dores de cabeça, náuseas, lentidão de raciocínio, dores musculares, fadiga e taquicardia.
Por mera adaptação física, a pressão dos gases dentro do corpo (seja no
sangue, entre as articulações ou nos pulmões) aumenta. esta diferença de
pressão decorrem os problemas mais sérios do alpinismo, em geral em
altitudes superiores a 4000 m. A alta pressão do ar no corpo pode causar
edemas cerebrais, pulmonares ou oculares. Esses problemas se intensificam
se a escalada acontecer muito rápido, dificultando a adaptação do corpo à
diferença de pressão.
Por esta razão, é fundamental realizar a "aclimatação", ou seja, dar tempo
para o corpo se adaptar às diferentes condições do ambiente. Em geral,
quando se passa dos 2800 m, este processo de adaptação já se mostra
necessário. Após 24 horas em um local mais alto, o corpo começa a sentir o
efeito da mudança de altitude. Após 2 semanas neste novo ambiente, o
organismo "aclimata-se", controlando os efeitos da transferência.
O termo aclimatação é usado para descrever o processo em que o organismo humano ajusta-se a mudanças físicas em que ele não está acostumado, como alterações na temperatura, na altitude e na pressão atmosférica. Este processo passa a acontecer quando uma pessoa permanece em grandes altitudes por dias, semanas ou anos. À medida que o tempo em que o indivíduo permanece exposto a altitudes elevadas, os efeitos deletérios da baixa PO2 sobre o corpo passam a ser mais tolerados e menos agressivos ao organismo.
1 --> Primeiramente ocorre um grande aumento da ventilação pulmonar em decorrência da exposição imediata à pressão parcial de oxigênio baixa. Quando o corpo é submetido a PO2 diminuída há uma estimulação hipóxica dos quimiorreceptores arteriais – estruturas presentes nas bifurcações das artérias responsáveis por transmitir sinais nervosos para o centro respiratório cerebral, fundamentando a regulação da atividade respiratória – resultando num aumento de até cinco vezes o normal da ventilação pulmonar. Esse é um efeito de grande importância, pois permite que a pessoa possa subir vários milhares de metros mais alto do que seria possível na ausência da ventilação aumentada.
2 --> Em seguida existe um aumento do número de
hemácias resultante da exposição a condições de hipóxia.
As hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos,
são células presentes no sangue responsáveis pelo
transporte de oxigênio e gás carbônico para os tecidos.
Esse efeito é lento e gradativo, completando-se apenas
após muitos meses na situação de aclimatação.
3 --> O aumento da capacidade de difusão é o próximo passo da aclimatação. A difusão do oxigênio é caracterizada pela passagem do gás das pequenas artérias para as membranas dos alvéolos pulmonares. Esse efeito é comum e está presente, por exemplo, durante o exercício físico. Parte desse aumento resulta do volume aumentado de sangue que chega aos pulmões pelos capilares pulmonares, o qual expande os vasos sanguíneos e aumenta a área da superfície na qual o oxigênio difunde-se para o sangue. O propósito do aumento da difusão do oxigênio através da membrana pulmonar é o de garantir um maior suprimento de gás oxigênio ao pulmão em situações em que se tem uma redução da capacidade respiratória e da capacidade de captação de oxigênio.
4 --> Por último, mas não menos importante, há um
aumento da capacidade das células dos tecidos corporais de utilizar o oxigênio, mesmo com a baixa PO2. Este efeito,
de certa forma, procura compensar a redução da pressão
de oxigênio presente.
A pressão atmosférica diminui em uma unidade a cada 8 metros ascendentes. Isso significa que à medida que uma pessoa submete-se a altitudes progressivamente elevadas a pressão que o ar realiza sobre ela diminui, também progressivamente. Observe o quadro a seguir, verifique que ao nível do mar (altitude correspondente a 0 metro) a pressão atmosférica – também conhecida como pressão barométrica – é de 760 mmHg. Entretanto, uma pessoa que se localiza no topo do Monte Everest, a uma altura de aproximadamente 9000 metros de altitude, está submetida a uma pressão barométrica muito menor, cerca de 220 mmHg. O resultado disso é muito repercutido no organismo humano. Observe ainda que em decorrência do aumento da altitude há uma queda da pressão parcial de oxigênio (PO2), que é a pressão exercida pelo gás oxigênio.
Quem vive em cidades ao nível do mar ou em localidades relativamente baixas não está acostumado às condições atmosféricas das grandes altitudes – portanto, o organismo sente o impacto da mudança e precisa de tempo para se adaptar. O corpo responde da seguinte maneira: a freqüência respiratória aumenta, a freqüência cardíaca se acelera e a concentração de glóbulos vermelhos, que transportam o oxigênio para os músculos, aumenta no sangue. Nesse período de adaptação, os sintomas mais comuns são respiração curta, dores de cabeça, náusea, vômitos, tontura, insônia (em dois terços dos casos) e perda de apetite (em um terço das pessoas).
Não. É impossível prever se alguém sofrerá com os sintomas ou terá uma adaptação tranqüila. Calcula-se que os sintomas negativos sejam sentidos por cerca de 15% das pessoas a 2.000 metros de altura. O índice sobe para 60% quando se chega a 4.000 metros. A mais de 5.000, todas as pessoas sentem algum tipo de efeito negativo. Qualquer pessoa está sujeita ao problema – fatores como idade ou sexo não são determinantes. A característica que mais pesa na definição de quem sofre ou não com os efeitos da altitude é a condição física. Geralmente, quem está bem condicionado lida melhor com a situação. O bom preparo e o fôlego em dia, porém, não garantem totalmente que uma pessoa ficará livre dos sintomas.
O melhor é subir aos poucos, ou seja, viajar a alturas sucessivamente maiores e dar tempo suficiente para a adaptação. Quanto mais rápida é a chegada e mais alto é o destino, piores são os sintomas. Assim, uma pessoa que vive ao nível do mar e resolve visitar La Paz, a mais de 3.600 metros, pode evitar problemas gastando alguns dias numa altura intermediária, a pouco mais de 2.000 metros. Quem não tem tempo para fazer a adaptação deve tentar chegar ao destino com uma boa condição física – recomenda-se caminhar ou correr nas semanas que antecedem a viagem.
Algumas pessoas nessa situação reclamam de algum
desconforto, de perda de apetite e de dores de cabeça por
causa da diferença nas condições climáticas. No geral, porém,
os moradores de cidades muito altas não enfrentam
dificuldades na descida. No caso dos atletas, isso é até usado
em favor de um melhor desempenho. Quem treina na altitude
rende mais ao nível do mar. Como o ar rarefeito ensina o
organismo a absorver e a processar melhor o oxigênio, o
rendimento melhora.
Quer você esteja no nível do mar ou
no alto de uma montanha, a
atmosfera tem o mesmo nível de
oxigênio: 21%. Quando as pessoas
escalam em altitudes elevadas, no
entanto, elas experimentam menos
pressão atmosférica (barométrica),
e como as moléculas de oxigênio
estão mais separadas, a respiração
torna-se mais difícil.
Oxigênio
No nível do mar, a pressão
atmosférica ajuda o oxigênio a circular
dos pulmões para o sangue e os
tecidos. Em altas altitudes, com a
queda de pressão, esse processo é
mais lento. O corpo reage aumentando
o número de células vermelhas do
sangue, que carregam oxigênio, e
também aumentando a produção de
uma enzima que transporta o oxigênio
para os tecidos.
Aclimatação
Os efeitos da altitude elevada são
comumente chamados de Mal da
Montanha, e afetam todos os alpinistas
em algum nível. Entre as principais
reclamações, estão dores de cabeça,
náusea e vômito, tonturas e insônia.
Em geral, o Mal da Montanha não é
sério, mas seus sintomas podem ser
indicações prévias de edema pulmonar
e edema cerebral.
Mal da Montanha
Se a pressão nos pulmões de um alpinista
for muito grande, o plasma (a parte líquida
do sangue) pode vazar nos alvéolos
pulmonares. Com os pulmões cheios de
fluido, o alpinista pode sofrer com
respiração entrecortada, dor no peito, falta
de ar e tosse. A maioria dos casos fatais
ocorre acima de 3.600 metros.
Edema pulmonar de altitude
O aumento do fluxo de sangue no
cérebro devido à falta de oxigênio
produz inchaço, e pode causar
confusão, entorpecimento, alucinações
e coma. É potencialmente fatal, mas os
pacientes podem se recuperar
completamente se forem tratados
imediatamente em uma altitude mais
baixa
Edema cerebral de altitude
A falta de oxigênio no cérebro pode fazer
com que os alpinistas experimentem uma
perda de clareza mental. Eles podem
esquecer de comer, e até perder o senso
de direção. Sua memória pode falhar e
pode surgir dificuldade para falar
normalmente.
Perda de discernimento
Os alpinistas precisam de bom
equilíbrio, coordenação e habilidade
manual, mas a parte do cérebro que
controla essas habilidades exige muito
oxigênio para funcionar corretamente.
Como o ar fica mais rarefeito em
altitudes elevadas, o suprimento de
oxigênio também diminui, causando
perda potencial de coordenação e
equilíbrio.
Ataxia
Durante o sono, os níveis menores de
oxigênio podem fazer com que a
respiração do alpinista torne-se
irregular, com várias respirações
profundas seguidas por vários
segundos em apnéia, sem respiração.
Perturbação do sono
A respiração mais profunda e intensa
em altitudes elevadas faz com que o
corpo do alpinista perca mais água do
que o normal através dos pulmões.
Desidratação
Muitos alpinistas perdem o apetite em
altitudes elevadas. Os intestinos
também influenciam na perda de peso,
pois não conseguem absorver alguns
alimentos (especialmente gorduras)
de forma tão eficiente.
Perda de peso
O aumento da produção de células
vermelhas em altitudes elevadas por
mais de um ou dois meses faz com que
o sangue se torne mais espesso, e
pode causar coagulação em algumas
cavidades. Outra causa provável de
coagulação é a desidratação em
altitudes elevadas
Coagulação do sangue
Esta condição dolorosa ocorre quando
uma porção de ar fica presa nas
obturações. Pode irritar um nervo,
afrouxar a obturação ou até expulsá-la
devido à pressão em altitudes
elevadas.
Dor de dente de altitude
Essa condição se apresenta em altitudes
elevadas. Os alpinistas podem sentir um
aumento da quantidade normal de gás em
seus intestinos devido às mudanças na
pressão atmosférica.
Flatulência de altitude
Quanto maior a altitude, maior a
exposição à perigosa radiação
ultravioleta. A cada 300 metros de
subida, a exposição à luz ultravioleta
aumenta cerca de 4%. Assim, os
alpinistas no topo do Everest estão 30
vezes mais expostos aos raios UV do
que se estivessem no nível do mar.
Cegueira pela neve, ou inflamação da córnea por raios ultravioleta
As queimaduras solares representam
um perigo real. Alpinistas devem usar
filtro solar com FPS 30, pelo menos, e
reaplicá-lo no mínimo a cada duas
horas ao longo do dia.
Queimaduras solares
Ao começar a perder a sensibilidade
em alguma extremidade, o alpinista
deve se aquecer imediatamente. O
congelamento severo pode danificar
seriamente os dedos dos pés, das
mãos e outras partes do corpo, a
ponto de exigir a amputação dos
membros atingidos
Congelamento
Em altitude, a poeira, o ar seco, a
baixa taxa respiratória do alpinista e a
relativa desidratação às vezes podem
causar pneumonia. A forte tosse
resultante - que no Everest é chamada
de "tosse Khumbu", o nome de um
glaciar - é suficiente para quebrar
uma costela. A pneumonia deve ser
tratada com antibióticos.
Pneumonia
Uma reação patológica da
temperatura do corpo leva à perda de
discernimento, desajeitamento, fala
embaralhada, fraqueza, progresssiva
perda de clareza mental, e finalmente,
à perda de consciência e ao mal
funcionamento cardíaco.
Hipotermia
Alunos:
Brenda
Felipe M.
Paola
Renata
Rariel
3º Ano A
Ed. Física – Wagner
Escola Estadual Jorge Amado
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