educação de jovens e adultos anos finais
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Educação de Jovens e Adultos
Anos Finais
Caro(a) estudante!
Estamos vivenciando um momento que nos fez redesenhar rotas e caminhos para que
nossos objetivos sejam alcançados.
Temos que nos adaptar, buscar ferramentas que nos permitam dar andamento ao
processo de ensino-aprendizagem.
Até que tudo volte ao normal, você terá uma forma diferente e muito útil para manter
seu ritmo de estudos.
Para isso, é preciso que você estabeleça uma rotina diária e tenha disciplina!
Em breve estaremos juntos nas aulas presenciais, dando vida à escola, que fica triste e
vazia sem os alunos.
“O seu futuro depende de muitas coisas, mas principalmente de você!”
Mauro Mendes Ferreira
Governador do Estado de Mato Grosso
Otaviano Olavo Pivetta
Vice-Governador de Mato Grosso
Marioneide Angélica Kliemachewsk
Secretária de Estado de Educação de Mato Grosso
Rosa Maria Araújo Luzardo
Secretária Adjunta de Gestão Educacional
Richard Carlos da Silva
Superintendente de Políticas de Educação Básica
Adriano Sabino Gomes
Superintendente de Políticas de Desenvolvimento Profissional
Rosangela Maria Moreira
Superintendente de Políticas de Gestão Escolar
Lúcia Aparecida dos Santos
Superintendente de Políticas de Diversidade
Mauro Mendes Ferreira
Governador do Estado de Mato Grosso
Otaviano Olavo Pivetta
Vice-Governador de Mato Grosso
Marioneide Angélica Kliemachewsk
Secretária de Estado de Educação de Mato Grosso
Rosa Maria Araújo Luzardo
Secretária Adjunta de Gestão Educacional
Richard Carlos da Silva
Superintendente de Políticas de Educação Básica
Adriano Sabino Gomes
Superintendente de Políticas de Desenvolvimento Profissional
Rosangela Maria Moreira
Superintendente de Políticas de Gestão Escolar
Lúcia Aparecida dos Santos
Superintendente de Políticas de Diversidade
Realização
Governo do Estado de Mato Grosso
Secretaria de Estado de Educação
Coordenação Geral
Rosa Maria Araújo Luzardo
Irene de Souza Costa
Equipe de Coordenação
Adriano Sabino Gomes
Edwaldo Dias Bocuti
Isaltino Alves Barbosa
Lucia Aparecida dos Santos
Simone de Barros Berte
Richard Carlos da Silva
Grupo de trabalho
Simone de Barros Berte - Coordenadora da Equipe EJA
Patricia G. Carolo Nascimento - Líder de Equipe
Fernanda Brum Lopes - Licenciatura em geografia
Glaucia Ribeiro - Licenciatura em Letras
Manoel Satiro da Silveira - Licenciatura em História
Nilseia Roz Maldonado - Pedagogia
Raquel Dias dos Santos - Pedagogia
Sônia Gonçalina Pereira - Licenciatura em Matemática
Luís Santiago
Ângela Fontana Velho – Revisora
Suleima Cristina Leite de Moraes – Revisora
Mizael Teixeira Silva – Audiovisual
Sumário
LINGUAGEM ............................................................................................................... 6
CIÊNCIAS HUMANAS .............................................................................................. 14
GEOGRAFIA .............................................................................................................. 14
HISTÓRIA .................................................................................................................. 18
CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA ...................................................... 24
MATEMÁTICA ..................................................................................................... 25
TEXTOS
1. Texto I para leitura e interpretação.
Vivendo e aprendendo
Certa vez, um grupo de tropeiros tinha de fazer uma longa viagem e havia muita carga
para ser levada pelos burros.
Resolveram, então, deixar que cada burro escolhesse o que queria carregar e a escolha
deveria ser feita por ordem de idade.
Vai que o mais velho dos burros, o primeiro da lista, escolheu justamente o balaio
maior, o mais pesado de todos, aquele que levava a comida dos tropeiros.
Os outros burros zurraram de tanto rir:
– Mas que burro! Quanto mais velho, mais burro!
LINGUAGEM
Unidade
1
E lá se foi o burrinho velho, arcado sob o peso do balaio e das gozações dos
companheiros. Mas, por dentro, ficava pensando:
“Ri melhor quem ri por último!”
Mas, à medida que a viagem seguia seu rumo, a cada parada os homens serviam-se da
comida do balaio carregado pelo velho burro.
Assim, em poucos dias, andava ele muito feliz e lampeiro, folgado com seu balaio
quase vazio.
Enquanto isso, os outros burros que o haviam ridicularizado, arfavam com o peso de
suas cargas, que não tinha diminuído nem um pouquinho!
Disponível em: <http://www.bibliotecapedrobandeira.com.br/>.
Você entendeu a moral da história?
Ela foi resumida em uma frase, na verdade, em um ditado popular. Mas, afinal, você
sabe o que é um ditado popular e o que ele representa? A seguir, abordamos essas questões e
listamos exemplos de ditados populares mais utilizados atualmente.
Ditados Populares
Os ditados populares, também chamados de provérbios, fazem parte do dia a dia das
pessoas, sendo empregados com mais frequência na comunicação oral ou escrita coloquial.
Ditados populares são frases curtas e de efeito, que têm como finalidade advertir ou
aconselhar alguém. Curiosamente, todos eles sempre transmitem um conhecimento à pessoa.
Além da característica de ser uma frase curta, alguns ditados populares apresentam
rima, que é um recurso oral facilitador da memorização, o que contribui para que esses
provérbios permanecem e estendam-se entre várias gerações.
Como trata-se de uma frase popular, repetida durante gerações, não se sabe quem foi
o autor delas. Outra característica marcante do ditado popular é a imutabilidade: eles
permanecem quase os mesmos ao longo do tempo, sendo conhecidos e interpretados com
facilidade.
Os ditados populares representam a sabedoria popular, ajudando a constituir uma
parte da cultura do país. Tais frases estão fortemente vinculadas à tradição e comunicação
oral, exprimindo conhecimentos e conselhos que qualquer pessoa consegue entender.
Embora poucos saibam, o ditado popular não é algo restrito ao Brasil, pelo
contrário, está presente na tradição de vários países (Estados Unidos, Alemanha e Japão, por
exemplo), compondo, também, uma sabedoria popular nesses locais.
Separamos alguns exemplos dos principais ditados populares e seus significados.
Confira:
1) A pressa é a inimiga da perfeição – mostra que é necessário ter paciência e fazer
as coisas devagar para alcançar os objetivos.
2) A corda sempre arrebenta do lado mais fraco – indica que pessoas com classe
social considerada mais baixa em relação às outras são prejudicadas primeiro.
3) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura – sinaliza que é necessário
persistência para conseguir o que se deseja.
4) Águas passadas não movem moinho – remete à ideia de que o que passou,
passou, e que não é possível mudar o passado.
5) Amigos, amigos, negócios à parte – revela que as amizades podem ser abaladas
quando há dinheiro envolvido. Por isso, não seria bom misturá-los.
6) Cada macaco no seu galho – apresenta o conceito de que cada um deve cuidar da
sua vida e não se intrometer na do outro.
7) Cão que ladra não morde – mostra que algumas pessoas ameaçam com palavras,
mas, na verdade, não fazem nada, por isso não é necessário temê-las.
8) Casa da mãe Joana – refere-se a um lugar onde as pessoas têm liberdade para
entrar e fazer o que quiserem, em qualquer hora.
9) De médico e louco, todo mundo tem um pouco – sinaliza que as pessoas, no
geral, têm um lado mais sensato e um lado mais impulsivo.
10) Deus ajuda a quem cedo madruga – pessoas determinadas, que acordam cedo
para trabalhar ou estudar, conseguem seus objetivos.
11) De grão em grão, a galinha enche o papo – usamos esse ditado quando
queremos dizer que determinado objetivo será alcançado aos poucos, etapa por etapa.
12) Devagar se vai longe – apresenta que pessoas que fazem atividades com calma,
cada uma a seu tempo, conseguem ter mais sucesso do que as que realizam seus afazeres
apressados.
13) Diga com quem anda que lhe direi quem és – afirma que o caráter de uma
pessoa pode ser definido pelo caráter das suas amizades.
14) Esmola demais até santo desconfia – remete à ideia de que, quando uma pessoa
elogia outra em excesso ou lhe oferece presentes, é porque pode estar querendo algo por trás.
15) Filho de peixe, peixinho é – mostra que, no geral, os filhos têm atitudes parecidas
às que têm os seus pais.
16) Há males que vêm para bem – significa que um acontecimento aparentemente
ruim pode representar algo bom no futuro.
17) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando – indica que é mais
importante ter algo menos valioso, mas concreto, do que algo valioso, mas que é difícil de ser
obtido.
18) Mente vazia, oficina do diabo – apresenta que, quando alguém não tem
atividades, o tempo ocioso toma conta da sua mente, motivando a ter pensamentos negativos.
19) Não deixe para amanhã aquilo que você pode fazer hoje – nesse caso, a ideia é
que a pessoa faça agora mesmo as suas atividades, pois depois elas se acumularão.
20) Não ponha a carroça na frente dos bois – orienta as pessoas a seguirem o curso
natural das coisas e não mudá-las.
21) Nem tudo que reluz é ouro – mostra que nem sempre as aparências contam, é
preciso conhecer melhor uma pessoa por dentro para saber qual é o seu caráter.
22) Onde há fumaça, há fogo – indica que, quando a pessoa desconfia de algo ou
alguém por ter sinais, realmente há motivo para tal desconfiança.
23) Para bom entendedor, meia palavra basta – é usado em situações nas quais o
interlocutor capta rapidamente a mensagem que o locutor está produzindo.
24) Por ele eu ponho minha mão no fogo – sinaliza quando uma pessoa confia
cegamente na outra a ponto de acreditar em tudo que ela fala.
25) Quem não é visto, não é lembrado – ressalta que pessoas que se isolam ou não
se mostram podem ser esquecidas ou substituídas por outras que estão mais à vista.
26) Quem não tem cão caça com gato – remete à ideia de que, quando não temos
algum objeto adequado para realizar a atividade, devemos improvisar.
27) Roupa suja se lava em casa – indica que as pessoas devem discutir ou brigar
somente entre membros da família, não na frente de desconhecidos.
28) Saco vazio não para em pé – revela que devemos nos alimentar, porque, caso
contrário, não teremos forças e podemos sentir-nos mal a ponto de desmaiar.
29) Quem com ferro fere, com ferro será ferido – significa que as pessoas que
prejudicam outras serão prejudicadas um dia da mesma forma.
30) Um dia é da caça, outro, do caçador – mostra que as pessoas têm dias e dias,
que podem ser bons ou ruins, portanto, vida que segue.
2. Texto II para leitura e interpretação.
Lei que cria programa de combate ao bullying começa a valer nesta semana
A partir desta semana, escolas, clubes e agremiações recreativas em todo o país
deverão desenvolver medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying. A lei que
institui o chamado Programa de Combate à Intimidação Sistemática foi sancionada em
novembro passado e prevê a realização de campanhas educativas, além de orientação e
assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores.
O texto estabelece que os objetivos propostos pelo programa poderão ser usados para
fundamentar ações do Ministério da Educação, das secretarias estaduais e municipais de
educação e também de outros órgãos aos quais a matéria diz respeito. Entre as ações previstas
está a capacitação de docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de
discussão, prevenção, orientação e solução do problema.
Ainda de acordo com a legislação, a punição aos agressores, em casos de bullying,
deve ser evitada, tanto quanto possível, “privilegiando mecanismos e instrumentos
alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento
hostil”.
O texto caracteriza o bullying como todo ato de violência física ou psicológica,
intencional e repetitivo, que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou
grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor
e angústia à vítima em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
A previsão é que sejam produzidos e publicados relatórios bimestrais das ocorrências
de bullying nos estados e municípios para o planejamento das ações. Segundo a lei, os entes
federados poderão firmar convênios e estabelecer parcerias para a implementação e a correta
execução dos objetivos e diretrizes do programa.
Disponível em: <http://www.tribunaonline.com.br>. 09 de fevereiro de 2016.
Esse texto foi publicado no ano em que a lei de combate ao bullying entrou em vigor
(2016). Você sabia da existência dessa lei? Já sofreu ou praticou bullying?
Como a realidade do bullying está muito presente nas escolas, é necessário trabalhar
com os alunos os conceitos e a prática do respeito mútuo, diálogo, solidariedade, empatia, ou
seja, que o indivíduo aprenda a se colocar no lugar do outro, conquistando um ambiente
seguro, favorável ao aprendizado e convívio social.
Sugestão de filme – Extraordinário:
https://www.youtube.com/watch?v=4ZCseuVqWDI
GEOGRAFIA
ESPAÇO GEOGRÁFICO: ORIENTAÇÃO (EF06GE08)
Existe um ditado popular que diz: “Quem tem boca vai a Roma”. Você sabe o que
significa?
Significa que, quando precisamos chegar a algum lugar e não conhecemos o caminho
podemos pedir informações – do tipo, “Por favor, como faço para chegar a este endereço?” -
para conseguirmos nos orientar.
Mas, afinal, o que é orientação?
Orientar-se é fundamental para a humanidade desde os seus primórdios. Conhecer o
espaço onde se vive e saber que caminho tomar para chegar a um determinado lugar (como,
por exemplo, o caminho para ir trabalhar ou chegar até a escola) constitui um aspecto
importante e vital para os seres humanos. Para isso, foram determinadas uma série de noções
de orientações ou localização em relação ao espaço.
Pode-se localizar tomando por base referenciais como ruas, construções, estradas,
rios, etc (situação comum à maioria das pessoas), ou por meio de conhecimentos geográficos,
tais como: interpretação de plantas e mapas; domínio de noções sobre coordenadas
geográficas, manuseio e leitura de equipamentos, como GPS, bússola.
CIÊNCIAS HUMANAS
Unidade
2
Rosa dos ventos
A rosa-dos-ventos é uma figura em que
estão presentes, principalmente:
-Os pontos cardeais: Norte (N), sul (S),
Oeste (O, ou West, em inglês) e Leste ou Este (L
ou E);
-Os pontos colaterais: Noroeste (NO),
nordeste (NE), sudoeste (SO) e sudeste (SE);
Esses são os pontos que facilitam a
orientação na superfície terrestre. A noção a
respeito desses pontos de orientação é
fundamental para estabelecer os deslocamentos
aéreos e marítimos, por exemplo, ou em locais
onde não há estradas, como regiões desérticas e
áreas florestais. É fundamental também para manusear e utilizar plantas e mapas,
determinando-se, por exemplo, a localização de cidades, estados, regiões, países, continentes,
oceanos, tomando-se por referência um certo local ou elemento: ao afirmamos que o estado
de Tocantins está ao norte de Goiás, tomamos como referência este último estado.
Um dos primeiros passos para nos orientarmos corretamente no espaço geográfico ,
ou seja, na superfície terrestre, é dar nome aos lugares e às direções que serão utilizadas como
referência.
POLOS E HEMISFÉRIOS
A Terra, embora não seja uma esfera perfeita, tem a
forma arredondada. Ela é ligeiramente achatada nos seus dois
extremos, que são chamados de polos. Um deles denominamos
de norte e outro de sul. São os polos geográficos norte e sul. No centro do planeta ou da
esfera terrestre, em igual distância entre esses dois polos geográficos, os estudiosos traçaram
um círculo imaginário, a Linha do Equador, que envolve a Terra e divide o planeta em duas
partes iguais: o hemisfério Norte e o hemisfério Sul.
A Rosa dos Ventos
Fonte: Webgeo. Disponível
em:<http://www.web geo.net.br>. Acesso em:
09 mar. 2018.
A palavra
hemisfério significa
‘metade de uma esfera’
Outra definição importante foi a determinação do chamado meridiano de Greenwich
(linha que cruza um antigo observatório inglês, em Greenwich) como o divisor oficial do
planeta em outros dois hemisférios: leste e oeste.
Observe o mapa abaixo:
MAPA 1: Representação da Terra com destaque à Linha do Equador e os demais paralelos
na posição horizontal e Greenwich e os demais meridianos na posição vertical.
Fonte: Infoescola. Disponível em:<https://www.infoescola.com/geografia/coordenadas-
geograficas/>. Acesso em: 07 abr. 2020.
Geografia na rede:
Acesse a página do Google Maps e procure no mapa um ponto conhecido (sua casa,
sua escola, seu trabalho) e procure se deslocar até um segundo ponto que você conheça, em:
<https://www.google.com.br/maps/>
Referências Bibliográficas
Webgeo. Disponível em:<http://www.webgeo.net.br>. Acesso em: 09 mar. 2018.
Educação UOL. Disponível em:<https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/
hemisferios-entenda-as-coordenadas-geograficas.htm>. Acesso em: 07 abr. 2020.
Educação UOL. Disponível em:<https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/
orientacao-e-localizacao-pontos-cardeais-e-outras-referencias.htm>. Acesso em: 07 abr.
2020.
Mundo Educação. Disponível em:<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/polos-
terra.htm>. Acesso em: 07 abr. 2020.
IBGE. Disponível em:<https://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 07 abr. 2020.
Google. Disponível em:<https://www.google.com.br/maps/>. Acesso em: 08 abr. 2020.
VESENTINI, J.W; VLACH, V. Geografia Crítica: o Espaço natural e a ação humana. 6° ano.
3.ed. São Paulo: Ática, 2010.
HISTÓRIA
PRÉ-HISTÓRIA
A Pré-História é como conhecemos o período que acompanha a evolução humana a
partir do momento que os hominídeos começaram a usar ferramentas de pedra. Encerrou-se
com o surgimento da escrita, que aconteceu entre 3.500 a.C. e 3.000 a.C.
A Pré-História é, basicamente, dividida entre Paleolítico, Mesolítico (período
intermediário) e Neolítico. Nesses períodos, acompanhamos o desenvolvimento dos
hominídeos com a elaboração de novas ferramentas, além do surgimento do homo sapiens
sapiens, há cerca de 300 mil anos.
Divisão da Pré-História
A Pré-História é um período da história humana particularmente grande. A sua
nomenclatura e larga duração remetem ao século XIX, quando os primeiros vestígios da vida
humana pré-histórica começaram a ser encontrados. Isso porque no século XIX existia a
noção de que a História só poderia ser feita por meio de documentos escritos e, assim, todos
os acontecimentos anteriores ao surgimento da escrita ficaram conhecidos como “Pré-
História”.
A Pré-História abrange, aproximadamente, um período que se estende de 3 milhões
de anos atrás a 3.500 a.C. e é dividida da seguinte maneira:
Paleolítico
Crânio do hominídeo homo heidelbergensis, que viveu entre 500 mil e 250 mil anos atrás.*
O período Paleolítico é conhecido também como Idade da Pedra Lascada e esse
nome faz referência aos objetos que eram utilizados pelo homem para sua sobrevivência, que
eram produzidos exatamente de pedra lascada. Esse período estendeu-se de 3 milhões de
anos atrás a 10.000 a.C. e foi subdividido em três fases que são Paleolítico Inferior, Médio
e Superior.
Cada um desses períodos possui as suas particularidades e veremos um breve resumo
de cada uma delas, começando pelo Paleolítico Inferior. Esse período começa a ser contado
exatamente quando os hominídeos começaram a ter a habilidade de produzir as primeiras
ferramentas para sua sobrevivência.
Essas ferramentas foram obra do homo habilis e do homo erectus (o primeiro
hominídeo a ficar numa posição totalmente ereta). Essa fase estendeu-se de 3 milhões de
anos atrás a 250 mil anos atrás.
O Paleolítico Médio compreendeu o período de 250 mil anos atrás a 40.000 a.C. e é
caracterizado, principalmente, pela presença do homem de Neandertal. O homo sapiens já
existia nessa época, uma vez que seu surgimento aconteceu há 300 mil anos. Os estudos
arqueológicos mostram que nesse tempo o estilo de vida do homem tornou-se um pouco mais
sofisticado com novas ferramentas sendo elaboradas e com o uso do fogo sendo mais
difundido.
Por fim, há também o Paleolítico Superior, que foi de 50.000 a.C. a 10.000 a.C.
Nesse período, as ferramentas utilizadas pelo homem passaram a ser elaboradas em grande
diversidade. Eram produzidos pequenos anzóis, machados, agulhas e até mesmo a arte
começou a ser concebida pelo homem. No caso da arte, o destaque vai para a pintura
rupestre, realizada nas paredes das cavernas.
Pintura rupestre realizada na parede de uma caverna localizada na Tailândia.
Abrangendo os três períodos, resumidamente, o Paleolítico é um período em que o
homem sobrevivia da coleta e da caça, sendo fundamental, no caso da caça, a elaboração de
ferramentas para auxiliá-lo na obtenção do alimento. Por depender da caça e coleta, o homem
era nômade e mudava de lugar quando os recursos do local em que estava instalado ficavam
escassos.
Como a temperatura geral da Terra era mais amena, sobretudo nos períodos de
glaciação, o homem vivia nas cavernas para proteger-se do frio. As ferramentas utilizadas
poderiam ser feitas de ossos, pedras e marfim. No fim do Paleolítico, o ser humano começou
a experimentar as primeiras experiências religiosas, e o desenvolvimento do estilo de vida
dos homens fez com que eles desenvolvessem rituais funerários, por exemplo.
Mesolítico
O Mesolítico é uma fase intermediária entre o Paleolítico e o Neolítico que
aconteceu em determinadas partes do mundo. Os especialistas em Pré-História destacam que
o Mesolítico aconteceu, sobretudo, em locais onde houve glaciações intensas. Aconteceu na
Europa e em partes da Ásia e estendeu-se, aproximadamente, entre 13.000 a.C. e 9.000 a.C.
Esse período marcou a decadência dos agrupamentos humanos que viviam
exclusivamente da caça em detrimento daqueles que eram caçadores e coletores. Ficou
marcado também pelo desenvolvimento da olaria (produção de cerâmica) e da técnica para
produção de tecidos. Considera-se o fim desse período o momento em que a agricultura foi
desenvolvida.
Neolítico
O Neolítico é a última fase do período pré-histórico e estendeu-se de 10.000 a.C. até
3.000 a.C. Essas datas (que são aproximativas) assinalam dois marcos importantes para a
história do desenvolvimento humano. Primeiro, houve o surgimento da agricultura, um
importante marco para a sobrevivência do homem e, por fim, houve o desenvolvimento da
escrita.
Com o desenvolvimento da agricultura, o homem conseguiu mudar radicalmente o
seu estilo de vida, uma vez que a agricultura permitia o homem fixar-se em um só local
(sedentarização do homem), sobrevivendo de tudo o que ele produzia. O domínio da
agricultura também levou o homem a desmatar a floresta e desenvolver campos de plantio.
Junto do desenvolvimento da agricultura veio também a domesticação dos animais,
que auxiliava o homem no transporte de carga, na agricultura, como animal de tração, servia
de alimento e até mesmo como meio de transporte. Todas essas novidades, que possibilitaram
a sedentarização humana, resultaram na formação de enormes agrupamentos humanos que,
com o tempo e conforme cresciam, tornaram-se as primeiras cidades do mundo.
O Neolítico também ficou marcado pelo desenvolvimento da arquitetura, o que
permitia o homem construir casas de pedra e construções megalíticas. Essas últimas, até hoje,
não tiveram sua finalidade muito bem esclarecidas pela arqueologia. A olaria surgiu em
muitos lugares e foi aprimorada em outros.
Ao passo que os agrupamentos humanos cresciam, as sociedades que se formavam
tornavam-se mais complexas e mais desiguais, uma vez que as pessoas que estavam
diretamente envolvidas com o gerenciamento dos recursos tornavam-se mais importantes e
mais influentes.
O fim do período Neolítico ficou marcado pelo desenvolvimento da metalurgia, isto
é, a capacidade de produzir ferramentas a partir da fundição de metal e pelo desenvolvimento
da primeira forma de escrita da humanidade, a escrita cuneiforme.
Divisão do trabalho na Pré-História
A divisão do trabalho na Pré-História foi acontecendo conforme o estilo de vida dos
agrupamentos humanos foi ficando mais sofisticado. Sendo assim, os homens foram sendo
responsáveis pela caça de animais, enquanto que as mulheres foram tornando-se
responsáveis pela coleta de alimentos para alimentarem-se e alimentarem seus filhos. À
medida que a agricultura foi desenvolvida, essa atividade também passou a ser
responsabilidade, em geral, das mulheres.
A professora e socióloga alemã Maria Mies sugere que a sobrevivência dos
agrupamentos humanos, durante parte da Pré-História, foi possível, sobretudo, a partir do
papel desempenhado pelas mulheres, uma vez que grande parte do alimento consumido era
oriundo da coleta e da agricultura, e uma parte diminuta era resultado da caça, função
masculina|1|.
ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA
Vênus de Willendorf, uma das obras de arte mais conhecidas da Pré-História.
A arte na Pré-História assumiu características distintas. Os especialistas não sabem ao
certo os motivos pelos quais os seres humanos produziam tais objetos artísticos, mas
especulam que podem ser um registro artístico apenas como um registro do cotidiano. no
sentido da “arte pela arte”. Outros sugerem que poderiam ter uma função ritualística, com o
objetivo de integrar o homem com a natureza.
Do período Paleolítico, destacam-se, principalmente, as pinturas rupestres, que eram
feitas nas paredes das cavernas que são encontradas em diversos locais do mundo, inclusive
no Brasil. As pinturas rupestres representavam o homem em meio a grandes grupos de
animais, simbolizando as caçadas, e representavam também outras cenas do cotidiano
humano.
No Paleolítico, também eram feitas pequenas esculturas das quais destacam-se as
estatuetas de Vênus, datadas do período entre 40.000 a.C. e 10.000 a.C. Essas estatuetas
foram encontradas em diferentes partes do mundo e representavam um corpo feminino nu
com formas voluptuosas, podendo estar associadas ao culto da Deusa-mãe.
No Neolítico, destacam-se as construções megalíticas, construções realizadas com
grandes rochas. Os especialistas ainda não sabem o real objetivo dessas construções, mas
especulam-se que poderiam funcionar como marcadores de tempo ou poderiam ter relação
com a observação dos astros. A construção megalítica mais famosa é Stonehenge, localizada
na Inglaterra.
Curiosidades sobre a Pré-História
Coprólito, pedaço de fezes fossilizado (humano ou não-humano) que serve para o estudo do
período pré-histórico.
O estudo da Pré-História é um ofício realizado, principalmente, por arqueólogos,
paleontólogos e geólogos.
O estudo da vida dos seres humanos pré-históricos (e também dos animais desse
período) inclui a análise de coprólitos, isto é, fezes fossilizadas.
No Brasil, o principal sítio arqueológico localiza-se na Serra da Capivara, que fica
no estado do Piauí.
A estatueta de Vênus mais famosa é a Vênus de Willendorf, localizada na Áustria e
que tem cerca de 25 mil anos.
Animação retratando homens pré-históricos caçando um mamute.
Por Daniel Neves Silva
Referências Bibliográficas
BENJAMIN, W. Sobre o conceito da História. In: Obras escolhidas: magia e técnica, arte e
política. 3. ed. Trad. Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987.
Saiba mais sobre uma caverna na França muito famosa por suas pinturas rupestres
Alimentação do homem durante a Pré-História
https://www.youtube.com/watch?v=IAzZ9HXA2xw
https://www.youtube.com/watch?v=MruqPd3vcM4
https://www.youtube.com/watch?v=WEUZ3zhzXhs
https://www.youtube.com/watch?v=djMzV_7oc8w
https://www.youtube.com/watch?v=HZ_ZjNKy4Cw
CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA
NOMES E DESCRIÇÕES DOS FENÔMENOS NATURAIS
Uma senhora, lembrando de sua infância, disse:– Quando eu era criança, olhava o
céu, me encantava e me perguntava: o Sol de cada dia é um novo Sol? A cada dia tem um Sol
diferente? O que acontecia com o Sol durante a noite? Você também já pensou sobre esse
assunto? Que respostas dá às perguntas da menina? Quando fazemos essas perguntas,
estamos de fato procurando compreender fenômenos do dia e da noite. Certamente, há muito
que se conhecer, a partir de nossa própria capacidade de observar, de perguntar e de comparar
respostas. O dia-a-dia das pessoas vai dando oportunidade para conhecer melhor os variados
fenômenos da natureza. Isso varia conforme as profissões e os modos de vida das pessoas.
Por exemplo, quem vive no campo, em geral, tem mais conhecimento sobre fatos
relacionados às plantas e aos animais, sobre as variações do calor e das chuvas durante o ano,
pois dependem disso para plantar.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA
Unidade
1
MATEMÁTICA
1. A ARTE DE RACIOCINAR
É bem provável que o termo “raciocínio” seja um dos mais usados quando se fala em
Matemática.
Raciocinar, usar a razão...o que de fato isso significa?
A capacidade de raciocinar já “nasce” com cada um de nós?
Ou o raciocínio vai se desenvolvendo ao longo de nossa vida?
E a escola? Ela tem um papel a desempenhar no desenvolvimento do raciocínio das
crianças, dos jovens, dos adultos e idosos?
O que você pensa a respeito dessas questões?
Como você estudante avalia o seu “raciocínio?
2. MATEMÁTICA: UMA CONSTRUÇÃO HUMANA
Você consegue imaginar a sua vida sem usar os números, sem fazer cálculos ou
medidas? Como seria na hora de ir fazer suas compras, pagar suas contas ou marcar um
compromisso? Você já se perguntou alguma vez de onde vêm e como são geradas nossas
ideias, os nossos conhecimentos matemáticos? São muitas e muitas as informações
disponíveis ao nosso redor. Convivemos a todo instante com tantas invenções e conquistas
que, de algum modo, mudaram e até facilitaram nossa vida e nem nos damos conta de que,
em outras épocas, as coisas eram totalmente diferentes. A matemática está em sua vida todos
os dias, desde que nasce até a hora que morre, do levantar ao deitar, nas ciências, na
geografia, no português, na arte, na educação física, na física, na química, na biologia, na
língua estrangeira, na história, na filosofia, na sociologia, no ensino religioso, na medicina,
nas arquiteturas, nas engenharias, na cidade, no campo, enfim, em tudo que existe no planeta
terra e no sistema planetário.
3. CONTANDO E CALCULANDO
Olhe a sua volta e verifique onde há números, formas, gráficos, tabelas e outros
símbolos matemáticos. O que foi possível observar? Escreva tudo o que você conseguiu ver.
Separe aqueles elementos que você acha que foram inventados pelo homem e aqueles que
estão na natureza. Tente lembrar-se de algumas maneiras que as pessoas utilizam para contar,
indicar quantidades, marcar os pontos de um jogo ou apresentar o resultado de uma partida de
futebol. Escreva no seu caderno algumas dessas formas. Você já usou os dedos para contar ou
calcular? E uma máquina calculadora?
4. A MATEMÁTICA É UMA SÓ?
A atividade matemática tem sido influenciada pela cultura e condições sociais e
econômicas em cada época. As civilizações egípcia, grega e árabe tinham necessidades
diferentes, relacionadas aos seus costumes. Por isso, possivelmente, os processos e
conhecimentos matemáticos puderam ser mais desenvolvidos em uma região do que em
outra. Os babilônios contribuíram com uma Aritmética bastante desenvolvida. Os egípcios,
além de noções aritméticas, contribuíram com conhecimentos iniciais da Geometria. Os
gregos com a Geometria abstrata e os árabes com a numeração e a Álgebra. Na história da
Matemática, vários tipos de problemas foram servindo de base para o homem construir o seu
conhecimento matemático e, dependendo da natureza do problema, sua solução favoreceu o
desenvolvimento da Aritmética, da Geometria, da Álgebra, da Trigonometria, da Estatística,
das Probabilidades, da Teoria dos Números, etc. O homem, em geral, usa seus conhecimentos
para resolver problemas concretos. Os problemas que ele não consegue resolver, ou as
perguntas que vai fazendo para si mesmo, dão origem a outros conceitos. Os conhecimentos
são organizados em novos campos, ampliando esse “universo de conhecimentos” em um
ritmo, cada vez mais intenso.
Referências Bibliográficas
M425 Matemática: livro do estudante: ensino fundamental / Coordenação: Zuleika de Felice
Murrie. — 2. ed. — Brasília: MEC: INEP, 2006. 214p.; 28cm
1. Matemática (Ensino fundamental). I. Murrie, Zuleika de Felice. CDD 372.73
Parafraseio de minha autoria: Sônia Gonçalina Pereira.
C569 Ciências: livro do estudante: ensino fundamental / Coordenação: Zuleika de Felice
Murrie. — 2. ed. — Brasília: MEC: INEP, 2006. 238p.; 28cm.
Ciências (Ensino fundamental). I. Murrie, Zuleika de Felice. CDD 372.35 (DANTE, 2010,
p.14).
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