educação escolar indígena no século xx

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Apresentação em power point para a cadeira de História da Educação no Brasil na FACED - UFRGS, das alunas Daniele Hanau, Maria de Fátima Graske e Taiane dos Reis sobre o texto: BERGAMASCHI, M. A . Educação Escolar Indígena no Século XX: da Escola para os Índios à Escola Específica e Diferenciada. In: Maria Stephanou; Maria Helena Camara Bastos. (Org.). Histórias e Memórias da Educação no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2005, v. III, p. 401-415. 2009/01

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EDUCAÇÃO ESCOLAR

INDÍGENA NO SÉCULO

XX

ALUNAS: DANIELE, Mª DE FÁTIMA E TAIANE

SEGUNDO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO(2002):

NACIONAL• 1.392 ESCOLAS

INDÍGENAS;

• 3.059 PROFESSORES ÍNDIOS;

• 93.000 ESTUDANTES REPRESENTANDO• 218 POVOS.

RS• 53 ESCOLAS

KAIGANG;

• 14 ESCOLAS GUARANI;

• 100 PROFESSORES;

• 4.300 ALUNOS.

SEGUNDO BERGAMASCHI:

• “A HISTÓRIA DA ESDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA É

MODULADA PELAS MUDANÇAS DA INTERAÇÃO DA

ESCOLA COM A DIVERSIDADE DO GRUPO A QUE SE

DESTINA;

• MESMO DIANTE DE UM PROCESSO COLONIAL QUE

TENTOU DESTITUIR A MEMÓRIA COLETIVA DOS POVOS

INDÍGENAS, AS MARCAS DO CONTATO FORAM SENDO

APROPRIADAS E RESSIGNIFICADAS, CONSTITUINDO

COSMOLOGIAS HÍBRIDAS, PORÉM NÃO MENOS

INDÍGENAS”.

PERÍODOS

1º PERÍODO: COLONIAL

• PREDOMINOU A CATEQUESE E AS

AÇÕES EDUCATIVAS;

• PREOCUPAÇÃO EM INSTALAR

UMA MORAL CRISTÃ;

• ESTENDEU-SE ATÉ O ADVENTO DA

REPÚBLICA.

INÍCIO SÉC. XX

• COM A MODERNIZAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DO ESTADO NACIONAL, INAUGUROU UM NOVO PERÍODO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA;

• A ESCOLA PASSOU A TER SUAS FUNÇÕES MAIS CONTROLADAS PELO ESTADO: “EDUCÁ-LOS E TERRITORIALIZÁ-LOS;

• SPI (SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO ÍNDIO);• INTENSO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO;• A CONTINUIDADE DA ATUAÇÃO

RELIGIOSA;

INSERÇÃO NA SOCIEDADE

1. ATRAIR E SEDENTARIZAR;2. ENSINAR A CULTIVAR, FIXANDO-

O NA ÁREA;3. CIVILIZAR, ATRAVÉS DO

TRABALHO E DA ESCOLA;4. REGULARIZAÇÃO DAS TERRAS.

ATÉ OS ANOS 80, FORAM RAROS

OS CASOS DE ESCOLAS INDÍGENAS

MANTIDAS PELO ESTADO (RS), POIS

O SPI NEGOCIAVA COM MISSÕES

RELIGIOSAS A INSTALAÇÃO DE

INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS

DENTRO DAS ÁREAS.

O ENSINO BILÍNGUE COMO PRÁTICA

REFORÇADORA DA LÍNGUA E DA

CULTURA É UMA PREOCUPAÇÃO

RECENTE, INICIALMENTE ELE FOI

INTRODUZIDO COM FINS

CATEQUÉTICOS.

CONSTITUIÇÃO

A PARTIR DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, LEIS QUE “ENCAMINHAM POSSIBILIDADES” PARA UMA ESCOLA INDÍGENA ESPECÍFICA, DIFERENCIADA, INTELECTUAL E BILÍNGUE, RECONHECENDO O DIREITO DOS POVOS INDÍGENAS DE MANTEREM SUA IDENTIDADE ÉTNICA.

A situação dos povos indígenas é pouco conhecida na sociedade brasileira. A idéia geral é de que falam a mesma língua, vivem da mesma forma e têm a mesma cultura. No entanto o panorama é outro. São 225 etnias que falam 180 idiomas, excetuando-se aquelas que somente falam o português porque perderam suas línguas de origem. Atualmente são cerca de 370 mil (estimativas apontam entre 2 e 4 milhões de pessoas na época do descobrimento) ocupando uma área correspondente a 13% do território nacional em 580 áreas definidas como terras indígenas.

Lideranças indígenas e pesquisadores fazem distinção entre educação indígena e educação escolar indígena. Essa última complementaria aqueles conhecimentos tradicionais por processos de ensino-aprendizagem que lhes garantissem acesso aos códigos escolares não-indígenas.

Em 2005 o Censo Escolar Indígena indicava um enorme crescimento do número de professores indígenas atuando em suas comunidades em relação aos últimos vinte anos. No entanto, o Censo aponta que ainda faltam escolas nas aldeias, especialmente de ensino médio. Esse gargalo tem feito as organizações indígenas pressionarem os órgãos governamentais para que as políticas públicas indigenistas, previstas em dispositivos legais, se ampliem. Condições técnicas e financeiras como construção de escolas, recursos para produção de material didático apropriado e qualificação profissional são as principais reivindicações visando garantir o processo educacional em curso.

Para qualificação profissional existem os cursos de ensino médio que habilitam para o magistério indígena no ensino de 1ª a 4ª séries. Além deles, os cursos de ensino superior em Licenciaturas Indígenas têm formado docentes para atuarem no ensino fundamental (5ª a 8ª séries) e no ensino médio. Atualmente, professores de aproximadamente 90 etnias cursam a Licenciatura Específica para Indígenas em Universidades Federais e Estaduais das mais diferentes regiões do país. Por outro lado, algumas Universidades já vem reservando vagas aos indígenas em diversos cursos como medicina, enfermagem etc.

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