educaÇÃo em direitos humanos -...

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EDUCAÇÃO EM

DIREITOS HUMANOS

1

• O que são direitos humanos?

• Em que se fundamentam?

• Por que fundamentá-los?

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2

Direitos Humanos

São aqueles direitos comuns a todos

os seres humanos, sem distinção de

etnia, nacionalidade, sexo, classe

social, religião, ideologia, nível de

instrução, orientação sexual e

julgamento moral.

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Os direitos

humanos são,

pois, os direitos

fundamentais

da pessoa

humana.

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Por que são

Fundamentais?

Porque, sem eles, a pessoa humana não

é capaz de existir nem de se desenvolver

e participar plenamente da vida. Eles

representam as mínimas condições

necessárias para que uma pessoa possa

ter uma vida digna.

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Em que se fundamentam

os direitos humanos?

Na ideia de

Dignidade humana.

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O que é a dignidade

humana?

É aquilo que

Caracteriza a

essência, ou seja,

a humanidade do

Homem.

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A dignidade é um valor inerente ao ser

humano, que nos faz considerá-lo

como algo diferente de uma coisa, de

um objeto.

9

A dignidade é uma noção que nos

impõe a obrigação de considerar o outro

como um fim e não como um

Meio.

A dignidade é um valor:

• Incondicional;

• Incomensurável;

• Insubstituível.

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por que e para que fundamentar

os direitos humanos?

Para que obtenham legitimidade e

validade.

14

Direitos

humanos

Legitimidade

validade

Existência prática

vigência

15

A ideia de dignidade revela que cada

pessoa tem sua individualidade, sua

personalidade e seu modo próprio de

ver e sentir as coisas.

Pessoas iguais direitos iguais.

6

Direitos humanos

Idéias regulativas da

vida em sociedade

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Os direitos humanos é a

DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS

Os primeiros direitos

humanos, entre o século

XVII e o XVIII foram civis,

isto é, associados a um

cidadão que seria,

também, proprietário.

É o direito de ir e vir, o de

manter a propriedade, o

de só pagar impostos

votados, o de assinar

contratos, o de não viver

atemorizado por um

governo caprichoso

arbitrário.

21

DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS

Depois, entre o século

XVIII e o XIX, crescem

os direitos políticos.

Os homens deixam de

ser súditos ("sub"= sob,

"dictus" = dito), isto é,

subordinados às

decisões de um rei e

passam a ser

realmente cidadãos,

isto é, sujeitos que

decidem o que a cidade

(= o Estado) vai fazer.

Aqui estão os direitos

de voto, de expressão

do pensamento, de

organização política.

22

DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS

Na Democracia Moderna nem o

Poder do Povo pode eliminar esse

núcleo de direitos.

Os Direitos Humanos antecedem o

próprio poder de Estado, isto é, são

superiores à própria política.

É por isso que se fala em

declaração de direitos: uma

assembléia (como a da ONU, em

1948, autora da Declaração

Universal) pode declarar que tais

direitos existem, mas não pode

criá-los, nem suprimi-los, porque

eles são mais importantes do que

ela própria.

É como se eles fossem "naturais",

palavra que vem do verbo "nascer"

e que indica que, enquanto seres

humanos, nascemos com eles.

23

DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS

Mais tarde, a partir o século XIX, aparecem os direitos sociais.

O direito de livre organização sindical e as leis trabalhistas,

garantindo condições de trabalho melhores.

24

DIREITOS

FUNDAMENTAIS DA

PESSOA HUMANA NA

CONSTITUIÇÃO

BRASILEIRA DE 1988

25

26

Direitos individuais e coletivos

Correspondem àqueles direitos ligados

diretamente ao conceito de pessoa

humana e à sua personalidade, tais como

os direitos à vida, igualdade, segurança,

dignidade, honra, liberdade e propriedade.

Eles estão previstos basicamente no artigo

5º e seus incisos.

Direitos sociais

São as liberdades positivas dos indivíduos, que

devem ser garantidas pelo Estado Social de Direito.

São basicamente direito à educação, saúde,

trabalho, lazer, segurança, previdência social,

proteção à maternidade e à infância, assistência

aos desamparados. Têm por finalidade a melhoria

das condições de vida dos menos favorecidos, de

forma que possa se concretizar a igualdade social

que é um dos fundamentos do Estado Democrático

brasileiro. Os direitos sociais estão elencados à

partir do artigo 6º.

27

Direitos de Nacionalidade

Nacionalidade "é o vínculo jurídico político

que liga um indivíduo a um certo e

determinado Estado, fazendo deste

indivíduo um componente do povo, da

dimensão pessoal deste Estado,

capacitando-o a exigir sua proteção e

sujeitando-o ao cumprimento de deveres

impostos“.

28

Direitos Políticos

São direitos públicos subjetivos que

permitem ao indivíduo exercer sua

cidadania participando de forma ativa nos

negócios políticos do Estado. A

constituição regulamenta os direitos

políticos no artigo 14.

29

Direitos relacionados à existência, à

organização e à participação em

partidos políticos

Regulamentados no artigo 17. A

constituição garante a autonomia e a plena

liberdade dos partidos políticos como

instrumentos necessários e importantes na

preservação do Estado Democrático de

Direito.

30

Cidadão é toda pessoa que sabe da

existência desses direitos e os exige,

participando ativamente da vida de seu

bairro, de sua cidade e de seu país.

31

32

Essa participação ocorre no dia-a-dia de

cada pessoa quando ela, por exemplo,

reclama do mau atendimento em repartições

públicas; quando denuncia a má aplicação de

recurso público; quando vota; quando

participa de reuniões de sua associação de

bairro; quando integra uma organização

social e, assim, por diante.

33

Conceito de cidadania –

gerações de direitos

Idéia de participação integral na comunidade/ sociedade. Ser cidadão. “Homens e mulheres livres, imbuídos de direitos e protegidos por uma lei comum”

Composta de 3 elementos (civil, política e social)

Evolução histórica (direitos civis – século XVIII, direitos políticos - século XIX e direitos sociais – século XX). No início os direitos civis e políticos não estavam incluídos nos direitos de cidadania (mulheres, indigentes)

34

A cidadania se desenvolveu pelo enriquecimento do conjunto de direitos que as pessoas eram capazes de gozar.

Direitos políticos da cidadania estavam repletos de ameaça potencial ao sistema capitalista. Incorporação progressiva dos direitos sociais ao status de cidadania. Social democracia e lutas por reconhecimento e redistribuição.

35

Constituição Federal

Princípios da República:

- cidadania; dignidade da pessoa humana;

- construir uma sociedade livre, justa e solidária;

- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

- promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Direitos civis

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade

Direitos sociais

Art. 6 - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados

DEMOCRACIA E

IGUALDADE

Democracia hoje se funda na crença de que

todos os cidadãos têm os mesmos direitos

independente de sua origem, classe social,

sexo, grau de instrução.

Direitos Humanos vão além: os seres

humanos são portadores de direitos

inalienáveis, independente da delimitação

geo-política.

36

37

DESIGUALDADE

Desigualdade é social, criada nas relações

de injustiças sociais. Ex: ricos têm direito

à educação e saúde de qualidade, pobres

não; a sinalização nas ruas é pensada

apenas para os “videntes”.

Esse tipo de desigualdade é anti-

democrática e deve ser combatida.

Não respeitar o direito das “minorias”

gera a exclusão social.

37

38

EQÜIDADE

Portanto, todos são iguais em direitos. Ex:

direito de ir e vir.

Mas... tratar a todos, sem considerar suas

necessidades específicas, gera a desigualdade.

Ex: as cidades são pensadas para aqueles que

andam com as suas pernas, que enxergam,

escutam (a maioria). Tratar todos assim,

desconsidera o direito dos cadeirantes, cegos,

surdos, mudos.

38

39

EQÜIDADE

Eqüidade: é a diferença dentro da igualdade.

Iguais em direitos. Ex: ir e vir

Diferentes em necessidades. Ex: rampas de acesso, sinais sonoros, etc.

A igualdade não está oposta à diferença e sim à desigualdade.

Sem eqüidade não existe democracia.

39

40

DESIGUALDADE E DIFERENÇA

Boaventura Souza Santos, sociólogo português:

"temos direito a reivindicar a igualdade sempre que a diferença nos inferioriza e temos direito de reivindicar a diferença sempre que a igualdade nos descaracteriza."

Ao mesmo tempo: negar a padronização e lutar contra todas as formas de desigualdade presentes na nossa sociedade.

40

41

A DIFERENÇA NA ESCOLA

Pessoas são categorizadas por suas

diferenças: sociais, econômicas, psíquicas,

físicas, culturais, religiosas, raciais,

ideológicas e de gênero.

Diferença ainda é vista como indesejável:

reforça conflitos e violências físicas e

simbólicas. Entraves para a inclusão

educacional.

41

42

ESCOLA DEMOCRÁTICA

Acesso à vaga.

Todos têm direito à escola.

Acesso ao conhecimento.

Respeito às diferenças individuais.

Práticas democráticas (na escola e em sala de aula) para formação cidadã.

42

43

43

ESCOLAS ESPECIAIS

Todos têm direito à educação.

Escolas especiais não substituem as escolas regulares.

Escola regular: forma para a cidadania.

Convivência democrática e solidária a partir das diferenças.

44

44

ESCOLAS INCLUSIVAS

Abertas às diferenças.

Consideram o contexto dos educandos.

Valorizam outras formas de pensar.

Valorizam a cultura popular (conhecimento de senso comum).

45

PRÁTICAS DEMOCRÁTICAS: VALORES

Valores não são ensinados, como lições de

matemática.

Valores são construídos a partir das nossas vivências na escola, na família, na sociedade.

Na escola os valores são vividos por todos o tempo inteiro. Por isso deve haver intencionalidade.

Tolerância, solidariedade, igualdade.

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46

PRÁTICAS DEMOCRÁTICAS: DIÁLOGO

O diálogo implica na consideração do

ponto de vista do outro.

Forma democrática de enfrentamento de conflitos, busca de soluções que contemplem diferentes interesses.

Demanda tolerância e respeito pela opinião e direito do outro.

Ex: as assembléias escolares.

47

PRATICAS DEMOCRÁTICAS:

PARTICIPAÇÃO ATIVA DO ALUNO

Um discurso democrático perde seu efeito diante

de práticas autoritárias em sala de aula e na escola.

Participação dos alunos na discussão e decisão de assuntos que interessam a sua vida escolar faz parte da formação democrática.

Ex: grêmios, fóruns.

Valores: tolerância, respeito às diferenças, compromisso, responsabilidade.

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PRATICAS DEMOCRÁTICAS: CONTEÚDO E METODOLOGIA

Conteúdos desvinculados da realidade do aluno

pouco contribuem para a sua formação crítica.

Metodologias de ensino centradas no ensino (professor) pouco contribuem para a autonomia e desenvolvimento do aluno.

Ex: projetos e estudos em grupo.

Valores: autonomia, conhecimento de cada um, diálogo, solidariedade, tolerância.

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49

Agora levaram-me a 50

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