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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O REGISTRO DE PREÇOS COMO FERRAMENTA DE
CELERIDADE NAS COMPRAS DO GOVERNO
Por: Juarez Processy da Silva
Orientador
Prof. Luiz Eduardo Chauvet
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O REGISTRO DE PREÇOS COMO FERRAMENTA DE
CELERIDADE NAS COMPRAS DO GOVERNO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Pública.
Por: Juarez Processy da Silva
3
RESUMO
Esse trabalho teve por finalidade levantar as características do
procedimento licitatório principalmente com relação à utilização do Sistema de
Registro de Preços desde a sua implantação, alterações e operacionalização,
diante do crescente volume de compras do Governo, e ainda as dificuldades
encontradas na aplicação dessa ferramenta, conciliando-a com a legislação
vigente e de forma a atender os Órgãos de controle.
4
METODOLOGIA
Na elaboração deste trabalho, levou-se em conta a Legislação
pertinente – O Estatuto das Licitações – Lei 8.666/1993, assim como a
regulamentação do Sistema de Registro de Preços – SRP pelo Decreto
3.931/2001e suas alterações e revogação pelo Decreto 7.892/2013,
levantamento das questões, discussões e opiniões mais relevantes e atuais
sobre o assunto, principalmente o reflexo do Acórdão TCU 1.233/2012.
5
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 06
CAPÍTULO I – Licitação, breve histórico 08
CAPÍTULO II – A Licitação 17
CAPÍTULO III – O Sistema de Registro de Preços 22
CONCLUSÃO 41
ANEXOS 43
BIBLIOGRAFIA 45
ÍNDICE 47
6
INTRODUÇÃO
O volume de compras no Governo Federal é necessário e atualmente,
diante de tantas mudanças que o país atravessa, sejam elas voltadas para
atender os anseios sociais assim como os projetos de melhoria de
infraestrutura que objetivam alavancar o tão esperado desenvolvimento
econômico, há de se observar e estar atento não só ao aspecto quantitativo,
mas também ao enorme volume de recursos financeiros movimentados. Este
crescimento é previsível e justificado. Tal fenômeno requer sistemas eficazes,
ágeis e de fácil compreensão. A Licitação veio para estabelecer uma
padronização nos procedimentos, normativas e com ingredientes capazes de
torná-la a forma mais adequada de efetuar as aquisições que o Estado
necessita.
Diante deste cenário e dispondo dessa ferramenta, o intuito desse
trabalho foi compreender, mesmo que de forma sucinta, o funcionamento
desse sistema, mais especificamente nos mecanismos que possam contribuir
de forma efetiva na melhoria de sua utilização e principalmente no seu
desenvolvimento, identificando no Sistema de Registro de Preços – SRP,
naquilo que se propôs, o instrumento capaz de oferecer essa contribuição de
forma significativa nas compras e consequentemente auxiliar os órgãos das
diversas esferas do governo no atingimento das metas estabelecidas.
A justificativa para o trabalho é a demonstração de que o Sistema de
Registro de Preços – SRP, apesar das constantes denúncias quanto a
suspeita de irregularidades na sua aplicação, quando utilizado de acordo com
a legislação, acompanhado de um prévio planejamento, tem grande potencial
de contribuição na celeridade que se precisa nas compras.
7
Este trabalho está estruturado da seguinte forma: no Capítulo I são
tratados alguns aspectos históricos da Licitação, o significado, a origem e o
dispositivo legal que a introduziu no direito público brasileiro; o Capítulo II traz a
Licitação de fato, procedimento administrativo formal, seus princípios e
modalidades; já o Capítulo III trata do Sistema de Registro de Preços – SRP,
sua instituição, implantação, alterações, vantagens e desvantagens na
utilização, além do panorama atual após o Acórdão 1.233/2012 do Tribunal de
Contas da União – TCU.
8
CAPITULO I – LICITAÇÃO, BREVE HISTÓRICO
A expressão licitar vem do latim licitatio, tendo como significado “a
venda por lances”, isto é, fazer o preço sobre a coisa posta em leilão. Essa
concepção era usada no sentido de oferecer quantia no ato de arrematação,
adjudicação, hasta pública ou partilha judicial.
Segundo Toshio Mukai “a Licitação significa um cotejo de ofertas (propostas), feitas por particulares ao Poder Público, visando à execução de uma obra, a prestação de um serviço, um fornecimento ou mesmo a alienação pela Administração, donde se há de escolher aquela (proposta) que maior vantagem oferecer, mediante um procedimento administrativo regrado, que proporcione tratamento igualitário aos proponentes, findo o qual poderá ser contratado aquele que tiver oferecido a melhor proposta” (Licitações e Contratos Públicos, Ed. Saraiva, 1999, p.1).
O Instituto da licitação foi introduzido no direito público brasileiro pelo
Decreto nº. 2.926, de 14 de maio de 1862, que regulamentava as
arrematações dos serviços a cargo do então Ministério da Agricultura,
Comércio e Obras Públicas.
Decreto nº 2.926, de 14 de Maio de 1862
Approva o Regulamento para as arrematações dos
serviços a cargo do Ministerio da Agricultura,
Commercio e Obras Publicas.
Sendo conveniente estabelecer regras e clausulas
geraes para as arrematações e execução dos
serviços a cargo do Ministerio da Agricultura,
Commercio e Obras Publicas, Hei por bem, na fórma
do art. 30 do Regulamento do Corpo de Engenheiros
civis creado pelo Decreto nº 2.922 de 10 de Maio do
9
corrente anno, approvar o Regulamento, que com
este baixa, assignado por Manoel Felizardo de
Souza e Mello, Conselheiro de Estado, e Ministro e
Secretario de Estado dos Negocios da Agricultura,
Commercio e Obras Publicas, que assim o tenha
entendido e faça executar. Palacio do Rio de Janeiro
em quatorze de Maio de mil oitocentos sessenta e
dous, quadragesimo primeiro da Independencia e do
Imperio.
Com a Rubrica de Sua Magestade o Imperador.
Manoel Felizardo de Souza e Mello.
Regulamento para as arrematações dos serviços a
cargo do Ministério da Agricultura, Commercio e
Obras Públicas
Capítulo I
Do Processo das Arrematações
Art. 1. Logo que o Governo resolva mandar fazer por
contracto qualquer fornecimento, construcção ou
concerto de obras cujas despesas corrão por conta
do Ministério da Agricultura, Commercio e Obras
Públicas, o presidente da junta, perante a qual tiver
de proceder-se á arrematação, fará publicar
annúncios, convidando concurrentes, e fixará,
segundo a importância da mesma arrematação, o
prazo de quinze dias a seis meses para a
apresentação das propostas.
Outras legislações vieram e até trataram das licitações de forma
singela. E pela publicação do Código de Contabilidade Pública da União, pelo
10
Decreto nº. 4.536 de 28 de Janeiro de 1922, que tratou do procedimento
concorrencial.
Com a evolução legislativa, a expressão concorrência foi substituída,
passando-se a empregar a terminologia licitação.
O termo “licitação”, como procedimento administrativo prévio
necessário à viabilização dos contratos da Administração, foi sistematizado
através do Decreto - Lei nº. 200, de 25 de fevereiro de 1967, que dispôs sobre
a organização administrativa, que o instituto da licitação foi consolidado com
regulamentações mais amplas.
Por seu turno, o Decreto - lei nº. 200/67, concebia o caráter do instituto
de licitações como de Direito Financeiro. É de se notar, inclusive, que o
Decreto-lei nº. 2.416, de 17 de julho de 1940 aprovou normas financeiras de
Estados e Municípios tratavam da concorrência ora como pública e
administrativa ora de cunho financeiro.
No contínuo e salutar desenvolvimento legislativo, com a promulgação
do Decreto - Lei nº. 2.300 de 21 de novembro de 1986 a matéria sobre
licitação foi melhor trabalhada apesar de ainda apresentar diversas lacunas,
sendo este o primeiro estatuto a regulamentar o procedimento licitatório para
toda a Administração Pública, tendo como objetivo impedir os desvios de
conduta e reprimir as corrupções observadas nas concorrências públicas que
atingia toda a Administração Pública desde essa época.
1.1 – DISPOSITIVOS LEGAIS DA LICITAÇÃO E DE
CONTRATOS
1.1.1 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Com a promulgação da Constituição Federal de 1998, o instituto da
Licitação e contratos tornou-se um preceito constitucional, uma vez que ali são
feitas quatro referências diretas ao mesmo:
11
Art. 22. Compete privativamente à União legislar
sobre:
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em
todas as modalidades, para as administrações
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da
União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as
empresas públicas e sociedades de economia mista,
nos termos do art. 173, § 1º, III;
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário,
econômico e urbanístico;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a
competência da União limitar-se-á a estabelecer
normas gerais.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
XXI - ressalvados os casos especificados na
legislação, as obras, serviços, compras e alienações
serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a
todos os concorrentes, com cláusulas que
12
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o
qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta
Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando
necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos
em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da
empresa pública, da sociedade de economia mista e
de suas subsidiárias que explorem atividade
econômica de produção ou comercialização de bens
ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
(...)
III - licitação e contratação de obras, serviços,
compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
1.1.2 – ESTATUTO DAS LICITAÇÕES – LEI 8.666/93
Editada em 21 de junho de 1993, a Lei 8.663/93 tornou-se o Estatuto
das Licitações por conter os Princípios Gerais sobre Licitações aplicáveis á
Administrações Federal, Estadual, Municipal e ao Distrito Federal.
13
Além da Lei 8.663/93 outros dispositivos foram editados a fim de
normatizar os procedimentos.
Lei 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, tratando especificamente da
concessão e da permissão de serviços públicos.
Lei 9.074, de 07 de julho de 1995, contendo as normas relativas às
concessões, permissões e autorizações de exploração de serviços e
instalações de energia elétrica e de aproveitamento energético dos cursos de
água.
A Lei 9.427, de 26 de dezembro de 1996, instituiu a Agência Nacional
de Energia Elétrica – ANEEL, bem como tratou da disciplina do regime de
concessões de serviços públicos de energia elétrica.
Em 19 de julho de 1996, a Lei 9.295, permitiu os primeiros passos no
sentido da abertura das telecomunicações para a iniciativa privada,
possibilitando a concessão do serviço de telefonia móvel celular. Conhecida
como Lei Geral das Telecomunicações – LGT, a Lei 9.472, de 16 de julho de
1997, tornou-se a norma geral aplicável no que diz respeito à prestação de
serviços de telecomunicações, dispondo, inclusive, sobre as licitações para as
concessões ou permissões dos de que trata.
Lei 10.520, de 17 de julho de 2002, instituiu a modalidade de Licitação
denominada Pregão, para aquisição de bens e serviços comuns. Na esfera
federal o Pregão, na forma Presencial, está regulamentado pelo Decreto
3.555/00, e na forma Eletrônica pelo Decreto 5.450/05.
Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, estabeleceu
tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte,
especialmente no capítulo V, que trata do acesso destas aos mercados.
1.2 – ATOS ADMINISTRATIVOS
Segundo Hely Lopes Meirelles: "Ato administrativo é toda manifestação
unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade,
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tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria".
J. Cretella Junior apresenta uma definição partindo do conceito de ato
jurídico. Segundo ele, ato administrativo é "a manifestação de vontade do
Estado, por seus representantes, no exercício regular de suas funções, ou por
qualquer pessoa que detenha, nas mãos, fração de poder reconhecido pelo
Estado, que tem por finalidade imediata criar, reconhecer, modificar,
resguardar ou extinguir situações jurídicas subjetivas, em matéria
administrativa".
Para Celso Antonio Bandeira de Mello é a "declaração do Estado (ou de
quem lhe faça às vezes - como, por exemplo, um concessionário de serviço
público) no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante
providências jurídicas complementares da lei, a título de lhe dar cumprimento,
e sujeitos a controle de legitimidade por órgão jurisdicional".
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ato administrativo é "a
declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos
imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e
sujeita a controle pelo Poder Judiciário".
1.2.1 – REQUISITOS
Sujeito - Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro “Sujeito é aquele a quem a
lei atribui competência para a prática do ato”;
Objeto - é o efeito jurídico imediato que o ato produz;
Motivo - é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento
ao ato administrativo. Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se
baseia o ato. Pressuposto de fato, como o próprio nome indica, corresponde
ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a
Administração a praticar o ato. No ato de punição do funcionário, o motivo é a
infração que ele praticou; no tombamento, é o valor cultural do bem; na licença
para construir, é o conjunto de requisitos comprovados pelo proprietário; na
15
exoneração do funcionário estável, é o pedido por ele formulado. A ausência
de motivo ou a indicação de motivo falso invalidam o ato administrativo;
Forma - Encontram-se na doutrina duas concepções da forma como
elemento do ato administrativo:
1 . uma concepção restrita, que considera forma como a exteriorização
do ato, ou seja, o modo pelo qual a declaração se exterioriza; nesse sentido,
fala-se que o ato pode ter a forma escrita ou verbal, de decreto, portaria,
resolução etc.;
2. uma concepção ampla, que inclui no conceito de forma, não só a
exteriorização do ato, mas todas as formalidades que devem ser observadas
durante o processo de formação da vontade da Administração, e até os
requisitos concernentes à publicidade do ato.
Finalidade - resultado que a Administração quer alcançar com a prática
do ato.
1.2.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
QUANTO AOS DESTINATÁRIOS
Gerais - Os atos gerais atingem todas as pessoas que se encontram na
mesma situação; são os atos normativos praticados pela Administração, como
regulamentos, portarias, resoluções, circulares, instruções, deliberações,
regimentos;
Individuais - Atos individuais são os que produzem efeitos jurídicos no
caso concreto. Exemplo: nomeação, demissão, tombamento, servidão
administrativa, licença, autorização.
QUANTO AO ALCANCE
Internos - Os que só produzem efeitos na esfera da Administração, não
gerando direitos ou obrigações para terceiros;
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Externos - Os atos que tem por finalidade o alcance de destinatários
estranhos aos quadros da Administração.
QUANTO A LIBERDADE DE AGIR
Discricionário - Prevê a possibilidade de se escolher segundo os critérios
de oportunidade, conveniência, justiça, equidade, pois não foram definidos
pela legislação. Para agir em nome da administração o agente deve se atentar
as liberdades estabelecidas em lei, como competência, a forma e finalidade;
Vinculado - É aquele que já possui diretrizes estabelecidas em lei,
estando o agente na obrigação de praticá-lo.
1.2.3 - DESFAZIMENTO DO ATO ADMINISTRATIVO
Quando uma vez preenchidos os seus requisitos legais, fica o
administrador na obrigação de praticá-lo.
Por anulação - Quando o ato praticado é contrário á lei;
Por Revogação - O ato embora válido, com todas as formalidades
atendidas, mas não atende mais o interesse público;
Por sustação - Por decisão do Poder Legislativo atinge os atos
administrativos normativos que extrapolaram os limites da lei;
Por cassação - Se caracteriza em uma punição pelo uso indevido de um
ato administrativo.
17
CAPÍTULO II – A LICITAÇÃO
Licitação é o procedimento administrativo formal em que a
Administração Pública convoca, mediante condições estabelecidas em ato
próprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de
propostas para o oferecimento de bens e serviços.
A licitação objetiva garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, de
maneira a assegurar oportunidade igual a todos os interessados e possibilitar o
comparecimento ao certame do maior número possível de concorrentes.
2.1 - PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Os seguintes princípios básicos que norteiam os procedimentos
licitatórios devem ser observados, dentre outros:
2.1.1 - Princípio da Legalidade
Nos procedimentos de licitação, esse princípio vincula os licitantes e a
Administração Pública às regras estabelecidas nas normas e princípios em
vigor.
2.1.2 - Princípio da Isonomia
Significa dar tratamento igual a todos os interessados. É condição
essencial para garantir competição em todos os procedimentos licitatórios.
2.1.3 - Princípio da Impessoalidade
Esse princípio obriga a Administração a observar nas suas decisões
critérios objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionariedade e
o subjetivismo na condução dos procedimentos da licitação.
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2.1.4 - Princípio da Moralidade e da Probidade Administrativa
A conduta dos licitantes e dos agentes públicos tem de ser, além de
lícita, compatível com a moral, a ética, os bons costumes e as regras da boa
administração.
2.1.5 - Princípio da Publicidade
Qualquer interessado deve ter acesso às licitações públicas e seu
controle, mediante divulgação dos atos praticados pelos administradores em
todas as fases da licitação.
2.1.6 - Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório
Obriga a Administração e o licitante a observarem as normas e
condições estabelecidas no ato convocatório. Nada poderá ser criado ou feito
sem que haja previsão no ato convocatório.
2.1.7 - Princípio do Julgamento Objetivo
Esse princípio significa que o administrador deve observar critérios
objetivos definidos no ato convocatório para o julgamento das propostas.
Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de
critérios não previstos no ato convocatório, mesmo que em benefício da própria
Administração.
2.1.8 - Princípio da Celeridade
O princípio da celeridade, consagrado pela Lei nº 10.520, de 2002,
como um dos norteadores de licitações na modalidade pregão, busca
simplificar procedimentos, de rigorismos excessivos e de formalidades
desnecessárias. As decisões, sempre que possível, devem ser tomadas no
momento da sessão.
19
2.2 – AS MODALIDADES LICITATÓRIAS
A Lei 8.666/93, no art. 22, estabelece as seguintes modalidades de
Licitação: Convite, Tomada de Preços e Concorrência.
2.2.1 - CONVITE
Modalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto
da licitação, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela
Administração. O convite é a modalidade de licitação mais simples. A
Administração escolhe quem quer convidar, entre os possíveis interessados,
cadastrados ou não. A divulgação deve ser feita mediante afixação de cópia do
convite em quadro de avisos do órgão ou entidade, localizado em lugar de
ampla divulgação.
Quando, por limitação do mercado ou desinteresse, for impossível a
obtenção de no mínimo três licitantes, essas circunstâncias deverão ser
devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do Convite.
2.2.2 - TOMADA DE PREÇOS
Modalidade realizada entre interessados devidamente cadastrados ou
que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o
terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a
necessária qualificação.
2.2.3 - CONCORRÊNCIA
Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados que na
fase de habilitação preliminar comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução do objeto da licitação.
2.2.4 - PREGÃO
Modalidade de licitação instituída pela Lei nº 10.520, de 2002, em que a
disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns é feita em sessão
pública. Pode ser presencial ou na forma eletrônica.
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A modalidade presencial é regulamentada pelo Decreto 3.555, de 2000;
A modalidade eletrônica é regulamentada pelo Decreto 5.450, de 2005.
A utilização do pregão destina-se, exclusivamente, à contratação de
bens e serviços comuns, conforme disposições contidas na legislação citada.
Nessa modalidade de licitação, os licitantes apresentam suas propostas de
preço por escrito e por lances - que podem ser verbais ou na forma eletrônica -
independentemente do valor estimado da contratação.
Segundo a legislação vigente, os bens e serviços comuns devem ser
adquiridos mediante pregão.
A inviabilidade da utilização do pregão deve ser justificada pelo dirigente
ou autoridade competente.
Nas contratações para aquisição de bens e serviços comuns para entes
públicos ou privados, realizadas com recursos públicos da União, repassados
mediante celebração de convênios ou instrumentos congêneres, ou consórcios
públicos, será obrigatório o emprego da modalidade pregão, preferencialmente
na forma eletrônica, conforme estabelece o art. 4º, § 1o do Decreto nº 5.504,
de 2005.
2.2.5 - CONCURSO
É a modalidade de Licitação, entre quaisquer interessados, objetivando
a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de
prêmio ou remuneração ao vencedor, de acordo com os critérios estabelecidos
em edital, que deverá ser publicado na Imprensa Oficial, com antecedência
mínima de 45 dias.
2.2.6 - LEILÃO
Modalidade de Licitação, entre quaisquer interessados e que poderá ter
como objetivo: venda de bens móveis inservíveis para a Administração, de
produtos penhorados ou apreendidos legalmente ou para alienação de bens
21
imóveis, prevista no art. 19 da Lei 8.666/93, a quem oferecer o maior lance,
igual ou superior ao valor da avaliação.
As modalidades Convite, Tomada de Preços e Concorrência serão
determinadas tendo em vista o valor aproximado da contratação.
Para obras e serviços de engenharia:
a) Convite — até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);
b) Tomada de Preços — até R$1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil
reais);
c) Concorrência — acima de R$1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil
reais);
Para compras e serviços não referidos no inciso anterior:
a) Convite — até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
b) Tomada de Preços — até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais);
c) Concorrência — acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).
22
CAPITULO III – O SISTEMA DE REGISTRO DE
PREÇOS – SRP
Com previsão legal no art. 15 do estatuto das Licitações, é
regulamentado na esfera federal através do Decreto 3.931, de 19 de setembro
de 2001, com alterações determinadas pelo Decreto 4.342, de 23 de agosto de
2002.
“Registro de Preços é o sistema de compras pelo qual os interessados em fornecer materiais, equipamentos ou serviços ao Poder Público concordam em manter os valores registrados no órgão competente, corrigidos ou não, por um determinado período e fornecer as quantidades solicitadas pela Administração no prazo previamente estabelecido”.
Hely Lopes Meirelles
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública e dá outras providências.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Capítulo I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I Dos Princípios
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre
licitações e contratos administrativos pertinentes a obras,
serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e
locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei,
além dos órgãos da administração direta, os fundos
23
especiais, as autarquias, as fundações públicas, as
empresas públicas, as sociedades de economia mista e
demais entidades controladas direta ou indiretamente pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade,
compras, alienações, concessões, permissões e locações
da Administração Pública, quando contratadas com
terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação,
ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se
contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades
da Administração Pública e particulares, em que haja um
acordo de vontades para a formação de vínculo e a
estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a
denominação utilizada.
Seção V
Das Compras
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada
caracterização de seu objeto e indicação dos recursos
orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade
do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.
Art. 15. As compras, sempre que possível,
deverão: (Regulamento) (Regulamento) (Vigência)
I - atender ao princípio da padronização, que imponha
compatibilidade de especificações técnicas e de
desempenho, observadas, quando for o caso, as
condições de manutenção, assistência técnica e garantia
oferecidas;
24
II - ser processadas através de sistema de registro de
preços;
III - submeter-se às condições de aquisição e
pagamento semelhantes às do setor privado;
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas
necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado,
visando economicidade;
V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos
órgãos e entidades da Administração Pública.
§ 1o O registro de preços será precedido de ampla
pesquisa de mercado.
§ 2o Os preços registrados serão publicados
trimestralmente para orientação da Administração, na
imprensa oficial.
§ 3o O sistema de registro de preços será
regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades
regionais, observadas as seguintes condições:
I - seleção feita mediante concorrência;
II - estipulação prévia do sistema de controle e
atualização dos preços registrados;
III - validade do registro não superior a um ano.
§ 4o A existência de preços registrados não obriga a
Administração a firmar as contratações que deles poderão
advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios,
respeitada a legislação relativa às licitações, sendo
assegurado ao beneficiário do registro preferência em
igualdade de condições.
25
§ 5o O sistema de controle originado no quadro geral
de preços, quando possível, deverá ser informatizado.
§ 6o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar
preço constante do quadro geral em razão de
incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.
§ 7o Nas compras deverão ser observadas, ainda:
I - a especificação completa do bem a ser adquirido
sem indicação de marca;
II - a definição das unidades e das quantidades a
serem adquiridas em função do consumo e utilização
prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que
possível, mediante adequadas técnicas quantitativas de
estimação;
III - as condições de guarda e armazenamento que não
permitam a deterioração do material.
§ 8o O recebimento de material de valor superior ao
limite estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade
de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no
mínimo, 3 (três) membros.
O Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001 à época regulamentou
o Sistema de Registro de Preços.
Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001
Regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no
art. 15 da Lei n º 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições
que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da
26
Constituição, e nos termos do disposto no art. 15 da Lei n º
8.666, de 21 de junho de 1993,
DECRETA:
Art. 1 º As contratações de serviços e a aquisição de bens,
quando efetuadas pelo Sistema de Registro de Preços, no
âmbito da Administração Federal direta, autárquica e
fundacional, fundos especiais, empresas públicas,
sociedades de economia mista e demais entidades
controladas, direta ou indiretamente pela União,
obedecerão ao disposto neste Decreto.(Redação dada
pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)
Parágrafo único. Para os efeitos deste Decreto, são
adotadas as seguintes definições:
I - Sistema de Registro de Preços - SRP - conjunto de
procedimentos para registro formal de preços relativos à
prestação de serviços e aquisição de bens, para
contratações futuras; (Redação dada pelo Decreto nº
4.342, de 23.8.2002)
Da abrangência
Regulamenta o art. 37, inciso XXI da Constituição Federal:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I. (...)
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas
as modalidades, para as administrações públicas diretas,
autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI,
27
e para as empresas públicas e sociedades de economia
mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I. (...)
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as
obras, serviços, compras e alienações serão contratados
mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações. (Regulamento)
Embora o Estatuto das Licitações determine que as compras “sempre
que possível deverão ser processadas através de Sistema de Registro de
Preços” não fazendo com isso menção a contratação de serviços, a Lei nº
10.520/02 estabeleceu:
LEI Nº 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002
Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços
comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema
de registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de
28
21 de junho de 1993, poderão adotar a modalidade de
pregão, conforme regulamento específico.
3.1 – IMPLANTAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE
REGISTRO DE PREÇOS
De forma a atender as diversas regiões do país, considerando as
dimensões e consequente dificuldades a Lei 8.666/93 em seu art. 15, § 3º
regulamenta:
Art. 15. As compras, sempre que possível,
deverão:
I (...)
§ 3o O sistema de registro de preços será
regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades
regionais, (...)
Revogando os Decretos 3.931/01 e 4.342/02, o Decreto nº 7.892/2013
dá nova redação à regulamentação do Sistema de Registro de Preços.
DECRETO Nº 7.892, DE 23 DE JANEIRO DE 2013
Regulamenta o Sistema de Registro de Preços
previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 15 da Lei
29
nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e no art. 11 da Lei nº
10.520, de 17 de julho de 2002,
DECRETA:
Art. 1º As contratações de serviços e a aquisição de
bens, quando efetuadas pelo Sistema de Registro de
Preços - SRP, no âmbito da administração pública federal
direta, autárquica e fundacional, fundos especiais,
empresas públicas, sociedades de economia mista e
demais entidades controladas, direta ou indiretamente pela
União, obedecerão ao disposto neste Decreto.
Art. 2º Para os efeitos deste Decreto, são adotadas
as seguintes definições:
I - Sistema de Registro de Preços - conjunto de
procedimentos para registro formal de preços relativos à
prestação de serviços e aquisição de bens, para
contratações futuras;
II - ata de registro de preços - documento vinculativo,
obrigacional, com característica de compromisso para
futura contratação, em que se registram os preços,
fornecedores, órgãos participantes e condições a serem
praticadas, conforme as disposições contidas no
instrumento convocatório e propostas apresentadas;
III - órgão gerenciador - órgão ou entidade da
administração pública federal responsável pela condução
do conjunto de procedimentos para registro de preços e
gerenciamento da ata de registro de preços dele
decorrente;
IV - órgão participante - órgão ou entidade da
administração pública federal que participa dos
30
procedimentos iniciais do Sistema de Registro de Preços e
integra a ata de registro de preços; e
V - órgão não participante - órgão ou entidade da
administração pública que, não tendo participado dos
procedimentos iniciais da licitação, atendidos os requisitos
desta norma, faz adesão à ata de registro de preços.
Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá ser
adotado nas seguintes hipóteses:
I - quando, pelas características do bem ou serviço,
houver necessidade de contratações frequentes;
II - quando for conveniente a aquisição de bens com
previsão de entregas parceladas ou contratação de
serviços remunerados por unidade de medida ou em
regime de tarefa;
III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a
contratação de serviços para atendimento a mais de um
órgão ou entidade, ou a programas de governo; ou
IV - quando, pela natureza do objeto, não for possível
definir previamente o quantitativo a ser demandado pela
Administração.
3.1.1 – Vantagens do SRP
3.1.1.1 – Para o gestor
• É formalizado apenas uma espécie de termo de compromisso para
contratação futura por meio da Ata de Registro de Preços;
• A contratação ocorre quando surgir a necessidade da aquisição dos bens e
serviços para consumo;
31
• A legislação não obriga a aquisição da totalidade dos bens/serviços
estimados na licitação;
• O orçamento é apenas disponibilizado quando da efetiva contratação. Ou
seja, a gestão orçamentária e financeira torna-se mais eficiente;
• Há uma otimização/redução dos estoques e contratações com a consequente
redução de custos de armazenamento;
• Após assinatura da ata, as contratações são realizadas num tempo muito
menor;
• O processo de compras se torna mais simples e concentrado e, assim, ocorre
uma redução do número de licitações.
• Com a desburocratização, possibilita-se a ampliação do uso do poder de
compra, viabilizando mais agilidade na hora de contratar e mais economia.
José Caetano (Licitação Passo a Passo – Rígel, 2002, p.39 a 47)
apresenta um minucioso estudo referente aos prazos requeridos em uma
Licitação convencional, do tipo menor preço, a partir da publicação do
correspondente aviso até a sua homologação, sem levar em conta os tramites
internos desde a identificação da necessidade até a dita publicação. Chegou à
seguinte conclusão:
• Convite – 32 (trinta e dois) dias
• Tomada de preços – 79 (setenta e nove) dias
• Concorrência – 94
• A melhoria do planejamento induz ao aprendizado/ conscientização dos
funcionários e ao maior controle.
• Padronização das especificações de bens e serviços, além da unificação dos
preços.
• Outros órgãos públicos que não participaram do processo podem se habilitar
para contratar os bens e serviços registrados na Ata, com a concordância do
fornecedor.
32
Para o controle social
• Maior transparência das aquisições por meio da Publicação da licitação e da
publicação trimestral.
3.1.1.2 – Para os fornecedores
• Os fornecedores menores podem participar na medida em que não precisam
ter grandes estoques para entrega imediata.
• Após a homologação da licitação e assinatura da ata, tem-se a garantia de
um processo mais ágil para requisição, autorização de entrega, empenho e
recebimento.
• Possibilidade eventual de fornecer quantidade maior, além do registrado e
para órgãos não participantes do edital, mas que se habilitem como “carona”
(isso será visto depois) no processo.
É comum o entendimento de alguns de que o Sistema de Registro de
Preços se trata de uma modalidade ou tipo de Licitação, não sendo o mesmo
nenhum dos dois.
3.1.2 – Desvantagens do SRP
Para Fernandes, aqueles que se opõem à implantação do SRP
apresentam as seguintes objeções:
a) a complexidade da concorrência;
b) a necessidade de alocar recursos humanos para atualizar tabelas;
c) a impossibilidade de prever todos os itens a serem adquiridos;
d) a facilidade na formação de carteis.
Para Justen Filho, o registro de preços apresenta dos inconvenientes,
quais sejam: obsolescência e a incompletude. A obsolescência é caracterizada
pela discrepância entre os dados do registro de preços e a realidade do
33
mercado, já que os preços podem variar e até mesmo surgirem novos
produtos. Em suma, decorrido certo tempo após o término da licitação, existem
risco de que os produtos escolhidos não sejam mais adequados para atender
as necessidades da Administração.
A incompletude, por sua vez, é entendida como o resultado da
“padronização” do registro de preços, uma vez que a Administração, ao
promover a licitação, acaba por estabelecer categorias gerais de produtos.
O fato do Registro de Preços não gerar a obrigatoriedade da
contratação e a possibilidade dos preços ficarem registrados por um período
de até um ano, sem atualização, contribuem para uma elevação do preço
registrado, se comparado ao preço ofertado em uma licitação comum, em que
a contratação é assegurada. No entanto, esse aumento deve ser neutralizado
pelo grande volume do quantitativo, que proporcionará a economia de escala.
Sendo assim, o Registro de Preços não é vantajoso quando o quantitativo é
muito pequeno ou quando o bem for de difícil padronização, hipótese em que
raramente se poderá atender a todos os órgãos da mesma forma, recaindo na
primeira hipótese, a do quantitativo reduzido.
3.2 – PROCEDIMENTOS DO SISTEMA DE REGISTRO DE
PREÇOS
Após demonstrar os conceitos fundamentais do Sistema de Registro de
Preços, além de algumas vantagens e desvantagens na sua utilização, ainda
que de forma sucinta, passemos aos procedimentos para a formalização do
sistema.
Inicialmente, os órgãos participantes, identificando suas necessidades,
enviam ao órgão gerenciador suas estimativas ou programações anuais de
compras. A partir deste momento, o órgão gerenciador, realiza uma licitação
para compor o registro de preços, emitindo e disponibilizando a Ata de Registro
de Preços aos órgãos participantes, onde constarão objetos, quantitativos e
seus respectivos custos.
34
Realizada a licitação e estabelecida a Ata de Registro de Preços, os
órgãos participantes solicitam ao órgão gerenciador a indicação do fornecedor,
de modo a realizar a contratação, diretamente. Ou seja, cada órgão
participante ou, aderente, se houver, terá um contrato próprio formalizando
cada uma das possíveis contratações advindas do registro de preços. Por fim,
depois de formalizada a contratação, o órgão participante envia ao órgão
gerenciador a documentação referente à contratação realizada.
Fluxograma do Sistema de Registro de Preços
35
3.3 – SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS – PANORAMA
ATUAL
O Sistema de Registro de Preços atualmente passa por várias
discussões no que diz respeito a sua utilização pelos Órgãos não participantes
chamados “carona”.
Nos últimos anos a utilização do SRP desencadeou uma avalanche de
adesões que devido à forma que se avolumava indiscriminadamente logo foi
denominada “A farra das Atas”.
O volume de compras efetuadas pelos órgãos públicos principalmente
se valendo do SRP, especificamente no procedimento das caronas,
possibilitava a aquisição na quantidade integral da ata por parte de todos
interessados. Tal ação refletia numa quantidade de vendas absurda em
comparação ao quantitativo inicial previsto pelo órgão gerenciador da ata.
Esta situação vinha sendo observada e logo questionada pelo Tribunal
de Contas da União – TCU, culminando no Acórdão nº 1.233/2012 exarado em
23 de maio de 2012, promovendo no decorrer daquele ano e até hoje
preocupação a todos os envolvidos nos procedimentos de compras dos
Órgãos Públicos.
ACÓRDÃO Nº 1233/2012 – TCU – Plenário 1. Processo nº TC 011.772/2010-7. 2. Grupo I – Classe de Assunto V: Relatório de Auditoria 3. Interessados/Responsáveis: 3.1. Interessada: Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação – Sefti. 4. Órgão: Ministério da Saúde (vinculador). 5. Relator: Ministro Aroldo Cedraz. 6. Representante do Ministério Público: Subprocurador-Geral Paulo Soares Bugarin. 7. Unidade Técnica: Sec. de Fisc. de Tec. da Informação (SEFTI). 8. Advogado constituído nos autos: não há. 9. Acórdão: Trata-se de relatório consolidado das ações do TMS 6/2010, cujo objeto foi avaliar se a gestão e o uso da
36
tecnologia da informação estão de acordo com a legislação e aderentes às boas práticas de governança de TI. ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, ante as razões expostas pelo Relator, em: (...) 9.3.2. em atenção ao disposto no Decreto 1.094/1994, art. 2º, inciso I, oriente os órgãos e entidades sob sua jurisdição para que (subitem III.1): 9.3.2.1. ao realizarem licitação com finalidade de criar ata de registro de preços atentem que: 9.3.2.1.1. devem fundamentar formalmente a criação de ata de registro de preços, e.g., por um dos incisos do art. 2º do Decreto 3.931/2001 (Acórdão 2.401/2006-TCU-Plenário); 9.3.2.1.2. devem praticar todos os atos descritos no Decreto 3.931/2001, art. 3º, § 2º, em especial o previsto no seu inciso I, que consiste em “convidar mediante correspondência eletrônica ou outro meio eficaz, os órgãos e entidades para participarem do registro de preços”; 9.3.2.1.3. o planejamento da contratação é obrigatório, sendo que se o objeto for solução de TI, caso seja integrante do Sisp, deve executar o processo de planejamento previsto na IN – SLTI/MP 4/2010 (IN – SLTI/MP 4/2010, art. 18, inciso III) ou, caso não o seja, deve realizar os devidos estudos técnicos preliminares (Lei 8.666/1993, art. 6º, inciso IX); 9.3.2.1.4. a fixação, no termo de convocação, de quantitativos (máximos) a serem contratados por meio dos contratos derivados da ata de registro de preços, previstos no Decreto 3.931/2001, art. 9º, inciso II, é obrigação e não faculdade do gestor (Acórdão 991/2009-TCU-Plenário, Acórdão 1.100/2007-TCU-Plenário e Acórdão 4.411/2010-TCU-2ª Câmara); 9.3.2.1.5. em atenção ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório (Lei 8.666/1993, art. 3º, caput), devem gerenciar a ata de forma que a soma dos quantitativos contratados em todos os contratos derivados da ata não supere o quantitativo máximo previsto no edital; 9.3.3. quando realizarem adesão à ata de registro de preços atentem que:
37
9.3.3.1. o planejamento da contratação é obrigatório, sendo que se o objeto for solução de TI, caso seja integrante do Sisp, deve executar o processo de planejamento previsto na IN – SLTI/MP 4/2010 (IN – SLTI/MP 4/2010, art. 18, inciso III) ou, caso não o seja, realizar os devidos estudos técnicos preliminares (Lei 8.666/1993, art. 6º, inciso IX); 9.3.3.2. devem demonstrar formalmente a vantajosidade da adesão, nos termos do Decreto 3.931/2001, art. 8º; 9.3.3.3. as regras e condições estabelecidas no certame que originou a ata de registro de preços devem ser conformes as necessidades e condições determinadas na etapa de planejamento da contratação (Lei 8.666/1993, art. 6º, inciso IX, alínea d, c/c o art. 3º, § 1º, inciso I, e Lei 10.520/2002, art. 3º, inciso II);(...)
Argumenta-se que essa distorção caracteriza uma afronta ao dever de
licitar, entendendo-se dentre outros como motivos resultantes dessa chamada
distorção na utilização do SRP:
A falta de planejamento ou deficiência deste e;
A falta de justificativa formalizada para a utilização do SRP.
Todavia o entendimento da Egrégia Corte de Contas não foi e nem é
consenso nas diversas discussões a respeito do Acórdão nº 1.233/2012.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ACÓRDÃO Nº 1233/2012 – PLENÁRIO DO TCU, NO QUE TANGE AO INSTITUTO DO CARONA NO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS: Publicado: 23/08/2012 em Sistema de Registro de Preços Todos que atuam na área de licitações provavelmente já tiveram conhecimento do recente Acórdão nº 1233/2012 – Plenário, onde o TCU, ao avaliar a gestão e o uso da tecnologia da informação em acordo com a legislação e aderentes às boas práticas de governança de TI, acabou por estabelecer alguns supostos limites à adesão à ata no sistema de registro de preços por parte do não participante, popularmente denominado de “carona”. Pela leitura do item 9.3.2.1.5 do Acórdão, tem surgido um temor e um entendimento dentro da Administração Pública, em todas as suas esferas, de
38
que o somatório das adesões devem totalizar 100% da quantidade registrada em ata. Conforme leciona o jurista administrativista Joel de Menezes Niebuhr em seu artigo O novo perfil da adesão à ata de registro de preços conforme Acórdão 1.233/2012, do Tribunal de Contas da União. “Se fosse o caso, o Decreto Federal nº 3.931/01 deveria ser sustado pelo Congresso Nacional, na forma do inciso V do artigo 49 da Constituição Federal. No silêncio do Congresso Nacional, o caminho seria o controle de constitucionalidade realizado pelo Poder Judiciário. Trocando-se em miúdos, a decisão extravasa a competência do Tribunal de Contas da União – conquanto o tema a competência dos órgãos de controle seja bastante controvertida.” (grifamos) “Ainda que se reconheça a boa intenção e a coragem de encarar o problema, convém ponderar a respeito do procedimento pouco ortodoxo do Tribunal de Contas da União, para não dizer inconstitucional. Embora esta delimitação de competências das cortes de contas seja bastante controvertida, não cabe ao Tribunal de Contas da União definir limites que não são pressupostos em lei ou regulamento. Arvorou-se, nessa medida, à função legislativa ou regulamentar. Caberia ao Tribunal de Contas da União decidir pela legalidade ou não da adesão à ata de registro de preços diante de casos concretos. Não lhe é legítimo legislar ou mesmo regulamentar o tema, à vista do princípio da legalidade, enfeixado no inciso II do artigo 5º da Constituição Federal, e da competência regulamentar que é outorgada ao Presidente da República pelo inciso IV do artigo 84 da Constituição Federal. (grifos acrescidos) Eis porque há de considerar com muita cautela a intepretação dada pelo TCU acerca das adesões no sistema de registro de preços, tendo em vista que a releitura feita vai totalmente ao encontro do que dispõe o artigo 8º, § 3º do Decreto 3.391/01. Tanto é que o próprio Ministério do Planejamento se manifestou a respeito através do Ofício-Circular nº 30/DLSG/SLTI-MP, onde o mesmo rebate o entendimento do TCU, ratificando seu entendimento em estrita conformidade com o Decreto Federal, se expressando da seguinte forma:
39
Com relação ao subitem 9.3.2.1.5, ratificamos que, de acordo com o previsto no Decreto nº 3.931/2001, § 3º do art. 8º, a soma dos quantitativos contratados, limitada a 100% (cem por cento) dos quantitativos registrados na Ata de Registro de Preços, deve se dar por órgão ou entidade que aderirem à respectiva Ata. (grifamos) E ao final, orienta os órgãos integrantes do Sisg e do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação, que adotem “d os mecanismos de controle que julgarem necessários à consecução dessas atividades, desde que aderentes à legislação vigente”. Ou seja, de certa forma o Ministério do Planejamento – através da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, deixa claro que cabe ao órgão gerenciador observar as adesões de acordo com o regulamento legal vigente, firmando o entendimento aqui esposado de que a limitação supostamente imposta pelo TCU ao tentar inovar o Decreto 3.931/01 em seu artigo 8º, § 3º, não tem caráter mandatório, visto que dentre as atividades da Egrégia Corte de Contas da União não está a função de legislar, e sim aplicar a legislação vigente no seu exercício de fiscalização das irregularidades constatadas nos casos em concreto. Ante o exposto, concluo que o Acórdão 1233/2012 merece ser lido com atenção, porém, não há em se falar em inovação legislativa que limite as adesões dos não participantes ao quantitativo total registrado em ata. E por derradeiro, entendo que um bom indicativo de que a Administração está no caminho certo nas suas compras públicas, é ter a certeza de que possui uma ata de registro de preços que está sendo vista e “desejada” por todo o Território Nacional, pois simboliza a regularidade na instrução e conclusão com sucesso dos seus processos licitatórios, que trouxeram ao certame preços competitivos, significando ainda uma ampla participação nos certames. Estas são as considerações que tenho a fazer diante desse recente assunto já há muito polemizado e trazido à baila no Acórdão 1233/2012 – Plenário, do Tribunal de Contas da União, que respeito pela sua função fiscalizadora das atividades administrativas do Poder Público.
40
Diante de tanta incerteza e aflições quanto aos apontamentos proferidos
no Acórdão do TCU, assim como os questionamentos a respeito de sua
competência para as determinações nele contidas, creio que o SRP ainda seja
uma excelente ferramenta e que se insere perfeitamente no conceito de
agilidade proposto aos procedimentos de compras do Governo.
41
CONCLUSÃO
O objetivo deste trabalho foi levantar informações a respeito da
sistemática de compras do governo desde a sua institucionalização, iniciada
pelo Decreto nº 2.926 de 14 de maio de 1862, assim como identificar fatores
que possam torná-las mais eficientes diante das atuais perspectivas de
crescimento.
A hipótese inicialmente levantada confirmou-se considerando que a
Licitação com a utilização do Sistema de Registro de Preços é hoje
amplamente utilizada, valendo-se principalmente da agilidade que o sistema
possibilita nas aquisições além de suas características de otimizar a aplicação
de recursos e da rotina de compras.
Obviamente que o Sistema de Registro de Preços não está imune às
criticas, discussões e nem de ajustes que venham a ser propostos para que se
torne uma ferramenta ainda melhor e voltada a atender aos interesses da
sociedade sem que se descuide do controle e fiscalização dos órgãos
incumbidos de tais tarefas.
O que se pretendia com esse trabalho era demonstrar que mesmo
necessitando de ajustes, de regras claras e de fácil compreensão, de
entendimentos por parte de todos os envolvidos, sejam eles gerenciadores,
participantes, aderentes e órgãos de controle, o SRP é o mecanismo que na
Licitação traz celeridade no processo de compras do governo.
Este trabalho colaborou na melhoria da compreensão dos fatores que
envolvem as compras na Administração Pública, além de fornecer uma visão
mais aprofundada do Sistema de Registro de Preços. Após sua realização,
42
percebeu-se que as compras regidas principalmente pelo Instituto da Licitação
e valendo-se desse sistema, contém enorme campo para estudos e pesquisas,
lentando possibilidades de novos trabalhos de pesquisa, considerando a
importância do assunto e a atualidade do tema.
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ANEXOS – NOTÍCIAS
Domingo, 06 de maio de 2012, 12h08
Farra das Atas
A adesão por carona a atas de registro de preço, embora legal, se constitui numa
brecha para se driblar a lei das licitações, e se transformou numa farra dos
malfeitores e malversadores dos recursos públicos. Um desses casos já foi
denunciado por HiperNoticias, que mostrou que a Secretaria de Educação deixou
de comprar equipamentos licitados em Mato Grosso para aderir a uma ata de
Manaus, pagando mais caro!. Agora, a revista Época revela que a locação de
carros da Delta em Mato Grosso também foram contratados por meio de adesão a
uma ata de registro de preço de Goiás, supostamente no esquema pilotado por
Carlinhos Cachoeira. Há casos em Mato Grosso que papelaria vende até cama e
panelas por meio das indigitadas atas de registro de preço. Um verdadeiro caso de
polícia! Veja aqui reportagem da Época.
De carona nos carros da Delta
Graças a um artifício de Goiás, os governos de Mato Grosso, Pará e
Amazonas acertaram contratos de aluguel de carros com a empreiteira, sem
licitação
ANDREI MEIRELES
FROTA SUSPEITA
Uma das linhas de investigação para a CPI do Cachoeira é desvendar como a
turma do bicheiro ajudou a construtora Delta a obter contratos milionários de
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aluguel de carros para as polícias militares de Goiás, Mato Grosso, Pará e
Amazonas. Para driblar a exigência legal de licitação, os governos estaduais
aderiram a uma Ata de Registro de Preços da Secretaria da Fazenda de
Goiás, obtida pela Delta em 2009. Nem a Operação Monte Carlo, da Polícia
Federal, que revelou a parceria oculta entre Cachoeira e a Delta, pôs fim à
farra. Em 9 de abril, quando Cachoeira já estava preso, o governador do Pará,
Simão Jatene (PSDB), reajustou em R$ 3,5 milhões o contrato de R$ 21
milhões. O Ministério Público abriu uma investigação para apurar a legalidade
do contrato e se os preços cobrados estão corretos.
Três dias depois de a Delta ter sido beneficiada no Pará, outro governo tucano,
o de Marconi Perillo em Goiás, também elevou o contrato entre a Delta e a
polícia local. O pagamento anual, de R$ 37,5 milhões, passou para R$ 49
milhões. O contrato não só ficou mais caro, como foi prorrogado por mais um
ano. O aval à legalidade do reajuste foi dado pelo então procurador-geral do
Estado, Ronald Bicca, afastado depois de ser citado em conversas gravadas
entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres. O caso é investigado pelo
Ministério Público. Perillo pediu auditoria sobre a contratação da Delta.
No Amazonas, a Delta liderou um consórcio que obteve com o governo Omar
Aziz (PSD) quatro contratos de aluguel de carros. Dois deles, totalizando R$ 24
milhões, se utilizaram do precedente de Goiás. Em Mato Grosso, são três os
contratos com a Delta para locação de carros, somando cerca de R$ 20
milhões. A assessoria do governador Silval Barbosa (PMDB) diz que seu
governo aderiu à ata goiana, em vez de fazer uma licitação, por ser mais
barato. Os contratos de Amazonas e Mato Grosso estão sendo investigados
pelo Ministério Público.
45
BIBLIOGRAFIA
Decreto nº. 2.926, de 14 de maio de 1862
Decreto-Lei nº 2.416, de 17 de julho de 1940
Lei 8.666, de 21 de junho de 1993
Decreto nº 7.892, de 23 de janeiro de 2013
BARBOSA, Paulo Rui. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS – SRP. Editora
Negócios Públicos do Brasil, 2008.
CARONA EM SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS: UMA OPÇÃO INTELIGENTE PARA REDUÇÃO DE CUSTOS E CONTROLE. Por Jorge Ulisses Jacoby Fernandes
PANKO, Larissa. PEREIRA, Melissa de Cássia. CORRÊA, Rogério. PREGÃO
PRESENCIAL E ELETRÔNICO, Cenário Nacional. Editora Negócios Públicos
do Brasil, Curitiba – 2008.
TCU – LICITAÇÕES & CONTRATOS – 3ª EDIÇÃO
Sistema de Registro de Preços – Perguntas e Respostas - Controladoria-Geral
da União – CGU - Secretaria Federal de Controle Interno – 2011
SANCHES, Cleuton de Oliveira. A figura do "carona" no Sistema de Registro
de Preços e o Tribunal de Contas paulista. Jus Navigandi, Teresina, ano
14, n. 2177, 17 jun. 2009
46
George Ávila – Blog sobre Licitações e Contratos – Sistema de Registro de
Preços – publicado em 23/08/2012.
47
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
RESUMO 03
METODOLOGIA 04
SUMÁRIO 05
INTRODUÇÃO 06
CAPÍTULO I
LICITAÇÃO, BREVE HISTÓRICO 08
1.1 – Dispositivos Legais da Licitação e de Contratos 10
1.1.1 – Constituição Federal de 1988 10
1.1.2 – Estatuto das Licitações – Lei 8.666/93 12
1.2 – Atos Administrativos 13
1.2.1 – Requisitos 14
1.2.2 – Classificação dos Atos Administrativos 15
Quanto aos destinatários 15
Quanto ao alcance 15
Quanto à liberdade de agir 16
1.2.3 – Desfazimento do Ato Administrativo 16
CAPÍTULO II
A LICITAÇÃO 17
2.1 – Princípios Constitucionais 17
2.1.1 – Princípio da Legalidade 17
2.1.2 – Princípio da Isonomia 17
2.1.3 – Princípio da Impessoalidade 17
2.1.4 – Princípio da Moralidade e da Probidade Administrativa
18
2.1.5 – Princípio da Publicidade 18
48
2.1.6 – Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório
18
2.1.7 – Princípio do Julgamento Objetivo 18
2.1.8 – Princípio da Celeridade 18
2.2 – As Modalidades Licitatórias 19
2.2.1 – Convite 19
2.2.2 – Tomada de Preços 19
2.2.3 – Concorrência 19
2.2.4 – Pregão 19
2.2.5 – Concurso 20
2.2.6 – Leilão 20
CAPÍTULO III
O SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS – SRP 22
3.1 – Implantação e Funcionamento do Sistema de Registro de Preços
28
3.1.1 – Vantagens 30
3.1.1.1 – Para o Gestor 30
3.1.1.2 – Para os Fornecedores 32
3.1.2 – Desvantagens 32
3.2 – Procedimentos do Sistema de Registro de Preços 33
3.3 – Sistema de Registro de Preços – Panorama Atual 35
CONCLUSÃO 41
ANEXOS 43
BIBLIOGRAFIA 45
ÍNDICE 47
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