divisÃo de quÍmica e poluiÇÃo do meio marinho … · od oxigénio dissolvido %o 2 saturação...
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INSTITUTO HIDROGRÁFICO
IH.44
DIVISÃO DE QUÍMICA E POLUIÇÃO DO MEIO MARINHO
ELEMENTO QP42CT01 RELATÓRIO TÉCNICO FINAL
REL TF QP 01/14 MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS E DOS SEDIMENTOS DA CTRSU
2013-10-01 A 2013-12-31
2014-03-21
IH.68 v.02 ii
IH.68 v.02 iii
NÃO CLASSIFICADO
FOLHA DE DIFUSÃO CLASSIFICAÇÃO DE SEGURANÇA DO RELATÓRIO
Não classificado
RESTRIÇÕES COM RESTRIÇÕES SEM RESTRIÇÕES/PÚBLICO
USO EXCLUSIVO DO IH USO EXCLUSIVO DO CLIENTE DIVULGAÇÃO SUJEITA A AUTORIZAÇÃO PRÉVIA OUTRAS (VER NOTAS)
DURAÇÃO DAS RESTRIÇÕES:
PERMANENTE ANOS
DESCLASSIFICAÇÃO
Nada a referir
DISTRIBUIÇÃO/DISPONIBILIDADE DO RELATÓRIO
Valorsul, S.A.; DI; QP
AUTOR(ES)
Isabel Cruz, Manuela Valença AUTOR INSTITUCIONAL
Instituto Hidrográfico Divisão de Química e Poluição do Meio Marinho
TÍTULO DO RELATÓRIO
Monitorização da Qualidade das Águas e dos Sedimentos da CTRSU TIPO DE RELATÓRIO
Técnico Final DESIGNAÇÃO DO RELATÓRIO
REL TF QP 03/14
ELEMENTO E ANO
QP42CT01 2013
PERÍODO DE EXECUÇÃO
2013-10-01 a 2013-12-31 DATA DO RELATÓRIO
2014-03-21
N.º DE FOLHAS
131
NOTAS
Toda a informação original colhida será arquivada no Instituto Hidrográfico, tendo o cliente sempre acesso a ela. O acesso aos dados, por parte de outras entidades, ficará condicionado à prévia concordância da entidade adjudicante. RESUMO
A VALORSUL S.A. requereu ao Instituto Hidrográfico a execução do “Programa de Monitorização da Qualidade das Águas e dos Sedimentos da Zona Envolvente à Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU)”.
As amostragens ocorreram na zona envolvente à CTRSU com a periodicidade estipulada no planeamento do Programa.
Neste relatório são apresentados os resultados de 2013 relativos às três componentes que constituem o Programa: temperaturas e velocidades de corrente do circuito de água de arrefecimento; parâmetros físico-químicos das águas e dos sedimentos do estuário do rio Tejo e da vala de drenagem; parâmetros físico-químicos das águas subterrâneas.
Da avaliação efetuada constata-se que não ocorreram variações significativas relativamente aos resultados do ano anterior.
EDITOR
INSTITUTO HIDROGRÁFICO Rua das Trinas 49, 1249-093 Lisboa Tel. 210 943 000 / Fax 210 943 299 geral@hidrografico.pt
DESCRITORES
Monitorização Estuário do rio Tejo Parâmetros físico-químicos Água de transição Sedimento
DATA DE EDIÇÃO
Março de 2014
NÃO CLASSIFICADO
INSTITUTO HIDROGRÁFICO IH.45
iv
LISTA DE DISTRIBUIÇÃO
N.º DO EXEMPLAR
DISTRIBUIÇÃO INTERNA
DISTRIBUIÇÃO EXTERNA
1 VALORSUL, SA
2 DI
3 QP
EXEMPLAR N.º
INSTITUTO HIDROGRÁFICO IH.45
v
ÍNDICE
FOLHA DE DIFUSÃO ......................................................................................................... iii
LISTA DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................................. iv
ÍNDICE ................................................................................................................................. v
LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................................... ix
1. Introdução .............................................................................................................. 1
2. Amostragem, parâmetros analisados e controlo de qualidade .............................. 1
2.1. Temperatura e velocidades de corrente ................................................................ 2
2.2. Estuário do rio Tejo e vala de drenagem ............................................................... 2
2.3. Águas subterrâneas ............................................................................................... 3
3. Apresentação e discussão dos resultados ............................................................ 3
3.1. Temperatura e velocidade de corrente .................................................................. 4
3.2. Águas do estuário do rio Tejo e Vala de drenagem .............................................. 4
3.2.1. Parâmetros físico-químicos ................................................................................... 5
3.2.2. Nutrientes .............................................................................................................. 7
3.2.3. Metais pesados .................................................................................................... 12
3.2.4. Hidrocarbonetos e óleos e gorduras .................................................................... 15
3.3. Águas subterrâneas ............................................................................................. 15
3.3.1. Parâmetros físico-químicos ................................................................................. 15
3.3.2. Nutrientes ............................................................................................................ 16
3.3.3. Metais .................................................................................................................. 16
3.3.4. Hidrocarbonetos e óleos e gorduras .................................................................... 17
3.4. Sedimentos do estuário do rio Tejo e da vala de drenagem ............................... 17
3.4.1. Granulometria, carbono orgânico total e matéria orgânica .................................. 18
3.4.2. Metais .................................................................................................................. 19
3.4.3. Policlorobifenilos e pesticidas organoclorados .................................................... 21
3.4.4. Hidrocarbonetos poliaromáticos .......................................................................... 23
3.4.5. Condutividade e potencial hidrogeniónico ........................................................... 24
4. Conclusões .......................................................................................................... 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 27
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vi
FIGURAS
Figura 1 - Localização das estações de amostragem no estuário do rio Tejo e na vala
de drenagem.
Figura 2 – Temperatura no estuário do rio Tejo e na vala de drenagem – outubro e
dezembro 2013.
Figura 3 – pH no estuário do rio Tejo e na vala de drenagem - outubro e dezembro
2013.
Figura 4 – Salinidade no estuário do rio Tejo - outubro e dezembro 2013.
Figura 5 – Saturação em oxigénio no estuário do rio Tejo - outubro e dezembro 2013.
Figura 6 – Distribuição espácio-temporal do nitrato no estuário do rio Tejo e na vala de
drenagem (outubro e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor mais
clara).
Figura 7 – Distribuição espácio-temporal do nitrito no estuário do rio Tejo e na vala de
drenagem (outubro e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor mais
clara).
Figura 8 – Distribuição espácio-temporal do azoto amoniacal no estuário do rio Tejo e
na vala de drenagem (outubro e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor
mais clara).
Figura 9 – Distribuição espácio-temporal do fósforo reativo no estuário do rio Tejo e na
vala de drenagem (outubro e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor
mais clara).
Figura 10 – Relação entre NO3 e PO4 em 2012 e 2013 e reta teórica da razão de
Redfield.
Figura 11 – Distribuição espácio-temporal do chumbo no estuário do rio Tejo e na vala
de drenagem em (outubro e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor
mais clara).
Figura 12 – Distribuição espácio-temporal do níquel no estuário do rio Tejo e na vala
de drenagem (outubro e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor mais
clara).
Figura 13 – Resultados obtidos de NO3. NH4 e PO4 nas águas subterrâneas em
outubro de 2013.
Figura 14 – Resultados do As, Pb, Fe, Mn, Ni e Zn nas águas subterrâneas em
outubro de 2013.
Figura 15 - Distribuição dos componentes argila-silte-areia-cascalho nos sedimentos –
outubro de 2013.
Figura 16 - Distribuição espacial do As, Cd, Cr, Cu, Hg, Ni, Pb e Zn nos sedimentos e
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vii
sua classificação segundo a Portaria nº 1450/07.
Figura 17 - Distribuição do PCB7 nos sedimentos e sua classificação segundo a
Portaria nº 1450/07.
Figura 18 - Distribuição espacial do HCB nos sedimentos – outubro de 2013.
Figura 19 - Distribuição espacial da soma dos metabolitos DDT (DDE,DDD,DDT) nos
sedimentos – outubro de 2013.
Figura 20 - Distribuição espacial do somatório de PAH nos sedimentos – outubro de
2013.
Figura 21 - Distribuição espacial da condutividade nos sedimentos – outubro de 2013.
TABELAS
Tabela I - Datas das campanhas de amostragem
Tabela II - Critérios de referência (NQA e CAE) e teores mínimo e máximo dos metais
no estuário do rio Tejo em outubro e dezembro de 2013.
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viii
APÊNDICES
Apêndice A Coordenadas ocupadas por campanha e estação de amostragem
Apêndice B Métodos de análise e limites de quantificação
Apêndice C Critérios de avaliação
Apêndice D Parâmetros físico-químicos das águas superficiais do estuário do rio
Tejo e vala de drenagem
Apêndice E Parâmetros físico-químicos das águas subterrâneas
Apêndice F Parâmetros físico-químicos dos sedimentos
ANEXOS
Anexo A Boletins de Ensaio dos parâmetros físico-químicos das amostras de água
superficial do estuário do rio Tejo e da vala de drenagem
Anexo B Boletins de Ensaio dos parâmetros físico-químicos das amostras de água
subterrânea
Anexo C Boletins de Ensaio dos parâmetros físico-químicos das amostras de
sedimento
Anexo D Boletins de Ensaio das análises de granulometria e carbono orgânico total
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ix
LISTA DE ABREVIATURAS
Al Alumínio
As Arsénio
BM Baixa-Mar
CAR Circuito da água de arrefecimento
Cd Cádmio
COT Carbono orgânico total
CAE Critério de Avaliação Ecotoxicológico
Cr Crómio
CTRSU Central de tratamento de resíduos sólidos urbanos
Cu Cobre
DGPS Sistema de posicionamento diferencial
Eq. Criseno Expresso em equivalentes de Criseno
Eq. Ekofisk Expresso em equivalentes de Ekofisk
Fe Ferro
HCB Hexaclorobenzeno
Hg Mercúrio
IH Instituto Hidrográfico
Li Lítio EAC-High Ecotoxicological Assessment Criteria (valor mais elevado de
concentração para o qual não são esperados efeitos tóxicos agudos) EAC-Low Ecotoxicological Assessment Criteria (valor de concentração abaixo
do qual todas as espécies marinhas não sofrem efeitos crónicos) LQ Limite de quantificação
Mn Manganês
NH4 Azoto amoniacal
Ni Níquel
NO3 Nitrato
NO2 Nitrito
NQA Norma de qualidade ambiental NQA-MA Norma de Qualidade Ambiental que deve ser comparada com a
média aritmética das concentrações da substância especificada, medidas em momentos diferentes do ano
NQA-CMA Norma de Qualidade Ambiental que deve ser comparada com a
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x
concentração máxima anual medida para a substância OD Oxigénio dissolvido
%O2 Saturação em oxigénio
O&G Óleos e gorduras
OSPAR Convenção de Oslo e de Paris
PAH Hidrocarbonetos aromáticos polinucleares
Pb Chumbo
PCB7 Somatório dos congéneres CB28, CB52, CB101, CB118, CB138, CB153, CB180
pH Potencial hidrogeniónico
PM Preia-mar
PO4 Fósforo reativo
R Razão de Redfield
REL TF Relatório técnico final
REL PT Relatório de progressos de trabalho
S Superfície
SAL Salinidade
Soma DDTs Somatório dos metabolitos op’DDE, pp’DDE, op’DDD, pp’DDD, op’DDT e pp’DDT
Soma PAHs
Somatório dos hidrocarbonetos aromáticos polinucleares (Naftaleno, Acenaftileno, Acenafteno, Fluoreno, Fenantreno, Antraceno, Fluoranteno, Pireno, Benzo[a]antraceno, Criseno, Benzo[b]fluoranteno, Benzo[k]fluoranteno, Benzo[a]pireno, Indeno[1,2,3-c,d]pireno, Dibenzo[a,h]antraceno, Benzo[g,h,i]perileno)
T Temperatura
VMA Valor mínimo admissível
Zn Zinco
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DIVISÃO DE QUÍMICA E POLUIÇÃO DO MEIO MARINHO
ELEMENTO QP42CT01 RELATÓRIO TÉCNICO FINAL
REL TF QP 01/14 MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS E DOS SEDIMENTOS DA CTRSU
2013-10-01 A 2013-12-31
1. Introdução No âmbito do Programa de Monitorização da Qualidade da Água e dos
Sedimentos na Envolvente da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos
(CTRSU), cuja execução foi requerida ao Instituto Hidrográfico (IH) pela VALORSUL,
SA e formalizada através do contrato de prestação de serviços nº 13/12336 de 26 de
setembro de 2013, deu-se continuidade ao acompanhamento e evolução do estado
da qualidade do meio envolvente à CTRSU pela medição de parâmetros físico-
químicos para caracterização de possíveis impactos da atividade da CTRSU no
estuário do rio Tejo.
O programa de monitorização é composto pelas seguintes componentes:
medição de temperaturas e velocidades de correntes relativas ao Circuito
da Água de Arrefecimento (CAR);
determinação de parâmetros físico-químicos nas águas superficiais e
sedimentos do estuário do rio Tejo;
determinação de parâmetros físico-químicos nas águas superficiais e
sedimentos da vala de drenagem;
determinação de parâmetros físico-químicos nas águas subterrâneas.
Neste relatório apresentam-se e interpretam-se os resultados das
determinações físico-químicas efetuadas durante o ano de 2013, assim como a
medição das temperaturas e velocidades de correntes relativas ao CAR.
2. Amostragem, parâmetros analisados e controlo de qualidade Tendo em conta a previsão das marés para o estuário do rio Tejo e as
condições estabelecidas no programa de monitorização, o planeamento das
campanhas de amostragem foi definido conforme se apresenta na Tabela I.
O modo de realização das amostragens e o tratamento efetuado às amostras
até ao momento de análise estão descritos em REL.TF.QP 16/11 e REL.TF.QP 03/12.
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2
Tabela I - Datas das campanhas de amostragem
Campanha OUT DEZ
Temperaturas e Velocidades de Corrente (CAR)
10 e 11
Águas Superficiais (Estuário e Vala de Drenagem)
12 10
Sedimentos Superficiais (Estuário e Vala de Drenagem)
10
Águas Subterrâneas 9
Os parâmetros analisados e os respetivos métodos de ensaio e limites de
quantificação (LQ) podem ser consultados no Apêndice B.
As determinações analíticas que não são executadas nos laboratórios do
Instituto Hidrográfico são efetuadas em laboratórios externos. No caso do presente
estudo, a subcontratação de ensaios foi previamente submetida à aprovação da
VALORSUL, tendo a ALS Czech Republic, s.r.o. sido encarregada de efetuar a
análise do carbono orgânico total em sedimentos.
O controlo de qualidade analítico interno e externo foi efetuado de acordo com
os requisitos definidos pelo laboratório, nomeadamente a realização de duplicados,
ensaios em branco e de recuperação, a utilização de materiais de referência
certificados (MRC) e a participação em ensaios interlaboratoriais (EIL). De referir que,
para a maioria dos parâmetros estudados, o desempenho do laboratório em EIL foi
satisfatório. Os laboratórios de Química e Sedimentologia do Instituto Hidrográfico são
acreditados segundo a norma NP EN ISO/IEC 17025, sendo que os ensaios incluídos
no âmbito estão referenciados nas tabelas do Apêndice B.
2.1. Temperatura e velocidades de corrente
A componente de medição de temperatura e velocidade de corrente pretende
verificar o cumprimento das condições de descarga do CAR, validar a temperatura do
meio de descarga e o impacto no meio recetor.
Os dados foram obtidos através de três registadores de temperatura
fundeados em diferentes posições na Cala do Norte, junto à tomada de água do CAR,
e de um correntómetro, durante um período de cerca de 25 horas consecutivas,
iniciado próximo do estofo de preia-mar.
2.2. Estuário do rio Tejo e vala de drenagem
As campanhas de recolha de amostras de águas superficiais decorreram
sempre em situações consideradas de marés mortas e em duas situações de maré
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distintas; preia-mar (PM) e baixa-mar (BM). Foram efetuadas amostragens em quatro
estações: La1, situada entre os Mouchões de Alhandra e da Póvoa; La2, em frente à
CTRSU; La3, entre o banco do Ladeiro e o Mouchão da Póvoa; Lb, numa secção
transversal da vala de drenagem adjacente ao local de implantação da CTRSU.
Na Figura 1 apresentam-se as localizações das estações de amostragem e no
Apêndice A encontram-se as respetivas coordenadas geográficas obtidas através de
um sistema de posicionamento diferencial (DGPS), referenciadas ao datum WGS 84.
Figura 1 - Localização das estações de amostragem no estuário do rio Tejo e na vala de drenagem.
2.3. Águas subterrâneas Foi efetuada uma campanha de recolha de amostras nos quatro piezómetros
instalados no terreno envolvente à CTRSU:
3. Apresentação e discussão dos resultadosA análise e a discussão dos resultados foram suportadas pelos seguintes
documentos publicados:
Decreto-Lei nº 236/1998, de 1 de Agosto que “…estabelece normas, critérios e
objetivos de qualidade com a finalidade de proteger o meio aquático e melhorar
a qualidade das águas em função dos seus principais usos.”;
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4
Decreto-Lei nº 77/2006, de 30 de Março, complementado pela Lei nº 58/2005, de
29 de Dezembro, (Lei da Água), que “...transpõe para a ordem jurídica nacional
a Diretiva 2000/60/CE, de 23 de Outubro, onde se estabelece um quadro de
ação comunitária no domínio da política da água.”
Decreto-Lei nº 103/2010, de 24 de Setembro, que ”…transpõe para a ordem
jurídica nacional a Diretiva 2008/105/CE, de 16 de Dezembro, que estabelece
normas de qualidade ambiental (NQA) no domínio da política da água.”;
Decreto-Lei nº 83/2011, de 20 de Junho respeitante à análise e monitorização
química do estado da água;
Portaria nº 1450/2007, de 12 de Novembro que define, na sua Tabela 2 do
Anexo III “... critérios de qualidade de sedimentos ...”;
Relatório do Estado da Qualidade 2000, da Comissão da Convenção para a
Proteção do Ambiente Marinho do Atlântico Nordeste (OSPAR Commission),
onde estão definidos alguns Critérios de Avaliação Ecotoxicológica (CAE) para
metais em água.
Manual do CEMP-OSPAR (Co-ordinated Environmental Monitoring Programme,
OSPAR Commission) 2008, para avaliação de contaminantes em sedimento e
biota.
Na análise, a utilização destes documentos foi efetuada de forma ponderada
refletindo as diferenças entre o tipo de sistema em estudo e o tipo de sistemas para
os quais os documentos foram criados. Os critérios neles contidos foram usados com
carácter indicativo.
No Apêndice C encontram-se compilados os critérios de avaliação aplicáveis
aos parâmetros estudados.
Na análise efetuada e para efeitos de cálculo, os valores ao nível do LQ foram
considerados em metade do seu valor absoluto conforme definido no art. 7º do DL
103/2010. Para efeitos de somatórios de PCB7, metabolitos de DDT e PAH os valores
ao nível do LQ são considerados como zero
3.1. Temperatura e velocidade de corrente Os dados de temperatura e velocidade de corrente das campanhas efetuadas
em 2013 estão apresentados no Relatório de Progresso de Trabalhos próprio (REL
PT OC 25/13, novembro 2013).
3.2. Águas do estuário do rio Tejo e Vala de drenagem Os resultados dos parâmetros analisados nas águas superficiais do estuário
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5
do rio Tejo (La1, La2 e La3) e na vala de drenagem (Lb) encontram-se compilados no
Apêndice D. Os respetivos boletins de ensaio podem ser consultados no Anexo A:
Parâmetros físico-químicos – temperatura (T), potencial hidrogeniónico
(pH), salinidade (SAL), oxigénio dissolvido (OD) e saturação em oxigénio
(%O2)
Nutrientes – nitrato (NO3), nitrito (NO2), azoto amoniacal (NH4) e fósforo
reativo (PO4)
Metais - arsénio (As), cádmio (Cd), cobre (Cu), ferro (Fe), mercúrio (Hg),
manganês (Mn), níquel (Ni), chumbo (Pb) e zinco (Zn)
Óleos e gorduras e hidrocarbonetos (O&G)
Nas amostras da vala de drenagem não foram analisadas os parâmetros
salinidade, saturação em oxigénio, azoto amoniacal e fósforo reativo.
3.2.1. Parâmetros físico-químicos Em cada estação, a variação da temperatura (T) refletiu as condições
esperadas de sazonalidade e não se verificaram diferenças significativas entre as
situações de baixa-mar (BM) e de preia-mar (PM), como se observa na Figura 2. O
mesmo comportamento foi observado para o pH, onde os valores foram da mesma
ordem de grandeza, oscilando entre 7,68 e 8,21, como se pode verificar na Figura 3.
Figura 2 – Temperatura no estuário do rio Tejo e na vala de drenagem – outubro e dezembro 2013.
5
10
15
20
25
PM BM PM BM PM BM PM BM
La1 La2 La3 Lb
Tem
pera
tura
(ºC
)
12-OUT 10-DEZ
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6
Figura 3 – pH no estuário do rio Tejo e na vala de drenagem - outubro e dezembro 2013.
Os teores de salinidade (SAL) encontrados nas amostras do estuário não são
muito elevados, como se observa na Figura 4. Isto deve-se ao facto de as campanhas
se efetuarem em regime de maré de “águas mortas” e por conseguinte com pequena
amplitude de maré. Tal como em 2011 e 2012, os teores de SAL mais baixos
ocorreram na estação La1, situada mais a montante, sendo nesta estação onde se
sente uma maior interferência das diferentes massas de água durante a enchente
(água costeira) e vazante (água fluvial).
Figura 4 – Salinidade no estuário do rio Tejo - outubro e dezembro 2013.
O teor em oxigénio dissolvido (OD) é discutido sob a forma de percentagem de
saturação de oxigénio (%O2) de modo a permitir uma comparação direta de valores
7,5
8,0
8,5
PM BM PM BM PM BM PM BM
La1 La2 La3 Lb
pH
12-OUT 10-DEZ
0
5
10
15
20
25
30
PM BM PM BM PM BM
La1 La2 La3
Salin
idad
e (P
SU)
12-OUT 10-DEZ
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nas diferentes estações, independentemente dos respetivos efeitos da SAL e da T.
Como se pode verificar pela Figura 5, os teores de OD encontrados nas
amostras estuarinas acompanharam a sazonalidade, com uma tendência para valores
mais baixos no mês de outubro.
O Anexo XIII do Decreto-Lei nº 236/98 define um Valor Mínimo Admissível
(VMA) de saturação em oxigénio de 80% para águas do litoral ou salobras para fins
aquícolas – águas conquícolas. Apesar deste valor de referência não ser aplicado ao
tipo de águas em estudo, é considerado como um bom indicador do estado trófico
destas águas. Verifica-se que todos os valores obtidos são superiores aquele
referencial.
Figura 5 – Saturação em oxigénio no estuário do rio Tejo - outubro e dezembro 2013.
3.2.2. NutrientesNa Figura 6 apresenta-se a distribuição espácio-temporal de nitrato (NO3) em
situação de PM (representado pela cor escura) e de BM (representado pela cor mais
clara). Os teores acompanharam a sazonalidade esperada, com os valores mais altos
a ocorrer no mês de dezembro, estando estes teores associados ao regime mais
intenso de descarga do rio e a uma menor produção primária. Na estação La1, os
teores variaram entre 0,57 e 1,1 mg-N L-1, na estação La2, entre 0,31 e 0,64 mg-N L-1,
na estação La3 entre 0,49 e 0,69 mg-N L-1 e na estação Lb entre 0,54 e 5,9 mg-N L-1.
70
80
90
100
PM BM PM BM PM BM
La1 La2 La3
Satu
raçã
o em
Oxi
géni
o %
)
12-OUT 10-DEZ
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8
Figura 6 – Distribuição espácio-temporal do nitrato no estuário do rio Tejo e na vala de drenagem (outubro e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor mais clara).
Na Figura 7 apresenta-se a distribuição espácio-temporal de nitrito (NO2) na
PM (representado pela cor escura) e na BM (representado pela cor mais clara). Como
se observa a variação temporal dos teores de nitrito (NO2) foi pouco significativa nas
estações La1, La2 e La3, com valores a variarem entre 4,2 e 39 μg-N L-1, 12,4 e 46
μg-N L-1 e 7,7 e 37 μg-N L-1, respetivamente. A estação Lb apresentou uma maior
oscilação, entre 19 e 105 μg-N L-1 com o pico de concentração a ocorrer na
amostragem de dezembro na situação de baixa-mar.
-9.08 -9.07 -9.06 -9.05 -9.04 -9.03 -9.02 -9.01
Longitude
38.81
38.82
38.83
38.84
38.85
38.86
38.87
38.88
Latit
ude
La1
La2
La3
Lb
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
12-OUT 10-DEZ
5,0
5,5
6,00,0
1,0
2,0
3,0
4,0
12-OUT 10-DEZ
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
12-OUT 10-DEZ
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
12-OUT 10-DEZ
NO3(mg-N L-1)
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9
Figura 7 – Distribuição espácio-temporal do nitrito no estuário do rio Tejo e na vala de drenagem (outubro e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor mais clara).
A evolução dos teores de azoto amoniacal (NH4) apresenta um
comportamento semelhante e da mesma ordem de grandeza para as estações La1 e
La3, variando entre <14 μg-N L-1 e 0,14 mg-N L-1, nestas duas estações, como se
pode observar através da Figura 8 (situação PM representado pela cor escura e na
BM representado pela cor mais clara). Os teores encontrados na estação La2 foram
significativamente superiores, com variações entre 0,15 e 0,26 mg L-1.
-9.08 -9.07 -9.06 -9.05 -9.04 -9.03 -9.02 -9.01
Longitude
38.81
38.82
38.83
38.84
38.85
38.86
38.87
38.88
Latit
ude
La1
La2
La3
Lb
0
20
40
60
12-OUT 10-DEZ
90
100
110
0
20
40
60
80
12-OUT 10-DEZ
0
20
40
60
80
12-OUT 10-DEZ
0
20
40
60
80
12-OUT 10-DEZ
NO2(μg-N L-1)
INSTITUTO HIDROGRÁFICO IH.45
10
Figura 8 – Distribuição espácio-temporal do azoto amoniacal no estuário do rio Tejo e na vala de drenagem (outubro e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor mais clara).
Como se observa na Figura 9, os teores de fósforo reativo (PO4) foram
consistentes nas diferentes estações e nas diferentes amostragens, com valores a
apresentarem variações pouco significativas (mínimo de 75 μg-N L-1 na estação La2 e
máximo de 111 μg-N L-1 na estação La1).
-9.08 -9.07 -9.06 -9.05 -9.04 -9.03 -9.02 -9.01
Longitude
38.81
38.82
38.83
38.84
38.85
38.86
38.87
38.88
Latit
ude
La1
La2
La3
Lb
0
100
200
300
12-OUT 10-DEZ
0
100
200
300
12-OUT 10-DEZ
0
100
200
300
12-OUT 10-DEZ
NH4(μg-N L-1)
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11
Figura 9 – Distribuição espácio-temporal do fósforo reativo no estuário do rio Tejo e na vala de drenagem
(outubro e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor mais clara).
De acordo com Redfield (1963) e Stigebrandt (1987), entre o azoto e o fósforo
presentes em águas marinhas ou estuarinas pode ser estabelecida uma razão
estequiométrica. Para águas em que a biomassa dominante é o fitoplâncton, a Razão
de Redfield (R) tem o valor de 7,2 se se considerar como unidade de concentração a
massa por volume (g L-1 ou um seu submúltiplo). Assim, e apesar da contínua
remoção seletiva e regeneração do azoto e do fósforo, a sua redistribuição no oceano
permanecerá em equilíbrio estequiométrico se este não for alterado.
O interesse do uso de R reside na avaliação dos desvios N/P à relação teórica
para verificar se há um nutriente limitante no desenvolvimento de fitoplâncton.
Na Figura 10 está representada a relação teórica entre o NO3 e o PO4 através
do traçado da reta teórica e as relações pontuais das amostras estuarinas obtidas
durante o ano de 2012 e 2013. Pela análise da figura verifica-se que houve de um
-9.08 -9.07 -9.06 -9.05 -9.04 -9.03 -9.02 -9.01
Longitude
38.81
38.82
38.83
38.84
38.85
38.86
38.87
38.88La
titud
eLa1
La2
La3
Lb
60
80
100
120
12-OUT 10-DEZ
60
80
100
120
12-OUT 10-DEZ
60
80
100
120
12-OUT 10-DEZ
PO4(μg-P L-1)
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12
modo geral excesso de fósforo, comportamento que contrasta com o observado em
2012, em que se verificou a situação inversa. Esta alteração pode estar, muito
provavelmente, relacionada com uma diminuição, em 2013, da carga de nitrato de
origem agrícola presente nas águas fluviais que chegam ao estuário.
Figura 10 – Relação entre NO3 e PO4 em 2012 e 2013 e reta teórica da razão de Redfield.
3.2.3. Metais pesados Os metais As, Cu, Fe, Mn e Zn só foram amostrados na campanha de outubro.
Os teores são baixos, variando entre 1,22 e 4.02 μg L-1 para o As, entre <0,300 e 1,28
μg L-1 para o Cu, entre <1,00 e 5,1 μg L-1 para o Fe, entre <0,300 e 7,32 μg L-1 para o
Mn e entre <0,300 e 8,62 μg L-1 para o Zn.
Os metais Cd, Pb, Hg e Ni foram amostrados nas duas campanhas. Os teores
de Hg e Cd foram baixos em todas as estações, com frequente incidência ao nível do
LQ do método de ensaio, variando entre <7,5 ng L-1 e 10,4 ng L-1 para o Hg e entre
<0,030 a 0,040 μg L-1 para o Cd.
As distribuições espácio-temporais dos metais Pb e Ni estão representadas
nas Figuras 11 e 12. Como se observa na Figura 11, os teores de chumbo (Pb) foram
consistentes nas diferentes estações e nas diferentes amostragens, com valores a
variarem entre 0,156 e 0,244 μg L-1 para La1, entre 0,163 e 0,299 μg L-1 para La2,
entre 0,226 e 0,267 μg L-1 para La3 e entre 0,107 e 0,312 μg L-1 para Lb.
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
0 25 50 75 100 125 150
NO
3(μgL1)
PO4 (μg L 1)
La1-PM (2012)
La1-BM (2012)
La2-PM (2012)
La2-BM (2012)
La3-PM (2012)
La3-BM (2012)
La1-PM (2013)
La1-BM (2013)
La2-PM (2013)
La2-BM (2013)
La3-PM (2013)
La3-BM (2013)
R
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13
Figura 11 – Distribuição espácio-temporal do chumbo no estuário do rio Tejo e na vala de drenagem em
(outubro e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor mais clara).
Os teores de níquel (Ni) apresentam um comportamento semelhante e da
mesma ordem de grandeza para as estações todas as estações, variando entre 0,077
e 5,26 μg L-1 para La1, entre 0,603 e 6,34 μg L-1 para La2, entre 1,13 e 3,85 μg L-1
para La3 e entre 0,346 e 2,95 μg L-1 para Lb.
-9.08 -9.07 -9.06 -9.05 -9.04 -9.03 -9.02 -9.01
Longitude
38.81
38.82
38.83
38.84
38.85
38.86
38.87
38.88
Latit
ude
La1
La2
La3
Lb
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
12-OUT 10-DEZ
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
12-OUT 10-DEZ
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
12-OUT 10-DEZ
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
12-OUT 10-DEZ
Pb(μg L-1)
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14
Figura 12 – Distribuição espácio-temporal do níquel no estuário do rio Tejo e na vala de drenagem (outubro
e novembro de 2013) - PM (cor mais escura) e BM (cor mais clara).
Na Tabela II apresentam-se os teores mínimo e máximo dos metais
analisados nas amostras estuarinas (La1, La2 e La3), assim como os valores de
referência definidos como CAE pela OSPAR (2000) e NQA estabelecidas no DL
103/2010.
A análise dos dados permite verificar que de um modo geral os teores dos
metais estão abaixo ou situam-se nos intervalos de referência. São exceção alguns
resultados observados para o Cu e Zn.
-9.08 -9.07 -9.06 -9.05 -9.04 -9.03 -9.02 -9.01
Longitude
38.81
38.82
38.83
38.84
38.85
38.86
38.87
38.88
Latit
ude
La1
La2
La3
Lb
0
2
4
6
8
12-OUT 10-DEZ
0
2
4
6
8
12-OUT 10-DEZ
0
2
4
6
8
12-OUT 10-DEZ
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
12-OUT 10-DEZ
Ni(μg L-1)
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15
Tabela II - Critérios de referência (NQA e CAE) e teores mínimo e máximo dos metais no estuário do rio Tejo em outubro e dezembro de 2013.
Parâmetro CAE(a)
(μg L-1)NQA-MA(b)
(μg L-1)NQA-CMA(b)
(μg L-1)Mínimo(μg L-1)
Máximo (μg L-1)
As 1 – 10 1,22 4,02
Cd 0,01 – 0,1 0,2 0,45 <0,03 0,040
Cu 0,005 – 0,05 <0,300 1,28
Hg 0,005 – 0,05 0,05 0,07 <0,0075 0,010
Ni 20 Não aplicável 0,077 6,34
Pb 0,5 – 5 7,2 Não aplicável 0,107 0,299
Zn 0,5 – 5 <0,300 8,62 (a)OSPAR Commission, 2000; (b)DL 103/2010
3.2.4. Hidrocarbonetos e óleos e gorduras Os teores dos óleos e gorduras nas estações do estuário e na vala de
drenagem são baixos com frequente incidência ao nível do LQ do método de ensaio,
ou seja 0,05 mg L-1.
3.3. Águas subterrâneas Os resultados dos parâmetros analisados em águas subterrâneas encontram-
se compilados no Apêndice E e os respetivos boletins de ensaio podem ser
consultados no Anexo B:
Parâmetros físico-químicos – T, pH, OD e condutividade
Nutrientes – NO3, NO2, NH4 e PO4
Metais - Al, As, Cd, Cr, Cu, Fe, Hg, Mn, Ni, Pb e Zn
O&G
3.3.1. Parâmetros físico-químicos A medição do nível piezométrico registou variações de 328 cm para o PZ1 a
584 cm no PZ2. Neste último piezómetro foi também encontrado o menor teor da
condutividade.
Os valores de T e do pH nos diferentes piezómetros foram consistentes, tendo
variado entre 18,5ºC e 19,1ºC e entre 7,19 e 7,35, respetivamente.
Os teores em OD foram geralmente muito baixos, por vezes ao nível do LQ
(0,03 mg L-1). O teor mais elevado de 1,00 mg L-1 foi registado no PZ2.
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16
3.3.2. Nutrientes Na Figura 13 apresentam-se as distribuições do NO3, NH4 e PO4.
Os teores de NO3 são consistentes ao longo dos diferentes piezómetros,
variando entre <7 e 9 μg-N L-1. Os teores de NO2 foram baixos, ao nível do LQ do
método (<1,4 μg-N L-1).
Os teores de NH4 são elevados, variando entre 1,2 e 2,8 mg-N L-1, os quais se
devem à grande carência em oxigénio típica de águas subterrâneas. Esta carência
não permite a oxidação natural do azoto amoniacal a nitrito e nitrato. Efetivamente, os
teores máximos registados de NH4 para o PZ5 e PZ6 corresponderam a teores de OD
ao nível do LQ.
Os teores de PO4 seguiram a mesma tendência que o NH4, no entanto
verifica-se uma grande amplitude, com variações entre 60 μg-P L-1 e 0,81 mg-P L-1.
Figura 13 – Resultados obtidos de NO3. NH4 e PO4 nas águas subterrâneas em outubro de 2013.
3.3.3. Metais Na Figura 14 apresenta-se a distribuição do As, Pb, Fe, Mn, Ni e Zn.
Nos diversos piezómetros os teores dos elementos As, Pb, Hg, Fe e Zn são
homogéneos, variando entre 0,588 e 4,00 μg L-1 para o As, entre 0,138 e 0,242 μg L-1
para o Pb, entre <7,50 e 14,3 ng L-1 para o Hg, entre 5,04 e 22 g L-1 para o Fe e
entre <0,300 e 4,90 μg L-1 para o Zn. Os teores de Ni e Mn apresentaram uma maior
amplitude, variando entre 0,518 e 72 g L-1 e 6,23 e 91 g L-1 respetivamente.
No piezómetro PZ1 foram registados os teores mais elevados de As
(4,00 μg L-1), Fe (22 μg L-1), Mn (91 μg L-1) e Zn (4,90 μg L-1).
0
2
4
6
8
10
PZ1 PZ2 PZ5 PZ6
NO3 (μg-N L-1)
0
1
2
3
PZ1 PZ2 PZ5 PZ6
NH4 (mg-N L-1)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
PZ1 PZ2 PZ5 PZ6
PO4 (mg-P L-1)
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17
Figura 14 – Resultados do As, Pb, Fe, Mn, Ni e Zn nas águas subterrâneas em outubro de 2013.
Os teores de Cd e Cu foram baixos, apresentando valores ao nível do LQ dos
métodos de ensaio, respetivamente 0,030 μg L-1 e 0,300 μg L-1. É exceção o teor
encontrado para o Cu no piezómetros PZ5 (2,28 μg L-1).
3.3.4. Hidrocarbonetos e óleos e gorduras Os teores em O&G nas estações dos diversos piezómetros foram baixos,
apresentando valores ao nível do LQ do método de ensaio.
3.4. Sedimentos do estuário do rio Tejo e da vala de drenagem Os resultados dos parâmetros analisados em sedimentos colhidos nas
estações do estuário do rio Tejo e na vala de drenagem da zona envolvente à CTRSU
encontram-se compilados no Apêndice G e os respetivos boletins de ensaio podem
ser consultados no Anexo C:
Parâmetros físico-químicos – matéria orgânica total (MOT, expresso em
termos de Perda por Ignição), condutividade, pH;
Metais - Al, As, Cd, Cr, Cu, Fe, Hg, Li, Mn, Ni, Pb e Zn;
0
1
2
3
4
5
PZ1 PZ2 PZ5 PZ6
As (μg L-1)
0,0
0,1
0,2
0,3
PZ1 PZ2 PZ5 PZ6
Pb(μg L-1)
0
5
10
15
20
25
PZ1 PZ2 PZ5 PZ6
Fe (μg-P L-1)
0
20
40
60
80
100
PZ1 PZ2 PZ5 PZ6
Mn (μg L-1)
0
5
10
15
20
PZ1 PZ2 PZ5 PZ6
Ni (μg L-1)
0
1
2
3
4
5
PZ1 PZ2 PZ5 PZ6
Zn (μg-P L-1)72
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18
Pesticidas organoclorados - -HCH, aldrina, dieldrina, endrina, e somatório
dos metabolitos de DDT (op’-DDE, pp’-DDE, op’-DDD, pp’-DDD, op’-DDT,
pp’-DDT);
Hexaclorobenzeno (HCB);
Somatório dos policlorobifenilos (PCB7); CB28, CB52, CB101, CB118,
CB138, CB153 e CB180.
Hidrocarbonetos poliaromáticos (PAH) - antraceno, benzo(b)fluoranteno,
benzo(a)pireno, benzo(e)pireno, benzo(ghi)perileno, benzo(k)fluoranteno,
criseno, trifenileno, fluoranteno, indeno(1,2,3-cd)perileno, naftaleno,
fenantreno, perileno e pireno.
3.4.1. Granulometria, carbono orgânico total e matéria orgânica A caracterização textural e geoquímica dos sedimentos através do estudo
granulométrico e do teor em matéria orgânica é fundamental na análise dos teores de
metais e compostos orgânicos. A capacidade de adsorção destes compostos e da
matéria orgânica na fração fina (silte e argila) é superior, ocorrendo com maior
expressão onde esta é mais significativa. Em estudos comparativos é, pois,
importante conhecer-se a percentagem de silte e de argila para corrigir a variabilidade
da composição de cada sedimento nos níveis de metais e de compostos orgânicos
detetados (Salomons, 1980; Loring, 1991; Kersten, 2002).
A matéria orgânica total e o teor em carbonatos também originam informação
adicional sobre a origem e as características geoquímicas do sedimento (OSPAR,
2002).
No Anexo D encontram-se os relatórios e boletins de ensaio com os resultados
da granulometria e do carbono orgânico total (COT), incluindo a classificação
granulometria dos sedimentos. A Figura 15 representa a distribuição dos
componentes silte-argila-areia-cascalho dos sedimentos colhidos em outubro de
2013.
Do ponto de vista granulométrico, as amostras das estações La1 e La2
classificaram-se como areia, com uma percentagem de finos (fração <63 μm) de
4,47% e de 2,77%, respetivamente. A estação La3 foi classificada como areia, silte e
argila, com uma fração <63 μm de 76,67%, e a estação Lb, com uma fração <63 μm
de 66,18%, foi classificada como silte arenoso.
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19
Figura 15 - Distribuição dos componentes argila-silte-areia-cascalho nos sedimentos – outubro de 2013.
A variação espacial dos teores de carbono orgânico total (COT) e da matéria
orgânica (MOT) é significativa nos sedimentos amostrados. Foram obtidos valores de
COT a variarem entre 0,158% (La1) e 2,97% (Lb) e de MOT entre 1,2% (La1) e 10%
(Lb). As amostras com uma maior percentagem de finos (La3 e Lb) apresentaram
também os teores mais elevados de COT e MOT.
3.4.2. Metais A distribuição espacial do As, Cd Cr, Cu, Hg, Ni, Pb e Zn pode ser observada
na Figura 16. Estas representações tiveram em atenção o disposto no Anexo III da
Portaria nº 1450/2007 onde está consagrada a classificação de materiais dragados de
acordo com o seu grau de contaminação em metais e compostos orgânicos
(Apêndice C).
Pela análise da Figura 16 verifica-se que os teores de Cd, nos sedimentos do
estuário do rio Tejo, foram baixos e ao nível do LQ (<0,3 mg kg-1), sendo os da vala
de drenagem levemente superiores. Os teores de As, Hg e Ni foram consistentes e da
mesma ordem de grandeza. De acordo com a referida Portaria e, relativamente aos
metais Cd, As, Hg e Ni, estes sedimentos podem ser classificados como “Classe 1 –
Material dragado limpo”.
Os níveis de Cr e Zn nos sedimentos foram mais elevados. Os sedimentos das
estações La3 e Lb classificaram-se como “Classe 2 – Material dragado com
contaminação vestigiária”. Os níveis de Pb e Zn foram em geral baixos, com a
estação Lb a registar teores um pouco mais elevados, classificando-se como de
“Classe 2 – Material dragado com contaminação vestigiária” (conforme Figura 16).
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20
No sedimento da vala de drenagem (Lb), os teores de Cu e Pb foram mais
elevados aos encontrados para os sedimentos estuarinos, classificando-se como
“Classe 2 – Material dragado com contaminação vestigiária”, no caso do Pb, e como
“Classe 3 – Material dragado ligeiramente contaminado”, para o Cu.
Figura 16 - Distribuição espacial do As, Cd, Cr, Cu, Hg, Ni, Pb e Zn nos sedimentos e sua classificação
segundo a Portaria nº 1450/07.
O Al, o Fe e Mn estão naturalmente presentes na matriz dos sedimentos e não
são por isso considerados poluentes, a não ser que os seus teores ultrapassem
determinados valores.
A OSPAR definiu em 2008 critérios de avaliação ambiental (EAC) que permite
0
5
10
15
20
La 1 La 2 La 3 Lb
Estação
As (mg kg-1)
Classe 1
0
50
100
150
200
La 1 La 2 La 3 Lb
Estação
Cu (mg kg-1)
Classe 2
Classe 3
Classe 1
0
20
40
60
80
La 1 La 2 La 3 Lb
Estação
Pb (mg kg-1)
Classe 1
Classe 2
0
20
40
60
80
La 1 La 2 La 3 Lb
Estação
Cr (mg kg-1)
Classe 1
Classe 2
Classe 1
0
10
20
30
La 1 La 2 La 3 Lb
Estação
Ni (mg kg-1)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
La 1 La 2 La 3 Lb
Estação
Cd (mg kg-1)
Classe 1
0
100
200
300
La 1 La 2 La 3 Lb
Estação
Zn (mg kg-1)
Classe 1
Classe 2
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
La 1 La 2 La 3 Lb
Estação
Hg (mg kg-1)
Classe 1
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21
estabelecer a situação dum contaminante em relação a potenciais efeitos crónicos
adversos nas espécies marinhas, incluindo as mais sensíveis. Estes critérios avaliam
a qualidade ecotoxicológica dos sedimentos relativamente à presença de metais.
Define-se um nível inferior (EAC-Low) – como sendo os valores de concentração
abaixo do qual se considera não existirem riscos para o ambiente, sendo improváveis
efeitos biológicos tóxicos e um nível superior (EAC-High) – como sendo os valores de
concentração para os quais existem riscos para o ambiente, sendo prováveis os
efeitos biológicos tóxicos (Apêndice C).
A análise dos teores encontrados no estuário do rio Tejo (La1, La2 e La3), à
luz dos CAE (OSPAR, 2008), permite concluir que o Cd, Cr, Cu, Hg, Pb e Zn
registaram teores inferiores ao EAC-High, havendo valores individuais inferiores ao
EAC-Low, principalmente na estação La1. Os teores de As, nas estações La2 e La3
ultrapassaram o respetivo EAC-High. Para o Ni os valores encontrados são inferiores
ao EAC-Low.
3.4.3. Policlorobifenilos e pesticidas organoclorados Nas Figura 17 está representada a distribuição espacial dos teores dos
policlorobifenilos (CB28, CB52, CB101, CB118, CB138, CB153 e CB180). Os teores
do somatório destes policlorobifenilos (PCB7) são baixos e de acordo com a Portaria
nº 1450/07, os sedimentos podem classificar-se como de “Classe 1 – Material
dragado limpo” para a generalidade das estações, com exceção da estação Lb, que
pertence à “Classe 2 – Material dragado com contaminação vestigiária”.
Figura 17 - Distribuição do PCB7 nos sedimentos e sua classificação segundo a Portaria nº 1450/07.
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22
Na Figura 18 apresenta-se a distribuição do HCB. Os teores são baixos
variando entre 0,01 e 0,16 μg kg-1 e de acordo com a Portaria nº 1450/07, os
sedimentos podem classificar-se como de “Classe 1 – Material dragado limpo”.
Figura 18 - Distribuição espacial do HCB nos sedimentos – outubro de 2013.
Na Figura 19 encontra-se a representação espacial do somatório dos
metabolitos de DDT (DDE, DDD, DDT).
Figura 19 - Distribuição espacial da soma dos metabolitos DDT (DDE,DDD,DDT) nos sedimentos – outubro
de 2013.
A análise dos resultados individuais de cada metabolito permite concluir que,
na amostra Lb, o contributo do pp’-DDE para o somatório foi o mais significativo,
enquanto que para a estação La3 foi o pp’-DDT. O teor de 3,6 μg kg-1 de pp’-DDT
encontrado na estação La3 é significativamente superior ao encontrado nas restantes
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
La1 La2 La3 Lb
HC
B (μ
g kg
-1)
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23
estações e cerca de 7 vezes superior ao teor reportado em 2012 (0,5 μg kg-1). Em
relação ao teor de pp’DDE na estação Lb, de 5 μg kg-1, também significativamente
superior aos restantes teores encontrados, o teor foi de cerca do dobro do valor
determinado em 2012 (2,7 μg kg-1).
3.4.4. Hidrocarbonetos poliaromáticos Na Figura 20 apresenta-se a distribuição do somatório de PAH (Soma PAHs).
Os teores encontrados para as estações La2 e La3 foram da mesma ordem de
grandeza. Destaca-se o teor de 0,5 mg kg-1 determinado para a estação La1 e o valor
de 0,8 0,5 mg kg-1 na estação Lb.
De acordo com a Portaria atrás descrita, o somatório de PAH estão na “Classe
1 – Material dragado limpo” (estações La2 e La3) e na “Classe 2 – Material dragado
com contaminação vestigiária” (estação La1 e Lb).
Figura 20 - Distribuição espacial do somatório de PAH nos sedimentos – outubro de 2013.
A variação espacial dos teores de teor de hidrocarbonetos aromáticos foi
significativa, sendo de 32 mg kg-1 (eq. Ekofisk) para La1, de 27 mg kg-1 (eq. Ekofisk)
para La2, de 45 mg kg-1 (eq. Ekofisk) para La3 e de 602 mg kg-1 (eq. Ekofisk) para Lb.
O REL.TF.QP 06/93 estabelece que um teor de hidrocarbonetos aromáticos
superior a 50 mg kg-1 (expresso em equivalentes de Ekofisk) é indicador de poluição.
Deste modo, os resultados obtidos em 2013 indiciam contaminação por
hidrocarbonetos aromáticos na estação Lb. O teor encontrado na vala de drenagem é
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24
da mesma ordem de grandeza ao encontrado em 2012.
3.4.5. Condutividade e potencial hidrogeniónico O pH dos sedimentos foi da mesma ordem de grandeza em todas as estações
variando entre 8,42 (Lb) e 9,01 (La 2).
A Figura 21 apresenta os resultados da condutividade dos sedimentos nas
diferentes estações. Pela análise da figura verifica-se que os teores foram variáveis
ao longo do estuário, acompanhando as diferentes característica do próprio
sedimento amostrado.
Figura 21 - Distribuição espacial da condutividade nos sedimentos – outubro de 2013.
4. ConclusõesOs resultados obtidos e analisados ao abrigo do programa de monitorização
das águas e dos sedimentos da zona envolvente à CTRSU da VALORSUL, durante o
ano de 2013, permitiram verificar que:
i. Na zona de descarga da água do CAR, a variação da temperatura não foi
significativa, estando a maior amplitude correlacionada com o sinal de
maré. A corrente apresentou uma variação de período semidiurno sendo
os seus valores ligeiramente superiores em períodos de vazante do que
nos períodos de enchente. Estes comportamentos evidenciam a existência
de um ligeiro caudal fluvial proveniente de montante.
ii. Os dados dos parâmetros físico-químicos nas águas estudados
apresentaram as oscilações sazonais esperadas. Na vala de drenagem os
valores de temperatura, saturação em oxigénio e nutrientes foram
tendencialmente superiores em situação de BM, possivelmente devido às
escorrências de origem terreste da massa de água fluvial, mais suscetível
0
5
10
15
20
La1 La2 La3 Lb
Con
dutiv
idad
e (m
S cm
-1)
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25
de trazer maior influência antropogénica.
Na generalidade os teores de As, cd, Pb, Cu, Fe, Mn, Hg, Ni e Zn foram
baixos em todas as estações. De acordo com os normativos de referência
utilizados na avaliação dos teores de metais - o Decreto-lei 103, de 24
setembro de 2010, que estabelece as NQA para substâncias prioritárias e
outros poluentes e os Critérios de Avaliação Ecotoxicológicos (CAE)
definidos pela OSPAR (OSPAR Commission, 2000) para águas oceânicas
e costeiras - a análise dos dados permite verificar que de um modo geral
os teores dos metais estão abaixo ou situam-se nos intervalos referência.
São exceção algumas situações registadas para o Cu e Zn. No entanto,
deverá ter-se em conta que os CAE foram estabelecidos para avaliar a
qualidade da água em zonas abertas (oceânicas e costeiras) e não em
zonas confinadas como os estuários.
iii. Nos piezómetros, os parâmetros estudados registaram valores em
consonância com os resultados obtidos em 2012. Os teores de NH4
mantiveram-se elevados, compatíveis com meios anóxicos, e os teores de
PO4 seguiram a mesma tendência que o NH4. Os valores de metais
obtidos nos piezómetros registaram o mesmo comportamento encontrado
nos anos anteriores. Para o Cd, e Cu, As, Pb, Hg, Fe e Zn os teores são
homogéneos enquanto que para o Ni e Mn apresentam uma certa
heterogeneidade. Os teores As, Al, Cu, Hg e Cd são na generalidade
baixos, apresentando-se ao nível do LQ.
iv. Relativamente aos sedimentos, os teores mais elevados de metais foram
registados nas estacões La3 e Lb, tal como em 2012. Do ponto de vista
granulométrico estas estações foram classificadas respetivamente com
areia, silte, argila e silte arenoso contendo percentagens significativas da
designada fração fina (fração <63 μm) à qual está associada uma maior
afinidade para a adsorção de metais e compostos orgânicos.
De acordo com a Portaria nº 1450/07 puderam-se classificar os
sedimentos do estuário do rio Tejo e da vala de drenagem como “Classe 1
– material dragado limpo” relativamente a As, Cd, Hg e Ni; como “Classe 2
– material dragado com contaminação vestigiária” relativamente ao Cr e Zn
estações La3 e Lb e Pb na estação Lb; como “Classe 3 – material dragado
ligeiramente contaminado” relativamente ao Cu na estação Lb.
A avaliação da qualidade dos sedimentos estuarinos (La1, La2 e La3) foi
também efetuada à luz dos CAE definidos pela OSPAR em 2009. A análise
dos teores encontrados permite concluir que o Cd, Cr, Cu, Hg, Pb e Zn
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27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DECRETO-LEI nº 236/98. D.R. I Série A. 176 (98-08-01) 3676-3722.
DECRETO-LEI nº 77/2006. D.R. I Série A. 64 (06-03-30) 2331-2354.
KERSTEN, M., Smedes, F. – Normalization Procedures for Sediment Contaminants in
Spatial and Temporal Trend Monitoring. Journal of Environmental Monitoring, 4: 109-
115, 2002.
LORING, D. H. – Normalization of heavy-metal data from estuarine and coastal
sediments. ICES Journal of Marine Science. 48:101-115, 1991.
OSPAR Commission – Assessment manual for contaminants in sediments and biota.
CEMP Assessment Manual, Co-ordinated Environmental Monitoring Programme.
London: OSPAR Commission, 2008.
OSPAR Commission – OSPAR Guidelines for the Management of Dredged Material.
London: OSPAR Commission, 2002.
OSPAR Commission – Quality Status Report 2000. London: OSPAR Commission,
2000 a. 108 + vii pp.
PORTARIA nº 1450/2007. D.R. I Série, 217 (07-11-12) 8372-8382.
REL.PT.OC 25/13 – Monitorização Correntométrica e da Temperatura da Água no
Canal Adjacente à Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos em S. João
da Talha – 2013-10-10 a 2013-10-11, Lisboa: Instituto Hidrográfico, 2013. 22 pp.
REL.TF.QP 06/93 – Qualidade da Água e Sedimentos nas Imediações da Doca dos
Olivais e Foz do Rio Trancão. Lisboa: Instituto Hidrográfico, 1993.
REL.TF.QP 02/13 – Monitorização da Qualidade das Águas e dos Sedimentos da
CTRSU – janeiro a dezembro 2012, Lisboa: Instituto Hidrográfico, 2013. 206 pp.
REL.TF.QP 03/12 – Monitorização da Qualidade das Águas e dos Sedimentos da
CTRSU – Janeiro a dezembro 2011, Lisboa: Instituto Hidrográfico, 2012. 253 pp.
REL.TF.QP 16/11 – Monitorização da Qualidade das Águas e dos Sedimentos da
CTRSU – JAN-DEZ 2010, Lisboa: Instituto Hidrográfico, 2011. 105 pp.
SALOMONS, W. – Trace Metal Analysis on Polluted Sediments. Environmental
Technology Letters, 1:505, 506-517, 1980.
NEVES, F. S. - Dynamics and Hydrology of the Tagus Estuary. Lisboa: Universidade
de Lisboa. Faculdade de Ciências. Ciências Geofísicas e da Geo-informação
(Oceanografia), 2010. Tese de Doutoramento.
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APÊNDICES
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A
COORDENADAS OCUPADAS POR CAMPANHA E
POR ESTAÇÃO DE AMOSTRAGEM
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Tabela A.1 – Estuário do rio Tejo e vala de drenagem - Coordenadas (referenciadas ao datum WGS 84)
Estação Data Maré Hora
Coordenadas de Planeamento Coordenadas da Colheita
Latitude Longitude Latitude Longitude
La1
2013-10-12 PM 10:46
38-52-36.65N 009-01-16.05W
38-52-35.1N 009-01-13.6W
BM 16:30 38-52-36.5N 009-01-16.1W
2013-12-10 PM 11:00 38-52-37.2N 009-01-15.6W
BM 16:20 38-52-34.7N 009-01-18.6W
La2
2013-10-12 PM 09:49
38-49-39,76N 009-04-44,13W
38-49-39.6N 009-04-44.0W
BM 15:50 38-49-39.4N 009-04-44.4W
2013-12-10 PM 09:40 38-49-39.6N 009-04-44.1W
BM 15:30 38-49-39.1N 009-04-44.8W
La3
2013-10-12 PM 10:15
38-49-05.66N 009-03-02.02W
38-49-05.0N 009-03-02.0W
BM 15:50 38-49-05.5N 009-03-01.9W
2013-12-10 PM 10:05 38-49-05.1N 009-03-01.9W
BM 15:40 38-49-05.9N 009-03-02.3W
Lb
2013-10-12 PM 10:00
38-49-46.4N 009-04-55.9W
— —
BM 15:50 — —
2013-12-10 PM 09:45 — —
BM 15:30 — —
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B
MÉTODOS DE ANÁLISE E LIMITES DE QUANTIFICAÇÃO
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Tabela B.1 – Água – Métodos de Análise
Parâmetro ASE AVD ASB Unidade LD LQ Incerteza Método / Técnica Analítica
Temperatura (*) X X X ºC n.a. — 0,10 NT.LB.19 v01.02 de 2013-05-14 / Termometria
pH (*) X X X <3,00 e >10,00 — 0,06
NT.LB.21 v02.00 de 2013-05-03 (SMEWW 4500 H+ B) /
Potenciometria
Oxigénio Dissolvido X X X mg L-1 0,01 0,03 10% NT.LB.39 v00 de 2009-07-10
(ISO 5813:1983) / Iodometria (método de Winkler)
Salinidade (*) X PSU n.a. 2,000 0,004 NT.LB.20 v02.00 de 2013-05-03 (SMEWW 2520 B) / Condutimetria
Nitrato + Nitrito e Nitrato (*) X X X g-N L-1 4,0 7,0 16,6% (<35 g-N L-1);
8,6% ( 35 g-N L-1) NT.LB.04 v00 de
2012-05-30 Espectrometria
de Absorção Molecular
(Fluxo Contínuo
Segmentado)
Nitrito (*) X X X g-N L-1 0,7 1,4 11,7% (<6,3 g-N L-1); 6,1% ( 6,3 g-N L-1)
NT.LB.01 v03.00 de 2011-03-16
Azoto Amoniacal (*) X X g-N L-1 5,3 14 18,7% (<49 g-N L-1); 9,7% ( 49 g-N L-1)
NT.LB.03 v03.00 de 2011-03-16
Fósforo Reactivo (*) X X g-P L-1 2,4 6,2 17,4% (<21,7 g-P L-1); 6,1% ( 21,7 g-P L-1)
NT.LB.04 v03.00 de 2011-03-16
Arsénio X X g L-1 0,01 0,030 10% NT.LB.41 v00 de 2009-07-09 / Espectrometria de absorção
atómica – gerador de hidretos
Cobre X X X g L-1 0,100 0,300 10% NT.LB.44 v00 de 2009-07-10 Espectrometria
de absorção atómica –
chama
Zinco X X X g L-1 0,100 0,300 10% NT.LB.45 v00 de 2009-07-10
Ferro X X X g L-1 0,300 1,00 10% NT.LB.47 v00 de 2009-07-10
Cádmio X X X g L-1 0,010 0,030 10% NT.LB.48 v00 de 2009-07-10
Espectrometria de absorção
atómica – câmara de
grafite
Manganês X X X g L-1 0,010 0,030 10% NT.LB.50 v00 de 2009-07-10
Níquel X X X g L-1 0,010 0,030 10% NT.LB.49 v00 de 2009-07-10
Chumbo X X X g L-1 0,010 0,030 10% NT.LB.51 v00 de 2009-07-10
Mercúrio X X X ng L-1 2,5 7,50 10% NT.LB.52 v00 de 2009-07-13 / Espectrometria de absorção
atómica – vapor frio
Óleos e Gorduras e Hidrocarbonetos (*) X X X mg L-1 0.015 0,05 19% ( 0,292 mg L-1);
6,1% (>0,292 mg L-1)
NT.LB.08 v04.00 de 2013-05-16 / Espectrometria de Absorção Molecular por Infravermelho
Condutividade Elétrica X mS cm-1 0,003 0,01 5% SMEWW 2510
Condutimetria Observações:
(*)Ensaios acreditados segundo a norma NP EN ISO/IEC 17025:2005, processo nº L0490. ASE – Águas Superficiais do Estuário do Rio Tejo. AVD – Águas da Vala de Drenagem. ASB – Águas Subterrâneas. LD – Limite de Deteção. LQ – Limite de Quantificação. NT.LB – Métodos Internos; SMEWW - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater; ISO - International Organization for Standardization. n.a. – não aplicável.
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Tabela B.2 – Sedimento – Métodos de Análise
Parâmetro Unidade LD LQ Incerteza Método / Técnica Analítica
Análise granulométrica (*) 0,02 μm — D10 – 0,25% D50 – 0,08% D90 – 0,13%
NT.LB.22 v01 de 2009-05-07 / Peneiração NT.LB.23 v.02.01 de 2010-03-23 / Difração Laser
Carbono Orgânico Total (**) % 0,04 0,4 17,1%( 2,0%) 16,8% (>2%)
NT.LB.26 v00.03 de 2010-12-15 / Espectrometria de absorção de infravermelho
Matéria Orgânica (expresso em Perda por Ignição) (*) % 0,3 0,8 10% NT.LB.24 v02.01 de 2012-04-24 (EN 15169:2007) /
Gravimetria
Arsénio mg kg-1 0,015 0,050 10% NT.LB.57 v00 de 2009-07-09 / Espectrometria de absorção atómica – gerador de hidretos
Alumínio mg g-1 0,0075 0,020 10% NT.LB.17 v00 de 2008-04-14
Dissolução dos sedimentos por microondas pelo método NT.LB.06
v01 de 2009-01-28 /
Espectrometria de absorção
atómica – chama
Cobre (*) mg kg-1 1,5 5,0 8,87% NT.LB.07 v03 de 2009-04-23 (ISO 11047:1998)
Zinco (*) mg kg-1 0,75 2,0 7,7% NT.LB.10 v02 de 2009-04-23 (ISO 11047:1998)
Crómio mg kg-1 0,75 2,0 10% NT.LB.15 v00 de 2008-04-14 (ISO 11047:1998)
Ferro (*) mg g-1 1,5 5,0 10,2% NT.LB.16 v03 de 2010-09-08 (ISO 11047:1998)
Cádmio mg kg-1 0,10 0,30 10% NT.LB.14 v00 de 2008-04-14 (ISO 11047:1998)
Manganês (*) mg kg-1 1,5 5,0 11% NT.LB.11 v03.00 de 2011-06-01 (ISO 11047:1998)
Níquel mg kg-1 0,75 2,0 10% NT.LB.13 v00 de 2008-04-14 (ISO 11047:1998)
Chumbo mg kg-1 0,75 2,0 10% NT.LB.12 v00 de 2008-04-14
Mercúrio (*) g kg-1 0,6 1,7 24%( 10 ng) 12,5% (>10 ng)
NT.LB.09 v03.00 de 2012-06-08 (EPA 7473:2007) / Combustão
PCBs (CB28, CB52, CB101, CB118, CB138, CB153, CB180) e Compostos Organoclorados (HCB, – HCH, Aldrina, Dialdrina, Endrina o,p’ – DDE, p,p’ – DDE, o,p’ – DDD, p,p’ – DDD, o,p’ – DDT, p,p’ – DDT)
g kg-1 0,003 - 0,030
0,010 - 0,10 25%
NT.LB.54 v00 de 2009-07-15 / Cromatografia gasosa com detetor de captura
eletrónica
PAHs (Antraceno; Benzo(a)antraceno; Criseno&Trifenileno; Benzo(a)pireno; Benzo(b)fluoranteno; Benzo(e)pireno; Benzo(g,h,i)perileno; Benzo(k)fluoranteno; Fenantreno Fluoranteno; Indeno(1,2,3,-cd)pireno; Naftaleno Perileno; Pireno
g kg-1 1,7 5 25%
Extração por ASE (Extração Acelerada por Solvente) através do método NT.LB.91 v00.00 de
2013-09-30 NT.LB.58 v00 de 2009-07-20 /
GC / MS (Cromatografia gasosa com deteção por espectrometria de massa)
Hidrocarbonetos aromáticos (exp.Eq.Criseno e exp.Eq.Ekofisk)
mg kg-1 0,03 0,10 25% NT.LB.63 v00 de 2009-07-20 / Espectrofluorimetria de Ultravioleta
Condutividade Eléctrica mgS cm-1 0,003 0,01 5% NT.LB.61 v00 de 2009-08-31 / Condutimetria
pH — <3,00 e >10,00 — 0,06 NT.LB.60 v00 de 2009-08-31/
Potenciometria Observações:
(*)Ensaios acreditados segundo a norma NP EN ISO/IEC 17025:2005, processo nº L0490. (**) Ensaio subcontratado ALS Czech Republic, s.r.o (cumpre as especificações do método interno). LD – Limite de Deteção; LQ – Limite de Quantificação. NT.LB – Métodos Internos; EPA – Environmental Protection Agency; ISO - International Organization for Standardization. n.a. – não aplicável.
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C
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
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Tabela C.1 – Critérios de Avaliação Ecotoxicológicos (CAE)
Elemento Água (OSPAR, 2000)
(μg L-1)
Sedimento (OSPAR, 2008) (mg kg-1),
LOWER EAC UPPER EAC
As 1 – 10 1 10
Cd 0,01 – 0,1 0,1 1
Cr 1 – 10 10 100
Cu 0,005 – 0,05 5 50
Hg 0,005 – 0,05 0,05 0,5
Ni 0,1 – 1 5 50
Pb 0,5 – 5 5 50
Zn 0,5 – 5 50 500
Tabela C.2 – Normas de qualidade ambiental (NQA) para substâncias prioritárias e outros poluentes (Decreto Lei 103 de 24 Setembro de 2010)
Elemento (μg L-1)
NQA-MAOutras águas de superfície
NQA-CMAOutras águas de
superfície
Cádmio e compostos de cádmio (consoante a classe da dureza da
água) (1)
0,2
0,45 (classe 1) 0,45 (classe 2) 0,6 (classe 3) 0,9 (classe 4) 1,5 (classe 5)
Chumbo e compostos de chumbo 7,2 Não aplicável
Mercúrio e compostos de mercúrio 0,05 0,07
Níquel e compostos de níquel 20 Não aplicável
MA – média anual CMA – concentração máxima admissível
(1) No caso do cádmio e compostos de cádmio, os valores de NQA variam em função de cinco classes de dureza da água (classe 1: <40 mg de CaCO3/l, classe 2 40 a <50 mg de CaCO3/l, classe 3 50 a <100 mg de CaCO3/l, classe 4 100 a <200 mg de CaCO3/l e classe 5 200 mg de CaCO3/l.
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Tabela C.3 – Portaria nº 1450/2007 – Tabela 2 do Anexo III
Parâmetro Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe 5
Metais
(mg kg-1)
Arsénio <20 20 - 50 50 – 100 100 - 500 >500
Cádmio <1 1 - 3 3 - 5 5 - 10 >10
Crómio <50 50 - 100 100 - 400 400 – 1 000 > 1 000
Cobre <35 35 - 150 150 - 300 300 - 500 > 500
Mercúrio <0.5 0,5 – 1,5 1,5 – 3,0 3,0 - 10 >10
Chumbo <50 50 - 150 150 - 500 500 – 1 000 > 1 000
Níquel <30 30 - 75 75 - 125 125 - 250 >250
Zinco <100 100 – 600 600 – 1 500 1 500 – 5 000 >5 000
Compostos
Orgânicos
(μg Kg-1)
PCB (soma) <5 5 - 25 25 - 100 100 - 300 >300
HCB <0.5 0,5 – 2,5 2,5 - 10 10 - 50 >50
PAH (soma) <300 300 – 2 000 2 000 – 6 000 6 000 – 20 000 >20 000
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D
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
DO ESTUÁRIO DO RIO TEJO E VALA DE DRENAGEM
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Tabela D.1 - Águas do Estuário – Estação La 1
Parâmetro 2013-10-12 2013-12-10
PM BM PM BM
Salinidade(i) 13,772 PSU <2,000 PSU 10,582 PSU <2,000 PSU
pH(i) 8,20 8,10 7,68 7,85
Temperatura(i) 20,7 ºC 21,2 ºC 11,1 ºC 12,2 ºC
Oxigénio Dissolvido 7,0 mg-O2/L 7,2 mg-O2/L 10 mg-O2/L 10 mg-O2/L
% Oxigénio 84 % 82 % 93 % 92 %
Nitrato(i) 0,75 mg-N/L 1,1 mg-N/L 0,57 mg-N/L 0,65 mg-N/L
Nitrato + Nitrito(i) 0,79 mg-N/L 1,17 mg-N/L 0,58 mg-N/L 0,65 mg-N/L
Nitrito(i) 39 μg-N/L 39 μg-N/L 8,1 μg-N/L 4,2 μg-N/L
Azoto Amoniacal(i) l 0,14 mg-N/L <14 μg-N/L 65 μg-N/L 26 μg-N/L
Fósforo Reactivo(i) 103 μg-P/L 108 μg-P/L 95 μg-P/L 111 μg-P/L
Arsénio 4,02 μg/L 3,21 μg/L — —
Cádmio <0,030 μg/L <0,030 μg/L <0,030 μg/L <0,030 μg/L
Chumbo 0,160 μg/L 0,244 μg/L 0,156 μg/L 0,187 μg/L
Cobre <0,300 μg/L 0,918 μg/L — —
Ferro <1,00 μg/L 4,74 μg/L — —
Manganês 0,580 μg/L <0,300 μg/L — —
Mercúrio <7,50 ng/L <7,50 ng/L 10,4 ng/L 8,95 ng/L
Níquel 0,077 μg/L 1,61 μg/L 5,26 μg/L 1,91 μg/L
Zinco <0,300 μg/L 1,40 μg/L — —
Óleos e Gorduras(i) <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L
Hidrocarbonetos(i) <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L
Observação: (i) Ensaios Acreditados
INSTITUTO HIDROGRÁFICO
DIVISAO DE QUÍMICA E POLUIÇÃO DO MEIO MARINHO
INSTITUTO HIDROGRÁFICO IH.45
Tabela D.2 - Águas do Estuário – Estação La 2
Parâmetro 2013-10-12 2013-12-10
PM BM PM BM
Salinidade(i) 29,247 PSU 17,836 PSU 24,059 PSU 14,057 PSU
pH(i) 8,01 8,19 8,02 8,21
Temperatura(i) 20,6 ºC 21,6 ºC 11,8 ºC 12,2 ºC
Oxigénio Dissolvido 6,7 mg-O2/L 6,9 mg-O2/L 8,4 mg-O2/L 9,4 mg-O2/L
% Oxigénio 88 % 87 % 91 % 96 %
Nitrato(i) 0,31 mg-N/L 0,64 mg-N/L 0,38 mg-N/L 0,6 mg-N/L
Nitrato + Nitrito(i) 0,33 mg-N/L 0,69 mg-N/L 0,39 mg-N/L 0,62 mg-N/L
Nitrito(i) 28 μg-N/L 46 μg-N/L 12,4 μg-N/L 15,2 μg-N/L
Azoto Amoniacal(i) l 0,15 mg-N/L 0,26 mg-N/L 0,19 mg-N/L 0,22 mg-N/L
Fósforo Reactivo(i) 75 μg-P/L 108 μg-P/L 77 μg-P/L 91 μg-P/L
Arsénio 2,39 μg/L 3,16 μg/L — —
Cádmio <0,030 μg/L 0,038 μg/L <0,030 μg/L <0,030 μg/L
Chumbo 0,169 μg/L 0,299 μg/L 0,166 μg/L 0,163 μg/L
Cobre 0,422 μg/L 1,28 μg/L — —
Ferro <1,00 μg/L 5,10 μg/L — —
Manganês 0,431 μg/L <0,300 μg/L — —
Mercúrio <7,50 ng/L <7,50 ng/L <7,50 ng/L 9,24 ng/L
Níquel 0,603 μg/L 6,34 μg/L 1,91 μg/L 0,673 μg/L
Zinco <0,300 μg/L 8,62 μg/L — —
Óleos e Gorduras(i) <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L
Hidrocarbonetos(i) <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L
Observação: (i) Ensaios Acreditados
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Tabela D.3 - Águas do Estuário – Estação La 3
Parâmetro 2013-10-12 2013-12-10
PM BM PM BM
Salinidade(i) 19,214 PSU 14,648 PSU 17,522 PSU 8,439 PSU
pH(i) 8,02 8,01 8,08 8,07
Temperatura(i) 20,4 ºC 21,3 ºC 10,7 ºC 11,8 ºC
Oxigénio Dissolvido 7,0 mg-O2/L 7,1 mg-O2/L 10 mg-O2/L 10 mg-O2/L
% Oxigénio 86 % 88 % 96 % 93 %
Nitrato(i) 0,58 mg-N/L 0,69 mg-N/L 0,49 mg-N/L 0,6 mg-N/L
Nitrato + Nitrito(i) 0,61 mg-N/L 0,72 mg-N/L 0,50 mg-N/L 0,61 mg-N/L
Nitrito(i) 36 μg-N/L 37 μg-N/L 8,3 μg-N/L 7,7 μg-N/L
Azoto Amoniacal(i) l 0,12 mg-N/L 91 μg-N/L 65 μg-N/L 66 μg-N/L
Fósforo Reactivo(i) 92 μg-P/L 99 μg-P/L 78 μg-P/L 96 μg-P/L
Arsénio 2,96 μg/L 3,17 μg/L — —
Cádmio 0,040 μg/L <0,030 μg/L <0,030 μg/L 0,035 μg/L
Chumbo 0,254 μg/L 0,230 μg/L 0,226 μg/L 0,267 μg/L
Cobre 0,661 μg/L 0,969 μg/L — —
Ferro 1,17 μg/L 2,14 μg/L — —
Manganês 0,303 μg/L 0,327 μg/L — —
Mercúrio <7,50 ng/L <7,50 ng/L <7,50 ng/L 10,3 ng/L
Níquel 1,30 μg/L 3,85 μg/L 1,43 μg/L 1,13 μg/L
Zinco 2,90 μg/L 5,41 μg/L — —
Óleos e Gorduras(i) <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L 0,07 mg/L
Hidrocarbonetos(i) <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L
Observação: (i) Ensaios Acreditados
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Tabela D.4 - Vala de Drenagem – Estação Lb
Parâmetro 2013-10-12 2013-12-10
PM BM PM BM
pH(i) 8,09 7,97 8,07 7,87
Temperatura(i) 19,9 ºC 19,8 ºC 11,3 ºC 14,5 ºC
Oxigénio Dissolvido 6,5 mg-O2/L 8,2 mg-O2/L 8,1 mg-O2/L 8,9 mg-O2/L
% Oxigénio 71 % 89 % — —
Nitrato(i) 1,5 mg-N/L 2,8 mg-N/L 0,54 mg-N/L 5,9 mg-N/L
Nitrato + Nitrito(i) 1,50 mg-N/L 2,8 mg-N/L 0,55 mg-N/L 6,00 mg-N/L
Nitrito(i) 49 μg-N/L 41 μg-N/L 19 μg-N/L 105 μg-N/L
Arsénio 2,26 μg/L 1,22 μg/L — —
Cádmio <0,030 μg/L <0,030 μg/L <0,030 μg/L <0,030 μg/L
Chumbo 0,107 μg/L 0,263 μg/L 0,312 μg/L 0,491 μg/L
Cobre <0,300 μg/L <0,300 μg/L — —
Ferro 1,23 μg/L 4,39 μg/L — —
Manganês 1,97 μg/L 7,32 μg/L — —
Mercúrio <7,50 ng/L <7,50 ng/L <7,50 ng/L 9,64 ng/L
Níquel 0,346 μg/L 0,955 μg/L 2,95 μg/L 5,24 μg/L
Zinco 0,561 μg/L 5,26 μg/L — —
Óleos e Gorduras(i) 0,05 mg/L 0,05 mg/L 0,10 mg/L 0,10 mg/L
Hidrocarbonetos(i) <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L
Observação: (i) Ensaios Acreditados
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E
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
INSTITUTO HIDROGRÁFICO
DIVISAO DE QUÍMICA E POLUIÇÃO DO MEIO MARINHO
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Tabela E.1 – Águas subterrâneas
Parâmetro 2013-10-09
PZ1 PZ2 PZ5 PZ6
Nível Piezométrico -328 cm -584 cm -390 cm -473 cm
Condutividade 3,0 mS/cm 1,76 mS/cm 3,3 mS/cm 2,6 mS/cm
Oxigénio Dissolvido 0,77 mg-O2/L 1,0 mg-O2/L <0,03 mg-O2/L <0,03 mg-O2/L
pH(i) 7,19 7,21 7,31 7,35
Temperatura(i) 18,6 ºC 18,5 ºC 19,0 ºC 19,1 ºC
Nitrato(i) 8 μg-N/L <7 μg-N/L 9 μg-N/L 8 μg-N/L
Nitrato + Nitrito(i) 8 μg-N/L <7 μg-N/L 9 μg-N/L 10 μg-N/L
Nitrito(i) <1,4 μg-N/L <1,4 μg-N/L <1,4 μg-N/L 1,4 μg-N/L
Azoto Amoniacal(i) 2,2 mg-N/L 1,2 mg-N/L 2,7 mg-N/L 2,8 mg-N/L
Fósforo Reactivo(i) 0,16 mg-P/L 60 μg-P/L 0,56 mg-P/L 0,81 mg-P/L
Arsénio 4,00 μg/L 1,24 μg/L 0,588 μg/L 0,762 μg/L
Cádmio <0,030 μg/L <0,030 μg/L <0,030 μg/L <0,030 μg/L
Chumbo 0,163 μg/L 0,138 μg/L 0,242 μg/L 0,238 μg/L
Cobre <0,300 μg/L <0,300 μg/L 2,28 μg/L <0,300 μg/L
Ferro 22 μg/L 7,56 μg/L 19,1 μg/L 5,04 μg/L
Manganês 91 μg/L 52 μg/L 6,23 μg/L 26 μg/L
Mercúrio 7,69 ng/L <7,50 ng/L <7,50 ng/L 14,3 ng/L
Níquel 4,90 μg/L 0,949 μg/L 72 μg/L 0,518 μg/L
Zinco 4,90 μg/L 0,488 μg/L 2,36 μg/L <0,300 μg/L
Óleos e Gorduras(i) 0,07 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L 0,06 mg/L
Hidrocarbonetos(i) <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L <0,05 mg/L
Observação: (i) Ensaios Acreditados.
INSTITUTO HIDROGRÁFICO IH.45
F
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DOS SEDIMENTOS
INSTITUTO HIDROGRÁFICO
DIVISAO DE QUÍMICA E POLUIÇÃO DO MEIO MARINHO
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Tabela F.1 – Sedimentos
Parâmetro La1 La2 La3 Lb
Carbono organic total(ii) 0,158 % 0,934 % 1,10 % 2,97 %
Condutividade 3,4 mS/cm 9,6 mS/cm 17,9 mS/cm 14,5 mS/cm
pH a 20-25ºC 8,50 9,01 8,49 8,42
Perda por Ignição(i) 1,2 % 9 % 8 % 10 %
Alumínio 20 mg/g 36 mg/g 44 mg/g 62 mg/g
Arsénio 5,3 mg/kg 14 mg/kg 12 mg/kg 6,1 mg/kg
Cádmio <0,30 mg/kg <0,30 mg/kg <0,30 mg/kg 0,63 mg/kg
Chumbo 11 mg/kg 7,2 mg/kg 33 mg/kg 66 mg/kg
Cobre(i) <5,0 mg/kg 11 mg/kg 29 mg/kg 0,18 g/kg
Crómio 13 mg/kg 16 mg/kg 69 mg/kg 54 mg/kg
Ferro(i) 10 g/kg 14 g/kg 38 g/kg 23 g/kg
Manganês(i) 0,46 g/kg 0,49 g/kg 0,58 g/kg 0,23 g/kg
Mercúrio(i) 0,19 mg/kg 0,10 mg/kg 0,30 mg/kg 0,31 mg/kg
Níquel <2,0 mg/kg 6,5 mg/kg 16 mg/kg 12 mg/kg
Zinco(i) 41 mg/kg 47 mg/kg 0,17 g/kg 0,26 g/kg
CB28 0,06 μg/kg 0,07 μg/kg 0,25 μg/kg 4 μg/kg
CB52 <0,030 μg/kg 0,10 μg/kg 0,10 μg/kg 2,0 μg/kg
CB101 0,025 μg/kg 0,36 μg/kg 0,31 μg/kg 1,0 μg/kg
CB118 <0,04 μg/kg 0,4 μg/kg 0,22 μg/kg 2,4 μg/kg
CB138 <0,04 μg/kg 0,4 μg/kg 0,7 μg/kg 4 μg/kg
CB153 0,04 μg/kg 0,4 μg/kg 0,8 μg/kg 4 μg/kg
CB180 <0,04 μg/kg 0,14 μg/kg 0,6 μg/kg 2,2 μg/kg
Soma PCB7 0,12 μg/kg 1,9 μg/kg 3 μg/kg 20 μg/kg
g-HCH <0,04 μg/kg <0,04 μg/kg 0,05 μg/kg 0,5 μg/kg
HCB <0,010 μg/kg 0,11 μg/kg 0,07 μg/kg 0,16 μg/kg
Aldrina <0,030 μg/kg <0,030 μg/kg <0,030 μg/kg <0,030 μg/kg
Dieldrina <0,09 μg/kg <0,09 μg/kg <0,09 μg/kg 0,26 μg/kg
Endrina <0,04 μg/kg <0,04 μg/kg <0,04 μg/kg 0,05 μg/kg
op'DDD <0,10 μg/kg <0,10 μg/kg <0,10 μg/kg 0,32 μg/kg
op'DDE <0,10 μg/kg <0,10 μg/kg <0,10 μg/kg 0,27 μg/kg
op'DDT <0,10 μg/kg <0,10 μg/kg <0,10 μg/kg 0,13 μg/kg
pp'DDD <0,10 μg/kg <0,10 μg/kg 0,4 μg/kg 1,5 μg/kg
pp'DDE <0,10 μg/kg 0,12 μg/kg 0,6 μg/kg 5 μg/kg
pp'DDT <0,10 μg/kg <0,10 μg/kg 3,6 μg/kg 0,12 μg/kg
Soma (DDD,DDE,DDT)6 <0,10 μg/kg 0,12 μg/kg 5 μg/kg 8 μg/kg
Acenafteno <5 μg/kg <5 μg/kg <5 μg/kg 6 μg/kg
INSTITUTO HIDROGRÁFICO
DIVISAO DE QUÍMICA E POLUIÇÃO DO MEIO MARINHO
INSTITUTO HIDROGRÁFICO IH.45
Parâmetro La1 La2 La3 Lb
Acenaftileno <5 μg/kg <5 μg/kg <5 μg/kg <5 μg/kg
Antraceno 7 μg/kg 7 μg/kg 5 μg/kg 28 μg/kg
Benzo[a]antraceno 26 μg/kg 19 μg/kg 19 μg/kg 0,08 mg/kg
Benzo[a]pireno 29 μg/kg 11 μg/kg 22 μg/kg 0,08 mg/kg
Benzo[b]fluoranteno 34 μg/kg 10 μg/kg 21 μg/kg0,13 mg/kg
Benzo[k]fluoranteno 29 μg/kg 10 μg/kg 20 μg/kg
Benzo[g,h,i]perileno 25 μg/kg 6 μg/kg 20 μg/kg 0,08 mg/kg
Criseno & Trifenileno 36 μg/kg 22 μg/kg 21 μg/kg 0,15 mg/kg
Dibenzo[a,h]antraceno 6 μg/kg <5 μg/kg <5 μg/kg 16 μg/kg
Fenantreno 0,06 mg/kg 29 μg/kg 13 μg/kg 35 μg/kg
Fluoranteno 0,09 mg/kg 0,06 mg/kg 33 μg/kg 0,05 mg/kg
Fluoreno <5 μg/kg <5 μg/kg <5 μg/kg 8 μg/kg
Indeno[1,2,3-cd]pireno 0,04 mg/kg <5 μg/kg 22 μg/kg 0,04 mg/kg
Naftaleno 6 μg/kg <5 μg/kg 7 μg/kg 14 μg/kg
Pireno 0,08 mg/kg 0,05 mg/kg 32 μg/kg 0,13 mg/kg
Soma PAHs (EPA) 0,5 mg/kg 0,25 mg/kg 0,28 mg/kg 0,8 mg/kg
Observação: (i) Ensaios Acreditados (ii) Ensaio Acreditado Subcontratado Soma PAHs (EPA): Naftaleno, Acenaftileno, Acenafteno, Fluoreno, Fenantreno, Antraceno, Fluoranteno, Pireno, Benzo[a]antraceno, Criseno, Benzo[b]fluoranteno, Benzo[k]fluoranteno, Benzo[a]pireno, Indeno[1,2,3-c,d]pireno, Dibenzo[a,h]antraceno, Benzo[g,h,i]perileno
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