dissertação jalali - parte iii
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MI MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO
DISCIPLINA – ESTUDOS EM GESTÃO EDUCACIONAL
PROF. DR. PAULO GOMES LIMA
O PENSAMENTO DE GREENFIELD – PARTE III-
MARTHA JALALI
MESTRANDA MARICLEI PRZYLEPA
Cientista social norte-americano de tradição positivista e quantitativa.
A partir da década de 70 procura desenvolver uma visão sistêmica da realidade social
como uma invenção humana em oposição à perspectiva científica dos sistemas que
concebe a realidade social como um sistema natural.
Defende o método fenomenológico como sendo o mais adequado na condução da
pesquisa administrativa.
Sua teoria está baseada na Subjetividade.
Sua teoria organizacional é subjetivista. Trata-se de uma natureza que não é dada
cientificamente e racionalmente é “inventada” subjetivamente e moralmente sua
ordem mantida pela vontade dos indivíduos e delegada o seu poder a terceiros.
O trabalho de Greenfield é resultado do estudo da prática e por isso é
complexo a tarefa de classificar seu trabalho.
Para Cuiberton: o pensamento de
Greenfield estaria incluído na tradição
hermenêutica
Burnett: critica/defende que a teoria
deveria surgir a partir do estudo da prática
educacional e não vice-versa.
Segundo Sander: Greenfield adota uma perspectiva ao mesmo tempo
existencialista, anarquista e fenomenológica para o estudo da administração
da educação.
Willower: argumenta que a partir da década de 60 duas perspectivas de análise do
fenômeno social tornaram-se popular: o subjetivismo e a teoria crítica (uma corrente do
neo-marxismo). E que o trabalho de Greenfield é um dos principais exemplos da
influência do subjetivismo.
Evers e Lakomski: afirmam que Greenfield ao usar Kuhn está defendendo o fim do
empirismo lógico e das concepções tradicionais da ciência e de seus métodos pelo
menos nas ciências humanas.
Greenfield entende o método de Weber como sendo o mais adequado para o estudo
das organizações.
Método que define como sendo a criação de imagens da realidade como os
atores em determinado meio social a percebem e a demonstração de como a
ação consistente com essas imagens tem conseqüências esperadas ou não.
Greenfield: entende ser possível o desprendimento do cientista do seu objeto..
O que deveria ser compreendido é não apenas a objetividade de determinada
situação mas, a sua subjetividade - as intenções e valores dos diferentes atores
sociais.
Greenfield vê a contribuição de Weber quando ele estabelece a relação entre
racionalidade e valores.
As idéias de Hodgkinson que mais influenciaram Greenfield foram a
irredutibilidade da escolha de valor e a impossibilidade de se negar a
responsabilidade humana por essa escolha.
Para Greenfield a preocupação do administrador deveria ser: inicialmente a de se
comprometer com sua função e com os valores dessa função, desprender-se, então,
deles e, finalmente, criticar esses valores e se re comprometer com eles,
promovendo a sua possível transformação ou evolução.
A administração é definida como uma arte moral. Administrar é tomar decisões
morais sobre questões cujo valor evidentemente difere entre si, mas o qual não
pode ser medido através da observação da conseqüência da sua aplicação em
situações concretas como defendem Willower e outros autores.
Principais idéias de Greenfield:
As organizações são estabelecidas pelas pessoas e elas são responsáveis pelo que ocorrem
nelas.
As organizações são expressões de vontade, intenção e valor;
Os fatos não existem a menos que sejam trazidos a existência pela ação e interesse humano;
O homem age e então julga sua ação: Não são os fatos que determinam a ação humana, mas a
interpretação que damos a eles.
As organizações são expressas como contextos para a ação humana: podem ser entendidas
como sentido, ordem, moral e poder.
Não existe nenhuma tecnologia para se alcançar os propósitos aos quais serve uma
organização;
Não existe nenhum modo de treinar os administradores a não ser dando-lhes uma visão
apocalíptica ou transcendental do universo e da sua vida na terra.
Para Greenfield o mundo, o objeto da pesquisa, os cientistas e o
resultado não são neutros. E que a essência da pesquisa são os valores
humanos. A nova ciência que fundamentaria o estudo da administração
seria uma ciência com valores e sobre valores.
Na “neutralidade” estamos agindo de acordo com valores que
desconhecemos. E mesmo assim continuamos responsáveis
pelas conseqüências de nossas ações.
Questão: a metodologia pode não dar conta da realidade em
sua totalidade, mas deveria considerar a verdadeira essência de
seu objeto de estudo, nas ciências sociais
O cientista social precisa mudar a maneira como faz ciência e entende o conhecimento que produz.
O administrador educacional precisa mudar sua atitude em relação: como lida com o conhecimento
produzido pelos cientistas sociais; sua percepção da sua inevitável responsabilidade com as conseqüências dos
valores que escolheu ser realidade na sua organização; seu comprometimento com esses valores; sua compreensão
mais adequada da complexidade da natureza humana.
Greenfield chama a atenção de que a certeza que administrador necessidade em saber se escolheu os melhores e
corretos valores nas organizações não advém de observações sobre as conseqüências das decisão e nem sobre a
reflexão racional sobre elas, mas sim será uma certeza interna que surgirá quando o administrador estiver
comprometido com determinados valores a ponto de os considerar como princípios, algo que não pode ser evitado.
Para Greenfield: nem todos os problemas existentes nas organizações podem ser resolvidos através da razão e
como cientistas sociais e administradores podemos e devemos utilizar intuição, imaginação e criatividade para
resolvê-los.
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