direitos fundamentais luís alberto...indenizar, tratando-se de direito à imagem, decorre do...
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Direitos Fundamentais
Luís Alberto
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Art. 210. § 1º - O ensino religioso, de matrícula
facultativa, constituirá
disciplina dos horários
normais das escolas públicas
de ensino fundamental.
Art. 19. É vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-
lhes o funcionamento ou manter com
eles ou seus representantes relações
de dependência ou aliança,
ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
ARTIGOS CONSTITUCIONAIS CONEXOS
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
33) O ensino religioso deve existir obrigatoriamente nas
escolas públicas de ensino fundamental, sem que tal
circunstância caracterize afronta à liberdade de crença.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
34) José, internado em um hospital público para tratamento de
saúde, solicita a presença de um pastor para lhe conceder
assistência religiosa. O pedido, porém, é negado pela direção do
hospital, sob a alegação de que, por se tratar de instituição
pública, a assistência não seria possível em face da laicidade do
Estado. Inconformado, José consulta um advogado.
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Após a análise da situação, o advogado esclarece, com correto
embasamento constitucional, que
a) a negativa emanada pelo hospital foi correta, tendo em vista
que a Constituição Federal de 1988, ao consagrar a laicidade do
Estado brasileiro, rejeita a expressão religiosa em espaços
públicos.
b) a direção do hospital não tem razão, pois, embora a
Constituição Federal de 1988 reconheça a laicidade do Estado, a
assistência religiosa é um direito garantido pela mesma ordem
constitucional.
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c) a correção ou incorreção da negativa da direção do hospital
depende de sua consonância, ou não, com o regulamento da
própria instituição, já que se está perante direito disponível.
d) a decisão sobre a possibilidade, ou não, de haver assistência
religiosa em entidades públicas de saúde depende
exclusivamente de comando normativo legal, já que a temática
não é de estatura constitucional.
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VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
religião filosofia de vida política
Recusar obrigação legal
Recusar prestação alternativa
fixada em lei
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PRIVAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
PERDA SUSPENSÃO
PRAZO
CONEQUÊN
CIAS
Indeterminado
Determinado
ou
indeterminado
Anulação do registro
do título eleitoral
Manutenção do registro
do título eleitoral
ou
Não há título eleitoral
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Em tempo de paz as Forças Armadas poderão atribuir serviço alternativo.
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º - às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados,
alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o
decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou
política, para se eximirem de atividades de caráter
essencialmente militar.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
35) A escusa de consciência permite a todo indivíduo, por
motivos de crenças religiosas, filosóficas ou políticas, eximir-se
de cumprir alguma obrigação imposta a todos, por exemplo, o
serviço militar obrigatório; entretanto, o indivíduo será privado,
definitivamente, de seus direitos políticos, quando a sua
oposição se manifestar, inclusive, a respeito do cumprimento de
uma obrigação alternativa.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
36) O ordenamento constitucional brasileiro garante a liberdade
de religião, mas NÃO permite
a) a prestação de assistência religiosa nas entidades públicas de
internação coletiva.
b) a celebração de cultos religiosos em locais públicos, salvo se
obtida autorização da autoridade administrativa competente.
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c) alegação de convicção religiosa como escusa para o não
cumprimento de obrigação legal a todos imposta e de prestação
alternativa.
d) o ensino religioso em escolas públicas.
e) em nenhuma hipótese a destinação de recursos públicos a
escolas mantidas por igrejas.
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IX – É livre a expressão da atividade intelectual, artística,
científica e de comunicação, independente de censura ou
licença;
Da
s a
tivid
ade
s:
o Intelectual
o Artística
o Científica
o Comunicação
Liberdade Ampla:
Oral, escrito, mímico, por meio
de desenhos, pinturas,
fotografias, jornais, revistas,
livros, rádio, TV, cinema, internet,
etc.
LIB
ER
DA
DE
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“É inexigível o consentimento de pessoa biografada relativamente
a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo por igual
desnecessária a autorização de pessoas retratadas como
coadjuvantes ou de familiares, em caso de pessoas falecidas ou
ausentes”.
STF. Plenário. ADI 4815/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
10/6/2015 (Info 789).
Biografias: desnecessidade de autorização prévia
do biografado
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Abuso da liberdade de expressão e violação à honra do
indivíduo retratado
• a reparação dos danos morais e materiais que sofreu;
• a retificação das informações veiculadas;
• o direito de resposta, de ressalva e de nova edição com
correção;
• e até mesmo, em último caso, a responsabilização penal do
autor da obra.
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Classificação indicativa dos programas de rádio e TV
É inconstitucional a expressão “em horário diverso do
autorizado” contida no art. 254 do ECA.
"Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo
em horário diverso do autorizado ou sem aviso de sua
classificação:
Pena - multa de vinte a cem salários de referência; duplicada em
caso de reincidência a autoridade judiciária poderá determinar a
suspensão da programação da emissora por até dois dias."
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O Estado não pode determinar que os programas somente
possam ser exibidos em determinados horários.
Isso seria uma imposição, o que é vedado pelo texto
constitucional por configurar censura. O Poder Público pode
apenas recomendar os horários adequados. A classificação dos
programas é indicativa (e não obrigatória).
STF. Plenário. ADI 2404/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
31/8/2016 (Info 837).
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PROGRAMAS DE RÁDIO E TV
Imposição
“...em horário diverso do autorizado..”
Art. 254 do ECA
Poder Público pode apenas recomendar os horários
adequados
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Considerando que a liberdade de expressão é uma importante
garantia fundamental protegida pela CF em seu artigo 5.º, inciso
IV, julgue os itens a seguir.
I Segundo entendimento do STF, a CF permite a manifestação
pública pela descriminalização de determinados tipos penais sem
que se configure apologia ao crime.
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II A liberdade de expressão protege discursos racistas e
antissemitas, desde que eles não incitem a violência, de acordo
com entendimento do STF.
III Lei que proíba manifestações anônimas deverá ser declarada
inconstitucional por violação à liberdade de expressão.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas o item III está certo.
d) Todos os itens estão certos
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
37) É cabível o estabelecimento de restrições ao direito de
liberdade de manifestação do pensamento para evitar lesão a um
outro preceito fundamental.
38- (EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO) Apenas em hipóteses
absolutamente excepcionais são admissíveis restrições prévias
ao exercício da liberdade de expressão em favor da tutela de
direitos ou outros bens jurídicos contrapostos, e tão somente por
meio de decisões judiciais (reserva de
jurisdição);
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
39) A dimensão substancial da liberdade de expressão
guarda relação íntima com o pluralismo político na medida em
que abarca, antes, a formação da própria opinião como
pressuposto para sua posterior manifestação.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
40) O STF firmou o entendimento de que é permitida a publicação
da biografia de uma pessoa, sem a prévia autorização do
biografado, sendo possível posterior direito de resposta em caso
de violação à honra do indivíduo retratado e de abuso da
liberdade de expressão.
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X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;
• intimidade
• vida privada
• honra
• imagem
EM CASO
DE
VIOLAÇÃO
Indenização pelos danos:
• material – prejuízo financeiro
• moral – lesão ao direito da
personalidade
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Uso de imagem de pessoa pública com fins exclusivamente
econômicos e publicitários
Ainda que se trate de pessoa pública, o uso não autorizado da
sua imagem, com fins exclusivamente econômicos e
publicitários, gera danos morais. Assim, a obrigação de
indenizar, tratando-se de direito à imagem, decorre do próprio
uso indevido desse direito, não sendo necessário provar a
existência de prejuízo. Trata-se de dano in re ipsa. STJ. 3ª
Turma. REsp 1.102.756-SP, Rel. Min. Nancy Andrigui, julgado
em 20/11/2012)
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Publicação não autorizada da imagem da pessoa com fins
econômicos ou empresariais
Súmula 403-STJ: Independe de prova do prejuízo a
indenização pela publicação não autorizada da imagem de
pessoa com fins econômicos ou empresariais.
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PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE
”A privacidade se funda no princípio da exclusividade, o qual
tem como característica a solidão ("desejo de estar só"), o
segredo ("exigência de sigilo") e a autonomia ("liberdade de
decidir sobre si mesmo emanador de informações"). Ademais,
descarta a possibilidade de o sigilo encontrar fundamento no
inciso XII porquanto "dados, no inciso XII, quer significar,
restritivamente, dados informáticos". (apud Paulo Quezado e
Rogério Lima, Sigilo Bancário, pág.31)
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
41) P. é um ativista político atuando sem vínculos partidários,
buscando fiscalizar as atividades dos órgãos públicos, municipais,
estaduais e federais, notadamente as vinculadas aos gastos
públicos. Para isso, utiliza diversos sítios da Internet que divulgam
estudos sobre orçamentos públicos e a forma de gastos. Além
disso, acompanha, pelo Diário Oficial, os convênios realizados
pelos entes públicos entre si e com organismos privados.
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A partir de conhecimentos retirados de suas pesquisas, passa a
divulgar irregularidades que entendia ocorrer por meio da
divulgação de panfletos e de requerimentos a diversas
autoridades, inclusive ao Ministério Público, sem apresentar
qualquer identificação.
A atividade de P., sem identificação, nos termos da Constituição
Federal,
a) decorre da livre expressão.
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b) é inerente à manifestação de pensamento.
c) é exceção ao direito fundamental, por ser vedado o
anonimato.
d) decorre da opinião sem limites.
e) é inerente ao regime democrático.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
42) A inviolabilidade do sigilo de dados complementa a previsão
ao direito à intimidade e à vida privada, sendo ambas as
previsões regidas pelo princípio da
a) igualdade
b) eficiência
c) impessoalidade
d) exclusividade
e) reserva legal
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(EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO)
Uma famosa atriz estrangeira, em viagem de férias pelo Brasil, foi
fotografada juntamente com o seu namorado brasileiro, por
jornalistas que pretendiam publicar as fotos em revistas de grande
circulação. Considerando a situação hipotética apresentada,
julgue os itens a seguir, relativos aos direitos e garantias
fundamentais.
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43) Conforme a CF, a referida atriz não poderia
reivindicar, em seu favor, todos os direitos e
garantias fundamentais previstos no texto
constitucional.
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