direito administrativo · direito a propriedade art. 5º da cf xxii - é garantido o direito de...

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1

DIREITO

ADMINISTRATIVO

MARCELINO FERNANDES

INSTAGRAM: @CORONEL_MARCELINO

PROFESSORMARCELINO@HOTMAIL.COM

2

Temas desta aula

Bens Públicos

Intervenção do Estado na propriedade privada

3

Bens Públicos

Código Civil Art. 98:

São públicos os bens do domínio nacional

pertencentes às pessoas jurídicas de

direito público interno; todos os outros

são particulares, seja qual for a pessoa a

que pertencerem.

4

C.C. :Art. 41. São pessoas jurídicas

de direito público interno:

I - a União;

II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

III - os Municípios;

IV - as autarquias, inclusive as associações

públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107, de

2005)

V - as demais entidades de caráter público

criadas por lei.

5

CLASSIFICAÇÃO

1. Quanto à titularidade;

2. Quanto à destinação.

6

Quanto à titularidade

1. Federais;

2. Estaduais;

3. Distritais;

4. Municipais;

5. Autárquicos e fundacionais

(estes quando a fundação for

PJDP)

7

Quanto à destinação

Art. 99 do C.C.

1. Bens de uso comum do povo;

2. Bens de uso especial;

3. Bens dominicais.

8

Bens de uso comum do

povo

São aqueles destinados à

utilização geral pelos indivíduos,

que podem ser utilizados por

todos em igualdade de condições,

independentemente de

consentimento individualizado por

parte do Poder Público. Ex.: ruas,

praças, mares, etc.

9

São todos aqueles que visam

à execução dos serviços

administrativos e dos serviços

públicos em geral. São todos

aqueles utilizados pela

Administração pública para

prestação dos serviços

públicos. Ex.: hospitais,

museus, escolas, cemitérios e

mercados, etc., todos públicos.

Bens de uso

especial

10

São os que constituem o

patrimônio das pessoas jurídicas

de direito público, como objeto de

direito pessoal ou real de cada uma

dessas entidades. São aqueles que

por não terem uma destinação

definida podem ser utilizados para

fazer renda. Ex. Terras Devolutas e

Terrenos de Marinha

Bens dominicais

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Peculiaridades dos

bens públicos.

1.Inalienabilidade

2.Impenhorabilidade

3.Imprescritibilidade

4.Não-onerosidade

5.Imunidade tributária

6.Intangibilidade

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Aquisição de bens para o

patrimônio público:

a) doação;

b) compra;

c) desapropriação;

d) confisco – art. 91, II do CP e

art. 243 da CF/88;

e) permuta;

f) dação em pagamento;

g) direito hereditário; e

h) usucapião .

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Utilização especial de bens

públicos por particulares – todos

podem eventualmente ser

utilizados de forma especial por

particulares, mediante :

1. Autorização de uso

2. Permissão de uso

3. Concessão de uso

4. Concessão de direito real de uso

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autorização de uso – serve para

auxiliar interesses particulares em

eventos ocasionais ou temporários

(ex.: uso de uma rua para uma

quermesse).

· É ato unilateral, discricionário, de

título precário, podendo ser

revogado a qualquer tempo;

· Independe de licitação e de lei

autorizadora;

· Pode ser em caráter gratuito ou

oneroso;

· Por tempo determinado ou

indeterminado.

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permissão de uso – é semelhante à

autorização, mas é dada no

interesse público, tem grau menor

de precariedade, depende, em

regra, de licitação e cria para o

permissionário um dever de

utilização, sob pena de revogação

(ex.: permissão de instalação de

uma banca de jornal na via pública).

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concessão de uso – é contrato entre a

Administração e um particular,

tendo por objeto uma utilidade

pública de certa permanência (ex.:

instalação de restaurante num

zoológico municipal). Exige, em

regra, autorização legislativa e

licitação.

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concessão de direito real de uso –

aplica-se apenas a bens dominicais. É

instituto de direito privado, de natureza

contratual. Consiste na aquisição, pelo

particular, de direito resolúvel do uso de

um terreno público, de modo gratuito ou

remunerado, para fins de interesse social

de certo vulto, como urbanização ou

cultivo. Exige autorização legislativa e

licitação.

Intervenção do Estado na propriedade privada:

1. Desapropriação

2. Limitação Administrativa

3. Servidão Administrativa

4. Requisição Administrativa

5. Ocupação Temporária

6. Tombamento 18

19

Direito a propriedade Art.

5º da CF

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função

social;

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento

para desapropriação por necessidade ou

utilidade pública, ou por interesse social,

mediante justa e prévia indenização em

dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta

Constituição;

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Desapropriação

Pressupostos:

1. Necessidade Pública;

2. Utilidade Pública;

3. Interesse Social.

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Procedimento de Desapropriação

(DL nº 3.365/41)

Fase Declaratória:

1.União, Estados, DF e Municípios;

2. Por lei ou decreto;

3. Decadência: 5 anos para utilidade

pública e 2 anos para interesse

social.

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Procedimento de Desapropriação

(DL nº 3.365/41)

Fase executória:

1. Administrativa;

2. Judicial;

2.1. Imissão Provisória da Posse

(declaração de urgência e depósito

prévio);

2.2. Prazo: 120 dias a contar da

Declaração de urgência.

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Procedimento de Desapropriação

extraordinária

Urbana: Art. 182, § 4º, Inc. III da CF.

Estatuto da Cidade ( Lei nº 10.257/01)

Rural: Art. 184 a 186 da CF.

( Lei nº 8.629/93; LC 76/93 e LC 88/96)

Confisco: Art. 243 da CF.

(Lei nº 8.257/91) (EC 81/2014)

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Tresdestinação e a retrocessão (direito depreferência) :

Quando ocorrer a tresdestinação o bemexpropriado poderá retornar ao antigoproprietário pelo instituto da retrocessão. OCódigo Civil (art. 519) estabelece que “se acoisa expropriada para fins de necessidade ouutilidade pública, ou por interesse social, nãotiver o destino para que se desapropriou, ou nãofor utilizada em obras ou serviços públicos,caberá ao expropriado direito de preferência,pelo preço atual da coisa”.

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Limitação administrativa: para o inesquecível e

festejado mestre Hely Lopes Meirelles:

“Limitação administrativa é toda imposição

geral, gratuita, unilateral e de ordem pública

condicionadora do exercício de direitos ou de

atividades particulares às exigências do bem-

estar social”.

Limitação Administrativa

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Características da Limitação Administrativa:

1. Ônus Real2. Generalidade3. Gratuito4.Pode ser positiva (fazer), negativa

(não fazer) ou permissiva(permitir fazer)

5. Permanente

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Servidão administrativa

Ônus real de uso imposto pela

Administração à propriedade particular

para assegurar a realização e

conservação de obras e serviços

públicos ou de utilidade pública,

mediante indenização dos prejuízos

efetivamente suportados pelo

proprietário; a Instituição faz-se por

acordo administrativo ou por sentença

judicial, precedida sempre de ato

declaratório de servidão.

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Características da Servidão Administrativa:

1. Ônus Real2. Individual3. Indenizável se houver dano4. Pode ser administração ou

judicial5. Somente para bens imóveis6. Permanente

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Ocupação Temporária

É a forma de intervenção na

propriedade pela qual o Poder Público

usa transitoriamente imóveis privados,

como meio de apoio à execução de obras

e serviços. É o que normalmente ocorre

quando a Administração tem a

necessidade de ocupar terrenos privados

para depósito de equipamentos e

materiais destinados à realização de

obras e serviços públicos nas

vizinhanças.

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Características da Ocupação Temporária:

1. Natureza de caráter não-real;

2. Individual;

3. Indenizável se houver dano;

4. Somente para bens imóveis

5. Transitoriedade.

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Requisição Administrativa

É instrumento de intervenção napropriedade pelo poder estatal por meio do quala Administração Pública utiliza bens imóveis,móveis ou serviços privados com indenizaçãoposterior, caso se comprove o dano ou prejuízo.A requisição tem fundamentação constitucional(art. 5º, XXV da CF/88) estabelecendo que nocaso de iminente perigo público, a autoridadecompetente poderá usar de propriedadeparticular, assegurada ao proprietárioindenização ulterior, se houver dano.

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Características da

Requisição Administrativa:

1. pode ser militar ou civil;

2. presença de perigo iminente que a motive;

3. o ato administrativo de requisição tem o

atributo da autoexecutoriedade;

4. intervenção transitória, será extinta com o

desaparecimento da situação de perigo público

iminente que a motivou; e

5. indenização posterior se houver dano.

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Tombamento:

É uma intervenção na propriedade que visa

proteger o patrimônio histórico, artístico,

paisagístico, turístico, cultural ou científico da

nação. A competência para legislar sobre este

instituto é concorrente entre a União, Estados-

membros e Distrito Federal conforme estatui o

artigo 24, inciso VII da CF/88. Insta pontuar que

por força do artigo 30 inciso II da Carta

Democrática os municípios poderão de forma

suplementar legislar sobre o tema.

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Fundamento Constitucional

O comando constitucional que prevê a

possibilidade jurídica do tombamento está

previsto no artigo 216, § 1º da CF/88, que aduz o

seguinte: “O poder público, com a colaboração

da comunidade, promoverá e protegerá o

patrimônio cultural brasileiro, por meio de

inventários, registros, vigilância, tombamento e

desapropriação, e de outras formas de

acautelamento e preservação”

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Espécies de Tombamento

a) De ofício;

b) Voluntário;

c) Compulsório;

d) Definitivo;

e) Provisório;

f) Parcial;

g) Total;

h) Individual;

i) Geral.

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Características do tombamento

1. Não poderá o proprietário destruir o bem tombado ouainda modificá-lo;

2. A reforma do bem somente poderá ser feita apósautorização da Administração Pública. O PoderPúblico pode – sem autorização do proprietário –realizar obras de conservação do bem;

3. Quando o proprietário não tiver verbas para aconservação deverá notificar o Poder Público quepoderá fazê-lo a suas expensas;

4. Não está o poder público obrigado a indenizar oproprietário de bem tombado.

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