dinâmica da inovação e oportunidades para o desenvolvimento … · 2018-03-30 · empresas...

Post on 09-Jul-2020

3 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

Raoni Barros Bagno – USP / PUC Minas

Outubro / 2013

Dinâmica da Inovação e oportunidades para o

desenvolvimento de softwares e questões abertas...

BCG (2013)

Como introduzir no negócio algo que não se consegue conceituar com precisão?

Como fazer com que inovação ocorra repetidamente e seja alavanca para sua

competitividade se cada um tem uma visão distinta sobre ela?

Inovação no google image...

Innovative person...

Pessoa inovadora...

Empresa inovadora...

Innovation e Inovação no twitter

Innovative companies...

8

“Inovação: exploração de novas

ideias com sucesso”

Innovation Report, Inglaterra

O que é Inovação

3 dimensões para o conceito de inovação

Inovação

Na prática, empresas fazem suas prórias definições que sejam o mais aderentes quanto possível à sua estratégia e de comunicação facilitada.

Quem é o “cliente” da inovacão?

Qual o teor de novidade?

Qual ou quais aspectos do negócio são envolvidos?

3 dimensões para o conceito de inovação: cliente

Quem é o “cliente” da inovacão?

Usuários finais

A própria empresa, em seus processos internos

Fornecedores, parceiros corporativos

Sociedade

Etc.

3 dimensões para o conceito de inovação: Intensidade

Inovação

Qual o teor de novidade? X

3 dimensões para o conceito de inovação: Tipo

SAWHNEY, M.; WOLCOTT, R. C.; ARRONIZ, I. The 12 different ways for companies to innovate. Mit Sloan Management Review, v. 47, n. 3, 2006.

Mas todos os tipos de organização inovam

da mesma forma?

Diferenças Setoriais

Comparações devem ser feitas com cautela. Ex. GM x Ms

EMPRESAS DOMINADAS POR FORNECEDORES: mudanças são guiadas por fornecedores de máquinas e insumos;

EMPRESAS INTENSIVAS EM ESCALA: desenho, construção e operação de sistemas de produção e produtos complexos. A falha é dispensiosa e as

evoluções são majoritariamente incrementais (ex. Automóveis);

EMPRESAS INTENSIVAS EM INFORMAÇÃO: aplicam fortemente as mudanças revolucionárias dos últimos 40 anos das TICs.;

EMPRESAS BASEADAS EM CIÊNCIA: dependem pesadamente de conhecimento e dos resultados diretos do P&D. e pesquisa acadêmica;

EMPRESAS FORNECEDORAS ESPECIALIZADAS: fornecem insumos ou maquinaria de alta performance para outros SP’s. Tecnologia e confiabilidade

pesam mais que preço.

A Natureza da Inovação Inovação difere entre setores industriais...

Gráfico: Pintec (2008)

Há comportamentos típicos para P&D cada setor industrial.

O dispêndio relativo em atividades de P&D e os respectivos retornos influenciam nas decisões de investimento de forma distinta em cada setor.

Diferenças Setoriais

JARUZELSKI, DEHOFF, RAKESH (2005).

Inovação e tamanho da firma

Grandes empresas

• Dominam segmentos mais amplos e usufruem de oportunidades tecnológicas diferenciadas: > intensidade de P&D;

• Vantagens em casos de incerteza de rotas tecnológicas: “selecionismo”

MPE’s (Pequenas e médias)

• Concentram-se em nichos para os quais a escala é menos importante. < intensidade de P&D;

• Tendem a reunir-se em redes de firmas e arranjos produtivos locais (APL’s).

EBT’s (de base tecnológica)

• Especializadas em P&D. Atuam mais fortemente no início de um ciclo tecnológico de produto;

• Podem incubar-se em parques tecnológicos;

• Origem: Spin-offs (ex. computador) ou Start’ups;

Entendi...

Mas COMO inovar?

20

IDEIA

INOVAÇÃO

Processo: o caminho entre a ideia e a inovação

BCG (2013)

Ideias Seleção Desenvol-vimento

Difusão

22

INOVAÇÃO

Processo de inovação: modelo genérico

Funil

Stage-gates

Outros Modelos

-Novos produtos

-Novos serviços

-Novos processos

Mercado

“Filtro de Ideias”

Rejeitar conceitos Projetos terminados

“Mortos”

“Reciclo de Ideias”

Ideia

Geração

Fase

Ideias

Escolha

de boas

ideias

Conceito

Implementação

Projetos

Fuzzy Front-End Desenvolvimento Comercialização

PI captada para desenvolvimento

Produtos internalizados para scale up

Licenciamento de PI

Captação de ideias e

tecnologias Spin-outs

tecnológicos

Entradas

Outros Modelos

Modelo da Inovação aberta

Pentatlo

Evolução dos modelos de inovação

Gradativamente os modelos de inovação vem tentando incorporar:

• Interação entre etapas mais do que sequencia e encadeamento;

• Ligações horizontais entre áreas funcionais, mais do que responsabilidades concentradas por cada etapa;

• Interações com agentes externos de diversas naturezas;

• Entradas e saídas intermediárias;

• Elementos organizacionais de suporte ao processo (repetibilidade!).

Mais do que simples etapas: competências necessárias para inovar!

Pontos em aberto

• Inovação não tem pré-requisito. Todavia, construir competências para inovar e ambiente para lidar com incertezas demanda preparação.

• Processo demais, processo de menos. Não depender somente de heroísmo, mas muita formalização pode enrijecer a empresa e tornar o aprendizado lento.

• Papel aceita tudo. Não basta desenhar processo; elementos do ambiente organizacional é que habilitam a ocorrência repetida de inovação;

• Não se gerencia o que não se mede. Métricas de inovação ainda são ponto de intenso debate.

• Definição de metas e objetivos direciona o esforço de inovacão de cima para baixo, mas deve haver permeabilidade para oportunidades vinda de baixo para cima ou de fora para dentro.

• O dilema do inovador: empresas com práticas excelentes e liderança podem desaparecer no ponto de ruptura.

Oportunidades para o desenvolvimento de Softwares

• Potencial local e interesse público;

• Proteção real do conhecimento;

• Barreiras logísticas e de produção;

• Intensidade em criatividade, baixa consequencia do erro em alguns casos;

• Forte efeito de rede (entre parceiros e entre usuários);

• Difusão muito rápida e tempos curtos para o alcance de usuários;

• Plataformas de hardware: rápida expansão e criação de novos nichos.

• Simultaneidade de forte “empurrão” tecnológico com forte “puxão” do usuário.

(ameaças? Particularidades?)

Resultado: extrema dinâmica e rupturas mais constantes

Imagem: Época Negócios, abril 2012.

Raoni Barros Bagno

rbagno@pucminas.br / rbagno@usp.br

top related