diario
Post on 03-Jul-2015
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DIÁRIO
Conceito
O diário é um dos géneros da literatura autobiográfica. Registo das vivências e
sentimentos de um “eu” face ao mundo que o rodeia, possui, por esse motivo, um
carácter intimista e confidente. O diário é o testemunho Quotidiano, por vezes com
algumas descontinuidades, do quotidiano de alguém que fixa, através da escrita,
factos, desejos, emoções.
Estrutura
O diário possui uma estrutura bastante característica:
é repetitivo – cada dia corresponde a um registo de situações e sentimentos
diferentes e é identificado pela respectiva data;
o autor dirige-se ao diário como a um confidente, sendo frequente a utilização do
vocativo “Querido diário” ou até a criação de um nome para o saudar;
os registos são ordenados por ordem cronológica de ocorrência.
Características
Além de obedecer a uma estrutura específica, o diário encerra características
próprias:
1. o protagonista e o narrador são coincidentes, ou seja, são a mesma entidade.
Por esse motivo, a modalidade de enunciação do discurso utilizada é a primeira
pessoa. O diário é testemunha de uma situação de comunicação unilateral;
2. a matriz discursiva é muito livre, uma vez que o narrador dá livre expressão ao
curso do seu pensamento. Não existe, excepto no diário de ficção, a intenção de
agradar os leitores, porque o diário destina-se ao próprio autor;
3. o discurso é subjectivo, a escrita é confessionalista. O nível de língua é familiar,
o registo é informal e o vocabulário bastante simples;
4. utilização de deícticos, marcas da presença do sujeito no discurso que produz. A
referência deíctica pode ser dada por pronomes pessoais, determinantes
possessivos ou demonstrativos, advérbios de tempo ou de lugar,
5. por vezes, a narração é descontínua, intercalada, porque apenas ocorre quando
o sujeito de enunciação deseja registar algo.
Tipos de diário
Existem dois grandes tipos de diário, de acordo com o tipo de receptor a que se
destinam:
Diário pessoal – este diário é íntimo e destina-se apenas a ser lido pelo seu autor.
Não existem grandes preocupações literárias e a linguagem é fluida e familiar.
Poderá ser mais repetitivo em termos de forma (repetições a nível do registo
escrito que traduzem a fluência da oralidade) e de conteúdo (referência aos
mesmos episódios…) que o diário de ficção;
Trabalho:
15-07-2011
Querido diário, e pensava eu que era muito bom estar fora do país sem os meus pais e a
minha família?
Oh onde estava eu com a cabeça? Assim que cheguei a Lamballe e me vi sozinha comecei a
sentir falta daqueles a quem eu tanto chamos de “chatos”, pois é , esses mesmo a minha
família.
Estar noutro país sozinha , onde se me acontecer algo não tenho nada nem ninguém que me
possa ajudar é angustiante, ter sempre aquela sensação de solidão , de que nos falta algo .
Até a vontade se sair eu perdi, so me apetece voltar para Portugal e reencontrar aqueles que
realmente tem de estar sempre comigo .
explicando melhor, eu cheguei a Lamballe ontem de manhã, vim com os meus colegas da
escola, admito que a viagem foi muito animada e houveram sempre temas de conversa, (o
normal de adolescentes) , mas assim que me vi sozinha senti falta das pessoas que lidam
comigo diariamente, além do mais o clima lá era completamente diferente , frio constante o
que também acaba sempre por influenciar o nosso estado de espirto.
Com esta viagem consegui perceber que ir embora sozinho a descoberta do mundo não e
assim tao bom como imaginamos , apenas é muito bom descobrir mos coisas novas , quando
temos as pessoas certas do nosso lado a descoberta conosco.
Desde que cheguei tenho reparado que todas as pessoas me tem acolhido com o maior
carinho do mundo , assim que chegamos fomos a um restaurante almoçar e mais uma vez a
minha cabeça so consegui pensar na minha mãe no meu irmão e na minha avó.
Hoje consegui perceber como é estranho ter mos essas pessoas diariamente do nosso lado e
muitas das vezes não dar-moss valor, mas o que é certo é que quando essas pessoas nos
faltam apenas conseguimos sentir um vazio , um desassossego e uma enorme saudade.
Lorredana Oliveira Pereira
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