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CURSO DE CAPACITAÇÃO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Dengue: Manejo no paciente com quadro Clínico de Dengue
Dr. Luiz José de Souza
DEFINIÇÃO
É uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus e transmitida ao homem através da picada do mosquito Aedes aegypti .
SOROTIPOSDen-1 Den-2 Den-3 Den-4
MECANISMO DE TRANSMISSÃO
Homem Infectado Mosquito Homem Sadio
Agente Transmissor
MOSQUITO
Agente Causador
VÍRUS
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: No período de 3 à 15 dias (sendo em média de 5 a 6) após ser picado pelo
mosquito transmissor, o indivíduo começa a apresentar sintomas da doença.
QUAIS SÃO OS SOROTIPOS QUE ESTÃO EM CIRCULAÇÃO EM 2008?
DenDen--22 DenDen--33
No Rio de Janeiro ocorreu uma epidemia mista pelos sorotipos 2 e 3 simultaneamente. Esta condição é retrato do que está
ocorrendo em todo país. A maior preocupação gira em torno das crianças pela reinfecção do sorotipo 2.
Janeiro 2008 Maio 2008
Expansão da Dengue no Brasil Determinantes:
� Aumento da densidade populacional - 81% em áreas urbanas
� Heterogeneidade na oferta regular de água entre as regiões do
país
� Aumento da produção de lixo urbano com destino inadequado � Aumento da produção de lixo urbano com destino inadequado
� Condições favoráveis para a rápida dispersão do vetor -
transporte de pessoas e cargas - 35 mil pessoas/mês viajam
entre Manaus e Venezuela (DEN 4)
� Aumento na mobilidade da população e do fluxo de turistas
Municípios Infestados por Aedes aegypti
1996 2006
Fonte: SES
3.970municípios
1.753municípios
1996 – 2006duplicação de municípios infestados
Turismo Internacional
� De 250 mil para 4,8 milhões de
turistas de 1970 - 1998
� 38% dos turistas internacionais � 38% dos turistas internacionais
visitaram o Rio (2002 a 2004)
� Previsão de 25 milhões de
turistas internacionais at é 2020
Fontes: Instituto EcoBrasil
Casos notificados e Hospitalizados
Brasil, 1986-2007*
400000
500000
600000
700000
800000
900000
Cas
os n
otifi
cado
s
30000
40000
50000
60000
Hos
pita
lizaç
ões
Casos notificados Hospitalizações
DENV3
*Dados de Hospitalizações até Novembro/2007
Endêmico/Epidêmico Circulação do vírus em todas regiões
0
100000
200000
300000
400000
86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07
Cas
os n
otifi
cado
s
0
10000
20000 Hos
pita
lizaç
ões
DENV2DENV1
Ondas epidêmicas em áreas localizadas
AMBULATAMBULAT ÓÓ RIORIO
61.520pessoas
atendidas
Centro de Referência da Dengue 2002 até Fev/2010
LABORATLABORAT ÓÓ RIORIO
ENFERMARIA
CTI
DENGUEDENGUE
2.308pessoas
internadas
5%Dengue
hemorrágica63,2% IgM+ IgG -
20.820notificados
66% IgMReagente
13.387 conf.
67,5% IgM Reagente
13.811 Confirmados
Casos com
Gravidade
Suspeita
ClínicaRealizar no 3º dia
ao 5º dia
Realizar no 5º dia
Hemograma
Plaquetas
Hemograma
Plaquetas
VHS
Transaminases
Em caso de
trombocitopenia
Realizar até o 4º dia
Isolamento Viral
Ou PCR
Dengue AntígenoNS - 1
DiagnósticoFluxograma para solicitação de exames
Gravidade
Exame
Confirmatório
Realizar no 5º dia Plaquetas
VHS
Transaminases
Realizar após 8º dia
Período crítico com
choque
Rx tórax
USG Abdominal
Gasometria
Sorologia
para Dengue
IgM
trombocitopenia
Proteina total
e frações
TAP
PTT
Ureia
Creatinina
Eletrólitos
Tipagem
Fator Rh
Dor abdominal
Dispnéia
QUADRO CLÍNICO
1. INFECÇÕES ASSINTOMÁTICAS
2. DENGUE
A. FEBRE INDIFERENCIADA OU SÍNDROME VIRAL
B. FEBRE DA DENGUE TÍPICAB. FEBRE DA DENGUE TÍPICA
3. DENGUE HEMORRÁGICA
A. FEBRE HEMORRÁGICA
B. SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE
4. HEPATITE, ENCEFALITE OU POLINEUROPATIAS
96,087,8 87,5
66,758,4
52,3 50,8
34,3 31,2
22,930,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
SINTOMATOLOGIA
0,0
10,0
20,0
30,0
FEBRE CEFALÉIAMIALGIA ANOREXIADOR RETRO-ORBITÁRIA NÁUSEAARTRALGIA PROSTRAÇÃOVÔMITOS PRURIDO
Fonte: Centro de Referência da Dengue – Campos/RJ
Sinais de Alertana Dengue Hemorrágica
Clínicos:•Dor Abdominal intensa e contínua•Agitação ou letargia•Vômitos persistentes•Pulso filiforme, extremidades frias, taquicardia, sudorese e cianose•Hepatomegalia dolorosa
Clínicos:•Dor Abdominal intensa e contínua•Agitação ou letargia•Vômitos persistentes•Pulso filiforme, extremidades frias, taquicardia, sudorese e cianose•Hepatomegalia dolorosa
Serosites
Colecistite Alitiásica
•Hepatomegalia dolorosa•Derrames cavitários•Sangramentos espontâneos•Prova do laço positiva•Hipotensão arterial e lipotímia
•Hepatomegalia dolorosa•Derrames cavitários•Sangramentos espontâneos•Prova do laço positiva•Hipotensão arterial e lipotímia
Laboratoriais:•Hematócrito elevando-se progressivamente•Plaquetometria diminuindo-se progressivamente
Laboratoriais:•Hematócrito elevando-se progressivamente•Plaquetometria diminuindo-se progressivamente
Serosites
Sinais de Insuficiência
Circulatória
• Extremidades frias
• Cianose
• Pulso Fino
Sinais Hemorrágicos
• Epistaxe
• Gengivorragia
• Hematêmese
• Hemoptise• Pulso Fino
• Sudorese
• Taquicardia
• Hipotensão
• Hemoptise
• Melena
• Metrorragia
• Petéquias
• Hematúria
� Manifestações clínicas– Atípicas
� Envolvimento do SNC� Alterações cardíacas
SOUZA LJ. Aspectos clínicos da dengue: novos conceitos. Rev Bras Clin Terap , 2002; 28(2)NIMMANNITYA S. Dengue fever with unusual manifestations. Asian J Trop Med Pub Health , 1987; 18(3)GEORGE R. Unusual clinical manifestations of dengue infection. Asian J Trop Med Pub Health , 1988; 19(4)
� Alterações cardíacas� Neuropatias periféricas� Púrpuras� Ascite� Abdome agudo� Alterações Hepáticas
Febre ou história de febre recente de até 7 dias.Trombocitopenia: o número de plaquetas deverá atingir valor igual
ou inferior a 100.000/mm³ em algum momento da evolução da doença.Tendências hemorrágicas manifestadas por um ou mais dos seguintes
sinais: prova do laço positiva, petéquias, equimoses ou púrpuras, gengivorragia, metrorragia, menorragia, epistaxe, sangramentos de mucosas do trato gastrintestinal ou outros.
Extravasamento de plasma devido ao aumento de permeabilidade capilar, manifestado por pelo menos um dos seguintes itens:
Febre hemorrágica por dengue (FHD)
capilar, manifestado por pelo menos um dos seguintes itens:Hematócrito apresentando aumento de 20% sobre o basal na
admissão.Queda do hematócrito em 20%, após o tratamento adequado.Presença de derrames cavitários (pleural, ascítico ou
pericárdico).Hipoproteinemia.
Confirmação laboratorial, que deverá ser feita em todos os casos suspeitos de FHD, tanto durante uma epidemia quanto em períodos interepidêmicos.
Dengue case classification by severity
Withoutwith
warning signs1.Severe plasma leakage 2.Severe haemorrhage3.Severe organ impairment
Severe dengueDengue ± warning signs
Probable dengueLive in/travel to dengue endemic area. Fever and 2 of the following criteria:• Nausea, vomiting• Rash• Aches and pains• Tourniquet test positive• Leucopenia• Any warning signLaboratory confirmed dengue(important when no sign of plasma leakage)
Warning signs*• Abdominal pain or tenderness• Persistent vomiting• Clinical fluid accumulation• Mucosal bleed• Lethargy; restlessness• Liver enlargement >2cm• Laboratory: Increase in HCT concurrent with rapid decrease in platelet count
* Requiring strict observation and medical intervention
1. Severe plasma leakageleading to:• Shock (DSS)• Fluid accumulation with respiratory distress
2. Severe bleedingas evaluated by clinician
3. Severe organ involvement• Liver: AST or ALT>=1000 • CNS: Impaired consciousness • Heart and other organs
Criteria for dengue ± warning signs Criteria for severe dengue
WH
O/T
DR
200
9
Síndrome do Choque da Síndrome do Choque da DengueDengue
Tende a surgir entre o 3º e 7º dia de doença
Quadro clínico gravíssimo
Conseqüência ao aumento da permeabilidade
vascular e extravasamento plasmático
Pode-se manifestar anteriormente ou mesmo na
ausência de fenômenos hemorrágicos
Principais alterações na FHDPrincipais alterações na FHD
Extravasamento de líquidos através de endotélios
Sangramentos, trombocitopenia e outras alterações hematológicas.
Acometimento hepático e miocárdio
Acometimento do sistema nervoso central
Acometimento do sistema fagocitário mononuclear.
Mecanismos fisiopatológicos na FHD: ação de citocinas
LINFÓCITO T MONÓCITO
TNF - ALFAII - I
INTER-LEUCINAS
ENDOTÉLIO
EXTRAVASAMENTODE LÍQUIDOS
EDEMA PULMONARNÃO CARDIONOGÊNICO
HIPOVOLEMIA
CHOQUE
LISE DE CÉLULAS ALVO
Fonte: TORRES, E.M. Dengue, 2005
Achados de Necrópsia de 72 crianças que faleceram com FHD ou SCD em Cuba em 1981
Hemorragia gastrintestinal 98%
Ascite 77%
Necrose hepática 70%
Derrame pleural 70%Derrame pleural 70%
Edema e congestão pulmonar 70%
Hemorragia pulmonar 68%
Congestão cerebral e edema 56%
Hemorragia intraventricular 52%
Congestão renal 40%
PROVA DO LAÇOComo fazer?
�Insuflar o esfingomanômetro até o ponto médio
entre a PA sistólica e diastólica
� Manter por 5 minutos
� Procurar a presença de petéquias sob ou abaixo do
aparelho
� Mais de 20 petéquias por polegada o resultado é
considerado Positivo
Etiopatogenia da plaquetopenia� Diminuição da produção plaquetária
- Infecções virais (HIV, EBV, parvovírus, rubéola, caxumba) + DENGUE + Citomégalovírus e outras viroses- Infiltrações neoplásicas ou infecciosas (tuberculose, fungos) + Endocardite Bacteriana + Leptospirose + Febre - Drogas ou toxinas (álcool, radio e quimioterapia) Maculosa- Deficiências nutricionais (ácido fólico e vitamina B12)- Doenças congênitas ou adquiridas da hematopoiese- Doença hepática (diminuição da produção de trombopoietina)
� Aumento da destruição e do consumo plaquetário (imun es e não imunes)- PTI (idiopática, drogas, infecções)
- Destruição aloimune (pós-transfusão, pós-transplante)- Coagulação intravascular diseeminada- Púrpura trombocitopênica trombótica- Púrpura trombocitopênica trombótica- Síndrome hemolítico urêmica- Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo- Síndrome HELLP
�Dilucional- Perda sanguínea maciça e suporte transfusional
� Sequestro esplênico das plaquetas circulantes- Esplenomegalia decorrente de infiltração tumoral- Congestão esplênica decorrente de hipertensão portal
� Pseudoplaquetopenia- Aglutininas dependentes de EDTA- Anticoagulação insuficiente da amostra de sangue
Risco de Dengue na Gravidez• Principal conseqüência para a gestante: risco de parto
prematuro em 55% dos casos
• Conseqüências para o feto:
- Nascimento prematuro em 22%
- Morte fetal intra uterino- Morte fetal intra uterino
- Sofrimento fetal agudo
- Casos de dengue congênita.
• Dengue durante a gravidez: risco de parto prematuro e morte
fetal; nos casos próximos ao nascimento há risco de hemorragia
materna e fetal.
Fonte: Trabalho Científico publicado na Guiana Francesa
Resultados compatíveis com o quadro de dengue:
• Leucopenia com ou sem linfocitose
• Trombocitopenia ou plaquetas normais
• Transaminases alteradas em 65% dos casos, predominando a AST (TGO) > ALT (TGP).• VHS é sempre baixo e normal (devido a hemoconcentração).
• Na presença de Leucocitose e VHS elevado, pensar em outras • Na presença de Leucocitose e VHS elevado, pensar em outras patologias como Infecções bacterianas, Leptospirose, etc.
Qual é a importância do diagnóstico precoce?
É importante no monitoramento do paciente, principalmente emcasos graves, que podem evoluir para o choque hipovolêmico noperíodo do 3° ao 5° dia em geral.
Com a evolução diagnóstica do Antígeno NS-1 pode-se fazer umdiagnóstico preciso antes do período crítico, favorecendo a umamelhor condução no tratamento do paciente.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL1) Doenças infecciosas:
� Febre Amarela
� Viroses Respiratórias
� Infecções Bacterianas
� Sarampo
� Meningococcemia
� Sepse
� Síndrome da Mononucleose Infecciosa
� Citomegalovírus� Sarampo
�Rubéola
� Hepatites
� Leptospirose
� Malária
� Meningite
� Toxoplasmose
� Sarcoidose
� Citomegalovírus
� HIV
� Hantavirose
� Parvovirose
� Febre Maculosa
� Encefalite Herpética
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
2) Doenças não infecciosas:
� Farmadodermias
� Colagenoses� Colagenoses
� Vasculites
� Neoplasias
� Síndromes mielodisplásicas e linfoproliferativas
� Púrpura Trombocitopênica Idiopática
� Outros
Análise do valor do VHS nos pacientes:
Estratificados pelo sexo - 2007
40
50
60
70
80
90
Baixo
83,92%
79,17
N=1398
0
10
20
30
40
Masc. Fem.
Normal ou Alto16,08 20,83
p = 0,05
Sexo VHS Baixo VHS Normal ou Alto Total
Masculino 514 casos 98 casos 612 casos
Feminino 622 casos 164casos 786 casos
Análise do valor do VHS nos pacientes:Estratificados pela Forma Clínica - 2007
40
50
60
70
80
90
Baixo
% 77,28
85,81p = 0,026
N=1398
0
10
20
30
40
D.C F.H.D
Normal ou Alto22,72
14,19
Apresentação Clínica VHS Baixo VHS Normal ou
Alto
Total
D. Clássico 961 casos 282 casos 1.243 casos
F.H.D 133 casos 22 casos 155 casos
COMPARATIVOAntígeno NS1 x Sorologia
Antígeno Sorologia Quantidade
Antígeno + / Sorologia + 87
(ELISA) (ELISA)
Antígeno + / Sorologia + 87
Antígeno + / Sorologia - 7
Antígeno - / Sorologia + 13
Antígeno - / Sorologia - 98
TOTAL 205
SENSIBILIDADE: 87%SENSIBILIDADE : CAPACIDADE DE DETECTAR OS POSITIVOS
NA AMOSTRA DO C.R.D.
COMPARATIVO
Antígeno NS1 x Sorologia
ESPECIFICIDADE: = 93,3%ESPECIFICIDADE: CAPACIDADE DE DETECTAR OS NEGATIVOS
NA AMOSTRA DO C.R.D
ACURÁCIA: 90,2%ACURÁCIA: PROPORÇÃO DE ACERTOS DO TESTE. O QUANTO
ELE FAZ E ACERTA
Tratamento- Não há tratamento específico , a medicação ésintomática, baseada nos antipiréticos (preferência pordipirona), analgésicos, protetores gástricos, antieméticose, nos pacientes internados ou quando necessário deve-seinstituir hidratação venosa com solução cristalóide com oobjetivo de evitar o choque.
- Pacientes com sinais de alerta, apresentando hipotensão,vômitos, prostração e dor abdominal, deve-se instituiretapas rápidas com soro fisiológico 10-20 ml/kg/hora.
- Pacientes que evoluem com instabilidade hemodinâmica esinais de insuficiência circulatória, deve-se internar no CTI.
TRATAMENTO
Dengue Típico
� Não há tratamento específico
� Medicação sintomática
� Analgésicos e antitérmicos (paracetamol ou dipirona preferencialmente ) preferencialmente )
� Evitar salicilatos
� Codeína pode ser utilizada
� Tramadol pode ser utilizada em dores intensas
� Metoclopramida ou bromoprida
� Dexclorfeniramina, loratadina ou cetirizina
� Pantoprazol, omeprazol ou ranitidina
TratamentoTerapia de Hidratação de Acordo com Ministério da Saúde
-Etapa Rápida com SF0,9%: 10-20 ml/Kg/hora
-Etapa de manutenção: 60-80ml/Kg/dia:
1/3 SG5%
2/3 Sol. Cristalóide
Experiência do CRD na Terapia de Hidratação (ADULTO)
- Etapa Rápida com SF0,9%: 10-20 ml/Kg/hora
- Etapa de manutenção: 40-60 ml/Kg/dia: 2/3 Sol.Cristalóide
1/3 SG 5%
- Atenção especial em pacientes cardiopatas e hipertensos
TRATAMENTO (crianças)� Sintomáticos� Esquema de reidratação
-Ausência de desidratação: Necessidades básicaRepor eventuais perdas
-Desidratação: SRO 50-100 ml/Kg 4 a 6 h
- Desidratação Grave: Fase de expansão:50-100 ml/Kg 2-4 h SF0,9% ou RL
Fase de manutenção: SF0,9% e SG5% (solução 1:1)
� <10Kg: 100ml/Kg/dia
� 10-20Kg: 1000ml + 50ml/Kg/dia para cada Kg acima de 10
� >20Kg: 1500ml + 20ml/Kg/dia para cada Kg acima de 20
Eletrólitos:Na+ 2-3 mEq/Kg/dia
K+ 2-5 mEq/Kg/dia (se diurese presente)MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dengue: diagnóstico e manejo clínico. 2. ed. Brasília: Ministério da saúde, 2005.
Tratamento
(Plaquetas)Hemograma
(Plaquetas)Hemograma
Síndrome do Choque
da Dengue
Hemorrágica
⇑⇑⇑⇑ Permeabilidade vascular
VIREMIA - 40º FEBRE
1º dia 3º dia
Preferência pela DIPIRONA+ hidratação
vascular
Choque Hipovolêmico
4º dia
Internação
Critérios para Transfusão de Plaquetas
� Plaquetas < 10.000 mm3 em pacientes com febre e sem sangramentos ativos.
� Plaquetas < 5.000 mm3 em pacientes sem � Plaquetas < 5.000 mm3 em pacientes sem febre e sem sangramentos ativos
� Plaquetas <30.000 mm3 com sangramentos ativos importantes e/ou instabilidade hemodinâmica
� A transfusão de plaquetas utiliza-se uma unidade para cada 8-10 kg
VANTAGENS DA INTEGRAÇÃO
Eficiência no combate ao vetor
Melhora da notificação Diagnóstico preciso
Importância da Integração do Serviço de Diagnóstico e Prevenção
Vigilância epidemiológica
VANTAGENS DA INTEGRAÇÃO
CCZ CRD
EVITAR MORTES
CASO 1 CASO 1 (6/Jan/10)(6/Jan/10)
A.S.S, sexo masculino, 13 anos, natural A.S.S, sexo masculino, 13 anos, natural do Rio de Janeiro, iniciou há 3 dias do Rio de Janeiro, iniciou há 3 dias febre, astenia, dor retrofebre, astenia, dor retro--orbitária e orbitária e hipotensão. Foi solicitado o antígeno hipotensão. Foi solicitado o antígeno hipotensão. Foi solicitado o antígeno hipotensão. Foi solicitado o antígeno NSI, sendo o resultado positivo, com NSI, sendo o resultado positivo, com hemograma apresentando leucopenia e hemograma apresentando leucopenia e plaquetas normais.plaquetas normais.
O paciente retornou ao nosso serviço 3 dias O paciente retornou ao nosso serviço 3 dias depois apresentando dor em hipocôndrio depois apresentando dor em hipocôndrio direito de forte intensidade, sudorese e direito de forte intensidade, sudorese e extremidades frias, tendo sido internado.Logo, extremidades frias, tendo sido internado.Logo, foi realizado uma ultrassonografia abdominal foi realizado uma ultrassonografia abdominal
CASO 1CASO 1
foi realizado uma ultrassonografia abdominal foi realizado uma ultrassonografia abdominal total, que evidenciou presença de derrame total, que evidenciou presença de derrame pleural à direita e de líquido livre em pelve e pleural à direita e de líquido livre em pelve e espaço de morrisson, além de colecistite espaço de morrisson, além de colecistite alitiásica.alitiásica.
�� No 9No 9º dia de evolução e 3º de internação, o º dia de evolução e 3º de internação, o paciente apresentou petéquias em membros paciente apresentou petéquias em membros inferiores e um episódio de gengivorragia.inferiores e um episódio de gengivorragia.
�� Ao exame físico: queda do estado geral. Ao exame físico: queda do estado geral. Prova do laço positiva.Prova do laço positiva.
CASO 1CASO 1
Prova do laço positiva.Prova do laço positiva.
�� PA= 100x80 mmHgPA= 100x80 mmHg
LeucócitosLeucócitos
08/01/201008/01/2010
3.230
11/01/201011/01/2010
2.670
12/01/201012/01/2010
7.1507.150
HtHt 38.638.6 44.9 41.9
Exames Laboratoriais:
SOROLOGIA PARA DENGUE – IgM e IgG REAGENTES
PlaquetasPlaquetas 205.000205.000 68.000 53.300
VHSVHS
TGOTGO
TGPTGP
13
3838
2222
10
5252
3030
--
--
--
Conclusão Diagnóstica:Conclusão Diagnóstica:
Febre Hemorrágica da Dengue Febre Hemorrágica da Dengue –– GRAU IGRAU I
A PCR IDENTIFICOU O A PCR IDENTIFICOU O SOROTIPO 2SOROTIPO 2 DO DO VÍRUS DA DENGUEVÍRUS DA DENGUE
CASO 2 CASO 2 (19/Jan/10)(19/Jan/10)
J.S.L.J , sexo masculino, 19 anos, natural e sexo masculino, 19 anos, natural e residente em Campos dos Goytacazesresidente em Campos dos Goytacazes--RJ., RJ., iniciou há 3 diasiniciou há 3 dias febre alta (38,5ºC), cefaléia, dor retro-orbitária, mialgia e cefaléia, dor retro-orbitária, mialgia e prostração.
Ao exame físico: Queda do estado geral, hiperemia conjuntival.
PA= 120x80 mmHgProva do laço positiva.
� No 5º dia de evolução e 2º dia de internação, o paciente relatou episódios de gengivorragia.
� No 6º dia de evolução, o paciente relatou dor abdominal em região epigástrica e
CASO 2CASO 2
dor abdominal em região epigástrica e permanência de sangramento gengival.
� O paciente evoluiu bem, e recebeu alta hospitalar no 7º dia de internação.
Exames Laboratoriais:
LeucócitosLeucócitos
18/01/2010
3.440
20/01/2010
1.180
22/01/2010
4.930
23/01/2010
7.460
25/01/2010
8.400
HtHt 42.4 39.7 44.3 44.1 40.9
PlaquetasPlaquetas 168.000 54.600 12.100 24.200 103.000
VHSVHS
TGOTGO
TGPTGP
5
21
24
-
-
-
-
-
-
5
136
50
10
166
108
Gráfico das Plaquetas x Dias
Momento que foi feita a transfusão de plaquetas
168.000
103.000
Obs: A hemorragia gengival ocorreu no dia em que as plaquetas caíram para 12.100, sendo feito concentrado de plaquetas.
transfusão de plaquetas54.600
12.100
24.200
Conclusão Diagnóstica:Conclusão Diagnóstica:
Febre Hemorrágica da Dengue Grau IIFebre Hemorrágica da Dengue Grau II
Confirmado pela sorologia feita no dia Confirmado pela sorologia feita no dia 23/01/2010 23/01/2010 --IgM reagente.IgM reagente.
CRD- Centro de Referência da DengueCampos dos Goytacazes / RJ
Obrigado!
Dr. Luiz José de Souza
Coordenador do Centro de Referência da Dengue – Diagnóstico e Tratamento
Presidente da Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência/Regional - RJ
Professor Auxiliar de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Campos - RJ
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