debate em torno do plano estadual de cultura

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Debate em torno do Plano Estadual de Cultura.

Roteiro da fala proferida na abertura do II Encontro de Gestores Municipais de Cultura do Estado do Pará

Hangar – Belém, 14 de setembro de 2010

Prof. Dr. Fábio Fonseca de CastroFaculdade de Comunicação da UFPA

Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura na Amazônia

Estamos aqui para debater o texto do Plano Estadual de CulturaPlano Estadual de Cultura.

Trata-se de um esforço democrático para avançar na elaboração desse documento, que já atravessou vários debates públicos

e agregou diversas contribuições.

Minha contribuição pode ser resumida numa questão: assinalar que o Plano Estadual de Cultura precisa ser visto,

pelos agentes públicos que atuam na área cultural e também pela sociedade civil,

como um instrumento político.

Somente percebendo-o como instrumento político poderemos qualificá-lo como uma

estratégia útil e utilizá-lo no cálculo pragmático da nossa luta por uma

sociedade melhor, mais justa e mais igualitária.

Com essa percepção, eu gostaria de perguntar a vocês:

Quais são as condições políticas da cultura e quais são

as condições culturais da política?

Essa questão está ao fundo de nosso debate, porque, agentes culturais que

somos, precisamos aprender a nos tornarmos, também, agentes políticos.

Agentes políticos da nossa cultura, das nossas múltiplas e híbridas identidades e

das nossas territorialidades.

Precisamos fazer política cultural, enfim.

Isso porque as condições políticas da cultura decorrerão, no futuro imediato,

da nossa capacidade em incluir, na cultura política, os temas e os modos

de discutir da cultura.

Para animar essa reflexão, proponho vermos a Secretaria de Estado da Cultura, no âmbito de um governo democrático e popular, como um espaço de poder que teria três grandes missões, que são as

seguintes:

1ª missão: Tornar a Secult um forte ator institucional

3 estratégias:

– Auxiliar na elaboração dos Planos Municipais de Cultura

– Incentivar o diálogo intermunicipal

– Criar metodologia de aferição de indicadores culturais, produzi-los e divulgá-los.

2ª missão: Tornar a Secult um forte ator político

3 estratégias:

– Atuar como uma tribuna da voz social, da voz coletiva dos agentes culturais paraenses, fomentando a formação de fóruns, conselhos, audiências públicas e outras instâncias democráticas e dando voz à sociedade civil.

– Atuar como agente instigador da reflexão sobre identidades e territorialidades amazônicas.

– Tornar-se o ator político mais proeminente na discussão sobre o “Novo Modelo de Desenvolvimento” da Amazônia.

3ª missão: Tornar a Secult um forte ator econômico

2 estratégias:

– Produzir, em forte articulação com agentes públicos municipais, estratégias de fomento e dinamização da economia da cultura no estado do Pará.

– Atuar como instrumento regulador

E, em conclusão, deixo a questão para que possamos respondê-la, conjuntamente, na reflexão que vai se iniciar:

De que maneira o Plano Estadual de Cultura pode se tornar um instrumento auxiliar para, objetivamente,

tornar a Secult um forte ator institucional, um forte ator político e um forte ator econômico na área cultural do

estado do Pará?

Espero ter contribuído para p debate que vai começar.

Bom trabalho e obrigado!

Prof. Dr. Fábio Fonseca de castroPrograma de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da Amazônia – Universidade

Federal do Pará – fabio.fonsecadecastro@gmail.com – hupomnemata.blogspot.com

– hupomnemata-po.blogaspot.com –twitter.com/hupomnemata

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