danielle sampaio. inquÉrito policial É o conjunto de diligências realizadas pela autoridade...

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Danielle Sampaio

INQUÉRITO POLICIALINQUÉRITO POLICIAL

É o conjunto de diligências realizadas pela autoridade policial visando à obtenção de elementos que apontem a autoria e comprovem a materialidade dos crimes investigados.

CARACTERÍSTICASo Natureza Administrativa – PC e PF _ Poder

Executivo;o Inquisitório:

Art. 14 CPP.  O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.autoridade.

Art. 184 CPP.  Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a a autoridade policial negará a perícia requerida perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.

o Não existe nulidade de inquérito: o sendo o inquérito mero procedimento informativo e

não ato de jurisdição.o É elemento facultativo à ação penal: CPP*

Art. 39, § 5o  O órgão do Ministério Público dispensará O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito,o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.

Art. 46, § 1o  Quando o Ministério Público dispensar o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policialinquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação

o Deve ser escrito: Art. 9o CPP Todas as peças do inquérito

policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

o Não vincula o MP;o É indisponível à autoridade policial; Art. 17

CPP OBS: Art. 19 CPP.  Nos crimes em que não

couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

o Sigiloso: Art. 20 CPP.  A autoridade assegurará no

inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

OBS: SÚMULA VINCULANTE 14:• É direito do defensor, no interesse do

representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentadosjá documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

INÍCIO DO IP a) nos casos de ação pública

incondicionada: de ofício, por meio de requisição do Juiz ou do MP, por meio de requerimento da vítima, auto de prisão em flagrante ou delatio criminis (art. 5º, § 3º); • § 3o CPP Qualquer pessoa do povo que tiver

conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.

b) nos casos de ação pública condicionada: por representação da vítima ou requisição do Ministro da Justiça;

• Art. 5º, § 4o CPP. O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.

c) nos casos de ação privada: mediante requerimento da vítima.

• Art. 5º, § 5o CPP. Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

IMPORTANTE:IMPORTANTE: Art. 5º, § 2o CPP:•  Do despacho que indeferir o

requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.recurso para o chefe de Polícia.

DILIGÊNCIAS – Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da

infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se

alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;

II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; art. 240 a 250 CPP disciplinam a apreensão dos objetos

III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;

IV - ouvir o ofendido;apesar de não prestar compromisso, poderá ser conduzido coercitivamente (art. 201,§ 1º CPP)

V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;

VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;

Art. 6o do CPP :o VIII - ordenar a identificação do indiciado

pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; OBS: Lei nº 12.037/09 Art. 5º LVIII CF - o civilmente identificado não

será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei

o IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.

Art. 7º CPP  Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem públicaa moralidade ou a ordem pública.

Outras diligências nominadas + Inominadas.

ImportanteImportanteOBS: ART. 107 CPP:NÃO SE PODERÁ OBS: ART. 107 CPP:NÃO SE PODERÁ OPOR SUSPEIÇÃO ÀS AUTORIDADES OPOR SUSPEIÇÃO ÀS AUTORIDADES POLICIAIS NOS ATOS DO INQUÉRITO, MAS POLICIAIS NOS ATOS DO INQUÉRITO, MAS DEVERÃO ELAS DECLARAR-SE DEVERÃO ELAS DECLARAR-SE SUSPEITAS, QUANDO OCORRER MOTIVO SUSPEITAS, QUANDO OCORRER MOTIVO LEGAL.LEGAL.

o PRAZO PARA CONCLUSÃO : - Justiça Estadual: 10 (preso) e 30 (solto), de

acordo com o art. 10, CPP; - Justiça Federal: 15 + 15 (preso), conforme

art. 66, da Lei nº. 5.010/66, e 30 (solto); - Economia popular: 10 (independentemente

do status libertatis), nos termos do art. 10, § 1º, da Lei nº. 1.521/51;

- Tóxicos: 30 (preso) e 90 (solto), mas os prazos podem ser dobrados (art. 51, parágrafo único, da Lei 11.343/06).

TÉRMINO: Finaliza com um minucioso relatório, e é encaminhado ao juiz encaminhado ao juiz (art. 10, § 1º do CP), que abre vistas ao MP.

As três possibilidades da Acusação: denúncia, denúncia, novas diligências ou arquivamento.novas diligências ou arquivamento.

Novas Diligências: Art. 16 CPP.  O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

ARQUIVAMENTO Art. 17.  A autoridade policial não poderá

mandar arquivar autos de inquérito. Art. 28 do CPP :  Se o órgão do Ministério Público, ao invés de

apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

Art. 62 da LC 75/93 - MPF. Compete às Câmaras de Coordenação e

Revisão:... IV - manifestar-se sobre o arquivamento

de inquérito policial, inquérito parlamentar ou peças de informação, exceto nos casos de competência originária do Procurador-Geral;

- DESARQUIVAMENTO: notícia de outras provas.

• Art. 18 CPP.  Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

a) resistência; ou b) fundado receio de fuga; ou c) fundado receio de perigo à integridade

física própria (do preso) ou alheia (de pessoa não presa e que esteja ao seu alcance), perigo este proporcionado pelo preso ou por terceiros (seus comparsas, por exemplo, que possam lhe dar fuga ou tentar um resgate).

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