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EXTRUTURA CURRICULAR
Curso de Física - Licenciatura
RESOLUÇÃO 55 de 11/11/2004
FOLHA INFORMATIVA 1. Justificativa ........................................................................................................................3
2. Resultado da avaliação do curso e do currículo vigente ...................................................4
3. Projeto Pedagógico do Curso............................................................................................4
3.1. Objetivos gerais ..........................................................................................................5
3.2. O professor que pretendemos formar .........................................................................5
3.3. Uma visão geral do elenco de disciplinas ...................................................................7
3.3.1. Núcleo Comum.....................................................................................................8
QUADRO 1A: Disciplinas obrigatórias do Núcleo Comum dos Cursos de Física da
UNESP ...........................................................................................................................9
3.3.2. Módulo Seqüencial – Físico Educador ...............................................................11
QUADRO 1B: Disciplinas e atividades obrigatórias do módulo seqüencial – Físico
Educador ......................................................................................................................12
3.4. Estrutura Curricular Proposta....................................................................................19
QUADRO 2: Integralização Curricular..........................................................................19
QUADRO 2.1: Integralização Curricular - Disciplinas e Atividades Obrigatórias .........20
QUADRO 2.2: Integralização Curricular - Disciplinas Optativas ..................................21
3.4.1. Programas de Ensino .........................................................................................21
3.4.2. Departamentos responsáveis pelas disciplinas..................................................22
QUADRO 3: Distribuição das Disciplinas por Departamento .......................................22
3.4.3. Seriação..............................................................................................................23
QUADRO 5: Regime Seriado – Seriação.....................................................................23
QUADRO 5.1: Disciplinas Optativas ............................................................................25
4. Corpo Docente.................................................................................................................26
QUADRO 6: Corpo Docente.........................................................................................26
QUADRO 7: Docente a ser contratado ........................................................................27
5. Corpo Técnico-Administrativo..........................................................................................27
QUADRO 8: Funcionários Técnico-Administrativos Diretamente Envolvidos com o
Curso ............................................................................................................................27
6. Previsão de despesas .....................................................................................................27
7. Implantação Curricular.....................................................................................................28
QUADRO 10: Equivalência de disciplinas....................................................................31
ANEXO 1: Programas de Ensino .................................................................................32
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1. Justificativa
A presente Proposta de Reestruturação Curricular visa ao atendimento das
novas exigências das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Física,
com base na:
• Resolução CNE/CES 9, aprovada em 11 de março de 2002 e publicada no Diário
Oficial da União em 26 de março de 2002, baseada no Parecer 1304/2001, onde
se destaca:
A possibilidade de formação de quatro tipos de profissionais: Físico
Pesquisador, Físico Educador, Físico Tecnólogo e Físico Interdisciplinar;
A existência de um núcleo comum (aproximadamente 1200 h nos quatros
primeiros semestres), independente do perfil que se deseja formar;
A existência de um módulo seqüencial (cerca de 1200 h) que define o perfil
do profissional.
• Resolução do Conselho Nacional de Educação CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de
2002, que institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de
graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível
superior:
400 horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo do
curso;
400 horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda
metade do curso;
1800 horas de aula para os conteúdos de natureza científica;
200 horas para outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais.
3
2. Resultado da avaliação do curso e do currículo vigente
O curso de Licenciatura em Física foi implantado em 2002. Desta forma é
prematuro fazer qualquer avaliação do curso e do currículo.
3. Projeto Pedagógico do Curso
O ensino de Física no ensino fundamental e médio nas escolas públicas do
Estado de São Paulo apresenta problemas de qualidade que são inegáveis. Grande
parte dos professores que atuam na Rede Oficial de Ensino (ROE) é oriunda de
faculdades particulares de baixa qualidade. Ademais, é comum ter-se nas escolas
professores graduados em Matemática lecionando Física, o que acarreta, como
temos observado, uma ênfase exagerada na resolução de problemas numéricos e
falta de atenção à estrutura conceitual da disciplina. Como resultado deste quadro
há a necessidade constante de se oferecer cursos de aperfeiçoamento, que na
maioria das vezes enfocam aquilo que o professor deveria ter aprendido num bom
curso de graduação. Por razões óbvias, é dado à universidade pública, de boa
qualidade, a incumbência de tentar remediar a fraca formação destes professores
em programas especiais, e a educação continuada, que deveria significar avanços
de conhecimento em relação aos cursos de graduação, acaba, em geral,
configurando-se como tentativas de correção das acentuadas deficiências dos
cursos de graduação.
Com uma experiência de vinte anos oferecendo cursos de aperfeiçoamento
nos programas da Coordenadoria de Estudo e Normas Pedagógicas (CENP),
Fundação de Desenvolvimento da Educação (FDE), núcleos de ensino da UNESP e,
mais recentemente, no programa PRÓ-CIÊNCIAS da FAPESP, atendendo
solicitações de diretorias de ensino distantes em até 280 km de Ilha Solteira, os
4
professores do Departamento de Física e Química da FEIS/UNESP possuem uma
grande clareza dos problemas relativos à formação dos professores de Física na
região.
3.1. Objetivos gerais
O objetivo principal do curso é graduar profissionais com formação geral em
Física, para atuarem no ensino fundamental e médio, que se destaquem: a) pelo
domínio do conteúdo teórico e experimental de Física; b) pela capacidade de
explorar os conhecimentos adquiridos; c) pela formação humana; d) pela
compreensão da realidade que os cercam e do mundo em que vão atuar.
3.2. O professor que pretendemos formar
O físico, seja qual for a sua área de atuação, apoiado em conhecimentos sólidos
e atualizados em Física, deve ser um profissional, capaz de abordar e tratar
problemas novos e tradicionais e deve estar sempre preocupado em buscar novas
formas do saber e do fazer científico ou tecnológico. Em todas suas atividades, a
atitude de investigação deve estar sempre presente, embora associada a diferentes
formas e objetivos de trabalho.
Os anos de experiência de trabalho com professores de Física da ROE têm nos
mostrado que um dos principais problemas apresentados pela maioria deles diz
respeito ao conteúdo das disciplinas que lecionam. Como a Física é uma ciência
natural e universal, conceitos são a ferramenta chave para nela se caminhar. O
professor que domina bem os conceitos básicos da Física consegue progredir no
estudo desta disciplina e está apto a aprender a ensiná-la adequadamente. Mas,
como conseguir isto?
5
Tradicionalmente, é assumido que ensinar é um ato de transmissão de
conhecimento. Aquele que conhece “passa” o conhecimento para aquele que não
sabe. Este modelo tem se mostrado bastante equivocado à medida que as
pesquisas em Ensino de Ciências progridem. A literatura nacional e internacional
tem nos mostrado1, nas últimas duas décadas, que os alunos tendem a aprender
significativamente quando são ativos no processo de aprendizagem. Isto é, ao invés
de meros “receptores de informação” eles “dialogam” entre si e com o professor
sobre o conteúdo tratado em sala de aula. Como dialogar sobre o conteúdo é
diferente de especular, o professor que pretendemos formar deverá ser embasado
para ouvir os alunos, para explorar os conceitos que eles trazem para a sala de aula
e para propor situações desafiadoras a eles, seja através de problemas teóricos, de
fatos e fenômenos do dia-a-dia ou de atividades de laboratório.
Em geral, os professores que temos encontrado têm medo das aulas de
laboratório. O maior “perigo” que o laboratório oferece ao professor despreparado é
a motivação que os alunos apresentam para participar ativamente da aula,
discutindo, interrogando, demonstrando curiosidade e interesse. Sentindo-se
despreparados para aulas práticas, os professores se esquivam do laboratório
didático, o quanto podem, em geral, utilizando a desculpa da falta de equipamento
e/ou local adequado. Entretanto, sabemos que no nível do ensino fundamental e
médio não há a necessidade de equipamentos sofisticados e nem de alta precisão
de medidas. Materiais simples e criatividade resolvem quase todos os problemas de
ensino de laboratório neste nível. Assim, o professor que temos em mente formar
deverá ter um bom embasamento conceitual e familiaridade com o laboratório
didático. Neste sentido, o Departamento pretende oferecer ao futuro professor, nas
1 Ver, por exemplo: Nardi, R. (org) Pesquisas em Ensino de Física, Ed. Escrituras, 1998. Treagust, D., Duit, R., Fraser B. Improving Teaching and Learning in Science and Mathematics, Teachers College Press, New York, 1996.
6
várias disciplinas, experimentos conceitualmente ricos e sofisticados em termos de
equipamento, metodologia e precisão, e experimentos rudimentares, onde o
fenômeno físico possa ser qualitativamente bem explorado a partir de materiais
baratos e/ou sucatas. Entendemos que assim o futuro professor de Física terá
suficiente versatilidade para trabalhar em diferentes realidades escolares.
Outros aspectos que chamaram a atenção do Departamento ao elaborar a
proposta de criação de uma licenciatura foram o didático-pedagógico e o
metodológico do elenco de disciplinas a serem oferecidas aos futuros professores.
Tradicionalmente, as disciplinas pedagógicas são inseridas nas licenciaturas por
força da lei e, na prática, não costumam apresentar uma relação estreita com o
conteúdo (no caso Física). Normalmente, disciplinas como Metodologia do Ensino,
Didática, Psicologia da Educação e outras oferecem possibilidades de inovação para
os futuros professores; porém, disciplinas como Física Geral e Experimental,
Eletromagnetismo etc., são ministradas do modo mais tradicional que se conhece.
Está implícito neste fato que os futuros professores é quem deve fazer a ponte entre
estes dois conjuntos de disciplinas, mas sabemos que isto realmente não ocorre.
Assim, o Departamento está se propondo a provocar esta sintonia, por meio de
seminários e cursos especiais para os seus docentes, para que os futuros
professores sejam coerentemente melhores preparados.
3.3. Uma visão geral do elenco de disciplinas
Na definição da estrutura do curso, procurou-se atender a Resolução UNESP No.
3, de 5 de janeiro de 2001, que estabelece os Princípios Norteadores a serem
observados na organização dos Cursos de Graduação oferecidos pela UNESP, a
Resolução CNE/CES No. 9, de 11 de março de 2002, que estabelece as Diretrizes
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Curriculares para os cursos de Bacharelado e Licenciatura em Física, e Resolução
CNE/CP No. 2, de 19 de fevereiro de 2002, que institui a duração e a carga horária
dos cursos de licenciaturas, de graduação plena e de formação de professores da
Educação Básica em nível superior.
O curso aqui apresentado totaliza 2830 horas, sendo: (a) 400 horas de prática,
como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso; (b) 400 horas de
estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso; (c)
1830 horas de conteúdos curriculares específicos, de natureza científico-cultural; (d)
200 horas de outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais. Destas
2830 h, 1440 h compõem o módulo Núcleo Comum (denominação adotada nas
Diretrizes Curriculares), e 1390 h compõem o módulo seqüencial. O primeiro módulo
é comum a todos os cursos de Física da UNESP, independentemente do perfil do
profissional a ser formado, seja ele Físico educador, Físico pesquisador, Físico
tecnólogo ou Físico interdisciplinar.
3.3.1. Núcleo Comum
Esse módulo é caracterizado por um conjunto de disciplinas relativas a: física
geral, matemática, física clássica, física moderna e disciplinas complementares. No
Quadro 1A, apresentamos as disciplinas que compõem este módulo. O conteúdo e
bibliografias utilizadas nestas disciplinas são os mesmos para todos os cursos de
Física da UNESP, exceto para as disciplinas experimentais: Laboratório de Física I,
Laboratório de Física B e Laboratório de Estrutura da Matéria. Como o principal
objetivo destas disciplinas é a metodologia científica, para estas disciplinas não se
definiu os experimentos a serem abordados, mas sim a quantidade de experimentos
que devem ser trabalhados: no mínimo 15 experimentos nas disciplinas Laboratório
8
de Física I e II e, no mínimo, 10 experimentos no Laboratório de Estrutura da
Matéria.
QUADRO 1A: Disciplinas obrigatórias do Núcleo Comum dos Cursos de Física da UNESP
Disciplina NC CH Total
(h)
1o. ano
Física I 12 180
Laboratório de Física I 4 60
Cálculo I 12 180
Computação Básica * 4 (1o.S) 60
Vetores e Geometria Analítica * 4 (2o.S) 60
36 540
2o. ano
Física II 12 180
Laboratório de Física II 4 60
Cálculo II 12 180
Álgebra Linear * 4 (1o.S) 60
Química Geral e Inorgânica * 6 (2o.S) 90
38 570
3o. ano
Estrutura da Matéria 8 120
Laboratório de Estrutura da Matéria * 4 (2o.S) 60
Mecânica Clássica * 4 (1o.S) 60
Termodinâmica e Física Estatística * 4 (2o.S) 60
20 300
4o. ano
História da Física * 2 (1o.S) 30
2 30
TOTAL 96 1440
(*) disciplinas semestrais
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O Departamento julgou que seria oportuno, no início do curso, implementar
ações com o objetivo de identificar alunos com dificuldades em conteúdos tratados
na escola fundamental e média, visando orientação e redução de evasão.
O conjunto de disciplinas relativo à física geral (Física I e II e Laboratório de
Física I e II), apresentado nesta proposta, cobre os principais campos da Física
Clássica (Mecânica, Termodinâmica, Eletromagnetismo e Física Ondulatória). Este
conjunto totaliza 480 h de carga horária.
As disciplinas de conteúdo matemático (Cálculo I e II, Vetores e Geometria
Analítica, Computação Básica e Álgebra Linear) foram pensadas de forma a se
oferecer aos futuros professores ferramentas que efetivamente serão úteis a eles.
Neste sentido, o nível destas disciplinas está compatível com as exigências que os
futuros professores terão para preparar e ministrar aulas de qualidade e também
para prosseguirem seus estudos (especialização, mestrado etc.) se assim
desejarem. O conjunto contém o mínimo de conceitos e ferramentas matemáticas
necessárias ao tratamento adequado de muitos fenômenos físicos, varrendo os
conteúdos de cálculo diferencial e integral, geometria analítica, álgebra linear e
equações diferenciais, conceitos de probabilidade e estatística e computação,
totalizando 540h.
As disciplinas Mecânica Clássica e Termodinâmica e Física Estatística, cujo
conteúdo envolve conceitos estabelecidos anteriormente ao século XX, forma o
conjunto denominado “Física Clássica”, totalizando 120 h. As diretrizes curriculares
sugerem um mínimo de 240 h para este conjunto, incluindo a disciplina
Eletromagnetismo. Em nossa proposta, o conteúdo associado ao eletromagnetismo,
de que trata este conjunto, está inserido no conteúdo das disciplinas Física II e
Laboratório de Física II, correspondendo a 120 h.
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Os campos da Física Moderna e Contemporânea, que estão inseridos
principalmente nas disciplinas “Estrutura da Matéria” e “Termodinâmica e Física
Estatística”, totalizam 240 h de carga horária.
Duas disciplinas da área de química estão sendo oferecidas: Química Geral e
Inorgânica (Teoria/Experimental), pertencente ao Módulo Núcleo Comum, e
Aspectos Físicos e Químicos do Ambiente, pertencente ao conjunto de disciplinas
optativas (Quadro 2.1). Juntas, totalizam 120 h de carga horária. Nelas procurar-se-á
oferecer aos licenciandos conceitos básicos da Química, práticas de laboratório e
também os aspectos da Química ligados às transformações que ocorrem no
ambiente. Deste modo, espera-se que estes futuros professores tenham mais
subsídios para realizarem análises mais sistêmicas de problemas clássicos da Física
bem como de problemas relacionados ao nosso cotidiano.
3.3.2. Módulo Seqüencial – Físico Educador
O módulo seqüencial (Quadro 1B) contém as disciplinas que vão determinar o
tipo de profissional que queremos formar. Nele, devemos incluir mais 8 créditos (total
de 120 h), no mínimo, em disciplinas que serão escolhidas pelos alunos no conjunto
de disciplinas optativas (Quadro 2.1).
A disciplina Fundamentos da Física foi concebida visando resolver uma
grande dificuldade dos ingressantes, que é o estudo, a compreensão e a
interpretação de textos. Com isto, além de aumentar a possibilidade de um melhor
aproveitamento nas disciplinas subseqüentes, o Departamento entendeu que esta
seria uma maneira de se evitar evasão na fase inicial dos estudos.
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QUADRO 1B: Disciplinas e atividades obrigatórias do módulo seqüencial – Físico Educador Disciplina NC CH Total
(h)
1o. ano
Fundamentos de Física 4 60
Atividade Teórico-Experimental em Educação
Científica I
4 60
Atividades Acadêmico-Científico-Culturais I 3 45
11 165
2o. ano
Atividade Teórico-Experimental em Educação
Científica II
4 60
Atividades Acadêmico-Científico-Culturais II 3 45
7 105
3o. ano
Introdução à Teoria do Conhecimento e Filosofia da
Ciência *
2 (1o.S) 30
Estágio Supervisionado I 13 195
Fundamentação Teórica para Projetos * 4 (1o.S) 60
Políticas e Programas de Educação Científica * 2 (2o.S) 30
Atividade Teórico-Experimental em Educação
Científica III
3 45
Atividades Acadêmico-Científico-Culturais III 4 60
28 420
4o. ano
Instrumentação para o Ensino de Física 8 120
Metodologia do Ensino de Física * 4 (1o.S) 60
Estágio Supervisionado II 14 210
Texto Didático e Divulgação Científico-tecnológica 4 60
Atividade Teórico-Experimental em Educação
Científica IV
6 90
Atividades Acadêmico-Científico-Culturais IV 4 60
40 600
Total 86 1290
(*) disciplinas semestrais
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O Departamento procurou estar atento à sintonia que deve existir entre as
disciplinas de conteúdo teórico da educação e o corpo de disciplinas de conteúdo
específico de Física. Assim, seja através de reuniões periódicas ou de seminários,
pretende-se promover uma interação forte e produtiva entre estes dois tipos de
conteúdo, uma vez que tradicionalmente há, de um lado, uma tendência dos
docentes da área de didática e/ou pedagogia não estarem suficientemente interados
das visões e necessidades dos docentes das disciplinas de conteúdo específico e,
por outro lado, há uma tendência destes últimos em não se interessarem e/ou não
se valerem dos conhecimentos advindos da área didático-pedagógica.
Ao longo do curso o aluno terá a oportunidade de vivenciar 405 h (mínimo
exigido pela Resolução CNE/CP No. 2 é de 400h) de prática como componente
curricular. Esta vivência será propiciada através de três disciplinas (“Fundamentação
teórica para Projetos”, “Políticas e Programas de Educação Científica” e “Texto
Didático e de Divulgação Científico-tecnológica”) e de trabalhos desenvolvidos fora
da sala, intitulados aqui por “Atividades Teórico-Experimentais em Educação
Científica (de I a IV)”. As 405 h dessas atividades estão divididas ao longo do curso
da seguinte forma:
No primeiro ano, o aluno terá que desenvolver 60 h de atividades teórico-
experimentais em educação científica. Nesse ano, será dada ênfase a
atividades de monitoria, desenvolvidas na escola pública sempre por grupos
de licenciandos, as quais visam a reflexão inicial sobre a transposição
didática de conteúdos das disciplinas “Física I” e “Laboratório de Física I”. O
principal objetivo dessas atividades é levar os alunos a refletir sobre aspectos
dos conteúdos específicos que somente são considerados quando é colocada
a perspectiva de ensino. É importante ressaltar que, nestas atividades, os
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alunos terão os primeiros contatos com a realidade do dia-a-dia de escolas, o
que poderá representar uma instância fértil para surgir questionamentos
gerais que poderão ser retomados, no terceiro e quarto anos, tanto no espaço
de disciplinas didático-pedagógicas como durante as atividades Teóricos-
experimentais em Educação Científica que se seguirão. Ainda neste ano, os
alunos terão contato com a organização local e regional de ensino e
realizarão visitas técnicas a instituições científico-tecnologicas. Assim, os
alunos começarão a enfrentar os desafios de, por um lado, dar atenção a
como ensinar certos conteúdos científicos e, de outro, considerar a
complexidade do sistema educacional e social onde estão imersos.
No segundo ano, os alunos terão mais 60 horas de atividades teórico-
experimentais em educação científica. Nesta etapa, além dos conteúdos de
Física, será dada ênfase a atividades de monitoria relacionadas à
transposição didática de conteúdos de Química, e também serão ampliadas
as oportunidades de vivência de diferentes contextos escolares. Nesta fase
os alunos serão orientados a conhecer sobre a organização do ensino escolar
no Estado de São Paulo e também no âmbito federal. As visitas serão
ampliadas nesta fase.
No terceiro ano, as atividades teórico-experimentais em educação científica
envolverão um total de 135 horas, sendo 90 h distribuídas em duas
disciplinas: “Fundamentação teórica para Projetos” e “Políticas e Programas
de Educação Científica”. Na disciplina Fundamentação teórica para Projetos,
além de teorias educacionais, serão estudados tópicos relacionados à
elaboração e desenvolvimento de projetos escolares, e também serão
analisados os perfis e as motivações de grandes projetos de ensino de Física,
14
como o PSSC (Physical Science Study Committee), o PEF (Projeto de Ensino
de Física), o Nuffield, entre outros. Na disciplina Políticas e Programas de
Educação Científica serão estudados textos sobre as políticas educacionais
que embasaram propostas como, por exemplo, os Parâmetros Curriculares
Nacionais, e programas como o Ensino Público (Fapesp), PROCIÊNCIAS
(Fapesp/Capes), SPEC (subprograma para o ensino de ciências, coordenado
pelo CNPq) etc. Nas 45 h restantes de atividades teórico-experimentais em
Educação Científica, neste terceiro ano, os alunos desenvolverão atividades
de monitoria relacionadas à transposição didática de conteúdos da disciplina
“Estrutura da Matéria” e realizarão viagens técnicas mais específicas do que
as anteriores, como a um centro de radioterapia ou a um laboratório de
pesquisa em física nuclear, por exemplo.
No quarto ano, as Atividades teórico-experimentais em Educação Científica
envolverão 150 horas, sendo 60 h na disciplina “Texto Didático e de
Divulgação Científico-tecnológica” e 90 h em atividades fora da sala de aula.
Na disciplina “Divulgação Científico-tecnológica” os alunos terão a
oportunidade de estudos e reflexão sobre várias possibilidades de difusão
ciência e tecnologia existentes, além de análise dos livros didáticos e
paradidáticos comumente utilizados no ensino fundamental e médio. Museus
de ciências, feiras de ciências, revistas, livros para-didáticos, jornais,
programas de rádio e TV e páginas na Internet são algumas das formas de
divulgação do trabalho em ciência e tecnologia que têm sido propiciadas a
uma certa parte da sociedade. Inúmeros trabalhos de pesquisa têm se
dedicado a analisar a importância e os problemas relacionados à divulgação
científica. Nas 90 horas restantes de Atividades teórico-experimentais em
15
Educação Científica, neste quarto ano, o aluno terá que elaborar um projeto
sobre educação científica, evocando elementos que ele estudou nos quatro
anos de vivência nessas Atividades.
Ainda quanto às 405 horas de Atividades Teórico-experimentais em Educação
Científica, queremos ressaltar o caráter integrativo que atribuímos a elas. Isso
significa que consideramos ser de fundamental importância tanto a inserção precoce
do aluno em ambiente que encoraje questionamentos, característico, por exemplo,
das atividades de monitoria relacionadas à transposição didática, que acontecem
nos dois primeiros anos, como à retomada desses questionamentos durante as
disciplinas didático-pedagógicas e durante a realização do Projeto de Educação
Científica, que acontecem no terceiro e quarto ano. Por último ressalta-se que, para
efeito de contagem de carga horária anual para a matrícula, não será considerado
os créditos associados à Atividade Teórico-Experimental em Educação I, II, III e IV .
As 400 horas de estágio supervisionado dos futuros professores, exigidas
pela Resolução CNE/CP No. 2, serão desenvolvidas nas escolas estaduais de Ilha
Solteira e de outras cidades da região. Os alunos de Licenciatura também poderão
contar com as instalações e infra-estrutura do Núcleo de Apoio ao Ensino de
Ciências e Matemática (NAECIM) de Ilha Solteira, que é um centro dedicado à
educação continuada de professores. Os projetos e atividades desenvolvidas pelo
NAECIM são fundamentais para o curso, por ser uma fonte de oportunidades para
que os alunos do curso de Física – Licenciatura possam desenvolver atividades de
aprendizado à docência. O Departamento entende que o estágio supervisionado é
uma etapa extremamente importante na formação dos futuros professores, pois é
um momento em que eles se defrontam, como profissionais, com as realidades, os
problemas e as vicissitudes das escolas, o que normalmente gera frustrações e
16
desafios. Porém, para se ter os futuros professores como agentes efetivos de
mudanças, as suas práticas devem ser questionadas enquanto eles ainda são
aprendizes. Entende-se que 70% (285 h) da carga horária prevista para o estágio
supervisionado (405h) é o mínimo necessário para que o aluno possa exercer a
prática de docência junto às escolas. O restante da carga horária será utilizado para
que o aluno juntamente com o docente tutor possa elaborar o programa de
atividades que serão ministradas nas escolas. Além disso, é importante considerar-
se o tempo necessário para que os alunos relatem para os seus supervisores e
colegas os problemas que enfrentaram nas suas aulas de estágio e as soluções que
encontraram para eles, o que deve resultar em farto material para discussões
específicas e gerais sobre ensino e educação.
Ressalta-se que, para efeito de contagem de carga horária anual para a
matrícula, será considerado somente o número de créditos correspondentes as
atividades a ser desenvolvidas em sala de aula na Universidade (120h no total).
Para integralização dos créditos, o aluno licenciando é obrigado a
desenvolver 210 h de outras formas de Atividades acadêmico-científico-culturais. Ao
longo do curso, os alunos terão a oportunidade de desenvolver estas atividades
através de: a) participação em seminários promovidos pelo Departamento de Física
e Química e por grupos de pesquisa (por exemplo, todas as 6ª feiras acontece um
seminário proferido por alunos da pós-graduação em Ciência dos Materiais),
NAECIM (uma vez por mês são apresentados seminários sobre dissertações e
pesquisas na área de ensino de ciências e matemática) e por docentes da rede de
ensino (Professores da Escola Estadual de Urubupungá ministram seminários no
NAECIM com objetivo de trazer experiências e dificuldades encontradas em sala de
aula); b) participação em eventos como o Venha nos Conhecer, Semana da Física e
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Congresso de Iniciação Científica da Unidade (o aluno pode participar tanto da
organização como assistir cursos e palestras que são promovidas dentro destes
eventos); c) participação em cursos e projetos de extensão; d) desenvolvimento de
projetos de interesse da comunidade, a exemplo de Educação Ambiental, em
conjunto com a Prefeitura e Pró-Reitoria de Extensão; e) conhecer como as
comunidades científicas (a exemplo da Sociedade Brasileira de Física) se
organizam, como atuam, o que elas promovem etc.
Ressalta-se que, para efeito de contagem de carga horária anual para a
matrícula, não serão considerados os créditos correspondentes às estas atividades.
Além disso, o aluno deverá cumprir, no mínimo, 120 h (8 créditos) em
disciplinas optativas. Na definição do conjunto de disciplinas optativas, o
Departamento procurou pensar em duas direções: de um lado, oferecer aos futuros
professores oportunidades para alargar seus conhecimentos em campos da Física
que não foram contemplados no elenco de disciplinas obrigatórias, a exemplo de
Astronomia e Relatividade, e, de outro lado, oferecer oportunidades para os
licenciandos aprofundar a compreensão de campos clássicos e modernos da Física,
através de disciplinas como Física Matemática e Introdução à Física do Estado
Sólido. Assim, além de uma formação ampla e consistente para a prática docente, o
Departamento acredita estar oferecendo também possibilidades de os futuros
professores de Física engajarem-se em cursos de pós-graduação.
Subjacente a estas disciplinas, que constituem o núcleo da formação dos
futuros professores de Física, o Departamento procurará promover uma forte
interação entre o seu corpo docente e os licenciandos de maneira a lhes oferecer, o
quanto possível, um enriquecimento da cultura científica através de seminários,
palestras e inserção em projetos de iniciação científica.
18
3.4. Estrutura Curricular Proposta
QUADRO 2: Integralização Curricular Disciplinas/Atividades Créditos Carga Horária
Disciplinas Básicas (DB) 100 1500
Disciplinas de embasamento filosófico e didático-
pedagógico (DEFDP)
14 210
Atividades de Estágio Docente (AED) 27 (*) 405
Atividades relacionadas à cultura escolar e à docência
(ACED)
27 (**) 405
Atividades científico-tecnológico (ACT) 14(***) 210
Disciplinas Optativas Oferecidas 32 480(****)
Total necessário para integralização 2850
Prazo mínimo para integralização do curso: 4 anos
Prazo máximo para integralização do curso: 7 anos
Limite máximo de carga horária semanal: 24 h
Limite máximo de carga horária diária: 4 h
(*) Das 405 h de estágio, 280 h serão de atividades de docência do aluno e as 120 h (8 créditos)
restantes serão utilizadas em planejamento e discussões em sala de aula na universidade.
(**) Das 405 h, 255 h estão associadas a atividades desenvolvidas pelos alunos fora da sala de aula
e 150 h são associadas a três disciplinas.
(***) As 210 h estão associadas a atividades desenvolvidas pelos alunos fora da sala de aula.
(****) Número de crédito mínimo para integralização é de 8 (120 h), carga considerada para efeito de
integralização total de carga horária.
19
QUADRO 2.1: Integralização Curricular - Disciplinas e Atividades Obrigatórias Disciplina Natureza
Etapas
Curriculares Créditos Carga
Horária ANO (h) Física I DB 1o 12 180 Laboratório de Física I DB 1o 4 60 Cálculo I DB 1o 12 180 Fundamentos de Física DB 1o 4 60 Computação Básica (*) DB 1o (1o.S) 4 60 Vetores e Geometria Analítica (*) DB 1o (2o.S) 4 60 Física II DB 2o 12 180 Laboratório de Física II DB 2o 4 60 Cálculo II DB 2o 12 180 Álgebra Linear (*) DB 2o (1o.S) 4 60 Química Geral e Inorgânica (*) DB 2º (2o.S) 6 90 Estrutura da Matéria DB 3o 8 120 Laboratório de Estrutura da Matéria (*) DB 3o (2o.S) 4 60 Mecânica Clássica (*) DB 3o (1o.S) 4 60 Termodinâmica e Física Estatística (*) DB 3o (2o.S) 4 60 Introdução à Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência (*)
DEFDP 3o (1o.S) 2 30
Fundamentação Teórica para Projetos (*) ACED 3o (1o.S) 4 60 Políticas e Programas de Educação Científica (*)
ACED 3o (2o.S) 2 30
História da Física (*) DB 4o (1o.S) 2 30 Instrumentação para o Ensino de Física DEFDP 4o 8 120 Metodologia de Ensino de Física (*) DEFDP 4o (1o.S) 4 60 Texto Didático e Divulgação Científico-tecnológica
ACED 4o 4 60
Atividade Teórico-Experimental em Educação I a IV (**)
ACED 1o ao 4o 17 255
Estágio Supervisionado I e II (**) AED 3o e 4o 27 405 Atividades Acadêmico-Científico-Culturais I a IV (**)
ACT 1o ao 4o 14 210
(*) Disciplinas semestrais
(**) Não são disciplinas, mas sim atividades obrigatórias. Somente para o Estágio
Supervisionado, das 405 horas previstas 120 (8C) serão atividades desenvolvidas
em sala de aula na universidade, cujos créditos serão computados para efeito da
grade horária.
20
QUADRO 2.2: Integralização Curricular - Disciplinas Optativas
Disciplina Créditos Carga Horária
Física Matemática 4 60
Eletromagnetismo 4 60
Introdução a Mecânica Quântica 4 60
Introdução a Física do Estado Sólido 4 60
Cálculo Numérico aplicado a Física 4 60
Astronomia 2 30
Física das Radiações 2 30
Relatividade 2 30
Aspectos Físicos e Químicos do Ambiente 4 60
Fundamentos de Química Orgânica 2 30
Outras disciplinas poderão ser aceitas como optativas, com aprovação do
Conselho de Curso de Graduação em Física, desde que as mesmas complementem
a formação científica-acadêmica-cultural do aluno, de acordo a Resolução Unesp
43/95.
3.4.1. Programas de Ensino
Os programas de ensino das disciplinas obrigatórias e optativas que fazem parte
da estrutura curricular do curso de Licenciatura em Física, aqui propostos,
encontram-se no anexo 1, classificados segundo a ordem apresentada nos quadros
2 e 2.1.
21
3.4.2. Departamentos responsáveis pelas disciplinas
QUADRO 3: Distribuição das Disciplinas por Departamento UU: Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Curso: Licenciatura em Física Departamento Disciplina Crédito
Física e Química Física I (*) 12 Laboratório de Física I (*) 4 Fundamentos de Física (*) 4 Física II (*) 12 Laboratório de Física II (*) 4 Química Geral e Inorgânica 6 Estrutura da Matéria (*) 8 Laboratório de Estrutura da Matéria 4 Mecânica Clássica 4 Termodinâmica e Física Estatística 4 Introdução à Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência 2 História da Física 2 Instrumentação para o Ensino de Física (*) 8 Metodologia de Ensino de Física 4 Fundamentação Teórica para Projetos 4 Políticas e Programas de Educação Científica 2 Texto Didático e Divulgação Científico-tecnológica (*) 2 Atividade Teórico-Experimental em Educação Científica I a IV (**) 17 Estágio Supervisionado I e II (**) 27 Atividades Acadêmico-Científico-Culturais I a IV (**) 14 Física Matemática 4 Eletromagnetismo 4 Introdução a Mecânica Quântica 4 Introdução a Física do Estado Sólido 4 Cálculo Numérico Aplicado a Física 4 Astronomia 2 Física das Radiações 2 Relatividade 2 Aspectos Físicos e Químicos do Ambiente 4 Fundamentos de Química Orgânica 2 Matemática Cálculo I (*) 12 Computação Básica 4 Vetores e Geometria Analítica 4 Cálculo II (*) 12 Álgebra Linear 4
(*) Disciplinas anuais
(**) Não são disciplinas, mas sim atividades obrigatórias. Somente para o Estágio Supervisionado,
dos 27C serão considerados apenas 8C para efeito de carga horária anual para a matrícula.
22
3.4.3. Seqüência aconselhada
QUADRO 4: Matrícula por Disciplina
UU: Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Curso: Licenciatura em Física Ano: 1o
No. de ordem
Disciplina Carga Horária
Anual/ Semestral
Pré-requisito Co-requisito
1 Física I 180 A 1 Laboratório de Física I 60 A Física I 1 Cálculo I 180 A 1 Fundamentos de Física 60 A 1 Computação Básica 60 1o S 1 Vetores e Geometria Analítica 60 2o S 1 Atividade Téorico-Experimental em
Educação I (**) 60 A
1 Atividades ACC I (*) (**) 45 A (*) ACC = Acadêmico-científico-culturais (**) Não são disciplinas, mas sim atividades obrigatórias.
UU: Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Curso: Licenciatura em Física Ano: 2o
No. de ordem
Disciplina Carga Horária
Anual/ Semestral
Pré-requisito Co-requisito
2 Física II 180 A Física I 2 Laboratório de Física II 60 A Física II 2 Cálculo II 180 A Cálculo I 2 Álgebra Linear 60 1o S 2 Química Geral e Inorgânica 90 2o S 2 Atividade Téorico-Experimental em
Educação II (**) 60 A
2 Atividades ACC II (*)(**) 45 A 2 Optativa 1 30 1o S
(*) ACC = Acadêmico-científico-culturais (**) Não são disciplinas, mas sim atividades obrigatórias.
23
Continuação do quadro 4
UU: Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Curso: Licenciatura em Física Ano: 3o
No. de ordem
Disciplina Carga Horária
Anual/ Semestral
Pré-requisito Co-requisito
3 Estrutura da Matéria 120 A Física II 3 Laboratório de Estrutura da Matéria 60 2o S Estrutura da
Matéria 3 Mecânica Clássica 60 1o S Física I 3 Termodinâmica e Física Estatística 60 2o S Física I 3 Intr. à Teoria do Conhec. e Filos. da
Ciência 30 1o S
3 Fundamentação Teórica para Projetos 60 1o S 3 Políticas e Programas de Educação
Científica 30 2o S
3 Estágio Supervisionado I (**) 195 A 3 Atividade Téorico-Experimental em
Educação III (**) 45 A
3 Atividades ACC III (*) (**) 60 A 3 Optativa 2 60 1o S 3 Optativa 3 60 2o S
(*) ACC = Acadêmico-científico-culturais (**) Não são disciplinas, mas sim atividades obrigatórias. Somente para o Estágio Supervisionado, das 195 horas previstas no 3o. ano, 60 (4C) serão atividades desenvolvidas em sala de aula na Universidade, cujos créditos serão computados para efeito da grade horária.
UU: Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Curso: Licenciatura em Física Ano: 4o
No. de ordem
Disciplina Carga Horária
Anual/ Semestral
Pré-requisito Co-requisito
4 História da Física 30 1o S Física I e II 4 Instrumentação p/ o Ensino de Física 120 A Lab. Física I e
II
4 Metodologia do Ensino de Física 60 1o S 4 Texto Didático e Divulgação Científico-
tecnológica 60 A Física I e II
4 Estágio Supervisionado II (**) 210 A 4 Atividade Téorico-Experimental em
Educação IV (**) 90 A
4 Atividades ACC IV (*)(*) 60 A 4 Optativa 4 60 1o S 4 Optativa 5 60 2o S
(*) ACC = Acadêmico-científico-culturais (**) Não são disciplinas, mas sim atividades obrigatórias. Somente para o Estágio Supervisionado, das 210 horas previstas no 4o. ano, 60 (4C) serão atividades desenvolvidas em sala de aula na Universidade, cujos créditos serão computados para efeito da grade horária.
24
QUADRO 4.1: Disciplinas Optativas
UU: Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Curso: Licenciatura em Física
Disciplina Carga Horária Pré-requisitos
Física Matemática 60 Cálculo I e II
Eletromagnetismo 60 Física II
Introdução a Mecânica Quântica 60 Estrutura da Matéria
Física Matemática
Introdução a Física do Estado Sólido 60 Introdução a Mecânica Quântica
Cálculo Numérico Aplicado a Física 60 Cálculo I e II
Astronomia 30 Física I
Física das Radiações 30
Relatividade 30 Física I
Aspectos Físicos e Químicos do Ambiente 60
Fundamentos de Química Orgânica 30
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4. Corpo Docente
QUADRO 6: Corpo Docente Docente Titulação Cargo ou
Função Regime de Trabalho
Departamento Disciplina
Cláudio L. Carvalho Doutor AD RDIDP DFQ Astronomia (#) Darcy Hiroe Fujji Kanda Doutora AD RDIDP DFQ Física Matemática (#)
Intr. Mecânica Quântica (#) Ednilton M. Cavalcante LD Adjunto RDIDP DFQ Física I Eudes Borges de Araújo Doutor AD RDIDP DFQ Intr. F. do Estado Sólido (#)
Relatividade (#) Haroldo N. Nagashima Doutor AD RDIDP DFQ Eletromagnetismo (#) Hermes Adolfo de Aquino Doutor AD RDIDP DFQ Laboratório de Física I
Instr. Ensino de Física Jean R. D. Marinho LD Adjunto RDIDP DFQ Química Geral e Inorgânica João Carlos Silos Moraes LD Adjunto RDIDP DFQ Estrutura da Matéria
Lab. de Estrutura da Matéria João Manoel M. Cordeiro LD Adjunto RDIDP DFQ Intr. T. do C. e F. da Ciência
Asp. Fís./Quím. Ambiente (#) Fund. Química Orgânica (#)
José Antonio Malmonge Doutor AD RDIDP DFQ Física II Laboratório de Física II
Keizo Yukimitu Doutor AD RDIDP DFQ Mecânica Clássica Física das Radiações (#)
Laercio Caetano Doutor AD RDIDP DFQ Química Geral e Inorgânica Lizete M. O. de Carvalho Doutora AD RDIDP DFQ Met. de Ensino de Física
Instr. Ensino de Física Luiz Francisco Malmonge Doutor AD RDIDP DFQ Física II
Laboratório de Física II Maria Angela M. Cordeiro Doutor AD RDIDP DFQ Química Geral e Inorgânica
Asp. Fís./Quim. Ambiente (#) Mário Susumu Haga Doutor AD RDIDP DFQ Física I
Instr. Ensino de Física Newton Dias Filho LD Adjunto RDIDP DFQ Química Geral e Inorgânica Victor Ciro Solano Reynoso
Doutor AD RDIDP DFQ Laboratório de Física I
Walter Katsumi Sakamoto LD Adjunto RDIDP DFQ Termod. e Fis. Estatística Washington L.P. Carvalho Doutor AD RDIDP DFQ Fundamentos da Física
História da Física Anirio Sales Doutor AD RDIDP Matemática Computação Básica Edson Righeto Mestrando A RDIDP Matemática Cálculo I Neusa A. Pereira da Silva Mestre AD RDIDP Matemática Vetores e Geometria
Analítica Luiz A. F. de Oliveira Doutor AD RDIDP Matemática Cálculo II Roseli A. F. de Oliveira Doutora AD RDIDP Matemática Algebra Linear A ser contratado Doutor AD RDIDP DFQ Fund. Teórica para Projetos
Política e Prog. de Ed. Cient. Texto D. e D. Cient.-Tecnol.
LD = Livre-Docente; AD=Prof. Assistente Doutor; A = Assistente; DFQ=Depto de Física e Química.
(#) = Disciplinas optativas
Obs.: Todos os docentes do DFQ acima relacionados serão tutores junto ao Estágio
Supervisionado. O controle das atividades desenvolvidas em Atividade teórico-
experimental em educação e Atividades acadêmico-científico-culturais e atividades
acadêmico-científico-culturais I a IV será definido pelo Conselho de Curso de
Graduação em Física.
26
QUADRO 7: Docente a ser contratado Disciplina Disciplina/Créditos Semestral/ano Semestre/ano
da contratação Titulação Regime de
Trabalho
Fundamentação
Teórica para Projeto
4 Semestral 1o S de 2005 Doutor RDIDP
Política e Programas
de Educação
Científica
2 Semestral
Divulgação Científico-
Tecnológica
2 Anual
A contratação do docente já foi aprovada pela CCD (processo 1667/04), para
ministrar a disciplina Didática da estrutura curricular atual dos cursos de Física,
Matemática e Biologia. O perfil do profissional a ser contratado permite que o
mesmo possa ministrar outras disciplinas da estrutura curricular aqui proposta,
principalmente as disciplinas da área pedagógica indicadas no quadro 7.
5. Corpo Técnico-Administrativo
QUADRO 8: Funcionários Técnico-Administrativos Diretamente Envolvidos com o Curso Funcionário Cargo ou Função Atividades Desempenhadas Órgão de
Lotação Nancy de F. Villela Torres Agente
Administrativo Serviços de Secretaria DFQ
Rosimery Galana Gerlim Agente Administrativo
Serviços de Secretaria DFQ
Erlon Batista Nogueira Técnico de Laboratório
Apoio técnico aos Laboratórios de Ensino de Física
DFQ
Levi Jacinto Vieira Jr. Técnico de Laboratório
Apoio técnico aos Laboratórios de Ensino e Pesquisa de Física
DFQ
Gilberto Antonio de Brito Técnico de Apoio Acadêmico
Apoio aos Laboratórios de Pesquisa DFQ
Marli Esbizera Simões Técnica de Laboratório
Apoio técnico aos Laboratórios de Ensino e Pesquisa de Química
DFQ
Mara Regina de Oliveira Auxiliar de Laboratório
Apoio técnico aos Laboratórios de Ensino e Pesquisa de Química
DFQ
6. Previsão de despesas
Como a estrutura curricular atual foi implantada recentemente, todas as
despesas necessárias para a implantação do curso já foram previstas anteriormente
27
e solicitadas. A reestruturação não implica em despesas adicionais, ou seja, além
daquelas solicitadas. A seguir uma breve descrição das necessidades solicitadas.
Livros: todos os livros solicitados têm sido adquiridos, com verbas sendo repassadas
anualmente, desde a implantação do curso em 2002. Ainda é necessário o repasse
até pelo menos no próximo ano.
Material de Consumo: nos primeiros dois anos foram repassados recursos
suficientes para a manutenção dos laboratórios didáticos de física e química. Neste
ano, apesar da solicitação, ainda não foi liberado nenhum montante.
Material Permanente: Até o momento foi repassado da ordem de R$270.000,00, que
permitiu a compra de equipamentos didáticos para o laboratório de Estrutura da
Matéria (inexistente na Unidade) e a substituição de alguns equipamentos antigos
(mais de 25 anos de uso) dos laboratórios didáticos de Física e Química. Foi
solicitado mais um montante da ordem de R$200.000,00, o qual é necessário para a
total substituição de todos os equipamentos antigos e a aquisição de 10
computadores para sala especial de apoio aos alunos do curso de Física. Ressalta-
se que nos laboratórios didáticos de Física e Química são ministradas disciplinas de
todos os oitos cursos da Unidade.
Central de Laboratórios Didáticos: Consta na lista de prioridades da APLO a
construção de 1200 m2 para abrigar todos os laboratórios didáticos de Física,
Química e de Computação da Unidade. Os atuais laboratórios estão funcionando
numa infraestrutura precária, utilizada desde a implantação da Unidade.
7. Implantação Curricular
A estrutura curricular proposta será implementada a partir de 2005. Para os
ingressantes em 2003 e 2004, a estrutura curricular vigente sofrerá uma pequena
28
modificação com vistas a ajustá-la a exigências da Resolução CNE/CP 2. No
currículo vigente, há 1860 horas de aulas para os conteúdos de natureza científico-
cultural, contemplando o mínimo exigido (1800 h) na Resolução CNE/CP 2. Na
alteração, sairia a disciplina Prática de Ensino, disciplina anual oferecida no quarto
ano e entraria o Estágio Supervisionado a partir do terceiro ano. No currículo
proposto, das 400 h de estágio supervisionado, 120 h (60 em cada ano) seriam
utilizadas para atividades dentro de sala de aula na Universidade para o
planejamento e discussões acerca da experiência dos alunos nas atividades de
docência nas escolas. Desta forma, o currículo adaptado para as turmas de 2003 e
2004, satisfaria os itens dois e três da Resolução CNE/CP 2, ou seja, 400 h de
estágio supervisionado e o mínimo de 1800 h de aulas de conteúdos de natureza
científica.
Para a implantação e operacionalização do Projeto Pedagógico propõem-se as
seguintes estratégias:
• Planejamento anual envolvendo os professores do Departamento de Física e
Química para distribuição de aulas e implementação de programas das
disciplinas a serem ministradas, visando aproveitar melhor a capacitação dos
docentes.
• Realização de Atividades Extra-Curriculares e de complementação tais como:
Semana da Física; reuniões científicas de docentes e discentes; Conferências
sobre temas específicos, destinadas a alunos de Graduação e de Pós-
Graduação; Ciclo de Seminários, organizados pelas diversas áreas de
conhecimento e/ou Grupos de Pesquisa.
• Estímulo a pesquisas de Iniciação Científica, solicitando bolsas junto às
agencias financiadoras como: CNPq, FAPESP, FUNDUNESP.
29
O Quadro 10 apresenta a equivalência possível entre a estrutura vigente e a
proposta. Nos casos onde não há equivalência, tanto as disciplinas da estrutura
vigente e a proposta serão oferecidas simultaneamente. Observa-se que a disciplina
Prática de Ensino (300 h) do currículo vigente somente será ministrada aos
ingressantes de 2002. Para os demais ingressantes, ou seja, de 2003 e 2004, o
currículo vigente sofrerá a modificação descrita acima.
30
QUADRO 10: Equivalência de disciplinas Disciplinas do Currículo Vigente Disciplinas do Currículo Proposto
Disciplina Créditos Semestre/ano aconselhado
Disciplina Créditos Semestre/ano aconselhado
Mecânica Gravitação Mec. Corpos Rígidos/Fluídos
4 2 4
2o/1o
1o/2o
1o/2o
Física I 12 1o e 2o/1o
Introd. ao Eletromagnetismo Introd. a Termodinâmica Oscilações e Ondas Ótica
8 4 2 2
1o e 2o/2o
2o/2o
1o/3o
2o/3o
Física II 12 1o e 2o/2o
Fundamentos de Física 6 1o/1o Fundamentos de Física 4 1o e 2o/1o
Química Geral e Experimental 8 1o e 2o/2o Química Geral e Inorgânica 6 2o/2o
Laboratório de Física I 4 2o/2o Laboratório de Física I 4 1o e 2o/1o
Laboratório de Física II 8 1o e 2o/3o Laboratório de Física II 4 1o e 2o/2o
Introd. a Mecânica Clássica 4 1o/3o Mecânica Clássica 4 1o/3o
Eletromagnetismo I 4 1o/3o Eletromagnetismo 4 Optativa Estrutura da Matéria 8 1o e 2o/3o Estrutura da Matéria 8 1o e 2o/3o
Lab. de Estrutura da Matéria 4 2o/3o
Asp. Fís./Quím. do Ambiente 4 1o/4o Asp. Fís./Quím. do Ambiente 4 Optativa Cálculo 12 1o e 2o/1o Cálculo I 12 1o e 2o/1o
Introdução a Computação 4 1o e 2o/1o Computação Básica 4 1o/1o
Vetores e Geometria Analítica 8 1o e 2o/1o Vetores e Geometria Analítica 4 2o/1o
Álgebra Linear 4 1o/2o Álgebra Linear 4 1o/2o
Cálculo Vetorial 2 1o/2o Cálculo Num. Aplicado a Física 4 2o/2o Cálculo Num. Aplicado a Física 4 optativa Cálculo II 12 1o e 2o/2o
Introd. T. do C. e F. da Ciência 2 2o/1o Introd. T. do C. e F. da Ciência 2 1o/3o
Instrumentação para o Ensino 4 2o/3o Instrum. p/ o Ensino de Física 8 1o e 2o/4o
Metodol. do Ensino de Física 8 1o e 2o/4o Metodol. do Ensino de Física 4 1o/4o
Prática de Ensino 20 (*) 1o e 2o/4o Estágio Supervisionado 27 (*) 1o e 2o/3o e 4o
Psicologia da Educação 4 2o/3o Didática 4 1o/4o Estr. Func. Ens. Fund. E Médio 4 2o/4o Termodinâmica e F. Estatística 4 2o/3o
História da Física 2 1o/4o
Fundam. Teórica p/ Projeto 4 1o/3o
Polít. E Prog. Educ. Científica 2 2o/3o
Texto Didático e Divulgação Científico-tecnológica
4 1o e 2o/4o
Atividade Teórico-Experimental em Educação I a IV
17 1o e 2o/1o ao 4o.
Atividades Acadêmico-Científico-Cultural I a IV
14 1o e 2o/1o ao 4o.
(*) Para ambas as disciplinas, do total de créditos somente 8 são associados as atividades desenvolvidas em sala de aula na Universidade.
31
ANEXO 1: Programas de Ensino
32
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