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CUIDADO DE ENFERMAGEM AO

PACIENTE COM TRANSTORNOS

PSIQUIÁTRICOS

Profª Enfª Marlina Cunha Tostamarlinatosta@terra.com.br

71

CUIDADO DE ENFERMAGEM AO

PACIENTE AGRESSIVO

RAIVA/ AGRESSIVIDADE

RAIVA: resposta emocional à percepção de uma

situação por um indivíduo.

AGRESSIVIDADE: o termo assume uma conotação

negativa.

É um comportamento visando ameaçar ou ferir a

segurança ou auto estima da vítima.

A agressividade é uma das maneiras pelas quais os

indivíduos expressam raiva.

AGRESSIVIDADE

A agressividade está relacionada com suas experiências

históricas anteriores de enfrentamento e forma de

atuar no mundo e também do quanto se sente

desprotegido e ameaçado no ambiente hospitalar, com

esclarecimentos e entendimento dos motivos e causas

de sua enfermidade, assim como dos prognósticos

esperados e reais.

O Paciente Agressivo

A violência é um comportamento que causa dano a

outra pessoa, ou objeto. É o uso excessivo de força, além

do necessário ou esperado.

O Paciente Agressivo

Fatores Causais para Comportamento Agitado e/ou Agressivo :

•Delirium•Demências•S. manietiformes•S. catatônicas•Quadros histéricos•S. fóbico-ansiosas•Oligofrenia•Transtornos de personalidade

O Paciente Agressivo

•Transtornos mentais decorrentes do uso de drogas

•Intoxicações ou abstinência

•Transtornos mentais da infância: TDAH, Transtornos

Pervasivos do

•desenvolvimento, Transtornos de conduta

Fatores Causais para Comportamento Agitado e/ou Agressivo :

•Agitação no paciente epiléptico

•Reação a estresse interpessoal

•Distúrbios metabólicos (hipoglicemia, hiperglicemia)

•Infecções, hipertireoidismo, uremia, insuficiência

hepática

•Intoxicações (solventes, inseticidas, medicamentos)

Fatores Causais para Comportamento Agitado e/ou Agressivo :

•Falar alto, "xingar", maltrato verbal, linguagem ameaçadora, comentários•pejorativos•Aumento de exigências•Não querer presença equipe no quarto•Recusa de medicação e procedimentos, desacato à conduta da equipe de•saúde•Jogar coisas no chão•Impaciência e inquietude•Expressão facial de tensão ou raiva

Sinais Preditores de Comportamento Agitado e/ou Agressivo

•Aumento do discurso

•Movimentação errática

•Contato visual prolongado

•Descontentamento, recusa de se comunicar,

retraimento, medo, irritação

•Processo de pensamento desestruturado e

concentração pobre

O Paciente Agressivo

Sinais Preditores de Comportamento Agitado e/ou Agressivo:

•Relato de raiva ou sentimentos de violência

•Bloqueio rotas de saída.

•Delírios ou alucinações com conteúdo violento

•Ameaças verbais ou gestos

•Comportamento semelhante àquele que precedeu

outros eventos disruptivos

O Paciente Agressivo

Sinais Preditores de Comportamento Agitado e/ou Agressivo:

Manejos para controle de agressividade

•1) Não ignore o comportamento agressivo, com a esperança de que ele vá passar. Avalie tais pacientes imediatamente. O paciente que se sente ignorado é o que mais provavelmente quererá chamar a atenção. Seja profissional e respeitoso. Posicione-se perto de uma saída, ficando a mais de um comprimento de braço do paciente potencialmente violento.• •2) Se o paciente aparentar perda de controle, mova-se para mais longe. Se as duas únicas opções são lesão ao pessoal de saúde, ou deixar o paciente fugir, deixe o paciente fugir.

Manejos para controle de agressividade

3) Não seja um herói ao tentar desarmar alguém - isto é

trabalho para a polícia. Se o paciente mostra uma arma,

solicite que ele a coloque no chão e, então, deixe a sala de

exame com ele. Não deve ser feita nenhuma tentativa de

recuperar a arma com o paciente presente.

Se a violência é iminente, chame ·a equipe profissional

que identifica sinais.

Quando se decidir pela utilização da contenção

mecânica

O Paciente Agressivo

Envolve o uso de dispositivos mecânicos ou manuais para limitar a mobilidade física do paciente, em situações de agitação psicomotora, confusão mental ou agressividade/violência em relação a si próprio e/ou a outros.

CONTENÇÃO MECÂNICA

Se faz necessária quando a abordagem verbal não é

suficiente para garantir a realização da entrevista e

diagnóstico ou quando o paciente persiste em

atitude agressiva e resistente a tratamento.

CONTENÇÃO MECÂNICA

Normas • A imobilização do doente ou a sua colocação em quarto

de isolamento, para maior vigilância clínica, devem ser as derradeiras opções depois de esgotadas outras medidas de controle do comportamento agressivo.

2. A contenção física deve ser realizada sob prescrição médica e registrada no processo clínico do doente. No entanto, em situação de urgência os enfermeiros podem iniciar uma contenção física.

CONTENÇÃO MECÂNICA

Regras

1. Ter lugar num quarto isolado ou local apropriado e que garanta privacidade, bem ventilado e com temperatura adequada.

2. Colocar o doente num local onde possa ser permanentemente vigiado.

3. Garantir que não existam objetos perigosos para o doente.

CONTENÇÃO MECÂNICA

Regras

4. Utilizar faixas concebidas e apropriadas para tal.

Material resistente.

5. Equipar a cama com grades laterais, que permitam a

proteção, apoio e segurança do doente.

CONTENÇÃO MECÂNICA

Regras

6. Colocar as faixas nos membros superiores, inferiores e

tórax do doente conforme a gravidade da situação. A

quinta faixa, torácica, deve ser colocada após a

imobilização dos membros.

CONTENÇÃO MECÂNICA

Regras

6. Colocar as faixas nos membros superiores, inferiores e

tórax do doente conforme a gravidade da situação. A

quinta faixa, torácica, deve ser colocada após a

imobilização dos membros.

CONTENÇÃO MECÂNICA

Regras

7. Aplicar material de proteção para prevenção de lesões

resultantes da fricção.

8. Vigiar com periodicidade não superior a 15-30 minutos,

sinais de alteração circulatória e perfusão dos tecidos

que possam resultar de compressão pelas respectivas

faixas .

CONTENÇÃO MECÂNICA

Regras

9. Efetuar prevenção de acidentes trombo-embólicos.

10.Posicionar o doente em decúbito dorsal, com a cabeça

levemente elevada e os membros superiores

posicionados de forma a permitir o acesso venoso.

Sempre que necessário deve ser utilizado um

posicionamento alternativo, nomeadamente, em

decúbito lateral.

CONTENÇÃO MECÂNICA

Regras

11.Fazer alternância de decúbitos para prevenção de

úlceras devido à imobilização.

12.Manter a comunicação com o doente no âmbito do

seu processo terapêutico.

13.Vigiar freqüentemente os parâmetros vitais e

analíticos do doente

CONTENÇÃO MECÂNICA

Regras

14.Proceder ao exame físico periódico do doente.

15.Hidratar o doente em caso de sedação prolongada.

16.Reavaliar a necessidade de manutenção da contenção

física no decurso de um período máximo de duas

horas, repetindo-a pelo menos com esta periodicidade.

CONTENÇÃO MECÂNICA

Regras

17. Retirar a contenção física de acordo com a eficácia da medicação e a avaliação do estado clínico do doente.

18. Registrar, obrigatoriamente, no processo clínico do doente os motivos e as particularidades da contenção física, especificando o que antecedeu a necessidade do procedimento, o insucesso de outras medidas e os eventos inesperados.

CONTENÇÃO MECÂNICA

ENFERMEIROS, AUXILIARES, TÉCNICOS DE

ENFERMAGEM , MÉDICOS, E OUTROS QUE POSSAM

ESTAR DISPONÍVEIS NO MOMENTO E FORAM

DEVIDAMENTE TREINADOS – IRÁ REALIZÁ-LO.

Definindo Equipe

CONTENÇÃO MECÂNICA

Durante todo o procedimento, o paciente sempre

deve ser esclarecido sobre o que está sendo feito, o

motivo e o caráter não-punitivo (mesmo que esteja

psicótico), por exemplo: "Você está sendo contido para

não causar danos aos outros nem a si próprio“;

Algumas recomendações

CONTENÇÃO MECÂNICA

O ideal é o envolvimento de 5 pessoas, sendo uma

que coordena e fala com o paciente;

As faixas de contenção devem ser de material

resistente;

Algumas recomendações

CONTENÇÃO MECÂNICA

A posição de decúbito lateral, com a cabeça

levemente elevada é a mais indicada;

o paciente deve ser observado, tanto em relação a

segurança e conforto da contenção quanto a outros

parâmetros, como sinais vitais e nível de consciência.

Algumas recomendações

CONTENÇÃO MECÂNICA

Saiba tanto quanto possível sobre os pacientes, antes

de encontrá-los.

Os procedimentos de contenção física são para

profissionais treinados.

Esteja sempre alerta para os riscos de violência

iminente.

CONTENÇÃO MECÂNICA

Algumas recomendações (auto –proteção)

Atente para a segurança do espaço físico à sua volta

(por ex., acesso a portas, objetos da sala).

Tenha outras pessoas presentes durante a avaliação,

se necessário.

CONTENÇÃO MECÂNICA

Algumas recomendações (auto –proteção)

Garanta a presença de outras pessoas nas

imediações. 

Atente para o desenvolvimento de uma aliança

com o paciente (por ex.,  não confronte ou ameace

pacientes com psicoses paranóides).).

CONTENÇÃO MECÂNICA

Algumas recomendações (auto –proteção)

Contenção mecânica

Contenção mecânica

CUIDADO DE ENFERMAGEM AO

PACIENTE COM RISCO DESUICÍDIO

•Suicídio (do latim sui caedere), termo criado por Desfontaines, matar-se, é um ato que consiste em pôr fim intencionalmente à própria vida.

•Atitude individual de extinguir a própria vida, podendo ser causada entre outros fatores por um elevado grau de sofrimento, que tanto pode ser verdadeiro ou ter sua origem em algum transtorno afetivo, transtorno psiquiátrico como a psicose* aguda (quando o indivíduo sai da realidade, porém não o percebe) ou a depressão delirante.

Comportamento Auto-destrutivo

O suicídio é atualmente uma das três principais causas

de morte entre os jovens e adultos de 15 a 34 anos,

embora a maioria dos casos aconteça entre pessoas de

mais de 60 anos. Ainda conforme informações da OMS,

a média de suicídios aumentou 60% nos últimos 50

anos, em particular nos países em desenvolvimento.

Comportamento Auto-destrutivo

Fatores que estão relacionados a uma maior ou menor probabilidade de cometer o suicídio:•As mulheres tentam o suicídio 4 vezes mais que os homens, mas os homens o cometem (isto é, morrem devido a tentativa) 3 vezes mais do que as mulheres. •É mais freqüente nas idades que delineiam as fronteiras da vida, como a puberdade e a adolescência, e entre a maturidade e a velhice. Porém, a faixa etária compreende genericamente dos 15 aos 44 anos.

Comportamento Auto-destrutivo

Fatores que estão relacionados a uma maior ou menor

probabilidade de cometer o suicídio:

•Doenças físicas, tais como câncer, epilepsia e AIDS ou

doenças mentais, como alcoolismo, drogadição,

depressão e esquizofrenia, são fatores relacionados a

taxas mais altas de suicídio. Além disso, uma pessoa que

já tentou cometer o suicídio anteriormente tem maior

risco de cometê-lo.

Comportamento Auto-destrutivo

Motivos:

As pessoas podem tentar ou cometer suicídio por diversos motivos: •numa tentativa de se livrarem de uma situação de extrema aflição, para a qual acham que não há solução

•por estarem num estado psicótico, isto é, fora da realidade•por se acharem perseguidas, sem alternativa de fuga

Comportamento Auto-destrutivo

Motivos

•por se acharem deprimidas, achando que a vida não

vale a pena

•por terem uma doença física incurável e se acharem

desesperançados com sua situação

•por serem portadores de um transtorno de

personalidade e atentarem contra a vida num impulso

de raiva ou para chamar a atenção

Comportamento Auto-destrutivo

Comportamento Auto-destrutivo

Indicadores de Risco

O suicídio é algo que, em geral não pode ser previsto, mas existem alguns sinais indicadores de risco, e eles são:

•tentativa anterior ou fantasias de suicídio,

•disponibilidade de meios para o suicídio,

•idéias de suicídio abertamente faladas,

Indicadores de Risco

•preparação de um testamento,

•luto pela perda de alguém próximo,

•história de suicídio na família,

•pessimismo ou falta de esperança, entre

outras.

Comportamento Auto-destrutivo

•MITO: Pessoas que ameaçam se suicidar, não se matam. •FATO: A cada 10 pessoas que cometem suicídio, 8 avisaram família/amigos/parentes.•MITO: Pessoas suicidas têm realmente a intenção de morrer.•FATO: A maiorias dos suicidas estão indecisos sobre viver ou morrer e, frequentemente, "brincam com a morte". Confiando que outras pessoas vão salva-lo (a). Raríssimas vezes pessoas cometem suicídio sem avisar amigos e parentes.

Comportamento Auto-destrutivo

Fatos e Mitos:

•MITO: Uma vez que a pessoa é suicida. Nunca mais voltará a ser normal.•FATO: A vontade de se matar passa. O indivíduo, com tratamento adequado, pode voltar a ter uma vida normal.•MITO: Melhoras depois de uma tentativa de suicídio significam que não há mais riscos.•FATO: A maioria dos suicídios ocorre quando o indivíduo começa a melhorar. Menos deprimido e com mais energia, o suicida consegue dar vazão aos seus pensamentos e sentimentos mais mórbidos.

Comportamento Auto-destrutivo

Fatos e Mitos:

•MITO: Tentativas de suicídio servem pra chamar

atenção.

•FATO: A morte por suicídio geralmente acontece

depois de 5 ou 6 tentativas mal sucedidas.

Comportamento Auto-destrutivo

Fatos e Mitos:

Comportamento Auto-destrutivo

MANEJO DO PACIENTE QUE TENTOU SUICÍDIO

•O manejo bem-sucedido depende do reconhecimento,

avaliação adequada, início e manutenção de um

tratamento apropriado.

•A primeira parte do atendimento de um paciente que

tentou suicídio deve ser centrado sobre o manejo das

complicações médicas decorrentes tais como cortes,

fraturas e intoxicações.

MANEJO DO PACIENTE QUE TENTOU SUICÍDIO

•Monitoramento constante do comportamento auto-

destrutivo.

•Encarar todas as ameaças de suicídio com seriedade,

mesmo que ela possa parecer falsa (manipulação)

Comportamento Auto-destrutivo

CUIDADO DE ENFERMAGEM AOS

PACIENTES PSIQUIÁTRICOS COM

TRANSTORNO DE HUMOR

TEMPERAMENTO

E

CARÁTER

Também conhecido como “gênio”. É o padrão instintivo e

automático de respostas emocionais como medo, raiva e

apego, ou seja, define quais dessas emoções se salientam

mais em nós. Todas ligadas à hereditariedade.

TEMPERAMENTO

•É o conjunto de reações e hábitos de comportamento

que vão sendo adquiridos ao longo da vida e que

especificam o modo individual de cada pessoa.

•Decorre mais das experiências e modelos que formam

nossas memórias e padrões psicológicos.

CARÁTER

O temperamento e o caráter se influenciam e interagem e

nem sempre é fácil diferenciar o que provém do caráter e

o que provém do temperamento.

TEMPERAMENTO / CARÁTER

A Combinação temperamento com o caráter que se forma pela experiência é o que decidimos como personalidade.*

Temperamento(natureza emocional

herdada geneticamente)

Caráter(aprendido pelas vivências)

PERSONALIDADE

“Sem ele, seríamos como robôs, não

experimentaríamos a riqueza dos sentimentos, das

emoções, dos vínculos afetivos, dos sonhos, das

decepções.”*

HUMOR

HUMOR é um estado emocional prolongado, que

influencia a personalidade total da pessoa e seu

funcionamento na vida.*

AFETO significa estado emocional expresso

através de expressões faciais e gestos. *

TRISTEZA é uma resposta natural a uma perda,

uma derrota, um desapontamento, um

traumatismo ou uma catástrofe.

DEFINIÇÃO DE TERMOS

A TRISTEZA e a ALEGRIA são uma parte das

experiências normais da vida cotidiana e são

diferentes da depressão e da mania graves que

caracterizam os distúrbios do humor.

TRISTEZA / ALEGRIA

DISTÚRBIOS DO HUMOR

O estado de ânimo (timía) numa pessoa normal sofre

oscilações ao longo do tempo.

• Eutimia – normalidade.• Depressão – anormalmente baixo.• Hipomania ou mania – anormalmente alto.• Ciclotimia – alterna em ciclos.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

DISTÚRBIOS DO HUMOR

ANORMALIDADE DO HUMOR

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL

•As variações ou flutuações no humor são uma parte

natural da existência humana. Elas indicam que o

indivíduo está percebendo o mundo e respondendo a

ele.

DISTÚRBIOS DO HUMOR

CONSIDERAÇÕES GERAIS

•Um transtorno do humor começa quando algo em seu

ajuste sai do prumo, como um instrumento que

desafina, produzindo respostas emocionais de maneira

absurda, sem propósitos, em intensidade e/ou duração,

ou até mesmo mudanças no humor sem estímulo

necessário para sua ocorrência.

DISTÚRBIOS DO HUMOR

CONSIDERAÇÕES GERAIS

•São doenças psiquiátricas nas quais os distúrbios

emocionais consistem em períodos prolongados ou

excessivos de depressão ou de euforia.

DISTÚRBIOS DO HUMOR

CONSIDERAÇÕES GERAIS

DISTÚRBIOS DO HUMOR

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Depressão Maniarepresentam os dois pólos principais

dos distúrbios do humor

CONSIDERAÇÕES GERAIS

DISTÚRBIOS DO HUMOR

São subdivididos em diagnósticos clínicos:

•Depressivos

•Bipolares

DISTÚRBIOS DO HUMOR

ETIOLOGIA

Fatores Genéticos

Fatores Ambientais

•Múltiplos fatores envolvidos

DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS

Características Gerais

DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS

O Transtorno depressivo afeta 3% a 11% da

população ao ano, acomete duas a três vezes mais o

sexo feminino* e exerce considerável impacto

econômico devido ao prejuízo funcional associado e

aos custos com o tratamento.

DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS

Características Gerais

As características centrais dessas síndromes são: (GELDER, 2006)

•Humor deprimido*•Pensamento negativo

•Ausência de prazer•Redução de energia

•Lentidão

DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS

Etiologia

A etiologia dos transtornos depressivos ainda não está bem estabelecida.

•Fatores Biológicos.•Fatores Hereditários.•Fatores Ambientais.

•Leve.

•Moderado.

•Grave.*

•Com ou sem psicose.**

DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS

Características Clínicas

DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS

Episódio Depressivo Leve*

• Humor triste;• Falta de energia e interesse;• Irritabilidade;• Distúrbio do sono, mas não o despertar precoce

(característico do distúrbio depressivo mais grave).• O paciente pode não ter aparência triste ou

movimentos mais lentos;• Não estão presentes delírios nem alucinações.

DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS

As características* centrais são:

• Humor triste,

• Ausência de prazer,

• Pensamento negativo e redução de energia.

Episódio Depressivo Moderado

DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS

1) Afetivos:• Sentimentos de total desespero, impotência, e

menos valia;• afeto amortecido (inalterado), parecendo

desprovido de tônus emocional; • sentimentos de vazio; • apatia; • solidão; • tristeza; • incapacidade de sentir prazer.

Depressão Grave E Depressão Psicótica*

DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS

2) Comportamentais:• Retardo psicomotor; ou comportamento psicomotor

manifesto por movimento rápidos, agitados;• postura largada;• sentar-se numa posição encolhida;• ausência de higiene e cuidado com a aparência

pessoal;• isolamento social comum;

Depressão Grave E Depressão Psicótica

DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS

3) Cognitivos:• Pensamento delirante prevalente, sendo delírios

persecutórios e delírios somáticos os mais comuns;• confusão, indecisão e incapacidade de concentrar-se;• alucinações;• auto-reprovação excessiva, auto-acusações e idéias de

suicídio.

Depressão Grave e Depressão Psicótica

DISTÚRBIOS DEPRESSIVOS

4) Fisiológicos:• Lentificação geral de todo o corpo, refletida em

digestão lenta, constipação intestinal e retenção urinária;

• Amenorréia;• Impotência;• Diminuição do libido;• Anorexia;• Perda de peso;• Dificuldade de pegar no sono despertar muito cedo

pela manhã.

Depressão Grave e Depressão Psicótica

Quando em um episódio de Mania ou Euforia o paciente pode apresentar:

•Aumento de energia e disposição;

•Humor eufórico;

• Irritabilidade, impaciência, "pavio curto";

•Distração; Exaltação;

•Pensamento acelerado, tagarelice;

• Insônia;

•Otimismo exagerado, aumento da auto-estima;

•Gastos excessivos;

•Falta de senso crítico;

Em casos mais graves pode ocorrer:

Delírios e alucinações; Abuso de álcool ou drogas;·

Idéias de suicídio; Desinibição exagerada;

Comportamentos inadequados;

Quando em um episódio de Mania ou Euforia o paciente pode apresentar:

•Era denominado até bem pouco tempo de psicose

maníaco-depressiva. Termo que foi deixando de ser

usado, até mesmo por recomendação da OMS

(Organização Mundial da Saúde).

DISTÚRBIO AFETIVO BIPOLAR

•É uma enfermidade na qual ocorrem alterações do

humor, caracterizando-se por períodos de um quadro

depressivo, que se alteram com períodos de quadros

opostos, isto é, a pessoa se sente eufórica (mania).

DISTÚRBIO AFETIVO BIPOLAR

Considerações Gerais

• Quase 100% dos suicidas apresentam algum distúrbio psiquiátrico.• O distúrbio psiquiátrico com maior incidência de suicídio é o Transtorno Afetivo Bipolar.• 19% da mortalidade de bipolares é decorrente de suicídio e 25 a 50% dos pacientes fazem, pelo menos uma tentativa de suicídio ao longo da vida (Goodwin and Jamison).• Fatores pró suicídio: maior grau de impulsividade, maior frequencia de episódios mistos e depressivos, sintomas psicóticos e abuso de substância (Mann-1999)

DISTÚRBIO AFETIVO BIPOLAR

Considerações Gerais

DISTÚRBIO AFETIVO BIPOLAR

Epidemiologia

•O risco em toda a vida situa-se entre 0,3 e 1,5%;

•A prevalência em 6 meses não é muito menor que a

prevalência em toda a vida, indicando a natureza crônica

da condição;

• a idade média de início é de cerca de 21 anos;

•Apresenta elevada comorbidade com outros distúrbios,

especialmente distúrbios ansiosos e abuso de drogas.

MANIA – Características centrais*

DISTÚRBIO AFETIVO BIPOLAR

•Elevação do Humor;

•Aumento da atividade;

•Idéias de importância pessoal.

•Aumento de energia e disposição; •Humor eufórico;• Irritabilidade, impaciência, "pavio curto"; •Distração• Exaltação; •Pensamento acelerado, tagarelice;• Insônia; •Otimismo exagerado, aumento da auto-estima; •Gastos excessivos; •Falta de senso crítico;

QUANDO EM UM EPISÓDIO DE MANIA OU EUFORIA O PACIENTE PODE APRESENTAR:

•Fugas de idéias;

•Delírios e alucinações;

•Abuso de álcool ou drogas;

•Idéias de suicídio;

• Desinibição exagerada;

•Comportamentos inadequados

QUANDO EM UM EPISÓDIO DE MANIA OU EUFORIA O PACIENTE PODE APRESENTAR:

Em casos mais graves pode ocorrer:

Pode interferir seriamente na qualidade de vida:

Curso e prognóstico

Escola

Trabalho

Relações Interpessoais

Família

DISTÚRBIO AFETIVO BIPOLAR

•O curso é variável, habitualmente se experimentando o primeiro episódio maníaco aos 20 anos, mas pode começar na adolescência ou após os 40 anos de idade. Sendo raro em crianças. A freqüência em homens e mulheres, contudo, é a mesma.

DISTÚRBIO AFETIVO BIPOLAR

Curso e prognóstico

Será feito para o indivíduo que tiver uma história de

um ou mais episódios maníacos, geralmente com um

quadro anterior de situações de depressão maior.

Diagnóstico

DISTÚRBIO AFETIVO BIPOLAR

Tipos

•Distúrbio Bipolar I

•Distúrbio Bipolar II

•Distúrbio Ciclotímico

DISTÚRBIO AFETIVO BIPOLAR

•Caracteriza-se pela presença de um ou mais

episódios de mania ou episódios mistos. Também

podem ocorrer episódios depressivos.

DISTÚRBIO BIPOLAR I

Características

•Caracteriza-se por euforia que nunca é mais grave

que a hipomania (mania menos grave), juntamente

com episódios depressivos maiores.

DISTÚRBIO BIPOLAR II

Características

Refere-se a episódios freqüentes de hipomania e

depressão leve que ocorrem durante um período de

pelo menos dois anos.

DISTÚRBIO CICLOTÍMICO

Características

•Medicamentos

•Psicoterapia e apoio

•Tratamento de casais

•Tratamento familiar

•Tratamento em grupo

DISTÚRBIO AFETIVO BIPOLAR

Tratamento

MEDICAMENTOS

•Sais de Lítio

•Anticonvulsivantes: Valproato de sódio; Carbamazepina;

oxcarbazepina; amotrigina; topiramato

•Neurolépticos: clozapina, risperidona e a olanzapina

DISTÚRBIO AFETIVO BIPOLAR

Tratamento

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