cubatão – da poluição ao exemplo de controle

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pos-graduação em Gestão Ambiental UNISAL por Rafael Mossolim

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Cubatão – da poluição ao exemplo de controle da poluição

Grupo: Rafael Mossolin, João Júlio, Mirian e Mara

Cubatão – da poluição ao exemplo de controle da poluição

• Cubatão localiza-se 57 km da capital paulista, pertence a região da Baixada Santista

Industrialização de Cubatão/SP

Fonte: "Entre estatais e transnacionais: o Pólo Industrial de Cubatâo“-Tese de doutorado (UNICAMP) Joaquim Miguel Couto

• Em 1955 forte industrialização da cidade, iniciou a atividade de refino de petróleo; Refinaria Presidente Bernardes - Cubatão (RPBC)

• Início dos anos 1960 a instalação da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa); bairro de Piaçaguera.

Fonte: Instalações da Cosipa em CubatãoFoto: Cosipa, cerca de 1990

• Desmatamento de 4 milhões km para construção da COPISA; e dos mangues,

• Construção do Complexo Portuário da Cosipa em Cubatão, atingindo a vida marítima,

• Caso Rhodia ( produção tetracloreto de carbono e pencloroetileno).

- Em 1974, morte de dois funcionários mortos por intoxicação de penclroetileno,

- Em junho de 1993, depois de encontrado um lixão de quinze mil toneladas de resíduos químicos quase puros, dentro da fábrica da Rhodia,

• Nas décadas seguintes muitas indústrias sem preocupação ambiental instalaram nas proximidade da COPISA.

• Química Industrial Medicinalis (1949) proximidade do Rio Perequê, produção de  cloro e soda cáustica

• Cimento Santa Rita (1968)

• Ultrafértil S/A - Indústria e Comércio de Fertilizantes (1970), optou-se por uma área bem próxima à raiz da Serra do Mar, maiores produtor mundial de fertilizantes nitrogenados

“Vale da Morte” – Chuva acida e doenças

• Um levantamento da poluição do ar na década de 80, apontava para o lançamento de cerca de 1.300 toneladas por dia de poluentes particulados líquidos e gasosos na atmosfera de Cubatão.

• Por décadas, as cerca de 25 indústrias do município lançaram toneladas de resíduos petroquímicos, siderúrgicos, de fertilizantes e diversos produtos químicos altamente poluentes na atmosfera, nos rios, solo e manguezais.

• Nas décadas de 70 e 80, o polo industrial de Cubatão, na baixada santista em São Paulo, ficou conhecido como a região mais poluída do mundo. O solo, os rios e os manguezais, que formam o ecossistema da região, receberam indiscriminadamente outras toneladas de resíduos poluentes e contaminantes.

Industrialização Anos 70

Chuva-Ácida em Cubatão

• Em CUBATÃO as partículas são transportadas pelos ventos precipitando sobre a FLORESTA DA SERRA DO MAR.

Doenças da Poluição• A chuva ácida libera metais tóxicos que estavam no solo. Esses metais podem

alcançar rios. A ingestão de água potável acidificada, por longos períodos, pode causar a doença de Parkinson e de Alzheimer, a hipertensão, problemas renais, pulmonares e principalmente danos ao cérebro. Em Cubatão, provocou o nascimento de muitas bebes anencefálicas.

Fonte:

O combate à poluição em Cubatão

• Generalização: os problemas de Cubatão não se manifestavam de forma semelhante em todas as regiões.

• 1972: primeira rede de monitoramento de qualidade do ar – apenas monitores passivos.

taxa de sulfuração poeira sedimentável.

• 1977: medições das concentrações de SO2 e poeira total em suspensão - amostras coletadas a cada 24 horas.

• 1981: rede automática de monitoramento, com dados obtidos a cada hora.• 1984: plano de controle de emissões atmosféricas

levantamento inicial das fontes de poluição ambiental. níveis toleráveis no prazo de 5 anos atividades junto as empresas da região - reduzir e monitorar a poluição. CETESB: especificou equipamentos, instalações e procedimentos de

produção, para que cada fonte atendesse aos padrões estipulados.

• Os gastos com controle da poluição atmosférica chegaram aos US$ 700 milhões, mas os resultados foram altamente positivos.

• 230 fontes de poluição do ar.

• Exigências de controle para cada fonte - padrões de emissão .

• O programa foi posto em prática, visando abater:

Poluentes que acarretam situações episódicas e/ou violações de padrões legais de qualidade do ar;

Poluentes fitotóxicos, visando proteger a vegetação da Serra do Mar; Poluentes odoríferos causadores de incomodo à população.

• 1985/1987: medição de taxas de sulfatação.

• Maiores índices: área industrial, diminuindo gradativamente em direção ao planalto.

• SO2: já não se apresentava como um problema de poluição primária.

• Final de 1990: 206 fontes já se encontravam sobre controle

• Pontos fortes

Inventário de fontes de emissão bem estabelecido entre a Cetesb e as indústrias, e atualizado anualmente.

Controle eficiente das emissões atmosféricas, com procedimentos de acompanhamento, análise e auditoria dos sistemas de controle.

• Pontos fracos  

Situação geográfica e climática desfavorável à dispersão dos poluentes do ar.

Tendências de aumento do tráfego de veículos pesados com reflexos na qualidade do ar por emissões difusas.

• Estudos identificaram os poluentes mais críticos, o que permitiu orientar as ações de controle da poluição com vistas à proteção dos ecossistemas afetados.

• Medidas de contenção das encostas, proteção das drenagens e de revegetação da Serra do Mar, por meio de plantios manuais e de semeaduras aéreas, complementaram as ações de recuperação ambiental de Cubatão.

• Outra estratégia consistiu na elaboração de um Programa de Educação Ambiental, incentivando a participação da comunidade na gestão e no controle do seu próprio meio.

Cubatão na década de 2000Medidas de controle ambiental• Redução da poluição do ar e da água;• Proteção das drenagens e da revegetação da Serra do Mar;• Contenção das encostas;• Foram criados programas de gerenciamento de riscos;• E implantação de planos de ação e emergência;

Fonte: Revista Veja – Setembro/2011

Investimento das industrias na questão ambiental

• Os investimentos foram superiores a um bilhão de dólares• Os sistemas de controle foram implantados em 100% das fontes• Maior ponto positivo foi no ecossistema aquático e para pesca.

Foto: Final de tarde no sambaqui do Cubatão, local para camping

Monitoramento do controle da poluição

• Monitoramento on-line pela Cetesb.• Contratação de empresas especializadas.

Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

Nova ameaça ao ar de Cubatão• Crescimento do tráfego de caminhões no sistema Anchieta

Imigrantes.• Aumento do comércio exterior.• Infraestrutura de acesso na chegada a região.

Foto da Rodovia Anchieta - ImigrantesFonte: http://www.abtlp.org.br

Referência Bibliográfica• A história da poluição do sedimento na Baixada Santista. Disponível em:

http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=715. Acesso em: 20 abr. 2010.

• ALONSO, Cláudio D.; GODINHO, R. A Evolução da Qualidade do Ar em Cubatão. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB. São Paulo, 1992.

• CRESPILHO, Frank Nelson. Desenvolvimento sustentável para um Brasil limpo. Universidade de São Paulo, Instituto

Química de São Carlos, 2002.

• COUTO, Joaquim Miguel Histórias e Lendas de Cubatão. Tese de Doutorado Disponível em: http://www.novomilenio.inf.br/ cubatao/ch014e.htm. Acesso em: 18 abr. 2010.

• FILHO, João Baptista Galvão. O Fenômeno Cubatão. O Estado de São Paulo. Março1987. Disponível em: www.consultoriaambiental.com.br. Acesso em: 20 ABR 2010.

• Poluição em Cubatão – Qualidade do ar, das águas e riscos ambientais. 2008. In: HTTP://poluicaoemcubatao.blogspot.com

acessado em 19 jun. 2012.

• Revista Cidades do Brasil. Recuperação Ambiental. Fevereiro 2000. Edição 06. Disponível em: http://www.cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/indice.cgi?cl=099105100097100101098114. Acesso em: 19 ABR 2010.

• ROSA, Andreza Mirella; NASS, Bárbara Ayako; PACHECO, José Dimas C. Santos. Responsabilidade sócio ambiental. Lins – SP, 2009.

• SILVA, Wanilson Luiz; MATOS, Rosa Helena R. Geoquimica e índice de geoacumulação de mercurio em sedimentos em superficie do estuário de Santos – Cubatão (SP). Quim. Nova, Vol. 25, No. 5, 753-756, 2002.

• VARELA, Carmen Augusta. Instrução de politicas ambientais, casos de aplicação e seus impactos. EAESP/FGV/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES, 2001.

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