críticas e o que lhes fazer

Post on 27-Jan-2017

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Category:

Healthcare

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Críticas destrutivas

O que fazer?

Perceba o contexto do outro

• Ninguém se levanta de manhã a querer irritar o mundo. Todos se levantam de manhã a quererem que a) o dia não lhes morda e b) que lhes sorria.

• Por isso, quando lhe dizem coisas que o magoam, tente perceber as reais razões do outro. Talvez o gato o tenha arranhado, a conta da luz tenha chegado, tenha visto o vizinho num carro novo que nunca conseguirá comprar, lhe doa o joanete, o marido tenha pedido divórcio… A crítica vai continuar a doer, mas pelo menos tem um contexto lógico

Procure o átomo de verdade

• Às vezes, não há; outras vezes, respirando com calma, até se consegue encontrar…

• No meio do insulto, ofensa ou agressividade, e depois do primeiro impacto, pergunte a si próprio: “Se esta pessoa me quisesse bem, e eu me esquecer do tom e da forma inapropriada com que disse o que disse, haverá algo para eu aprender ou reflectir, bem lá no fundo?”

É a sua opinião!

• Palavras, leva-as o vento. Mantenha isso presente quando ouve uma crítica destrutiva e sem fundamento. É só uma opinião: todos têm direito à sua e ninguém tem a obrigação de assumir as dos outros como válidas.

• Habitue-se a dizer e pensar: “É a sua opinião. Obrigado por a partilhar comigo, mas não é a minha”. Assunto encerrado. Ah! E não a leve para casa!

Há o dar e o receber

• Insultaram-no. Ficou magoado. Legitimamente atribui a mágoa ao insulto. E fica zangado. Sente-se injustiçado. Vai remoendo no tema…. Mas, e se o que foi dito, o tivesse sido em grego ou mandarim? Ficava na mesma, verdade?

• O insulto é do outro; a mágoa é sua. O que é que está ao seu alcance modificar? Magoa-se porquê, se não achar a crítica fundamentada ou se sentir inseguro? Use a mágoa (ou qualquer reacção emocional à crítica destrutiva) como um sinal para trabalhar a sua autoconfiança.

Ignore!

• Requer uma prática longa e continuada, mas ignorar o que não nos serve é uma aptidão que lhe vai poupar vários cabelos brancos

• Há uma vida à espera de ser vivida na direcção dos seus objectivos, sonhos e em pleno cumprimento das suas necessidades – para quê consumir minutos valiosos do seu tempo a remoer no que não vale a pena?

Críticas construtivas

Como reagir?

O mal necessário

• Aposto que quer saber-se competente e em constante melhoria! Mas para que isso aconteça vai ter de fazer um caminho cheio de curvas e contra-curvas, tropeços e enganos, para já não falar em disparates completos.

• E nesse caminho, o seu melhor guia é a crítica de quem o rodeia. Lembre-se que não tem de gostar de ouvir que não foi perfeito, mas se ninguém lho estiver a dizer é uma boa altura para se preocupar com o assunto…

O instinto de generalizar

• Se lhe disserem que precisa de começar a chegar a horas, não estão a dizer que é incompetente; se lhe disserem que não tem jeito para conjugar cores, não estão a dizer que não é criativo; se lhe disserem que as suas piadas não têm graça, não lhe estão a chamar inapto social…

• O horror a sermos rejeitados é tão grande que, instintivamente, generalizamos e exageramos tudo o que reflecte uma opinião negativa sobre o que fazemos ou dizemos. Assuma as coisas apenas pelo seu valor facial. Por vezes, um charuto é apenas um charuto, para usar uma citação erradamente atribuída a Freud.

Vá tornando a pele grossa

• A sensibilidade ajuda pouco quando ouvimos uma crítica, não só porque fazemos uma nódoa negra com mais facilidade, como porque a dor nos impede de aproveitar o que for construtivo.

• Por isso, vá criando alguma impermeabilização da pele: respire, traga à memória tudo o que valoriza em si, recorde elogios passados, lembre-se do afecto que lhe têm e coloque em perspectiva esse pequeno feedback, olhando para ele do ponto de vista da sua utilidade futura.

• A crítica não diz nada sobre si; diz apenas sobre a forma como está a ser visto pela pessoa que o critica.

Durma sobre o assunto

• Não reaja de imediato. Deixe que o travesseiro fale consigo, porque uma boa noite de sono faz milagres no que se refere ao arrumo de informações e emoções dentro de nós. Sorria, agradeça e deixe que o sol do dia seguinte lhe clareie os pensamentos.

Nem defensivo, nem ofensivo

• Evite saltar de imediato para justificações, racionalizações, argumentações, desculpas e outras respostas habituais a quem se sente atacado. Lembre-se que o acto mais inteligente perante uma crítica não é negá-la, mas encontrar a sua utilidade prática.

• E, claro, evite contra-atacar. Basicamente porque não está a ser atacado. Em vez de reagir contrapondo, faça perguntas, interesse-se pelo que lhe está a ser dito. Vá dizendo “hum, hum” e agradeça no fim, com a promessa de que irá pensar nisso.

Humildade em vez de orgulho ferido

• É fácil fazer dói-dói no orgulho e não há penso rápido que ajude… Ao mesmo tempo que vai praticando a autoconfiança nas suas capacidades de progressão na vida e de acordar amanhã um ser humano maior do que aquele que se foi deitar, vá praticando a necessária humildade perante a grandeza dessa tarefa.

É tudo relativo

• As opiniões, boas ou más, são formadas na aprendizagem que cada um faz com as pessoas do seu meio significativo, com valores pessoais, moduladas pela sensibilidade própria e com a experiência de vida. As opiniões, sejam elas quais forem, são absolutamente relativas a um conjunto de factores únicos. Não são uma verdade universal, escrita na pedra, por desígnios superiores. São apenas um olhar de alguém num dado momento, com base em informação insuficiente…

Aproveite a autenticidade

• A paz podre pouco faz pela qualidade ou durabilidade das relações humanas. Há um valor inestimável em cultivar relações com pessoas que têm a generosidade de partilhar connosco aquilo que verdadeiramente pensam, e é um excelente indicador de confiança que se sintam à-vontade para o fazerem. Uma relação baseada no intercâmbio autêntico é uma relação forte, mesmo que contenha palavras que, de vez em quando, nos fazem encolher o estômago.

Vá olhando para o céu

• No grande esquema da sua vida, é mesmo importante que o seu chefe ache que escreve mal os emails? Ou que o seu parceiro ache que devia ser mais proactivo? Ou que a sua mãe ache que não sabe arrumar a casa? Vá lá…

• Mantenha-se atento ao que é verdadeiramente importante para si, àquilo que o mobiliza e define, que o faz mover por entre os caminhos da vida, e à marca que quer deixar na terra.

Seja prático: siga em frente. Obrigado!

• 1º passo: reconhece fundamento naquilo que lhe apontaram?

• 2º passo: se não, siga em frente, que o tempo é para ser bem utilizado

• 2º passo: se sim, faça um plano de mudança que lhe pareça adequado e siga em frente, porque há mais oportunidades de crescimento já ali na próxima esquina

• 3º passo: agradeça! Agradeça que alguém se importe o suficiente para ter a coragem de arriscar desconforto na relação e lhe dizer o que pensa

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