cristhyanismo£o é egoísta da minha parte, eu sou assim, um amor de pessoa que não quer contato...
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CRISTHYANISMO PROCURADO: VIVO OU MORTO
CRISTHYAN ALVES
CAPITULO 1: O INICIO DO QUE JÁ NEM COMEÇOU
Bom dia! boa tarde! boa noite!
Seja lá qual hora você está lendo isto, primeiramente gostaria de te alertar,
isto não é um livro de autoajuda, motivacional, ou sobre religião ou critica
religiosa, e somente um livro, como aqueles de contos de fadas, isso mesmo,
este é um livro de contos de fadas, PREPARE-SE para ver algumas coisas da
Cinderela por ai ou unicórnios, príncipes encantados, e muitos finais felizes.
Vou somente dizer mentiras a vocês e reclamar de problemas fúteis, isso ai
meus senhores é um puta “mimimi” (somente fazendo adesão ao nome que
deram a minha geração) esse livro.
Então você pessoa que tem a vida bela e plena, delete este livro é vá viver,
saia deste seu mudinho é vai tomar uma com seja lá quem for importante
para ti, o sol está lá fora te esperando, ou tem alguém te esperando em algum
lugar, corre pra lá, pois em algum momento você vai morrer, ou alguém que
você ama vai morrer, e tu vai se arrepender de não ter curtido esses
momentos, ative sua conta no tinder, acesse um site pornô, se masturbe, faça
algo que realmente valha perde seu tempo.
As Fases do Dia a Dia: Quase uma Guerra
Já pensou quantas vezes você se pegou sem fazer nada? E como aquilo foi
bom pra ti? Ou quantas vezes se pegou da mesma forma, e se sentiu normal?
Guess what? Isso vai acontecer inúmeras vezes e de inúmeras formas,
algumas vezes vai ver que o nada, aquela tal caixa do nada é uma coisa do
caralho, e tu vai sempre querer ficar la dentro, as vezes por causa disso tu vai
se sentir um vagabundo.
No meu dia a dia, eu saio correndo pelos meus pensamentos lotados de
incógnitas, será que isso... será que aquilo... e quase nunca tenho minhas
respostas, tem até uma música do SOJA que diz: “quando nós eramos jovens
tínhamos as respostas para as perguntas, agora minhas respostas se
tornaram perguntas”
Infelizmente perguntas nunca vão acabar e na real, termos que lidar com isso,
sempre terá alguém perguntando: por que você fez isso? Por que não fez? Por
que você deixou a tampa da privada levantada? Por que você não pagou esse
boleto? Por que você odeia ele(a)? enquanto você tiver contato com o ser
humano, sempre terá um “por que” no meio destas conversas.
Eu não sou lá uma pessoa social, as vezes converso com todos a minha volta,
as vezes não, as vezes dou bom dia, as vezes não, mas o legal de tudo isso que
as pessoas acostumam com meu jeito louco de ser, e até acabam não
importando com isso, (eu acho, se importar também foda-se).
Não é egoísta da minha parte, eu sou assim, um amor de pessoa que não quer
contato com algumas pessoas as vezes. O que há de errado em querer ficar
sozinho?
Por exemplo neste exato momento eu quanto estou escrevendo este livro
(que duvido muito que alguém vá ler) estou com os fones de ouvido (sem
tocar música ou ligação), somente para que ninguém queria me chamar ou
conversar comigo, por que até o momento, reclamar de algo fútil na minha
vida através desta coisa é mais importante para mim.
E para você o que é mais importante?
Amigos? Família? Bens materiais? Poder? Sucesso?
Tem coisa para caralho que pode ser importante par alguém, não é? Quantas
vezes perdemos, deixamos algo passar por que não era tão importante assim
naquele momento, depois vimos que era importante?
Por exemplo no seu trabalho, quantas vezes alguém veio te passar um
problema na rotina de trabalho, você não deu aquela importância devida, e
depois se fodeu por causa disso?
Toda essa caralha de perguntas fazem parte das fases do dia a dia, por que eu
acordei cedo hoje? Faço a mínima ideia, deveria estar agora na minha cama
assistindo algo na Netflix, ou fazendo algum exercício físico, mas não estou
aqui ditando um monte de coisa vocês que provavelmente são todos mais
velhos e mais experientes do que eu e tudo isso não irá agregar em nada
daqui pra frente sabem por que?
Boa parte do que leram até aqui, vocês já esqueceram!
Voltou para ler algo? Ou ficou se questionando tipo: Há eu sei sim, e aquela
parte lá que tu falou aquilo...
Neste exato momento que escrevo esta frase, estou totalmente gripado e
febril, por que estou aqui escrevendo estas coisas se poderia estar me
cuidando? Faço mínima ideia, mas só queria registrar o sacrifício, (neste
momento poderia sair um “sorrisinho” ai no seu rosto, por favor).
A facilidade para esquecermos de algo é gigantesca, principalmente no meu
caso, provável que tenha alguma justificativa cientifica para isso, mas não vou
citar aqui, então cheque no Google se quiser, não estou aqui para dar aula
para ti, só estou aqui para reclamar de coisas fúteis dos pensamentos do dia a
dia.
Mas a facilidade para criamos perguntas infinitas que aparentam não ter
nexo, são imensas principalmente para mim, já reparou que você não leu nem
5 páginas ainda é já tem uma imensidão de interrogações espalhadas pelo
livro, por que será que estou fazendo isso? Por que estou perdendo meu
tempo lendo isso? Quando isso vai acabar? Provavelmente não acabe tão
cedo viu.
As perguntas abrem diversas oportunidades, tanto que erro quanto de
acertos, e está tudo bem ter tais variáveis boas ou ruins, já reparou que a vida
e sempre em 2 caminhos? Céu e inferno, direta ou esquerda, norte e sul,
oeste e leste, e sempre este 2 caminhos são opostos, um em sua perspectiva é
bom o outro ruim?
E quando você cai em um caminho ruim (repito na sua perspectiva) se sente
tão mal? Não foi tua escolha? Por que vai somente de você chegar até esse
caminho, caminhos da vida são apenas uma bolha enorme de consequência
resultantes na sua atual posição.
Não é para sair desta página chorando, querendo se matar por todas as suas
decisões ruins, não é este o ponto, o ponto é está OK, muito OK errar, por que
durante o dia a dia, e uma guerra constante do que nem começou, sempre
será somente o começo.
Sempre estará perto do fim e criará um novo começo, recomeçar na verdade
sempre será somente começar, tu estará sempre num loop chamado vida, eu
estou neste loop infinito, e possivelmente o momento que estou vivendo
agora, você que está lendo já viveu, por que?
Não sei...
Não estou aqui para responder isto, só estou dizendo tudo isso, por que são
uma das coisas que me questiono quase todos os dias, e para respeitar o tema
deste capitulo, resolvi dizer um pouco a respeito, qual o problema? Nenhum
Já teve aquela sensação de ser passado para atrás? Eu tenho o tempo todo,
para dizer a verdade, acabei de ser passado para atrás, fui completamente
enganado, e é um puta sensação ruim, ainda mais quando envolve dinheiro
ou sentimentos... você deve estar pensando: “nossa mas que pessoa apegada
a dinheiro”
Na real a questão não é ser apegada ou não a dinheiro, porém e dinheiro é a
forma que temos para pagar as contas certo? E se você é prejudicado de uma
forma que não terá o suficiente para pagar seus gastos, por que não posso me
sentir mal a respeito disso?
Na verdade eu estou mal para um caralho, faço a mínima ideia como vou
pagar este custo que tive, e sei lá o que fazer, acho mais fácil tentar não
pensar nisso, mas de tentar não pensar nisso eu penso mais nisso, por dentro
somente penso: “espero que esse filho da puta que me sacaneou, queime no
inferno, e perca em cem vezes”.
Nossa que errado desejar o mal a alguém...
Será que é errado mesmo? Se é, por que você deseja que aquele
relacionamento termine só para tu poder ficar com o boy ou a girl? Já pensou
desta forma? Ou o “telhado de vidro” somente surge quando convém?
Ou tanto faz, ou sei lá, ou não este questionamento é importante... é muitos
questionamentos o tempo todo, toda hora todo dia é nem é 12h00 ainda, na
verdade até tinha me esquecido que estava gripado, quando estava a escrever
isso, por sinal se está preocupado com isso, ainda não melhorei, (ME ENVIE
VITANIMA C).
Já se perguntaram o por que a gente tem que se foder tanto para conquistar
algo? O por que nada é fácil? Algumas pessoas dizem que isso ocorre por que
se não, não daríamos valor a estas conquistas, mas e se ensinássemos aos
nossos filhos deste pequenos a dar valor as conquistas, será que a vida deles
seria mais fácil que a nossa? Talvez sim, talvez não,
Na verdade acredito que todo pai e mãe tentam fazer isso com suas crias,
tornar a vida delas mais fácil do que foi a deles, mas por que mesmo assim
fica difícil? Acredito que sejam as escolhas, você escuta e faz tudo que teus
pais te pedem? Eu não, respeito muito eles, mas nem sempre concordo com o
que dizem é isso é normal, está ok, eles faziam o mesmo com os pais deles,
vocês fazem isso com o pais de vocês é até o momento só tivemos 2 guerras
mundiais.
Está tudo ok!
Penso se alguém ler isso e dizer: “nossa que atrasado já tivemos uma terceira
guerra mundial”
Afinal você leitor o Trump ainda é presidente? Ele já fez as pazes com o
ditador da coreia do norte lá? Eu não acompanho as notícias, só vejo o que
me importa.
Como assim alguém que está escrevendo essa coisa, não acompanha notícias?
Como assim você está lendo algo de quem não acompanha as notícias?
Já repararam como toda pergunta, pode se tornar uma resposta, ou voltar
como uma nova pergunta? E como aquela história de apontar um dedo para
alguém, quando você aponta um dedo para uma pessoa, você tem 3 dedos
apontados para você.
Quer dizer então que não devo fazer perguntas?
Não sei...
Você tem medo de receber perguntas? Tem medo de tomar decisões? Sabia
que responder algo é uma decisão que foi tomada no seu sub consciente?
(Nossa que informação extremamente inovadora, mudou a vida dos leitores).
Mas é real, tomar decisões são ações de extrema dificuldade, dependendo do
caminho que você segue, pode afetar outras pessoas, e afetar outras pessoas,
pode afetar a você, e afetar a você pode prejudicar aspectos de sua saúde e
mente.
Então sobre todas as suas fases do dia a dia, são quase uma guerra por um
simples motivo, você necessita tomar algum tipo de decisão, como acordar ou
não cedo, ir ou não para a escola, ir ou não para o trabalho, escovar ou não os
dentes, ser ou não gentil com as pessoas, ter ou não amigos, beijar ou não
beijar aquela pessoa.
Tudo é uma questão de decisão, sim ou não, e aquela decisão terá uma
consequência, boa ou ruim, dependendo da sua perspectiva.
Um Novo Dia
- Olá.
Então você continua por aqui?
Ainda pensando sobre decisões, é algo complicado né?
Eu nunca fui bom em tomar decisões, na verdade por muitas vezes tento
evitar ao máximo decidir as coisas, sair com alguém e aquela pessoa decidir
qual o filme vamos ver, nossa isso é genial pra mim, me ajuda a não perder
meu tempo destruindo meus neurônios com essa dúvida, assistir ou não
assistir aquele desenho maneiro.
Decidir é meio complicado não é verdade? Você gosta de tomar decisões?
Apesar de ser complicado e eu dizer que prefiro evitar tomar decisões, aquele
sabor de poder que gera, quando decide algo e ocorre tudo corretamente
como o esperado, é muito saboroso.
Dizem por ai, se quer conhecer alguém de verdade, dê poder a ela, pra mim
acredito que se quer conhecer alguém de verdade, apenas preste atenção de
verdade no assunto que está tendo com ela, como se fosse um novo dia pela
manhã.
Dizer um novo dia pela manhã pareceu estranho né? Mas imagine:
Você teve um dia super estressante, deu tudo errado, teu chefe não parava de
te encher o saco, seu cônjuge ficou brigando com você o dia todo, com ciúmes
desnecessários, teu carro bateu, e foi um caralho teu dia, então...
Você tem seu sono de beleza, e amanhece um novo dia lindo, sol raiando, tua
conta bancaria surge cheia de dinheiro, recebe um e-mail da diretoria
elogiando teu trabalho, (pense em mais coisas boas ai), enfim estas coisas
todas boas são um novo dia pela manhã, percebe que quando este tipo de dia
ocorre, você sempre está mais aberto para novas situações, e tem mais
atenção para cada coisa, e dá mais valor pelos ocorridos daquele dia? E vê
como demora um pouco mais para esquecer, (lembra que disse que tenho
uma facilidade grande para esquecer das coisas? Desses dias eu não esqueço).
Então acredito que seria uma forma de conhecer uma pessoa de verdade.
Já até comecei a imaginar passarinhos cantando por ai, enquanto escrevia
esta parte, e não sei o porquê mas até esqueci de todas as minhas indagações
e críticas do sub capítulo anterior,
Será talvez uma resposta este sub capítulo, os inicios das indagações nem
começam pois surgem novas situações que podem mudar sua perspectiva?
Será a resposta para suas fases do dia a dia, um possível novo dia?
Mas e se você não tiver somente um dia de quase guerras, consigo mesmo? E
se isso se prolongar por longos e longos caminhos, e nunca ter fim?
Será que esse “novo dia” aparecerá?
O que você pensa a respeito disso?
Voltei a gerar um monte de perguntas, e é super chato isso não é? Sabe uma
vez me disseram que eu era muito louco, e eu fiquei feliz com isso, por que
tinha visto em vídeos no youtube, de alguns empreendedores super famosos,
e cheios de glorias e argumentos sobre gestão e afins bem legais, que quando
te chamarem de louco, é por que você está no caminho certo.
Você deve estar pensando, foi quando você disse que ia escrever este livro?
Não foi bem longe disso, na verdade decide escrever este livro num momento
que estava bem ferrado mesmo, fodido para ser exato, e disse para poucas
pessoas que ia fazer isso.
Mas o que querem dizer com louco, Steve Jobs disse: “uma vez que procurava
os loucos, pois se são loucos o suficiente para achar que podem mudar o
mundo, são estes os capazes de assim fazer.”
E uma frase muito linda por sinal né?
Cristhyan, resumindo preciso ser louco?
Não do tipo insano, quando diz louco aqui é somente, por ter coragem de
acreditar em algo que está fora da zona de conforto de muitos, você precisa
ter coragem, coragem para acreditar, coragem para fazer, coragem para
mudar seu caminho.
Coragem para fazer o tal novo dia.
Lembra quando estava gerando vários questionamentos e disse muito sobre
decisões e também disse algumas coisas sobre lados opostos que pela sua
perspectiva podem ser bom ou ruim?
Pois é não a problema e voltar atrás com uma escolha, mas é necessário
coragem para isso, ou para os leigos de plantão (não sei o que ainda estão
fazendo aqui lendo isso) é necessário ser louco.
Tendo está coragem, loucura, seja lá como queria dizer, e possível criar
alternativas dentro dos rumos que as indagações e questionamentos te
levam, ou seja somente basta querer, e ter a ação de executar, não é tão
complicado assim, não é verdade?
Uma mentirinha básica aqui só para que eu seja fiel ao que disse na
introdução deste capítulo.
E complicado para um cacete, pois para ter esta coragem é necessário uma
coisa básica que é decidir!
Como disse anteriormente, apesar do sabor de poder que uma decisão te da,
gera muitas dúvidas, questionamentos, medos, ansiedade, e uma caralhada
de coisa, até surge gente do nada achando que te conhece muito bem para
decidir as coisas por ti.
QUER SABER, ESQUECE TUDO QUE FOI DITO, NADA VALE PENSAR DEMAIS!
CAPÍTULO 2: RETROSPECTIVA
Já teve algum flashback de sua vida, em algum momento? Por exemplo
quando está conversando com alguém, e dê repente, buum suje uma
pequena lembrança de algo que aconteceu com você, e parece ser algo tão
real, como se tivesse vivendo aquilo, naquele momento? Bem parecido como
ocorre nos filmes, entente? Na maioria dos filmes, sempre tem um flashback,
alguns a pessoa olha um pouco pra cima apoia as mãos sobre o queixo, e
então começa a surgir aquelas lembranças.
Depois que conclui o capítulo 1 comecei a ter diversos flashback, e questionar
muito, por que escrevi essas coisas, e qual era o sentido disso, até disse que
não iria terminar este “livro” e deixar da forma que esta, até que envie para
uma amiga, e ela disse que era bom, primeiro pensei que provável que esteja
dizendo isto só para me agregar, mas como escrever está me fazendo bem,
vou continuar, (se não tiver gostando até aqui, doe este livro para alguém,
não tem problema).
Eu estava neste fim de semana tedioso da minha vida, pensando por diversas
coisas, principais a minha infância, e como seria bom voltar para lá, ou não
seria bom, e então comecei a comparar algumas coisas, hoje tenho uma vida
independente tenho um emprego, moro de aluguel num apartamento de 30
m², mas que me atende muito não preciso mais do que isto, gosto até do que
conquistei até aqui.
Eu sou um menino nascido e por um tempo criado no interior de Minas
Gerais, numa cidade chamada Dores do Indaiá, não sei que ano estamos, mas
a última vez que procurei saber somente tinha 14 mil habitantes naquele
lugar, e desde que me entendo como ser humano, foi assim.
Passei pouco tempo naquela cidade, e entre idas e vindas entre cidades do
interior de MG e a capital, eu fui crescendo, meu pai era padeiro, trabalhou
em várias padarias e supermercados (nas padarias dos supermercados), era
muito legal, eu sempre ia visitar meu pai no trabalho, para poder comer algo,
ou ver ele fazendo aqueles lanches gostoso, bolos cheios de chocolates e
afins.
Minha infância foi muito comum a galera que nasceu nos anos 90, dividia
entre escola durante a manhã, brincar na rua durante a tarde, jogar bola,
machucar os dedos na rua jogando bola, e por ai vai. Nesta minha infância,
adolescência o que mais presenciei foi meus pais lutando para garantir o que
de comer para mim e minha irmã, e torcer para que a gente tivesse um futuro
melhor.
Minha irmã é 10 anos mais velha que eu, então na minha infância não tenho
tantas lembranças junto com ela, quando fiz 8 anos, ela já estava para casar, e
logo depois foi morar com o marido, mas nos amamos muito e somos grandes
companheiros hoje.
Eu não lembro de ter sofrido muito bullying na infância, fui encarar a “zueira”
aleira das pessoas na escolha já na adolescência, quando meus pais e eu nos
mudamos para São Paulo, e fomos morar na zona oeste, um bairro chamado
Jardim Rincão, era um bairro um pouco de classe média, não sei como definir,
nesta época meu pai já seguia a vida na sua carreira de pastor, e como eu era
um garoto de minas gerais.
Os alunos desprovidos que um pouco de conhecimento geográfico e
econômico do país, assim pode se dizer, achavam que por eu ser de Minas
Gerais, morava no meio do mato, sem acesso a sociedade ou tecnologia, e
afins, coisa até um pouco comum para quem vem de fora e vai morar em São
Paulo, não é verdade?
(Se algum paulista quiser me processar por isso, procure-me pelo facebook, é
vá toma no centro no seu cú.)
Mas mesmo com toda as brincadeiras, que de certa forma, sim me
magoavam, eu fui levando isto na boa, até que por não ter mais graça zuar o
mineirinho, e as pessoas que mais zuavam foram embora, o pessoal parou
com estas brincadeiras, e acabaram acostumando com a ideia que existe
sociedade em Minas Gerais.
É a vida foi seguindo, me tornei um adolescente rebelde, e brigava com meus
pais sempre, não tenho nenhum orgulho disso, mas é uma fase da vida, e
acredito que todos passam por isso.
As ideologias de um adolescente, são bem distintas de um adulto, o adulto só
quer prevenir o “Pivete” de fazer merda, e o “Pivete” só quer fazer merda, e
tudo bem, seus pais também brigavam com seus avós, seus avós talvez
brigavam com seus bisavós, e seus bisavós... (deve que sim, não sei como era
naquela época).
E entre umas quase expulsões de casa, e brigas, castigos, e coisas afins.
Nos mudados para a zona sul, (não a área nobre) mas preciso próximo ao
Capão Redondo, (adorava aquele lugar, galera super gente boa).
E mudei completamente de comportamento, do garoto rebelde, ao filho
tranquilo e estudioso.
Lembro que a gente morava num pequeno barracão nos fundos de uma casa
ao lado da igreja, e eu ficava entre jogar bola, e estudar, já até estudava no
horário noturno (vejam só, quase um adulto...)
Eu era evangélico naquela época, quase obvio dizer isto não é, se teu pai e
um pastor por que não ser evangélico também...
E gostava muito da igreja, tocava na banda (era um péssimo musico mas
estava lá tocando) cantava no coral, tinha amigos da igreja, sempre estávamos
juntos falando sobre a bíblia e coisas afins, e era sempre aquele crew, sabe
como é?
Na fases que temos na vida, sempre teremos um crew ao nosso redor, nem
que seja um crew de você e mais uma pessoa, e isso é genial, são destes
grupos que eu acredito que surgem muitas das suas ideias de
comportamento.
Vejam só, quando estava em outra região, estava mais para um garoto
rebelde, e brigão, por que era mais das coisas que eu presenciava, nos meus
crews, e não é culpa deles, são boas pessoas (tenho contato com alguns até
hoje) mas era uma escolha minha ser assim, por que está rebeldia vinha pois o
que eu gostava e que meu crew curtia, não era algo que agradava minha
família, por serem tradicionais e da igreja.
Já quando estava num crew que era uma galera da igreja, o jogo mudou, pois
comecei a ter mais comportamentos do pessoal da igreja, e isso agradava
meus pais, logo eu não era mais o tão garoto rebelde assim.
É meio engraçado isto né, pois mesmo contando desta forma a você, para
mim eu estava certo nos dois cenários, somente estava sendo o eu naquele
momento, estava vivendo da forma que a vida estava me levando.
Porém pela perspectiva de outras pessoas, ali tinha um certo e um errado.
Acho incrível a forma em que a sociedade tenta tanto impor, estas regras,
aqui pode, ali não pode, isso sim, aquilo não. E já viram quantas coisas são de
opinião própria mesmo, como regras religiosas, leis, regras de empresas, são
todas parte de uma certa “cultura” imposta por alguém, e que as vezes nem é
consultado a opinião dos demais.
Você já imaginou como seria um mundo sem regras, e sem desigualdades, par
a economia poderia ser um inferno não né? Temos exemplos de países
comunistas (não vou citar aqui, pois posso ser processado) que não estão indo
tão bem, por este caminho, e a provas que o capitalismo e que sustenta uma
boa economia, mas e se tivéssemos um capitalismo com leis que não fossem
de favorecimento de alguma minoria? Talvez teríamos que extinguir a
corrupção primeiro, não sei...
O que quero chegar com este ponto é, sempre terá alguém querendo ter
controle de sua vida para ser superior a ti, te ditando o que fazer e por seguir,
e você pode escolher, ser influenciado ou não.
E na real não há nada de errado em ser influenciado, aqui não há certo ou
errado, início ou fim, a sua escolha, e a única coisa que importa, o seu bem
estar e sua felicidade consigo mesmo.
Mas deixa eu volta para a minha história, acho até que já me perdi por aqui...
Você lembra do que eu estava falando mesmo? Era sobre retrospectivas
correto? Pensou já nas histórias de sua vida?
Por ventura, estava eu pensando aqui... resumi rapidinho da minha infância a
minha adolescência para ti e mal mal contei como cheguei até aqui não é?
Pois bem, vamos seguindo com os contos:
Primeiramente, você está bebendo álcool? Pois eu estou, então se tiver algum
erro de português, ou palavras sem contexto, provavelmente e por que estou
bêbado apartir deste momento.
Guess what? I don’t give a fuck...
Para os leigos to pouco me fudendo para isso.
Bom estava lá perdido na parte em que contava quando morava em São Paulo
e tive uma mudança entre o garoto rebelde e o filho que dava orgulho,
somente para frasear esta virada demorou alguns anos...
Lembro que estava no segundo ano do ensino médio, então resolvi fazer
teatro, minha família não tinha grana para pagar um curso de teatro, (que por
sinal são extremamente caros), então buscando opções pela internet e com
amigos, descobri um curso chamado PPT – Preparação para o Trabalho,
desenvolvido pela ACAM – Ação Comunitária Ativa no Macedônia.
Vocês devem estar perguntando o que tem haver um curso de preparação
para o trabalho com teatro? Eu também me perguntava o mesmo, mas
mesmo assim fui lá fazer, primeiramente era gratuito, segundo tinha teatro
no meio, e era isso que me interessava.
Então quando comecei o curso, abracei aquilo como se fosse uma única
chance, quer dizer depois que tive alguns “puxões de orelha”.
Um dos professores chamada Eliane me disse uma coisa que carrego até a
atual data da escrita desta parte, que era assim: “o mercado de trabalho, vai
te engolir vivo, devorar e te cuspir para fora, mas depende de você aceitar
isso”.
Confesso sempre achei que ela era meio louca quando dizia isso, e que talvez
era só uma forma de assuntar toda a galera para se esforçar mais, e tentar seu
melhor por ali.
Mas vendo hoje é uma puta verdade, o mercado de trabalho e somente uma
aversão a uma guerra, aonde cada um só pensa no seu próprio interesse e
não dá a mínima para o próximo, e uma selva sem fim, aonde não somente os
fortes, e inteligentes sobrevivem, mas aqueles que não tem medo de
recomeçar.
Cada vez mais a desigualdade e manipulação domina os mercados, aonde
você e por muitas vezes obrigado a ouvir coisas que não te agregam ou agir de
forma que não acha correto para manter seu salário, e apesar dos milênios
serem contra isso e até serem meios loucos, quando se tem contas a pagar,
nem sempre há como ser impaciente com estas situações.
E não estou falando mal de ser milênio, ok queridinhos(as) do meu coração?
Eu também sou um milênio como você, encarando essa sociedade de geração
Y dominantes.
É muito estranho e complicado como cada geração é tão distintas da outra e
como este grupo entre gerações tem pensamentos e atitudes parecidas, você
não acha?
Por exemplo, por ser um milênio, a ansiedade por fazer as aulas de teatro e
ser um ator e prospectar um futuro gigantesco na minha mente, era algo tão
vivo que tinha dificuldades para dormir.
Foi um período tão gigante na minha vida e divisor de aguas, que este curso
mostrou para mim que não era bem as artes cénicas que queria para minha
vida (apesar de até hoje adorar muito teatro e afins).
Mas o mais importante foi que, tive um momento divisor de aguas, e todos
nós temos isso em algum momento, seja na infância, na adolescência, ou na
vida adulta, e isto não ocorre uma vez ou duas ou três vezes, ocorrem por
diversas vezes, sempre que mudamos de direção, mudamos nossas escolhas,
as ideologias, sempre, pois sempre você terá um momento divisor de aguas.
São suas escolhas que o levarão as estes momentos, e podem ser bons ou
ruins, depende de sua perspectiva, e estará tudo bem se não for bom,
Você pode tentar de novo, e de novo, e de novo, e de novo (1.000.000.000x).
Você deve estar perguntando o que ocorreu depois deste curso?
Se não está se perguntando, não estou nem ai, vou contar do mesmo jeito.
Fiquei entre os 10 primeiros e fui indicado a uma entrevista de emprego como
menor aprendiz na administração de um shopping. Chamado Shopping
Eldorado (ainda em São Paulo). Um shopping muito bacana, você deveria ir lá
conhecer.
Passei na entrevista, e finalmente tinha meu primeiro emprego de carteira
assinada, foi a melhor sensação do mundo, primeira vez que teria meu salário,
poderia comprar as coisas que queria e construir uma carreira.
Somente para informação era no setor financeiro, nada a ver com teatro ou
afins, mas mesmo assim gostava muito.
Até que após 3 meses de trabalho, eu tive que pedir demissão, pois meu pai
foi demitido da igreja que trabalhava, e a gente teve que voltar para Minas
Gerais.
Foi quase um de volta para minha terra.
E foi assim me sentindo derrotado, que voltei para minha terra, deixando para
traz diversas histórias e fatos na minha mente que poderiam acontecer.
Há sem contar que tinha uma namorada neste período, a gente tentou
manter ainda a relação à distância mas não deu certo, (não vou entrar em
detalhes, desculpa Keylla).
Mas só para vocês terem uma ideia, isto foi em 2014, e ela só voltou a falar
comigo em 2018. Posso ter sido um bom namorado? Talvez não, porém
aprendi com isso e não se repetiu os ocorridos (obs: não é sobre traição ou
agressão nada deste tipo, e mais sobre infantilidade da minha parte).
O ponto que quero chegar contando toda essas minha fase e que é possível
aprender bastante com o que você vem vivido e não é problema algum nisso,
na verdade faz parte em viver isso, e é me expondo ao ridículo assim que
quero mostrar para você, que esta tudo bem, vai ter milhares de coisas que
você não vai gostar sobre ti, e bilhares que você vai adorar.
Mas o tempo vai te ajudar a concertar tudo isso, depende de você e somente
você querer, você é líder da sua caminhada, ninguém pode te definir, mesmo
que façam memes de você na internet, ou se dizem para vocês na escola seja
lá aonde for.
Até o momento você está me vendo como um cara que teve um azar, e
perdeu uma garota pois foi infantil, eu tinha 16 anos nesta época, e normal
ser infantil nisso não a problema nisso, importante e aceitar, assumir os erros,
corrigi-los e seguir em frente.
Pronto agora virou um livro de alto ajuda, me empolguei aqui, desculpa.
Provavelmente deve ser o álcool falando, mas pense você sobre isso, tenha
um flashback, e pense em como você era e como é agora, você não mudou?
Pois eu mudei para um caralho, e está ok, na verdade, graças a Deus que eu
mudei, e é tão saudável isso.
É bom estas mudanças, é não a problema de dizer ao mundo: “eu fui um filho
de uma puta de um desgraçado que fodeu muita gente, mas eu mudei”.
Só um exemplo ok? Espero que você não tenha fodido ninguém de verdade.
Bom mas como estava dizendo.
Parei na parte em que estava voltado para minas gerais, podemos seguir
contando a história?
Se não, tchau, fecha o livro por que vou seguir contando do mesmo jeito.
(Beijo na bunda guys!).
Então estava eu voltando para minha terra, abatido, sentimento de derrota, e
fui seguindo por ai.
Bom não vou lá seguir contando essa história, na real já fazem alguns meses
desde que escrevi a última linha, para esta talvez pode ser por que fui viver,
sentir o horizonte e ter novas experiências, como disse no começo do livro,
acredito que você tenha mais o que fazer ao estar aqui, e isso que fui fazer,
outra coisa.
E engraçado não é? Eu mesmo escritor desta porcaria desisti da minha própria
história, desisti do minha própria retrospectiva, e você por algum motivo
continua, lendo, será que é por que te dei várias perguntas ao longo das
escritas, e por algum motivo você acha que por aqui terá as respostas?
Para te ser sincero, não há nenhuma resposta aqui que você ache que te
agregue algum valor, não certo por aqui, não há errado por aqui, como eu
disse várias vezes, está tudo bem.
Neste tempo que me desgrudei deste livro, vi o qual fútil foi querer contar
todos os detalhes que ocorreram neste pouco tempo de vida que tenho, não
há tantas experiências assim para dizer a você, como por exemplo: “não coma
manga tomando leite que faz mal!”.
Eu não sei se faz mal isso por que eu nunca tentei, e nem vou tentar, por que?
Sei lá, sabe.
A algumas vezes que a gente se prende num marasmo de “bad vibes”, eu
desistindo da minha história foi quase isso, só para resumir depois que voltei
para minha terra, deu tudo certo e hoje estou “putamente” bem de vida,
moro sozinho, pago minhas contas tranquilo, e minha família está muito bem.
Mas o que quero dizer sobre marasmo de “bad vibes” é sempre, não importa
se você é rico ou pobre, tem algum tipo de doença que agregue está “bad
vibe” ou não você vai passar por isso, mesmo quando as coisas estejam bem.
E é por isso que eu não sei dei uma pausa de alguns meses para escrever este
livro e decidir ferrar com este capitulo, concluindo ele de uma forma tão ruim.
CAPÍTULO 3: É MEIO ESTRANHO
Se a vida fosse uma montanha russa, cara não ia ser muito foda? Você iria ter
aquelas altas, e baixa e iria descer de cara pro chão numa alta velocidade,
depois subiria, daria voltas e voltas, ficaria de cabeça para baixo, passaria por
baixo de obstáculos, por cima de alguns, e no final sairia feliz e com aquele
“frio na barriga”.
E adivinha só é quase a vida, com perdão a palavra a vida é uma porra de uma
montanha russa, mas não é daquelas legais não!
É uma daquelas super tensas, que no meio delas aparece as tartarugas do
Super Mário para ter botar medo e fazer você voltar para fase inicial.
Pareceu muito estranho todas minhas afirmações não é verdade? (Se não
concorda não estou nem ai, vou seguir com base em que você concordou).
Não sei, se você já teve esta sensação, mas quando saio de uma montanha
russa, a primeira coisa que acontece comigo é eu tentando me reencontrar,
como se minha alma tivesse saído de mim.
Acredito por este caminho que seguimos seja nessa montanha russa.
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