criancas palestinas

Post on 10-Jul-2015

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Em meio a mais um ataque,

diante de mais um bombardeio,

as mães palestinas tentam se abrigar como podem com

seus filhos pequenos.

A fragilidade das mulheres,a inocência das crianças,

e a cegueira de um mundo desalmado,

doente.

Certo dia, José Saramago

estava em um restaurante

em Lisboa, sozinho, e pensou:

“E se fôssemos todos cegos?”

No instante seguinte, veio-lhe

a resposta:

“Mas estamos todos cegos!

Cegos da razão,cegos da

sensibilidade.” 

“Estamos todos cegos!

Cegos da razão,cegos da

sensibilidade.” 

“Cegos da razão, cegos da sensibilidade.” 

“Cegos da razão, cegos da sensibilidade.” 

Shayma Al-Masri, menina palestina de apenas quatro anos de idade, descansa ao lado

de sua boneca em hospital de Gaza.

O ataque aéreo que feriu Shayma matou sua mãe e seus dois irmãos.

Pequena ave, – de profundas feridas e asas partidas.

Apenas quatro anos, e provavelmente a enfrentardores maiores do que todas as que haveremos

de suportar nesta vida.

Sem a mãe ao lado, e sem os irmãos para sempre,internada com graves feridas, em precárias condições.

Vítima inocente de um mundo doente.

Menina ferida numa escola da ONU na Faixa de Gaza, atingida por disparos de tanques que deixaram dezenas de mortos.

Quando escolas cheias de crianças se tornam alvos militares, é sinal de que aquilo que nos faz humanos foi

deixado para trás, adentrando-se na escuridão, na barbárie.

O que é que nos torna humanos?

“Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos façamos tudo

para não viver inteiramente como animais.”Saramago

E se acaso perdermos aquilo que nos faz humanos,nos tornaremos mais sanguinários

do que as bestas mais ferozes.

Quem fere uma criançafere toda a Humanidade.

O vermelho vivo, o vermelho sangue.

O que significa ser humanonum mundo a perder a própria humanidade?

A pequena Sama al-Ajouz, de dois anos de idade, descansa num hospital na Faixa de Gaza.

Ferida por estilhaços na cabeça durante um ataque aéreo, ela necessita de tratamento

especializado, incluindo uma cirurgia no cérebro.

Em se existindo anjos, o que sentirão ao lançar o olhar para este nosso mundo, tão imerso em atrocidades?

Este bebê prematuro nasceu após a morte da mãe em um ataque aéreo na Faixa de Gaza.

Os médicos disseram que a criança teria chances iguais de viver ou de morrer.

Tão frágil e prematuro, e diante da precariedade das condições hospitalares, o pequenino bebê não resistiu.

Em outros planos, estarão juntos agora mãe e bebê, após terem as vidas tão precocemente ceifadas

pela cruel insanidade?

Shahd al-Henawi, de oito anos de idade, se recupera de uma fratura no crânio, decorrente do bombardeio da sua casa.

As alas pediátricas dos hospitais na Faixa de Gaza encontram-se superlotadas com pequenos pacientes.

Poucas vezes as crianças foram tão abertamente e tão cruelmente vitimadas como neste recente massacre.

Poucas vezes foram testemunhadas tamanha covardia e crueldade.

O que significa ser humano,num mundo desalmado, doente?

Quem são os semeadores de Compaixão,na terra arrasada dos tempos presentes?

Mohammed Albardiny, sete anos de idade, aguarda cirurgia para remoção de estilhaços do ombro e da cabeça.

Maha al-Sheikh Khalil, sete anos de idade, gravemente ferida com severa lesão

na região do pescoço, tendo perdido os movimentos dos braços e das pernas.

Quão frágil é a vida, quão frágil, a infância.

Num dia, Maha era uma saudável menina de sete anos de idade. No seguinte, vitimada pela guerra, luta para recuperar os movimentos do pescoço para baixo.

De onde ela tira forças para nos sorrir, mesmo diante de

tamanha adversidade?

Maha, Mohammed, Shahd, Sama e Shayma(apresentados nesta mensagem), assim como

todas as crianças palestinas, certamente necessitam de nossas orações

e pensamentos de solidariedade.

Além das dezenas de centenas mortas,outros milhares são vitimadas por feridas,

amputações, mutilações, orfandades,– aves pequeninas correndo o risco

de não mais conseguir voar.

Serão necessários anos, talvez uma vida inteira,para superar as sequelas físicas e emocionais

da agressão sofrida ainda na mais tenra idade.

“Estive enfermo, e vocês cuidaram

de mim”,

nos ensina o Novo

Testamento.

“Estive enfermo, e vocês cuidaram

de mim”.

Quem sabe possamos aliviar de alguma forma o sofrimento destas crianças com o cuidado das nossas preces e pensamentos de solidariedade.

Quem agride uma criançafere toda a Humanidade.

Quem cuida de uma criançaampara toda a Humanidade.

“Estive enfermo, e vocês cuidaram

de mim”.

Que possamos levar sempre as crianças palestinas

nas nossas preces,estas tão necessitadas hoje

de um olhar amoroso.

E se mais espaço houver no nosso coração, que possamos

incluir também as demais crianças: brasileiras, africanas,

asiáticas, israelenses...

É preciso alargar o alcance do nosso coração

e dos nossos braços.

Em meio à incivilidade do mundo,

é preciso defender a vida, a infância, o futuro.

Por entre lágrimas e ruínas,semear, caminhar,

acolher, prosseguir...

Tema musical:

“Suite Española – Granada”,Isaac Albéniz

Formatação:um_peregrino@hotmail.com

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