consultoria, projetos, sondagens, instrumentação ... · que existem citações bíblicas...
Post on 13-Nov-2018
215 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Fones: (63) 3312-5138 - (63) 3215-0186
SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO
Realizamos diversos tipos de prospecção geotécnica, execução de uma gama de ensaios de laboratório, destinados a avaliação de amostras de solos e materiais, Instrumentação, Laudos periciais, Projetos de Mineração, Edificação, Barragens, Pavimentação, Consultoria, Projetos Civil, ensaios de campo e controle tecnológico de obras de terra e concreto armado, elaboração de projetos de fundação e contenção, projeto de combate a incêndio e segurança do trabalho.
Publicação externa/interna - GeotécnicaRM Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016
Contato: consulta@geotecnicarm.eng.br / consultoria@geotecnicarm.eng.br / Site: www.geotecnciarm.eng.br
1. GEOTÉCNIA................................................................021.1 Edificações................................................................021.2 Pontes........................................................................021.3 Mineração..................................................................031.4 Barragens..................................................................031.5 Pavimentos................................................................031.6 Meio Ambiente...........................................................041.7 Aterros Sanitários “lixões”..........................................042. MECÂNICA DOS SOLOS..........................................042.1 Métodos de Investigação.........................................042.2 Origem e Formação dos Solos...............................05
2.3 Propriedade das Partículas Solidas de Solo........052.4 Índices Físicos........................................................052.5 Plasticidade e Consistência...................................062.6 Permeabilidade dos Solos.....................................063. FENÔMENOS INERENTE AO SOLO.....................073.1 Ruptura...................................................................073.2 Recalque.................................................................073.3 Colapso de Solos Tropicais Lateríticos...................083.4 Solos Moles............................................................083.5 Liquefação de Areias.............................................08
Nas próximas edições, continuaremos dando sequência aos assuntos aqui descritos e propostos, com ênfase para as tipificações e especificações de sondagens, ensaios de campo e instrumentação.
Consultoria, Projetos, Sondagens, Instrumentação, Laboratórios de Solos e Materiais. Consultoria, Projetos, Sondagens, Instrumentação, Laboratórios de Solos e Materiais. Consultoria, Projetos, Sondagens, Instrumentação, Laboratórios de Solos e Materiais.
Desde os primórdios fora evidenciada pelo homem a necessidade de edificar suas construções sobre solos estáveis e até mesmo sobre a rocha; não é de se espantar que existem citações bíblicas atribuídas a Jesus Cristo em que mesmo menciona a importância da edificação sobre uma base sólida, analogia essa, aplicada ao lado espiritual do ser humano.
A complexidade por trás do solo é tão vasta que surgem de imediato na sua própria definição conflitos teóricos, dos quais dependendo da linha de estudo possuem em diferentes considerações. De forma clara, podemos fazer uso da NBR 6502, a qual preconiza, que o solo e o material resultante da decomposição de rochas, pela ação de agentes químicos e físicos, podendo esse possuir ou não teor de matéria orgânica. Para a engenharia de construções podemos afirmar que a importância do estudo das questões que cercam o solo, maciços terrosos e rochosos, advém da necessidade de se conceber estruturas diversas sobre o mesmo, em uma segunda linha de raciocínio, diferente da primeira, mencionamos segundo Caputo (2008), que os primeiros trabalhos são atribuídos ao equilíbrio dos maciços terrosos, idealizados por Vauban (1687), Coulomb (1773), Rankine (1856) e outros.
Décadas adiante, mais precisamente em 1936, um dos grandes estudiosos das propriedades físicas do solo, Prof. Karl Terzaghi, idealiza o conceito de Mecânica dos Solos, surgindo assim, de fato uma nova ciência. No Brasil, o estudo da Mecânica dos solos é creditados a vários enge-nheiros e estudiosos, porem podemos destacar o Prof. Milton Vargas, o qual idealizou estudos fantásticos a respeito dos solos residuais.
- Fonte: Caputo, 2008
Nesse contexto histórico, surge uma dúvida: Porém o
que de fato difere a Mecânica dos Solos da Geotecnia? Não e
fácil a resposta para a essa questão, porém podemos
estabelecer a seguinte relação: Tudo que é abordado na
Mecânica dos solos e de fato Geotécnia, porém nem tudo
que e tratado na Geotecnia e de fato Mecânica dos solos. De
forma conclusiva podemos afirmar que a Geotécnia é a fusão
da Mecânica dos solos com a Geologia e concepção de
Estruturas Estáticas.
1.1 - A Importância da Geotecnia para a Edificações
Atualmente em um mundo cada vez mais
desenvolvido tecnicamente, a Geotecnia como a Mecânica
dos Solos, evolui seu conceitos a respeito da interações solo
e estrutura, abrangendo assim outras linhas de estudo sobre
questões relativas a essas obras. Dentre esses podemos
citar os recalques diferenciais, solos colapsíveis, escavação
de subsolos, aterros especiais etc.
Quanto à normatização técnica podemos citar duas
normas de referência sendo a NBR 6122 / 2010, a qual
estabelece os procedimentos para a elaboração de projetos
e execução de fundações; NBR 5681/1980 preconizando o
controle tecnológico e execução de aterros em obras de
edificações. Reconhecendo que a Engenharia de Funda-
ções não é uma ciência exata e que riscos são inerentes a
toda e qualquer atividade que envolva fenômenos ou
materiais da natureza, os critérios e procedimentos constan-
tes nesta norma procuram traduzir o equilíbrio entre condici-
onantes técnicos, econômicos e de segurança usualmente
aceitos pela sociedade na data da sua publicação, NBR
6122 (2010, p.1).
1.2 A Importância da Geotecnia para as Pontes
As obras de artes especiais em geral, com destaque as
pontes as quais são mais corriqueiras, possuem uma
interação solo estrutura mais complexa que das edificações,
devido aos empuxos oriundos da massa de solo e água,
além das feições geológicas atribuídas a calhas de rios e
vales.
Um dos grandes problemas geotécnicos relacionados a
essas obras, geralmente está associado às elevadas alturas
dos aterros de encontro as cortinas, os quais, por sua vez,
funcionam como sobrecarga ao terreno de fundação,
ocasionando aumento da tensão efetiva e, consequente-
mente recalques
Página 02 Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016
1. GEOTECNIA
- Fonte: Próprio autor
consideráveis. Quando as margens de rios apresentam
perfis sedimentares com características de solos moles,
esses recalques passam a ser de elevada magnitude,
cabendo ao geotécnico projetar dispositivos ou aplicar
planos de trabalho ao longo tempo que venham amenizar os
deslocamentos impostos por essas camadas.
No Brasil temos duas normas as quais abordam
diretamente essas estruturas, a primeira NBR 10839/1989 a
que estabelece os procedimentos de execução de obras de
artes especiais em concreto armado e protendido; a
segunda e a NBR 7187/2003, a qual preconiza os
procedimentos de projeto para pontes de concreto armado e
protendido. Abaixo podemos observam a explanação da
NBR 7187/2003 a respeito dos empuxos de massas de
solos.
O empuxo de terra nas estruturas é determinado de
acordo com os princípios da mecânica dos solos, em
função de sua natureza (ativo, passivo ou de repouso),
das características do terreno, assim como das
inclinações dos taludes e dos paramentos.
Como simplificação, pode ser suposto que o solo não
tenha coesão e que não haja atrito entre o terreno e a
estrutura, desde que as solicitações assim determinadas
estejam a favor da segurança. NBR 7187 (2003, p. 4).
Nesse contexto é de vital importância aplicação de
planos de investigação geotécnica.
1.3 A importância da Geotecnia para a Mineração
Uma lavra a céu aberto ou subterrânea demanda um
largo conhecimento geotécnico para a manutenção da
estabilidade dos taludes e túneis, os quais muitas vezes e
são agravados pelo existência de maciços rochosos
Algo que é abundante na mineração e que é
relevante na Geotecnia e traz incômodos aos engenheiros
geotécnicos, é a disposição e administração de pilhas de
rejeitos. Essa matéria dependente do processo de
mineração, perde drasticamente a sua coesão, devido à
sedimentação dos finos em determinados processos de
beneficiamento; é um fator favorável a ruptura planar e
processos erosivos das pilhas de rejeito. Podemos
destacar que é de elevada importância o processo de
instrumentação efetivo para essas plantas de exploração,
aliado a planos de evacuação e paralização de atividades,
a fim de evitar danos de diversos seguimento e até
mesmo a perda de vidas humanas.
1.4 A Importância da Geotecnia para Barragens
A Geotecnia direcionada a barragens nunca esteve
tão em discussão no Brasil, como no atual momento, devido
aos acidentes ocorridos com as barragens de rejeito de
Mariana – MG.
A pesar da ABNT, não disponibilizar normas técnicas
relacionadas a projeto, construção e monitoramento de
barragens, na literatura brasileira encontramos diversos
trabalhos relacionados a essas estruturas, abordando
desde da concepção a instrumentação. Dentre os trabalhos
Brasileiros podemos mencionar o livro “100 Barragens
Brasileiras” tendo como autor, o renomado engenheiro
Paulo Teixeira da Cruz.
1.5 A Importância da Geotecnia para Pavimentos
Quando falamos em Geotecnia de pavimentos
adentramos em um mundo em particular o qual é vasto
tecnicamente, e de certa forma até difícil de ser discutido
visto a complexidade e as numerosas teorias e normas que
cercam o assunto, podemos porém ressaltar que uma das
ramificações de maior importância da Engenharia
Geotécnica, devido ao estudo da resistência e estabilidade
dos pavimentos perante a solicitações de cargas dinâmicas.
Conforme o manual do DNIT podemos definir o pavimento
como:
Pavimento de uma rodovia é a superestrutura
constituída por um sistema de camadas de espessuras
finitas, assentes sobre um semiespaço considerado
teoricamente como infinito a infraestrutura ou terreno de
fundação, a qual e designada de subleito, DNIT (2006,
p.95).
O engenheiro americano Proctor, segundo Caputo
(2008), propôs em 1933 o primeiro ensaio geotécnico de
controle de compactação de pavimentos, o qual foi chamado
ensaio de compactação “Proctor”. Tal ensaio porém, não
explicava as rupturas ocorridas nas camadas dos
pavimentos aeroportuários, durante a decolagem e pouso
Página 03Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016
Página 04 Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016
- Fonte: DNIT 2006
Com o passar dos tempos a Geotecnia dos pavimen-tos evolui, de forma técnica, passando a avaliar os solos por meio de módulos de deformação e resiliência, linha essa que condiz com as real comportamento dos materiais e campo. Surge nesse contexto a Mecânica dos Pavimentos. No Brasil a Mecânica dos Pavimentos ainda vaga por águas calmas, visto que as normas técnicas vigentes e manuais de pavimentação ainda direcionam para métodos de dimensio-namentos semi-empíricos como o do Eng.º Murilo Lopes, método esse que e consagrado pelo DNIT.
1.6 A importância da Geotecnia para o Meio Ambiente
Por se tratar de uma das mais novas ramificações da engenharia Geotécnica, a geotecnia ambiental vem a contribuir positivamente para os problemas de interações entre os maciços terrosos e a disposição de resíduos sólidos e líquidos, além de outras vertentes de estudo com a utilização de rejeitos de mineração e construção civil em obras geotécnicas.
Em se tratando de parâmetros a geotecnia ambiental faz uso das mesmas teorias das mecânicas dos solos em que a geotecnia comum é embasada. Porém algumas hipóteses e mecanismos de funcionamento de interação são diferenciados, vista que nessa linha de estudo não mais só se trabalha com água, mas com diversos outros fluidos desde de chorumes, óleos, derivados de petróleo etc.
Atualmente existem inúmeros trabalhos, mas ainda é carente a publicação de normas específicas a esse seguimento da geotecnia.
1.7 A Importância da Geotecnia para a Aterros Sanitári-
os “lixões”
A disposição de resíduos sólidos é considerado um
dos maiores problemas ambientais deflagrados pela
sociedade moderna, fato esse que se torna agravante com o
crescimento populacional e o desenvolvimento do mercado
de consumo. Como é prática no Brasil, os lixões são locais
disponibilizados pelas prefeitura ou escolhidos aleatoria-
mente pela sociedade, para depósito de lixo, com ausência
de planos de manejo e fiscalização.
O conceito de aterro de resíduos compreende um
sistema devidamente preparado para a disposição dos
resíduos sólidos, englobando, sempre que necessário,
determinados componentes e práticas operacionais, tais
como divisão em células, compactação dos resíduos,
cobertura, sistema de impermeabilização, sistemas de
drenagem e tratamento para líquidos e gases, monitora-
mento geotécnico e ambiental, entreoutros. BOSCOV
(2008, p.95)
Ainda na fase de projeto são elaborados os planos de
manejo e compactação do resíduo sólido. Durante a
operação do aterro sanitário a Geotecnia estabelece os
procedimentos para o monitoramento e controle, com a
utilização de piezômetros e outros recursos. Com a finalida-
de de auxiliar as empresas de projeto e planejamento
ambiental, a GEOTÉCNICA RM, oferta os serviços de
estudo geotécnico e instalação de piezômetros nas áreas
destinadas a implantação de aterros sanitários.
2. MECÂNICA DOS SOLOS
2.1 Métodos de Investigação
Os métodos de investigação e ensaios de campo, são
a base da Geotecnia. Assim podemos afirmar que é quase
impossível a existência dela sem o uso de sondagens e
ensaios. A realização de estudos em campos permite o fiel
reconhecimento do subsolo, as camadas dos quais e
constituído e a posição do nível do lençol freático, além da
obtenção de parâmetros como peso específico, umidade,
ângulo de atrito, coesão e outros mais.
A NBR 6122, a qual preconiza a elaboração de projetos
de fundação e execução desses dispositivos, faz o seguinte
relato:Para qualquer edificação deve ser feita uma campanha
de investigação geotécnica preliminar, constituída no
mínimo por sondagens a percussão (com SPT), visando
a determinação da estratigrafia e classificação,dos
solos, a posição do nível d´agua e a medida do índice à
penetração NSPT, de acordo com a ABNT 6484. Na
classificação dos solos deve ser empregada a NBR
6502. NBR 6122 (2010, p.9).
de aviões bombardeiros na Segunda Guerra Mundial, nesse
ambiente de dúvidas e questionamentos surgem então o
ensaio de CBR (California Bearing Ratio), idealizado pelo
engenheiro J. Porter, o qual por meio da penetração de um
pistão permitir avaliar a resistência em % porcentagem dos
solos compactados.
Os métodos de investigação geotécnicos, segundo a
clássica Mecânica dos solos podem ser divididos em dois
grandes grupos, sendo o primeiro referente aqueles com
retirada de amostras:
Ÿ Sondagem a Trado;
Ÿ Abertura de Poços;
Ÿ Sondagem a Percussão – SPT (Standard Penetration
Test);
Ÿ Sondagem Rotativa;
Ÿ Sondagem Mista.
Já no segundo grupo estão locados os ensaios de
campo os quais não realizam extração de amostras,
somente a obtenção de parâmetros “in-situ”.
Ÿ CPT (Cone Penetration Test);
Ÿ DPL ou PDL
Ÿ Vane Test;
Ÿ Pressiométricos;
Ÿ Ensaios Geofísicos;
Ÿ Prova de Cargas;
Ÿ Resistividade;
A GEOTÉCNICA RM, visando a atender às necessi-
dade de demanda do mercado de construção civil,
infraestrutura, mineração, saneamento e demais áreas,
oferta ao seus clientes e parceiros a execução de diversos
métodos consagrados de investigação geotécnica e
ensaios de campo, obtendo assim parâmetros de alta
qualidade e confiabilidade.
2.2 Origem e Formação dos Solos
A superfície do planeta Terra é denominada de crosta
terrestre; que por sua vez, é formada por vários tipos de
maciços rochosos dentre eles magmáticos, sedimentares
e metamórficos. A formação da porção de solos se dá pela
decomposição desse material rochoso. Tal fenômeno e
conhecido tecnicamente, como intemperismo, o qual
pode atuar por meio de agentes físicos, químicos e
biológicos.
Segundo a NBR 6502 (1995), a qual especifica os
termos referentes a solos e rochas, propriedade de
alterabilidade de uma rocha é aquela relativa a facilidade
que possui de sofrer alteração de seus constituintes e sua
forma física perante agentes externos, o resultado dessa
alterabilidade são as frações denominadas de blocos,
matacões, pedregulhos, areias, siltes e argilas.
De forma simplificado podemos afirmar que o solo
pode ser, residual quando se mantém no lugar de origem ou
sedimentares quando são transportados por meios físicos.
Cabe ressaltar que existem mais particularidades
em relação a classificação dos solos, porém, no momento,
a mesma não são relevantes.
2.3 Propriedade das Partículas Sólidas de Solo
Como sabemos, as rochas são constituídas de
minerais, que são desagregados e decompostos resultan-
do em subprodutos como os argilos minerais. Essas
frações, por sua vez, apresentam propriedades pertinentes
às partículas sólidas, as quais são de suma importância
para a explicação de problemas geotécnicos.
A clássica Mecânica dos Solos apresenta as proprie-
dades significativas para a compressão dos fenômenos
físicos e químicos de interesse à Geotecnia. Abaixo
discriminamos algumas das quais acreditamos ser as mais
importantes:
Ÿ Peso Específico: grandeza física que estabelece a
relação entre o peso da partícula e o seu volume, É dado
pela seguinte expressão:
Ÿ Densidade Relativa: e a relação entre o peso da
partícula sólida de igual volume de água para a tempera-
tura de 4ºC.
Ÿ Forma das Partículas: essa propriedade diz a respeito
ao formato da partícula de solos, o qual pode ser
classificado como arredondado, lamelar e fibrilares.
Ÿ Granulometria: podemos afirmar que trata de uma das
mais importante propriedade do solos. Visa ao estudo
das frações constituintes, suas dimensões e proporção
em massa total.
Com a uti l ização técnicas normatizadas a
GEOTÉCNICA RM, oferta a determinação de parâmetros
relativos as partículas de solos, os mesmo são realizados
de forma muito técnica, visando assim que clientes e
parceiros obtenha êxito em seus projetos e consultoria.
2.4 Índices Físicos
A estrutura do solo é algo de extrema complexidade
pois o formato e disposição dos grãos estão associados a
fenômenos físicos e químicos. Essa estrutura pode apre-
sentar três fases, as quais por sua vez não são bem distin-
yg=Ps__Vs
s =Yg__Ya
Página 05 Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016
tas, existindo zonas largas fronteiras de tramitação.
A determinação dos índices físicos é de suma importân-cia para a compressão dos fenômenos atuantes no maciço de solo. Os mesmos nos permitem avaliar através de modelos matemáticos diversas situações. Dentre elas variações volumétricas, adensamento, liquefações etc. Abaixo apresentamos os principais índices físicos, ressal-tando ao leitor a existência de mais relações, as quais não serão abordadas visto o foco do presente trabalho.
Ÿ Umidade: relação entre o peso de água contida no solo e o peso dos solo e dada pela seguinte expressão:
Ÿ Índice de Vazios: e a relação entre o volume de vazios e o volume da parte sólida de um solo. O mesmo é determi-nado pela seguinte expressão:
Ÿ Porosidade: segundo Caputo (2008), essa é a relação preferida pelos profissionais de Agronomia, vista que expressa a relação entre o volume de vazios e o volume total da amostra de solo:
Ÿ Grau de Saturação: trata-se da relação entre o volume de água e o volume de vazios, variando de 0 a 100%.
2.5 Plasticidade e Consistência
O comportamento de um solo e sua classificação muitas vezes não e possível somente com os estudos dos grãos e seus formatos. D essa forma na maioria das situa-ções em que a massa de solo possui frações finas, estas
podem incrementar características significativas ao ponto de alterar, por completo, o comportamento do mesmo, atribuindo assim propriedades plásticas, expansivas, redução da permeabilidade etc. Segundo Pinto (2011), devido à importância da fração fina do solo esta por sua vez, representada pelas argilas e siltes, o engenheiro químico Atterberg introduziu a realização de ensaios para a caracterização dessas frações quanto a sua plasticida-de. Métodos esses, que, posteriormente vieram a ser padronizados pelo professor de Mecânica dos Solos Arthur Casagrande, criando assim os ensaios de limite de liquidez, plasticidade e contração.
- Fonte: DNIT 2006
w =Vw__Vs
x 100
e =Vv__Vs
n =e__
1+e
s =ys. w_____e.yw
A plasticidade de um solo varia proporcionalmente com o teor de umidade em qual se encontra. Dessa forma podemos observar na figura 5 os limites de consistência em função da umidade.
A realização de ensaios de limite consistência são preconizados pelas NBRs 6459 / 7180 e 7183, e rotineiramente realizados em laboratórios de campo e pesquisa. Porém cabe ressaltar que, devido ao desconhecimento dos procedimentos de execução e a precariedade dos laboratórios, na maioria das vezes, os parâmetros obtidos nesses ensaios perdem, significa-tivamente a sua importância. A GEOTÉCNICA RM, oferta em seu laboratório a execução desses ensaios com o elevado rigor técnico, obtendo assim resultados condizentes com a realidade amostral.
2.6 Permeabilidade dos Solos
Definimos com o permeabilidade a capacidade que o solo possui de permitir o fluxo de água, através de sua massa, sendo que essa capacidade de percolação é representado numericamente pelo coeficiente de permeabilidade, utilizando como indicador a letra k.
Conforme explica o professor Ortigão (2007), em amostras de solos o coeficiente k é rotineiramente
Página 06Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016
determinado por meio de ensaios com o emprego de permeâmetros de carga variável para solos finos e de carga constante para solos granulares, ilustrados na figura 6.
No Brasil os ensaios de permeabilidade em amostras de solos são normatizado por meio das NBRs 14545 e 13292.
A GEOTECNICA RM, com o emprego de equipamentos especiais com excelente padrão de fabricação determina o coeficiente de permeabilidade (k), para balizar os mais diversos estudos. Em campo realizamos diversos ensaios de permeabilidade os quais são preconizados no Boletim nº 4 da ABGE.
3 FENÔMENOS INERENTES AO SOLO
Sabemos que tanto a Mecânica dos Solos quanto a Geotecnia, surgiram da necessidade de se solucionar problemas de interação entre o solo e as estruturas. São diversos os problemas associados à ocupação humana sobre o ambiente terrestre, desde problemas ambientais, sociais e de infraestrutura. Dentre os diversos fenômenos envolvendo a Geotecnia iremos abordar nas linhas que se seguem alguns dos mais importantes e corriqueiros fenôme-nos que fundamentam a base dos estudos geotécnicos.
3.1 Ruptura
A ruptura de uma massa de solo está associada diretamente as suas características intrínsecas às condições de carregamento aos quais o mesmo é submetido.
Duas propriedades caracterizam de fato a resistência ao cisalhamento de um maciço terroso, sendo a primeiro denominada de ângulo de atrito o qual está relacionado ao
- Fonte: Cintra e Aoki
contato grão a grão e uma superfície de ruptura proveniente de contatos pontuais no interior do maciço. Já à segunda grandeza é chamada de coesão, podendo ser dividida em dois seguimentos distintos, sendo uma relacionado a fenômenos capilares e outro à cimentação e atração coloidal de solos finos.
Abaixo é apresentando a expressão matemática idealizada por Coulomb, onde τ e a resistência ao cisalha-mento, c e a coesão do solo, σ a tensão normal aplicada, μ a poropressão e φ o ângulo de atrito interno.
Quando à força atuante sobre uma massa de solo se
iguala à resistência ao cisalhamento, então alcançamos a
eminência da ruptura, fato que justifica os mais diversos
casos de ruptura de taludes artificiais e naturais, colapso de
fundações, ruptura de pavimentos e demais casos.
3.2 Recalque
Conforme a NBR 6502, recalque é definido como o
deslocamento da massa de solo, devido a tensão aplicada
sobre uma determinada superfície. De fato e considerado um
dos mais sérios problemas de geotecnia em diversas áreas
da engenharia, desde a geotecnia de fundações a de
pavimento, o qual está associado aos fenômenos de
compressibilidade dos solos.
O fenômeno de recalque é tratado com mais relevância
nos dispositivos de fundações de obras de edificações,
pontes, tanques e barragens, devido ao risco de ruina
nessas estruturas.
- Fonte: DNIT 2006
- Fonte: Cintra e Aoki
Página 07 Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016
EVALDO GONÇALVES RÊGO CREA nº 5060556953/D-SP Diretor Técnico
E-mail: evaldorego@geotenicarm.eng.br 55 (63) – 99206-8013 / 98477-5138
MARCOS COELHO MILHOMEM CREA RN nº 241342518-7/TO
Diretor Técnico
E-mail: marcoscoelho@geotenicarm.eng.br 55 (63) – 99217-0510
AUTORES
- Fonte: DNIT 2006
No Brasil destacamos os solos poroso de Brasília, o
qual é susceptível ao fenômeno de colapso, ou seja a
ruptura brusca. As fundações de obras civis e infraestrutura
assentes sobre esses solos devem ser projetadas de forma
que sua cota de assentamento está em camadas mais
profundas e que não ofertem esse comportamento.
3.4 Solos Moles
Solos mole é o nome designado aos solos de baixa
consistência e consequentemente baixa capacidade de
suporte “in-situ”. Na maioria dos casos são depósitos
sedimentares de argilas de baixíssima consistência e com
elevado teor de matéria orgânica. Geralmente essas bacias
de sedimentos estão situadas às margens de rios e regiões
litorâneas de deflúvio, onde existe a formação de bacias de
sedimentos.
Geralmente a concepção de obras nessas regiões e de eleva-do grau de complexidade, vista que os recalques p romov idos po r essas camadas podem ge ra r deslocamentos muito superior as 100 cm.
- Fonte: Próprio autor
Tal fenômeno está mais presente nas barragens de
rejeito de mineração, os quais, por sua vez, não apresentam
coesão e estão constantemente saturados ou submersos.
Recentemente, no Brasil, ocorreu um dos maiores acidentes
envolvendo barragens de rejeito, fato esse atribuído a um
problema de liquefação.
- Fonte: O Globo, 2016
Nota: Este informativo é uma publicação da empresa:GEOTECNICARM, Editoração e Impressão: GRAFICA COMETA.Este material possui direitos reservados. É permitida a reprodução do conteúdo deste documento, desde que citada a fonte e o(s) autor(es). Tiragem: 5.000 exemplares.
Escritório 1:Rua Antônio Lisboa da Cruz nº 1581 – Edif. Paulo Henrique – CEP 77.405-100 – Gurupi-TO - (63) 3312-5138
Escritório 2: Quadra 103 Sul, Rua SO 11, nº 30, Sala 01 – CEP 77.015-034 - Palmas – TO - (63) 3215-0186
3.5 Liquefação de Areias
A liquefação é um fenômeno que está atribuído a solos
granulares ou solos finos não coesivos como os siltes
arenosos, em que a poropressão se eleva ao ponto de anular
as tensões efetivas, eliminando assim o atrito de contato
entre partículas. Q uando isso ocorre acompanhado de
carregamentos rápidos ou dinâmicos esse material se torna
fluído escoando drasticamente, segundo Ortigão (2007).
Página 08Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016
3.3 Colapso de Solos Tropicais Lateríticos
Processo típico de solos tropicais, a laterização é um fenômeno de concentração de óxidos e hidróxido de ferro e alumínio oriundo de um processo e lixiviação. O acúmulo desses produtos forma um solo granular de elevada porosidade. Porém existe um grupo de solos laterítico cuja a formação ocasiona uma porosidade acima do normal, quando comparado com os demais solos laterizado. Além disso ligações cimentem muitos frágeis que perante a aplicação de carga e saturação se desfazem de forma instantânea.
Dra. Donatila Rodrigues RêgoOAB-789-TO
E-mail: latinado1@hotmail.com 55 (63) – 99203-8356 / 3351-1071
DEPARTAMENTO JURÍDICO
geotecnicarm geotecnicarm
top related