consultoria, projetos, sondagens, instrumentação ... · que existem citações bíblicas...

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Fones: (63) 3312-5138 - (63) 3215-0186 SUMÁRIO SUMÁRIO SUMÁRIO Realizamos diversos tipos de prospecção geotécnica, execução de uma gama de ensaios de laboratório, destinados a avaliação de amostras de solos e materiais, Instrumentação, Laudos periciais, Projetos de Mineração, Edificação, Barragens, Pavimentação, Consultoria, Projetos Civil, ensaios de campo e controle tecnológico de obras de terra e concreto armado, elaboração de projetos de fundação e contenção, projeto de combate a incêndio e segurança do trabalho. Publicação externa/interna - GeotécnicaRM Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016 Contato: [email protected] / [email protected] / Site: www.geotecnciarm.eng.br 1. GEOTÉCNIA................................................................02 1.1 Edificações................................................................02 1.2 Pontes........................................................................02 1.3 Mineração..................................................................03 1.4 Barragens..................................................................03 1.5 Pavimentos................................................................03 1.6 Meio Ambiente...........................................................04 1.7 Aterros Sanitários “lixões”..........................................04 2. MECÂNICA DOS SOLOS..........................................04 2.1 Métodos de Investigação.........................................04 2.2 Origem e Formação dos Solos...............................05 2.3 Propriedade das Partículas Solidas de Solo........05 2.4 Índices Físicos........................................................05 2.5 Plasticidade e Consistência...................................06 2.6 Permeabilidade dos Solos.....................................06 3. FENÔMENOS INERENTE AO SOLO.....................07 3.1 Ruptura...................................................................07 3.2 Recalque.................................................................07 3.3 Colapso de Solos Tropicais Lateríticos...................08 3.4 Solos Moles............................................................08 3.5 Liquefação de Areias.............................................08 Nas próximas edições, continuaremos dando sequência aos assuntos aqui descritos e propostos, com ênfase para as tipificações e especificações de sondagens, ensaios de campo e instrumentação. Consultoria, Projetos, Sondagens, Instrumentação, Laboratórios de Solos e Materiais. Consultoria, Projetos, Sondagens, Instrumentação, Laboratórios de Solos e Materiais. Consultoria, Projetos, Sondagens, Instrumentação, Laboratórios de Solos e Materiais.

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Fones: (63) 3312-5138 - (63) 3215-0186

SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

Realizamos diversos tipos de prospecção geotécnica, execução de uma gama de ensaios de laboratório, destinados a avaliação de amostras de solos e materiais, Instrumentação, Laudos periciais, Projetos de Mineração, Edificação, Barragens, Pavimentação, Consultoria, Projetos Civil, ensaios de campo e controle tecnológico de obras de terra e concreto armado, elaboração de projetos de fundação e contenção, projeto de combate a incêndio e segurança do trabalho.

Publicação externa/interna - GeotécnicaRM Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016

Contato: [email protected] / [email protected] / Site: www.geotecnciarm.eng.br

1. GEOTÉCNIA................................................................021.1 Edificações................................................................021.2 Pontes........................................................................021.3 Mineração..................................................................031.4 Barragens..................................................................031.5 Pavimentos................................................................031.6 Meio Ambiente...........................................................041.7 Aterros Sanitários “lixões”..........................................042. MECÂNICA DOS SOLOS..........................................042.1 Métodos de Investigação.........................................042.2 Origem e Formação dos Solos...............................05

2.3 Propriedade das Partículas Solidas de Solo........052.4 Índices Físicos........................................................052.5 Plasticidade e Consistência...................................062.6 Permeabilidade dos Solos.....................................063. FENÔMENOS INERENTE AO SOLO.....................073.1 Ruptura...................................................................073.2 Recalque.................................................................073.3 Colapso de Solos Tropicais Lateríticos...................083.4 Solos Moles............................................................083.5 Liquefação de Areias.............................................08

Nas próximas edições, continuaremos dando sequência aos assuntos aqui descritos e propostos, com ênfase para as tipificações e especificações de sondagens, ensaios de campo e instrumentação.

Consultoria, Projetos, Sondagens, Instrumentação, Laboratórios de Solos e Materiais. Consultoria, Projetos, Sondagens, Instrumentação, Laboratórios de Solos e Materiais. Consultoria, Projetos, Sondagens, Instrumentação, Laboratórios de Solos e Materiais.

Desde os primórdios fora evidenciada pelo homem a necessidade de edificar suas construções sobre solos estáveis e até mesmo sobre a rocha; não é de se espantar que existem citações bíblicas atribuídas a Jesus Cristo em que mesmo menciona a importância da edificação sobre uma base sólida, analogia essa, aplicada ao lado espiritual do ser humano.

A complexidade por trás do solo é tão vasta que surgem de imediato na sua própria definição conflitos teóricos, dos quais dependendo da linha de estudo possuem em diferentes considerações. De forma clara, podemos fazer uso da NBR 6502, a qual preconiza, que o solo e o material resultante da decomposição de rochas, pela ação de agentes químicos e físicos, podendo esse possuir ou não teor de matéria orgânica. Para a engenharia de construções podemos afirmar que a importância do estudo das questões que cercam o solo, maciços terrosos e rochosos, advém da necessidade de se conceber estruturas diversas sobre o mesmo, em uma segunda linha de raciocínio, diferente da primeira, mencionamos segundo Caputo (2008), que os primeiros trabalhos são atribuídos ao equilíbrio dos maciços terrosos, idealizados por Vauban (1687), Coulomb (1773), Rankine (1856) e outros.

Décadas adiante, mais precisamente em 1936, um dos grandes estudiosos das propriedades físicas do solo, Prof. Karl Terzaghi, idealiza o conceito de Mecânica dos Solos, surgindo assim, de fato uma nova ciência. No Brasil, o estudo da Mecânica dos solos é creditados a vários enge-nheiros e estudiosos, porem podemos destacar o Prof. Milton Vargas, o qual idealizou estudos fantásticos a respeito dos solos residuais.

- Fonte: Caputo, 2008

Nesse contexto histórico, surge uma dúvida: Porém o

que de fato difere a Mecânica dos Solos da Geotecnia? Não e

fácil a resposta para a essa questão, porém podemos

estabelecer a seguinte relação: Tudo que é abordado na

Mecânica dos solos e de fato Geotécnia, porém nem tudo

que e tratado na Geotecnia e de fato Mecânica dos solos. De

forma conclusiva podemos afirmar que a Geotécnia é a fusão

da Mecânica dos solos com a Geologia e concepção de

Estruturas Estáticas.

1.1 - A Importância da Geotecnia para a Edificações

Atualmente em um mundo cada vez mais

desenvolvido tecnicamente, a Geotecnia como a Mecânica

dos Solos, evolui seu conceitos a respeito da interações solo

e estrutura, abrangendo assim outras linhas de estudo sobre

questões relativas a essas obras. Dentre esses podemos

citar os recalques diferenciais, solos colapsíveis, escavação

de subsolos, aterros especiais etc.

Quanto à normatização técnica podemos citar duas

normas de referência sendo a NBR 6122 / 2010, a qual

estabelece os procedimentos para a elaboração de projetos

e execução de fundações; NBR 5681/1980 preconizando o

controle tecnológico e execução de aterros em obras de

edificações. Reconhecendo que a Engenharia de Funda-

ções não é uma ciência exata e que riscos são inerentes a

toda e qualquer atividade que envolva fenômenos ou

materiais da natureza, os critérios e procedimentos constan-

tes nesta norma procuram traduzir o equilíbrio entre condici-

onantes técnicos, econômicos e de segurança usualmente

aceitos pela sociedade na data da sua publicação, NBR

6122 (2010, p.1).

1.2 A Importância da Geotecnia para as Pontes

As obras de artes especiais em geral, com destaque as

pontes as quais são mais corriqueiras, possuem uma

interação solo estrutura mais complexa que das edificações,

devido aos empuxos oriundos da massa de solo e água,

além das feições geológicas atribuídas a calhas de rios e

vales.

Um dos grandes problemas geotécnicos relacionados a

essas obras, geralmente está associado às elevadas alturas

dos aterros de encontro as cortinas, os quais, por sua vez,

funcionam como sobrecarga ao terreno de fundação,

ocasionando aumento da tensão efetiva e, consequente-

mente recalques

Página 02 Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016

1. GEOTECNIA

- Fonte: Próprio autor

consideráveis. Quando as margens de rios apresentam

perfis sedimentares com características de solos moles,

esses recalques passam a ser de elevada magnitude,

cabendo ao geotécnico projetar dispositivos ou aplicar

planos de trabalho ao longo tempo que venham amenizar os

deslocamentos impostos por essas camadas.

No Brasil temos duas normas as quais abordam

diretamente essas estruturas, a primeira NBR 10839/1989 a

que estabelece os procedimentos de execução de obras de

artes especiais em concreto armado e protendido; a

segunda e a NBR 7187/2003, a qual preconiza os

procedimentos de projeto para pontes de concreto armado e

protendido. Abaixo podemos observam a explanação da

NBR 7187/2003 a respeito dos empuxos de massas de

solos.

O empuxo de terra nas estruturas é determinado de

acordo com os princípios da mecânica dos solos, em

função de sua natureza (ativo, passivo ou de repouso),

das características do terreno, assim como das

inclinações dos taludes e dos paramentos.

Como simplificação, pode ser suposto que o solo não

tenha coesão e que não haja atrito entre o terreno e a

estrutura, desde que as solicitações assim determinadas

estejam a favor da segurança. NBR 7187 (2003, p. 4).

Nesse contexto é de vital importância aplicação de

planos de investigação geotécnica.

1.3 A importância da Geotecnia para a Mineração

Uma lavra a céu aberto ou subterrânea demanda um

largo conhecimento geotécnico para a manutenção da

estabilidade dos taludes e túneis, os quais muitas vezes e

são agravados pelo existência de maciços rochosos

Algo que é abundante na mineração e que é

relevante na Geotecnia e traz incômodos aos engenheiros

geotécnicos, é a disposição e administração de pilhas de

rejeitos. Essa matéria dependente do processo de

mineração, perde drasticamente a sua coesão, devido à

sedimentação dos finos em determinados processos de

beneficiamento; é um fator favorável a ruptura planar e

processos erosivos das pilhas de rejeito. Podemos

destacar que é de elevada importância o processo de

instrumentação efetivo para essas plantas de exploração,

aliado a planos de evacuação e paralização de atividades,

a fim de evitar danos de diversos seguimento e até

mesmo a perda de vidas humanas.

1.4 A Importância da Geotecnia para Barragens

A Geotecnia direcionada a barragens nunca esteve

tão em discussão no Brasil, como no atual momento, devido

aos acidentes ocorridos com as barragens de rejeito de

Mariana – MG.

A pesar da ABNT, não disponibilizar normas técnicas

relacionadas a projeto, construção e monitoramento de

barragens, na literatura brasileira encontramos diversos

trabalhos relacionados a essas estruturas, abordando

desde da concepção a instrumentação. Dentre os trabalhos

Brasileiros podemos mencionar o livro “100 Barragens

Brasileiras” tendo como autor, o renomado engenheiro

Paulo Teixeira da Cruz.

1.5 A Importância da Geotecnia para Pavimentos

Quando falamos em Geotecnia de pavimentos

adentramos em um mundo em particular o qual é vasto

tecnicamente, e de certa forma até difícil de ser discutido

visto a complexidade e as numerosas teorias e normas que

cercam o assunto, podemos porém ressaltar que uma das

ramificações de maior importância da Engenharia

Geotécnica, devido ao estudo da resistência e estabilidade

dos pavimentos perante a solicitações de cargas dinâmicas.

Conforme o manual do DNIT podemos definir o pavimento

como:

Pavimento de uma rodovia é a superestrutura

constituída por um sistema de camadas de espessuras

finitas, assentes sobre um semiespaço considerado

teoricamente como infinito a infraestrutura ou terreno de

fundação, a qual e designada de subleito, DNIT (2006,

p.95).

O engenheiro americano Proctor, segundo Caputo

(2008), propôs em 1933 o primeiro ensaio geotécnico de

controle de compactação de pavimentos, o qual foi chamado

ensaio de compactação “Proctor”. Tal ensaio porém, não

explicava as rupturas ocorridas nas camadas dos

pavimentos aeroportuários, durante a decolagem e pouso

Página 03Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016

Página 04 Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016

- Fonte: DNIT 2006

Com o passar dos tempos a Geotecnia dos pavimen-tos evolui, de forma técnica, passando a avaliar os solos por meio de módulos de deformação e resiliência, linha essa que condiz com as real comportamento dos materiais e campo. Surge nesse contexto a Mecânica dos Pavimentos. No Brasil a Mecânica dos Pavimentos ainda vaga por águas calmas, visto que as normas técnicas vigentes e manuais de pavimentação ainda direcionam para métodos de dimensio-namentos semi-empíricos como o do Eng.º Murilo Lopes, método esse que e consagrado pelo DNIT.

1.6 A importância da Geotecnia para o Meio Ambiente

Por se tratar de uma das mais novas ramificações da engenharia Geotécnica, a geotecnia ambiental vem a contribuir positivamente para os problemas de interações entre os maciços terrosos e a disposição de resíduos sólidos e líquidos, além de outras vertentes de estudo com a utilização de rejeitos de mineração e construção civil em obras geotécnicas.

Em se tratando de parâmetros a geotecnia ambiental faz uso das mesmas teorias das mecânicas dos solos em que a geotecnia comum é embasada. Porém algumas hipóteses e mecanismos de funcionamento de interação são diferenciados, vista que nessa linha de estudo não mais só se trabalha com água, mas com diversos outros fluidos desde de chorumes, óleos, derivados de petróleo etc.

Atualmente existem inúmeros trabalhos, mas ainda é carente a publicação de normas específicas a esse seguimento da geotecnia.

1.7 A Importância da Geotecnia para a Aterros Sanitári-

os “lixões”

A disposição de resíduos sólidos é considerado um

dos maiores problemas ambientais deflagrados pela

sociedade moderna, fato esse que se torna agravante com o

crescimento populacional e o desenvolvimento do mercado

de consumo. Como é prática no Brasil, os lixões são locais

disponibilizados pelas prefeitura ou escolhidos aleatoria-

mente pela sociedade, para depósito de lixo, com ausência

de planos de manejo e fiscalização.

O conceito de aterro de resíduos compreende um

sistema devidamente preparado para a disposição dos

resíduos sólidos, englobando, sempre que necessário,

determinados componentes e práticas operacionais, tais

como divisão em células, compactação dos resíduos,

cobertura, sistema de impermeabilização, sistemas de

drenagem e tratamento para líquidos e gases, monitora-

mento geotécnico e ambiental, entreoutros. BOSCOV

(2008, p.95)

Ainda na fase de projeto são elaborados os planos de

manejo e compactação do resíduo sólido. Durante a

operação do aterro sanitário a Geotecnia estabelece os

procedimentos para o monitoramento e controle, com a

utilização de piezômetros e outros recursos. Com a finalida-

de de auxiliar as empresas de projeto e planejamento

ambiental, a GEOTÉCNICA RM, oferta os serviços de

estudo geotécnico e instalação de piezômetros nas áreas

destinadas a implantação de aterros sanitários.

2. MECÂNICA DOS SOLOS

2.1 Métodos de Investigação

Os métodos de investigação e ensaios de campo, são

a base da Geotecnia. Assim podemos afirmar que é quase

impossível a existência dela sem o uso de sondagens e

ensaios. A realização de estudos em campos permite o fiel

reconhecimento do subsolo, as camadas dos quais e

constituído e a posição do nível do lençol freático, além da

obtenção de parâmetros como peso específico, umidade,

ângulo de atrito, coesão e outros mais.

A NBR 6122, a qual preconiza a elaboração de projetos

de fundação e execução desses dispositivos, faz o seguinte

relato:Para qualquer edificação deve ser feita uma campanha

de investigação geotécnica preliminar, constituída no

mínimo por sondagens a percussão (com SPT), visando

a determinação da estratigrafia e classificação,dos

solos, a posição do nível d´agua e a medida do índice à

penetração NSPT, de acordo com a ABNT 6484. Na

classificação dos solos deve ser empregada a NBR

6502. NBR 6122 (2010, p.9).

de aviões bombardeiros na Segunda Guerra Mundial, nesse

ambiente de dúvidas e questionamentos surgem então o

ensaio de CBR (California Bearing Ratio), idealizado pelo

engenheiro J. Porter, o qual por meio da penetração de um

pistão permitir avaliar a resistência em % porcentagem dos

solos compactados.

Os métodos de investigação geotécnicos, segundo a

clássica Mecânica dos solos podem ser divididos em dois

grandes grupos, sendo o primeiro referente aqueles com

retirada de amostras:

Ÿ Sondagem a Trado;

Ÿ Abertura de Poços;

Ÿ Sondagem a Percussão – SPT (Standard Penetration

Test);

Ÿ Sondagem Rotativa;

Ÿ Sondagem Mista.

Já no segundo grupo estão locados os ensaios de

campo os quais não realizam extração de amostras,

somente a obtenção de parâmetros “in-situ”.

Ÿ CPT (Cone Penetration Test);

Ÿ DPL ou PDL

Ÿ Vane Test;

Ÿ Pressiométricos;

Ÿ Ensaios Geofísicos;

Ÿ Prova de Cargas;

Ÿ Resistividade;

A GEOTÉCNICA RM, visando a atender às necessi-

dade de demanda do mercado de construção civil,

infraestrutura, mineração, saneamento e demais áreas,

oferta ao seus clientes e parceiros a execução de diversos

métodos consagrados de investigação geotécnica e

ensaios de campo, obtendo assim parâmetros de alta

qualidade e confiabilidade.

2.2 Origem e Formação dos Solos

A superfície do planeta Terra é denominada de crosta

terrestre; que por sua vez, é formada por vários tipos de

maciços rochosos dentre eles magmáticos, sedimentares

e metamórficos. A formação da porção de solos se dá pela

decomposição desse material rochoso. Tal fenômeno e

conhecido tecnicamente, como intemperismo, o qual

pode atuar por meio de agentes físicos, químicos e

biológicos.

Segundo a NBR 6502 (1995), a qual especifica os

termos referentes a solos e rochas, propriedade de

alterabilidade de uma rocha é aquela relativa a facilidade

que possui de sofrer alteração de seus constituintes e sua

forma física perante agentes externos, o resultado dessa

alterabilidade são as frações denominadas de blocos,

matacões, pedregulhos, areias, siltes e argilas.

De forma simplificado podemos afirmar que o solo

pode ser, residual quando se mantém no lugar de origem ou

sedimentares quando são transportados por meios físicos.

Cabe ressaltar que existem mais particularidades

em relação a classificação dos solos, porém, no momento,

a mesma não são relevantes.

2.3 Propriedade das Partículas Sólidas de Solo

Como sabemos, as rochas são constituídas de

minerais, que são desagregados e decompostos resultan-

do em subprodutos como os argilos minerais. Essas

frações, por sua vez, apresentam propriedades pertinentes

às partículas sólidas, as quais são de suma importância

para a explicação de problemas geotécnicos.

A clássica Mecânica dos Solos apresenta as proprie-

dades significativas para a compressão dos fenômenos

físicos e químicos de interesse à Geotecnia. Abaixo

discriminamos algumas das quais acreditamos ser as mais

importantes:

Ÿ Peso Específico: grandeza física que estabelece a

relação entre o peso da partícula e o seu volume, É dado

pela seguinte expressão:

Ÿ Densidade Relativa: e a relação entre o peso da

partícula sólida de igual volume de água para a tempera-

tura de 4ºC.

Ÿ Forma das Partículas: essa propriedade diz a respeito

ao formato da partícula de solos, o qual pode ser

classificado como arredondado, lamelar e fibrilares.

Ÿ Granulometria: podemos afirmar que trata de uma das

mais importante propriedade do solos. Visa ao estudo

das frações constituintes, suas dimensões e proporção

em massa total.

Com a uti l ização técnicas normatizadas a

GEOTÉCNICA RM, oferta a determinação de parâmetros

relativos as partículas de solos, os mesmo são realizados

de forma muito técnica, visando assim que clientes e

parceiros obtenha êxito em seus projetos e consultoria.

2.4 Índices Físicos

A estrutura do solo é algo de extrema complexidade

pois o formato e disposição dos grãos estão associados a

fenômenos físicos e químicos. Essa estrutura pode apre-

sentar três fases, as quais por sua vez não são bem distin-

yg=Ps__Vs

s =Yg__Ya

Página 05 Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016

tas, existindo zonas largas fronteiras de tramitação.

A determinação dos índices físicos é de suma importân-cia para a compressão dos fenômenos atuantes no maciço de solo. Os mesmos nos permitem avaliar através de modelos matemáticos diversas situações. Dentre elas variações volumétricas, adensamento, liquefações etc. Abaixo apresentamos os principais índices físicos, ressal-tando ao leitor a existência de mais relações, as quais não serão abordadas visto o foco do presente trabalho.

Ÿ Umidade: relação entre o peso de água contida no solo e o peso dos solo e dada pela seguinte expressão:

Ÿ Índice de Vazios: e a relação entre o volume de vazios e o volume da parte sólida de um solo. O mesmo é determi-nado pela seguinte expressão:

Ÿ Porosidade: segundo Caputo (2008), essa é a relação preferida pelos profissionais de Agronomia, vista que expressa a relação entre o volume de vazios e o volume total da amostra de solo:

Ÿ Grau de Saturação: trata-se da relação entre o volume de água e o volume de vazios, variando de 0 a 100%.

2.5 Plasticidade e Consistência

O comportamento de um solo e sua classificação muitas vezes não e possível somente com os estudos dos grãos e seus formatos. D essa forma na maioria das situa-ções em que a massa de solo possui frações finas, estas

podem incrementar características significativas ao ponto de alterar, por completo, o comportamento do mesmo, atribuindo assim propriedades plásticas, expansivas, redução da permeabilidade etc. Segundo Pinto (2011), devido à importância da fração fina do solo esta por sua vez, representada pelas argilas e siltes, o engenheiro químico Atterberg introduziu a realização de ensaios para a caracterização dessas frações quanto a sua plasticida-de. Métodos esses, que, posteriormente vieram a ser padronizados pelo professor de Mecânica dos Solos Arthur Casagrande, criando assim os ensaios de limite de liquidez, plasticidade e contração.

- Fonte: DNIT 2006

w =Vw__Vs

x 100

e =Vv__Vs

n =e__

1+e

s =ys. w_____e.yw

A plasticidade de um solo varia proporcionalmente com o teor de umidade em qual se encontra. Dessa forma podemos observar na figura 5 os limites de consistência em função da umidade.

A realização de ensaios de limite consistência são preconizados pelas NBRs 6459 / 7180 e 7183, e rotineiramente realizados em laboratórios de campo e pesquisa. Porém cabe ressaltar que, devido ao desconhecimento dos procedimentos de execução e a precariedade dos laboratórios, na maioria das vezes, os parâmetros obtidos nesses ensaios perdem, significa-tivamente a sua importância. A GEOTÉCNICA RM, oferta em seu laboratório a execução desses ensaios com o elevado rigor técnico, obtendo assim resultados condizentes com a realidade amostral.

2.6 Permeabilidade dos Solos

Definimos com o permeabilidade a capacidade que o solo possui de permitir o fluxo de água, através de sua massa, sendo que essa capacidade de percolação é representado numericamente pelo coeficiente de permeabilidade, utilizando como indicador a letra k.

Conforme explica o professor Ortigão (2007), em amostras de solos o coeficiente k é rotineiramente

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determinado por meio de ensaios com o emprego de permeâmetros de carga variável para solos finos e de carga constante para solos granulares, ilustrados na figura 6.

No Brasil os ensaios de permeabilidade em amostras de solos são normatizado por meio das NBRs 14545 e 13292.

A GEOTECNICA RM, com o emprego de equipamentos especiais com excelente padrão de fabricação determina o coeficiente de permeabilidade (k), para balizar os mais diversos estudos. Em campo realizamos diversos ensaios de permeabilidade os quais são preconizados no Boletim nº 4 da ABGE.

3 FENÔMENOS INERENTES AO SOLO

Sabemos que tanto a Mecânica dos Solos quanto a Geotecnia, surgiram da necessidade de se solucionar problemas de interação entre o solo e as estruturas. São diversos os problemas associados à ocupação humana sobre o ambiente terrestre, desde problemas ambientais, sociais e de infraestrutura. Dentre os diversos fenômenos envolvendo a Geotecnia iremos abordar nas linhas que se seguem alguns dos mais importantes e corriqueiros fenôme-nos que fundamentam a base dos estudos geotécnicos.

3.1 Ruptura

A ruptura de uma massa de solo está associada diretamente as suas características intrínsecas às condições de carregamento aos quais o mesmo é submetido.

Duas propriedades caracterizam de fato a resistência ao cisalhamento de um maciço terroso, sendo a primeiro denominada de ângulo de atrito o qual está relacionado ao

- Fonte: Cintra e Aoki

contato grão a grão e uma superfície de ruptura proveniente de contatos pontuais no interior do maciço. Já à segunda grandeza é chamada de coesão, podendo ser dividida em dois seguimentos distintos, sendo uma relacionado a fenômenos capilares e outro à cimentação e atração coloidal de solos finos.

Abaixo é apresentando a expressão matemática idealizada por Coulomb, onde τ e a resistência ao cisalha-mento, c e a coesão do solo, σ a tensão normal aplicada, μ a poropressão e φ o ângulo de atrito interno.

Quando à força atuante sobre uma massa de solo se

iguala à resistência ao cisalhamento, então alcançamos a

eminência da ruptura, fato que justifica os mais diversos

casos de ruptura de taludes artificiais e naturais, colapso de

fundações, ruptura de pavimentos e demais casos.

3.2 Recalque

Conforme a NBR 6502, recalque é definido como o

deslocamento da massa de solo, devido a tensão aplicada

sobre uma determinada superfície. De fato e considerado um

dos mais sérios problemas de geotecnia em diversas áreas

da engenharia, desde a geotecnia de fundações a de

pavimento, o qual está associado aos fenômenos de

compressibilidade dos solos.

O fenômeno de recalque é tratado com mais relevância

nos dispositivos de fundações de obras de edificações,

pontes, tanques e barragens, devido ao risco de ruina

nessas estruturas.

- Fonte: DNIT 2006

- Fonte: Cintra e Aoki

Página 07 Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016

EVALDO GONÇALVES RÊGO CREA nº 5060556953/D-SP Diretor Técnico

E-mail: [email protected] 55 (63) – 99206-8013 / 98477-5138

MARCOS COELHO MILHOMEM CREA RN nº 241342518-7/TO

Diretor Técnico

E-mail: [email protected] 55 (63) – 99217-0510

AUTORES

- Fonte: DNIT 2006

No Brasil destacamos os solos poroso de Brasília, o

qual é susceptível ao fenômeno de colapso, ou seja a

ruptura brusca. As fundações de obras civis e infraestrutura

assentes sobre esses solos devem ser projetadas de forma

que sua cota de assentamento está em camadas mais

profundas e que não ofertem esse comportamento.

3.4 Solos Moles

Solos mole é o nome designado aos solos de baixa

consistência e consequentemente baixa capacidade de

suporte “in-situ”. Na maioria dos casos são depósitos

sedimentares de argilas de baixíssima consistência e com

elevado teor de matéria orgânica. Geralmente essas bacias

de sedimentos estão situadas às margens de rios e regiões

litorâneas de deflúvio, onde existe a formação de bacias de

sedimentos.

Geralmente a concepção de obras nessas regiões e de eleva-do grau de complexidade, vista que os recalques p romov idos po r essas camadas podem ge ra r deslocamentos muito superior as 100 cm.

- Fonte: Próprio autor

Tal fenômeno está mais presente nas barragens de

rejeito de mineração, os quais, por sua vez, não apresentam

coesão e estão constantemente saturados ou submersos.

Recentemente, no Brasil, ocorreu um dos maiores acidentes

envolvendo barragens de rejeito, fato esse atribuído a um

problema de liquefação.

- Fonte: O Globo, 2016

Nota: Este informativo é uma publicação da empresa:GEOTECNICARM, Editoração e Impressão: GRAFICA COMETA.Este material possui direitos reservados. É permitida a reprodução do conteúdo deste documento, desde que citada a fonte e o(s) autor(es). Tiragem: 5.000 exemplares.

Escritório 1:Rua Antônio Lisboa da Cruz nº 1581 – Edif. Paulo Henrique – CEP 77.405-100 – Gurupi-TO - (63) 3312-5138

Escritório 2: Quadra 103 Sul, Rua SO 11, nº 30, Sala 01 – CEP 77.015-034 - Palmas – TO - (63) 3215-0186

3.5 Liquefação de Areias

A liquefação é um fenômeno que está atribuído a solos

granulares ou solos finos não coesivos como os siltes

arenosos, em que a poropressão se eleva ao ponto de anular

as tensões efetivas, eliminando assim o atrito de contato

entre partículas. Q uando isso ocorre acompanhado de

carregamentos rápidos ou dinâmicos esse material se torna

fluído escoando drasticamente, segundo Ortigão (2007).

Página 08Ano I - Nº 01/2016 - Dezembro/2016

3.3 Colapso de Solos Tropicais Lateríticos

Processo típico de solos tropicais, a laterização é um fenômeno de concentração de óxidos e hidróxido de ferro e alumínio oriundo de um processo e lixiviação. O acúmulo desses produtos forma um solo granular de elevada porosidade. Porém existe um grupo de solos laterítico cuja a formação ocasiona uma porosidade acima do normal, quando comparado com os demais solos laterizado. Além disso ligações cimentem muitos frágeis que perante a aplicação de carga e saturação se desfazem de forma instantânea.

Dra. Donatila Rodrigues RêgoOAB-789-TO

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DEPARTAMENTO JURÍDICO

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