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03, Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região PJe - Processo Judicial Eletrônico Consulta Processual
11/02/2014
Número: 1000131-98.2014.5.02.0611
Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO
Partes
Tipo Nome
RECLAMANTE MARIA GEMINIANA DOS SANTOS OLIVEIRA - CPF: 086.098.728-07
ADVOGADO ODAIR LEAL SEROTINI - OAB: SP133605
RECLAMADO ESTADO DE SÃO PAULO (Oficial) - CNPJ: 46.379.400/0001-50
Estado de São Paulo - São Paulo REPRESENTANTE
Documentos
Id. Data da Assinatura
Documento Tipo
33768 69
05/02/2014 14:56 Petição Inicial Petição Inicial
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP
MARIA GEMINIANA DOS SANTOS OLIVEIRA, brasileira, casada, portadora do RG 14.169.726-X SSP/SP, inscrita no CPF/MF sob n° 086.098.728-07 DTN: 23/02/62, CTPS n° 99786, Mãe: Maria Juliana dos Santos, residente e domiciliada em São Paulo/SP, sito à Rua Canhano do Canadá, n° 484 e.mail gemisantos@yahoo.com.br
Por intermédio de seu advogado e procurador signatário, vem, respeitosamente, à elevada presença de V. Exa., com fundamento no ARTIGO 129 da CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO ajuizar AÇÃO DE INCORPORAÇÃO DA SEXTA-PARTE SOBRE OS VENCIMENTOS INTEGRAIS em face da FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, inscrita no CNPJ sob n° 46.377.222/0002-00, com endereço em São PauloSP, sito à rua Pamplona, n° 227 — Bairro Bela Vista — CEP 01405-000, vazada nas razões de fato e de direito a seguir expostas:
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ODAIR LEAL SEROTINI
Num. 3376869 - Pág. 1 http://pjefrtsp.justriprimeirograutProcesso/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14020514562270300000003364951
Número do documento: 14020514562270300000003364951
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1. A autora trata-se de servidora pública estadual celetista, lotada no Gabinete do Secretario da Saúde conforme faz prova a documentação inclusa, TENDO INGRESSADO NO SERVIÇO PÚBLICO em 21 de julho de 1.992, conforme REGISTRO CONSTANTE NA INCLUSA CARTEIRA DE TRABALHO, em anexo.
Possui, portanto, mais de 20 (vinte) anos de serviço público estadual, para ser mais exato, já conta com 21 anos de serviço público.
1. A Administração Pública, contrariando a redação do ARTIGO 129 da Constituição do Estado de São Paulo não
incorporou aos vencimentos do reclamante a denominada SEXTA-PARTE dos vencimentos. Referido título deveria ter sido incorporado na data em que o obreiro completou vinte anos de serviço, sendo devidas as diferenças do beneficio em prol do reclamante desde então.
Confira-se a redação do artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, in verbis:
"Art. 129 — Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115, XVI desta Constituição."
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ODAIR LEAL SEROTINI
http7/pje.trtsplus.briprimeirograuProcesso/ConsultaDocumentollistView.seam?nd=14020514562270300000003364951
Número do documento: 14020514562270300000003364951
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2. O beneficio, ex vi legis é concedido a todo servidor público estadual que complete vinte anos de serviço público estadual.
3. A sexta-parte deve ser paga sobre os vencimentos integrais, situação essa que também reclama decisão judicial a respeito, a fim de que as partes não venham futuramente a juízo discutir a sua base de cálculo.
6. No caso da reclamante todos os componentes da sua remuneração são verbas salariais, pois sobre todas as parcelas incidem CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS ao INSS.
DA JURISPRUDÊNCIA
A questão está sumulada no TRT da 2" Região (SÚMULA 4), conforme acórdãos em anexo, a saber:
- Acórdão 200901786666 — Processo TRT/SP 00098200707002000.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ODAIR LEAL SEROTINI
Num. 3376869 - Pág. 3 httplipje.trtsp.jus.briprimeirograu/ProcessoiConsultaDocumentolkstView.seam?nd=14020514562270300000003364951
Número do documento: 14020514562270300000003364951
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- Acórdão 20090363854 — Processo n° TRT/SP N° 01041200806602000.
Ementa
Julgando questão atinente à sexta-parte dos vencimentos de servidor celetista, matéria inserta no mesmo artigo 129 da Carta Paulista, o TRT da 2" Região — RO 04386-2006-087-02-00-4; Ac. 2009/0371164 — 4" T., Rela Desa Federal Ivani Contini Burmante DOESP 02/06/2009 — p. 139), ementou que:
"EMPREGADO PÚBLICO — SEXTA-PARTE. Direito conferido a todos os servidores públicos independentemente do regime jurídico ser estatutário ou celetista e da administração direta ou indireta. Inexistindo discriminação na Carta Estadual Paulista, descumprindo ao
intérprete conferir tratamento diferenciado, a respeito, ao empregado público. Inteligência dos arts. 129, Constituição Estadual, auto-aplicável e 205, IV LC 180/78."
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ODAIR LEAL SEROTINI
Num. 3376869 - Pág. 4 http://pie.trtsp.jus.briprimeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14020514562270300000003364951
Número do documento: 14020514562270300000003364951
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DA JURISPRUDÊNCIA DO E. TST SOBRE A BASE DE CÁLCULO DA SEXTA-PARTE
" Nos autos do Processo n° TST-RR-521/2007-071-02-00.8, o Colendo TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, decidiu que
a sexta-parte dos servidores públicos do Estado de São Paulo incidem sobre os VENCIMENTOS INTEGRAIS, conforme cópia em anexo de Acórdão da 5" Turma daquele Sodalício. — Vide fls. 5 do acórdão - item 1.2.
VIDE DECISÃO ABAIXO TRANSCRITA NA ÍNTEGRA.
1.2. BASE DE CÁLCULO. SEXTA-PARTE. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ODAIR LEAL SEROTINI
Num. 3376869 - Pág. 5 http:i/pje.trtsp.jus.briprimeirograufProcesso/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=14020514562270300000003364951
Número do documento: 14020514562270300000003364951
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O Tribunal Regional deu parcial provimento ao Recurso voluntário interposto pelo reclamado, para excluir da base de cálculo da sexta-parte, a "gratificação extra", a "de assistência suporte saúde — GASS" e a "gratificação geral", sob os seguintes fundamentos:
"Das parcelas recebidas habitualmente pela reclamante (fls. 13), aquelas denominadas 'gratificação extra', 'de assistência suporte saúde — GASS' e 'gratificação geral', foram criadas por leis complementares, onde está previsto que não integrariam os ganhos salariais para qualquer fim, a não ser 13° salário (§ 4°, do artigo 3°, da Lei Complementar 788/94; art. 3°, da LC 871/93; art. 17, da Lei Complementar 901/2001). Logo, essas gratificações não podem mesmo compor a base de cálculo da sexta-parte porque as disposições legais que as instituíram vedaram essa incidência.
Já a Lei Complementar 797/95, que instituiu a 'gratificação executiva' e aquela 674/92, que instituiu a `gratificação especial de atividade — GEA', não vedaram expressamente a incidência destas verbas em outras parcelas pecuniárias, presumindo-se, então, que as mesmas têm caráter salarial e, portanto, devem integrar a base de cálculo da sexta-parte que, nos moldes do art. 129, daquela Carta Estadual, é computada sobre os vencimentos integrais do servidor, ou seja, sobre todas as parcelas recebidas e com natureza salarial, acertando a origem ao determinar que essas gratificações façam parte da base de cálculo da parcela sexta-parte.
E, quanto aos adicionais de insalubridade e por tempo de serviço, também acertou a origem ao determinar que tais adicionais componham a base de cálculo, isso porque são adicionais que incidem sobre verbas de natureza salarial e, por esta razão, devem compor a base de cálculo da parcela sexta-parte porque esta, como visto no parágrafo anterior, é computada sobre os vencimentos integrais, assim entendidas todas as parcelas de natureza salarial recebidas.
Destarte, determina-se a exclusão da incidência sobre as gratificações denominadas: 'gratificação extra', `de assistência suporte saúde — GASS' e 'gratificação geral'. Reforma-se, em parte" (fls. 80/81).
O reclamado sustenta que não pode incidir a base de cálculo da "sexta-parte" sobre os adicionais de insalubridade e por tempo de serviço. Aponta violação aos arts. 115, inc. XVI, e 129 da Constituição do Estado de São Paulo e 37, inc. XIV, da Constituição da República. Transcreve aresto para confronto de teses.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ODAIR LEAL SEROTINI
Num. 3376869 - Pág. 6 http://pje.trtsp.jus.briprimeirograufProcesso/ConsultaDocumentollistView.seam?nd=14020514562270300000003364951
Número do documento: 14020514562270300000003364951
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Discute-se, in casu, a inclusão dos adicionais de insalubridade e por tempo de serviço na base de cálculo da sexta-parte.
O art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo assim dispõe:
"Art. 129. Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI , desta Constituição" (sem grifo no original).
Verifica-se da análise do referido dispositivo da Carta do Estado que há margem para a interpretação mais favorável à empregada, porquanto o artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo trata de dois benefícios conferidos aos servidores das autarquias do Estado de São Paulo e ao final se reporta à incorporação aos vencimentos de forma integral para todos os efeitos.
Logo, o decidido não ofende ao disposto no inc. XVI, do art. 115 da Constituição do Estado de São Paulo , que veda a cumulação de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento, que não é a hipótese dos autos. Se dúvidas houvesse na interpretação, essa beneficiaria a reclamante, em face do princípio da norma mais benéfica.
Verifica-se, pois, que a Corte Regional, ao decidir que os adicionais por tempo de serviço e insalubridade compõem a base de cálculo da sexta-parte, não interpretou a luz do art. 37, inc. XIV, da Constituição Federal, ora apontado no recurso de revista como violado.
Este Tribunal, já se pronunciou sobre o tema ora em debate, em precedentes que trago à ilustração: Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ODAIR LEAL SEROTINI
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http://pje.trtsp.jus.briprimeirograulProcessoiConsultaDocumentollistView.seam?nd=14020514562270300000003364951
Número do documento: 14020514562270300000003364951
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"RECURSO DE REVISTA DO RECLAMADO. SEXTA-PARTE. ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. A interpretação do acórdão regional relativamente ao artigo 129 da Constituição Estadual de São Paulo encontra-se em consonância com os precedentes desta Corte, no sentido de que a parcela sexta-parte é devida aos empregados públicos celetistas, porque é espécie do gênero servidor público, bem como quanto ao entendimento de que o cálculo da referida parcela incide sobre os vencimentos integrais. Incidência do óbice do artigo 896, § 4°, da CLT e da Súmula 333 do TST. Recurso de revista não conhecido" (RR-2411/2003-059-02-00.3, 8' Turma, Rel. Min. Dora Maria da Costa, DJ. 5/12/2008, sem grifo no original)
RECURSO DE REVISTA. SEXTA-PARTE. DIREITO OBREIRO. EMPREGADO PÚBLICO. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. APLICABILIDADE. A matéria já é conhecida nesta Corte Superior, conforme precedente RR-1686/2000-042-15-00.4, de minha Relatoria, publicado no DJ de 16/5/2008, no sentido de que a melhor interpretação conferida ao art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo é no sentido de que a verba denominada sexta-parte é devida tanto aos servidores públicos estatutários quanto aos empregados públicos celetistas, e incide sobre o valor total da remuneração do obreiro, vale dizer, sem que o valor relativos aos qüinqüênios sejam excluídos da sua base de cálculo. O Recurso de Revista obreiro merece provimento para que a verba denominada sexta-parte incida sobre o valor total da remuneração, sem exclusão dos qüinqüênios. Prejudicado o exame do Recurso de Revista do Reclamado. Recurso de Revista conhecido por divergência jurisprudencial e provido" (TST-RR-1924/2004-049-02-00.0, 3' Turma, Rel. Min. Carlos Alberto Reis de Paula, DJ. 21/11/2008, sem grifo no original)
"ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. BASE DE CÁLCULO. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE SÃO PAULO. 1. O artigo 129 da Constituição Estadual de São Paulo assegura aos servidores estaduais dois benefícios distintos: adicional por tempo de serviço e sexta-parte, estabelecendo a base de cálculo sobre os vencimentos integrais apenas no tocante ao segundo benefício, nada dispondo quanto ao adicional por tempo de serviço. 2. Inadmissível conferir-se a dispositivo da Constituição Estadual interpretação extensiva favorável aos interesses dos servidores celetistas, sem qualquer amparo legal, pois a Administração Pública está adstrita ao princípio da legalidade. 3. Embargos conhecidos, por divergência jurisprudencial, e, no mérito, não providos" (E-RR ri° 970/2000-042-15-00.3, SBDI-1, Relator Ministro João ()reste Dalazen, DJU de 03/02/2006, sem grifo no original).
Por fim, o único aresto de fls. 108/112 é inespecífico, uma vez que registra entendimento apenas sobre a base de cálculo do adicional por tempo de serviço. Incidência da Súmula 296 do TST.
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Número do documento: 14020514562270300000003364951
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Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do Recurso de Revista.
Quanto à aplicação ao servidor celetista, a hermenêutica a se fazer é a seguinte: Onde o legislador não distinguiu não compete ao
intérprete faze-lo.
De outra parte, se a Administração já paga aos servidores públicos celetistas o ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO (Vide holerite do reclamante), que tem suporte legal no artigo 129 da Constituição do Estado, não há razões lógicas para olvidar a sexta-parte, que tem base legal no mesmo dispositivo da Carta Paulista (art. 129).
DOS PEDIDOS
ISTO POSTO, é a presente para requerer a citação da reclamada, para, querendo, contestar a presente ação, julgando-se ao final procedentes os pedidos para condenar a requerida, nos seguintes termos:
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Num. 3376869 - Pág. 9 http:llpje.trtsp.jus. bnpri meirog rauf Processo/Con sultaDocum ento/listView.sea m?nd =14020514562270300000003364951
Número do documento: 14020514562270300000003364951
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1) A apostilar (incorporar), nos termos do artigo 129 da
Constituição do Estado de São Paulo, a sexta-parte sobre os vencimentos integrais do reclamante mediante apostilamento em folha de pagamento.
2) Ao pagamento das parcelas atrasadas, vencidas e vincendas, até o efetivo cumprimento da obrigação de fazer, com reflexos em Férias, Trezenos, DSR's e FGTS.
3) Honorários advocatícios de 20% sobre o valor da condenação.
Protesta pela produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente juntada de documentos, perícias e requisições junto a repartições públicas.
DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
Requer-se , em favor do autor, os beneficios da gratuidade processual constantes da Lei Federal n.° 1.060/50, tendo em vista que nos termos da inclusa Declaração de Pobreza, não reúne condições de litigar em juízo sem prejuízo do sustento próprio e da sua família.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: ODAIR LEAL SEROTINI
http://pje.trtsp.jus.briprimeirograulProcesso/ConsultaDocumento/listViewseam?nd=14020514562270300000003364951
Número do documento: 14020514562270300000003364951
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Atribui-se à causa o valor de R$ 5.000,00 (Cinco mil reais), para os fins de direito.
Termos em que
Pede deferimento.
Campinas, 05 de fevereiro de 2.014
ODAIR LEAL SEROTINI
ADVOGADO
OAB/SP 133.605
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Num. 3376869 - Pág. 11 http://pje.trtsp.jus.beprimeirograu/Processo/ConsultaDocumentoilistView.seam?nd=14020514562270300000003364951
Número do documento: 14020514562270300000003364951
Processo Judicial Eletrônico:
hup://pje.trtsp.jus.br/primeirograu/Painel/painel_usuario/documento...
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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 22 Região
112 Vara do Trabalho de São Paulo - Zona Leste
Processo n° 1000131-98.2014.5.02.0611 RECLAMANTE: MARIA GEMINIANA DOS SANTOS OLIVEIRA RECLAMADO: ESTADO DE SÃO PAULO (Oficial)
SENTENÇA
Aos 28 dias do mês de março do ano de 2014, às 13h1Omin, na Sala de
Audiências da MM. 112 Vara do Trabalho da Zona Leste de São Paulo , pela MM. Juíza do
Trabalho, Dra. DANIELLE SANTIAGO FERREIRA DA ROCHA, foram apregoadas as partes
MARIA GEMINIANA DOS SANTOS OLIVEIRA Reclamante(s) e ESTADO DE SÃO PAULO Reclamada(s). Ausentes as partes. Proposta final conciliatória prejudicada.
RELATÓRIO
MARIA GEMINIANA DOS SANTOS OLIVEIRA, devidamente, qualificado(a)
nos autos ajuizou reclamatória trabalhista, alegando pagamento incorreto gratificação sexta
parte, pois não incluídas, em sua base de cálculo, todas as parcelas salariais habitualmente
recebidas pela autora. Visou obter a condenação da reclamada(s) ESTADO DE SÃO PAULO no pagamento de diferenças de gratificação sexta parte e reflexos Requereu a condenação
da(s) ré(s) no pagamento de honorários advocatícios. Declarou miserabilidade jurídica.
Requereu a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita. Atribuiu à causa o valor de
R$5.000,00.
A reclamada, em sua defesa, em prejudicial, alegou prescrição. No mérito,
1 de 8 02/04/2014 17:38
Processo Judicial Eletrônico: http://pje.trtsp.jus.br/primeirogau/Painel/painel_usuario/documento...
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negou os direitos demandados.
Produzida prova documental.
Encerrada a instrução processual. Partes não conciliadas.
DECIDE-SE
FUNDAMENTAÇÃO
PREJUDICIAIS
PRESCRIÇÃO PARCIAL
Retroagindo-se, em cinco anos, a data de ajuizamento desta ação
trabalhista, no dia encontrado, as supostas lesões não tinham, ainda, se configurado, pois a
reclamante não havia completado o tempo de serviço necessário para o recebimento da
parcela gratificação sexta parte — 20 anos.
Rejeita-se.
MÉRITO
GRATIFICAÇÃO SEXTA PARTE — DIFERENÇAS
De acordo com a petição inicial, a reclamada procede, incorretamente, ao
cálculo da gratificação sexta parte, pois não inclui, na respectiva base de cálculo, as parcelas
adicional de insalubridade e adicional por tempo de serviço. Postulou a inclusão respectiva,
bem como o pagamento de diferenças e reflexos.
Em sua defesa, a reclamada negou o direito ao recebimento do adicional por
tempo de serviço. Mais adiante, alegou que, acaso deferida a parcela gratificação sexta parte,
a mesma deverá incidir sobre o valor do salário base.
2 de 8 02/04/2014 17:38
Processo Judicial Eletrônico: littp://pje.trtspjus.br/primeirograu/Painel/painel_usuario/documento...
fls. 3
Não obstante o teor da defesa apresentada, da leitura da petição inicial,o5
observa-se que o pedido restringe-se ao pagamento de diferenças da parcela "sexta parte",
razão pela qual, o direito ao pagamento, ou não do adicional por tempo de serviço, deixa de
ser analisado por este Juízo diante de sua impertinência.
Quanto ao pedido, propriamente, dito, vale dizer, integração das parcelas
adicional de insalubridade e adicional por tempo de serviço, razão assiste à autora. A
gratificação "sexta parte" tem, como base de cálculo, os vencimentos integrais do trabalhador,
o que, por conseguinte, inclui o adicional de insalubridade e o adicional por tempo de serviço
recebidos pela autora. O art. 129 da Carta Magna Estadual, expressamente, faz menção a
"vencimentos integrais", ou seja, globalidade salarial, o que corresponde à soma do salário
base e de todas as vantagens salariais recebidas pelo trabalhador. As parcelas invocadas na
petição inicial têm natureza salarial, são pagas com habitualidade e devem integrar a base de
cálculo da gratificação sexta parte para todos os fins.
A reclamante é credora de diferenças da gratificação sexta parte,
observando-se, como base de cálculo, o adicional de insalubridade e adicional por tempo de
serviço recebidos.
Devidos os reflexos sobre gratificação natalina, férias e 1/3, FGTS de 8%.
A condenação em obrigação de pagar abrangerá, também, parcelas
vincendas e devidas até a extinção do contrato de trabalho. Para tanto, deverá o pagamento
ser apostilado e incluído em folha, no prazo de 08 dias contados do trânsito em julgado desta
Sentença de Mérito, sob pena de multa diária a ser fixada em regular execução.
Os valores do FGTS deverão ser depositados na conta vinculada do
reclamante. Para tanto, será a reclamada intimada, o que ocorrerá após o trânsito em julgado
desta Sentença de Mérito e liquidação do quantum devido.
JUSTIÇA GRATUITA
Face à declaração de miserabilidade jurídica juntada aos autos, deferem-se
os benefícios da Justiça Gratuita à reclamante, ficando, desde já, isenta do pagamento de
eventuais despesas processuais de sua responsabilidade.
Acolhe-se.
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA
Dispõe art. 12-F da Lei n2 9.494/1997, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.180-35, de 24.08.2001 que:
3 de 8 02/04/2014 17:38
Processo Judicial Eletrônico: http://pje.trtsp.jus.br/primeirograu/Painel/painel_usuario/documento...
fls. 4
"Os juros de mora, nas condenações impostas à Fazenda Pública para pagamento de verbas
remuneratórias devidas a servidores e empregados públicos, não poderão ultrapassar o
percentual de seis por cento ao ano."
O mesmo art. 12-F da Lei n2 9.494/1997, agora, com a redação dada pela Lei
n2 11.960, de 29 de junho de 2009, prevê:
"Art. 12-F - Nas condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
natureza e para fins de atualização monetária, remuneração do capital e compensação da
mora, haverá a incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de
remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança."
A ré, na condição de ente da Administração Pública, submete-se às regras
acima elencadas.
A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada na
Orientação Jurisprudencial n2 7, do Tribunal Pleno do C. TST, afasta a taxa de 1% ao mês a
título de juros moratórios, como se confere a seguir "in verbis":
"I — Nas condenações impostas à Fazenda Pública, incidem juros de mora segundo os
seguintes critérios:
a) 1% (um por cento) ao mês, até agosto de 2001, nos termos do § 12 do art. 39 da
Lei n2 8.177, de 1.03.1991;
b) 0,5% (meio por cento) ao mês, de setembro de 2001 a junho de 2009, conforme
determina o art. 12 - F da Lei n° 9.494, de 10.09.1997, introduzido pela Medida
Provisória n2 2.180-35, de 24.08.2001.
II — A partir de 30 de junho de 2009, atualizam-se os débitos trabalhistas da Fazenda
Pública, mediante a incidência dos índices oficiais de remuneração básica e juros
aplicados à caderneta de poupança, por força do art. 5° da Lei n° 11.960, de
29.06.2009.
III - A adequação do montante da condenação deve observar essa limitação legal,
ainda que em sede de precatório."
Os juros de mora serão computados em 0,5% ao mês até 29/06/2009 e,
a partir de 30/06/2009, deverá ser observado o artigo 12-F da Lei no 9.494/1997, com a redação
que lhe foi dada pela Lei no 11.960/2009.
A correção monetária será calculada com observância do disposto na
Lei n° 6.899/81, art. 12, §12 e do disposto no art. 459, parágrafo único, CLT. Assim, o índice da
correção monetária que será aplicado corresponderá ao do mês subsequente ao da prestação
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Processo Judicial Eletrônico: http://pje.trtsp.jus.br/primeirograu/Painel/painel_usuario/docurrr nto... fls. 5
de serviços. Súmula 381 do Egrégio TST.
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E FISCAIS
Deverá(ão) a(s) r(és), nos limites da(s) respectiva(s) responsabilidade(s),
efetuar o recolhimento previdenciário, em regular liquidação de sentença, do valor equivalente
à contribuição previdenciária da empresa (art. 22, I, Lei n° 8.212/91) e, ainda, deverá(ao), proceder ao cálculo da parcela devida pelo(a) reclamante e efetuar o respectivo recolhimento,
observando-se o teto de contribuição e o disposto no art. 20 da Lei supracitada, sob pena de
execução direta pelo valor equivalente.
No cálculo acima, observadas serão as isenções previstas no art. 28, §99, Lei supracitada.
No tocante às contribuições fiscais, observar-se-á o disposto no art. 46 da
Lei n° 8.541/92 incidindo a alíquota do Imposto de Renda sobre o total dos rendimentos objeto
da presente condenação. Deverá(ao) a(s) ré(s), em regular liquidação de sentença, efetuar o
cálculo sobre o valor da condenação devido ao(à) reclamante, bem como deverá(ão) efetuar o
respectivo desconto e o recolhimento ao Erário, sob pena de execução.
Observado será o disposto na OJ — SDI — I de n9 363, cujo texto resta abaixo transcrito:
"363. Descontos previdenciários e fiscais. Condenação do empregador em razão do
inadimplemento de verbas remuneratórias. Responsabilidade do empregado pelo
pagamento. Abrangência. (DJ 20.05.2008)
A responsabilidade pelo recolhimento das contribuições social e fiscal, resultante de
condenação judicial referente a verbas remuneratórias, é do empregador e incide
sobre o total da condenação. Contudo, a culpa do empregador pelo inadimplemento
das verbas remuneratórias não exime a responsabilidade do empregado pelos
pagamentos do imposto de renda devido e da contribuição previdenciária que recaia
sobre sua quota-parte."
Sobre os juros de mora, não haverá incidência de Imposto de Renda. Esse
é o entendimento do Egrégio TST cristalizado através da OJ da SDI-I de n° 400, cujo texto resta abaixo transcrito:
"400. Imposto de renda. Base de cálculo. Juros de mora. Não integração. Art. 404 do Código
Civil Brasileiro. (DeJT 02/08/2010)
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Os juros de mora decorrentes do inadimplemento de obrigação de pagamento em dinheiro
não integram a base de cálculo do imposto de renda, independentemente da natureza jurídica
da obrigação inadimplida, ante o cunho indenizatório conferido pelo art. 404 do Código Civil
de 2002 aos juros de mora."
CONCLUSÃO
POSTO ISSO, a MM. 11' Vara do Trabalho da Zona Leste de São Paulo:
REJEITA A ARGUIÇÃO DE PRESCRIÇÃO PARCIAL;
NO MÉRITO, JULGA PROCEDENTES OS PEDIDOS PARA
CONDENAR A RECLAMADA ESTADO DE SÃO PAULO A PAGAR À
RECLAMANTE MARIA GEMINIANA DOS SANTOS OLIVEIRA:
a) diferenças de gratificação sexta parte, observando-se, como
base de cálculo,, o adicional de insalubridade e adicional por
tempo de serviço recebidos;
b) reflexos das diferenças de gratificação sexta parte sobre
férias e 1/3, gratificação natalina e FGTS de 8%.
Os valores serão calculados em regular liquidação de Sentença de Mérito.
Recolhimentos fiscais e previdenciários, bem como juros e correção
monetária incidirão nos termos da Fundamentação que integra este Dispositivo para todos os
fins.
A condenação em obrigação de pagar abrangerá, também, parcelas
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vincendas e devidas até a extinção do contrato de trabalho. Para tanto, deverá o pagamento r_
ser apostilado e incluído em folha, no prazo de 08 dias contados do trânsito em julgado desta
Sentença de Mérito, sob pena de multa diária a ser fixada em regular execução.
Os valores do FGTS deverão ser depositados na conta vinculada do
reclamante. Para tanto, será a reclamada intimada, o que ocorrerá após o trânsito em julgado
desta Sentença de Mérito e liquidação do quantum devido.
Custas pela reclamada no importe de R$ 100,00 calculadas sobre o valor,
provisoriamente, arbitrado para esta condenação de R$ 5.000,00. Dispensadas. Art. 790-A,
CLT.
Não está sujeita a reexame necessário a sentença em que o valor da
condenação não exceda de sessenta salários mínimos, segundo o valor vigente na data da
sua publicação. Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (Súmula 303, item I).
NADA MAIS.
PARTES CIENTES. SÚMULA N2 197 DO COLENDO TST.
DANIELLE SANTIAGO FERREIRA DA ROCHA
JUÍZA DO TRABALHO
[DANIELLE SANTIAGO FERREIRA DA ROCHA] Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: Il iz itipj151RM161, Icli ljliji0011MR1j1011131
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1I PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 22 REGIÃO 3a Turma
PROCESSO n2 1000131-98.2014.5.02.0611 (RO)
RECORRENTE: MARIA GEMINIANA DOS SANTOS OLIVEIRA, ESTADO DE SAO PAULO (OFICIAL)
RECORRIDO: MARIA GEMINIANA DOS SANTOS OLIVEIRA, ESTADO DE SAO PAULO (OFICIAL)
RELATOR: NELSON NAZAR
SEXTA PARTE. BASE DE CÁLCULO. A base de cálculo da sexta parte é formada pela integralidade dos vencimentos, nos termos do art. 129 da Constituição Estadual, à exceção do adicional por tempo de serviço, por se tratar de verba paga sob o mesmo fundamento, nos termos do art. 37, XIV da CF e art. 115, XVI, da Constituição Estadual). Recurso ordinário a que se dá parcial provimento.
Inconformados com a r. sentença
(14032119474778900000000769092), que julgou procedente a reclamação trabalhista,
interpõem o reclamado (14041019130268100000000769075) recurso ordinário e a reclamante
(14052018594248700000000769091) recurso adesivo, pleiteando a reforma da decisão.
Contrarrazões da reclamante (14052018571292900000000769090)
e do reclamado (14062413543775700000000769074).
Parecer do Ministério Público do Trabalho
(14072408153462600000000822096).
É o relatório.
VOTO
Conheço dos recursos, eis que presentes os pressupostos de
admissibilidade.
Ressalvando meu posicionamento acerca da matéria, conheço
também da remessa ex officio, acolhendo posicionamento majoritário da Turma que entende
não ser aplicável à hipótese o disposto no art. 475, §22, do CPC, por se tratar de condenação
ilíquida.
RECURSO DO RECLAMADO E REMESSA EX OFFICIO
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Base de cálculo da sexta parte
O reclamado insurge-se contra a r. sentença que condenou ao
pagamento de diferenças de gratificação de sexta parte, observando-se, como base de
cálculo, o adicional de insalubridade e adicional por tempo de serviço.
Procede, em parte, o inconformismo.
Nos termos do art. 129 da Constituição Estadual de São Paulo, a
referida "sexta parte" será sobre os vencimentos integrais:
Art. 129. Ao servidor público estadual é assegurado o recebimento
do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio, e vedada sua
limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos 20 (vinte) anos de
efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o
disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição.(grifamos)
Assim, a base de cálculo da sexta parte é formada pelos
vencimentos integrais, assim entendidas todas as parcelas que compõem a remuneração do
trabalhador, excluindo-se o adicional por tempo de serviço, previsto no referido art. 129 da
Constituição Estadual, por se tratar de verba paga sob o mesmo fundamento, nos termos do
art. 37, XIV da CF e art. 115, XVI da Constituição Estadual.
Destarte, dou provimento parcial ao apelo, para excluir da base de
cálculo da sexta parte os valores recebidos a título de adicional por tempo de serviço e
respectivos reflexos.
Prazo para cumprimento da obrigação de fazer
O reclamado alega que para a inclusão em folha de pagamento,
há um trâmite administrativo e, portanto, requer seja fixado o prazo de 90 dias. Além disso,
postula que o prazo para o cumprimento da obrigação de fazer deve iniciar a partir da
intimação, nos termos do art. 632, do CPC e da Súmula 410 do C. STJ.
In casu, o MM. Juízo a quo, determinou a inclusão em folha de
pagamento, no prazo de 8 dias contados do trânsito em julgado, sob pena de multa a ser
fixada em regular execução.
Pois bem, quanto ao prazo, determino que a obrigação de fazer,
consistente na inclusão em folha de pagamento, seja de 30 (trinta) dias, prazo este que se
mostra razoável para o cumprimento da obrigação.
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)3 No tocante ao início da contagem do prazo, o art. 632 do Código G-
de Processo Civil assim dispõe: "Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o
devedor será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe assinar, se outro não estiver
determinado no título executivo".
Por sua vez, a Súmula n2 410 do C. STJ, estabelece que "A prévia
intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança de multa pelo
descumprimento da obrigação de fazer ou não fazer'.
Sendo assim, deve o reclamado ser prévia e pessoalmente
intimado para cumprir a obrigação de fazer, antes que haja a cobrança da multa diária,
consoante disposto na Súmula 410 do C. STJ.
Destarte, reformo a r. sentença para determinar que o reclamado
seja intimado, pessoalmente, para a inclusão em folha de pagamento o adicional por tempo de
serviço, conforme previsto na Súmula mencionada, no prazo de 30 (trinta) dias.
Todas as matérias passíveis de revisão ex officio, já restaram
apreciadas no recurso voluntário do reclamado, de sorte que esgotado o duplo grau de
jurisdição.
RECURSO ADESIVO DA RECLAMANTE
A reclamante pretende que a parcela salarial denominada
"Gratificação" seja incluída na base de cálculo da sexta parte.
Sem razão a recorrente.
A reclamante inova em razões recursais, uma vez que consta na
inicial (p. 7): "Discute-se, in casu, a inclusão dos adicionais de insalubridade e por tempo de
serviço na base de cálculo da sexta-parte".
Com efeito, não houve pedido inicial quanto à inclusão de
"Gratificação" na base de cálculo da sexta parte, razão pela qual, a matéria não foi apreciada
na r. sentença.
Sendo assim, nada a deferir.
Presidiu o Julgamento: Exm2 Desembargador Nelson Nazar
3 de 4 07/04/2015 1 1:44
https ://pj e .trts p us .br/pri me i rogr auNi s ual i zaDoc ume nto/Autenti c a d o/d...
fls. 4
(Presidente da 3á Turma).
Tomaram parte no Julgamento: Desembargador Nelson Nazar;
Desembargadora Mércia Tomazinho; Desembargadora Rosana de Almeida Buono).
Em vista do exposto, ACORDAM os Magistrados da 3á Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 2á Região em conhecer dos recursos ordinário e adesivo,
bem como da remessa ex officio e, no mérito, por maioria de votos, vencida a Exrn2.
Desembargadora Mércia Tomazinho (defere o prazo de 90 dias), DAR PROVIMENTO
PARCIAL ao recurso do reclamado e da remessa ex officio para excluir da base de cálculo da
sexta parte os valores recebidos a título de adicional por tempo de serviço e respectivos
reflexos, bem como determinar seja intimado, pessoalmente, para o cumprimento da obrigação
de fazer, no prazo de 30 (trinta) dias; e, por unanimidade de votos, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso adesivo da reclamante, nos termos da fundamentação. Para os efeitos legais,
mantenho o valor da condenação.
NELSON NAZAR Desembargador do Trabalho
Relator
14091016364121200000012049289
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: [NELSON NAZARI
https://pje.trtsp.jus.br/primeirograu/Processo /ConsultaDocumento/listView. seam
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1
PROCURADORIA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADORIA JUDICIAL
REF. OBRIGAÇÃO DE FAZER — URGENTE — MULTA FIXADA PRAZO PARA CUMPRIMENTO: 30 dias INTERESSADO(S): Maria Geminiana dos Santos Oliveira PROCESSO: 1000131-98.2014.5.02.0611 11a VARA DO TRABALHO DA CAPITAL
Ao SAP,
Represento no sentido de ser providenciado cumprimento
de obrigação de fazer decorrente da reclamação trabalhista em epígrafe,
consistente no apostilamento do direito à sexta parte sobre os
vencimentos integrais, excluídos outros adicionais por tempo de serviço,
tudo nos termos do v. acórdão.
Diante do exposto, requer-se o encaminhamento do
presente expediente à Secretaria da Saúde, com a máxima urgência
possível.
Devido ao curto prazo de implementação e a multa por
atraso, solicito o encaminhamento imediato do presente processo, tendo em
vista que já houve o trânsito em julgado da sentença.
Cumprida a obrigação de fazer, retorne o presente
expediente a esta Procuradoria Judicial, para comprovação do atendimento
à determinação judicial.
Encaminhe-se à Secretaria da Saúde, com prévio trânsito
pelo GPJ.
São Páulo, 07 de abril de 2015
Diego Efr'ito Cardoso
Procurador do Estado
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO
CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO
TERMO DE APENSAMENTO
Nesta data, atendendo à solicitação da Douta Consultoria
Jurídica da Pasta, apensamos ao processo n° 001/0941/025.125/2014, o
processo n° 001/0001/001.570/2015.
Devidamente providenciado, encaminhe-se a unidade supra.
CGA/CPEA/PROTOCOLO
16/04/2015
(2-y- --
9õadinfia de Mowta. iBettoni Diretor-I
CGA/CPEA/PROTOCOLO
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
CONSULTORIA JURÍDICA
N° DO PROCESSO-001/0941/025.125 /2014
DATA DE ENTRADA :--17/04 /2015..
DISTRIBUIDO AO DR (a) NUHAD
EM 17 /04 /2015
Ai17 SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE). -
CONSULTORIA JURÍDICA
Processo n°: 001/0941/025.125/2014 (Apenso 001/0001/001.570/2015)
Reclamante: MARIA GERMINIANA DOS SANTOS OLIVEIRA.
Assunto: OBRIGAÇÃO DE FAZER - Cumprimento da Obrigação de Fazer, referente à
(Reclamação Trabalhista n° 1000131-98.2014.5.02.0611 da 11a Vara do
Trabalho da Capital/SP — Banca: 72 B).
COTA N° 252/2015
Nos termos do artigo 11 do Decreto n° 28.055/87,
uma vez cumprida a OBRIGAÇÃO DE FAZER, de acordo com o informado pelo Centro de
Legislação de Pessoal da CRH da Pasta, proceda-se a devolução do presente PJ/F n°
2014.01.025125 à douta Procuradoria Judicial.
C.J., em 17 de abril de 2015.
Nuhad SaidiOliver
Procuradora do Estado Chefe da Consultoria Jurídica
kz
PROCURADORIA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADORIA JUDICIAL
REF. OBRIGAÇÃO DE FAZER — URGENTE — MULTA FIXADA PRAZO PARA CUMPRIMENTO: INTERESSADO(S): Maria Geminiana dos Santos Oliveira PROCESSO: 1000131-98.2014.5.02.0611 11a VARA DO TRABALHO DA CAPITAL
Ao SAP,
Represento no sentido reiterar a solicitação do cumprimento
de obrigação de fazer .
A Pasta não encaminhou à esta Procuradoria Judicial
nenhuma documentação que comprove o efetivo cumprimento da obrigação de fazer,
razão pela qual solicita-se que caso já tenha sido cumprida a obrigação de fazer que
seja enviado a documentação que comprove a situação.
Caso não tenha, ainda, sido cumprida a obrigação de fazer
reitera-se o pedido para que sejam tomadas as providências necessárias ao seu
cumprimento e, posteriormente, encaminhada documentação comprobatoria do
cumprimento à esta Procuradora Judicial para comunicação ao Juizo.
Diante do exposto, requer-se o encaminhamento do presente
expediente à Secretaria da Saúde, com a máxima urgência possível.
Devido ao curto prazo de implementação e a multa por atraso,
solicito o encaminhamento imediato do presente processo, tendo em vista que já
houve o trânsito em julgado da sentença.
Cumprida a obrigação de fazer, retorne o presente
expediente a esta Procuradoria Judicial, para comprovação do atendimento à
determinação judicial.
Encaminhe-se à Secretaria da Saúde, com prévio trânsito pelo
GPJ.
São Paulo, 28 de abril de 2015
Alexander Silva Güimarães Pereira
Procurador do Estado
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
CONSULTORIA JURÍDICA
Processo n°: 001/0941/025.125/2014 (Apenso 0001/0001/001.570/2015)
Interessado: Maria Geminiana dos Santos Oliveira
(Reclamação Trabalhista n° 1000131-98.201-1.5.02.0611 da 11" Vara do Trabalho de São Paulo -- Zona Leste - Banca: 72-B).
Ao GGP-NAA,
para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER,
em caráter de URGÊNCIA, devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis
defesa do Estado em Juízo, inclusive cópias de todos os documentos. processos ou
expedientes referentes ao assunto.
C.J., em 06 de maio de 2015.
NUHAD SAID 01,IVER
Procurador do Estado Chefe da Consultoria Jurídica
rcd
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO
CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO
TERMO DE APENSAMENTO
Nesta data, atendendo à solicitação da Douta Consultoria
Jurídica da Pasta, apensamos ao processo n° 001/0941/025.125/2014 o
processo n° 001/0001/000.782/2014.
Devidamente providenciado, encaminhe-se ao CRH/GGP/CLP,
para o que couber.
CGA/CPEA/PROTOCOLO
12/05/2015
de Maivta Mettani Diretor-I
CGA/CPEA/PROTOCOLO
IMMB
ri r
Governo do Estado de São Paulo Correio Eletrônico
Alexander Silva Guimarães Pereira @ PGE 20/05/2015 17:31
Para: Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@SAUDE@EXECUTIVO@INFRAHUB cc:
Assunto: Re: Orientação - Obrigação de Fazer - proc. n° 1000131-98.2014.5.02.0611 - Maria Geminiana dos Santos Oliveira
Texto da Mensagem
Prezado Orlando,
O direito deverá ser apostilado inserindo o direito a Sexta Parte ao autor usando como base de cálculo vencimentos integrais, excluindo da base de calculo valores recebidos a título de adicional por tempo de serviço e seus reflexos.
Saliento que o dispositivo do acórdao deve ser interpretado em conformidade com sua fundamentação, onde o Tribunal foi expresso ao afirmar: "reformo a r. sentença para determinar que o reclamado seja intimado, pessoalmente, para inclusão em folha de pagamento do adicional por tempo de serviço, conforme previsto na Súmula mencionada, no prazo de 30 (trinta) dias."
Att.
Alexander Silva Guimarães Pereira Procurador do Estado
Orlando Delgado Fernandes---15/05/2015 09:57:08---Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@SAUDE
Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@S
Para Alexander Silva Guimarães Pereira/PGE/BR@PGE
AUDE
cc
15/05/2015 09:57
Assunto Orientação - Obrigação de Fazer - proc. n° 1000131-98.2014.5.02.0611 - Maria Geminiana dos Santos Oliveira
Prezado Dr. Alexander,
Esta Pasta da Saúde recebeu o PJ-F referente à Obrigação de Fazer em epígrafe, para apostilamento; todavia, a partir da leitura da r. sentença e do v. acórdão, bem como da exordial, restaram algumas dúvidas, em razão do que passo a expor.
A autora, que possui vinte anos de efetivo exercício, não recebe, na condição de celetista, a vantagem da sexta-parte. Desse modo, ajuizou a ação com o intuito de que lhe seja pago o referido adicional temporal e da sua incidência sobre os vencimentos integrais, consoante o contido na seção "Dos pedidos", item 1, da petição inicial, bem como os excertos dela constantes:
"1. A Administração Pública, contrariando a redação do ARTIGO 129 da Constituição do Estado de São Paulo não incorporou aos vencimentos da reclamante a denominada sexta-parte. Referido título deveria ter sido incorporado na data em que o obreiro completou vinte anos de serviço".
"3. A sexta-parte deve ser paga sobre os vencimentos integrais, situação essa que também reclama decisão judicial"
Ou seja, repise-se, s.m.j., a autora requer que lhe seja concedida a sexta-parte e, também, que esta incida sobre a integralidade dos vencimentos.
Não obstante, nas decisões de primeiro e segundo grau, entendeu-se que o pedido tratava apenas de recálculo da sexta-parte, e não igualmente de sua concessão, conforme excedo da r. sentença que reproduzo abaixo:
"De acordo com a petição inicial, a reclamada procede, incorretamente, ao cálculo da gratificação sexta-parte, pois não inclui, na respectiva base de cálculo, as parcelas adicional de insalubridade e adicional por tempo de serviço. (...) Em sua defesa, a reclamada negou o direito ao recebimento do adicional por tempo de serviço. Mais adiante, alegou que, acaso deferida a parcela gratificação sexta-parte, a mesma deverá incidir sobre o valor do salário base. Não obstante o teor da defesa apresentada, da leitura da petição inicial, observa-se que o pedido restringe-se ao pagamento das diferenças da parcela sexta-parte, razão pela qual, o direito ao pagamento, ou não do adicional por tempo de serviço, deixa de ser analisado por este Juízo diante de sua impertinência."
Dessa forma, a FESP foi condenada a pagar à autora as "diferenças de gratificação sexta-parte, observando-se, como base de cálculo, o adicional de insalubridade e adicional por tempo de serviço recebidos", o que basicamente foi mantido em sede recursal (os quinquênios foram excluídos da base de cálculo da sexta-parte).
Com efeito, s.m.j., declarou-se o direito da autora apenas ao recálculo de uma vantagem à qual administrativamente não faz jus e que não lhe foi concedida pelo Juízo.
Diante do exposto, como devemos proceder no caso em apreço?
Att.
Orlando Delgado Fernandes Diretor Técnico II - CLP/GGP/CRH - Secretaria de Estado da Saúde
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS
GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL
Fls. 22
GGP/CLP
PROCESSO N.° 001/0941/ 025.125/2014 (AP N°. 001/0001/000.782/2014)
INTERESSADO: MARIA GEMINIANA DOS SANTOS OLIVEIRA
ASSUNTO: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de
Recursos Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à
vista de decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n° 1000131-
98.2014.5.02.0611 (11a Vara do Trabalho de São Paulo — Zona Leste/SP), PJ/F
2014.01.025125 e AP n.° 001/0001/000.782/2014, em nome de MARIA GEMINIANA DOS SANTOS OLIVEIRA, que a interessada, (contracapa) faz jus à "concessão e recálculo da
vantagem da sexta-parte usando como base de cálculo os vencimentos integrais e o
adicional de insalubridade, excluindo da base de cálculo os valores recebidos a título de
adicional por tempo de serviço, os respectivos reflexos bem como as verbas de natureza
eventual, na forma do artigo 129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89, ou a
partir da data em que completou vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a
essa data, observada a prescrição quinquenal, (o ajuizamento da ação ocorreu
05/02/2014).
CLP, em 11 de junho de 2015.
ORLAND 1 NL FERNANDES OR TÉCNICO H
JM
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