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Com a presença do vice-governador Luiz Fernando Pezão, Clube de Engenharia homenageia Aeerj

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MA diretoria de Atividades Sociais(DAS) promoveu, no dia 24 de janeiro,almoço em homenagem à Associação deEmpresas de Engenharia do Estado do Riode Janeiro (Aeerj). A mesa principal con-tou com a participação do presidente doClube de Engenharia, Heloi Moreira, dovice-governador e secretário de obras doestado, Luiz Fernando Pezão, do presi-dente da Aeerj, Francis Bogossian, dasubsecretária estadual de Comércio e Ser-viços, Dulce Ângela de Carvalho, do pre-sidente da Comissão de Obras Públicasdo Sinduscon, Carlos Bruzzi, do diretorda Aeerj e ex-conselheiro do Clube,Jefferson Figueiredo, do presidente e dovice-presidente da Geomecânica, respec-tivamente André Bogossian e Paulo CesarLopes e do superintendente geral da As-sociação de Dirigentes de Empresas doMercado lmobiliário do Rio de Janeiro(Ademi-RJ), Murillo Allevato.

O vice-governador Luiz FernandoPezão disse que o estado vive um "mo-mento extraordinário e mágico"

– O governador Sergio Cabral deixa-rá como maior legado de seu mandato omomento em que estendeu a mão ao pre-sidente da república. Dosvinte e sete estados da fe-deração, o Rio de Janeiro éhoje o estado que mais re-cebe recursos da União, de-pois de viver esquecido des-te quando deixou de ser ca-pital e quando houve essa"fusão" muito mal discuti-da. O governador conseguecolocar de novo o Estado doRio de Janeiro na rota dereceber recursos da União,recursos que são nossos dedireito, por este estado é osegundo em volume de im-postos gerados para o país.Já houve ano em que fomoso décimo oitavo estado areceber recursos do orça-mento da União – lembrou.

Pezão disse que, no primeiro ano degoverno, o estado fez seu "dever de casa"ao tirar do papel mais de cinqüenta pro-

jetos só na regiãometropol i tana,totalizando R$ 3,5bilhões em obras,apenas na Secreta-ria de Obras – comR$ 600 milhões emcontrapartidas doestado. Ele revelouque todas as obrasjá estão empenha-das e com as pri-meiras parcelas jáem conta.

– É um mo-mento único queesse estado vive. Sesomarmos o volu-me de recursos recebidos pelo estado epela prefeitura nos últimos dez anos, ain-da assim não alcançaremos os recursosque foram transferidos em 2007 paranosso estado. Precisamos da experiênciadeste Clube, dos engenheiros do estadoe de todas as universidades para termosbons projetos e tirá-los do papel. O es-tado e o país desaprenderam de comofazer projetos. Ficamos mais de trinta anos

cuidando da moeda e brigando com ainflação e esquecemos de apostar no de-senvolvimento e nos sonhos, acreditan-do mais na minha categoria de econo-

mistas e administradores e desacreditan-do dos engenheiros, sem demérito ne-nhum para os primeiros. Mas é precisocorrer atrás dos nossos sonhos – afirmou.

PARADIGMALuiz Fernando Pezão disse que o pro-

grama de urbanização de favelas será uma"quebra de paradigma".

– São complexos que estarrecem aqualquer um. Fui prefeitode uma pequena cidade de24 mil habitantes que temdez postos de saúde 24horas e escolas em horá-rio integral ao passo queessas comunidades, de 80e 120 mil habitantes, temapenas um posto de saú-de funcionando precaria-mente. Isso explica umpouco o porquê da vio-lência. Acho até que ela émuito pequena em relaçãoao que a população des-ses locais recebeu nos úl-timos vinte anos. Nossodever é levar cidadania aessas comunidades, quedistam quinze a vinte mi-

nutos do Clube de Engenharia. São ver-dadeiros guetos, como a Rocinha, quetem o maior índice de tuberculose des-se país – comentou Pezão.

Para o secretário estadual de obras,essa é a oportunidadaneiroe para que ossonhos saiam do papel.

– É muito triste para mim e para ogovernador Sergio Cabral, depois deum esforço imenso de elaborar proje-tos, conseguir os recursos e licenciarambientalmente todos os projetos,passar pelo Tribunal de Contas do Es-tado. O Rio é o único estado que sub-mete seus projetos e editais previa-mente ao Tribunal de Contas. E agora,no PAC, estamos amarrados emliminares, por brigas dentro do mer-cado. Isso é muito triste porque quemconhece a vida dessas populações sabeo quanto é importante começar essasobras para gerar empregos e levar dig-nidade a essas pessoas – disse.

Pezão assegurou que começam esteano as obras das linhas 3 e 4 do metrô –"já conseguimos os recursos com o pre-sidente Lula".

– O Rio de Janeiro é hoje o estadoque vai receber os maiores recursos pú-blicos e privados nos próximos cinco anosna América do Sul – são mais de R$ 100bilhões. É preciso tirar do papel a infra-estrutura, se não esse estado vai virar umcaos. Imaginar o Comperj, a CSA e as du-plicações das siderúrgicas sem o Arco Me-tropolitano é vislumbrar o estrangula-mento da Avenida Brasil e da ponte Rio-Niterói – advertiu.

Pezão anunciou aos empresários pre-sentes que todas as obras contratadaspelo governo estadual em 2007 foram pa-gas dentro do mesmo exercício.

FRENTE PRÓ-RIOFrancis Bogossian disse que a Aeerj,

que preside há doze anos, embora tenhaa palavra "associação" em sua denomi-nação é, na realidade, um "sindicato" dasempresas de engenharia do Rio de Janei-ro. Ele ressaltou a importância para asempresas que representa da "ligação en-tre os governos estadual e federal".

– O Rio de Janeiro vem sendo aban-donado pelo governo federal há décadas,desde que deixou de ser a capital da re-pública. Agora, o governador reativou umaparceria com a União como há décadasnão se via. A Frente Pró-Rio está tendomuito menos trabalho do que nos anosanteriores, porque o Rio de Janeiro estáconseguindo trazer recursos e reativar odesenvolvimento no estado – comemo-rou.

Bogossian destacou que, no momen-to em que se comemora o primeiro ani-versário do Plano de Aceleração do Cres-cimento (PAC), o Rio de Janeiro temmuito a comemorar.

– O governo Sérgio Cabral conseguiuelaborar e garantir recursos a projetos quevão mudar a face da região metropolitanano que diz respeito a saneamento e urbani-zação. Há um trabalho inte-grado de todos os órgãos e se-cretarias do estado no senti-do de obter as licençasambientais, preparar e realizaras licitações das obras com ra-pidez, conscientes de que osrecursos devem ser imediata-mente recebidos no destino.Isso não vinha acontecendo.Um bom exemplo desse tra-balho conjunto foi a licitaçãodas obras nas favelas daRocinha, Manguinhos e Alemão. O projetofoi realizado pela Emop, ao mesmo em quea Secretaria Estadual de Obras preparava oedital – explicou.

O engenheiro lamentou que o pre-

Da esquerda para a direita, Francis Bogossian, Bernardo Griner,Heloi Moreira e Luiz Fernando Pezão na entrega de placa à Aeerj

O tradicional almoço do Clube homenageou em janeiro a Associação de Empresas de Engenharia do Rio

O evento, que lotou o salão nobre do Clube, também contou com a participação deestudantes (no alto, com o presidente Heloi Moreira e a diretora Maria Virgínia Brandão)

Patrick de Souza

feito da cidade do Rio de Janeiro tenharetirado dos editais a taxa de adminis-tração denominada BDI e tenha passadoa empenhar obras parceladamente.

– Isso liquida com as empresas e seusempregados. Como é possível licitar a preçode custo? BDI implica impostos e lucros,que no caso da minha empresa são distribu-ídos também aos empregados – ressaltou.

Bogossian também destacou a mudan-ça da sede da Aeerj para o prédio do Clubede Engenharia – "seio da engenharia naci-onal" – e cumprimentou a diretoria do Clu-

be pela volta dos estudantesà entidade.

RELAÇÃO BIUNÍVOCAO presidente do Clube de

Engenharia, Heloi Moreira,lembrou a Frente Pró-Rio,criada em 2005, que luta des-de então, "de forma intensa,para que esse estado e seusmunicípios sejam contempla-dos com justos recursos do or-çamento da União".

– Essa atuação da Aeerj, com o apoiodo nosso governo estadual, tem sido fun-damental para que o PAC no Rio de Janeironão fique patinando nas vaidades políti-cas. Não é possível que continuemos ven-

do pessoas sem teto, sem direito à saúde eà educação de seus filhos.

Heloi destacou o trabalho da Aeerj,"liderado há mais de onze anos peloFrancis Bogossian, nosso querido sócio".

– Como praticamente todos somos en-genheiros, lembro um pouco das funçõesbiunívocas: a um "y" um "x", a um "x" um"y". Matematicamente, podemos afirmar

que hoje a relação Francis-Aeerj é uma re-lação biunívoca. Quem fala em Francis, falaem Aeerj e vice-versa – afirmou.

O presidente do Clube anunciou a rea-lização, no mês de abril, da 3ª SemanaNacional de Engenharia, com o tema "Ba-

ses para um projeto para o Brasil". Eletambém chamou atenção para a presen-ça no almoço de duas mesas ocupadaspor estudantes da UFRJ e da UERJ. Fa-lando em nome do grupo, o estudantePatrick de Souza disse que não é muitocomum os estudantes terem a oportuni-dade de participar de eventos como o al-moço do Clube e "conhecer pessoas quesão responsáveis pelas obras que estãosendo discutidas atualmente nos jor-nais".

– Convido os presentes a participa-rem da Semana de Engenharia Civil daUFRJ, que contará também com a parti-cipação de estudantes da UERJ. O even-to reúne palestras e eventos, como visi-tas. Eu e meus colegas queremos que aformação do estudante possa ir além dasala de aula e ajude a formar o cidadãodo futuro, com consciência social, notripé ensino, pesquisa e extensão uni-versitária – disse.

O conselheiro do Clube de Engenha-

ria Mauro Viegas convidou os presentesa conhecerem as obras de restauração daigreja de Nossa Senhora da Glória do Ou-teiro, "onde D. Pedro II foi batizado". Aigreja, restaurada com recursos daPetrobras, BNDES e Eletrobrás, através daLei Rouanet, foi reaberta à visitação nomesmo dia do almoço do Clube.

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