cmara frigorfica em funcionamento
Post on 24-Sep-2015
230 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
-
UNIVERSIDADE COMUNITRIA DA REGIO DE CHAPEC - UNOCHAPEC
CMARA FRIGORFICA EM FUNCIONAMENTO
SOB UM CONTINER
CRISTIANO DRUZIAN
LEANDRO PAULO VIAL
DERBLAI JUNIOR DAGHETTI
DOUGLAS GANDINI
CHAPEC
2014
-
ii
UNIVERSIDADE COMUNITRIA DA REGIO DE CHAPEC - UNOCHAPEC
Cmara Frigorfica em Funcionamento
Sob um Continer
por
Cristiano Druzian
Leandro Paulo Vial
Derblai Junior Daghetti
Douglas Gandini
Curso de Engenharia Mecnica
6 Perodo
Componente Curricular de Refrigerao e
Condicionamento de Ar
Professor Sidinei Wottrich
Chapec - SC, Outubro de 2014
-
iii
RESUMO
O presente estudo refere-se ao projeto e dimensionamento de cmaras
frigorficas, sendo que, todo o desenvolvimento do projeto descrito a seguir, desde a
definio dos parmetros iniciais de projeto, argumentos da aplicao de sistemas e
equipamentos utilizados, e o clculo de uma cmara frigorfica inovadora, conforme
apndice A, onde a mesma projetada para seu perfeito funcionamento confinada em
um continer.
PALAVRAS-CHAVE: (Cmara Frigorfica, Continer, Carga Trmica)
DRUZIAN, DAGHETTI, VIAL, GANDINI, (C. D. , D. J. D. , L. P. V. , D. G) In Operation
Meat Locker Under a Container. 2014. 44 folhas.
Trabalho Acadmico de Engenharia Mecnica - rea das Cincias Exatas e
Ambientais - Universidade Comunitria da Regio de Chapec - UNOCHAPEC,
2014.
ABSTRACT
The present study refers to the design and sizing of cold rooms, and the entire
development of the project is described below, from the definition of initial design
parameters, arguments of implementation of systems and equipment used, and the
calculation of a innovative cold storage, as Appendix a, where it is designed to perfect
their functioning in a confined container.
KEYWORDS: (Meat Locker, Container, Thermal Load).
-
iv
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Valores de T para paredes insoladas. .................................................. 4
Tabela 2 - Carga de infiltrao, quilocaloria por metro cubico removido no
resfriamento do ar para as condies de condicionamento (Ti > 0). .................... 5
Tabela 3 - Carga de infiltrao, quilocaloria por metro cubico removido no
resfriamento do ar para as condies de condicionamento (Ti < 0). ...................... 6
Tabela 4 - Valores de n nmero de renovao do ar. .......................................... 6
Tabela 5 - Calor de ocupao, pessoas dentro da cmara. ................................... 9
Tabela 6 - TBS e TBU para regio Nordeste. ......................................................... 13
Tabela 7 - Mdia da Umidade Relativa da regio Nordeste. ................................ 14
Tabela 8 - Propriedades de alguns isolantes .......................................................... 18
Tabela 9 - Dados especficos da lmpada. ............................................................. 25
Tabela 10 - Dados referentes a potncia necessria do eletroventilador de
acordo com a variao da temperatura interna da cmara. ................................. 26
-
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Ilustrao do processo de congelamento. ............................................... 7
Figura 2 - Ilustrao de um container que ser utilizado para a construo da
cmara. .......................................................................................................................... 15
Figura 3 Porta Cmara Frigorfica ......................................................................... 16
Figura 4 - Ilustrao de uma cmara com sistema Plug-in. ................................... 17
Figura 5 - Ilustrao de uma caixa de PEAD, escolhida para o trabalho. .......... 20
Figura 6 - Embalagem de PP para alface. ............................................................... 21
Figura 7 - Paletes de PEAD. ...................................................................................... 22
Figura 8 Perigos da Exposio ao Frio. ................................................................ 31
Figura 9 Equipamentos de Proteo Individual ................................................... 32
Figura 10 Alarmes de Aprisionamento ........................................................................ 33
Figura 11 Luz de Emergncia, indicando a sada. ........................................................ 33
Figura 12 Sensores de Temperatura e Extintores ....................................................... 33
-
vi
Sumrio 1.0 Introduo ............................................................................................................................ 1
2.0 - Reviso Bibliogrfica ............................................................................................................. 2
3.0 Dimensionamento de uma Cmara Frigorfica .................................................................... 3
3.1 - Parcelas de Carga Trmica ................................................................................................ 3
3.2 - Parcela de Transmisso ..................................................................................................... 3
3.3 - Parcela de Infiltrao ........................................................................................................ 4
3.4 - Parcela do Produto ............................................................................................................ 7
3.5 - Parcela decorrentes de Cargas Diversas ........................................................................... 8
4.0 - Projeto de uma Cmara Frigorfica ..................................................................................... 11
4.1 - Temperatura de Bulbo Seco (TBS) .................................................................................. 12
4.2 - Temperatura de Bulbo mido (TBU) .............................................................................. 12
4.3 - Parmetros Especficos da Cmara ................................................................................. 15
4.4 - Portas .............................................................................................................................. 16
4.5 Sistemas Plug-in.............................................................................................................. 17
4.6 - Isolante ............................................................................................................................ 18
4.7 - Embalagens ..................................................................................................................... 19
4.8 - Paletes ............................................................................................................................. 21
4.9 - Temperatura de entrada do produto .............................................................................. 22
4.10 - Movimentao na cmara ............................................................................................ 23
4.11 - Iluminao ..................................................................................................................... 24
4.12 - Ventiladores usados para a movimentao do ar, na parte interna da cmara........... 26
4.13 - Degelo .......................................................................................................................... 26
5.0 - Dicas para Proporcionar um Melhor Rendimento da Cmara Frigorifica ........................... 28
5.1 - Evite correntes de ar ....................................................................................................... 28
5.2 - Respeite a capacidade que a cmara frigorfica suporta ................................................ 28
5.3 - Limpeza e manuteno peridicas .................................................................................. 28
5.4 - Evite fontes de calor prximas aos equipamentos ......................................................... 28
5.5 - Organizao dos produtos dentro da cmara fria .......................................................... 28
-
vii
5.6 - Controle a iluminao de cmara Frigorfica ................................................................. 29
5.7 - Mantenha as portas da cmara sempre fechadas se possvel ........................................ 29
6.0 - Dicas para evitar o desperdcio de Energia em Cmara frigorificas .................................... 30
7.0 Segurana na Operao de Cmaras Frigorficas ............................................................... 31
7.1 Equipamentos de Proteo Individual ........................................................................... 31
7.2 Sistemas de Segurana em Cmaras Frigorficas ........................................................... 32
8.0 Concluso ........................................................................................................................... 34
Referncias Bibliogrficas ........................................................................................................... 35
APENDICE A Clculos ................................................................................................................ 36
APENDICE B Folha de Desenho ................................................................................................ 36
-
1
1.0 Introduo
A funo bsica de uma cmara frigorifica garantir a conservao dos
produtos nela armazenados de duas formas:
Resfriamento: Trata-se da diminuio da temperatura de um produto
desde temperatura inicial at a temperatura de congelamento, em geral,
prximo 0C;
Congelamento: a diminuio da temperatura de um produto abaixo da
temperatura de congelamento.
Para tanto, a cmara deve remover uma quantidade total de calor
sensvel e latente para se manter as condies desejadas de temperatura e
umidade relativa. Essa quantidade chamada de carga trmica.
Para estim-la preciso que se conheam algumas informaes tais
como:
Natureza do produto;
Frequncia de entradas e sadas dos produtos durante a semana;
Planos de produo e colheita;
As temperaturas dos produtos ao entrarem nas cmaras;
Quantidade diria (Kg/dia) de produtos a serem mantidos resfriados,
congelados, ou que devam ser resfriados ou congelados rapidamente;
Tipos de embalagens;
Temperaturas internas;
Umidade relativa interna e externa;
Durao da estocagem por produto;
Mtodo de movimentao das cargas;
-
2
2.0 - Reviso Bibliogrfica
A primeira e mais comum das substncias frias utilizadas para remover
calor, foi o gelo, e a neve.
Os chineses foram os primeiros a aprenderem que o gelo tornava as
bebidas mais frias e saborosas.
Nos tempos dos gregos e romanos, escravos eram usados para apanhar
a neve no topo das montanhas a qual era armazenada em buracos na terra,
para ser usada posteriormente na confeco (produo) de guloseimas
geladas.
Atravs do microscpio, cientistas estudaram as bactrias, enzimas e
fungos. Eles descobriram que esses organismos microscpicos se multiplicam
com o calor, porm, pareciam hibernar em temperaturas abaixo de 10C
negativos. Temperaturas mais baixas no eliminam micro-organismos, mas sim
controlam seu crescimento. Ento conseguiu-se manter os alimentos em seu
estado natural pelo uso do frio.
A primeira mquina refrigeradora foi construda em 1856, usando o
princpio da compresso de vapor, pelo australiano James Harrison, que tinha
sido contratado por uma fbrica de cerveja para produzir uma mquina que
refrescasse aquele produto durante o seu processo de fabricao, e para a
indstria de carne processada para exportao.
O primeiro aparelho produzido no Brasil, foi construdo no ano de 1947,
em uma pequena oficina na cidade de Brusque em Santa Catarina.
-
3
3.0 Dimensionamento de uma Cmara Frigorfica
3.1 - Parcelas de Carga Trmica
Uma cmara fria ganha calor devido infiltrao de ar quente e mido
durante a abertura das portas para entrada e sada de alimentos, devido
transmisso atravs das paredes, piso e teto, devido presena de
pessoas e mquinas internas, devido iluminao, devido ao produto que
armazenado.
Na sequncia explicaremos cada umas das parcelas citadas acima.
3.2 - Parcela de Transmisso
Corresponde a quantidade de calor transmitida por conduo atravs de
paredes, tetos e pisos. Est carga depende da rea de troca, ou seja, a
superfcie total submetida troca de calor. importante um cuidado especial
na escolha da espessura do isolamento trmico, de forma que a superfcie do
lado quente no atinja um valor baixo, pois, poder ocorrer uma condensao
de vapor de gua. Para calcular a entrada de calor pelas paredes, teto e piso,
pode-se utilizar a expresso a seguir:
Onde: Qt o ganho de calor devido a transmisso, (W); A a rea de
troca de calor (rea da parede, piso ou do teto), em m; U o coeficiente global
de transferncia de calor, (w/ (m c); Tar ext. o a temperatura do ambiente
externo em c; Tar int. o a temperatura de bulbo seco da cmara. Nas
referncias bibliogrficas esto indicadas diversas tabelas nas quais pode-se
encontrar os coeficientes globais de transmisso de calor U. Caso no seja
possvel o uso das mesmas e se houver uma combinao de materiais, deve-
se calcular o valor de U combinado a partir da expresses apresentada para
conduo (circuito eltrico equivalente).
-
4
Para fins de simplificao dos clculos, possvel considerar apenas o
isolante trmico (se esse o nico componente da parede da cmara) como
resistncia troca de calor. Dessa forma, temos apenas troca de calor por
conduo. Utilizando a lei de Fourier para calcularmos o calor trocado, temos:
Onde: Q1 o calor trocado (Kcal/h); K a condutibilidade trmica do material
(Kcal/mhK); A a rea superficial da cmara (m); T a diferena de
temperatura (c); X a espessura do isolante (m).
Caso haja insolao nas paredes da cmara, devemos aumentar o T
no clculo acima para compensarmos o ganho por radiao na parede da
cmara conforme tabela a seguir:
Tabela 1 - Valores de T para paredes insoladas.
Orientao Cor da Parede
Escura Mdia Clara
Leste ou Oeste 6 3,5 2
NE/NO 3,2 2 1
Norte 1 0,2 0
Forro 10 6 3,5
Fonte: McQuay
3.3 - Parcela de Infiltrao
a parcela correspondente ao calor do ar que atinge a cmara atravs
de suas aberturas. Toda vez que a porta aberta, o ar externo penetra no
interior da cmara, representando uma carga trmica adicional. Em
cmaras frigorficas com movimentao intensa e com baixa temperatura,
este valor aumenta tremendamente. Nesse caso, fundamental a utilizao
de um meio redutor desta infiltrao, tais como uma cortina de ar ou de
PVC, em alguns casos faz se necessrio a utilizao dos dois. Pode se
calcular a parcela de infiltrao por meio da equao a seguir.
-
5
Onde: , que o volume de ar que penetra na cmara em
um dia (m); qrem o calor a ser removido do ar (Kcal/m), o qrem um
valor tabelado de acordo com temperatura interna da cmara, tais tabelas
sero apresentadas a seguir:
Tabela 2 - Carga de infiltrao, quilocaloria por metro cubico removido no resfriamento do ar para as condies de condicionamento (Ti > 0).
Temperatura
interna C
Temperatura do ar entrando (C)
25 30
UR 30% 35 40
50 60 70 50 60 70 50 60 50 60
15 3,05 4,44 5,87 5,71 8,52 10,5 11,9 13,4 15,8 18,9
10 6,35 7,71 9,12 7,61 11,7 13,7 14,1 16,5 16,9 23,7
5 8,26 10,6 12 12,8 14,5 16,5 16,9 19,3 21,6 24,7
0 11,7 13,1 14,4 15,2 17 18,9 19,3 21,7 23,9 27,2
Fonte: McQuay
-
6
Tabela 3 - Carga de infiltrao, quilocaloria por metro cubico removido
no resfriamento do ar para as condies de condicionamento (Ti < 0).
Temperatura
interna C
Temperatura do ar entrando (C)
5 10 25
UR 30% 30 35
70 80 70 80 50 60 50 60 50 60
0 2,19 2,65 3,39 3,67 12 13,4 15,5 17,3 19,6 22
-5 4,61 5,01 5,61 5,89 14,1 15,5 17,5 19,3 21,5 23,9
-10 6,47 6,87 7,37 7,66 15,8 17,1 19,2 20,9 23,1 25,5
-15 8,35 8,76 9,14 9,42 17,5 18,8 20,8 22,5 24,7 27,1
-20 10,2 10,6 10,9 11,2 19,1 20,5 22,4 24,2 26,6 28,7
-25 11,9 12,5 12,6 12,8 20,6 22 23,8 25,7 27,8 30,2
-30 16,6 14 14,1 14,4 22,2 23,5 25,4 27,1 29,2 31,6
-35 15,3 15,7 15,8 15,9 23,6 24,9 26,9 28,5 30,6 32
-40 16,9 17,3 17,4 17,5 25 26,4 28,3 29,9 32 34,3
Fonte: McQuay
O Vcam o volume da cmara e n o nmero de trocas de ar, esses
dados tambm so tabelados conforme tabelas a seguir:
Tabela 4 - Valores de n nmero de renovao do ar.
Vcam
(m)
N
Ti < 0 Ti > 0
15 19,6 25,3
20 16,9 21,2
30 13,5 16,7
50 10,2 12,8
75 8 10,1
100 6,7 8,7
150 5,4 7
Fonte: McQuay
-
7
3.4 - Parcela do Produto
a parcela correspondente ao calor devido ao produto que entra na
cmara, sendo composto das seguintes partes:
Calor sensvel antes do congelamento (resfriamento);
Calor latente de congelamento;
Calor sensvel aps o congelamento (congelamento);
Calor de respirao (s para frutas e verduras).
O produto que entra na cmara deve ser resfriado at a temperatura de
condicionamento, num tempo que chamado de tempo de
condicionamento. Temos duas condies a considerar:
1. O produto deve ser congelado:
Nesta condio o produto ser primeiro resfriado, depois congelado e
novamente resfriado. H troca de calor sensvel e latente.
Fonte: McQuay
2. O produto deve ser resfriado
Nesta condio, h apenas troca de calor sensvel.
Para as frutas e verduras precisamos considerar tambm o calor
proveniente do seu metabolismo, ou seja, frutas e verduras liberam calor dentro
da cmara, chamado de calor de respirao. O clculo do calor vital realizado
Figura 1 - Ilustrao do processo de congelamento.
-
8
atravs do produto entre a massa armazenada (em toneladas) e o calor
liberado pelo metabolismo (500 Kcal/ton./24h).
Dessa forma, a parcela de carga trmica relacionada ao produto, para
frutas e verduras, ser a soma do calor de resfriamento e do calor vital.
Se o produto deve tiver de ser resfriado em menos de 24 horas,
devemos fazer a correo para a carga trmica:
3.5 - Parcela decorrentes de Cargas Diversas
a parcela de carga trmica devido ao calor gerado por iluminao,
pessoas, motores e outros equipamentos. Os motores dos foradores de ar
so fontes de calor e de consumo de energia. Dentro do possvel, devero
ser previstos meios para variar a vazo de ar em funo da necessidade de
carga trmica do sistema. Isso pode ser feito com a utilizao de inversores
de frequncia ou de motores de dupla velocidade. A parcela de carga
trmica decorrente das pessoas pode ser calculada pela expresso
seguinte.
Onde: np = nmero de pessoas, tp = tempo de permanncia das pessoas
dentro da cmara em horas e qmetabolismo = calor gerado pelo corpo
(Kcal/h), este dado tabelado de acordo com a tabela a seguir:
-
9
Tabela 5 - Calor de ocupao, pessoas dentro da cmara.
Temperatura Interna da Cmara (C) Calor Dissipado (Kcal/h)
10 180
5 210
0 235
-5 260
-10 285
-15 310
-20 340
-25 365
Fonte: McQuay
Parcela trmica decorrente do(s) motores:
Sabendo que:
Pot = a potncia do motor;
Tempo = ao tempo de funcionamento em horas do motor;
De forma similar podemos estimar tambm a carga trmica decorrente
dos motores e da iluminao, onde temos que:
Potilum = a potncia das lmpada em Kcal/h;
Tempo = ao tempo de funcionamento em horas da lmpada.
As frmulas acima indicam o clculo de carga trmica dissipada para
uma nica lmpada e um nico motor, caso haja mais que um motor ou mais
-
10
lmpadas deve-se calcular a carga trmica dissipada por cada lmpada e por
cada motor, e ento fazer um somatrio total.
O clculo de carga trmica efetuado para um perodo de 24 horas.
Entretanto, devemos considerar um perodo de 16 a 20 horas de operao dos
equipamentos de forma a possibilitar o degelo (retirada do gelo acumulado nas
paredes trmicas do sistema de refrigerao), as eventuais manutenes e
possveis sobrecargas de capacidades. Normalmente utiliza-se o clculo para
18 horas de funcionamento.
A carga trmica que calculamos gerada em 24 horas, porm o sistema
no trabalha todo esse tempo devido parada para degelo. Assim devemos ter
uma potncia de refrigerao um pouco maior que o valor total da carga
trmica dada por:
Onde: Qt a carga trmica total (Kcal), N o nmero de horas de
refrigerao efetiva (h). Para degelo natural utiliza-se N = 16h (para > 0 C) e
para degelo artificial utiliza-se N =18 a 20h (para < 0C).
-
11
4.0 - Projeto de uma Cmara Frigorfica
Seguindo as especificaes acima desenvolveremos o projeto de uma
cmara frigorifica, levando em considerao os seguintes requisitos:
Temperatura externa: Regio nordeste semirido (mdia);
Temperatura interna: definir conforme produto;
Umidade relativa: definir conforme produto ou operao;
Dimenses internas da cmara frigorfica: atribuir (levar em
considerao o produto, movimentao e a ocupao);
Cmara frigorfica: considerar em ambiente protegido de intempries;
Tenso disponvel: definir e considerar;
Material da cmara: de acordo com a definio do tipo de isolamento;
Tipo de isolamento: livre definio;
Produto: Hortifrutigranjeiros - resfriar (frutas de livre definio
considerar pelo menos 04 variedades);
Embalagem: considerar e definir de acordo com o produto;
Movimentao diria: percentual de livre definio;
Ocupao total: atribuir considerando as dimenses da cmara e peso;
Presena de motor ou fonte de calor: considerar (iluminao,
ventiladores, palheteiras, etc.);
Temperatura de entrada do produto: de acordo com o horrio e situao
a ser definida;
Nmero de pessoas: de acordo com a movimentao, ocupao,
necessidades e tempo disponvel;
Tempo de trabalho efetivo: definir de acordo com as necessidades;
Considerar o tempo efetivo para o bom funcionamento do equipamento
de refrigerao e o fator de segurana;
Projetar a cmara frigorfica levando em considerao os dados e
definies iniciais;
Apresentar os diferentes tipos de isolantes trmicos indicados,
espessuras recomendadas e comparativas entre os isolantes;
Tipos de portas recomendadas
Tipos de iluminao recomendados e comparativos;
-
12
Itens de controle e automatizao;
Itens de segurana indispensveis;
Dicas para a utilizao adequada de cmaras frigorfica;
Levantamento dos custos por m de isolante trmico (comparativos);
Tempo aproximado para a execuo da cmara frigorfica e a definio
da equipe;
Peculiaridades e curiosidades das cmaras frigorficas.
Seguindo os requisitos acima na mesma sequncia, damos incio ao nosso
trabalho:
4.1 - Temperatura de Bulbo Seco (TBS)
a temperatura indicada por um termmetro comum, no exposto a
radiao. a verdadeira temperatura do ar mido. frequentemente
denominada apenas temperatura do ar.
4.2 - Temperatura de Bulbo mido (TBU)
a temperatura indicada por um termmetro cujo bulbo foi previamente
envolto por algodo mido, to logo seja atingido o equilbrio trmico. Nesse
tipo de termmetro, a mistura ar seco - vapor dgua sofre um processo de
resfriamento adiabtico, pela evaporao da gua do algodo no ar, mantendo-
se a presso constante.
De acordo com a NBR 6401/1980 temos para a regio Nordeste as
seguintes TBS e TBU.
-
13
Tabela 6 - TBS e TBU para regio Nordeste.
Regio
Nordeste
TBS
(C)
TBU
(C)
Temperatura Mxima
(C)
Joo Pessoa
(PB) 32 26 ..........
So Luiz (MA) 33 28 33,9
Parnaba (PI) 34 28 35,2
Teresina (PI) 38 28 40,3
Fortaleza (CE) 32 26 32,4
Natal (RN) 32 27 32,7
Recife (PE) 32 26 32,6
Petrolina (PE) 36 25,5 38,4
Macei (AL) 33 27 35
Salvador (BA) 32 26 33,6
Aracaju (SE) 32 26 ..........
Fonte: NBR 6401/1980.
Conforme os dados acima iremos projetar a cmara frigorifica
considerando TBS = 38C e TBU = 28C e temperatura mxima de 40,3 C.
Utilizaremos estes parmetros, pois assim, a cmara frigorifica poder ser
utilizada dentro de toda a regio nordeste.
De acordo com a tabela abaixo, na qual foi realizado a mdia para
encontrar a umidade relativa da regio Nordeste, dados esses retirados do site
Governamental do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), sendo que o
mesmo, possui um banco de dados atualizado.
-
14
Tabela 7 - Mdia da Umidade Relativa da regio Nordeste.
Cidades da Regio Nordeste que possuem
Sistema de Medio INMET
Mdia Anual atualizada
da Umidade Relativa (%)
Acara CE 30
Quixeramobim CE 67
Campo Sales CE 68
Fortaleza CE 71
Caldeiro PI 32
Floriano PI 46
Piripiri PI 42
Cruzeta RN 85
Natal RN 69
Macau RN 59
Po de Acar AL 37
gua Branca AL 36
Porto de Pedras AL 41
Recife PE 97
Arco Verde PE 42
Garanhuns PE 77
So Gonalo PB 57
Campina Grande PB 62
Vitria da Conquista - BA 51
Jacobinha BA 75
Paulo Afonso BA 74
Prpria SE 58
Itabaianinha SE 65
Mdia da Umidade Relativa da Regio
Nordeste
58,30 (%)
Fonte: http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=bdmep/bdmep 16:44h do dia 14/09/2014
-
15
4.3 - Parmetros Especficos da Cmara
A cmara frigorifica desenvolvida, ter por objetivo conservar verduras e
frutas.
Atravs de dados extrados do livro Introduo Tecnologia da
Refrigerao e da Climatizao; pg. 164; Tabela 10.1 & pg. 165; Tabela
10.3. Especfica que para a conservao de frutas e legumes a temperatura
interna da cmara deve variar de 4C 6C positivos, e os mesos possuem
uma umidade relativa variando de 85 90%.
A cmara frigorifica a ser desenvolvida ter como estrutura rgida um
container e ser projetado para estar em locais livres de intempries, dentro do
container ser projetado a cmara frigorifica, a qual possibilitara um diferencial
em relao as demais cmaras frigorificas pois a mesma pode ser instada em
diversos ambientes, sem ter uma rea fixa destinada a mesma, viabilizando o
transporte, e a locomoo da cmara para outros lugares tanto na fbrica
quanto fora da mesma.
O container que ser utilizado para a construo da cmara frigorifica
possui dimenses externas, internas, carga mxima suportada e portas de
(conforme folha de desenho em apndice B):
Dimenses externas
Comprimento: 6.058mm
Largura: 2.438mm
Altura: 2.591mm
Dimenses internas
Comprimento: 5.910mm
Largura: 2.340mm
Altura: 2.388mm
Abertura de porta
Largura: 2.346mm
Altura: 2.282mm
Cubagem: 33,2m
Pesos
Peso mximo: 24.000kg
Figura 2 - Ilustrao de um container que ser utilizado para a construo da cmara.
-
16
Tara: 2.080kg
Carga: 21.920kg
Outra informao importante sobre o container, que em casos que
ocorre a incidncia de raios solares deve-se levar em considerao a questo
da cor da pintura do mesmo, seguindo a mesma ideia das roupas, sabemos
que, as roupa de corres escuras retm o calor, e as de cores claras refletem o
calor, o mesmo ocorre para a colorao da cmara, de acordo com a tabela
(tabela 01.Valores de T para paredes insoladas), notamos que as paredes de
cor clara sofre uma variao de temperatura menor que as paredes de cor
escura. Como sabemos neste caso a cmara ser projetada para locais livres
de intempries, portanto, a questo da clorao da cmara no ter influncia
para os clculos e rendimentos da mesma.
4.4 - Portas
A portas sero utilizadas as mesmas do container, porm ser alocada
um camada de isolante na parte interna da mesma, ser trocado as fechaduras
por um sistema que proporciona a mxima segurana evitando o trancamento
do funcionrio dentro da cmara, alm disso ser posto borrachas de vedao
com o propsito de evitar trocas de trmicas com o meio.
Figura 3 Porta Cmara Frigorfica
-
17
4.5 Sistemas Plug-in
Nos dias atuais a tendncia a utilizao dos sistemas do tipo plug-in,
que funcionam de forma similar de um condicionador de ar de janela: Faa-se
uma abertura na parede da cmara e instala-se o sistema, ficando o
evaporador na parte interna e o condensador na parte externa. Este tipo de
equipamento, na maioria das vezes j vem automatizado, ou seja, painel digital
e de gelo automtico para a seleo deste tipo de equipamento muito
importante a estimativa da carga trmica.
Figura 4 - Ilustrao de uma cmara com sistema Plug-in.
-
18
4.6 - Isolante
O isolante escolhido foi o EPS (isopor), devido seu baixo custo e atender
as necessidades do projeto. Na tabela abaixo notamos que a questo do custo
do EPS, est como alto, isso ocorre, pois, est tabela relaciona os materiais
entre eles, portanto com relao a fibra de vidro todos os demais materiais
tero um custo elevado, porm se no considerarmos a fibra de vidro, que no
caso para a aplicao do nosso projeto no serve (motivo, no resiste a
passagem de gua), iremos encontrar o EPS, como o material mais vivel na
questo de custo e de aplicabilidade para este projeto.
Tabela 8 - Propriedades de alguns isolantes
Fonte: L. C. Neves Filho
Isolantes Trmicos Utilizados na Construo De Cmaras Frigorificas
Material Cortia Fibra de
vidro Poliestireno
Expandido (EPS) Poliuretano
Expandido (PUR) Revestimento L de
Rocha (LDR) Poliisocianorato (PIR)
Custo Alto Baixo Alto Alto Alto Alto
Densidade (Kg/m) 100 150 20 - 80 10 - 30 40 70 - 90 30 - 40
Condutibilidade Trmica (Kcal/mhC)
0,032 0,03 0,03 0,02 0,036 0,023
Resistncia a passagem de gua
Regular 0 Boa Boa .......... ..........
Resistncia difuso de vapor, em relao
ao ar parado 20 1,5 70 100 .......... ..........
Segurana ao fogo Pobre Boa Pobre Pobre tima Boa
Resistncia compresso (Kgf/m)
5000 0 2000 3000 .......... 2550
-
19
Conforme informao do livro Introduo Tecnologia de Refrigerao
e Climatizao, pg. 164, tabela 10.1 temos tabelado que, a espessura do
isolante (EPS) para frutas e verduras deve ser de 100 mm ou mais.
A cmara ser projetada para conservar frutas e verduras em geral,
porm iremos calcular de forma precisa para o armazenamento dos seguintes
produtos:
Uva;
Pra;
Ma;
Alface;
4.7 - Embalagens
A forma de embalar os produtos acima depende de cada produtor, pois,
cada produtor pode utilizar embalagens e formas de embalar diferentes, por
exemplo:
Produtor 1 utiliza caixas de madeira;
Produtor 2 utiliza caixas de papelo;
Produtor 3 utiliza caixas de madeira com, papelo no fundo da mesma para
evitar possveis danos ao produto;
Produtor 4 utiliza caixa de plstico;
Produtor 5 utiliza caixa de plstico, com papelo no fundo da mesma para
evitar possveis danos ao produto;
Chegamos a uma concluso que, devido a grade variedade de
embalagens e formas de embalar, decidimos atravs dos clculos e pesquisas,
que o modelo mais vivel para a cmara e os produtores a caixa de plstico
de PEAD (Polietileno de Alta Densidade), com dimenses internas de 484(mm)
X 284(mm)X123,5(mm).
Est uma caixa de fcil manuseio, utilizada em grande escala por
hortifrutigranjeiros, a mesma facilita o transporte dos produtos, possui longa
vida til (pois feita em um plstico de alta densidade), pode ser higienizada,
reciclada, devido a ser vazada proporciona a passagem de ar de forma mais
-
20
fcil, permitindo assim o resfriamento do produto e da caixa de forma mais
rpida, proporcionando uma melhor conservao do alimento, suporta uma
quantidade de 0,024m/unidade, o que permite que no seja posto muita
quantidade, que pode provocar danos aos produto, (como por exemplo, os
cachos de uva, as peras, as mas, e os alfaces, que ficam em baixo das
outras unidades, quando carregadas em excesso ou se a caixa for muito
grande podem serem esmagados, batidos, o que provoca seu apodrecimento,
que em consequncia provoca mal cheiro e o apodrecimento dos demais).
Figura 5 - Ilustrao de uma caixa de PEAD, escolhida para o trabalho.
Alm desta embalagem, o alface envolto por um plstico (embalagem)
de polipropileno (PP), com caractersticas de:
Baixo custo;
Reciclvel (5);
Baixa absoro de gua (0,03%);
Temperatura de trabalho de -50 +80C;
Fcil modelagem;
Baixa condutibilidade trmica (0,25 W/mK);
Elevada resistncia Qumica.
-
21
Figura 6 - Embalagem de PP para alface.
4.8 - Paletes
Na parte inferior da cmara (cho) ser utilizado paletes, para no
danifica-la, alm de proporcionar higiene, no possibilita o contato direto do
produto com possveis detritos (gua, sujeira, e etc.).
Dimenses do modelo de palete que ser utilizado:
50(cm) X 50(cm) X 5(cm)
O material utilizado na composio do mesmo, o Polietileno de Alta
Densidade (PEAD), mesmo material da caixa que ser utilizada para o
transporte e armazenamento dos produtos:
-
22
Fonte: McQuay
Propriedades Especficas do PEAD:
Densidade 0,94 0,97 (g/cm);
Alta estabilidade qumica;
Nula absoro de gua;
Condutibilidade trmica 0,035 (W/mK);
Suporta alta compresso, 10 (Ton./m).
4.9 - Temperatura de entrada do produto
O produto entrar na cmara pela parte da manh por volta das 7 at
por volta das 9 horas, portanto, considerando uma das piores situao,
onde ocorreu um atraso na entrega do produto no qual o mesmo chegou no
estabelecimento para dar entrada na cmara por volta das 12 horas, em
um dia de vero muito quente, onde o produto deu entrada na cmara com
uma temperatura de 30C. Sendo assim, considerando esta a temperatura
de entrada do produto na cmara, projetaremos a mesma para estar
capacitada para efetuar o resfriamento do produto mesmo em uma
situao crtica.
Figura 7 - Paletes de PEAD.
-
23
4.10 - Movimentao na cmara
Esta cmara ser capacitada para estocagem de frutas e hortalias em
geral, sendo mais especfica para 4 produtos (uva, ma pra e alface).
Consideraremos que cada produto ser entregue por um produtor diferente, e
que para alojar uma certa quantidade de um produto na cmara leva-se por
volta de 15 20minutos, ento terremos um total tempo pra estocar os
produtos de aproximadamente 80 minutos, porm devemos considera uma
situao crtica, onde os produtores tiveram de entregar duas vezes os
produtos, devido a uma promoo que o estabelecimento resolveu fazer,
portanto obteve-se um tempo de aproximadamente 3 horas, sendo assim,
iremos considera que por dia (24h) leva-se por volta de 180 minutos para
estocar os produtos na cmara frigorifica, com 4 pessoas destinadas a
fazerem este processo, onde duas permanecem dentro da cmara todo o
tempo e duas so responsveis para trazer o produto at a porta da mesma.
Para reestabelecer o estoque nas prateleiras, so necessrio 4 pessoas,
sendo que os produtos so reposto pela parte da manh e pela parte da tarde,
ou seja, duas vezas. Para buscar o produto dentro da cmara, cada pessoa
demora cerca de 5 10 minutos, retirando uma certa quantidade do produto,
somando um total de 40 minutos onde cada pessoa permanece 10 minutos
dentro da cmara, como este processo e feito duas vezes por dia, soma-se um
total de 80 minuto onde cada pessoa permaneceu 20 minutos dentro da
cmara. Se levarmos em considerao uma promoo que o estabelecimento
fez, certamente os produtos devero ser repostos mais que duas vezes, para
este caso iremos considerar que foi necessrio repor os produtos mais uma
vez, 3 vezes ao dia, gerando um total de 120 minutos, e cada pessoa
permaneceu 30 minutos dentro da cmara.
-
24
4.11 - Iluminao
Com pesquisas realizadas, chegamos concluso que a lmpada a ser
utilizada, ser, uma luminria Led Industrial especfica para cmaras, modelo
da linha KLED-CF-60.
Escolhemos este modelo de lmpada para a iluminao pois:
As luminrias KLED CF, so sinnimo de ltima palavra em iluminao
de alto desempenho;
Operam igualmente em temperatura de -35 a 70C e no geram calor.
Desenvolvidas para aplicao em antecmaras, cmaras frigorficas,
reas de produo de alimentos, reas industriais e salas limpas, podem
igualmente ser aplicadas diretamente no teto em qualquer ambiente.
Extremamente econmicas, tem acendimento instantneo, possibilitando
que as luzes permaneam desligadas quando no h movimentao no
local, podendo ser acionadas por sensores de presena.
Vida til superior a 50.000 horas;
Grau de proteo IP-65, permitindo a sua limpeza e lavagem com
mquinas de jato de gua sob alta presso.
No quebram e no possuem mercrio ou outro material de
contaminao ambiental, so recomendadas para indstrias frigorficas,
alimentcias, de armazenagem e logstica.
Preservam os princpios da norma SA-14.000.
-
25
Tabela 9 - Dados especficos da lmpada.
Descrio Modelo: KLED - CF - 60
Durabilidade 50000 horas
Fator de Potncia 90 a 290 VAC
Fluxo Luminoso 5000 lumens
ndice de Reproduo de Cor IRC > 70
Temperatura de Cor 5000 K
THD < 12%
Frequncia 50/60 HZ
Potncia 61 W
Equivalncia Substituio
Lmpada HO 110W Sdio/Metlico 150W
Material do Corpo Dissipador Alumnio extrudado
Material do Corpo de Acabamento Alumnio estampado, repuxado e pintado na cor branca.
Suporte de Fixao Produzidos com chapa de ao com acabamento em pintura epxi p.
Dimenses 350X350X145 mm
Peso 2,9Kg
Economia de Energia 69%
Fixao Fixa diretamente ao teto por quatro parafusos rebitada
Ligao a Rede Atravs de plugue macho tripolar de 10 amperes que acompanha a
luminria
Plus de Economia Pode ser acionada por sensores de presena aumentando a
economia para nveis de at 98%
Iluminncia a 10m 71 lux
Economia Dobrada No altera a temperatura do ambiente, economizando energia eltrica
com refrigerao. Fonte: KDL Tecnologia em Iluminao.
Conforme NBR 5413, a iluminncia designada para permanncia curta,
deve estar entre 50 e 100 lux, com isso, uma nica lmpada KLED-CF-60 ser
suficiente para atender os requisitos exigidos pela norma, pois este modelo de
lmpada apresenta cerca de 71 lux de iluminao.
Comparando com outros modelos de lmpadas, a lmpada escolhida se
destaca em diversas caractersticas sendo as principais:
No gera calor;
Iluminncia superior, ou seja, caso fosse escolhido outro modelo de
lmpada certamente seguindo a norma (NBR 5413) teramos que usar
uma maior quantidade de lmpada;
Economia de energia;
No quebram e no possuem mercrio ou outro material de
contaminao, ideal para iluminao de alimentos perecvel;
-
26
Longa vida til;
4.12 - Ventiladores usados para a movimentao do ar, na parte
interna da cmara
Conforme tabela acima, temos que para cmaras frigorificas de mdio
porte, temos que para manter uma temperatura interna de +2 a +4C, o
eletroventilador deve possuir uma potncia em uma faixa de 1445 a 14315
(Kcal/h), que equivale a 2,3 CV, para os clculos efetuados utilizou-se uma
potncia de 3CV (Cavalo Vapor) ou aproximadamente 2200W (Watts).
Fonte: McQuay
4.13 - Degelo
O degelo do evaporador feito quando a camada de gelo obstrui a
passagem de ar entre as aletas, e deve ser realizado o mais rpido e no menor
nmero de vezes possvel. Degelos prolongados causam grande aumento da
temperatura do ar da cmara, o que tambm causa o aumento da temperatura
das frutas e verduras, podendo provocar at condensao de gua sobre a
superfcie das mesmas, aumentando a ocorrncia de podrides.
O degelo em cmaras comerciais geralmente feito de trs formas
diferentes.
Tabela 10 - Dados referentes a potncia necessria do eletroventilador de acordo com a variao da temperatura interna da cmara.
-
27
A forma mais comum para grandes cmaras a injeo de gs
refrigerante quente, sob alta presso, no evaporador. Para cmaras menores
pode ser usado o aquecimento do evaporador com uma resistncia eltrica ou
um banho com gua, com temperatura ambiente at a completa fuso do gelo.
O clculo de carga trmica efetuado para um perodo de 24 horas.
Entretanto, devemos considerar um perodo de 16 a 20 horas de operao dos
equipamentos, de forma a possibilitar o degelo, as eventuais manutenes e,
tambm, possveis sobrecargas de capacidade. Recomenda-se considerara 18
horas de funcionamento para os clculos.
-
28
5.0 - Dicas para Proporcionar um Melhor Rendimento da
Cmara Frigorifica
5.1 - Evite correntes de ar
Elas afetam o rendimento do equipamento e podem acarretar em
aquecimento acima do normal ou dificuldades de degelo. Fique atento portas
abertas, ventilador mal posicionado ou dutos de ar condicionado direcionado
diretamente para cmara.
5.2 - Respeite a capacidade que a cmara frigorfica suporta
Colocar produtos acima da linha de carga mxima influi no rendimento do
equipamento, como consome muito mais energia eltrica e pode ainda estragar
os produtos estocados por no receberem a temperatura adequada de
conservao. Cuidado especial com as sadas de ar e no obstruir circuladores
e evaporadores.
5.3 - Limpeza e manuteno peridicas
As cmaras frigorficas devem ser limpos diariamente, especialmente
retirando papis, embalagens ou qualquer coisa que possa entupir sadas de ar
ou ralos.
5.4 - Evite fontes de calor prximas aos equipamentos
a mesma teoria das correntes de ar; a incidncia de luz excessiva pode
trazer calor desnecessrio para os equipamentos e prejudicar o desempenho
destes, como tambm estragar os produtos estocados.
5.5 - Organizao dos produtos dentro da cmara fria
Observe a temperatura de conservao de cada produto e coloque-os
organizados de maneira uniforme, evitando misturar os que possuem
temperaturas diferentes.
-
29
Evitar colocar os produtos com alta temperatura na cmara, buscar deixar
os produtos que estiverem com temperatura elevada entrar em conformidade
com a temperatura ambiente para posterior armazenamento na cmara.
5.6 - Controle a iluminao de cmara Frigorfica
Alm de usar lmpadas corretas, oriente os usurios da cmara fria
apaga-las quando no estiverem utilizando o espao. Caso seja necessrio,
vale investir em sistemas de acendimento automtico.
5.7 - Mantenha as portas da cmara sempre fechadas se possvel
Deixar as portas abertas traz tudo o que a cmara frigorfica no precisa
como correntes de ar, entrada de calor e acmulo de gelo no evaporador. Caso
haja muita circulao e entrada e sada de pessoas, uma alternativa usar
cortinas de PVC que reduz o consumo de energia e no perde tanto frio.
-
30
6.0 - Dicas para evitar o desperdcio de Energia em Cmara
frigorificas
So dicas importantes para a preveno do desperdcio de energia:
O sub-resfriamento do lquido refrigerante;
A utilizao de conservadores que permitem operaes com menores
presses na descarga dos compressores;
A aplicao de variadores de frequncia em motores de compressores e
ventiladores;
Otimizao do superaquecimento nos evaporadores;
Trabalhar com a regulagem corretas dos equipamentos e no treinamento
dos operadores, por que um equipamento de primeira linha, mal operado
e mal mantido ir gastar muito mais energia eltrica do que o devido.
Combater a umidade presente no ar com a instalao de
desumidificao o qual combate a formao de gelo nos evaporadores e
interior de cmaras, a condensao em pisos e paredes, a formao de
neve ou nevoa e degelos constantes. Poucas empresas se do conta do
custo representado por estes fatores que somados em alguns casos
chegam a 30% da energia gasta pelo sistema de refrigerao.
-
31
7.0 Segurana na Operao de Cmaras Frigorficas
O trabalho em ambientes frios, como cmaras frigorificas e o manuseio
de cargas congeladas, pode ser extremamente prejudicial a sade do
trabalhador.
Figura 8 Perigos da Exposio ao Frio.
Fonte: McQuay
7.1 Equipamentos de Proteo Individual
Para no contrair uma doena ocupacional e evitar um acidente
(hipotermia, por exemplo), basta adotar algumas prticas de segurana durante
a jornada de trabalho.
Tais como:
Usar botas isolantes, luvas, calas e meias de l, suter, camiseta e
uma capota com capuz para minimizar a temperatura do corpo acima de 36C.
Monitorar o ambiente de trabalho com termmetro adequado.
Certificar-se de que a roupa de proteo esteja devidamente seca, caso
esteja mida, trocar imediatamente por outra.
-
32
Utilizar proteo adicional de corpo inteiro, quando o trabalho o trabalho
ser realizado em locais com temperaturas inferior 4C.
Trabalhar sempre em dupla, nunca sozinho.
Consumir alimentos slidos e lquidos quentes nos intervalos de
trabalho.
Ambientar-se aos poucos para os recm-contratados.
No expor quaisquer partes da pele em ambientes com temperaturas
equivalentes a -32C.
Figura 9 Equipamentos de Proteo Individual
Fonte: McQuay
7.2 Sistemas de Segurana em Cmaras Frigorficas
Faz necessrio alm dos intens. de proteo individual (EPI), o uso de
equipamentos de seguranas para as cmara apara assegurar total segurana
aos operadores. Estes intens. devem ser pensando na execuo do projeto.
Nas Figuras abaixo, apresenta-se alguns dos itens de segurana
utilizados nos projetos de cmara frigorficas.
-
33
Figura 10 Alarmes de Aprisionamento
Figura 11 Sensores de Temperatura e Extintores
Figura 12 Luz de Emergncia, indicando a sada.
-
34
8.0 Concluso
Ao final da elaborao e leitura dos temas abordados, notamos que no
momento de se projetar uma cmara frigorifica deve-se levar em considerao
diversos fatores, desde o local onde a cmara ser instalada at o tipo de
produto que ser armazenada na mesma. Todos os fatores devem ser
calculados e analisados de forma a sempre diminuir as trocas trmicas e o
consumo de energia.
As cmaras so de grande importncia para a sociedades, pois graas a
elas conseguimos armazenar e conservar grandes quantidades de alimentos e
produtos. Conseguindo assim retardar o degrada mento ou apodrecimento de
um produto ou alimento e assim o evitar o desperdcio de alimentos.
-
35
Referncias Bibliogrficas
Silva, J.G; Introduo Tecnologia da Refrigerao e da Climatizao,
Artliber, 2 edio, 2010.
engel, Y.A; Transferncia de Calor e Massa Uma Abordagem
Prtica, McGrawHill, 3 edio, 2005.
http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=bdmep/bdmep; ltimo
acesso em: 14 Set.
http://www.mcquay.com; ltimo acesso em: 29 Out.
http://www.kdliluminacao.com.br ltimo acesso em: 30 Out.
-
36
APENDICE A Clculos Em anexo.
APENDICE B Folha de Desenho
Em anexo.
top related