cidades sustentÁveis · tornar as cidades mais agradáveis e caminháveis; só 51,9% dos...

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CIDADES SUSTENTÁVEIS URBANISMO E CIDADES MODERNAS E EFICIENTES

POR GABRIEL ROSTEY

NO NOSSO IMAGINÁRIO, ESTA É A IDEIA DE UMA CIDADE SUSTENTÁVEL

JARDINS DA BAHIA DE SINGAPURA

ENTRETANTO, ESTA AQUI É CONSIDERADA A CIDADE MAIS SUSTENTAVEL DO MUNDO ZURIQUE, SUÍÇA

ARCADIS SUSTEINABLE CITIES INDEX

Ranking para medir as cidades mais sustentáveis, baseado em três diferentes pilares:

Pessoas (social): O pilar de pessoas analisa a qualidade de vida, avaliando áreas como saúde, educação e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Planeta (ambiental): Este pilar examina áreas incluindo o consumo de energia, a quota de energia renovável e espaços verdes.

Lucro (econômico): O pilar econômico analisa a saúde ambiental e econômica da cidade. Os subpilares incluem facilidade de fazer negócios, PIB per capita e conectividade.

Colocação Cidade Pontuação

1 Zurique 74,6%

2 Singapura 74,1%

3 Estocolmo 73,9%

5 Londres 73,2%

15 Paris 67,6%

26 Nova York 62,9%

41 Macau 59,6%

71 Santiago 48,5%

73 Pequim 47,1%

79 SÃO PAULO 45,3%

80 Buenos Aires 44,9%

82 RIO DE JANEIRO 43,2%

84 Cidade do México 42,8%

ARCADIS SUSTEINABLE CITIES INDEX

Em 2016

LEED NO MUNDO

Em dezembro de 2017

Principal certificação para edifícios

verdes no mundo. O Brasil é um dos

líderes mundiais em projetos que

atendem à certificação LEED

ANTES DE PENSARMOS EM TRANSPORTE PÚBLICO GRATUITO E

NÃO-POLUENTE, EDIFÍCIO VERDES (GREEN BUILDINGS) COM

CERTIFICAÇÃO LEED ETC. TEMOS MUITO PARA FAZER:

Melhorar ambiente de negócios, saúde e educação;

Tornar as cidades mais agradáveis e caminháveis;

Só 51,9% dos brasileiros têm acesso à coleta da rede de esgoto (em 5 anos

avançou só 3,8 pontos percentuais);

16% da população -35 milhões de pessoas- não é abastecida com água potável

(em 5 anos evoluiu só 0,9 ponto percentual);

Apenas 44,9% do esgoto gerado no país é tratado (em 5 anos a evolução foi de

7,4 pontos percentuais).

NÃO É NECESSÁRIO REINVENTAR A RODA OU

COMEÇAR DO ZERO PARA FAZER UMA

CIDADE MODERNA E INOVADORA

Marginal Pinheiros – São Paulo

Vale do Silício – San Francisco

APRENDAMOS COM A EXPERIÊNCIA

INTERNACIONAL

Não é necessário fazer novas construções para movimentar a economia e

atualizar os edifícios e a infraestrutura urbana;

Fomentar o retrofit;

Proteger os edifícios de memória e a paisagem urbana, sem engessamento.

APROVEITAR O PATRIMÔNIO HISTÓRICO

“É melhor cuidar do que consertar, melhor consertar do que restaurar, melhor

restaurar do que reconstruir.”

- A. N. Didron – arqueólogo francês

Em 1790 a França instituiu a sua Comissão de Monumentos

Em 1819 os franceses já tinha dotação orçamentária específica para monumentos

ATRASO BRASILEIRO NA PRESERVAÇÃO

O tombamento no Brasil começou com um Decreto-Lei no autoritário Estado Novo

de Getúlio Vargas;

Para ilustrar o atraso, em Portugal a Comissão dos Monumentos Nacionais foi

criada em 1882, e em 1910 a Argentina declarou seu primeiro Monumento

Histórico Nacional;

O padrão é que as notificações de tombamento de um bem sejam enviadas aos

proprietários com um tom que mais sugere uma punição, com uma série de

obrigações a cumprir.

BRASIL PROTEGE POUCO E MAL

São Paulo tem cerca de 3.600 edifícios protegidos, enquanto Nova York tem 36 mil;

Só a Historic England -órgão nacional de preservação da Inglaterra- tem cerca de

400 mil locais listados, com status equivalente ao do nosso tombamento. O IPHAN

protege pouco mais de 1.200 bens materiais em todo o país.

Precisamos de políticas preservacionistas brasileiras mais flexíveis, diversificadas e

abrangentes;

Exemplo positivo: a carioca APAC –Área de Proteção do Ambiente Cultural- protege

cerca de 30 mil imóveis no município do Rio de Janeiro, entre bens tombados,

preservados e tutelados.

FACHADISMO (FAÇADISME)

É a quase reconstrução

da parte interna e

manutenção apenas da

fachada, muito

disseminada no

exterior e pouco

popularizada aqui:

No Brasil a prática

recebe muitas críticas

dos acadêmicos.

RETROFIT

A legislação paulistana não incentiva o retrofit (atualização/modernização de um

equipamento defasado);

As exigências para as construções antigas alvo de retrofit são as mesmas que para

novas construções;

Há uma discussão de alterações na Lei de Uso e Ocupação do Solo, em São Paulo,

que facilitariam o retrofit. A maior parte da opinião pública é contrária.

TEMOS UM PROBLEMA GRAVE DE FALTA DE MORADIA

Déficit habitacional do município de São Paulo: 369 mil novas moradias

Déficit habitacional do Brasil: 7,7 milhões de moradias

QUANTO MAIS ZONAS, MAIS DESIGUALDADE ESPACIAL

O primeiro zoneamento de São Paulo, de 1972 tinha 53 tipologias do

zoneamento, subdivididas em 76 tipos de zonas de uso. O de 2004 passou para

15 tipologias subdivididas em 25 tipos de zonas de uso.

Quanto mais diferentes níveis de permissão/restrição entre as diferentes

localidades, maior a desigualdade espacial e os níveis de preços. Mais cara fica

a terra urbana.

CADA VEZ SE PODE CONSTRUIR MENOS

Período Coeficiente máximo

Até 1957 A média era entre 8-12 vezes

1957 4x para residenciais

6x para comerciais

1972 Máximo de 4x

2004 Básico de 2x e máximo de 4x

6x em algumas operações urbanas

2016 Básico de 1x e máximo de 4x

6x em algumas operações urbanas

PARIS: COEFICIENTE PADRÃO DE 6X

NOSSA DENSIDADE É BAIXA

Distrito Densidade (Hab/Km²)

Bela Vista 26.715

Capão Redondo 19.759

Itaim Paulista 18.673

Vila Jacuí (São Mateus) 18.490

Perdizes 18.223

Tatuapé 11.180

Ipiranga 10.178

Santana 9.428

Pinheiros 8.171

Lapa 6.574

TOTAL DA ÁREA URBANA 11.575

NOSSA DENSIDADE É BAIXA

Distrito Densidade (Hab/Km²)

Bela Vista 26.715

Capão Redondo 19.759

Itaim Paulista 18.673

Vila Jacuí (São Mateus) 18.490

Perdizes 18.223

Tatuapé 11.180

Ipiranga 10.178

Santana 9.428

Pinheiros 8.171

Lapa 6.574

TOTAL DA ÁREA URBANA 11.575

Localidade Densidade (Hab/Km²)

L'Hospitalet de

Llobregat (Barcelona)

53.199

Goutte D’Or (Paris) 52.218

Manila 43,079

Copacabana 35.858

Eixample (Barcelona) 35.586

Recoleta 28.049

Manhattan 27.826

Paris 24.448

EXEMPLO DE DESPERDÍCIO

Edifício Wilton Paes de

Almeida

Área construída: 12.000 m²

Área do terreno: 500²

Coeficiente: 24x

O terreno é público, e

qualquer coisa que seja

construída lá não poderá

exceder os 3 mil m².

EXEMPLOS DE COEFICIENTES DE EDIFÍCIO FAMOSOS

Edifício Coeficiente

Edifício Itália 22x

Edifício Nações Unidas 10x

Conjunto Nacional 8x

Empire State Building 36x

BENEFÍCIOS DO

ADENSAMENTO URBANO

Otimiza o acesso da população

à infraestrutura existente;

Permitem o surgimento de

mercados para bens e serviços

muito específicos e diminui

sensivelmente o custo para

trocas de conhecimento,

experiências e tecnologias;

Diminui distâncias e tempo de

deslocamento;

Garante a proteção às áreas de

proteção ambiental no entorno.

INVASÃO ÀS ÁREAS DE

PROTEÇÃO AMBIENTAL

Com o espraiamento da cidade para as periferias,

é comum que áreas de mananciais e de proteção

ambiental sejam invadidas.

“Quanto mais o número de restrições nas ruas aumenta, mais pessoas

irão diminuir seu sentido de responsabilidade sobre elas.”

– Hans Monderman, engenheiro de tráfego holandês, pioneiro dos

“Shared Spaces”

VIAS COMPARTILHADAS/RUAS COMPLETAS

“Nos anos 1970 eu era muito fundamentalista com os calçadões. Achava

que tinham de ser exclusivos para pedestres. Hoje eu percebi que

algumas das melhores ruas são vias compartilhadas, onde o pedestre têm

prioridade. Pode ter uma pista para carros e o espaço para pedestres

muito maior. Todo calçadão precisa ter rotas de acesso para carros dos

moradores e para entregas. Em Londres e em Zurique, há várias ruas

assim, onde se dirige mais devagar e se respeita o outro. Se São Paulo

mantém calçadões conectados há 40 anos e houve êxodo de escritórios

ou moradores, certamente há algo a ser corrigido.”

– Jan Gehl, urbanista dinamarquês, autor do livro “Cidades para Pessoas”

SUGESTÃO: PEQUENOS CALÇADÕES

Pequenos calçadões criam novas centralidades sem causar impacto negativo;

Possibilidade de maior segmentação e direcionamento de público em função do perfil da região;

Case de sucesso: Praça da Savassi, Belo Horizonte

www.culturb.com

Tel: +55 11 5504-1967

Avenida Paulista, 726, 17º Andar, Conjunto 1707

Bela Vista, São Paulo – SP - Brasil - 01310-910

GABRIEL ROSTEY

gabrielrostey@culturb.com

(11) 98187-4613

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