cidadania e profissionalidade
Post on 20-Jan-2016
46 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
1
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
OBJECTIVOS Reconhecer as responsabilidades
inerentes agrave liberdade pessoal em democracia
1048697 Assumir direitos e deveres laborais enquanto cidadatildeo activo
1048697 Identificar os direitos fundamentais de um cidadatildeo num estado democraacutetico contemporacircneo
1048697 Participar consciente e sustentadamente na comunidade global
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
2
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
Cidadania O conceito de cidadania sempre esteve
fortemente ligado agrave noccedilatildeo de direitos especialmente os direitos poliacuteticos que permitem ao indiviacuteduo intervir na direcccedilatildeo dos negoacutecios puacuteblicos do Estado participando de modo directo ou indirecto na formaccedilatildeo do governo e na sua administraccedilatildeo seja ao votar (directo) seja ao concorrer a cargo puacuteblico (indirecto) No entanto dentro de uma democracia a proacutepria definiccedilatildeo de Direito pressupotildee a contrapartida de deveres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
3
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
DIREITODIREITO Aquilo que eacute recto justo conforme agrave lei
poder moral ou legal de fazer de possuir ou de exigir alguma coisa poder legiacutetimo faculdade
DEVERDEVER Obrigaccedilatildeo moral o que se eacute obrigado a
fazer ou a evitar o que impotildeem a lei moral leis ou costumes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
4
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
Soacute engrandecemos o nosso direito agrave vidacumprindo o nosso dever de cidadatildeos do mundo
Gandhi
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
5
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
A Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa de 1976 (CRP) eacute a actual constituiccedilatildeo portuguesa Foi redigida pela Assembleia Constituinte eleita na sequecircncia das primeiras eleiccedilotildees gerais livres no paiacutes em 25 de Abril de 1975 1ordm aniversaacuterio da Revoluccedilatildeo dos Cravos Os seus deputados deram os trabalhos por concluiacutedos em 2 de Abril de 1976 tendo a Constituiccedilatildeo entrado em vigor a 25 de Abril de 1976
Sofreu sucessivas revisotildees constitucionais em 1982 1989 1992 1997 2001 2004 e 2005
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
6
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 53ordm
(Seguranccedila no emprego) Eacute garantida aos trabalhadores a
seguranccedila no emprego sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos poliacuteticos ou ideoloacutegicos
77
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 54(Comissotildees de trabalhadores) 1 Eacute direito dos trabalhadores criarem comissotildees
de trabalhadores para defesa dos seus interesses e intervenccedilatildeo democraacutetica na vida da empresa
2 Os trabalhadores deliberam a constituiccedilatildeo aprovam os estatutos e elegem por voto directo e secreto os membros das comissotildees de trabalhadores
4 Os membros das comissotildees gozam da protecccedilatildeo legal reconhecida aos delegados sindicais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
8
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) 5 Constituem direitos das comissotildees de
trabalhadores a) Receber todas as informaccedilotildees necessaacuterias
ao exerciacutecio da sua actividade
b) Exercer o controlo de gestatildeo nas empresas
c) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
9
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) d) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho e dos planos econoacutemico-sociais que contemplem o respectivo sector
e) Gerir ou participar na gestatildeo das obras sociais da empresa
f) Promover a eleiccedilatildeo de representantes dos trabalhadores para os oacutergatildeos sociais de empresas pertencentes ao Estado ou a outras entidades puacuteblicas nos termos da lei
1010
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
1 Eacute reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical condiccedilatildeo e garantia da construccedilatildeo da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses
2 No exerciacutecio da liberdade sindical eacute garantido aos trabalhadores sem qualquer discriminaccedilatildeo designadamente
a) A liberdade de constituiccedilatildeo de associaccedilotildees sindicais a todos os niacuteveis
b) A liberdade de inscriccedilatildeo natildeo podendo nenhum trabalhador ser obrigado a pagar quotizaccedilotildees para sindicato em que natildeo esteja inscrito
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
11
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
OBJECTIVOS Reconhecer as responsabilidades
inerentes agrave liberdade pessoal em democracia
1048697 Assumir direitos e deveres laborais enquanto cidadatildeo activo
1048697 Identificar os direitos fundamentais de um cidadatildeo num estado democraacutetico contemporacircneo
1048697 Participar consciente e sustentadamente na comunidade global
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
2
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
Cidadania O conceito de cidadania sempre esteve
fortemente ligado agrave noccedilatildeo de direitos especialmente os direitos poliacuteticos que permitem ao indiviacuteduo intervir na direcccedilatildeo dos negoacutecios puacuteblicos do Estado participando de modo directo ou indirecto na formaccedilatildeo do governo e na sua administraccedilatildeo seja ao votar (directo) seja ao concorrer a cargo puacuteblico (indirecto) No entanto dentro de uma democracia a proacutepria definiccedilatildeo de Direito pressupotildee a contrapartida de deveres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
3
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
DIREITODIREITO Aquilo que eacute recto justo conforme agrave lei
poder moral ou legal de fazer de possuir ou de exigir alguma coisa poder legiacutetimo faculdade
DEVERDEVER Obrigaccedilatildeo moral o que se eacute obrigado a
fazer ou a evitar o que impotildeem a lei moral leis ou costumes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
4
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
Soacute engrandecemos o nosso direito agrave vidacumprindo o nosso dever de cidadatildeos do mundo
Gandhi
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
5
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
A Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa de 1976 (CRP) eacute a actual constituiccedilatildeo portuguesa Foi redigida pela Assembleia Constituinte eleita na sequecircncia das primeiras eleiccedilotildees gerais livres no paiacutes em 25 de Abril de 1975 1ordm aniversaacuterio da Revoluccedilatildeo dos Cravos Os seus deputados deram os trabalhos por concluiacutedos em 2 de Abril de 1976 tendo a Constituiccedilatildeo entrado em vigor a 25 de Abril de 1976
Sofreu sucessivas revisotildees constitucionais em 1982 1989 1992 1997 2001 2004 e 2005
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
6
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 53ordm
(Seguranccedila no emprego) Eacute garantida aos trabalhadores a
seguranccedila no emprego sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos poliacuteticos ou ideoloacutegicos
77
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 54(Comissotildees de trabalhadores) 1 Eacute direito dos trabalhadores criarem comissotildees
de trabalhadores para defesa dos seus interesses e intervenccedilatildeo democraacutetica na vida da empresa
2 Os trabalhadores deliberam a constituiccedilatildeo aprovam os estatutos e elegem por voto directo e secreto os membros das comissotildees de trabalhadores
4 Os membros das comissotildees gozam da protecccedilatildeo legal reconhecida aos delegados sindicais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
8
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) 5 Constituem direitos das comissotildees de
trabalhadores a) Receber todas as informaccedilotildees necessaacuterias
ao exerciacutecio da sua actividade
b) Exercer o controlo de gestatildeo nas empresas
c) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
9
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) d) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho e dos planos econoacutemico-sociais que contemplem o respectivo sector
e) Gerir ou participar na gestatildeo das obras sociais da empresa
f) Promover a eleiccedilatildeo de representantes dos trabalhadores para os oacutergatildeos sociais de empresas pertencentes ao Estado ou a outras entidades puacuteblicas nos termos da lei
1010
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
1 Eacute reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical condiccedilatildeo e garantia da construccedilatildeo da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses
2 No exerciacutecio da liberdade sindical eacute garantido aos trabalhadores sem qualquer discriminaccedilatildeo designadamente
a) A liberdade de constituiccedilatildeo de associaccedilotildees sindicais a todos os niacuteveis
b) A liberdade de inscriccedilatildeo natildeo podendo nenhum trabalhador ser obrigado a pagar quotizaccedilotildees para sindicato em que natildeo esteja inscrito
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
11
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Cidadania O conceito de cidadania sempre esteve
fortemente ligado agrave noccedilatildeo de direitos especialmente os direitos poliacuteticos que permitem ao indiviacuteduo intervir na direcccedilatildeo dos negoacutecios puacuteblicos do Estado participando de modo directo ou indirecto na formaccedilatildeo do governo e na sua administraccedilatildeo seja ao votar (directo) seja ao concorrer a cargo puacuteblico (indirecto) No entanto dentro de uma democracia a proacutepria definiccedilatildeo de Direito pressupotildee a contrapartida de deveres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
3
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
DIREITODIREITO Aquilo que eacute recto justo conforme agrave lei
poder moral ou legal de fazer de possuir ou de exigir alguma coisa poder legiacutetimo faculdade
DEVERDEVER Obrigaccedilatildeo moral o que se eacute obrigado a
fazer ou a evitar o que impotildeem a lei moral leis ou costumes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
4
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
Soacute engrandecemos o nosso direito agrave vidacumprindo o nosso dever de cidadatildeos do mundo
Gandhi
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
5
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
A Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa de 1976 (CRP) eacute a actual constituiccedilatildeo portuguesa Foi redigida pela Assembleia Constituinte eleita na sequecircncia das primeiras eleiccedilotildees gerais livres no paiacutes em 25 de Abril de 1975 1ordm aniversaacuterio da Revoluccedilatildeo dos Cravos Os seus deputados deram os trabalhos por concluiacutedos em 2 de Abril de 1976 tendo a Constituiccedilatildeo entrado em vigor a 25 de Abril de 1976
Sofreu sucessivas revisotildees constitucionais em 1982 1989 1992 1997 2001 2004 e 2005
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
6
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 53ordm
(Seguranccedila no emprego) Eacute garantida aos trabalhadores a
seguranccedila no emprego sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos poliacuteticos ou ideoloacutegicos
77
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 54(Comissotildees de trabalhadores) 1 Eacute direito dos trabalhadores criarem comissotildees
de trabalhadores para defesa dos seus interesses e intervenccedilatildeo democraacutetica na vida da empresa
2 Os trabalhadores deliberam a constituiccedilatildeo aprovam os estatutos e elegem por voto directo e secreto os membros das comissotildees de trabalhadores
4 Os membros das comissotildees gozam da protecccedilatildeo legal reconhecida aos delegados sindicais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
8
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) 5 Constituem direitos das comissotildees de
trabalhadores a) Receber todas as informaccedilotildees necessaacuterias
ao exerciacutecio da sua actividade
b) Exercer o controlo de gestatildeo nas empresas
c) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
9
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) d) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho e dos planos econoacutemico-sociais que contemplem o respectivo sector
e) Gerir ou participar na gestatildeo das obras sociais da empresa
f) Promover a eleiccedilatildeo de representantes dos trabalhadores para os oacutergatildeos sociais de empresas pertencentes ao Estado ou a outras entidades puacuteblicas nos termos da lei
1010
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
1 Eacute reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical condiccedilatildeo e garantia da construccedilatildeo da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses
2 No exerciacutecio da liberdade sindical eacute garantido aos trabalhadores sem qualquer discriminaccedilatildeo designadamente
a) A liberdade de constituiccedilatildeo de associaccedilotildees sindicais a todos os niacuteveis
b) A liberdade de inscriccedilatildeo natildeo podendo nenhum trabalhador ser obrigado a pagar quotizaccedilotildees para sindicato em que natildeo esteja inscrito
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
11
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
DIREITODIREITO Aquilo que eacute recto justo conforme agrave lei
poder moral ou legal de fazer de possuir ou de exigir alguma coisa poder legiacutetimo faculdade
DEVERDEVER Obrigaccedilatildeo moral o que se eacute obrigado a
fazer ou a evitar o que impotildeem a lei moral leis ou costumes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
4
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
Soacute engrandecemos o nosso direito agrave vidacumprindo o nosso dever de cidadatildeos do mundo
Gandhi
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
5
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
A Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa de 1976 (CRP) eacute a actual constituiccedilatildeo portuguesa Foi redigida pela Assembleia Constituinte eleita na sequecircncia das primeiras eleiccedilotildees gerais livres no paiacutes em 25 de Abril de 1975 1ordm aniversaacuterio da Revoluccedilatildeo dos Cravos Os seus deputados deram os trabalhos por concluiacutedos em 2 de Abril de 1976 tendo a Constituiccedilatildeo entrado em vigor a 25 de Abril de 1976
Sofreu sucessivas revisotildees constitucionais em 1982 1989 1992 1997 2001 2004 e 2005
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
6
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 53ordm
(Seguranccedila no emprego) Eacute garantida aos trabalhadores a
seguranccedila no emprego sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos poliacuteticos ou ideoloacutegicos
77
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 54(Comissotildees de trabalhadores) 1 Eacute direito dos trabalhadores criarem comissotildees
de trabalhadores para defesa dos seus interesses e intervenccedilatildeo democraacutetica na vida da empresa
2 Os trabalhadores deliberam a constituiccedilatildeo aprovam os estatutos e elegem por voto directo e secreto os membros das comissotildees de trabalhadores
4 Os membros das comissotildees gozam da protecccedilatildeo legal reconhecida aos delegados sindicais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
8
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) 5 Constituem direitos das comissotildees de
trabalhadores a) Receber todas as informaccedilotildees necessaacuterias
ao exerciacutecio da sua actividade
b) Exercer o controlo de gestatildeo nas empresas
c) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
9
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) d) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho e dos planos econoacutemico-sociais que contemplem o respectivo sector
e) Gerir ou participar na gestatildeo das obras sociais da empresa
f) Promover a eleiccedilatildeo de representantes dos trabalhadores para os oacutergatildeos sociais de empresas pertencentes ao Estado ou a outras entidades puacuteblicas nos termos da lei
1010
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
1 Eacute reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical condiccedilatildeo e garantia da construccedilatildeo da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses
2 No exerciacutecio da liberdade sindical eacute garantido aos trabalhadores sem qualquer discriminaccedilatildeo designadamente
a) A liberdade de constituiccedilatildeo de associaccedilotildees sindicais a todos os niacuteveis
b) A liberdade de inscriccedilatildeo natildeo podendo nenhum trabalhador ser obrigado a pagar quotizaccedilotildees para sindicato em que natildeo esteja inscrito
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
11
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Soacute engrandecemos o nosso direito agrave vidacumprindo o nosso dever de cidadatildeos do mundo
Gandhi
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
5
Co-financiado pelo FSE e Estado Portuguecircs
A Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa de 1976 (CRP) eacute a actual constituiccedilatildeo portuguesa Foi redigida pela Assembleia Constituinte eleita na sequecircncia das primeiras eleiccedilotildees gerais livres no paiacutes em 25 de Abril de 1975 1ordm aniversaacuterio da Revoluccedilatildeo dos Cravos Os seus deputados deram os trabalhos por concluiacutedos em 2 de Abril de 1976 tendo a Constituiccedilatildeo entrado em vigor a 25 de Abril de 1976
Sofreu sucessivas revisotildees constitucionais em 1982 1989 1992 1997 2001 2004 e 2005
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
6
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 53ordm
(Seguranccedila no emprego) Eacute garantida aos trabalhadores a
seguranccedila no emprego sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos poliacuteticos ou ideoloacutegicos
77
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 54(Comissotildees de trabalhadores) 1 Eacute direito dos trabalhadores criarem comissotildees
de trabalhadores para defesa dos seus interesses e intervenccedilatildeo democraacutetica na vida da empresa
2 Os trabalhadores deliberam a constituiccedilatildeo aprovam os estatutos e elegem por voto directo e secreto os membros das comissotildees de trabalhadores
4 Os membros das comissotildees gozam da protecccedilatildeo legal reconhecida aos delegados sindicais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
8
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) 5 Constituem direitos das comissotildees de
trabalhadores a) Receber todas as informaccedilotildees necessaacuterias
ao exerciacutecio da sua actividade
b) Exercer o controlo de gestatildeo nas empresas
c) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
9
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) d) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho e dos planos econoacutemico-sociais que contemplem o respectivo sector
e) Gerir ou participar na gestatildeo das obras sociais da empresa
f) Promover a eleiccedilatildeo de representantes dos trabalhadores para os oacutergatildeos sociais de empresas pertencentes ao Estado ou a outras entidades puacuteblicas nos termos da lei
1010
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
1 Eacute reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical condiccedilatildeo e garantia da construccedilatildeo da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses
2 No exerciacutecio da liberdade sindical eacute garantido aos trabalhadores sem qualquer discriminaccedilatildeo designadamente
a) A liberdade de constituiccedilatildeo de associaccedilotildees sindicais a todos os niacuteveis
b) A liberdade de inscriccedilatildeo natildeo podendo nenhum trabalhador ser obrigado a pagar quotizaccedilotildees para sindicato em que natildeo esteja inscrito
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
11
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
A Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa de 1976 (CRP) eacute a actual constituiccedilatildeo portuguesa Foi redigida pela Assembleia Constituinte eleita na sequecircncia das primeiras eleiccedilotildees gerais livres no paiacutes em 25 de Abril de 1975 1ordm aniversaacuterio da Revoluccedilatildeo dos Cravos Os seus deputados deram os trabalhos por concluiacutedos em 2 de Abril de 1976 tendo a Constituiccedilatildeo entrado em vigor a 25 de Abril de 1976
Sofreu sucessivas revisotildees constitucionais em 1982 1989 1992 1997 2001 2004 e 2005
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
6
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 53ordm
(Seguranccedila no emprego) Eacute garantida aos trabalhadores a
seguranccedila no emprego sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos poliacuteticos ou ideoloacutegicos
77
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 54(Comissotildees de trabalhadores) 1 Eacute direito dos trabalhadores criarem comissotildees
de trabalhadores para defesa dos seus interesses e intervenccedilatildeo democraacutetica na vida da empresa
2 Os trabalhadores deliberam a constituiccedilatildeo aprovam os estatutos e elegem por voto directo e secreto os membros das comissotildees de trabalhadores
4 Os membros das comissotildees gozam da protecccedilatildeo legal reconhecida aos delegados sindicais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
8
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) 5 Constituem direitos das comissotildees de
trabalhadores a) Receber todas as informaccedilotildees necessaacuterias
ao exerciacutecio da sua actividade
b) Exercer o controlo de gestatildeo nas empresas
c) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
9
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) d) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho e dos planos econoacutemico-sociais que contemplem o respectivo sector
e) Gerir ou participar na gestatildeo das obras sociais da empresa
f) Promover a eleiccedilatildeo de representantes dos trabalhadores para os oacutergatildeos sociais de empresas pertencentes ao Estado ou a outras entidades puacuteblicas nos termos da lei
1010
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
1 Eacute reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical condiccedilatildeo e garantia da construccedilatildeo da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses
2 No exerciacutecio da liberdade sindical eacute garantido aos trabalhadores sem qualquer discriminaccedilatildeo designadamente
a) A liberdade de constituiccedilatildeo de associaccedilotildees sindicais a todos os niacuteveis
b) A liberdade de inscriccedilatildeo natildeo podendo nenhum trabalhador ser obrigado a pagar quotizaccedilotildees para sindicato em que natildeo esteja inscrito
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
11
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 53ordm
(Seguranccedila no emprego) Eacute garantida aos trabalhadores a
seguranccedila no emprego sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos poliacuteticos ou ideoloacutegicos
77
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 54(Comissotildees de trabalhadores) 1 Eacute direito dos trabalhadores criarem comissotildees
de trabalhadores para defesa dos seus interesses e intervenccedilatildeo democraacutetica na vida da empresa
2 Os trabalhadores deliberam a constituiccedilatildeo aprovam os estatutos e elegem por voto directo e secreto os membros das comissotildees de trabalhadores
4 Os membros das comissotildees gozam da protecccedilatildeo legal reconhecida aos delegados sindicais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
8
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) 5 Constituem direitos das comissotildees de
trabalhadores a) Receber todas as informaccedilotildees necessaacuterias
ao exerciacutecio da sua actividade
b) Exercer o controlo de gestatildeo nas empresas
c) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
9
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) d) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho e dos planos econoacutemico-sociais que contemplem o respectivo sector
e) Gerir ou participar na gestatildeo das obras sociais da empresa
f) Promover a eleiccedilatildeo de representantes dos trabalhadores para os oacutergatildeos sociais de empresas pertencentes ao Estado ou a outras entidades puacuteblicas nos termos da lei
1010
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
1 Eacute reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical condiccedilatildeo e garantia da construccedilatildeo da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses
2 No exerciacutecio da liberdade sindical eacute garantido aos trabalhadores sem qualquer discriminaccedilatildeo designadamente
a) A liberdade de constituiccedilatildeo de associaccedilotildees sindicais a todos os niacuteveis
b) A liberdade de inscriccedilatildeo natildeo podendo nenhum trabalhador ser obrigado a pagar quotizaccedilotildees para sindicato em que natildeo esteja inscrito
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
11
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 54(Comissotildees de trabalhadores) 1 Eacute direito dos trabalhadores criarem comissotildees
de trabalhadores para defesa dos seus interesses e intervenccedilatildeo democraacutetica na vida da empresa
2 Os trabalhadores deliberam a constituiccedilatildeo aprovam os estatutos e elegem por voto directo e secreto os membros das comissotildees de trabalhadores
4 Os membros das comissotildees gozam da protecccedilatildeo legal reconhecida aos delegados sindicais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
8
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) 5 Constituem direitos das comissotildees de
trabalhadores a) Receber todas as informaccedilotildees necessaacuterias
ao exerciacutecio da sua actividade
b) Exercer o controlo de gestatildeo nas empresas
c) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
9
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) d) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho e dos planos econoacutemico-sociais que contemplem o respectivo sector
e) Gerir ou participar na gestatildeo das obras sociais da empresa
f) Promover a eleiccedilatildeo de representantes dos trabalhadores para os oacutergatildeos sociais de empresas pertencentes ao Estado ou a outras entidades puacuteblicas nos termos da lei
1010
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
1 Eacute reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical condiccedilatildeo e garantia da construccedilatildeo da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses
2 No exerciacutecio da liberdade sindical eacute garantido aos trabalhadores sem qualquer discriminaccedilatildeo designadamente
a) A liberdade de constituiccedilatildeo de associaccedilotildees sindicais a todos os niacuteveis
b) A liberdade de inscriccedilatildeo natildeo podendo nenhum trabalhador ser obrigado a pagar quotizaccedilotildees para sindicato em que natildeo esteja inscrito
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
11
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) 5 Constituem direitos das comissotildees de
trabalhadores a) Receber todas as informaccedilotildees necessaacuterias
ao exerciacutecio da sua actividade
b) Exercer o controlo de gestatildeo nas empresas
c) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
9
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) d) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho e dos planos econoacutemico-sociais que contemplem o respectivo sector
e) Gerir ou participar na gestatildeo das obras sociais da empresa
f) Promover a eleiccedilatildeo de representantes dos trabalhadores para os oacutergatildeos sociais de empresas pertencentes ao Estado ou a outras entidades puacuteblicas nos termos da lei
1010
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
1 Eacute reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical condiccedilatildeo e garantia da construccedilatildeo da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses
2 No exerciacutecio da liberdade sindical eacute garantido aos trabalhadores sem qualquer discriminaccedilatildeo designadamente
a) A liberdade de constituiccedilatildeo de associaccedilotildees sindicais a todos os niacuteveis
b) A liberdade de inscriccedilatildeo natildeo podendo nenhum trabalhador ser obrigado a pagar quotizaccedilotildees para sindicato em que natildeo esteja inscrito
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
11
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Direitos liberdades e garantias dos trabalhadores Artigo 54ordm
(Comissotildees de trabalhadores) d) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho e dos planos econoacutemico-sociais que contemplem o respectivo sector
e) Gerir ou participar na gestatildeo das obras sociais da empresa
f) Promover a eleiccedilatildeo de representantes dos trabalhadores para os oacutergatildeos sociais de empresas pertencentes ao Estado ou a outras entidades puacuteblicas nos termos da lei
1010
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
1 Eacute reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical condiccedilatildeo e garantia da construccedilatildeo da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses
2 No exerciacutecio da liberdade sindical eacute garantido aos trabalhadores sem qualquer discriminaccedilatildeo designadamente
a) A liberdade de constituiccedilatildeo de associaccedilotildees sindicais a todos os niacuteveis
b) A liberdade de inscriccedilatildeo natildeo podendo nenhum trabalhador ser obrigado a pagar quotizaccedilotildees para sindicato em que natildeo esteja inscrito
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
11
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
1 Eacute reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical condiccedilatildeo e garantia da construccedilatildeo da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses
2 No exerciacutecio da liberdade sindical eacute garantido aos trabalhadores sem qualquer discriminaccedilatildeo designadamente
a) A liberdade de constituiccedilatildeo de associaccedilotildees sindicais a todos os niacuteveis
b) A liberdade de inscriccedilatildeo natildeo podendo nenhum trabalhador ser obrigado a pagar quotizaccedilotildees para sindicato em que natildeo esteja inscrito
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
11
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
c) A liberdade de organizaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo interna das associaccedilotildees sindicais
d) O direito de exerciacutecio de actividade sindical na empresa
e) O direito de tendecircncia nas formas que os respectivos estatutos determinarem
1212
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
3 As associaccedilotildees sindicais devem reger-se pelos princiacutepios da organizaccedilatildeo e da gestatildeo democraacuteticas baseados na eleiccedilatildeo perioacutedica e por escrutiacutenio secreto dos oacutergatildeos dirigentes sem sujeiccedilatildeo a qualquer autorizaccedilatildeo ou homologaccedilatildeo e assentes na participaccedilatildeo activa dos trabalhadores em todos os aspectos da actividade sindical
4 As associaccedilotildees sindicais satildeo independentes do patronato do Estado das confissotildees religiosas dos partidos e outras associaccedilotildees poliacuteticas devendo a lei estabelecer as garantias adequadas dessa independecircncia fundamento da unidade das classes trabalhadoras
1313
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 55ordm (Liberdade sindical)
5 As associaccedilotildees sindicais tecircm o direito de estabelecer relaccedilotildees ou filiar-se em organizaccedilotildees sindicais internacionais
6 Os representantes eleitos dos trabalhadores gozam do direito agrave informaccedilatildeo e consulta bem como agrave protecccedilatildeo legal adequada contra quaisquer formas de condicionamento constrangimento ou limitaccedilatildeo do exerciacutecio legiacutetimo das suas funccedilotildees
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
14
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) 1 Compete agraves associaccedilotildees sindicais defender e
promover a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores que representem
2 Constituem direitos das associaccedilotildees sindicais a) Participar na elaboraccedilatildeo da legislaccedilatildeo do
trabalho b) Participar na gestatildeo das instituiccedilotildees de seguranccedila
social e outras organizaccedilotildees que visem satisfazer os interesses dos trabalhadores
c) Pronunciar-se sobre os planos econoacutemico-sociais e acompanhar a sua execuccedilatildeo
1515
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 56ordm (Direitos das associaccedilotildees sindicais e contrataccedilatildeo
colectiva) d) Fazer-se representar nos organismos de concertaccedilatildeo
social nos termos da lei e) Participar nos processos de reestruturaccedilatildeo da
empresa especialmente no tocante a acccedilotildees de formaccedilatildeo ou quando ocorra alteraccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho
3 Compete agraves associaccedilotildees sindicais exercer o direito de contrataccedilatildeo colectiva o qual eacute garantido nos termos da lei
4 A lei estabelece as regras respeitantes agrave legitimidade para a celebraccedilatildeo das convenccedilotildees colectivas de trabalho bem como agrave eficaacutecia das respectivas normas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
16
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-out
1 Eacute garantido o direito agrave greve 2 Compete aos trabalhadores definir o acircmbito de
interesses a defender atraveacutes da greve natildeo podendo a lei limitar esse acircmbito
3 A lei define as condiccedilotildees de prestaccedilatildeo durante a greve de serviccedilos necessaacuterios agrave seguranccedila e manutenccedilatildeo de equipamentos e instalaccedilotildees bem como de serviccedilos miacutenimos indispensaacuteveis para ocorrer agrave satisfaccedilatildeo de necessidades sociais impreteriacuteveis
4 Eacute proibido o lock-out
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
17
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 57ordm (Direito agrave greve e proibiccedilatildeo do lock-
out Lockout eacute a recusa por parte da entidade patronal em
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessaacuterios para a sua actividade Eacute proibido pela Constituiccedilatildeo portuguesa no nuacutemero 4 do artigo 57ordm Eacute usada como estrateacutegia para enfraquecer a uniatildeo dos trabalhadores durante uma greve Acontece tambeacutem em casos extremos quando os trabalhadores diminuem a eficiecircncia do trabalho como alternativa agrave greve Impede que durante a greve uma minoria trabalhe ou grevistas intermitentes tambeacutem trabalhem
1818Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Direitos e deveres econoacutemicos Artigo 58ordm
(Direito ao trabalho) 1 Todos tecircm direito ao trabalho 2 Para assegurar o direito ao trabalho incumbe ao
Estado promover a) A execuccedilatildeo de poliacuteticas de pleno emprego b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissatildeo ou
geacutenero de trabalho e condiccedilotildees para que natildeo seja vedado ou limitado em funccedilatildeo do sexo o acesso a quaisquer cargos trabalho ou categorias profissionais
c) A formaccedilatildeo cultural e teacutecnica e a valorizaccedilatildeo profissional dos trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
19
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
1 Todos os trabalhadores sem distinccedilatildeo de idade sexo raccedila cidadania territoacuterio de origem religiatildeo
convicccedilotildees poliacuteticas ou ideoloacutegicas tecircm direito a) Agrave retribuiccedilatildeo do trabalho segundo a quantidade
natureza e qualidade observando-se o princiacutepio de que para trabalho igual salaacuterio igual de forma a garantir uma existecircncia condigna
b) A organizaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees socialmente dignificantes de forma a facultar a realizaccedilatildeo pessoal e a permitir a conciliaccedilatildeo da actividade profissional com a vida familiar
c) A prestaccedilatildeo do trabalho em condiccedilotildees de higiene seguranccedila e sauacutede
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
20
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) Ao repouso e aos lazeres a um limite maacuteximo da jornada de trabalho ao descanso semanal e a feacuterias perioacutedicas pagas
e) Agrave assistecircncia material quando involuntariamente se encontrem em situaccedilatildeo de desemprego
f) A assistecircncia e justa reparaccedilatildeo quando viacutetimas de acidente de trabalho ou de doenccedila profissional
2121
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores) 2 Incumbe ao Estado assegurar as condiccedilotildees de trabalho
retribuiccedilatildeo e repouso a que os trabalhadores tecircm direito nomeadamente
a) O estabelecimento e a actualizaccedilatildeo do salaacuterio miacutenimo nacionalhelliphelliphellip
b) A fixaccedilatildeo a niacutevel nacional dos limites da duraccedilatildeo do trabalho
c) A especial protecccedilatildeo do trabalho das mulheres durante a gravidez e apoacutes o parto bem como do trabalho dos menores dos diminuiacutedos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condiccedilotildees insalubres toacutexicas ou perigosas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura
22
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Artigo 59ordm -(Direitos dos Trabalhadores)
d) O desenvolvimento sistemaacutetico de uma rede de centros de repouso e de feacuterias em cooperaccedilatildeo com organizaccedilotildees sociais
e) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho e a garantia dos
benefiacutecios sociais dos trabalhadores emigrantes
f) A protecccedilatildeo das condiccedilotildees de trabalho dos trabalhadores estudantes
3 Os salaacuterios gozam de garantias especiais nos termos da
leiCurso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos
Maria dos Anjos Ventura
23
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 24
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
1) Todos tecircm direito agrave seguranccedila Social 2) Incumbe ao Estado organizar coordenar e subsidiar um sistema de seguranccedila social unificado e
descentralizado com a participaccedilatildeo das associaccedilotildees sindicais de outras
organizaccedilotildees representativas dos trabalhadores e de associaccedilotildees representativas dos demais beneficiaacuterios
3 Eacute reconhecido o direito de constituiccedilatildeo de instituiccedilotildees
particulares de solidariedade social com vista agrave
prossecuccedilatildeo dos objectivos de seguranccedila socialhelliprdquo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 25
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 63ordm -(Seguranccedila Social)
4) O sistema de seguranccedila social protegeraacute os cidadatildeos na doenccedila velhice invalidez viuvez e orfandade bem como no desemprego e em todas as outras situaccedilotildees de falta ou diminuiccedilatildeo dos meios de subsistecircncia ou de capacidade para o trabalho
2)Todo o tempo de trabalho contribuiraacute nos termos da lei para o caacutelculo das pensotildees de velhice e invalidez independentemente do sector de actividade em que tiver sido prestado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 26
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
1) Todos tecircm direito agrave sauacutede e o dever da defender e promover
2) O direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede eacute realizadoa) Atraveacutes de um Serviccedilo Nacional de Sauacutede universal e
geral e tendo em conta as condiccedilotildees econoacutemicas e sociais dos cidadatildeos tendencialmente gratuito
b) Pela criaccedilatildeo de condiccedilotildees econoacutemicas sociais e culturais que garantam a protecccedilatildeo da infacircncia da juventude e da velhice e pela melhoria sistemaacutetica das condiccedilotildees de vida e de trabalho bem como a promoccedilatildeo da cultura fiacutesica e desportiva escolar e popular e ainda pelo desenvolvimento da educaccedilatildeo sanitaacuteria do povo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 27
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 64ordm -(Sauacutede)
3) Para assegurar o direito agrave protecccedilatildeo da sauacutede incumbe prioritariamente ao Estado
a) Garantir o acesso a todos os cidadatildeos independentemente da sua condiccedilatildeo econoacutemica aos cuidados da medicina preventiva curativa e de reabilitaccedilatildeo
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura meacutedica e hospitalar de todo o paiacutes
c) Orientar a sua acccedilatildeo para a socializaccedilatildeo dos custos de cuidados meacutedicos e medicamentosos
d) Disciplinar e controlar as formas empresariais e privadas da medicina
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 28
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
1) Todos tecircm direito para si e para a sua famiacutelia a uma habitaccedilatildeo de dimensatildeo adequada em condiccedilotildees de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade pessoal
2) Para assegurar o direito agrave habitaccedilatildeo incumbe ao Estado
a) Programar e executar uma poliacutetica de habitaccedilatildeo inserida em planos de reordenamento do territoacuterio e apoiada em planos de urbanizaccedilatildeo que garantam a existecircncia de uma rede adequada de transportes e de equipamento social
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 29
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 65ordm -(Habitaccedilatildeo)
b) Incentivar e apoiar as iniciativas das comunidades locais e das populaccedilotildees tendentes a resolver os respectivos problemas habitacionais e a fomentar a criaccedilatildeo de cooperativas de habitaccedilatildeo e a autoconstruccedilatildeo
c) Estimular a construccedilatildeo privada com subordinaccedilatildeo ao interesse geral e o acesso agrave habitaccedilatildeo proacutepria
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 30
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 66ordm -(Ambiente e Qualidade de vida)
1 ndash Todos tecircm direito a um ambiente de vida humano sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender
2 ndash Incumbe ao estado por meio de organismos proacuteprios e por apelo e apoio a iniciativas populares
a) Prevenir e controlar a poluiccedilatildeo e os seus efeitos e as formas prejudiciais de erosatildeo
b) Ordenar e promover o ordenamento do territoacuterio tendo em vista uma correcta localizaccedilatildeo das actividades um equilibrado desenvolvimento soacutecio - econoacutemico e paisagens
c) biologicamente equilibradas
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 31
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
1 ndash A famiacutelia como elemento fundamental da sociedade tem direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado e agrave efectivaccedilatildeo de todas as condiccedilotildees que permitam a realizaccedilatildeo pessoal dos seus membros
2 ndash Incumbe designadamente ao Estado para protecccedilatildeo da famiacutelia
a) Promover a independecircncia social e econoacutemica dos agregados familiares
b) Promover a criaccedilatildeo de uma rede nacional de assistecircncia materno-infantil de uma rede nacional de creches e de infra-estruturas de apoio agrave famiacutelia bem como uma poliacutetica de terceira idade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 32
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 67ordm -(Famiacutelia)
a) Cooperar com os pais na educaccedilatildeo dos filhos
a) Regular os impostos e os benefiacutecios sociais de harmonia com os encargos familiares
a) Definir ouvidas as associaccedilotildees representativas das famiacutelias e executar uma poliacutetica de famiacutelia com caraacutecter global e integrado
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 33
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 68ordm -(Paternidade e maternidade)
1 Os pais e as matildees tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado na realizaccedilatildeo da sua insubstituiacutevel acccedilatildeo em relaccedilatildeo aos filhos nomeadamente quanto agrave sua educaccedilatildeo com garantia de realizaccedilatildeo profissional e de participaccedilatildeo na vida ciacutevica do paiacutes
2 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes
3 As mulheres trabalhadoras tecircm direito a especial protecccedilatildeo durante a gravidez e apoacutes o parto incluindo a dispensa do trabalho por periacuteodo adequado sem perda da retribuiccedilatildeo ou de quaisquer regalias
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 34
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 69ordm -(INFAcircNCIA)
1 As crianccedilas tecircm direito agrave protecccedilatildeo da sociedade e do Estado com vista ao seu desenvolvimento integral especialmente contra todas as formas de abandono de discriminaccedilatildeo e de opressatildeo e contra o exerciacutecio abusivo da autoridade na famiacutelia e nas demais instituiccedilotildees
2 O Estado assegura especial protecccedilatildeo agraves crianccedilas oacuterfatildes abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente familiar normal
3 Eacute proibido nos termos da lei o trabalho de menores em idade escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 35
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 70ordm -(JUVENTUDE)
1 Os jovens gozam de protecccedilatildeo especial para efectivaccedilatildeo dos seus direitos econoacutemicos sociais e culturais nomeadamente
a) No ensino na formaccedilatildeo profissional e na cultura b) No acesso ao primeiro emprego no trabalho e na
seguranccedila social c) No acesso agrave habitaccedilatildeo d) Na educaccedilatildeo fiacutesica e no desporto e) No aproveitamento dos tempos livres
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 36
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
1 Os cidadatildeos portadores de deficiecircncia fiacutesica ou mental gozam plenamente dos direitos e estatildeo sujeitos aos deveres consignados na Constituiccedilatildeo com ressalva do exerciacutecio ou do cumprimento daqueles para os quais se encontrem incapacitados
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 37
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 71ordm -(Cidadatildeos portadores de
deficiecircncia)
2 O Estado obriga-se a realizar uma poliacutetica nacional de prevenccedilatildeo e de tratamento reabilitaccedilatildeo e integraccedilatildeo dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia e de apoio agraves suas famiacuteliashelliphelliphellip
3 O Estado apoia as organizaccedilotildees de cidadatildeos portadores de deficiecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 38
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 72ordm -(TERCEIRA IDADE)
1 As pessoas idosas tecircm direito agrave seguranccedila econoacutemica e a condiccedilotildees de habitaccedilatildeo e conviacutevio familiar e comunitaacuterio que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalizaccedilatildeo social
2 A poliacutetica de terceira idade engloba medidas de caraacutecter econoacutemico social e cultural tendentes a proporcionar agraves pessoas idosas oportunidades de realizaccedilatildeo pessoal atraveacutes de uma participaccedilatildeo activa na vida da comunidade
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 39
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
1 Todos tecircm direito ao ensino com garantia do direito agrave igualdade de oportunidades de acesso e ecircxito escolar
2 Na realizaccedilatildeo da poliacutetica de ensino incumbe ao Estado
a) Assegurar o ensino baacutesico universal obrigatoacuterio e gratuito
b) Criar um sistema puacuteblico e desenvolver o sistema geral de educaccedilatildeo preacute-escolar
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 40
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
c) Garantir a educaccedilatildeo permanente e eliminar o analfabetismo
d) Garantir a todos os cidadatildeos segundo as suas capacidades o acesso aos graus mais elevados do ensino da investigaccedilatildeo cientiacutefica e da criaccedilatildeo artiacutestica
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligaccedilatildeo do ensino e das actividades econoacutemicas sociais e culturais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 41
DIREITOS E DEVERES SOCIAISArtigo 74ordm -(ENSINO)
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadatildeos portadores de deficiecircncia ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessaacuterio
h) Proteger e valorizar a liacutengua gestual portuguesa enquanto expressatildeo cultural e instrumento de acesso agrave educaccedilatildeo e da igualdade de oportunidades
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da liacutengua portuguesa e o acesso agrave cultura portuguesa
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivaccedilatildeo do direito ao ensino
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 42
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP-IN Em Outubro de 1970 comeccedilaram a organizar-se
reuniotildees sindicais tendo sido criada uma estrutura sindical informal - a Intersindical No seu inicio agrupava cerca de 30 sindicatos os quais - apesar de serem corporativos - dispunham de oacutergatildeos de direcccedilatildeo da confianccedila dos trabalhadores e praticavam uma poliacutetica autoacutenoma e de ruptura com o regime Durante estas reuniotildees os comunistas representavam a corrente melhor organizada mas natildeo constituiacuteam a tendecircncia maioritaacuteria a qual era formada por catoacutelicos progressistas e socialistas independentes
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 43
Organismos e Serviccedilos dos Direito Laborais-Nacionais O nascimento da UGT e da CGTP -IN Os conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da
minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976
Os sindicalistas da minoria constituiacuteram um Movimento Autoacutenomo de Intervenccedilatildeo Sindical - Carta Aberta - o qual contestava as pretensotildees da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses Este movimento defendia por outro lado os princiacutepios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenccedilotildees da OIT bem como o pluralismo sindical e o direito de tendecircncia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 44
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais A Constituiccedilatildeo de Abril de 1976 pocircs em
causa o principio da organizaccedilatildeo sindical uacutenica Em 1977 a lei sindical foi alterada tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical
No inicio de 1977 o Congresso da Intersindical denominado de todos os sindicatos marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 45
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por outro lado os sindicalistas catoacutelicos
particularmente aqueles que se encontravam ligados agrave Frente Unitaacuteria dos Trabalhadores (Base-FUT) os da esquerda socialista e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda decidiram natildeo abandonar a Intersindical Esta adoptou o seu actual nome
Confederaccedilatildeo Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 46
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais -Nacionais Por sua vez os sindicalistas ligados aos partidos
Socialista e Social-Democraacutetico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical
Em 27 e 28 de Outubro 1978 na sala do cinema Lumiar em Lisboa 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declaraccedilatildeo de Princiacutepios e os Estatutos da Uniatildeo Geral de Trabalhadores
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 47
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS b) Defender as liberdades individuais e colectivas e os interesses e os
direitos dos trabalhadores na perspectiva da consolidaccedilatildeo da democracia poliacutetica pluralista e da consecuccedilatildeo da democracia social e econoacutemica
c) Apoiar e intervir na defesa dos direitos dos seus associados coordenando as suas reivindicaccedilotildees
d) Organizar os meios teacutecnicos financeiros e humanos para apoiar os seus filiados
nomeadamente fomentando a constituiccedilatildeo de fundos de greve e solidariedade
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 48
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais ndashNacionais - UGT ndash OBJECTIVOS h) Lutar pelo trabalho digno i) Lutar pelo direito ao trabalho e pela livre escolha do emprego e
pela sua seguranccedila j) Defender as condiccedilotildees de vida dos trabalhadores visando a
melhoria da qualidade de vida e o pleno emprego k) Promover o combate agraves desigualdades salariais baseadas em
qualquer factor de discriminaccedilatildeo nomeadamente raccedila geacutenero ou religiatildeo
httpwwwugtpt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 49
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL -PCP
OBJECTIVOS - Promover um Portugal Democraacutetico
Desenvolvido Solidaacuterio e Soberano- Contribuir para a construccedilatildeo de uma democracia politica econoacutemica social e cultural- Defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e a democracia
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 50
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN organizaccedilatildeo de trabalhadores
natildeo tem outros objectivos que natildeo sejam a defesa dos seus direitos e condiccedilotildees de vida e de trabalho assumindo a defesa face a tudo o que os afecta como classe trava as batalhas presentes com os olhos no futuro de Portugal na construccedilatildeo de um paiacutes mais proacutespero democraacutetico e progressista
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 51
Organismos e Serviccedilos dos Direitos LaboraiS - Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO A CGTP-IN reconhecendo o papel determinante da
luta dos trabalhadores na prossecuccedilatildeo dos seus objectivos programaacuteticos desenvolve a sua acccedilatildeo visando em especial
organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos colectivos e individuais
promover organizar e apoiar acccedilotildees conducentes agrave satisfaccedilatildeo das reivindicaccedilotildees dos trabalhadores de acordo com a sua vontade democraacutetica e inseridas na luta geral de todos os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 52
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais Nacionais
CGT-IN (CONFEDERACcedilAtildeO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES ndash INTER ndashSINDICAL
A ACCcedilAtildeO E A INTERVENCcedilAtildeO alicerccedilar a solidariedade e a unidade entre todos os
trabalhadores desenvolvendo a sua consciecircncia democraacutetica de classe sindical e poliacutetica
defender as liberdades democraacuteticas os direitos e conquistas dos trabalhadores e das suas organizaccedilotildees combatendo o desfiguramento do regime democraacutetico e reafirmando a sua fidelidade ao projecto de justiccedila social aberto com a revoluccedilatildeo de Abril
httpcgtppt
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 53
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoOrganizaccedilatildeo de caraacutecter universal a OIT tem as suas origens na matriz social da Europa e da Ameacuterica do Norte do seacuteculo XIX Estas regiotildees assistiram ao nascimento da Revoluccedilatildeo Industrial que gerou um extraordinaacuterio desenvolvimento econoacutemico muitas vezes agrave custa de um sofrimento humano intoleraacutevel e graves problemas sociais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 54
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoA ideia de uma legislaccedilatildeo internacional do trabalho surgiu logo no iniacutecio do seacuteculo XIX em resposta agraves preocupaccedilotildees de ordem moral e econoacutemica associadas ao custo humano da Revoluccedilatildeo Industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 55
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
As origens da OIT ndash Organizaccedilatildeo Internacional do TrabalhoAlguns industriais notaacuteveis entre os quais Robert Owen e Daniel Le Grand apoiaram a ideia de uma legislaccedilatildeo progressista no domiacutenio social e laboral No final do seacuteculo XIX os sindicatos comeccedilaram a desempenhar um papel decisivo nos paiacuteses industrializados reivindicando direitos democraacuteticos e condiccedilotildees de vida dignas para os trabalhadores
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 56
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Robert Owen (14 de maio de 1771 - 17 de novembro de 1858) foi um reformador social galecircs e um filoacutesofo socialista libertaacuterio Eacute considerado o pai do movimento cooperativo
Filho de uma famiacutelia de modestos artesatildeos tornou-se por volta dos 30 anos co-proprietaacuterio e director de importantes induacutestrias escocesas de fiaccedilatildeo em New Lanark Ali reduziu a jornada de trabalho para 105 horas diaacuterias (uma avanccedilo para a eacutepoca) fez erguer casas para os operaacuterios o primeiro jardim-de-infacircncia e a primeira cooperativa
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 57
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Com sua experiecircncia Owen provou que Um toque humanista motiva os trabalhadores Na sua induacutestria os fios de algodatildeo tiveram melhoria de qualidade resultando em lucros para seus soacutecios isto potencialmente devido ao tratamento diferenciado dado a seus empregados
Em 1817 evolui da acccedilatildeo assistencial para a criacutetica frontal ao capitalismo tentando convencer as autoridades inglesas bem como estrangeiras da necessidade de reformas no sector de produccedilatildeo e por essas criticas foi expulso da Inglaterra
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 58
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundou nos Estados Unidos da Ameacuterica a colonia socialista de New Harmony (Nova Harmonia) que funcionou nos primeiros anos mas finalizou sua experiecircncia sem obter o ecircxito esperado
Regressando agrave Inglaterra continuou na luta por seus ideais ateacute falecer aos 87 anos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 59
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A OIT foi criada pela Conferecircncia de Paz apoacutes a Primeira Guerra Mundial A sua Constituiccedilatildeo converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes
A ideia de uma legislaccedilatildeo trabalhista internacional surgiu como resultado das reflexotildees eacuteticas e econoacutemicas sobre o custo humano da revoluccedilatildeo industrial
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 60
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potecircncias europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial Apoacutes seis meses de negociaccedilotildees em Paris o tratado foi assinado como uma continuaccedilatildeo do armistiacutecio de Novembro de 1918 em Compiegravegne que tinha posto um fim aos confrontos O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que sob os termos dos artigos 231-247 fizesse reparaccedilotildees a um certo nuacutemero de naccedilotildees da Triacuteplice Entente
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 61
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS A Triacuteplice Entente Foi uma alianccedila feita entre a
Inglaterra Franccedila e o Impeacuterio Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansotildees alematildes e austro-huacutengaras pela Europa Foi feito apoacutes a criaccedilatildeo da Entente Anglo-Russa
Na Primeira Guerra duas alianccedilas lutaram a Triacuteplice Entente e a Triacuteplice Alianccedila (Alemanha Aacuteustria-Hungria e Itaacutelia)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 62
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo internacional para as questotildees do trabalho baseou-se em argumentos
humanitaacuterios condiccedilotildees injustas difiacuteceis e degradantes de muitos trabalhadores
poliacuteticos risco de conflitos sociais ameaccedilando a paz e
econoacutemicos paiacuteses que natildeo adoptassem condiccedilotildees humanas de trabalho seriam um obstaacuteculo para a obtenccedilatildeo de melhores condiccedilotildees em outros paiacuteses
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 63
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
A Declaraccedilatildeo antecipou e serviu de modelo para a Carta das Naccedilotildees Unidas e para a Declaraccedilatildeo Universal dos Direitos Humanos
Em 1969 em seu 50ordm aniversaacuterio a Organizaccedilatildeo foi contemplada com o Premio Nobel da Paz No seu discurso o presidente do Comiteacute do Premio Nobel afirmou que a OIT era uma das raras criaccedilotildees institucionais das quais a raccedila humana podia orgulhar-se
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 64
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Em 1998 apoacutes o fim da Guerra Fria foi adoptada a Declaraccedilatildeo da OIT sobre os Princiacutepios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento O documento eacute uma reafirmaccedilatildeo universal da obrigaccedilatildeo de respeitar promover e tornar realidade os princiacutepios reflectidos nas Convenccedilotildees fundamentais da OIT ainda que natildeo tenham sido ratificados pelos Estados Membros
Desde 1999 a OIT trabalha pela manutenccedilatildeo de seus valores e objectivos
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 65
Organismos e Serviccedilos dos Direitos Laborais INTERNACIONAIS
Fundamentos
A OIT funda-se no princiacutepio de que a paz universal e permanente soacute pode basear-se na justiccedila social Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial a OIT eacute a estrutura internacional que torna possiacutevel abordar estas questotildees e buscar soluccedilotildees que permitam a melhoria das condiccedilotildees de trabalho no mundo
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 66
A Carta das Naccedilotildees Unidas ou Carta de Satildeo Francisco eacute o acordo que forma e estabelece a organizaccedilatildeo internacional alcunhada Naccedilotildees Unidas documento que logo apoacutes a Segunda Guerra Mundial criou a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas em substituiccedilatildeo agrave Liga das Naccedilotildees como entidade maacutexima da discussatildeo do Direito internacional e foacuterum de relaccedilotildees e entendimentos supra-nacionais Foi assinada em Satildeo Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um estados membros originais
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 67
Carta das Naccedilotildees Unidas
Como Carta trata-se de um acordo constitutivo e todos os membros estatildeo sujeitos aos seus artigos Ademais a Carta estipula que as obrigaccedilotildees agraves Naccedilotildees Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos Grande parte dos paiacuteses ratificaram-na
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
Curso de Teacutecnicas de Organizaccedilatildeo de Eventos Maria dos Anjos Ventura 68
A Guerra Fria eacute a designaccedilatildeo atribuiacuteda ao periacuteodo histoacuterico de disputas estrateacutegicas e conflitos indirectos entre os Estados Unidos e a Uniatildeo Sovieacutetica compreendendo o periacuteodo entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinccedilatildeo da Uniatildeo Sovieacutetica (1991)
top related