cérebro filtra mas noticias, mas pensar positivo pode ser ruim

Você continua fazendo palestras e reuniões motivacionais? Ops!

Pedro Camargo

O cérebro filtra as más notícias

Somos mais propensos a ser receptivos às boas notícias do que más!

A maioria de nós passa a vida com um ouvido seletivo para as notícias. Ouvimos o lisonjeiro mais do que o insulto. E nós atualizamos nossas crenças de uma forma que reflete que este preconceito.

Atualizamos nossa autoimagem, quando dizem que somos mais inteligentes ou mais bonitos do que pensávamos. Mas se ouvimos, que somos mais estúpidos e mais feios do que supúnhamos, revisamos essa imagem um pouco menos. 80% a 90% de nós comportamos desta maneira.

Há um custo para essa visão cor-de-rosa do mundo embora. Ignorar uma má notícia pode ser perigoso. Pode fazer-nos excessivamente confiantes, talvez até mesmo imprudentes. Pode nos deixar alheios aos sinais de alerta financeiro.

Mas como essa preferência por uma boa notícia surge no cérebro? Somos maquinas de sobrevivência e não podemos pensar que algo de ruim pode acontecer. O otimismo é biológico. O cérebro é otimista!

O Giro Inferior frontal esquerdo é a área que processa o viés boa notícia habitual, ou seja, ele atualiza suas crenças mais em ouvir boas notícias.

Muitas pessoas pensam que a chave do sucesso é...

cultivar e obstinadamente manter uma perspectiva otimista.

Mas a verdade é que estudos têm mostrado que o pensamento positivo, muitas vezes nos impede. Fantasiar sobre desfechos felizes não ajuda. Na verdade, impede as pessoas de realizar seus sonhos.

Por que o pensar positivo não funciona da forma como imaginamos? Descobrimos, que sonhar com o futuro acalma, reduzindo de forma mensurável a pressão arterial e também pode drenar a energia que você precisa para agir em busca de seus objetivos.

Stress moderado nos faz agir e medo também.

A procrastinação, por exemplo é alimentada pelo pensamento positivo. A certeza de achar que pode adiar e vai dar certo.

O pensamento positivo engana nossas mentes para perceber que nós já alcançamos nossa meta, e nos faz afrouxar a disponibilidade para persegui-la. Tira o cérebro do estado de alerta.

Alguns críticos do pensamento positivo têm aconselhado as pessoas a descartar toda a conversa feliz e "cair na real", e deter-se sobre os desafios ou obstáculos.

Mas isso é muito radical uma correção. Estudos têm demonstrado que essa estratégia não funciona melhor do que entreter fantasias positivas.

O que funciona melhor é uma abordagem híbrida que combina o pensamento positivo com "realismo".

Veja como ele funciona. Pense em um desejo. Por alguns minutos, imagine o desejo tornar-se realidade, deixando sua mente vagar. Em seguida, mude de marcha. Gaste mais alguns minutos imaginando os obstáculos que se interpõem no caminho de realizar seu desejo.

Contrastantes Mentais nos estimulam quando faz sentido para perseguir um desejo, e nos permite abandonar os desejos mais facilmente quando isso não acontece, para que possamos ir atrás de outros, ambições mais razoáveis..

O pensamento positivo é prazeroso, mas isso não significa que é bom para nós. Como tudo na vida, alcançar metas requer uma abordagem equilibrada e moderada, nem deter sobre as desvantagens nem uma forçada pulada de alegria.

Aqui vai a minha pergunta: Será que reuniões e palestras puramente motivacionais surtem grandes efeitos? Ou são efêmeras?

• http://www.nytimes.com/2014/10/26/opinion/sunday/the-problem-with-positive-thinking.html?_r=0http://www.theguardian.com/science/blog/2012/sep/25/how-brain-filters-bad-news

Para saber mais.