caprinos de tete
Post on 12-Aug-2015
534 Views
Preview:
TRANSCRIPT
BANCO DE IMAGENS PIMORG
Tradutor-Translate
As Minhas Ligações Preferidas
Este blogue
Bottom of Form
Hiperligado a partir daqui
As Minhas Ligações Preferidas
---------------------------------------------------------------
A MINHA VIAGEM A MOÇAMBIQUE EM 1996
(Para ouvir o som dos vídeos sem sobreposições,
faça pausa no player acima, obrigado)
Nota: Se tiver uma "ligação pouco rápida"
para ver o vídeo sem interrupções, carregue
no play e passados alguns segundos faça
pause, aguarde uns minutos e faça
novamente play, e assim sucessivamente.
Moçambique que vimos em 1996-Vídeo 1
Moçambique que vimos em 1996-Vídeo 2
Q U A R T A - F E I R A , 2 5 D E N O V E M B R O D E 2 0 0 9
Pequenos ruminantes - Raças caprinas
→ Pequenos ruminantes
São incluídos nos pequenos ruminantes os ovinos e caprinos e por esta espécie,
a mais numerosa em Moçambique, começo a apresentação de imagens que se
obtiveram.
“O cabrito é animal que se vê no campo a procurar folha ou rebento mais
apetecido, saltar, correr, lutar e trepar a qualquer elevação que se depare à sua
frente, isto é, espécie cheia de vida mas que dá vida também àquele que o
possua”
Rebanho de pequenos ruminantes da Remoc, Lda, Impamputo –
2004 – Célia Jordão
→ Raças caprinas Landim, Pafúri e Bóer
Conhecidos como de raça Landim, a maior parte dos caprinos de Moçambique,
mais numerosos do que os ovinos, pertence ao grupo de orelhas curtas de
Mason e Maule, com excepção porém dos que se encontravam na região do
Pafúri, cuja origem resultou provavelmente do cruzamento dos anteriores, com
os de raça Bóer, de orelhas compridas, vindos da África do Sul.
Cabra Landim de orelhas curtas, amamentando, em Sofala,
Cajual de António Pinho – 2004 – Morg
Cabras do Pafúri de orelhas semi-pendentes,
na Estação Zootécnica de Chobela – Morg
Caprinos Bóer de orelhas compridas
– África do Sul – Morg
_______________________________
→ Raça caprina Landim
O cabrito landim encontra-se espalhado por todo o Moçambique chegando a ser
recolhido mesmo sob a protecção da casa onde vive o camponês.
De orelhas curtas e de pelagem bastante variada, na sua alimentação entram
folhas, rebentos de árvores e arbustos e tudo a que pode chegar com valor
nutritivo.
Em Tete e em período de fome as maçanicas deitadas ao chão constituem um
recurso para a sua alimentação.
De boa fecundidade e fertilidade chega a ter quadrigémeos.
Na sua comercialização sofre um bocado com os recursos disponíveis, não só
quando os proprietários aguardam a sua venda em dias de calor ou na forma de
transporte, cobertos por vezes por lonas.
A espécie foi um elemento importante para o povoamento pecuário do norte de
Moçambique.
Fez parte também dos trabalhos da Estação Zootécnica de Chobela e depois de
1955 foi criado um estabelecimento ligado ao estudo e produção da espécie.
Caprinos Landim na Catembe, Maputo – Morg
Cabra com 4 crias – Empresa Agro-pecuária Capelas –
Mohambe – Gaza
Caprinos Landim em Metengo-Modzi – Angónia – 1967 – Morg
Cabra Landim no Mandie – 1968 – Vista lateral – Morg
Caprinos Landim comendo maçanicas em Tete –
2009 - Carlos Santana Afonso
Caprinos amontoados em Canongola, Tete,
aguardando a comercialização – 2009 –
Carlos Santana Afonso
Caprinos Landim no Báruè, vindos de Tete
a caminho da Beira – Morg
Caprino Landim do rebanho que fornece o restaurante
do Cajual dos Pinhos entrando para o cabril –
Sofala – 2004 – Morg
Caprinos de Tete em Montepuez para povoamento pecuário – Morg
Caprinos Landim no pasto – Chobela – 1996 – Morg
Cabritos Landim – Est. Zoot. Central de Chobela – 2004 – Morg
_______________________________
→ Raça caprina do Pafúri
As cabras do Pafúri entre outras características distinguem-se das Landim pelo
tipo de orelhas semi-pendentes que possuem.
A sua área de dispersão encontrava-se nas terras do Pafúri, de onde foram
trazidos alguns exemplares para a Estação Zootécnica de Chobela.
A raça tem grande valor para a população da região cujas culturas estão
sujeitas a grandes períodos de seca e a ela recorre pela sua produção de leite.
Na sua origem admite-se a existência de um caçador Bóer que se estabeleceu
em tempos idos na região trazendo com ele alguns caprinos de raça Bóer que se
cruzaram com os animais locais.
Cabras do Pafúri na Estação Zootécnica de Chobela – Morg
Cabra do Pafúri vista pela frente – Filme +-1955 –
Morg
_______________________________
→ Raça caprina Bóer
Foram introduzidos também alguns caprinos de raça Bóer em Moçambique e de
facto surgiram animais com semelhanças às cabras do Pafúri num criador de
Porto Henrique que os importou e cruzou com cabras locais.
A raça foi constituída na África do Sul a partir dos caprinos africanos originais
que foram cruzados com animais vindos da Índia em 1661 e que foram depois
submetidos a melhoramento.
Um belo exemplar de bode Bóer na África do Sul – Morg
Caprino Bóer em pastagem de chanate, África do Sul – Morg
Bode Bóer da Empresa Agro-Pecuária Capelas –
Mohambe – Morg
_______________________________
→ Outras raças introduzidas em Moçambique
Além das 3 raças referidas que existiam ou entraram em Moçambique, outras,
como as especializadas na produção de leite, podem ter sido importadas por
criadores, querendo obter um pouco mais de leite, mas algumas poderão ter
sofrido as acções das doenças transmitidas pelas carraças.
Houve interesse depois de 1975 em verificar o comportamento dessas raças
especializadas na produção de leite, nomeadamente em cruzamentos.
Bode Saanen x Landim – Origem não recordada
António Madureira Rocha fez, na Estação Zootécnica de Chobela inseminações
artificiais das raças leiteiras Alpino Francês e da Saanen, dando a primeira bons
resultados pela sua resistência.
_______________________________
→ Sobre o texto
André Martinho de Almeida, associado a outros técnicos, tem vários trabalhos
efectuados no campo da nutrição sobre o caprino Bóer e também no das suas
características e origem, em conjunto com Luís Schwalbach, como o das “Breves
considerações sobre a Raça Caprina Bóer”
A situação dos caprinos em Tete, Carlos Santana Afonso, que estavam sujeitos
ao sol e à chuva melhorou pois o Conselho Municipal mandou fazer umas
barraquitas onde os animais e os donos podem aguardar os compradores.
_______________________________
Origem dos búfalos de água vindos para Moçambique
Foram criadores da Itália que forneceram os búfalos de água que foram
introduzidos na Zambézia, pelo facto de não poderem vir da Índia por motivos
de ordem sanitária.
Foram também certamente em tempos idos para a Itália e Egipto, onde os
vemos a pastar na vegetação das águas do rio nos cruzeiros do Nilo.
O queijo Mozarela é fabricado também com o leite de búfala de água e fizeram-
me referência ao fabrico de queijo na Zambézia com o leite da espécie, mas a
nível familiar.
Búfalos de água em Vilankulo
João Graça faz referência à ida de búfalos de água para uma missão perto
Vilanculos e de facto no mapa da distribuição do búfalo de água em
Moçambique, fornecido por Camilo Duque, lá está a respectiva indicação.
Mapa da distribuição dos búfalos de água em Moçambique –
Camilo Duque
_______________________________
→ Recordo
O envio de búfalos de água para uma Missão de Vilanculos fez-me recordar esta
do passado.
FOMENTO A MEIAS DA TRACÇÃO ANIMAL EM VILANCULOS...
Ao passar pela Beira o chefe, Fernão Maria de Sousa Homem de Quadros e
Nápoles, pergunta-me como é que tinha resolvido o assunto dos 300$00 do
transporte da charrua em Vilanculos...
- Olhe, paguei, paguei mesmo...
Aí vai a “estória” dos 300$00, em falta, nas despesas orçamentadas para a
Delegação de Sanidade Pecuária de Vilanculos, que passou para Vilankulo,
nome que certamente já teria antes de ser adaptado ao português.
Corria o ano de 1946 e das verbas que cabiam no Orçamento à Delegação de
Sanidade Pecuária de Vilanculos, a primeira delegação que fui estrear em
Moçambique sendo o primeiro veterinário que chefiou a delegação, cujas
instalações tinham sido localizadas no antigo hospital, transferido para o
Mucoque, depois de reintegração da administração das terras da Companhia de
Moçambique no Governo de Moçambique, restavam 300$00 que poderia utilizar
como entendesse.
Era o Almoxarifado da Fazenda que fazia os concursos para os fornecimentos
aos organismos dependentes do Estado e lá estava uma “charrua” que se
poderia adquirir por 300$00...
Um pescador em Vilanculos – 1972 – Morg
Com o espírito de não se dever deixar verbas por utilizar, sinal de má
administração, nem é cedo nem é tarde, e vai, tendo em vista a sensibilização
da população para a tracção animal, requisita-se uma charrua no sentido de a
oferecer a uma das Missões de Vilanculos, creio que de Mapinhane, mas hoje
não me recordo bem.
Comunica-se ao Almoxarifado a compra da charrua e pede-se o envio para a
referida Missão, julgando que se aproveitava algum transporte oficial para o
local. Já na Angónia recebo a comunicação da Fazenda de que tinha excedido a
verba orçamentada em 300$00, valor do transporte em qualquer veículo
particular que paguei mesmo, não sei se como desconto, no vencimento, se em
vale do correio.
Andam os nossos colegas moçambicanos preocupados e muito bem com uma
maior utilização dos bovinos de trabalho na lavoura e nos transportes, e a
procura de elementos sobre o assunto fez-me lembrar este episódio do passado,
com a introdução da charrua numa das regiões de Vilanculos, paga a meias por
mim...com 300$00. Mas esses 300$00, não são iguais ao Euro e meio de hoje.
Eram mesmo 6% do meu vencimento de veterinário de 2ª classe, na altura,
equivalentes a quase 2 dias de trabalho...
top related