capítulo 2 etiopatogênese geral das lesões lesão e adaptação celular

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Capítulo 2

Etiopatogênese geral das lesõesLesão e adaptação celular

Objetivos

•Explicar o conceito de lesão

•Descrever o mecanismo de ação dos agentes agressores

•Explicitar as classificações das lesões

•Avaliar os processos de hipóxia e anóxia

•Analisar os tipos de adaptações

Introdução

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Lesão

É o conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nos tecidos após agressão.A variedade e possíveis mecanismos de lesão celular são quase infinitos, mas as respostas celulares a vários tipos de lesão são relativamente estereotipadas. Na verdade, muitas respostas à lesão são comuns a quase todos os tipos de células, embora o grau da resposta provocada varie muito entre diferentes tipos celulares. As diferentes categorias de lesão tendem a resultar em respostas relativamente semelhantes em tipos individuais de células, embora alguns tecidos ou órgãos possam ter respostas únicas e características para algumas formas de lesão.

Processos Patológicos

Mecanismo de ação dos agentes agressores

Mecanismo de ação dos agentes agressores

Ação direta Ação indireta

Carboidratos

Classificação das lesões

1. LESÕES CELULARES

• Lesões não letais – São aquelas compatíveis com a recuperação do estado de normalidade após cessada agressão.

• Lesões letais – Representada pela necrose e apoptose.

Letalidade/não letalidade está freqüentemente ligada á qualidade, à intensidade, é a duração da agressão, bem como o estado funcional ou tipo da célula atingida.

Carboidratos Carboidratos Classificação das lesões

2. ALTERAÇÕES DO INTERSTÍCIO (Matriz extracelular MCE)

Constituição:

- Proteínas fibrosas: Colágeno, elastina;- Proteínas de aderência: fibronectina, laminina;-Glicosaminosglicanos;-Proteoclicanos

Função:

- Preencher espaços não ocupado por células- Conferir resistência aos tecidos- Constituir meio pelo qual aportam nutrientes e se eliminam dejetos;- fixação celular;- Migração celular

CarboidratosClassificação das lesões

Alteração de proteínas do interstício:

-Defeitos genéticos que comprometem estruturas, síntese e degradação.

-Alterações adquiridas que interferem na síntese e na degradação.

Transformação do interstício

-Hialina (hialinoses): acúmulo de proteínas proveniente de plasma;

-Mucóide: aumento no conteúdo de proteoglicanas

-Fibrinóides: Acúmulo de fibras íntegras ou degradadas de colágeno e fibrina;

-Quelóide: Formação excessiva de tecido conjuntivo por deposição irregular de colágeno

Classificação das lesões Distúrbios da circulação

3. Distúrbios da circulação

• Aumento, diminuição ou cessação do fluxo sanguíneo para os tecidos (Hiperemia, oligoemia e isquemia)

• Coagulação do sangue no leito vascular (Trombose)

• Aparecimento na circulação do sangue substâncias que não se misturam ao sangue e causam oclusão vascular (Embolia)

• Saída do sangue do leito vascular (Hemorragia)

• Alteração das trocas de líquidos entre o plasma e o interstício (Edema)

Classificação das lesões

Inflamação

4.Inflamação

•É a lesão mais complexa que envolve todos os componentes teciduais.

•É a reação que acompanha a maioria das lesões iniciais produzidas por diferentes agentes lesivos.

5.Alterações da inervação

O sistema nervoso periférico (nervos) e o central (medula) são geralmente lesionados por compressão pelas estruturas adjacentes ou estiramento. Quando há compressão, há deformação mecânica das fibras nervosas e isquemia local. A deformação mecânica e a isquemia levam à perda das propriedades mecânicas e funcionais das fibras nervosas devido a vários mecanismos: obstrução local do movimento, inflamação e fibrosamento, proteção reflexa muscular local, excesso de tensão ao longo de um trajeto da fibra, além de outros mecanismos ainda não compreendidos.- Uma lesão local em um nervo afeta todo o nervo, provavelmente pela diminuição do fluxo axoplasmático (além do efeito mecânico de má distribuição de tensão ao longo do nervo). O nervo fica susceptível a lesões em outros locais. Esse fenômeno é conhecido como double crush.- A lesão implica em alterações das funções do nervo. A alteração da condução elétrica implica em distúrbios sensoriais (dor, parestesias), motores (distonias, fraqueza...) e autonômicas (vasomotoras, pilomotoras). A alteração do fluxo axoplasmático implica em disfunções tróficas e inflamação (inflamação neurogênica) dos tecidos inervados pelo nervo.- Portanto, uma lesão nervosa implica em alterações de suas propriedades mecânicas (movimento e elasticidade) e fisiológicas (alterando sua nerodinâmica, portanto) que por sua vez, sustentam ou agravam a lesão. Tais lesões podem resultar em disfunções nas estruturas que recebem sua inervação. Como conseqüência, estruturas músculo-esqueléticas podem estar comprometidas numa disfunção de origem neural.

Causas de Lesões

Exógenas = Meio ambiente: agente químico, físico, biológico e nutricional.

Endógenas = Próprio organismo: patrimônio genético, resposta imunológica e fatores emocionais.

Criptogenética, idiopática ou essencial = não se conhece as causas.

Hipóxia e anóxia

Hipóxia: é a redução do fornecimento de oxigênio às células.

Anóxia: é a parada total do fornecimento de oxigênio às células.

Resposta imunitária na origem e amplificação de lesões

Quando o agente agressor é antigênico, o sistema imunitário o reconhece e monta uma resposta que ao invés de defender o hospedeiro contra a agressão pode gerar lesões.

Hipóxia e anóxia

Radicais livres

Toda molécula que possui um elétron ímpar em sua órbita externa, não emparelhado. Este elétron livre favorece a recepção de outras moléculas, o que torna os radicais livres extremamente reativos.Os radicais livres têm vida média de milésimos de segundos, mas eventualmente podem tornar-se estáveis, produzindo reações biológicas lesivas.

Respostas às agressões

•Resposta Localizadas após agressões

São as modificações no metabolismo do tecido agredido que irão determinar essas respostas, inclusive o surgimento de lesão.Essas respostas locais são inespecíficas e aparecem independentemente do tipo de agressor ou de lesão apresentada.

•Respostas sistêmicas às agressões localizadas

Consiste em reações inespecíficas destinadas à adaptação do organismo frente a uma agressão, seja por facilitar os mecanismos de fuga física, seja por eliminar o agressor ou tentar minimizar seus efeitos lesivos. Apresentando envolvimento hormonal e alterações em vários níveis:

LESÃO CELULAR

- Síntese protéica- Alterações Metabólicas- Alterações do Apetite e do sono- Febre- Resistência a dor- Alteração na atividade fagocitária- Modulação da resposta imunitária

Agentes causadores de lesão

1. Físicos – Força mecânica, variação da pressão atmosférica, variação de Temperatura e radiações.

2. Biológicos – Vírus, bactérias.

3. Químicos – Substâncias tóxicas, medicamentos.

Adaptações

Adaptações

O rim esquerdo apresenta hiperplasia e hipertrofia

Adaptações

Lesões

Reversíveis Irreversíveis

Necrose e Apoptose

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