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LIVRO N-9.
DECRETO N9 3954 / 82
de 18 de março de 1982
FLS. N.2.
PUBLICADO (A) NO JORNAL
BOLF.TI~ 0') t~'l"'I':IPIO
No~l.de l ~ 'i_g-.J 19?~
Institue normas pertinentes ao con
trôle de contas municipais , e dáou
tras providências.
O Prefeito Municipal de São José dos Campos ,
no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso V do artigo 39
do Decreto-Lei Complementar n9 9 , de 31 de dezembro de 1969 ,
D E C R E T A:
Artigo 19 - O controle de regularidade dos a
tos sujeitos à tomada de contas , reger- se- á pelas normas estabelecidas '
neste decreto .
Artigo 29 - Estão sujeitos aos controles ins
tituídos para tomada de contas , dentre outros que possam ser a ela subrne
tidos , os seguintes agentes :
I - O Prefeito Municipal.
II - Os Ordenadores de despesas, oor delegação .
III - Os Responsáveis pela aquisição , guardapso
e movimentação de materiais e equipamentos pertencentes à Fazenda PÚbli
ca Hunicipal .
IV - Os Responsáveis pelo recebimento , guardae
aplicação de dinheiro e valores pertencentes à Fazenda Municipal, ou a
ela confiados .
V - Os Detentores de suprimentos , quando nao
formaliz arem tempestiva prestação de contas - da Tomada de Contas .
Artigo 39 - Tomada de Contas é o procedimento
administrativo formal, organizado pela Auditoria Geral e efetivado por
seus agentes, ou por servidores especificamente designados pelo Prefeito
Municipal , através do qual promove-se o levantamento de toda a movimenta
çao de dinheiros , valores e outros bens públicos, com base nos documen
tos e registros contábeis competentes .
Parágrafo Primeiro - As tornadas de Contas cor
rerao:
I - No término do exercicio ou gestão . .
II - Dentro do prazo máximo de 30 (trinta)dias
no caso de:
1 - impugnação de despesas realizadas por su-
primentos .
2 - Constatação de que determinada conta nao
foi prestada.
3 - Desvio, des f alque ou alcance de bens e va
lores .
4 - Irregularidade de natureza contábil, pa·tr.!_
monial ou financeiro praticada pelos órgãos da Administração .
5 - Sus ensão ou af
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LIVRO N-2. FLS. N.!!.
cont. do decreto n9 3954 / 82 - fls . 02
. I . .. ponsável pelo ordenamento de despesa por motivo de irregularidade nos cor
respondentes procedimentos ordenatórios.
Parágrafo Segundo Após a revisão e exame dos
documentos respectivos, a Auditoria Geral procederá a expedição de um Cer
tificado, consignando o estado de fato das contas verificadas, e as ocor
rências concernentes à regularidade dos procedimentos e operações, forma
lização documental e acatamento às normas e princípios contábeis , geral
mente aceitos; às eventuais restrições e irregularidades encontradas à ve
rificação.
Artigo 49 - Por determinação do Prefeito Muni
cipal , sua prestação anual de Contas poderá ser objeto de parecer , elabo
rado pela Auditoria Geral , para fins de natureza elucidativa.
DAS PRESTAÇCES DE CONTAS
Artigo 59 - Prestação de Contas é a dernonstra
çao formal, de natureza contábil , assinada pelo responsável , obrigado a
comprovação de recebimentos ou pagamentos efetuados.
Parágrafo Primeiro- Sujeitam- se a prestaçãod
contas:
I - Os detentores de suprimentos de fundos,pa
ra comprovar a realização de despesas.
II - Os responsáveis pelo recebimento,guarda e
aplicação de dinheiros ou valores pertencentes à Fazenda PÚblica Munici
pal ou a ela confiados .
III- Os responsáveis por órgãos, entidades pu
blicas ou privadas , para comprovar a utilização de dinheiro ou valores da
Prefeitura , através de acordos, ajustes, contratosou convênios .
Parágrafo Segundo - O exame e revisão das pre~
tações de contas , organizadas em conformidade com a legislação e normas
de Contabilidade PÚblica caberá a Órgão da Auditoria Geral , competindo ao
ordenador da despesa sua aprovaçao.
DAS AUDITAGENS
Artigo 69 - Auditagern é o processo formal que
visa a orientação quanto ao conhecimento e fiscalização do curnprirnentodas
normas e da legislação de natureza contábil e financeira . Visa também , a
detectar e prevenir irregularidades erros ou falhas de natureza adrninis -
trativa, suscetíveis de comprometer o patrimônio municipal ; a probidade e
regularidade das operações r ealizadas e a perfeita prestação de contas
anual , preparando e facilitando a ação dos controles e auditorias exter
nas .
Parágrafo único - As auditagens serao:
I - Normais, quando efetivadas em caráter de
rotina , sistemática e previamente programadas.
II - Especiais, quando realizadas para apurar •
denúncias ou suspeitas de irregularidades , ou ainda, para instruir a rea
lização de diligências ou sindicâncias .
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Edtado de Soo 'Paulo
LIVRO N.2. FLS. N~
cont. do decreto n9 3954/82 - fls. 03
III - Preventivas- quando destinadas a orientar
a implantação de normas e rotinas de t r abalho .
Artigo 79 - são encargos específicos da Audi
toria Geral, as atividades desenvolvidas pelo órgão, visando, notadamen
te, a orientar , examinar e verificar os seguintes ítens :
I - Execução orçamentária e sua compatibilid~
de financeira com os programas de trabalho executados.
II - Correta aplicação das normas orçament~as
financeiras e contábeis.
III - Lançamento, arrecadação e recolhimentodas
receitas.
IV - Empenho , liquidação e pagamento das desp~
sas .
V - Fidelidade e proibidade dos responsáveis '
pela guarda , uso , moviment ação ou aplicação de bens e valores pertence~
tes à Fazenda PÚblica Municipal , ou a ela confiados .
VI - Correção técnica dos lançamentos contá
beis, consoante princípios e convençoes geralmente aceitos .
VII - Registro de operações sujeitas a apuraçao
contábil.
VIII - Documentação comprobatória de operaçoes
realizadas, no que respeita à sua regularidade aritmética, formal ele
gal.
I X - Constat ação da existência física de bens
e va l ores pertencentes a Prefeitura , ou a ela confiados .
X - Observância das disposições legais e con
tratuais, na execuçao de acordos, contratos e convênios .
XI - Eficácia de controles internos, visando a
otimização de controles externos .
XII - Tomadas de Contas dos agentes a ela sujel
tos.
XIII - Elaboração e apresentação da prestação
anual de contas ao Prefeito.
Parágrafo único - No cumprimento dos encargos
que lhe estão afetos , consoante definidos no "caput", a Auditoria Geral
elaborará programas de trabalho, que conterão obrigatoriamente instru -
ções específicas sobre o objetivo , as fases do trabalho a executar , a en~
meração dos aspectos a examinar , os mét odos de exame e verificação , os p~
péis de trabalho e os resultados ou recomendações de auditagens anterior
mente realizadas .
DA AUDITORIA GERAL
Artigo 89 - A Auditoria Geral, orgao adminis
trativo de primeiro nível, está diretamente subordinada e vinculada ao
Prefeito Municipal , e assim se estrutura :
I - Auditoria Geral - AUD
A - Consultoria Setorial
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LIVRO N.s. FLS. N.s..
cont. do decreto n9 3954/82 - fls. 04
. I . . .
v as
1 - Setor de Auditagens Normais
2 - Setor de Auditagens Especiais e Preventi-
3 - Setor de Arquivo e Informações
4 - Setor de Controle Gerencial
Artigo 99 - A Consultoria Setorial, além das
atribuições legais e regularmente previstas na legislação vigente, comp~
te:
I - Redigir pareceres e responder a consultas
escritas, sobre casos concretos , re l acionados com as matérias de compe
tência administrativa da Auditoria Geral.
II - Cooperar quando solicitado pelo Auditor •
Geral, ao qual se subordina, em assuntos técnicos e administrativos.
III - Subscrever, com os auditores, os Relató
rios das Auditagens efetivadas, assegurando- lhes perfeição técnica.
I V - Desempenhar outras atribuições que lhe fo
rem conf eridas pelo Auditor Geral.
Artigo 10 - Ao Setor de Auditagens Normaiscorn
pete:
I - Programar , anualmente,as auditagens roti
neiras, nos vários orgaos da Administração Municipal .
II - Executar, em conformidade com o disposto
nos artigos, as auditagens normais, previamente programadas.
III - Acompanhar as diligências dos orgaos ex
ternos , controladores da regularidade das cotas municipais, fornecendo -
lhes os elementos necessários às suas atividades.
IV - Subscrever, com o Consultor Setorial , os
relatórios das Auditagens Normais que efetivar, e após, submetê- los a
chancela do Auditor - Geral.
V - Desempenhar outras atribuições que lhe fo
rem delegadas pelo Auditor Geral.
Artigo 11 - Ao Setor de Auditagens Especiais'
e Preventivas, compete:
I - Efetivar auditagens para apurar denúncias
ou suspeitas de irregularidades nas contas municipais.
II - Efetuar levantamentos contábeis ou doeu
mentais, necessários a instrução de diligência ou sindicâncias .
I I I - Realizar, sem prévio aviso , auditagens
nos vários setores e Órgãos da Administração, sempre por determinação do
Auditor Geral.
IV - Subscrever , com o Consultor Setorial, os
Relatórios das auditagens Especiais ou Preventivas que efetivar e apos
submetê- los à chancela do Auditor Geral.
V - Desempenhar outras atribuições que lhe fo
rem delegadas pelo Auditor Geral.
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€Jtado de ~ão 'Paulo
LIVRO N..2. FLS. Ns.
cont. do decreto n9 3954/82 - fls . 05
. I ... Artigo 12 - Ao Setor de Controle Gerencial com
pete:
I - Controlar, acompanhar e avaliar sistemati
camente os atos administrativos, a eficiência dos serviços prestados à p~
pulação e do Plano Global de Governo , dos planos setoriais , dos programas
e dos projetos.
II - Elaborar relatórios versando o desempenho'
das diferentes unidades administrativas, no que respeita ao cumprimento e
fetivo das metas programadas.
III - Indicar as defasagens , pontos de estrangu
lamento e inadequação dos programas em execução, para fins de revisão e
adequação.
Artigo 13 - Ao Setor de Arquivo e Informações,
compete:
I - Arquivar todos os Relatórios das Audita -
gens efetuadas pela Auditoria Geral.
II - Colecionar e arquivar todos os pareceres ~
xarados pela Consultoria Setorial, versando assuntos de sua competência.
III - Organizar , colecionando, um arquivo de de
cis0es administrativas , judiciais e das Cortes de Contas , versando normas
e princípios de natureza contábil, financeira e técnico- jurídica, aplicá
veis às contas municipais.
IV - Expedir, por determinações e sob chancela'
do Auditor Geral, recomendações endereçadas às várias unidades da Adminis
tração, tendentes aoaprimoramento de registros, métodos, procedimentos e
atos sujeitos a auditagem.
V - Receber e processar, encaminhando ao Setor
de Auditagens especiais e preventivas , as denúncias que lhe forem apreseg
tadas, versando irregularidades , com vistas à consequente apuração.
VI - Elaborar o Relatório Estatístico Mensaldas
Atividades da Auditoria Geral , submetendo-o ao Auditor Geral, para encarni
nharnento ao Prefeito Municipal.
VII - Desempenhar outr as atribuições que lhe fo
rem delegadas ou cometidas pe l o Auditor Geral.
DOS RELATÓRIOS, PARECERES NORMATIVOS E INSTRUÇÕES
Artigo 14 - As conclusões dos relatórios de a~
ditagens ,apos aprovadas pelo Prefeito Municipal, serão formalmente comun~
cadas aos responsáveis pelos órgãos auditados , que promoverão, de imedia
to , as medidas necessárias à regularização, revogação, rescisão , anulação
retificação e ratificação dos atos suscetíveis de tais providências.
Parágrafo Ünico - Na hipótese de nulidade do
ato praticado, que dependa de declaração administrativa ou judicial, cabe
rã ao Auditor Geral, com base no Relatório, requisitar aos setores comp~
tentes, da Administração, as medidas necessárias.
Artigo 15 - Pareceres normativos sao manifesta
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Gdtado tú Sao 'Paulo
LIVRO N..2. FLS. N.2.
cont. do decreto nQ 3954/82 - fls. 06
. I ... çoes técnicas formais da Auditoria Geral , aprovadas pelo Prefeito Munici
pal, cujas razões e conclusões obrigam os órgãos da administração, que as
adotarão como normas de procedimento administrativo , dai em diante.
Parãgrafo Onico - Os pareceres normativos,após
aprovados na forma do "caput" , serao numerados e registrados , cabendo ao
Setor de Arquivo e Informações remeter cópias a todas unidades administr~
tivas de primeiro nivel, para comunicação às respectivas linhas e siste
mas .
Artigo 16 - Instruções sao recomendações espe
cificas de açoes administrativas, baixadas pela Auditoria Geral , tenden
tes à otimização formal e material dos procedimentos sujeitos a tomada ou
prestação de contas, ou aos controles internos e externos, com tais obje
tivos. As instruções serao gerais ou especiais , a saber:
I - Gerais , quando se destinem à universali-
dade dos órgãos da administração pública municipal, e sejam assim baixa
das, mediante circulares , manuais ou publicações oficiais .
II - Especiais , quando baixadas especificamente
para determinado órgão , visando a correção de fato especifico, ou modifi
cação de objeto ou forma de ato sujeito a controle.
Parãgrafo Onico - As instruções terão sempre '
carater educativo, cabendo ao Órgão competente dispor quanto a sua aplic~
çao, no ãmbito de suas atribuições , tendo em conta , sempre os superiores'
interesses e regular andamento dos negócios administrativo.
Artigo 17 - As instruções considerarão a neces
sidade de mentalização dos agentes públicos , especialmente no que tange
a prevenção das seguintes irregularidades:
I - Compra direta pelo ordenador da despesa '
sem requisição ou previa comunicação à Secretaria da Fazenda.
II - Aquisição de materiais ou contratação de
serviços técnicos, cujo valor , acima do limite legal não tenha sido lici
tado, ou justificada a dispensa de licitação pelo ordenador , da despesa ,
com expressa ratificação do Secretãrio Municipal respectivo.
III - Falta de celebração de Contrato , nos casos
de prestação de serviços de terceiros, por prazo excedente a 90 (noventa)
dias.
IV - Ausência de controles do Almoxarifado .
V - Falta de execução da Divida Ativa .
VI - Falta ou atraso de contabilização.
VII - Inobservância de aplicação de, pelo menos ,
20,0% (vinte por cento) da Receita Tributãria no Ensino Primãrio.
VIII - Irregularidade ou ausência , de garantia de
fiança dos tesoureiros e almoxarifes.
IX - Abertura de créditos sem recursos financei
ros, gerando "déficits" orçamentãrios .
X - Falta ou vicio no cadastramento de bens mo
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6ótado de S11o 'Paulo
LIVRO N..2. FLS. N.2.
cont. do decreto n9 3954/82 - fls . 07
. I . . .
veis e imóveis.
XI - Falta de comunicação de transferência de
bens móveis.
XII - Falta de prestação de contas de adianta-
mento recebido.
XIII - Aplicação inadequada de fundos e recursos
de convênios, federais e estaduais .
DISPOSIÇ0ES GERAIS
Artigo 18 - É dever dos Órgãos da Administra
çao , cooperar com as atribuições, encargos e funções desempenhadas pela
Auditoria Geral, a fim de que atinja aos objetivos colimados no presente
Decreto .
Parágrafo Primeiro - Considera-se falta grave,
sujeita a sançao estatutária ou trabalhista , o desatendimento às instru
ções emanadas da Auditoria Geral , em matéria técnica; o impedimento , por
açao ou omissão , das verificações cabentes às auditorias, bem como do me
lhor desenvolvimento dos seus objetivos e finalidades.
Parágrafo Segundo- Terão prioridade os pro
cessos concernentes as auditagens , tomadas e prestações de contas, cuja
tramitação não sofrerá retardamento injustificado, sob pena de responsa
bilidade de quem a ele der causa.
Artigo 19 - A falta de observância de formali
dades legais , prova contra o responsável por sua efetivação .
Artigo 20 - Aplicam- se aos serviços de audito
ria, as normas de Contabilidade PÚblica e os princípios contábeis geral
mente aceitos.
Artigo 21 - Este decreto entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as disposições
Prefeitura r1unicipal Campos ,
18 de março de 1982.
oaquim
P efeito Municipal
.,3 Luiz Carlos Pêgas (
Secretaria de Assuntos Internos e Jurídicos
~- ~ Peter Nadas
Secretaria de Planejamento e Informática
Registrado e publicado no Setor de Formaliza -
1>1'C/cllwv1 de São ]oJl doJ CampoJ
€dtado dt São 1>aulo
LIVRO N.i!. FLS. N.2.
cont. do decreto n9 3954/82 - fls . 08
. I . ..
ção de Atos , Secretaria de Assuntos Internos e Jurídicos , aos dezoimdias
dias do mês de março do ano de mil novecentos e oitenta e dois .
(
Setor Formalização de Atos
SI/DJ/igs .
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