banco sofisa s.a. demonstrações financeiras consolidadas ... · empréstimos a pequenas e médias...
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Banco Sofisa S.A.
Demonstrações Financeiras Consolidadas 2011
Elaboradas no Padrão Contábil Internacional (IFRS)
1
RREELLAATTÓÓRRIIOO DDAA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO 22001111
O ano de 2011 foi pautado pela cautela. Optamos pelo conservadorismo na expansão de nossos negócios e,
como consequência, concluímos o ano amparados por um Índice de Basileia de 20,6%.
A expansão da carteira de crédito em nosso segmento de atuação continua sendo imperativa para aumento dos
resultados e entendemos que não poderemos manter indefinidamente a condição de “banco mais capitalizado
do mundo”, pois isso reduz de forma relevante os resultados. Entretanto, ainda acreditamos que nosso
segmento se encontra em uma fase de muitas alterações, principalmente pela mudança de posicionamento dos
bancos concorrentes. Após o que identificamos ter sido uma fase de expansão exagerada, alguns players
importantes do segmento adotaram uma correção de rumos e desaceleração, que pode afetar a capacidade de
rolagem de passivo das empresas e, consequentemente, aumentar o risco de inadimplência. Notadamente no
quarto trimestre, encontramos elevado grau de endividamento de clientes prospectivos, o que nos levou a
atrasar a expansão da carteira.
Neste cenário, projetamos para 2012 resultados melhores mesmo com uma expansão moderada da carteira de
crédito, pelos esforços de ganhos de produtividade, e contínua redução dos custos relacionados à desmontagem
das carteiras de financiamento de veículos e crédito consignado que foram descontinuadas a partir de maio de
2010.
É motivo de muita satisfação o grande interesse do público de todo o Brasil pelos produtos do Banco Sofisa
Direto, nosso banco online para pessoas físicas, que lançado em junho de 2011 já apresenta resultados bastante
satisfatórios em termos de operações e abertura de contas. Acreditamos no potencial de diferenciação trazido
pelo Sofisa Direto ao Banco Sofisa, pela proposta inovadora. Portanto, continuaremos investindo no
desenvolvimento do negócio com a oferta de novas linhas de produtos financeiros de boa vantagem
comparativa.
Alexandre Burmaian
Presidente do Conselho de Administração
No encerramento de 2011, segundo dados divulgados
pelo Bacen, o volume de crédito do sistema
financeiro, incluindo operações com recursos livres e
direcionados, atingiu R$2.030 bilhões, crescimento de
19,0% em doze meses. A relação Crédito Total/PIB
alcançou 49,1%, ante 45,2% em dezembro de 2010.
O saldo das operações de crédito destinadas às
pessoas jurídicas atingiu R$1.090 bilhões em
dezembro de 2011, crescimento de 17,5% em relação
a dezembro de 2010. Em todos os meses do ano de
2011, o crescimento acumulado de 12 meses foi
sempre superior a 18,2%, indicando que houve um
aquecimento da demanda por recursos dos bancos
comerciais em comparação a 2010, em que esse
crescimento acumulado de 12 meses chegou a 13%.
O Banco Sofisa é uma das mais tradicionais
instituições financeiras do país. Fundado em 1961
como Sofisa S.A. Crédito, Financiamento e
Investimentos, foi pioneiro no desenvolvimento e
aprimorador de negócios voltados ao financiamento
de pessoas físicas. No ano de 1990, ampliou sua
participação na vida financeira do país com nova
denominação, Banco Sofisa S.A.
Desde então, o Banco Sofisa tem atuado de maneira
proeminente em seu principal foco de negócio:
empréstimos a pequenas e médias empresas, o
chamado middle-market. Dentro deste segmento,
têm prioridade as empresas com faturamento anual
de R$5 milhões a R$300 milhões.
O excelente atendimento que o Sofisa propicia é
garantido por estruturas específicas, que zelam pelo
relacionamento do Banco. Estas estruturas são
compostas por gerentes especialmente treinados para
oferecer soluções e aconselhamento detalhado sobre
os produtos e serviços que melhor atendem às
peculiaridades e demandas de negócio de cada
segmento.
O Banco fundamenta seus negócios em uma política
de concessão de crédito baseada em intensa análise
fundamentalista, amparada por fortes garantias e
alta pulverização de riscos, considerando uma
exposição máxima de crédito por grupo econômico
limitada a R$30 milhões (4,0% do Patrimônio Líquido).
O Sofisa conta com patrimônio líquido de R$782,8
milhões e ativos de R$4,5 bilhões, no padrão contábil
PERFIL CORPORATIVO
MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DESEMPENHO DO CRÉDITO NO BRASIL
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IFRS, e presença em 09 estados do território nacional
por meio de uma rede de 16 agências.
Nestes 50 anos de história, o Sofisa tornou-se
conhecido pela solidez e tradição de bons serviços
prestados aos clientes e hoje conta com uma gama de
clientes fiéis, dos quais é parceiro financeiro de
confiança, que entende suas atividades e participa de
seu dia-a-dia.
Juros sobre o Capital Próprio 2010 - Em 17.03.2011
o Banco realizou a distribuição de JCP complementar,
referente ao exercício de 2010, no valor bruto total
de R$4,4 milhões, aprovada pelo Conselho de
Administração em 28.02.2011 e ratificada pela
Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de
Acionistas em 29.04.2011.
Juros sobre o Capital Próprio 2011 - Durante o ano,
o Banco realizou o pagamento de antecipação de
remuneração aos Acionistas referente ao exercício de
2011 como segue: a) Em 08.06.2011 foi realizado
pagamento de JCP no valor bruto de R$6,0 milhões,
aprovado pelo Conselho de Administração em
23.05.2011; b) Em 29.08.2011 foi realizado
pagamento de JCP no valor bruto de R$29,2 milhões,
aprovado pelo Conselho de Administração em
19.08.2011.
Venda de Subsidiária – Em 07.04.2011 foi concluída a
venda da subsidiária Rede Matriz Serviços e Franquias
Ltda. à Gerador Assessoria Financeira Ltda., entidade
dos controladores do grupo Banco Gerador, pelo
montante aproximado de R$12 milhões.
Lançamento do Sofisa Direto, divisão online para
pessoas físicas - Em 03.06.2011 o Banco Sofisa lançou
o Sofisa Direto, banco online voltado para pessoas
físicas. O modelo, inédito no Brasil, é totalmente
isento de taxas ou tarifas e oferece, para valores de
R$1 a R$1 milhão de reais, a mesma rentabilidade
disponível a grandes clientes.
Juros sobre o Capital Próprio 2011 - Em 16.01.2012
foi aprovado pelo Conselho de Administração o
pagamento de JCP, referente ao exercício de 2011,
no valor bruto de R$8,0 milhões, pago aos Acionistas
em 26.01.2012.
Operações de Crédito
Com a adoção das práticas contábeis em IFRS, ao
final do ano de 2011 a carteira total, incluindo as
operações cedidas, totalizou R$2,30 bilhões (R$2,27
bilhões em BR GAAP).
A carteira de empréstimos a Empresas totalizou R$1,8
bilhão, representando 78,3% do total da carteira, e a
carteira de Varejo encerrou com saldo de R$498,2
milhões, correspondendo a 21,7% da carteira total.
Com relação à qualidade da carteira de crédito, o
maior devedor representou 1,3% da carteira total e
3,9% do Patrimônio Líquido.
Em função do encerramento das atividades de
originação de operações de Varejo a partir de maio
de 2010, a projeção dos saldos remanescentes dessa
carteira para os próximos anos se apresenta da
seguinte forma: R$209 milhões (Dez/2012), R$113
milhões (Dez/2013) e R$78 milhões (Dez/2014).
Impairment
Com base na orientação fornecida pelo IAS 39, o
Banco estima a provisão para perdas sobre crédito
com base no histórico de perda de valor recuperável
e outras circunstâncias conhecidas por ocasião da
avaliação. Tais critérios diferem em determinados
aspectos dos critérios adotados segundo o BR GAAP,
que usa determinados limites regulatórios definidos
pelo Bacen para fins do cálculo da provisão para
perdas sobre crédito.
A perda com ativos financeiros (impairment),
calculada pelo padrão contábil IFRS, foi de R$95,5
milhões e R$125,5 milhões em 2011 e 2010,
respectivamente. Pelos critérios adotados no padrão
BR GAAP, como provisão para devedores duvidosos,
foram contabilizados R$119,7 milhões em 2011 e
R$132,6 milhões em 2010.
Captação
No encerramento de 2011, a captação total somou
R$3,1 bilhões, 3,1% inferior ao montante de R$3,2
bilhões registrado em dezembro de 2010.
Os depósitos a prazo, incluindo as Letras de Crédito
do Agronegócio (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário
(LCI), representaram 47,5% dos depósitos totais
(64,2% em 2010), totalizando R$1,1 bilhão, queda de
24,5% em relação ao ano de 2010. O saldo das
operações cedidas contabilizadas pela Resolução
Bacen nº 3.533 totalizou R$23,9 milhões, queda de
73,8% em relação aos R$91,4 milhões observados no
encerramento de 2010.
As operações de Depósitos com Garantias Especiais
(DPGE) encerraram 2011 com saldo de R$1,2 bilhões,
alta de 73,7% em relação ao saldo registrado em
2010, e prazo médio de 898 dias. Vale ressaltar que
esta operação tem por objetivo promover o
casamento de ativos e passivos de longo prazo e o
Banco tem R$2,4 bilhões de limite de emissão ainda
não utilizado.
EVENTOS RELEVANTES
DESTAQUES OPERACIONAIS
EVENTOS SUBSEQUENTES
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Lucro Líquido
No padrão contábil IFRS, o Banco Sofisa encerrou
2011 com lucro líquido de R$37,4 milhões.
Os principais impactos da adoção dos critérios do
padrão IFRS em relação aos critérios do padrão BR
GAAP no lucro líquido são:
R$mil 2011 2010
Lucro Líquido em BRGAAP 27.175 76.031
Perda ao valor recuperável de
empréstimos e recebíveis -
Impairment 26.230 6.185
Diferimento de tarifas bancárias
e comissões pelo método de taxa
efetiva de juros 1.991 4.659
Operações de venda ou de
transferência de ativos
financeiros 1.494 (3.880)
Efeito de cessão de crédito à
acionista (6.320) -
Reversão de receitas -
Sociedades de propósito
especifico (3.522) -
Imposto de renda e contribuição
social sobre ajustes de IFRS (7.949) (2.786)
Ajustes de exercícios anteriores
no BRGAAP (1.731) -
Lucro Líquido em IFRS 37.368 80.209
Despesas Administrativas
Segundo os critérios do padrão IFRS, as despesas
administrativas acumuladas somaram R$138,4 milhões
em 2011, compostas por R$76,5 de despesas de
pessoal e R$61,9 de outras despesas administrativas,
aumento de 2,0% em relação a 2010.
Ativo Total
Os ativos totais do Banco em padrão IFRS somaram
R$4,5 bilhões em dezembro de 2011, redução de 5,2%
em relação aos R$4,7 bilhões registrados em
dezembro de 2010.
Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido do Sofisa atingiu R$782,8
milhões em 2011 (R$ 770,2 em 2010).
Os principais impactos da adoção dos critérios do
padrão IFRS em relação aos do padrão BR GAAP no
patrimônio líquido são:
R$mil 2011 2010
Patrimônio Líquido em BRGAAP 763.125 770.870
Perda ao valor recuperável de
empréstimos e recebíveis -
Impairment 33.350 7.120
Diferimento de tarifas bancárias
e comissões pelo método de taxa
efetiva de juros (1.059) (3.050)
Operações de venda ou de
transferência de ativos
financeiros (2.386) (3.880)
Reversão de receitas -
Sociedades de propósito
especifico (3.522) -
Transferência de categoria de
títulos e valores mobiliários 1.355 (777)
Imposto de renda e contribuição
social sobre ajustes de IFRS (8.025) (76)
Patrimônio Líquido em IFRS 782.838 770.207
Índice de Basileia
O Banco Sofisa encerrou o exercício de 2011 com
Índice de Basileia II de 20,6%, aumento de 1,3 p.p.
em relação aos 19,3% no mesmo período de 2010.
O Banco Sofisa declara ter capacidade financeira e
intenção de manter até o vencimento os títulos
classificados na categoria “Mantidos até o
Vencimento”, no montante de R$544,2 milhões, que
representa 65,6% do total de títulos e valores
mobiliários nos padrões contábeis BRGAAP.
~
A Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara
de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula
Compromissória constante do seu Estatuto Social.
As agências de classificação de rating afirmaram a
posição do Banco, refletindo a boa qualidade de seus
ativos, a postura conservadora da Administração, o
grande conhecimento do mercado de pequenas e
médias empresas, e adequadas liquidez e
capitalização.
Baixo Risco Médio Prazo AA-: Longo Prazo
Disclosure: Excelente A-1: Curto Prazo
Dezembro/2011 Janeiro/2012 Novembro/2011
Aa3.br/Br-1 (nac.)
DESTAQUES ECONÔMICO-FINANCEIROS
DESTAQUES PATRIMONIAIS
CIRCULAR Nº 3.068/01 - BACEN (BRGAAP)
RATINGS
CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA DE ARBITRAGEM
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Em 31 de dezembro de 2011, as ações do Sofisa
fecharam cotadas a R$3,85, redução de 24,2% em
relação à cotação de fechamento de R$5,08 em 31 de
dezembro de 2010. A variação do Ibovespa para o
mesmo período foi de -18,1%.
A área de Relações com Investidores do Banco Sofisa
é o elo de ligação entre o Banco e o mercado,
interagindo diretamente com a BM&FBovespa e
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), investidores,
acionistas, analistas e stakeholders em geral, através
da disponibilização de informações com qualidade e
transparência no prazo adequado, além da captação
da percepção externa do mercado objetivando
otimizar resultados, contribuindo assim para a
valorização e liquidez das ações do Banco.
Desta forma, o RI vem cumprindo sua missão através
da elaboração de relatórios de desempenho
trimestrais, fatos relevantes e/ou outros comunicados
ao mercado, em base bilíngue, e do aprimoramento e
atualização do website de RI, segmentado por área
de interesse. No exercício de 2011, o Sofisa promoveu
e participou dos seguintes eventos:
mais de 60 reuniões individuais e/ou calls com
analistas e investidores nacionais e estrangeiros;
8 teleconferências de resultados;
1 Reunião Pública realizada na Sede do Banco -
APIMEC (SP);
participação no XII Annual CEO Conference - BTG
Pactual;
participação no III Banks and Financial Services
Conference - Fator Corretora;
participação na XLV Assembleia Anual da
Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban
2011).
Durante o ano de 2011 o Banco teve cobertura por
parte de 11 corretoras nacionais e internacionais.
O Banco tem aprimorado continuamente seus
critérios socioambientais para a concessão de
créditos às Empresas, em consonância com as
diretrizes do International Finance Corporation (IFC),
braço do Banco Mundial, do Nederlandse
Financierings-Maatschappij Vorr Ontwikkelingsladen
N.V (FMO), banco de desenvolvimento da Holanda, e
do Inter-American Development Bank (IDB),
instituição financeira membro do Grupo Banco
Mundial (World Bank Group).
No âmbito socioassistencial, no ano de 2011 o Banco
continuou a integrar programas assistenciais e de
apoio ao adolescente e à criança com Câncer, através
das atividades de diagnóstico, tratamento,
desenvolvimento do ensino e pesquisa do GRAACC, e
a comunidades carentes, com destaque para o
Programa “Crê-Ser” da Ação Comunitária do Brasil,
entidade conveniada ao Conselho Municipal da
Criança e do Adolescente. O Banco também contribui
com as obras assistenciais das enfermarias e UTI da
Associação de Amigos da Clínica Médica da UNIFESP-
EPM.
Alcançar a satisfação de seus clientes, mediante a
manutenção de um corpo de funcionários motivados e
alinhados às suas metas, em um ambiente corporativo
saudável, é um dos objetivos do Sofisa.
O Banco acredita que seus funcionários são o seu
maior ativo, e, partindo desta premissa, todas as suas
políticas e ações encorajam uma atitude de cuidado e
preocupação com sua equipe, composta por 355
profissionais. Assim, são realizados investimentos em
programas de Formação Profissional, em Estagiários e
Trainees, e na Capacitação Técnica e Educacional da
sua equipe, com destaque às parcerias realizadas com
instituições de ensino renomadas (FGV, FIA-USP, HSM
Educação, UBS – União Business School) para
realização de cursos de MBA, pós-graduação e
graduação aos funcionários.
O Sofisa realiza semestralmente o processo de
avaliação de desempenho de seus funcionários,
oferece, mediante sua Assistência Médica, Programa
de Apoio ao funcionário, de natureza profissional e
pessoal e de caráter confidencial e opcional,
adequado a gerenciar qualquer tipo de dificuldade
que possa comprometer a saúde e o bem estar de um
funcionário ou sua família, e mantém o "Sofisa com
Você", linha direta de comunicação do funcionário
com o RH.
O Banco Sofisa investe nas melhores práticas de
Governança e, desde dezembro de 2008, está listado
em um dos mais altos níveis de Governança, o Nível 2
de Governança Corporativa da BM&FBOVESPA.
Os principais destaques de Governança do Banco
Sofisa são:
Conselho de Administração com 60% de membros
independentes;
Comitê de Auditoria desde 1995;
Conselho Fiscal com representante efetivo e
suplente eleitos pelos acionistas minoritários;
DESEMPENHO DAS AÇÕES
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
RELAÇÕES COM INVESTIDORES
RECURSOS HUMANOS
GOVERNANÇA CORPORATIVA
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Comitê não estatutário de Remuneração e
Recursos Humanos;
Tag-along de 100%;
Política de Negociação de Valores Mobiliários;
Vínculo à Câmara de Arbitragem do Mercado,
conforme Cláusula Compromissória constante do
seu Estatuto Social.
Em conformidade com a Instrução CVM nº 381, de 14
de janeiro de 2003, informamos que os auditores
independentes da companhia, Ernst & Young Terco
Auditores Independentes, não prestaram ao Banco
Sofisa, durante o ano de 2011, outros serviços que
não os de auditoria externa. A política do Banco na
contratação de serviços de auditores independentes
assegura que não haja conflito de interesses, perda
de independência ou objetividade.
O Banco Sofisa se orienta por um conjunto de normas
e procedimentos, de ordem interna e externa, para
assegurar o cumprimento das determinações legais e
regulamentares pertinentes, das melhores práticas de
mercado e de suas políticas internas. A gestão de
riscos, efetuada de forma estruturada e por processo
contínuo e permanentemente revisado, abrange a
avaliação e o controle dos riscos de crédito, de
mercado, de liquidez e operacionais que podem
afetar o Banco Sofisa e suas controladas.
Desde 1995 o Sofisa conta com um Comitê de
Auditoria, cujo objetivo é avaliar as atividades da
auditoria interna e externa e a efetividade dos
sistemas de controles internos e compliance do
Banco. Em 2007 este comitê adequou-se aos moldes
exigidos pelos padrões atuais de Governança
Corporativa.
Maiores informações acerca das práticas de gestão de
riscos do Banco Sofisa podem ser encontradas na nota
explicativa 36 das Demonstrações Financeiras em IFRS
ou no site de Relações com Investidores
(www.sofisa.com.br/ri).
O Banco adota sistema de controle e de
monitoramento sobre operações ativas e passivas,
imprimindo especial atenção à função cadastro e
back-office, com a finalidade de prevenir a realização
de operações que possam afrontar o marco
regulatório da prevenção à lavagem de dinheiro,
entendendo ser sua responsabilidade subsidiária atuar
no combate a operações da espécie.
Em observância às disposições da Instrução CVM nº 480/09, a Diretoria do Banco declara que discutiu, reviu e
concordou com as opiniões expressas no parecer dos auditores independentes e com as demonstrações
financeiras relativas ao período encerrado em dezembro de 2011.
***
PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO
RELACIONAMENTO COM AUDITORES
DECLARAÇÃO DA DIRETORIA
GESTÃO DE RISCOS
6
Banco Sofisa S.A. Balanços patrimoniais consolidados 31 de dezembro de 2011 e 2010 e 01 de janeiro de 2010 (Em milhares de reais)
Nota 31/12/2011 31/12/2010 01/01/2010
Ativo
Disponibilidades 5 47.431 29.517 7.909
Ativos financeiros
3.802.116 4.101.941 4.157.852
Ativos financeiros avaliados ao valor justo
825.243 1.292.051 577.300
Ativos financeiros para negociação
127.169 98.480 154.127
Instrumentos de dívida 6 37.826 50.793 97.130
Instrumentos de patrimônio 7 17.544 24.960 15.490
Derivativos 8 71.799 22.727 41.507
Ativos financeiros disponíveis para venda
698.074 1.193.571 423.173
Instrumentos de dívida 6 698.074 1.193.571 423.173
Empréstimos e recebíveis
2.976.873 2.809.890 3.580.552
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 9 774.499 130.970 591.589
Empréstimos e adiantamentos a clientes 10 2.297.820 2.804.419 3.125.747
Impairment sobre empréstimos e adiantamentos a clientes 10 (95.446) (125.499) (136.784)
Créditos tributários
235.653 226.123 210.092
Imposto de renda e contribuição social diferidos 11 235.653 226.123 210.092
Outros ativos
280.701 281.044 223.784
Ativos não correntes mantidos para venda 12 66.164 73.747 27.326
Outros créditos 13 214.537 207.297 196.458
Investimentos
42.522 6.825 9.030
Investimentos 14 42.522 6.825 9.030
Imobilizado
53.218 58.423 59.780
Imobilizado de uso 15 53.218 58.423 59.780
Intangível 2u 6.133 5.553 3.232
Intangível
6.133 5.553 3.232
Total do ativo
4.467.774 4.709.426 4.671.679
7
Banco Sofisa S.A. Balanços patrimoniais consolidados 31 de dezembro de 2011 e 2010 e 01 de janeiro de 2010 (Em milhares de reais)
Nota 31/12/2011 31/12/2010 01/01/2010
Passivo
Passivos financeiros para negociação
16.344 38.321 38.054
Derivativos 8 16.344 38.321 38.054
Passivos financeiros ao custo amortizado
3.310.576 3.576.175 3.458.177
Depósitos de instituições de crédito 16ª 23.746 44.229 94.242
Depósitos de clientes 16b 2.376.467 2.305.068 1.971.343
Captações no mercado aberto 16c 104.339 134.958 13.722
Obrigações por empréstimos e repasses 16d 611.208 663.331 740.809
Obrigação por operações de venda ou transferência de ativos financeiros 16e
194.816
428.589
638.061
Provisões
9.606 6.989 3.954
Provisões para passivos contingentes 17 9.606 6.989 3.954
Outros passivos
348.410 317.734 412.792
Impostos e parcelamentos a recolher 18ª 72.530 79.836 80.796
Impostos diferidos 18b 119.168 135.846 129.011
Outras obrigações 18c 156.712 102.052 202.985
Total do passivo
3.684.936 3.939.219 3.912.977
Patrimônio líquido 19 782.838 770.207 758.702
Capital social – País
685.700 685.700 685.690
Reserva de capital
6.320 - -
Reserva de lucros
91.245 92.204 72.568
Ajustes de avaliação patrimonial
(427) (7.697) 444
Total do passivo e patrimônio líquido
4.467.774 4.709.426 4.671.679
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
8
Banco Sofisa S.A.
Demonstrações consolidadas do resultado e resultado abrangente Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais, exceto o lucro por ação)
Nota
2011
2010
Receitas com juros e similares 20
643.919
764.227
Despesas com juros e similares 21
(645.788)
(576.267)
Receita (despesa ) líquida com juros
(1.869)
187.960
Receitas de tarifas e comissões 22
14.702
31.213
Despesas de tarifas e comissões 23
(12.812)
(25.945)
Receita líquida com comissões
1.890
5.268
Perdas com ativos financeiros
(19.273)
(94.913)
Empréstimos e recebíveis 10
(19.273)
(94.913)
Ativos e Passivos financeiros
224.069
158.356
Derivativos 9
4.837
(28.866)
Títulos e valores mobiliários 24
174.391
166.806
para negociação
126.157
133.376
disponíveis para a venda 19e
48.234
33.430
Variações cambiais (líquidas) 25
44.841
20.416
Resultado na alienação de ativos não correntes disponíveis para venda
(5.186)
(26.362)
Resultado da intermediação financeira
199.631
230.309
Despesas administrativas
(164.711)
(168.314)
Despesas com pessoal 26
(76.453)
(79.228)
Despesas tributárias 27
(26.351)
(32.622)
Outras despesas administrativas 28
(61.907)
(56.464)
Outras receitas (despesas) operacionais 29
(10.687)
30.623
Depreciações e amortizações
(4.506)
(4.966)
Resultado das operações continuadas
19.727
87.652
Resultado das operações descontinuadas 12.2
132
680
Lucro operacional antes da tributação
19.859
88.332
Imposto de renda e contribuição social 30
17.509
(8.123)
Lucro líquido consolidado do exercício
37.368
80.209
Ativos financeiros disponíveis para venda
7.270
(8.141)
Lucro líquido abrangente
44.638
72.068
Lucro básico e diluído por ação (em reais – R$) Ações ordinárias
0,28
0,58
Ações preferenciais
0,28
0,58
Lucro líquido atribuído Ações ordinárias
27.573
56.564
Ações preferenciais
11.526
23.645
Média ponderada das ações emitidas – básica e diluída Ações ordinárias
97.140.150
97.140.150
Ações preferenciais
40.607.271
40.607.271
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
9
Banco Sofisa S.A. Demonstrações consolidadas das mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
Reservas de
Ajustes de
Total
Capital Social
Capital
Lucros
avaliação patrimonial
Lucros acumulados
patrimônio líquido
Saldos em 01 de janeiro de 2011
685.700
- 92.204
(7.697) -
770.207
Ativos financeiros disponíveis para venda
-
- -
7.270 611
7.881
Contribuição de acionista
-
6.320 -
- -
6.320
Lucro líquido do exercício
-
- -
- 37.368
37.368
Reserva legal
-
- 1.955
- (1.955)
-
Reserva estatutária
-
- (2887)
- 2.887
-
Juros sobre capital próprio
-
- -
- (38.938)
(38.938)
Outros
-
- (27)
- 27
-
Saldos em 31 de dezembro de 2011
685.700
6.320 91.245
(427) -
782.838
Saldos em 01º de janeiro de 2010
685.690
- 72.568
444 -
758.702
Aumento de capital
10
- -
- -
10
Ativos financeiros disponíveis para venda
-
- -
(8.141) -
(8.141)
Lucro líquido do exercício
-
- -
- 80.209
80.209
Reserva legal
-
- 4.010
- (4.010)
-
Reserva estatutária
-
- 15.549
- (15.549)
-
Juros sobre capital próprio
-
- -
- (60.650)
(60.650)
Outros
-
- 77
- -
77
Saldos em 31 de dezembro de 2010
685.700
- 92.204
(7.697) -
770.207
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
10
Banco Sofisa S.A. Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
2011
2010
Atividades operacionais Lucro líquido ajustado
59.095
172.028
Lucro líquido consolidado do exercício
37.368
80.209
Ajuste de avaliação patrimonial
7.270
(8.141)
Depreciação e Amortização
4.506
4.966
Equivalência patrimonial
(9.322)
1.016
Impairment
19.273
94.913
Outros ajustes
-
(935)
Variação de ativos e passivos operacionais
(43.343)
(148.090)
(Aumento) Redução Aplicações interfinanceiras de liquidez
(710.885)
456.961
(Aumento) Redução Instrumento de dívida
508.464
(792.542)
(Aumento) Redução Instrumento de Patrimônio
7.416
(9.470)
(Aumento) Redução Derivativos (líquidos)
(71.049)
18.780
(Aumento) Redução Empréstimos e adiantamentos a clientes
454.109
259.622
(Aumento) Redução Imposto de renda e CSLL diferidos
(9.530)
(6.201)
(Aumento) Redução Ativos não correntes para venda
7.583
(46.421)
(Aumento) Redução Imposto de renda a compensar
5.997
(193)
(Aumento) Redução Outros Ativos
(11.506)
5.488
Aumento (Redução) Depósitos de instituições de crédito
(20.483)
(50.013)
Aumento (Redução) Depósitos de clientes
71.399
333.725
Aumento (Redução) Captações no mercado aberto
(30.619)
121.236
Aumento (Redução) Obrigações por empréstimos e repasses
(52.123)
(77.478)
Aumento (Redução) Obrigação por operações de venda ou de transferência de ativos financeiros
(233.773)
(227.637)
Aumento (Redução) Provisões para passivos – Fiscais e previdenciários
(19.901)
(960)
Aumento (Redução) Outras Obrigações
61.558
(132.987)
Caixa líquido proveniente de atividades operacionais
15.752
23.938
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Alienação de Imobilizado de Uso
699
2.873
Investimentos
(26.375)
1.189
Aquisição de Imobilizado de Uso
-
(5.440)
Aumento do Intangível
(580)
(3.363)
Caixa líquido proveniente de (aplicado em) atividades de investimento
(26.256)
(4.741)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Juros sobre capital próprio
(38.938)
(60.650)
Aumento de capital
-
10
Caixa líquido aplicado em atividades de financiamento
(38.938)
(60.640)
REDUÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
(49.442)
(41.443)
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício
101.094
142.537
Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício
51.652
101.094
REDUÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
(49.442)
(41.443)
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas. .
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
11
1. Contexto Operacional
O Banco Sofisa S.A. em conjunto com suas controladas (Sofisa ou Banco), opera na forma de Banco Múltiplo por meio de suas carteiras comercial, crédito, financiamento e investimento, câmbio e arrendamento mercantil. O Banco é uma companhia de direito privado com capital aberto e listado como nível 2 de Governança Corporativa na BM&FBOVESPA S.A. O Sofisa possui seu domicilio no Brasil, tendo sua sede na Alameda Santos, 1496 – Cerqueira Cesar – São Paulo – SP. O processo de elaboração destas demonstrações financeiras foi encerrado em 04 de abril de 2012, data em que a administração do Banco SofisaS.A. aprovou sua divulgação ao mercado.
2. Principais práticas contábeis
a. Base de preparação
As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações do Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRIC). Em 24.09.2009, o Conselho Monetário Nacional emitiu a Resolução nº 3.786, requerendo que as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, constituídas sob a forma de companhia aberta ou que estão obrigadas a constituir comitê de auditoria, apresentassem, a partir de 31.12.2010, demonstrações financeiras consolidadas adotando o padrão contábil internacional, de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB), traduzidos para a língua portuguesa por entidade brasileira credenciada pela International Accounting Standards Committee Foundation (IASC Foundation). Para fins desta demonstração, o Banco Sofisa elegeu a data de 1º de janeiro de 2010 como a data de transição das práticas contábeis adotadas no Brasil (“BRGAAP”) para o IFRS. O BRGAAP foi definido como a prática contábil anterior (“GAAP anterior”), de acordo com o pronunciamento IFRS 1 – “First-time Adoption of International Financial Reporting Standards”. Essa adoção foi efetuada considerando a Carta-Circular No. 3.435, emitida pelo BACEN. A reconciliação entre o patrimônio líquido e o lucro líquido em BRGAAP, que foi considerado como o GAAP anterior, e em IFRS é apresentada na Nota 38 com uma descrição das isenções aplicáveis e exceções obrigatórias adotadas, conforme definido pelo IFRS 1.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
12
b. Mudanças nas políticas, nas estimativas contábeis e erros (IAS 8)
Reapresentação das Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de 2010 Durante a elaboração do balanço de abertura na adoção inicial do IFRS a reconciliação preliminar do patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2009 foi preparada pelo Banco considerando os principais aspectos de divergências entre as normas. Alguns ajustes efetuados no exercício de 2010, previamente apresentados em 29 de abril de 2011, foram calculados incorretamente e para fins comparativos estão sendo reapresentados:
1/1/2010 31/12/2010
Saldo Patrimônio Líquido 1/1/2010 e 31/12010 em IFRS – Publicado 760.532 774.934
Ajustes que impactaram os resultados de 2009 e 2010 (1.830)
(1.716)
Reversão da receita com tarifas bancárias e comissões - BRGAAP (4.539) (2.335) (i) Reversão da receita das operações de venda de ativos financeiros - BRGAAP - (2.013) (ii) Imposto de renda e contribuição social sobre ajustes de IFRS 2.709 2.632 (iii) Ajustes que não impactaram os resultados de 2009 e 2010 - (3.011)
Ajustes de avaliação patrimonial sobre os títulos disponíveis para venda - (2.234) (iv) Reclassificação da categoria dos títulos mantidos até o vencimento - (777) (v)
Saldo Patrimônio Líquido 1/1/2010 e 31/12010 em IFRS – Reapresentado 758.702 770.207
Resultado dos exercícios findo em 2009 e 2010 em IFRS – Publicado 8.351 80.095
Impacto dos ajustes no lucro líquido do exercício de 2010 (1.830) 114
Reversão da receita com tarifas bancárias e comissões - BRGAAP (4.539) 2.204 (i) Reversão da receita das operações de venda de ativos financeiros - BRGAAP - (2.013) (ii) Imposto de renda e contribuição social sobre ajustes de IFRS 2.709 (77) (iii)
Resultado dos exercícios findos em 2009 e 2010 em IFRS – Reapresentado 6.521 80.209
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
13
31/12/2010
Balanço Patrimonial Publicado
Reclassificações / ajustes
Reapresentado
Ativo
Empréstimos e adiantamentos a clientes 2.776.686 27.733 2.804.419
(vi) Ativos financeiros disponíveis para venda 799.128 394.443 1.193.571
(vii)
Ativos financeiros mantidos até o vencimento 395.220 (395.220) -
(vii) Imposto de renda e contribuição social diferidos 223.378 2.745 226.123
(iii)
Outros ativos 191.163 16.134 207.297
(viii)
45.835
Passivo
Obrigação por operações de venda ou transferência de ativos financeiros
(410.424)
(18.165)
(428.589)
(ix)
Impostos diferidos passivos (135.770) (76) (135.846)
(iii) Outras obrigações (69.731) (32.321) (102.052)
(x)
Patrimônio Líquido (774.934) 4.727 (770.207)
(45.835)
31/12/2010
Fluxos de caixa Publicado
Reclassificações / ajustes
Reapresentado
Atividades operacionais
Lucro líquido ajustado 168.801 3.227 172.028 Lucro líquido consolidado 80.095 114 80.209 Outros ajustes ao lucro 88.706 3.113 91.819 (xi)
Variação de ativos e passivos operacionais (601.824) 453.734 -148.090 (xii) Caixa líquido proveniente das atividades operacionais (433.023) 456.961 23.938
Atividades de investimento (4.741) - (4.741) Atividades de financiamento (60.640) - (60.640)
Aumento / redução de caixa e equivalentes de caixa (498.404) 456.961 (41.443)
(i) Ajuste feito para complementar a reversão das receitas com tarifas bancárias e
comissões reconhecidas no BRGAAP e que pela norma internacional devem ser apropriadas pela taxa efetiva de juros pelos prazos contratuais. Essa diferença foi ocasionada por falha no cálculo efetuado pelo sistema produto.
(ii) Ajuste feito para complementar a reversão das receitas das operações de venda de ativos financeiros no valor de (R$ 5.059) no BRGAAP e apropriação linear da receita dos créditos cedidos pelo prazo dos contratos, que não havia sido reconhecida na publicação em IFRS do exercício de 2010 no valor de R$ 3.046.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
14
(iii) Ajuste decorrente do impacto tributário de 40% sobre os ajustes complementares registrados para reapresentação.
(iv) Referente ao acerto efetuado no patrimônio líquido na conta de ajuste de avaliação patrimonial para adequar o ajuste de marcação a mercado dos títulos disponíveis para venda.
(v) A administração na primeira adoção optou por reclassificar toda a carteira de títulos e valores mobiliários classificados na categoria de ativos mantidos até o vencimento para a categoria ativos disponíveis para venda no balanço de abertura de 1 de janeiro de 2010 e em 31 de dezembro 2010. O ajuste demonstrado nesta reapresentação é relativo aos efeitos da marcação a mercado, líquida dos impostos.
(vi) Decorrente da recomposição e registro de carteiras de crédito cedidas com coobrigação não ativadas na publicação de 2010 no montante de R$ 22.020 milhões, R$ 8.048 milhões de reclassificação de rendas a receber de operações de crédito para a carteira de crédito e apropriação de juros de R$ (2.335).
(vii) Referente a reclassificação dos ativos financeiros classificados como mantidos até o vencimento para a categoria disponíveis para venda no montante principal de R$ 395.220 e marcação a mercado de R$ (777) lançada em contraparte do patrimônio líquido.
(viii) Composto pela reclassificação de R$ 24.182 milhões referente a carteira de câmbio anteriormente registrada na rubrica outras obrigações e pela reclassificação de R$ (8.048) milhões já descrita no item (vi) acima.
(ix) Composto pelo ajuste decorrente da recomposição e registro de carteiras de crédito cedidas com coobrigação não ativadas na publicação de 2010 no montante de R$ 22.020 milhões descrito no item (vi) acima, mais R$ 2.013 de valor líquido dos ajustes de 5.059 e de R$ (3.046) descritos no item (ii) acima e mais reclassificação para a rubrica outras obrigações no valor de R$ (5.868).
(x) Composto principalmente pela reclassificação de R$ 24.182 descrita item (viii) acima, pela reclassificação de R$ 5.868 descrita no item (ix) acima e pelo acerto no valor de R$ 2.234 descrito no item (iv) acima.
(xi) Composto pelos ajustes de R$ 2.234 descrito no tem (iv) acima e R$ 777 descrito no item (v) acima.
(xii) Reclassificação de aplicações interfinanceiras de liquidez com vencimentos superiores a 90 dias anteriormente classificadas como equivalentes de caixa no valor de R$ 456.961.
c. Novos pronunciamentos, alterações e interpretações de pronunciamento existentes Na preparação destas demonstrações contábeis consolidadas, o Banco utilizou os critérios de reconhecimento, mensuração e apresentação estabelecidos nos IFRS e nas interpretações do “International Financial Reporting Interpretation Committee” (“IFRIC”) descritos nesta nota explicativa. Portanto, estas demonstrações contábeis consolidadas estão totalmente em conformidade com os pronunciamentos emitidos pelo IASB e as interpretações emitidas pelo IFRIC e representam a primeira demonstração contábil completa em IFRS.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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Pronunciamentos contábeis aplicáveis para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011
Alteração do IFRIC 19 – “Extinguishing Financial Liabilities with Equity Instruments” – trata da contabilização da liquidação de um débito por meio de instrumento de patrimônio. Esclarece que o ganho ou perda na liquidação de passivos financeiros por meio de instrumento de patrimônio devem ser reconhecidos no resultado. Essa alteração de interpretação não gerou qualquer impacto nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IAS 1 – “Presentation of Financial Statements” – esclarece que uma entidade deverá divulgar uma análise de outros resultados abrangentes na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ou em notas explicativas. Essa alteração no pronunciamento não gerou impacto relevante nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IAS 24 – “Related Party Disclosure” – trata de novos requerimentos para o relacionamento com agências governamentais e exclui transações entre coligadas. Essa alteração no pronunciamento não gerou qualquer impacto nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IAS 27 – “Consolidated and Separete Financial Statements” – determina que a perda de controle sobre uma subsidiária, perda de influência sobre uma coligada e perda de controle conjunto em uma joint venture são eventos similares e devem ser reconhecidos e mensurados a valor justo e os ganhos ou perdas reconhecidos no resultado. Essa alteração no pronunciamento não gerou impacto relevante nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IAS 32 – “Financial Instruments: Presentation” – estabelece condições as quais a emissão de certos direitos, em moeda funcional diferente da moeda funcional da entidade, pode ser classificada como instrumento de patrimônio. Essa alteração no pronunciamento não gerou qualquer impacto nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IAS 34 – “Interim Financial Reporting” – requer a divulgação sobre transações e eventos relevantes nas demonstrações contábeis intermediárias. Essa alteração no pronunciamento não gerou qualquer impacto nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IFRS 1 – “First-time Adoption of International Financial Reporting Standards” – trata de isenções limitadas a partir das divulgações comparativas ao IFRS 7. Essa alteração no pronunciamento não gerou impacto relevante nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IFRS 3 (R) – “Business Combinations” – trata das participações dos acionistas não controladores e opções adquiridas. Essa alteração no pronunciamento não gerou impacto relevante nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IFRS 7 – “Financial Instruments: Disclosures” – enfatiza a interação entre divulgações quantitativas e qualitativas sobre a natureza e a extensão dos riscos associados com os instrumentos financeiros, especialmente as garantias mantidas.
Pronunciamentos contábeis emitidos recentemente e aplicáveis em períodos futuros
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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Os pronunciamentos a seguir entrarão em vigor para períodos após a data destas demonstrações contábeis consolidadas e não foram adotados antecipadamente:
Alteração do IAS 32 – “Financial Instruments: Presentation” – essa alteração foi emitida para esclarecer os requerimentos de “offsetting” de instrumentos financeiros no Balanço Patrimonial. Essa alteração é efetiva para exercícios iniciados em 1° de janeiro de 2014.
Alterações do IFRS 7 – “Financial Instruments: Disclosures” – em Outubro de 2010 foi emitida uma alteração nesse pronunciamento requerendo divulgações adicionais sobre transferências de ativos (riscos remanescentes) e de transferências próximas da data do período. Esses requerimentos são efetivos para exercícios iniciados após 1° de julho de 2011. Adicionalmente em dezembro de 2011 foi emitida nova alteração do pronunciamento requerendo divulgações adicionais sobre o processo de “offsetting”. Esses requerimentos são efetivos para exercícios iniciados após 1° de janeiro de 2013 e serão analisados pela administração os possíveis impactos decorrentes da adoção dessas alterações.
IFRS 9 – “Financial Instruments” – o pronunciamento é a primeira etapa no processo de substituir o IAS 39 “Financial Instruments: Recognition and Measurement”. O IFRS 9 introduz novos requerimentos para classificar e mensurar ativos financeiros e é esperado que afete a contabilização de instrumentos financeiros do Banco. Não é efetivo até 1º de janeiro de 2015, e o IASB permite sua adoção antecipada.
IFRS 10 – “Consolidated Financial Statements” – o pronunciamento altera o princípio atual, identificando o conceito de controle como fator determinante de quando uma entidade deve ser consolidada. O IFRS 10 fornece guia adicional para ajudar na determinação do controle, quando há dificuldades em certos casos. Não é efetivo até 1º de janeiro de 2013. Estão sendo analisados os possíveis impactos decorrentes da adoção do pronunciamento.
IFRS 11 – “Joint Arrangements” – O pronunciamento fornece uma abordagem diferente para análises de “Joint Arrangements” com foco maior nos direitos e obrigações dos acordos, do que nas formas legais. O IFRS 11 divide os “Joint Arrangements” em duas formas: “Joint Operations” e “Joint Ventures”, de acordo com os direitos e as obrigações das partes. Para investimentos em “Joint Ventures”, a consolidação proporcional não é mais permitida. Não é efetivo até 1º de janeiro de 2013. Estão sendo analisados os impactos decorrentes da adoção do pronunciamento.
IFRS 12 – “Disclosures of Interests in Other Entities” – O pronunciamento inclui novas exigências de divulgação de todas as formas de investimento em outras entidades, tal como “Joint Arrangements”, associações e sociedades de propósitos específicos. Não é efetivo até 1º de janeiro de 2013. Estão sendo analisados os possíveis impactos decorrentes da adoção do pronunciamento.
IFRS 13 – “Fair Value Measurement” – O pronunciamento tem como objetivo um maior alinhamento entre IFRS e USGAAP, aumentando a consistência e diminuindo a complexidade das divulgações, utilizando definições precisas de valor justo. Não é efetivo até 1º de janeiro de 2013.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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d. Moeda funcional e de apresentação
As demonstrações financeiras estão sendo apresentadas na moeda do ambiente econômico primário na qual a entidade opera, em Reais (R$), que é a moeda funcional do Banco, e inclusive da agência e de sua subsidiária no Exterior. Os ativos e passivos que são itens monetários são convertidos por taxas de câmbio no final do período, os itens não monetários são mensurados pela taxa de cambio histórica na data de cada transação e o resultado do balanço é convertido pela média da taxa de câmbio do período. e. Base de avaliação As demonstrações contábeis foram elaboradas com base no custo histórico, com exceção aos seguintes aspectos:
Instrumentos financeiros derivativos - são mensurados ao valor justo.
Instrumentos financeiros classificados na categoria valor justo contra o resultado - são mensurados ao valor justo.
Títulos de investimento classificados na categoria disponíveis para venda - são mensurados ao valor justo.
f. Empresas consolidadas e base de consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas do Sofisa abrangem integralmente as informações financeiras de sua agência no exterior e empresas controladas, no país e no exterior, compreendendo as seguintes: Sofisa S/A. – Crédito, Financiamento e Investimento, Sata - Sociedade de Assessoria Técnica e Administrativa S/A, Sofisa Invetment Ltda,Sofisa Serviços Gerais de Administração Ltda e Sofisa Corretora de Seguros Ltda. As práticas contábeis discriminadas abaixo foram aplicadas nos exercícios apresentados nas demonstrações financeiras, e têm sido aplicadas de forma consistente pelas Empresas controladas pelo Banco. g. Entidades de propósito específico (SPE's) Quando o Banco constitui entidades de propósito específico ou detém participação societária nelas para permitir que seus clientes tenham acesso a determinados Investimentos, para a transferência de riscos ou para outros fins, o Banco avalia, utilizando critérios e procedimentos próprios e considerando a legislação vigente, se há controle e, portanto, se essas entidades devem ser consolidadas. Esses critérios e procedimentos levam em conta, entre outros fatores, os riscos e as recompensas retidos pelo Banco e, desse modo, todas as questões relevantes são consideradas, inclusive eventuais garantias concedidas e quaisquer perdas associadas à cobrança dos respectivos ativos retidos pelo Banco. Essas entidades incluem os veículos com propósito específico de empreendimentos,
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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os quais são integralmente consolidados se for constatado, conforme a análise anteriormente mencionada, que o Banco continua a exercer controle sobre eles ou proporcionalmente no caso de join ventures onde o controle é dividido. Durante o processo de consolidação todos os saldos e transações entre o banco e suas subsidiárias são eliminados. h. Regime de competência A companhia prepara as suas demonstrações financeiras de acordo com o critério contábil da competência. i. Gestão do capital
A gestão do capital é efetuada nos níveis regulatórios e econômicos. Gestão de capital regulatória é baseada na análise dos índices de capital do Banco Central do Brasil. O objetivo é alcançar uma estrutura de capital eficiente nos termos de custos e compliance, com os requerimentos do órgão regulador, agências de rating e investidores. A fim de gerir adequadamente o capital do Banco, é essencial estimar e analisar futuras necessidades, em antecipação das várias fases do ciclo do negócio. Projeções de capital regulatório e econômico são feitos em projeções financeiras (balanço patrimonial, demonstração de resultado, etc.) e em cenários macroeconômicos estimados pelo serviço de pesquisa econômica. Estas estimativas são utilizadas pelo Banco como referência para o plano de ações gerenciais necessários para atingir seus objetivos. Adicionalmente, determinados cenários de estresse são simulados para verificar a disponibilidade do capital em situações adversas. Estes cenários são baseados em acentuadas flutuações de variáveis econômicas, taxa de juros, índices de mercado de ações entre outros que espelham os riscos inerentes as atividades da instituição. . Moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira e operações no exterior são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transação. Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Reais à taxa de câmbio em vigor na data do balanço, e as diferenças cambiais resultantes são reconhecidas no resultado.
j. Juros e taxa efetiva
Receitas e despesas de juros são reconhecidas na demonstração do resultado pelo método da taxa efetiva de juros. A taxa efetiva de juros é a taxa que desconta exatamente os pagamentos e os recebimentos futuros durante a vida prevista do ativo
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ou do passivo financeiro (ou, se apropriado, um período inferior) até atingir-se o valor de registro do ativo ou do passivo financeiro. A taxa efetiva de juros é estabelecida quando do reconhecimento inicial do ativo ou do passivo financeiro, considerando todos os termos contratuais, não incluindo perdas futuras em operações de crédito. O cálculo da taxa efetiva de juros inclui todas as taxas e comissões, os custos de transação, os descontos e os prêmios que são pagos ou recebidos e que são parte integrante da taxa efetiva de juros. Os custos de transação incluem os custos incrementais que são diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão de um ativo ou passivo financeiro. As receitas e despesas de juros apresentadas na demonstração de resultados incluem:
Juros de ativos e passivos financeiros registrados ao custo amortizado, com base na taxa efetiva de juros;
Juros de ativos de investimentos disponíveis para venda, com base na taxa efetiva de juros;
Receitas e despesas de juros de todos os ativos e passivos financeiros para negociação são consideradas incidentes às operações de negociação do Banco e são apresentadas de forma agregada a todas as mudanças no valor justo dos ativos e passivos em “Resultado de ativos e passivos financeiros para negociação”. k. Taxas e comissões
As receitas e as despesas de taxas e comissões que são parte integrante da taxa efetiva de juros de um ativo ou passivo financeiro são incluídas na apuração da taxa efetiva de juros. As demais receitas de taxas e comissões são reconhecidas à medida que os serviços relacionados são prestados. Outras despesas com taxas e comissões referem-se basicamente a eventos que são reconhecidos no resultado conforme os serviços são recebidos.
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Instrumentos financeiros ativos e passivos
i. Definições Instrumento financeiro é qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro para o Banco e simultaneamente a um passivo financeiro ou participação financeira em outra entidade. Instrumento de patrimônio é qualquer contrato que represente uma participação residual no ativo da entidade emissora depois de deduzida a totalidade de seu passivo. Derivativo financeiro é o instrumento cujo valor muda em resposta às mudanças de uma variável de mercado observável (tais como taxa de juros, taxa de câmbio, preço dos instrumentos financeiros e índice de mercado). ii. Data de reconhecimento e mensuração inicial de instrumentos financeiros Inicialmente, o Banco reconhece as operações de crédito e adiantamentos, os depósitos, os títulos emitidos e os passivos subordinados na data em que são originados. Todos os demais ativos e passivos financeiros, incluindo aqueles designados a valor justo contra resultado, são inicialmente reconhecidos na data da negociação na qual o Banco se torna parte das disposições contratuais do instrumento. Os ativos e passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu valor justo, acrescidos (para instrumentos não avaliados subsequentemente a valor justo contra resultado) dos custos de transação que são diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. iii. Classificação Os instrumentos financeiros estão classificados em uma das categorias abaixo: Ativos e passivos para negociação (designados ao valor justo por meio do resultado) Os ativos e passivos para negociação são os ativos e passivos mantidos pelo Banco com o propósito de vender ou recomprar no curto prazo, ou que mantém como parte de uma carteira administrada em conjunto para obtenção de lucro no curto prazo ou para tomada de posições. Os ativos e passivos para negociação são inicialmente reconhecidos e avaliados pelo valor justo, e os custos de transação são registrados diretamente no resultado do período. Todas as mudanças no valor justo são reconhecidas como parte da receita líquida de negociação no resultado do período. Os ativos e passivos de negociação não são reclassificados após seu reconhecimento inicial.
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Lucro ou Prejuízo “Dia 1” Quando o valor da transação é diferente do valor justo de outras transações observáveis no mercado ativo com o mesmo instrumento ou baseado em uma técnica de valorização cujas variáveis incluem apenas dados observáveis de mercado, o Banco imediatamente reconhece a diferença entre o valor da transação e o valor justo (lucro ou prejuízo 'Dia 1') em 'receita líquida de negociação'. Em casos onde o valor justo é determinado usando dados não observáveis de mercado, a diferença entre o preço da transação e o valor do modelo é somente reconhecida na demonstração do resultado quando as variáveis possam ser observáveis, ou quando o instrumento for baixado. Ativos disponíveis para venda
Ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivativos que são designados nesta categoria no reconhecimento inicial ou que não são classificados em outras categorias de ativos financeiros. Todos os demais ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados pelo valor justo. A receita de juros é reconhecida no resultado utilizando-se o método da taxa efetiva de juros. A receita de dividendos é reconhecida no resultado quando o Banco passa a ter direito aos dividendos. As variações cambiais ativas ou passivas sobre investimentos em ativos financeiros classificados como disponíveis para venda são reconhecidas no resultado. Outras mudanças no valor justo são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido até que o investimento seja vendido ou uma perda por “impairment” seja verificada, quando então o saldo da reserva no patrimônio líquido é transferido para o resultado. Ativos mantidos até o vencimento
Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são ativos com pagamentos fixados ou determináveis e vencimento fixado que o Banco tem intenção e capacidade de manter até o vencimento, e que não são classificados pelo valor justo contra resultado nem como disponíveis para venda. Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são contabilizados pelo custo amortizado utilizando o método da taxa efetiva de juros. Qualquer venda ou reclassificação de um montante significativo de investimentos mantidos até o vencimento não próximos de seu vencimento resultará na reclassificação de todos os títulos de investimento “mantidos até o vencimento” para “disponíveis para venda”, e impedirá que o Banco classifique títulos de investimento como “mantidos até o vencimento” no exercício social corrente e nos próximos dois subseqüentes.
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Empréstimos e recebíveis
Operações de crédito e adiantamentos são ativos financeiros não-derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo, e que o Banco não tem a intenção de vender imediatamente ou no curto prazo. Quando o Banco adquire um ativo financeiro e simultaneamente assina um contrato para revendê-lo (ou um ativo substancialmente semelhante) a um preço fixado em uma data futura (empréstimo de ações, por exemplo), o contrato é contabilizado como operações de crédito e adiantamentos, e o ativo subjacente não são reconhecidos nas demonstrações contábeis do Banco. As operações de crédito e adiantamentos são mensuradas inicialmente pelo valor justo acrescido dos custos de transação diretamente atribuíveis à operação, e subseqüentemente avaliados pelo custo amortizado utilizando-se o método da taxa efetiva de juros, exceto quando se opta por contabilizar os empréstimos e adiantamentos a valor justo contra resultado. Passivos financeiros ao custo amortizado Após reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos sujeitos a juros são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelo método da taxa de juros efetivos. Instrumentos financeiros derivativos Os derivativos são inicialmente reconhecidos a valor justo na data em que o contrato é firmado e são subsequentemente reavaliados a valor justo. Todos os derivativos são contabilizados como ativos quando o valor justo é positivo, e como passivos quando é negativo. Derivativos podem ser designados e qualificados como instrumento de “hedge” para fins contábeis e, dependendo da natureza do hedge, o método de reconhecer os ganhos ou as perdas de valor justo é diferenciado. Estes derivativos e que atendem aos critérios do IAS 39 são contabilizados como “hedge” contábil. De acordo com o IAS 39, para qualificarem-se como “hedge” contábil as seguintes condições devem ser totalmente atendidas: • no início existe designação e documentação formais do objetivo e estratégia da gestão de risco da entidade do objeto a ser protegido.
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• é esperado que o “hedge” possua alta efetividade nas alterações de compensação no valor justo ou nos fluxos de caixa atribuíveis aos objetos e aos instrumentos de hedge considerando a estratégia de gestão de risco documentada; • a efetividade do “hedge” pode ser confiavelmente medida, isto é, o valor justo ou os fluxos de caixa do item coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao valor justo do instrumento de “hedge” podem ser confiavelmente medidos. • o “hedge” é avaliado em base contínua e efetivamente determinado como tendo sido altamente efetivo durante todos os períodos das demonstrações contábeis para o qual o “hedge” foi designado. • O IAS 39 apresenta três estratégias de “hedge”: “hedge” de valor justo, “hedge” de fluxo de caixa e “hedge” de investimento líquido em operação no exterior. O Banco utiliza-se de derivativos como instrumento de “hedge” em estratégias de “hedge” de valor justo “Fair Value Hedge”, conforme detalhado abaixo e na nota 9: iv. Baixa dos instrumentos financeiros (i) Ativos financeiros Um ativo financeiro (ou, parte aplicável de um ativo financeiro ou um grupo de ativos semelhantes) é baixado quando: - o direito de receber o fluxo de caixa do ativo estiver vencido; ou - o Banco transferiu o direito de receber o fluxo de caixa do ativo ou tenha assumido a obrigação de pagar o fluxo de caixa recebido, no montante total, sem demora material, a um terceiro devido a um contrato de repasse e se: - o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, ou - o Banco não transferiu substancialmente ou reteve substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, mas tenha transferido o controle sobre o ativo. Quando o Banco transfere o direto de receber fluxo de caixa de um ativo ou tenha entrado em um contrato de repasse, e não tenha transferido ou retido substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, ou também não tenha transferido o controle sobre o ativo, o mesmo é reconhecido na medida do envolvimento continuo do Banco no ativo. Neste caso, o Banco também reconhece um passivo relacionado. O ativo transferido e o passivo relacionado são mensurados com base a refletir os direitos e obrigações retidas pelo Banco. O continuo envolvimento que toma a forma de uma garantia sobre o ativo transferido é mensurado ao valor menor entre o valor contabilizado original do ativo e o valor máximo de compensação que o Banco possa ser requerido a pagar. (ii) Passivos financeiros Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação a respeito do passivo é eliminada, cancelada, ou vencida. Quando um passivo financeiro existente é substituído por um outro do mesmo credor em termos substancialmente diferentes, ou os termos do passivo existente são substancialmente modificados, a troca ou modificação é tratada
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como uma baixa do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo, e a diferença no valor contábil é reconhecida no resultado. v. Apresentação líquida de ativos e passivos financeiros Os ativos e os passivos financeiros podem ser aglutinados e o valor líquido pode ser apresentado no balanço quando, e somente quando, o Banco possui legalmente o direito de compensar os valores, e tem a intenção de liquidá-los pelo valor líquido ou de realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente. vi. Mensuração ao custo amortizado O custo amortizado de um ativo ou passivo financeiro é o valor pelo qual o ativo ou passivo financeiro é avaliado quando do seu reconhecimento inicial, menos as amortizações do principal, adicionado ou reduzido da amortização acumulada utilizando-se o método da taxa efetiva de juros de quaisquer diferenças entre o valor inicial reconhecido e o valor de resgate no vencimento, deduzindo-se quaisquer reduções por não recuperação (impairment) ou impossibilidade de cobrança. A “taxa de juros efetiva” é a taxa de desconto que corresponde exatamente ao valor inicial do instrumento financeiro em relação à totalidade de seus fluxos de caixa estimados, de todas as espécies, ao longo de sua vida útil remanescente. vii. Mensuração ao valor justo Valor justo é o montante pelo qual um ativo pode ser negociado ou um passivo liquidado entre partes conhecidas e empenhadas na realização de uma transação justa, na data de balanço. Quando disponível, o Banco determina o valor justo de instrumentos financeiros com base nos preços cotados no mercado ativo para aquele instrumento. Um mercado é reconhecido como ativo se os preços cotados são prontamente e regularmente disponíveis e representam transações de mercado fidedignas e regulares ocorridas de forma justa entre partes independentes. Todos os derivativos são reconhecidos no balanço patrimonial ao valor justo desde a data do negócio. Os efeitos positivos da mensuração ao valor justo são reconhecidos como ativos; quando negativos são reconhecidos como passivos. As mudanças do valor justo dos derivativos desde a data do negócio são reconhecidas na rubrica “Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros” da demonstração de resultado consolidada. viii. Técnicas de avaliação de valor justo Os instrumentos financeiros que são mensurados pelo valor justo após o reconhecimento inicial devem ser agrupados nos níveis 1 a 3 com base no grau observável do valor justo.
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Mensurações de valor justo de Nível 1 são obtidas de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos. Instrumentos financeiros ao valor justo, determinados com base em cotações públicas de preços em mercados ativos (Nível 1), incluem títulos da dívida pública, títulos de dívida privada e ações. Mensurações de valor justo de Nível 2 são obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo diretamente (com preços) ou indiretamente (com base em preços). Quando as cotações de preços não podem ser observadas, a Administração, utilizando seus próprios modelos internos, faz a sua melhor estimativa do preço que seria fixado pelo mercado. Na maioria dos casos, esses modelos utilizam dados baseados em parâmetros de mercado observáveis como uma importante referência (Nível 2). Várias técnicas são empregadas para fazer essas estimativas, inclusive a extrapolação de dados de mercado observáveis e técnicas de extrapolação. A melhor evidência do valor justo de um instrumento financeiro no reconhecimento inicial é o preço da transação, a menos que, o valor justo do instrumento possa ser obtido a partir de outras transações de mercado realizadas com o mesmo instrumento ou com instrumentos similares ou possa ser mensurado utilizando-se uma técnica de avaliação na qual as variáveis usadas incluem apenas dados de mercado observáveis, sobretudo taxas de juros. Mensurações de valor justo de Nível 3 são as obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm como base os dados observáveis de mercado (dados não observáveis). Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o Banco não possui instrumentos financeiros classificados nos níveis 2 e 3 vide nota 6a. ix. Operações compromissadas Compra (venda) de ativos financeiros com base em um contrato de revenda (recompra) não opcional a preço fixo são reconhecidas no balanço patrimonial consolidado como empréstimos e adiantamentos concedidos ou como captações no mercado aberto. estas operações são geralmente latreadas por instrumentos registrados sob a rubrica “instrumento de dívida”. x. Identificação e mensuração de "impairment" Em cada data de balanço, o Banco avalia se há evidências objetivas de que os ativos financeiros não avaliados ao valor justo contra resultado apresentam impairment. Os ativos financeiros são considerados com impairment quando evidências objetivas demonstram que uma perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que esta perda representa um impacto nos fluxos de caixa futuros do ativo que podem ser estimados de modo confiável.
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Modelo para cálculo de impairment para análise coletiva das carteiras O Sofisa optou pelo modelo de perda incorrida para cálculo de impairment de suas carteiras de Varejo e Crédito Empresas, realizando dessa forma apenas a análise coletiva. O modelo de negócio na concessão de crédito é fortemente apoiado em garantias, e por esse motivo, adotou-se a segregação das operações significativas por tipo de garantia para a apuração de perdas, bem como para o cálculo do impairment. Metodologia para apuração de perda histórica – Operações de empresas Foram apuradas as perdas históricas das operações de crédito deste segmento no período compreendido entre janeiro 2005 e dezembro de 2010. Para o cálculo de perda incorrida, foram considerados os eventos e situação de cada operação e suas respectivas faixas de atraso e foi atribuída probabilidade de perda associada a cada uma dessas faixas. Adicionalmente foi considerada na análise, de maneira associada, a recuperação das garantias obtidas. Por fim, com base nos dados estatísticos observados, chegou-se aos parâmetros de recuperação histórica por garantias. Metodologia para apuração de perda histórica – Operações de varejo Para apuração da perda histórica, o Sofisa selecionou as operações lançadas como perda no período compreendido entre maio de 2007 (início das operações dessa natureza) e dezembro 2010. Apurou-se toda a carteira, inclusive a cedida com coobrigação, e foram analisadas separadamente as carteiras de veículo e consignado. No cálculo de perdas, contemplou-se o tempo médio para a efetiva recuperação. Nas operações que envolveram execução de garantia foi considerado o valor líquido efetivamente recebido. Metodologia para cálculo de impairment O Sofisa estabeleceu a ocorrência de atraso nas operações a partir de 31 dias como evento para cálculo de impairment nas Operações de crédito empresas e varejo. Adicionalmente, para operações classificadas como significativas que apresentassem risco de atraso elevado, foram estabelecidas provisões de impairment, mesmo que essas não estivessem em atraso.
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Por fim, vale mencionar que a apuração do impairment sofre impacto progressivo em função das faixas de atraso.
Créditos baixados como prejuízo
O Sofisa considera como baixas para prejuízo as operações de crédito ou repasses interfinanceiros as quais estão inadimplentes há mais de 360 dias ou que tiveram seus contratos declarados vencidos antecipadamente por falta de atendimento às cláusulas contratuais. Tais créditos podem estar em cobrança amigável pela área de recuperação de créditos ou, em caso de insucesso, em cobrança judicial. xi. Hedge Accounting
O Banco utiliza instrumentos derivativos para administrar exposição a riscos de taxa de juros, variação cambial e crédito, inclusive exposição gerada de transações de futuras e compromissos firmes. Para administrar um risco especifico, o Banco aplica “hedge accounting” para transações que se enquadram nos critérios específicos.
No inicio do relacionamento de hedge, o Banco formaliza o processo através de documentação do relacionamento entre o item objeto de hedge e o instrumento de hedge, incluindo a natureza do risco, o objetivo e estratégia de designar o hedge, e o método que será utilizado para avaliar a efetividade do relacionamento de hedge. Também no inicio do relacionamento de hedge, uma avaliação formal é efetuada para garantir que o instrumento de hedge é altamente efetivo em anular o risco designado na relação de hedge. Hedges são formalmente avaliados todos os trimestres. Um hedge é esperado a ser altamente efetivo se a variação no valor justo ou fluxo de caixa atribuído ao risco que está sendo hedgiado durante o período na relação de hedge anular de 80% a 125% da variação do risco. Em situações em que o item objeto de hedge é uma transação futura, o Banco avalia se a transação é altamente provável e apresenta uma exposição a variações de fluxo de caixa que possa por fim afetar a demonstração do resultado. (i) hedge de valor justo Para os hedges de valor justo designados e qualificados, a variação no valor justo de um derivativo designado para hedge é reconhecido na demonstração do resultado em ‘receita líquida de negociação’. Entretanto, a variação do valor justo do item objeto de hedge atribuído ao risco que esta sendo hedgiado é registrada como parte do seu valor contábil e é também reconhecida na demonstração do resultado em ‘receita líquida de negociação’. Se o instrumento de hedge vence ou é vendido, cancelado ou exercido, ou quando a posição de hedge não se enquadra nas condições de “hedge accounting”, a relação de hedge é terminada. Para os itens objeto de hedge registrados a custo amortizado, a diferença entre o valor contábil do item objeto de hedge ao término e o valor nocional é amortizado ao longo do prazo remanescente do hedge original utilizando a taxa efetiva.
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Se o item objeto de hedge é vendido/ baixado, o ajuste ao valor justo não amortizado é reconhecido imediatamente na demonstração do resultado. Em 31 de dezembro de 2011 2010, o Banco não possui estruturas de hedges de fluxo de caixa e investimentos no exterior. l. Imobilizado de uso Os bens do Ativo Imobilizado correspondem aos bens e direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram os riscos, benefícios e controles dos bens da companhia. i. Reconhecimento e mensuração Os ativos tangíveis são avaliados pelo custo menos as depreciações acumuladas e perdas por impairment. O custo inclui as despesas diretamente atribuíveis à aquisição do ativo. O custo de ativos tangíveis construídos pela própria empresa inclui o custo de materiais e mão-de-obra direta, quaisquer outros custos diretamente atribuíveis necessários à operacionalidade para a utilização prevista, e os custos de remoção dos itens e recuperação do local em que se encontram estabelecidos. Softwares adquiridos integrados à funcionalidade de um ativo tangível são registrados como parte do ativo tangível. Quando os principais componentes de um ativo tangível possuem diferentes vidas úteis, são contabilizados como itens separados do ativo tangível. ii. Custos subsequentes O custo de substituir parte de um ativo tangível é capitalizado ao valor do bem quando for provável que os benefícios econômicos futuros decorrentes das partes substituídas serão revertidos para o Banco e o seu custo pode ser mensurado de maneira confiável. O valor remanescente da parte substituída é baixado. Os custos de reparos rotineiros dos ativos tangíveis são reconhecidos no resultado quando incorridos. i. Depreciação A depreciação é reconhecida no resultado pelo método linear considerando a vida útil estimada de cada parte de um ativo tangível. As vidas úteis estimadas dos ativos tangíveis para os exercícios atual e comparativo são: Veículos 5 anos Sistemas de computação 5 anos
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Outros bens 10 anos
Edificações 50 anos O método de depreciação, a vida útil e os valores residuais dos ativos tangíveis são reavaliados a cada data de balanço. m. Ativos intangíveis
O Ativo Intangível corresponde aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. Os ativos intangíveis com vida útil definida são geralmente amortizados de forma linear no decorrer de um período estimado de benefício econômico. i. Licença de uso de sistemas - software De acordo com o IFRS (IAS 38), os gastos com softwares adquiridos e desenvolvidos são classificados em três etapas distintas: 1. Etapa Preliminar do Projeto (despesa); 2. Etapa de Implantação do Projeto (capitalizar) 3. Etapa Pós-implementação do Projeto (despesa). Os softwares adquiridos pelo Banco são registrados pelo valor de custo, deduzidos das amortizações acumuladas e das perdas por impairment. A despesa de desenvolvimento interno de software é reconhecida como ativo quando o Banco consegue demonstrar sua intenção e sua capacidade de concluir o desenvolvimento, mensurando seu custo e a utilização do software de modo que gere benefícios econômicos futuros. Os custos capitalizados de softwares desenvolvidos internamente incluem todos os custos diretamente atribuíveis ao desenvolvimento e são amortizados durante sua vida útil estimada. Os softwares desenvolvidos internamente são registrados pelos seus custos capitalizados, deduzidos da amortização acumulada e de perdas por impairment. Despesas subseqüentes com softwares são capitalizadas somente quando aumentam os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo específico a que se referem. Todas as demais despesas são contabilizadas diretamente no resultado à medida que são incorridas. A amortização é reconhecida no resultado pelo método linear durante a vida útil estimada do software, a partir da data da sua disponibilidade para uso. ii. Outros intangíveis Os demais ativos intangíveis com vida útil definida adquiridos pelo Banco são registrados pelo valor de custo, deduzidos das amortizações acumuladas e das perdas por impairment.
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As amortizações são reconhecidas no resultado pelo método linear durante a vida útil estimada dos ativos. n. Impairment de ativos não-financeiros o valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa que é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso. Em linhas gerais, o teste de impairment para o IFRS é efetuado com base no “recoverable amount”, que é o maior valor entre o valor justo (-) o custo para vender ou o valor em uso que representa o fluxo de caixa esperado pelo uso contínuo do ativo descontado ao valor presente. o. Depósitos e títulos emitidos
Os depósitos, os títulos emitidos e os passivos subordinados são as fontes do Banco para financiamento de dívidas. Os depósitos, os títulos emitidos e os passivos subordinados são inicialmente mensurados ao valor justo acrescido dos custos de transação incrementais diretamente atribuíveis à sua emissão, e subseqüentemente são avaliados pelo seu custo amortizado utilizando-se o método da taxa efetiva de juros. Quando o Banco vende um ativo financeiro e simultaneamente assina um contrato de recompra do ativo (ou um ativo similar) a um preço fixo ou em uma data futura (“venda com compromisso de recompra” ou “empréstimo de títulos”), o contrato é contabilizado como depósito e o ativo subjacente continua a ser reconhecido nas demonstrações contábeis do Banco. p. Ativos e Passivos Contingentes, Obrigações Legais e Provisões Uma provisão é reconhecida se, como resultado de um evento passado, o Banco tem uma obrigação presente, que pode ser estimada de modo confiável, e seja provável uma saída de benefícios econômicos para sua liquidação. Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios que o Banco espera usufruir são inferiores ao custo necessário para atender às obrigações assumidas no contrato. A provisão é mensurada pelo valor presente do custo estimado pela rescisão do contrato ou do custo líquido estimado pela continuidade deste, dos dois o menor. Antes de se estabelecer uma provisão, o Banco reconhece qualquer perda por impairment nos ativos associados ao contrato. O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e obrigações legais (fiscais e previdenciárias) são efetuados de acordo com os seguintes critérios:
Ativos contingentes: não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, exceto quando da existência de evidências que propiciem a garantia de sua realização, sobre as quais não cabem mais recursos;
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Contingências passivas: É determinada a probabilidade de quaisquer julgamentos ou resultados desfavoráveis destas ações, assim como do intervalo provável de perdas. A determinação da provisão necessária para essas contingências é feita após análise de cada ação e com base na opinião dos seus assessores legais. Estão provisionadas as contingências para aquelas ações que julgamos como provável a possibilidade de perda. As provisões requeridas para essas ações podem sofrer alterações no futuro devido às mudanças relacionadas ao andamento de cada ação;
Obrigações legais (fiscais e previdenciárias): referem-se a processos administrativos ou judiciais relacionados a obrigações tributárias e previdenciárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou a constitucionalidade que, independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, os montantes discutidos são integralmente provisionados e atualizados de acordo com a legislação vigente.
q. Outros ativos
a) Ativos não correntes mantidos para venda veículos e imóveis são registrados inicialmente pelo custo e ajustados por provisão para perda no valor recuperável, quando necessário b) Imóveis a comercializar - Os ativos prontos a comercializar são demonstrados pelo de custo de formação que não excede o seu valor líquido realizável. c) Imóveis em construção - Os ativos em andamento são demonstrados pelo custo de formação incorrido nas unidades O custo de formação compreende entre outros, o custo do terreno e gastos necessários à sua legalização, gastos com incorporação, gastos de construção relacionados com materiais, mão-de-obra (própria ou contratada de terceiros) e outros custos de construção relacionados, incluindo o custo financeiro de financiamento (incorridos durante o período de desenvolvimento do empreendimento até a finalização da obra). r. Outras obrigações Outras obrigações incluem o saldo de todas as despesas provisionadas e receita diferida de adiantamentos e o valor de quaisquer outras obrigações não consideradas como passivo financeiro. s. Imposto de renda
Imposto de renda corrente é a expectativa de pagamento de impostos sobre o resultado tributável para o exercício, usando taxas vigentes na data do balanço, e qualquer ajuste ao imposto a pagar com relação a exercícios anteriores. O imposto de renda diferido é apurado sobre as diferenças temporárias entre os saldos contábeis dos ativos e passivos. Os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e base
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negativa de contribuição social devem ser reconhecidos somente se há expectativa de que serão realizados com a geração de lucros tributáveis estimados. O crédito tributário é calculado de acordo com as taxas fiscais que são esperadas de serem aplicadas às diferenças temporárias quando estas forem revertidas com base na legislação que rege a matéria vigente na data de balanço. Os impostos diferidos ativos são reconhecidos na medida em que é provável que lucros tributáveis futuros sejam gerados para sua utilização, e devem ser revisados a cada data de balanço, sendo reduzidos à medida que não seja mais provável que estes benefícios fiscais serão utilizados. A despesa de imposto de renda compreende os impostos sobre a renda correntes e diferidos, sendo reconhecida na demonstração de resultados, exceto nos casos em que se refere à itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido. t. Garantias financeiras
Garantias financeiras são definidas como contratos pelos quais uma entidade se compromete a efetuar pagamentos específicos em nome de um terceiro se este não fizer, independentemente das diversas formas jurídicas que possam ter, tais como garantias, créditos documentários irrevogáveis emitidos ou confirmados pela entidade, etc. O Banco reconhece inicialmente as garantias financeiras prestadas no passivo do balanço patrimonial consolidado ao valor justo, que geralmente é o valor presente de taxas, comissões e juros a receber desses contratos ao longo de seu prazo. Garantias financeiras, independentemente do avalista, da instrumentação e outras circunstâncias, são revisadas periodicamente para a determinação do risco de crédito a que estão expostas e, conforme o caso, para considerar se uma provisão é necessária. O risco de crédito é determinado pela aplicação de critérios similares aos estabelecidos para a quantificação de perdas por não recuperação sobre empréstimos e adiantamentos mensurados ao custo amortizado. As provisões constituídas para essas operações são reconhecidas sob a rubrica Provisões para passivos contingentes, compromissos e outras provisões no balanço patrimonial consolidado. Em 2011 e 2010 não foram constituídas provisões para essas operações. u. Lucro por ação O Banco apresenta informações sobre o lucro por ação básico e diluído para suas ações ordinárias e preferenciais segregadas por classe. O lucro por ação básico é calculado dividindo-se o lucro ou prejuízo atribuível aos portadores de ações ordinárias e preferenciais do Banco pela média ponderada do número de ações ordinárias e preferenciais em circulação durante o exercício. O lucro por ação ordinárias e preferenciais diluído é determinado ajustando-se o lucro ou prejuízo atribuível aos
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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portadores de ações ordinárias e preferenciais e a média ponderada do número de ações ordinárias e preferenciais em circulação para os efeitos de todas as ações ordinárias e preferenciais com potencial diluição. v. Demonstração consolidada dos fluxos de caixa
"Para fins das Demonstrações dos Fluxos de Caixa a Companhia utiliza o método indireto segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é ajustado pelos seguintes efeitos: (i) das transações que não envolvem caixa; (ii) de quaisquer diferimentos ou outras apropriações por competência sobre recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros; e (iii) de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento. Os termos a seguir são usados na demonstração consolidada dos fluxos de caixa com os seguintes significados:
Fluxos de caixa: fluxos de entrada e saída de caixa e equivalentes de caixa.
Caixa e equivalentes de caixa: são representados por disponibilidades em moeda nacional, moeda estrangeira, aplicações interfinanceiras de liquidez e depósitos a prazo, cujo vencimento das operações na data da efetiva aplicação seja igual ou inferior a 90 dias e apresentam risco insignificante de mudança de valor justo, que são utilizados pelo Banco para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo.
Atividades operacionais: as principais atividades geradoras de receita de instituições financeiras e outras atividades que não são atividades de financiamento ou de investimento.
Atividades de investimento: a aquisição e a venda de realizável a longo prazo e ativos tangíveis.
Atividades de financiamento: atividades que resultam em mudanças no montante e na composição do patrimônio líquido e do passivo que não são atividades operacionais.
3. Estimativas Contábeis
A elaboração das demonstrações financeiras de acordo com as IFRS requer a utilização de julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação das práticas contábeis nos valores apresentados de ativos, passivos, receitas e despesas, como a mensuração de provisões para perdas com operações de crédito, estimativas do valor justo de determinados instrumentos financeiros e provisão para contingências. Os valores reais podem ser diferentes destas estimativas. Tais estimativas e premissas são revisadas periodicamente. As revisões das estimativas contábeis são reconhecidas no período em que as estimativas estão sendo revisadas, bem como nos períodos futuros afetados.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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4. Segmentos Operacionais
O Banco é composto pelos seguintes segmentos operacionais reportáveis:
Segmento Empresas O segmento empresas possui um amplo leque de produtos, que inclui diversas modalidades de operações de crédito e repasses, tanto em moeda local como em moeda estrangeira; assessoria financeira e estratégica; produtos de tesouraria para o cliente; e investimentos.
O banco possui uma ampla rede de relacionamento com empresas dos mais diversos setores, incluindo importadores, exportadores e produtores de commodities, entre outros.
Segmento Varejo O banco cessou a originação de crédito de varejo no decorrer do primeiro semestre de 2010 reduzindo substancialmente o volume de sua carteira. Ainda incorrem receitas e despesas relacionadas ao negócio de crédito de varejo, que ocorrerão até o vencimento das operações existentes na carteira. As principais receitas e despesas estão relacionadas a seguir. As demonstrações do resultado e outros dados significativos por segmento são os seguintes:
2011 2010
Empresas
Varejo
Total
Total
Receitas com juros e similares 350.416
293.503
643.919
764.227
Despesas com juros e similares (402.501)
(243.287)
(645.788)
(576.267)
RECEITA LÍQUIDA COM JUROS (52.085)
50.216
(1.869)
187.960
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) 221.849
2.220
224.069
158.356
Ativos e Passivos financeiros para negociação 177.008
2.220
179.228
137.940
Derivativos 8.807
(3.970)
4.837
(28.866)
Títulos e valores mobiliários 168.201
6.190
174.391
166.806
Variações cambiais (líquidas) 44.841
-
44.841
20.416
Receitas de tarifas e comissões 10.622
4.080
14.702
31.213
Despesas de tarifas e comissões (5.702)
(7.110)
(12.812)
(25.945)
TOTAL DE RECEITAS 174.684
49.406
224.090
351.584
Despesas administrativas (130.986)
(21.654)
(164.711)
(168.314)
Despesas com pessoal (72.499)
(3.954)
(76.453)
(79.228)
Despesas tributárias (24.625)
(1.726)
(26.351)
(32.622)
Outras despesas administrativas (35.593)
(26.314)
(61.907)
(56.464)
Outras receitas (despesas) operacionais 11.328
(22.015)
(10.687)
30.623
Depreciações e amortizações (4.339)
(167)
(4.506)
(4.966)
Perdas com ativos financeiros (líquidas) (5.038)
(14.235)
(19.273)
(94.913)
Empréstimos e recebíveis (5.038)
(14.235)
(19.273)
(94.913) Resultado na alienação de ativos não correntes disponíveis para venda 4.492
(9.678)
(5.186)
(26.362)
RESULTADO DAS OPERAÇÕES CONTINUADAS 50.141
(18.343)
19.727
87.652
RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS -
132
132
680
RESULTADO OPERACIONAL ANTES DA TRIBUTAÇÃO 50.141
(18.211)
19.859
88.332
Imposto de renda 15.907
1.602
17.509
(8.123)
LUCRO LÍQUIDO CONSOLIDADO DO EXERCÍCIO 66.048
(16.609)
37.368
80.209
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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5. Caixa e Equivalentes de Caixa
2011
2010
Disponibilidades 47.431
29.517 Aplicações interfinanceiras de liquidez (*) 4.221
71.577
Total de Caixa e Equivalentes de Caixa 51.652
101.094
(*) Refere-se a operações cujo vencimento na data efetiva da aplicação foi igual ou inferior a 90 dias.
6. Instrumentos de dívida
a) Classificação dos instrumentos de dívida
2011
2010
Valor de curva
Valor justo
Valor de curva
Valor justo
Classificação do valor justo Nível 1 (Nota 2l)
Ativos financeiros para negociação 48.130
37.826
50.966
50.793
Ativos financeiros disponíveis para venda 698.515
698.074
1.202.851
1.193.571
Total 746.645
735.900
1.253.817
1.244.364
31/12/2011
31/12/2010
Valor na curva
Valor de mercado
Valor na curva
Valor de mercado
Em negociação Títulos públicos federais
-
-
837
837
Fundos de investimentos
17.688
17.688
14.338
14.335
Eurobonus
24.278
13.974
27.144
26.974
Commodities (CPRF)
6.164
6.164
8.647
8.647
Total
48.130
37.826
50.966
50.793
Disponiveis para venda Títulos públicos federais
518.251
522.828
1.027.413
1.025.031
Título privados - CDB
-
-
7.267
7.264
Eurobonus
57.704
56.135
29.441
28.227
TVM no exterior
122.560
119.111
138.730
133.049
Total
698.515
698.074
1.202.851
1.193.571
Total geral
746.645
735.900
1.253.817
1.244.364
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
36
b) Composição por tipo
31/12/2011
Carteira própria
Vinculados à recompra
Vinculados a prestação de
garantias
Total
NTN - B 445.345
11.368
63.475
520.188
LTN 2.640
-
-
2.640
Total de títulos públicos 447.985
11.368
63.475
522.828
TVM no exterior 119.111
-
-
119.111
Eurobônus 70.109
-
-
70.109
Commodities 6.164
-
-
6.164
Fundos de investimentos 17.688
-
-
17.688
Total de títulos privados 213.072
-
-
213.072
Total 661.057
11.368
63.475
735.900
31/12/2010
Carteira própria
Vinculados à recompra
Vinculados a prestação de
garantias
Total
NTN - B 273.974
-
78.617
352.591
LTN 627.817
45.460
-
673.277
Total de títulos públicos 901.791
45.460
78.617
1.025.868
TVM no exterior 133.049
-
-
133.049
CDB 7.264
-
-
7.264
Eurobônus 55.201
-
-
55.201
Commodities 8.647
-
-
8.647
Fundos de investimentos 14.335
-
-
14.335
Total de títulos privados 218.496
-
-
218.496
Total 1.120.287
45.460
78.617
1.244.364
c) Composição por vencimento
Longo prazo
Até De 31 De 61 De 91 De 181 Acima de
30 dias a 60 dias a 90 dias a 180 dias a 360 dias Total 360 dias Total geral
Em 31/12/2011
NTN B - - - - - - 520.188 520.188
LTN - - - - 2.640 2.640 - 2.640
Títulos públicos - - - - 2.640 2.640 520.188 522.828
TVM exterior - 164 16.109 64.069 23.133 103.475 15.636 119.111
Eurobonus - - 5.334 - 20.521 25.855 44.254 70.109
Commodities - - - - 6.164 6.164 - 6.164
Fundos de investimentos 17.688 - - - - 17.688 - 17.688
Títulos privados 17.688 164 21.443 64.069 49.818 153.182 59.890 213.072
Total 17.688 164 21.443 64.069 52.458 155.822 580.078 735.900
Sofisa Consolidado
Curto prazo
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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Longo prazo
Até De 31 De 61 De 91 De 181 Acima de
30 dias a 60 dias a 90 dias a 180 dias a 360 dias Total 360 dias Total geral
Em 31/12/2010
NTN B - - 20.025 - 20.025 332.566 352.591
LTN 837 - - - - 837 672.440 673.277
Títulos públicos 837 - - 20.025 - 20.862 1.005.006 1.025.868
TVM exterior - 1.660 1.708 28.820 32.188 100.861 133.049
CDB 7.264 - - - - 7.264 - 7.264
Eurobonus - 1.605 2.837 7.819 12.261 42.940 55.201
Commodities 8.647 - - - 8.647 - 8.647
Fundos de investimentos 14.335 - - - - 14.335 - 14.335
Títulos privados 30.246 1.605 4.497 1.708 36.639 74.695 143.801 218.496
Total 31.083 1.605 4.497 21.733 36.639 95.557 1.148.807 1.244.364
Sofisa Consolidado
Curto prazo
Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias “títulos para negociação” e “disponíveis para venda” são demonstrados pelo seu valor justo estimado (valor de mercado). O valor justo geralmente baseia-se em consultas a cotações de preços de mercado através de fontes independentes ou cotações de preços de mercado para ativos ou passivos com características semelhantes. Se esses preços de mercado não estiverem disponíveis, os valores justos são determinados através de cotações de operadores de mercado, modelos de precificação, fluxo de caixa descontado ou técnicas similares, para as quais a determinação do valor justo pode exigir julgamento ou estimativa significativa por parte da Administração. Em 31 de dezembro de 2011, foi apurado um saldo de ajuste no patrimônio líquido no montante acumulado de R$ (441), (R$(427) líquido dos efeitos tributários), e em 31 de dezembro de 2010, R$ (9.280), (R$(7.697) líquido dos efeitos tributários) relativos aos títulos disponíveis para venda. d) Resultado com Títulos e valores mobiliários
31/12/2011 31/12/2010
Rendas de aplic. oper. compromissadas 26.254 37.491
Rendas de aplic. depósitos interfinanceiros 8.778 4.566
Rendas de fundos de investimentos 23 4
Resultado com títulos de renda fixa 118.177 97.327
Rendas TVM no exterior 30.694 23.644
Resultado com títulos de rendas variaveis (5.519) 5.211
Resultado de ajuste a valor de mercado (4.016) (1.437)
Total 174.391 166.806
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
38
7. Instrumentos de patrimônio a) Classificação e composição por vencimento
2011
2010
Valor
Valor de
Valor
Valor de
justo
curva
justo
curva
Classificação:
Sem vencimento:
Ativos financeiros para negociação Ações de empresas nacionais 17.544
17.544
24.960
24.960
Total 17.544
17.544
24.960
24.960
O valor justo geralmente baseia-se em consultas a cotações de preços de mercado através de fontes independentes ou cotações de preços de mercado (BM&FBovespa) para ativos ou passivos com características semelhantes. Se esses preços de mercado não estiverem disponíveis, os valores justos são determinados através de cotações de operadores de mercado, modelos de precificação, fluxo de caixa descontado ou técnicas similares, para as quais a determinação do valor justo pode exigir julgamento ou estimativa significativa por parte da Administração.
8. Instrumentos financeiros derivativos O Banco realiza operações com instrumentos financeiros derivativos visando à proteção das variações de preços de mercado e diluição de riscos de moedas e de taxas de juros de seus ativos e passivos e fluxos de caixa contratados por prazos, taxas e montantes compatíveis. Derivativos são usados como ferramenta de gerenciamento de risco com o objetivo de cobertura das posições das carteiras de não negociação (Banking Book) e de negociação (Trading Book). Adicionalmente, derivativos de alta liquidez transacionados em bolsa são usados, dentro de limites estreitos e periodicamente revistos, com o objetivo de gerenciar exposições na carteira de negociação. Visando administrar os riscos decorrentes, foram determinados limites internos para exposição global e por carteiras. Estes limites são acompanhados diariamente. Considerando a eventual possibilidade de existência de limites excedidos em decorrência de situações não previstas, a Administração definiu políticas internas que implicam na imediata definição das condições de realinhamento. Esses riscos são monitorados por área independente das áreas operacionais e são diariamente reportados à alta administração.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
39
A medição da exposição fundamenta-se no cálculo do valor a risco (VaR) com horizonte de um ano por meio de simulação histórica para períodos de um dia e nível de confiança de 99%. a) Derivativos para negociação
2011
2010
Valor Nominal
Ativos/(Passivos)
Valor Nominal
Ativos/(Passivos)
Contratos de Futuros: Compromissos de compra 344.782
-
295.056
(68)
DI - Depósitos Interfinanceiros 340.500
-
62.000
-
DDI -
-
200.444
-
Dólar -
-
14.996
-
Indice Futuro 4.282
-
17.616
(68)
Compromissos de venda 520.456
39.777
955.773
(492)
DI - Depósitos Interfinanceiros 323.000
-
346.500
-
DDI -
-
187.447
-
Dólar 157.453
-
221.760
(46)
Indice Futuro -
-
200.066
(446)
Ações - Termo 40.003
39.777
-
-
Contratos de "Swap":
Posição ativa 347.037
32.022
847.085
22.727
CDI 69.861
3
248.111
4.314
Prefixado -
10.168
-
14.137
Dólar -
-
515.928
4.276
Euro - Hedge 41.523
3.282
41.523
-
Dolar - Hedge 235.653
18.569
41.523
-
Posição passiva 449.371
(16.344)
805.562
(37.760)
CDI 328.344
(10.370)
557.451
(26.343)
Prefixado 55.228
(4.815)
152.609
(10.041)
Dólar 4.780
(1.000)
63.646
-
IGPM 9.852
(45)
7.320
(1.178)
TJLP 51.167
(114)
24.536
(198)
Contratos de opções:
Compromissos de venda -
-
42
(1)
Ações -
-
42
(1)
Total posição ativa
71.799
22.727
Total posição passiva
(16.344)
(38.321)
Posição líquida
55.455
(15.594)
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
40
b) Os instrumentos financeiros derivativos por vencimento têm a seguinte composição:
2011
Até 1 De 1 a 3 De 3 a 6 De 6 a 12 De 1 a 3 Acima de Mês Meses Meses Meses Anos 3 Anos Total
Compensação
Contratos de futuros 50.000
161.735
-
96.500
517.000
-
825.235
Contratos de "Swap" 7.406
10.963
20.355
77.095
163.392
118.993
398.204
Contratos de Termo 39.255
748
-
-
-
-
40.003
Total - 2011 96.661
173.446
20.355
173.595
680.392
118.993
1.263.442
- Posição ativa
Contratos de "Swap" -
-
-
-
26.163
5.859
32.022
Contratos de Termo 39.037
740
-
-
-
-
39.777
Total - 2011 39.037
740
-
-
26.163
5.859
71.799
- Posição passiva
Contratos de "Swap" 550
1.016
1.275
1.904
1.231
10.368
16.344
Total - 2011 550
1.016
1.275
1.904
1.231
10.368
16.344
2010
Até 1 De 1 a 3 De 3 a 6 De 6 a 12 De 1 a 3 Acima de Mês Meses Meses Meses Anos 3 Anos Total
Compensação
Contratos de futuros 154.317
561.843
-
224.169
310.500
-
1.096.512
Contratos de "Swap" 18.844
21.287
27.209
310.597
427.625
-
786.718
Contratos de Opção -
42
-
-
-
-
42
Total - 2010 173.161
583.172
27.209
534.766
738.125
-
1.883.272
- Posição ativa
Contratos de "Swap" -
-
-
8.469
14.257
-
22.726
Contratos de Opção 1
-
-
-
-
-
1
Total - 2010 1
-
-
8.469
14.257
-
22.727
- Posição passiva
Contratos de "Swap" 2.831
510
1.201
2.707
30.511
-
37.760
Contratos de Opção 1
-
-
-
-
-
1 Outros instrumentos financeiros -
560
-
-
-
-
560
Total - 2010 2.832
1.070
1.201
2.707
30.511
-
38.321
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
41
b) Derivativos de crédito (Credit Default Swap - CDS) Nos exercícios de 2008 e 2009 a Sofisa CFI adquiriu carteiras de crédito sem coobrigação de outra instituição financeira por meio de instrumento particular de acordo para cessão onerosa de créditos e outras avenças. Este contrato incluía um derivativo de crédito que tem como objetivo exclusivo minimizar a exposição ao risco de crédito desta carteira. O derivativo de crédito garante a Sofisa CFI o valor de aquisição da carteira de créditos atualizado pela taxa DI ou o valor de aquisição da carteira de créditos adicionado a 50% do rendimento, deduzido das provisões para créditos de liquidação duvidosa, dos dois o maior.
2011
2010
Valor de risco
Saldo conta
Ajuste
Valor atual
Saldo conta
Ajuste
crédito gráfica MTM a
receber da carteira gráfica MTM a
receber
Swaps de créditos cujos ativos subjacentes são:
Operações de crédito ao consumidor adquiridas sem coobrigação 5.018
15.186
10.168
22.318
36.455
14.137
Total 5.018
15.186
10.168
22.318
36.455
14.137
d) Hedge de valor justo Para proteger o risco de mercado contra a exposição da variação cambial acrescida de cupom, o Banco negociou contratos de swap a vencer entre os anos de 2011 e 2017, que geraram ajustes a valor de mercado registrado no resultado no valor de R$ 2.413. Os itens objeto de hedge representados por operações de captações no exterior (nota 18) também possuem vencimentos entre os anos de 2011 e 2017 e marcação a mercado de R$ 2.385, garantindo a efetividade desejada da cobertura do risco. O monitoramento da efetividade do hedge, que mensura a neutralização pelos instrumentos derivativos dos efeitos das flutuações de mercado sobre os itens protegidos, é efetuado mensalmente. A efetividade apurada para cada unidade de hedge está dentro do intervalo estabelecido pelo IAS 39.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
42
31/12/2010
Valor
referencial
Derivativos usados como "hedge" de dos Valor de
valor justo contratos Valor na curva mercado Ajuste Mercado Ajuste Mercado
Instrumentos de "Hedge"
Posição passiva - Dólar e Euro
Contratos de "Swap" - Dólar 286.820 304.236 302.260 (1.976) (4.396)
Contratos de "Swap" - Euro 41.523 45.419 44.982 (437) (1.020)
Total 328.343 349.655 347.242 (2.413) (5.416)
Objetos de "Hedge"
Captações no exterior em moeda
estrangeira - Dólar e Euro
Empréstimos e repasses no exterior-Dólar 311.308 304.175 302.227 (1.948) (4.565)
Empréstimos e repasses no exterior-Euro 41.784 45.618 45.181 (437) (1.142)
Total 353.092 349.793 347.408 (2.385) (5.707)
Banco Sofisa e Consolidado
31/12/2011
e) O resultado líquido das operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos está assim composto:
2011 2010
Swap (7.057)
(60.005)
Futuro - DI (4.396)
2.954
Futuro -DDI 1.035
(4.104)
Futuro - Índice 255
1.558
Lucro Day Trade 585
996
Futuro - Exterior 8.420
-
Futuro - Dólar 7.415
32.219
Termo 1.894
(4)
Opções - Ações 662
102
Derivativos de Créditos (3.969)
(4.773)
Opções - Ativos Financeiros (7)
2.191
Total 4.837
(28.866)
9. Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito a) Os empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito, em 31 de dezembro de
2011 e 2010, estão compostos como segue:
2011
2010
Classificação:
Empréstimos e recebíveis
774.499
130.970
Total
774.499
130.970
Tipo: Operações compromissadas
681.880
20.005
Aplicações em depósitos interfinanceiros
67.103
103.782
Aplicações em moedas estrangeiras
25.516
7.183
Total
774.499
130.970
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
43
b) Aplicações no mercado aberto – posição bancada
31/12/2011
31/12/2010
Até 3 meses LFT
150.665
10.003
LTN
322.537
-
NTN-B
208.678
10.002
Total
681.880
20.005
c) Aplicações em depósitos interfinanceiros
31/12/2011 31/12/2010
Até 30 dias 48.740 19.217
de 31 a 90 dias 6.035 33.045
de 91 a 180 dias 1.461 33.385
de 181 a 360 dias 2.169 15.168
Acima de 360 dias 8.698 2.967
Total 67.103 103.782
d) Aplicações em moedas estrangeiras
31/12/2011
31/12/2010
Sem vencimento Depósitos em contas correntes remuneradas no exterior
25.516
7.183
Total
25.516
7.183
10. Empréstimos e adiantamentos a clientes a) Composição
Operações de crédito ao custo amortizado
Operações de arrendamento mercantil ao custo amortizado
Outros Créditos ao custo amortizado
Provisão para perdas por não recuperação (Impairment) (95.446) (125.499)
Total da carteira de operações de crédito
2011
2.116.099
110.156 205.634
2010
71.565
2.202.374 2.678.920
2.573.434
25.351
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
44
b) Composição por vencimentos
i) Operações de crédito com pequenas e médias empresas
Total % Total %
Curto prazo: 1.365.696 79 1.282.828 72
De 0 a 14 dias 144.996 116.721
De15 a 30 dias 211.960 155.275
De 31 a 60 dias 326.887 320.079
De 61 a 90 dias 296.989 234.302
De 91 a 180 dias 180.521 200.393
De 181 a 360 dias 204.343 256.058
Longo prazo: 299.272 17 444.853 25
Acima de 360 dias 299.272 444.853
Total normal 1.664.968 96 1.727.681 97
Vencido: 68.347 4 58.462 3
Até 14 dias 15.448 16.883
De15 a 30 dias 7.364 8.504
De 31 a 60 dias 9.793 3.887
De 61 a 90 dias 3.783 2.264
De 91 a 180 dias 12.769 13.343
De 181 a 360 dias 17.128 11.927
Acima de 360 dias 2.062 1.654
Total 1.733.315 100 1.786.143 100
2011 2010
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
45
ii) Operações de arrendamento mercantil
Total % Total %
Curto prazo: 67.799 62 106.344 52
De 0 a 14 dias 4.211 6.028
De15 a 30 dias 3.061 4.714
De 31 a 60 dias 6.870 11.159
De 61 a 90 dias 6.479 8.721
De 91 a 180 dias 18.335 27.538
De 181 a 360 dias 28.843 48.184
Longo prazo: 35.906 33 90.395 44
Acima de 360 dias 35.906 90.395
Total normal 103.705 95 196.739 96
Vencido: 6.451 5 8.895 4
Até 14 dias 599 840
De15 a 30 dias 1.458 1.427
De 31 a 60 dias 1.429 1.542
De 61 a 90 dias 666 847
De 91 a 180 dias 1.185 1.918
De 181 a 360 dias 1.005 1.893
Acima de 360 dias 109 428
Total 110.156 100 205.634 100
2011 2010
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
46
iii) Outros créditos (valores a receber pela venda de bens e câmbio)
Total % Total %
Curto prazo: 54.911 77 23.574 93
De 0 a 14 dias 478 28
De15 a 30 dias 5.956 1.151
De 31 a 60 dias 13.173 4.058
De 61 a 90 dias 9.078 8.876
De 91 a 180 dias 19.504 5.066
De 181 a 360 dias 6.722 4.395
Longo prazo: 16.624 23 430 2
Acima de 360 dias 16.624 430
Total normal 71.535 100 24.004 95
Vencido: 30 - 1.347 5
Até 14 dias - 894
De15 a 30 dias - 453
De 31 a 60 dias - -
De 61 a 90 dias - -
De 91 a 180 dias 30 -
De 181 a 360 dias - -
Acima de 360 dias - -
Total 71.565 100 25.351 100
20102011
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
47
iv) Operações de crédito direto ao consumidor
Total % Total %
Curto prazo: 171.561 45 331.929 44
De 0 a 14 dias 11.126 22.234
De15 a 30 dias 9.046 17.870
De 31 a 60 dias 20.882 34.527
De 61 a 90 dias 19.896 33.535
De 91 a 180 dias 49.476 95.009
De 181 a 360 dias 61.135 128.754
Longo prazo: 198.519 52 436.685 52
Acima de 360 dias 198.519 436.685
Total normal 370.080 96 768.614 96
Vencido: 12.704 4 18.677 4
Até 14 dias 867 1.216
De15 a 30 dias 1.755 2.897
De 31 a 60 dias 1.954 3.170
De 61 a 90 dias 1.278 2.226
De 91 a 180 dias 2.885 4.303
De 181 a 360 dias 3.259 4.149
Acima de 360 dias 706 716
Total 382.784 100 787.291 100
Total Geral 2.297.820 2.804.419
2011 2010
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
48
c) Diversificação por tipo de produto
2011
2010
Capital de giro
749.614
851.907
Títulos descontados
117.922
84.583
Financiamentos adquiridos
71.434
209.708
Financiamentos a importação 37.678
55.547
Financiamentos a exportação 62.574
-
Conta garantida
633.583
511.668
Adiantamento a depositantes 1.357
267
Cheque empresa
19.117
13.443
Cheque especial
1.468
1.443
Financiamentos BNDES
13.523
35.760
Operações de arrendamento 110.156
205.634
Empréstimos consignado / CDC 279.139
591.371
Outros créditos e câmbio
71.565
25.351
Compror
6.405
790
Finame
11.162
21.026
Veículos
111.123
195.921
Subtotal
2.297.820
2.804.419
Impairment
(95.446)
(125.499)
Total
2.202.374
2.678.920
d) Por Setor
2011
2010
Indústria, Comércio e Instituições Financeiras
1.799.645
2.198.603
Empréstimos a pessoas físicas
498.175
605.816
Total
2.297.820
2.804.419
e) Diversificação por tipo de garantia recebida
31/12/2011 31/12/2010
Duplicatas 1.004.461 843.706
Notas promissórias 106.337 66.202
Cheques pré-datados 33.058 8.100
Recebíveis de aluguéis e imóveis 264.413 280.130
Coobrigação de instituições financeiras 50.697 181.136
Alienação fiduciária de imóveis 90.004 110.219
Warrant e Penhor Mercantil 3.081 3.717
Saques de empresas do exterior 9.997 1.956
Contratos e Travas de Domicílio Bancário 28.609 56.040
Consignação de folha de pagamento / CDC 279.578 549.915
Investimentos financeiros 71.265 41.967
Alienação - maquinas e equipamentos 8.355 11.542
Alienação fiduciária de Veículos 347.965 649.789
Total 2.297.820 2.804.419
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
49
f) Concentração dos principais devedores
% sobre % sobre
% sobre patrimonio % sobre patrimonio
Valor a carteira liquido Valor a carteira liquido
Principal devedor 30.291 1 4 29.256 1 4
10 Maiores 235.653 11 30 229.710 9 30
20 Maiores 405.437 19 52 389.427 16 51
50 Maiores 743.184 35 95 693.119 28 90
100 Maiores 1.075.709 51 138 982.128 40 127
Sofisa Consolidado
31/12/2011 31/12/2010
g) Ativos não recuperáveis - "Impairment" i) Os detalhes das variações no saldo dos ativos financeiros classificados como
“Empréstimos e recebíveis - Empréstimos e adiantamentos a clientes” e considerados como não recuperáveis devido a risco de crédito são os seguintes:
2011
2010
Empresas
Varejo
Total
Total
Saldo inicial 63.979
61.520
125.499
136.784
Provisão constituída (5.038)
(14.235)
(19.273)
94.913
Créditos baixados (10.018)
(762)
(10.780)
(106.198)
Saldo final 48.923
46.523
95.446
125.499
ii) Composição por vencimento
2011 2010
Operações de crédito com pequenas e
médias empresas
Operações de crédito direto ao
consumidor
Operações de arrendamento
mercantil
Outros créditos, valores a receber
e câmbio Total Total
Prazos
Até 90 dias 23.376
985
1.572
1.321 27.254 34.162
91 a 180 dias 21.142
3.175
1.566
- 25.883 29.966
181 a 360 dias 24.799
12.558
4.922
30 42.309 61.371
Total 69.317
16.718
8.060
1.352 95.446 125.499
iii) Garantias de valores provisionados
31/12/2011 31/12/2010
Capital de giro
39.184
67.493
Títulos descontados
3.892
1.946
Aquisição de direitos creditórios com coobrigação
301
372
Financiamento a importação
1.097
577
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
50
Financiamento a exportação
1.163
-
Conta garantida
18.133
14.988
Adiantamento a depositantes
819
41
Cheque empresa
515
205
Cheque especial
14
14
BNDES
449
365
Operações de arrendamento
8.059
12.699
Empréstimos consignados/cdc
6.841
14.743
Finame
1.352 419
Outros créditos (valores a receber p/ vda .de bens e câmbio)
118
403
Compror
1.435
79
Veículos
12.074
11.155
Total geral
95.446
125.499
h) Carteira cedida com coobrigação que não atendem os critérios de baixa no IAS 39 “Derecognition” Em 31 de dezembro de 2011 o Sofisa possui carteiras de crédito de varejo (operações de CDC, arrendamento mercantil e crédito consignado) cedidas a terceiros com coobrigação no montante de R$ 156 milhões (R$ 308 milhões em 2010), que de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, são baixadas no momento da cessão e as receitas e despesas reconhecidas no resultado em sua totalidade. As cessões de crédito com coobrigação, descritas acima, possuem retenção substancial de riscos e benefícios não atendendo os critérios de baixa para fins da norma internacional (IFRS) e, portanto foram recompostas e reconhecidas no balanço, sendo que as receitas e despesas reconhecidas em base linear ao longo da operação. A obrigação oriunda das operações de cessão de crédito em 31 de dezembro de 2011 no montante de R$ 194.816 (R$ 428.589 em 2010) estão registrados na conta de obrigações por operações de venda ou de transferência de ativos financeiros conforme demonstrado na nota explicativa 16 e).
11. Créditos tributários
a) Composição dos créditos tributários e das obrigações fiscais diferidas
A composição e a movimentação dos créditos tributários e das obrigações fiscais diferidos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 estavam assim demonstrados:
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
51
Créditos tributários
2010
Realização / Reversão Constituição 2011
Prejuízos fiscais 144.062
(38.577) 37.679 143.164
Proveniente da exclusão da Superveniência de Depreciação 119.523
(26.956) 6.467 99.034
Proveniente das operações 24.539
(11.621) 31.212 44.130 Diferenças temporárias:
Créditos de liquidação duvidosa 32.654
(12.968) 6.382 26.067
Contingências tributárias 1.124
(1.035) 2.276 2.365
Processos trabalhistas 860
(803) 96 153
Ajustes a valor de mercado - Circ. 3068/2002 2.694
(3.036) 7.486 7.144
Provisão para impairment de BNDU/Outras 4.979
(5.366) 5.340 4.953
Eliminação dos efeitos tributários s/ ajustes entre ligadas -
574 574
Total das diferenças temporárias 42.311
(23.208) 22.154 41.256
Total do crédito tributário de Imposto de Renda 186.373
(61.785) 59.833 184.420
Base de cálculo negativa de CSLL 14.363
(6.613) 18.727 26.478
Diferenças temporárias:
Créditos de liquidação duvidosa 19.592
(7.780) 3.828 15.640
Contingências tributárias 675
(1.103) 1.847 1.419
Processos trabalhistas 517
(483) 58 92
Ajustes a valor de mercado - Circ. 3068/2002 1.616
(1.821) 4.492 4.287
Provisão para impairment de BNDU/Outras 2.988
(3.219) 3.204 2.973
Eliminação dos efeitos tributários s/ ajustes entre ligadas -
- 344 344
Total das diferenças temporárias 25.387
(14.405) 13.773 24.755
Contribuição social a compensar decorrente da opção
prevista no artigo 8° da Medida Provisória no. 2.158-35 de 24/08/2001 39.750
(21.016) 32.500 51.233
Total dos créditos tributários de IRPJ e CSLL 226.123
(82.803) 92.333 235.653
Obrigações fiscais diferidas
2010
Constituição Reversão 2011
IRPJ sobre superveniência de depreciação (135.292)
- 24.619 (110.673)
Outros impostos (IRPJ e CSLL) diferidos (554)
(7.941) - (8.495)
Total das obrigações fiscais diferidas (135.846)
(7.941) (24.619) (119.168)
Total líquido 90.277
116.485
O IAS 12 determina que os créditos tributários devem ser mensurados usando-se
substancialmente a alíquota efetiva dos impostos na data da das demonstrações
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
52
financeiras. O Sofisa reconheceu nestas demonstrações financeiras consolidadas, o
estoque de crédito tributário referente ao IRPF e a CSLL às alíquotas vigentes em 31 de
dezembro de 2011, de 25 e 15% respectivamente.
b) Expectativa de realização futura dos créditos tributários A cada levantamento dos balanços patrimoniais do Sofisa Consolidado são preparados estudos técnicos de viabilidade de consumo dos créditos tributários existentes, considerando as expectativas de resultados futuros determinados com base em premissas e estimativas que incorporam, entre outros fatores, a manutenção do nível de operações e o atual cenário econômico. A Administração considera, com base no estudo técnico, que os créditos tributários registrados em 31 de dezembro de 2011 serão realizados nos seguintes prazos:
Ano de
Realização
Diferenças
Temporárias
Prejuízo Fiscal Prejuízo Fiscal -
Superveniência
Total Imposto de
Renda
Diferenças
Temporárias
Base Negativa Total Contribuição
Social
2012 22.653 - 8.656 31.309 13.577 - 13.577
2013 8.276 6.753 38.898 53.927 4.981 4.053 9.034
2014 5.846 8.639 30.574 45.059 3.508 5.183 8.691
2015 3.953 11.101 20.193 35.246 2.372 6.660 9.032
2016 527 14.237 684 15.447 316 8.542 8.858
2016 a 2020 1 3.400 30 3.431 - 2.040 2.040
Total 41.256 44.130 99.034 184.420 24.754 26.478 51.232
Valor presente 32.521 19.360 70.800 121.998 19.512 11.616 31.128
Créditos Tributários
IRPJ CSLL
(*) Para o ajuste a valor presente foi utilizada a taxa média de captação.
12. Ativos não correntes mantidos para venda Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 está representado por bens não de uso próprio da instituição, recebidos em dação de pagamento (Imóveis), por reintegração de posse (Veículos), registrados inicialmente pelo custo e ajustados por provisão para perda no valor recuperável, quando necessário, e por imóveis a comercializar e em andamento relativos a 5 empreendimentos de sociedades de propósitos específicos (SPE's) que são sendo apresentadas de forma consolidada nestas demonstrações.
2011
2010
Imóveis recebidos em dação
44.894
68.438
Veículos
25.651
16.747
Outros
3.224
2.128
(-)Impairment
(7.605)
(13.566)
Total
66.164
73.747
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
53
Alienação esperada, forma e cronograma esperados para a alienação: Veículos Todos os veículos de posse reintegrada do Sofisa, se encontram fisicamente nos pátios de leiloeiros que possuem contratos de consignação junto ao Banco para realização de leiloes periódicos (no mínimo mensalmente). A Expectativa do Banco é que o estoque de veículos existentes em 31 de dezembro de 2011 seja alienado no prazo máximo de 1 (um) ano. Imóveis (a) Imóveis recebidos em dação - Em 31 de dezembro de 2011 é composto por 5 imóveis recebidos em dação no montante de R$ 14.424. A Expectativa do Banco é que a totalidade dos imóveis existentes em 31 de dezembro de 2011 seja alienada no prazo máximo de 1 (um) ano para atendimento as normas do Banco Central do Brasil. (b) Propriedades para venda SPE's - Em 31 de dezembro de 2011 é composto por 5 (Cinco) SPE's que possuem empreendimentos imobiliários, sendo uma com obras concluídas (SPE - Ecobeach) no montante de R$ 12.921 e as demais com obras em construção no montante de R$ 17.548 para as demais SPE's. (c) O resultado da alienação dos veículos e imóveis em 31 de dezembro de 2011 e 2010 estão destacados na demonstração de resultado na linha "" Resultado na alienação de ativos não correntes mantidos para venda"" na demonstração do resultado consolidado.
13. Outros ativos
2011
2010
Adiantamentos e antecipações salariais 4.487
3.519
Devedores por compras de valores e bens 1.481
3.382
Devedores por depósitos em garantias 17.327
18.294
Pis e cofins a compensar 294
1.046
INSS - SAT a compensar 2.174
2.069
Outros créditos a receber
10.795
25.064
Carteira de câmbio
77.996
25.733
Devedores diversos no exterior
26.744
21.841
Devedores diversos no pais
51.204
30.796
Relações interfinanceiras
14.075
38.793
Negociação e intermediação de valores
744
7.836
Imposto de renda e contribuição social a compensar / recuperar 7.216
13.213
Outros -
15.711
Total
214.537
207.297
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
54
14. Investimentos
a) Composição dos investimentos
2011
2010
Participação em coligadas no país 41.614
2.636
Outros investimentos 908
4.189
Total 42.522
6.825
No exercício de 2011 houve um aumento significativo em participações em controladas em virtude da constituição da Empresa La Isla Participações e Empreendimentos Imobiliários Ltda no montante de R$ 41.614 mediante a integralização de imóveis. Operações Descontinuadas (Venda do segmento de varejo) Visando concentrar os esforços em seu segmento principal de atuação, o middle-market, o Sofisa nos exercícios de 2011 e 2010 realizou a venda de duas subsidiárias (Sofcred Promotora de Vendas e Serviços Ltda. e Rede Matriz), que eram as empresas responsáveis pelas originações de operações de Varejo do Banco Sofisa e da Sofisa CFI. Em 14 de maio de 2010 foi concluída a venda de sua subsidiária Sofcred Promotora de Vendas e Serviços Ltda. para o Banco Fibra pelo montante de R$ 120 milhões. Os efeitos dessa transação foram considerados nos resultados de 2010, estando destacado na demonstração de resultado na linha de ""outras receitas e despesas operacionais"", no montante líquido de R$69.404 (nota 27). O resultado da operação descontinuada do Sofcred acumulada e consolidada do período de 1º de janeiro de 2010 até 14 de maio de 2010 perfazia um prejuízo de R$ 288. Em 7 de abril de 2011 foi concluída a venda da subsidiária Rede Matriz Serviços e Franquias Ltda. para a empresa Gerador Assessoria Financeira Ltda., entidade dos controladores do grupo Banco Gerador pelo montante de R$ 12 milhões. Os efeitos dessa transação foram considerados nos resultados de 2010, estando destacado na demonstração de resultado na linha de "outras receitas e despesas operacionais", no montante líquido de R$3.337 (nota 27). No período de 1 de janeiro a 7 de abril de 2011 a Rede Matriz apresentou um lucro líquido de R$ 132 e R$ 968 em 2010.
15. Imobilizado de Uso Os detalhes, por categoria de ativo, dos imobilizados de uso nos balanços patrimoniais consolidados são os seguintes:
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2011 2010
Custo
Depreciação acumulada
Saldo líquido
Custo
Depreciação acumulada
Saldo líquido
Terreno 14.847
-
14.847
14.847
-
14.847
Edificações 36.205
(7.141)
29.064
38.296
(5.609)
32.687
Instalações 1.127
(621)
506
1.037
(551)
486
Máquinas e equipamentos 2.252
(1.311)
941
2.241
(1.172)
1.069 Sistema de processamento de dados 3.696
(2.843)
853
4.063
(2.647)
1.416
Sistema de transporte 5.604
(2.425)
3.179
4.871
(1.834)
3.037
Imobilizações em curso 489
-
489
520
-
520
Equipamentos/Direito de uso 15
-
15
15
-
15
Outros 3.592
(268)
3.324
4.598
(252)
4.346 Saldos em 31 de Dezembro de 2010 67.827
(14.609)
53.218
70.488
(12.065)
58.423
16. Passivos financeiros ao custo amortizado
a) Depósitos de instituições de crédito
2011
2010
Depósitos
Depósitos
interfinanceiros
interfinanceiros
até 30 dias
2.676
9.954 de 31 a 60 dias
-
13.575
de 61 a 90 dias
589
3.530 de 91 a 180 dias
-
273
de 181 a 360 dias
816
700 Acima de 360 dias
19.665
16.197
Total geral
23.746
44.229
b) Depósitos de clientes
2011
Depósitos
Depósitos
Letras de Crédito
Letras de Crédito
à vista
a prazo
agronegocio
imobiliário
Total até 30 dias
70.899
88.200
585
763
160.447
de 31 a 60 dias
-
53.032
1.811
6.122
60.965 de 61 a 90 dias
-
78.245
1.434
1.442
81.121
de 91 a 180 dias
-
212.395
1.090
15.069
228.554 de 181 a 360 dias
-
292.533
-
9.434
301.967
Acima de 360 dias
-
1.540.334
-
3.079
1.543.413
-
Total geral
70.899
2.264.739
4.920
35.909
2.376.467
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
56
2010
Depósitos
Depósitos
Letras de Crédito
Depósitos para
à vista
a prazo
agronegocio
Investimento
Total até 30 dias
124.674
226.741
1.395
42
352.852
de 31 a 60 dias
-
160.121
3.062
-
163.183 de 61 a 90 dias
-
61.393
307
-
61.700
de 91 a 180 dias
-
355.460
12.725
-
368.185 de 181 a 360 dias
-
253.399
1.930
-
255.329
Acima de 360 dias
-
1.103.819
-
-
1.103.819
Total geral
124.674
2.160.933
19.419
42
2.305.068
c) Captações no mercado aberto
2011
Promissory
Notes e Linked Notes
Obrigações por
operação compromissada
(a)
Compromisso de recompra
(Repo e Reverse Repo)
Total
até 30 dias -
11.254
- 11.254 de 91 a 180 dias -
-
- -
de 181 a 360 dias 9.638
-
83.447 93.085
Total geral 9.638
11.254
83.447 104.339
2010
Promissory
Notes e Linked Notes
Obrigações por
operação compromissada
(a)
Compromisso de recompra
(Repo e Reverse Repo)
Total
até 30 dias -
45.149
- 45.149 de 181 a 360 dias -
-
40.648 40.648
Acima de 360 dias 49.161
-
- 49.161
Total geral 49.161
45.149
40.648 134.958
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
57
d) Obrigações por empréstimos e repasses
2011
Descrição
Obrigações por empréstimos
Obrigações por repasses - BNDES
Obrigações por repasses - FINAME
Repasses do exterior Total
Até 90 dias 63.837 2.636
3.973
2.355
72.801
de 91 a 180 dias 21.981 2.603
3.493
6.094
34.171
de 181 a 360 dias 109.623 3.782
5.677
129.728
248.810
Acima de 360 dias - 1.018
6.913
247.495
255.426
Total 195.441 10.039
20.056
385.672
611.208
2010
Descrição
Obrigações por empréstimos
Obrigações por repasses - BNDES
Obrigações por repasses - FINAME
Repasses do exterior Total
Até 90 dias 37.250 6.452
4.577
964
49.243
de 91 a 180 dias 13.077 6.116
4.377
268
23.838
de 181 a 360 dias 161.298 10.223
8.407
19.291
199.219
Acima de 360 dias - 10.005
19.088
361.938
391.031
Total 211.625 32.796
36.449
382.461
663.331
e) Obrigação por operação de venda ou transferência de ativos financeiros
31/12/2011
31/12/2020
Até 90 dias
31.969
70.331 De 91 a 180 dias
29.690
65.317
De 181 a 360 dias
50.029
110.062 Acima de 360 dias
83.128
182.879
Total
194.816
428.589
17. Passivos Contingentes a) Ativos contingentes O Sofisa não possui ativos contingentes registrados em seu balanço patrimonial nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010. b) Provisões, obrigações legais e passivos contingentes O montante aproximado dos processos em andamento, cujas probabilidades de perda estão classificadas entre provável e possível estão estabelecidas por valores
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
58
conhecidos e consubstanciadas nas opiniões nas opiniões dos seus consultores jurídicos, e são compostos da seguinte forma:
2011
2010
Perda
Perda
Perda
Perda
provável
possível
provável
possível
Tributárias
7.563
21.941
4.946
11.247
Cíveis
1.431
13.192
1.431
5.422
Trabalhistas
612
4.287
612
9.491
Total
9.606
39.420
6.989
26.160
Provisões Fiscais - A administração está questionando a constitucionalidade de alguns procedimentos fiscais relacionados aos tributos federais. As obrigações legais de natureza fiscal têm os seus montantes totalmente provisionados nas demonstrações financeiras. Adicionalmente, o Banco possui ações de perda remota relacionadas à COFINS apuradas em conformidade com a Lei nº 9.718/1998 nos períodos de abril de 2000 a março de 2004 no montante de R$ 42.212 cujo prazo para cobrança está prescrito. Desta forma, e por entender que há excelentes argumentos para que o Banco não seja impelido ao pagamento deste suposto débito de COFINS, entendimento esse corroborado pela opinião dos advogados do Banco, referidos valores não vem sendo provisionados. Provisões trabalhistas - são compostas por demandas movidas por ex-funcionários principalmente com pedidos de horas extras e equiparação salarial. Os valores das contingências são provisionados e reavaliados periodicamente pela Administração, de acordo com análise do valor potencial de perda considerando o estágio atual do processo e o parecer de consultores jurídicos externos e internos e é considerada suficiente para cobrir perdas que podem ser incorridas pelo Banco. Provisões cíveis - Nas ações cíveis com potencial de perda (danos morais e patrimoniais e outros processos com pedidos condenatórios) os valores das contingências são avaliados periodicamente pela Administração e provisionados com base no parecer de consultores jurídicos externos. Em 31 de dezembro de 2011, o Sofisa consolidado possui depósitos judiciais no para fazer frente a provisões e obrigações legais no montante de R$ 17.327 (R$ 18.294 em 2010).
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
59
18. Outros Passivos
a) Impostos e parcelamentos a recolher
2011
2010
Imposto e contribuições sobre o lucro a recolher
9.820
15.410 Impostos federais e parcelamentos fiscais a pagar
62.710
64.426
Total
72.530
79.836
b) Impostos diferidos Refere-se principalmente a provisão de imposto de renda e contribuição social sobre superveniência de depreciação de bens arrendados no montante de R$ 110.673 (R$ 135.292 em 2010), e outras diferenças temporárias relacionadas a reserva de reavaliação de imóveis e marcação a mercado dos títulos disponíveis para venda no valor de R$ 8.495 (R$ 554 em 2010). c) Outras obrigações
2011
2010
Carteira de câmbio
72.589
26.064 Dividendos e bonificações a pagar
7.354
7.906
Credores diversos 28.507
57.216 Resultado de exercícios futuros
31.467
160
Outros
16.795
10.706
Total
156.712
102.052
19. Patrimônio Líquido
a) Capital Social O capital social subscrito e integralizado é representado e dividido em 97.140.150 ações ordinárias nominativas, escriturais e sem valor nominal, e 40.607.271 ações preferenciais nominativas, escriturais e sem valor nominal. O Banco não possui ações em tesouraria em 31 de dezembro de 2011 e 2010.
2011 e 2010
Ações Ordinárias
(ON)
Ações Preferenciais
(PN)
Total
Domiciliados no Brasil 97.140.150
40.607.271
137.747.421 Total de ações 97.140.150
40.607.271
137.747.421
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
60
b) Composição das participações acionárias
Os membros do Conselho de Administração, Controladores e Diretoria possuem a seguinte participação acionária no Banco Sofisa.
31/12/2011 e 31/12/2010
Administradores Ações
ordinárias
Ações ordinárias (%)
Ações preferenciais
Ações preferenciais (%)
Total de ações
Total de ações (%)
Controlador 89.019,744
91,641%
12.934,260 31,851% 101.954,004 74,015%
Conselho de Administração 1,800
0,002%
713,000 1,756% 714,800 0,519%
Diretoria -
-
633,300 1,560% 633,300 0,460%
Outros 8.118,606
8,358%
26.326,711 64,833% 34.445,317 25,006%
Total 97.140,150
100,00%
40.607,271 100,00% 137.747,421 100,00%
b) Reserva de capital A reserva de capital, nos termos da Lei 6.404/76, somente poderá ser utilizada para (i) absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros; (ii) incorporação ao capital social; (iii) cancelamento de ações em tesouraria; e (iv) pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada. Durante o exercício de 2011 o Sofisa efetuou a venda de operações de crédito mediante contrato de compra e venda junto ao acionista no montante de R$ 32.025, que correspondeu ao saldo contábil das operações na data da venda. Pela essência a operação foi definida como um instrumento de capital, nos moldes do IA 39, sendo a diferença entre o valor da venda e o valor justo reconhecido no patrimônio líquido como reserva de capital. c) Reserva de lucros A conta de reserva de lucros do Banco é composta por reserva legal e reserva estatutária. O saldo das reservas de lucros não poderá ultrapassar o capital social do Banco, e qualquer excedente deve ser capitalizado ou distribuído como dividendo. Reserva legal - Nos termos da Lei 6.404/76 e do estatuto social, o Banco deve destinar 5% do lucro líquido de cada exercício social para a reserva legal. A reserva legal não poderá exceder 20% do capital integralizado do Banco. Ademais, o Banco poderá deixar de destinar parcela do lucro líquido para a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital, exceder a 30% do capital social. Reserva estatutária - Nos termos da Lei 6.404/76, o Estatuto Social pode criar reservas, desde que determine a sua finalidade, o percentual dos lucros líquidos a ser destinado para essas reservas e o valor máximo a ser mantido em cada reserva estatutária. A destinação de recursos para tais reservas não pode ser aprovada em prejuízo do dividendo obrigatório. O Banco constituiu reserva estatutária de 100% do lucro líquido,
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
61
após a dedução de 5% da reserva legal, da dedução de pagamento de juros sobre o capital próprio, visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas do Banco. d) Dividendos O estatuto social do Banco assegura aos acionistas o direito de um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido anual ajustado na forma da lei, podendo, alternativamente, ser distribuído na forma de Juros sobre o Capital Próprio (“JCP”). De acordo com o previsto na Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, foram provisionados juros sobre o capital próprio, calculados com base na variação da TJLP vigente no exercício, o que resultou na disponibilização aos acionistas o montante de R$ 38.938 (R$ 60.650 em 2010), sendo R$ 33.097 (R$ 51.553 em 2010) já deduzido o imposto de renda na fonte a alíquota de 15%. O benefício fiscal decorrente da distribuição de juros sobre o capital próprio reduziu os encargos de imposto de renda e contribuição social do trimestre no montante de R$ 5.841 (R$ 9.097 em 2010). e) Ajustes de avaliação patrimonial Os saldos da rubrica “Ajustes de avaliação patrimonial” incluem os valores, líquidos dos efeitos tributários correspondentes, dos ajustes dos ativos e passivos reconhecidos temporariamente no patrimônio apresentadas na demonstração das mutações do patrimônio líquido e receitas e despesas reconhecidas até que sejam extintos ou realizados, quando são reconhecidos definitivamente na demonstração do resultado consolidada. Os valores advindos das controladas são apresentados linha a linha, nas rubricas apropriadas de acordo com sua natureza. f) Movimentação de títulos disponíveis para venda
Available
for sale
reserve Total
Saldo em 1º de janeiro de 2011 (6.920) (6.920)
7.529 7.529
(2.391) (2.391)
(1.782) (1.782)
Ganho não realizado sobre títulos disponíveis para venda
ganhos realizados em títulos disponíveis para venda
reclassif icados para o resultado do exercício
Saldo em 31 de dezembro de 2011
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
62
Available
for sale
reserve Total
Saldo em 1º de janeiro de 2010 444 444
(10.425) (10.425)
3.061 3.061
(6.920) (6.920)
Ganho não realizado sobre títulos disponíveis para venda
Saldo em 31 de dezembro de 2010
ganhos realizados em títulos disponíveis para venda
reclassif icados para o resultado do exercício
20. Receita com juros e similares
Receitas com juros e similares na demonstração do resultado consolidada compõem-se de juros acumulados no ano sobre todos os ativos financeiros, calculados aplicando-se o método dos juros efetivos, independentemente da medição do valor justo.
31/12/2011 30/12/2010
Capital de giro 116.982 166.348
T ítulos descontados 22.859 13.281
Crédito direto ao consumidor 23.163 38.536
Contas garantidas 119.086 100.532
Adiantamento a depositantes 996 361
Rendas de empréstimos consignados 17.581 43.030
Cheque empresa 12.077 12.459
Cheque especial 559 298
Rendas de financiamentos 62.552 82.892
Recuperação de creds. baixados como prejuizo 18.217 20.524
Rendas de contraprestação de arrendamento 46.001 53.982
Multas e juros sobre recebimentos de contraprestações 8.437 10.879
Rendas de superveniencia de depreciações 6.692 29.341
Rendas de arrendamento finame leasing 4.546 8.177
Rendas de tarifas de contratação (437) (364)
Lucro na alienação de bens arrendados 178.208 181.849
Outros créditos 6.400 2.102
Total 643.919 764.227
21. Despesas com juros e similares Despesas com juros e similares na demonstração do resultado consolidada compõem-se de juros acumulados no ano sobre todos os passivos financeiros, calculada aplicando-se o método dos juros efetivos, independentemente da medição do valor justo.
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31/12/2011 31/12/2010
Despesas do fundo garantidor de crédito (9.616) (7.382)
Depósitos de instituições de crédito (6.430) (5.987)
Depreciação de bens arrendados (113.474) (209.424)
Descontos concedidos (5.089) (5.677)
Desp. Insuficiência depreciação arrendamento (91.867) (24.510)
Outras despesas de arrendamento (394) (569)
Captações no mercado aberto (13.021) (4.735)
Obrigações por empréstimos e repasses (133.169) (56.949)
Obrigações por títulos e valores mobiliários (272.728) (261.034)
Total (645.788) (576.267)
22. Receitas de tarifas e comissões
A rubrica "Receitas de tarifas e comissões" é composta pelos valores de todas as tarifas e comissões acumuladas em favor do Banco no ano, exceto aquelas que fazem parte da taxa de juros efetiva sobre instrumentos financeiros.
2011
2010
Comissão de Fiança 1.224
1.468 Tarifas de contas de clientes 13.478
29.745
Total
14.702 31.213
23. Despesas de tarifas e comissões
A rubrica "Despesas de tarifas e comissões" mostra o valor de todas as tarifas e comissões pagas ou a pagar no ano, exceto aquelas que fazem parte da taxa de juros efetiva sobre instrumentos financeiros. A composição do saldo dessa rubrica está demonstrada a seguir:
2011
2010
Comissões
(7.110)
(19.787) Serviços bancários
(5.702)
(6.158)
Total
(12.812)
(25.945)
24. Ganhos(perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) Os ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros são compostos pelos valores dos ajustes de avaliação dos instrumentos financeiros.
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31/12/2011 31/12/2010
Rendas de aplic. oper. compromissadas 26.254 37.491
Rendas de aplic. depósitos interfinanceiros 8.778 4.566
Rendas de fundos de investimentos 23 4
Resultado com títulos de renda fixa 118.177 97.327
Rendas TVM no exterior 30.694 23.644
Resultado com títulos de rendas variaveis (5.519) 5.211
Resultado de ajuste a valor de mercado (4.016) (1.437)
Total 174.391 166.806
25. Variações Cambiais líquidas
As variações cambiais mostram, basicamente, os ganhos e perdas nas negociações de moeda, as variações que surgem nas conversões de itens monetários em moeda estrangeira para moeda funcional e os ganhos ou as perdas divulgadas para ativos não monetários em moeda estrangeira no momento da alienação.
26. Despesas com Pessoal
2011 2010 Proventos
(38.227) (35.498)
Horários
(5.806) (6.080) Benefícios, treinamento
(7.121) (12.112)
Encargos sociais
(14.959) (14.615) PLR
(10.340) (10.923)
Total
(76.453) (79.228)
27. Despesas tributárias
2011
2010
Tributos federais
(21.954)
(29.616) Cofins
(15.654)
(19.830)
Pis
(2.323)
(3.306) Outros
(3.977)
(6.480)
Tributos estaduais (2.059)
(332) Tributos municipais (2.338)
(2.674)
Total
(26.351)
(32.622)
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28. Despesas administrativas
2011
2010
Propaganda e publicidade
(555)
(587) Comunicações
(3.654)
(4.856)
Manutenção e conservação de bens (1.324)
(1.502) Aluguéis
(2.498)
(3.411)
Contribuições filantrópicas
(221)
(1.208) Processamento de dados
(4.115)
(8.659)
Promoções e relações públicas (11.413)
(3.696) Seguros
(601)
(2.517)
Serviços de terceiros
(12.923)
(7.352) Serviços especializados
(11.362)
(12.111)
Transporte
(2.719)
(4.758) Viagens e estadias
(840)
(1.210)
Outras
(9.682)
(4.597) Total
(61.907)
(56.464)
29. Outras receitas (despesas) operacionais
2011 2010
Resultado de participação em controladas
9.322 (1.016) Outras receitas operacionais
8.694 11.375
Outros resultados extraordinários
3.337 69.404 Descontos concedidos
(7.471) (13.364)
Despesas com provisões operacionais
(10.568) - Retorno agente financeiro
(11.184) (21.770)
Outros
(2.817) (14.006) Total
(10.687) 30.623
30. Imposto de Renda e Contribuição Social
2011
2010
Resultado antes do imposto de renda e contribuição social
21.590
88.332 Aliquota vigente 40%
(8.636)
(35.333)
3.003
8.881
PDD
(22.214)
(3.873) BNDU
(2.922)
2.959
Prejuízo fiscal (compensação)
12.673
(1.546) Outros
15.466
11.341
Imposto de renda e contribuição social sobre adições permanentes
14.506
(17.004)
Total de imposto de renda e contribuição social
17.509
(8.123)
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31. Remuneração da Administração A remuneração máxima aprovada em Assembleia para os anos de 2011 e 2010 é de R$ 12.000 tendo sido distribuído aos administradores no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 o montante de R$ 9.770 (R$ 11.826 em 2010) da seguinte forma:
2011
2010
Honorários
5.806
6.079 Gratificações - PLR
2.314
3.953
Encargos sociais
1.650
1.794 Total
9.770
11.826
Os benefícios de curto prazo a administradores estão representados basicamente por ordenados, salários e contribuições para a seguridade social, licença remunerada e auxílio-doença pago, participação nos lucros e bônus (se pagáveis no período de doze meses após o encerramento do exercício) e benefícios não monetários (tais como assistência médica e automóveis).
32. Pagamento baseado em ações O Banco Sofisa estabeleceu em 2007 um programa de Incentivo de Longo Prazo baseada em ações para os administradores e funcionários elegíveis (beneficiários), conforme AGE realizada em 20 de julho de 2007 com o objetivo de motivar, reter e atrair equipe de profissionais qualificados. Este programa possui as seguintes características: a) A opção pode ser exercida pelos Beneficiários em 05 lotes anuais iguais, cada qual equivalente a 20% do total da opção concedida (os “Lotes Anuais”) até 30 de junho de 2008. Cada lote anual subseqüente poderá ser exercido total ou parcialmente até o prazo final e extintivo de 07 anos, contados da data de assinatura do Contrato; b) O preço do exercício será exercido a vista e equivalente a R$12,00 em 25 de maio de 2007, corrigido pelo IGPM até a data de exercício da opção; c) O beneficiário só poderá vender, transferir ou, de qualquer forma, alienar as ações subscritas ou adquiridas após o período mínimo de indisponibilidade de 02 anos, contado a partir da subscrição ou compra das ações; d) O Banco Sofisa estabeleceu em 2007 um programa de Incentivo de Longo Prazo baseada em ações para os administradores e funcionários elegíveis (beneficiários), conforme AGE realizada em 20 de julho de 2007 com o objetivo de motivar, reter e atrair equipe de profissionais qualificados. Este programa possui as seguintes características: Descrição do tipo de contrato: A opção pode ser exercida pelos Beneficiários em 05 lotes anuais iguais, cada qual equivalente a 20% do total da opção concedida (os “Lotes Anuais”) até 30 de junho de
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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2008. Cada lote anual subseqüente poderá ser exercido total ou parcialmente até o prazo final e extintivo de 07 anos, contados da data de assinatura do Contrato. O beneficiário só poderá vender, transferir ou, de qualquer forma, alienar as ações subscritas ou adquiridas após o período mínimo de indisponibilidade de 2 anos, contado a partir da subscrição ou compra das ações. Número de ações e preço médio exercido A quantidade ações outorgadas aos elegíveis do plano é de 5.600.000 ações para os administradores e funcionários elegíveis. O preço do exercício será exercido a vista e equivalente a R$12,00 em 25 de maio de 2007, corrigido pelo IGPM até a data de exercício da opção, conforme quadro abaixo: Descrição R$ Preço unitário de exercício da ação SFSA4 (PN) em 20 de julho de 2007 R$ 12,00 Preço unitário de exercício da ação SFSA4 (PN) em 31 de dezembro de 2011
R$ 16,13
Preço unitário futuro de exercício estimado para 30 de junho de 2014 R$ 20,28 Valor de mercado unitário das ações do Sofisa (SFSA4 PN) em 31 de dezembro de 2011 (*)
R$ 3,57
(*) Conforme cotação a vista por lote padrão divulgado pela Bmf&Bovespa para a data-base de em 31/12/2011. Detalhamento do método de precificação das operações de stock-options Como método de precificação das operações de pagamentos baseados em ações, a Administração do Sofisa utiliza o método Black&Scholes.O modelo Black-Scholes de avaliação de instrumentos financeiros requer informações observáveis de mercado para gerar variáveis como a diferença entre a oferta de compra e a de venda, a volatilidade, a correlação entre índices e liquidez de mercado, taxa de juros, entre outras variáveis conforme necessário. Em 31 de dezembro de 2011 o valor justo da opção por ação é de R$ 0,02, que multiplicado pelo total de ações outorgadas do plano perfaz um montante de R$ 112 naquela data-base. Embora as condições do Plano continuem vigentes, dado que suas condições não foram alteradas pela Administração, até o momento não houve exercício ou expectativa de opção por nenhum beneficiário, em virtude das condições de atuais mercado das ações emitidas pelo Sofisa que sofreram uma substancial redução no preço em relação ao seu valor de emissão e em relação ao preço de exercício da opção, motivo pelo qual a administração não vem registrando as reservas relativas ao plano.
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33. Limites Operacionais a) Índice da Basiléia De acordo com a Resolução nº 2.099/94 do Conselho Monetário Nacional, com alterações introduzidas pelas Resoluções nº 3.444/07, 3.490/07 e Circular nº 3.360/07, o Bacen instituiu a obrigatoriedade de manutenção de Valor de Patrimônio Líquido Ajustado, compatível com o grau de risco da estrutura de seus ativos. A partir de 1º de julho de 2008, o cálculo do Limite Operacional teve o conceito alterado com o Novo Acordo de Capital (Basiléia II), onde foram incorporados novos fatores de risco para fins de Exigência de Capital Mínimo Destacado. Utilizamos como base, o Patrimônio de Referência Exigido dividido por 11%, que é o Capital mínimo exigido pelo Bacen, que passou a ser calculado com a seguinte composição: PRE = Pepr + Pcam + Pjur + Pcom + Pacs + Popr, conforme quadro abaixo. O cálculo do Limite Operacional para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 está demonstrado a seguir:
2.011
2.010
Risco de Crédito - Pepr 368.423 387.922
Operações Crédito - Empresas 188.408 184.014
Operações Crédito - Varejo 21.084 46.231
Crédito Tributário 63.248 59.732
Demais 95.683 97.945
Risco Exposição Cambial - Pcam - 9.449
Risco Taxa de Juros (pré) - Pjur1 3.209 4.977
Risco Taxa de Juros (cambial) - Pjur2 1.637 457
Risco Commodities - Pcom 1.730 650
Risco Ações - Pacs 1.387 965
Risco Operacional - Popr 29.289 32.717
PRE 405.675 437.137
PR 760.885 767.726
Nível I 761.672 773.624
Nível II (787) (5.898)
Basiléia II * 20,63 19,32
Parcela Rban 72.603 36.575
Margem/(Insuficiência) 282.607 294.014
* Basiléia = PR *100/ [PRE/F]
F = 0,11
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
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34. Garantias Prestadas O Banco oferece uma série de garantias para que os seus clientes melhorem sua posição de crédito e estejam aptos a competir. O quadro abaixo apresenta todas as garantias em 31 de dezembro de 2011 e 2010.
2011
2010
Garantias prestadas a Instituições Financeiras 10.571
519
Garantias prestadas a pessoas físicas e jurídicas 61.921
36.036
Total
72.492 36.555
São fornecidas aos clientes do Banco garantias financeiras em compromissos com terceiros. Há o direito de cobrar, dos clientes, o reembolso de qualquer valor que o Banco tenha de pagar devido a essas garantias. Esses contratos estão sujeitos à mesma avaliação de crédito realizada para os empréstimos.
35. Transações com partes relacionadas
a) Composição das transações
Percentual de
participação no
Quantidade de capital votante e
CNPJ quotas/ações Espécie total
Sofisa Serviços Gerais de Administração Ltda. 06.990.721/0001-72 315.179.965 - 99,99%
Sofisa Corretora de Seguros Ltda. 03.581.115/0001-05 209.999 - 99,99%
Sofisa S.A. Crédito, Financiamento e Investimento 08.257.293/0001-07 7.500.000 ON 100%
Sata Sociedade e Assessoria Técnica e Administrativa S/A 43.347.301/0001-07 315.734.177 ON 100%
Rede Matriz Serviços e Franquias Ltda. 89.404.610/0015-6 7.010.000 - 100%
Empresas Controladas
Dados das empresas controladas em 31/12/2011
Garantias, avais
fianças
Valor Prazo Taxa hipotecas
Disponibilidades (Conta Corrente) 2 S/ Vencimento 0% Não há
Títulos e Valores Mobiliários (CDB) 57.785 12/7/2011 104% CDI Não há
Sofisa Serviços Gerais de Administração Ltda.
Saldo em 31/12/2011
Garantias, avais
fianças
Valor Prazo Taxa hipotecas
Disponibilidades (Conta Corrente) 211 S/ Vencimento 0% Não há
Títulos e Valores Mobiliários (CDB) 779 19/4/2013 104% CDI Não há
Títulos e Valores Mobiliários (CDB) 744 23/8/2013 104% CDI Não há
Sofisa Corretora de Seguros Ltda.
Saldo em 31/12/2011
Garantias, avais
fianças
Valor Prazo Taxa hipotecas
Disponibilidades (Conta Corrente) 192 S/ Vencimento 0% Não há
Aplicações em depósitos interfinanceiros 75.141 29/8/2012 13,80% aa Não há
Sofisa S/A Crédito, Financiamento e Investimento
Saldo em 31/12/2011
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em milhares de reais)
70
Garantias, avais
fianças
Valor Prazo Taxa hipotecas
Disponibilidades (Conta Corrente) 622 S/ Vencimento 0% Não há
Títulos e Valores Mobiliários (CDB) 15.308 21/8/2012 104% CDI Não há
Títulos e Valores Mobiliários (CDB) 17.905 19/11/2012 104% CDI Não há
Títulos e Valores Mobiliários (CDB) 5.080 18/2/2013 104% CDI Não há
Títulos e Valores Mobiliários (CDB) 4.306 3/5/2013 104% CDI Não há
Títulos e Valores Mobiliários (CDB) 15.977 16/7/2013 104% CDI Não há
Títulos e Valores Mobiliários (CDB) 1.460 8/3/2013 104% CDI Não há
Títulos e Valores Mobiliários (CDB) 509 22/10/2013 104% CDI Não há
Títulos e Valores Mobiliários (CDB) 813 6/5/2013 104% CDI Não há
Saldo em 31/12/2011
Sata Sociedade e Assessoria Técnica e Administrativa S/A
b) Composição das movimentações
Ativos/receitas 2011
2010
Disponibilidades 2.563
2.402
Certificado de depósitos interfinanceiros 80.470
58.506
Títulos e valores mobiliários 159.636
133.683
Outros créditos 16.740
-
Rendas de aplicação em depósitos interfinanceiros 8.571
2.578
Rendas de títulos de renda fixa 8.605
15.406
Outras receitas 8.208
4.800
Passivos/despesas
Depósitos a vista 2.563
2.402
Depósitos interfinanceiros 75.141
58.506
Depósitos a prazo 161.583
133.683
Obrigações no exterior 20.351
-
Outros débitos 800
-
Despesas de depósitos interfinanceiros (8.431)
(2.578)
Despesas de depósitos a prazo (86.332)
(15.406)
Despesas com obrigações no exterior (140)
-
Outras despesas (4.800)
(4.800)
c) Cessão de crédito Durante o exercício o banco efetuou a venda de operações de crédito mediante contrato de compra e venda junto ao acionista no montante de 32.025 correspondente ao saldo contábil das operações na data da venda. O valor foi recebido à vista na data da operação. O impacto no resultado do período foi de R$ 2.088 referente a reversão da provisão para devedores duvidosos.
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36. Gerenciamento de Riscos financeiros
O Banco Sofisa está exposto aos riscos provenientes do uso de instrumentos financeiros, contando por isso, com estrutura de mensuração e monitoramento contínuos, estrutura essa composta por diretoria, conselho e comitês, os quais atuam sobre riscos assim classificados:
·Risco de crédito ·Risco de liquidez ·Riscos de mercado ·Riscos operacionais 1) Estrutura de gerenciamento de risco de crédito O Conselho da administração é o órgão responsável pela identificação e controle de riscos, porém, existem outros órgãos independentes que são responsáveis pela administração e monitoramento dos riscos. Introdução De acordo com os princípios da Resolução nº 3721/09 do Conselho Monetário Nacional e Basiléia II, foi delineada a Política de Gerenciamento de Risco de Crédito do Sofisa, que define suas diretrizes, no tocante à matéria objeto do relatório, à natureza da unidade que por ele responderá e respectivos procedimentos, atribuições e responsabilidades. Definição Risco de crédito pode ser definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas a: • não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados; • desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador; • redução de ganhos ou remunerações; • vantagens concedidas na renegociação; • custos de recuperação; e • outros valores relativos ao descumprimento de obrigações financeiras da contraparte.
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O gerenciamento de risco de crédito objetiva mitigar a possibilidade da ocorrência daquelas perdas aumentando a eficiência da Instituição e contribuindo para a melhoria de seus resultados, ampliando a solidez do seu patrimônio e de seus acionistas. Os indicadores atinentes a risco de crédito têm como objetivo sinalizar aos componentes da estrutura de gerenciamento situação que possa gerar perda, de acordo com cenários prováveis, considerando possíveis mudanças nos negócios, mercado ou na legislação. Estrutura O Sofisa é dotado de estrutura de gerenciamento de risco de crédito, executada por unidade específica, subordinada à Superintendência de Controladoria, a qual se reporta à Presidência, sendo independente das unidades relativas à administração de recursos de terceiros e à realização de operações sujeitas ao risco de crédito. A partir das diretrizes emanadas das normas do Bacen e da experiência advinda da estruturação da gestão dos riscos operacionais e de Mercado, o Sofisa estruturou seu gerenciamento de risco de crédito, envolvendo consulta e participação de outras unidades do Sofisa, bem como de sua alta administração. Papéis e Responsabilidades As atividades desenvolvidas pela gestão de riscos de crédito se inserem num conjunto de que participam outras unidades, conforme seus papéis e responsabilidades: • Conselho de Administração: aprova e revisa, anualmente e juntamente com a Diretoria, as políticas e as estratégias para o gerenciamento do risco de crédito. • Diretor de Risco de Crédito: zela pelo cumprimento das políticas de gerenciamento de risco de crédito, analisando os relatórios atinentes à matéria e deliberando, quando necessário, sobre medidas a serem tomadas para reduzir a exposição ao risco. • Controladoria: supervisiona a unidade de gerenciamento de risco de crédito e fornece os dados e ferramentas para os cálculos da exposição ao risco. • Unidade de Gerenciamento de Risco de Crédito: responsável pelas atividades de identificação, avaliação, monitoramento e controle do risco de crédito no âmbito do Sofisa e de suas coligadas. • Auditoria Interna: verifica a observância e a consistência da política e dos procedimentos de controle das carteiras do Sofisa. Monitoramento Para monitoramento do risco de crédito, classificam-se primeiramente as operações sujeitas ao risco de crédito, abordando os seguintes aspectos:
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• situação econômico-financeira, bem como outras informações cadastrais atualizadas do tomador ou contraparte; • utilização de instrumentos que proporcionem efetiva mitigação do risco de crédito associado à operação; • período de atraso no cumprimento das obrigações financeiras nos termos pactuados. Eventuais aprimoramentos da classificação de operações são efetuados em conformidade com a legislação em vigor, devidamente documentados. Gestão e Controles A unidade de gestão de risco de crédito do Sofisa tem por fim: • documentar as políticas e procedimentos que estabelecem limites operacionais, mecanismos de mitigação de risco e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de crédito em níveis aceitáveis; • validar os sistemas, modelos e procedimentos utilizados para gestão do risco de crédito; • documentar e armazenar informações referentes às perdas associadas ao risco de crédito, inclusive aquelas relacionadas à recuperação de crédito; • formalizar o processo de monitoramento de exposição ao risco de crédito, por meio da geração de relatórios que informem as perdas associadas ao risco de crédito, bem como a comparação dos valores estimados com as perdas efetivamente observadas; • avaliar as operações sujeitas ao risco de crédito, levando em consideração condições de mercado, perspectivas macroeconômicas, mudanças em mercados e produtos e efeitos de concentração setorial e geográfica, entre outros; • avaliar a retenção de riscos de crédito em operações de venda ou de transferência de ativos financeiros; • mensurar o risco de crédito de contraparte, advindo de instrumentos financeiros derivativos e demais instrumentos financeiros complexos; • identificar previamente os riscos de crédito inerentes a novas atividades e produtos, analisando sua adequação aos procedimentos e controles adotados; • medir e controlar a exposição ao risco de crédito, tanto para as operações incluídas na carteira de não negociação (banking book) quanto para as demais posições (trading book); • apurar a alocação de capital regulatório para o risco de crédito;
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• realizar simulação de condições extremas (stress test), englobando ciclos econômicos, alteração das condições de mercado e de liquidez, inclusive da quebra de premissas, cujos resultados devem ser considerados quando do estabelecimento ou revisão das políticas e limites; • gerar relatórios periódicos, contendo os resultados obtidos a partir dos trabalhos realizados – em decorrência das políticas e estratégias adotadas –, remetendo-os à Diretoria; • verificar, mensalmente, a observância dos critérios de classificação de operações, confrontando os registros das operações realizadas com os critérios prescritos na política de classificação; • aprimorar instrumentos que garantam a observância dos critérios e procedimentos atinentes à classificação de operações; • elaborar relatório com a descrição da estrutura de gerenciamento do risco de crédito, enviando-o para aprovação do Conselho de Administração e publicando-o na internet e com as demonstrações financeiras. Discrepâncias de padrões, normas e limites, de qualquer natureza, identificadas nas atividades do Grupo – por meio de relatórios, mapas, programas e demais instrumentos de controle – são levadas tempestivamente ao conhecimento do nível hierárquico competente, para avaliação e determinação das providências cabíveis. a. Política de crédito O Sofisa observa, na concessão de créditos, os seguintes princípios: I - Recusa operações com: "a) parentes de funcionários; b) empresas de que funcionários ou parentes seus detenham participação; c) outras empresas do grupo Sofisa; d) membros da alta administração (Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Diretoria, etc.) e) empresas das quais membros da alta administração detenham participação ou sejam gestores. II - Diversifica suas operações, considerando: "a) os segmentos público e privado da economia; com relação ao último, atua com pessoas físicas e jurídicas e dá preferência aos seguintes setores: alimentos; autopeças, cana, açúcar e álcool, comércio, construção, couro e calçados, distribuidora de veículos e peças, eletroeletrônica, farmacêuticos, informática e telecomunicações, madeira e móveis, mecânica, metalurgia e mineração, papel e celulose, plásticos e
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borracha, química e petroquímica, serviços gerais, têxtil e confecções, transportes e armazenagem, agropecuária, bebidas e fumo, setor financeiro; b) a forma de atuação, inclusive em termos éticos, do pleiteante do credito; c) o percentual máximo de aplicação por segmentos, empresas e setores; d) a área geográfica de atuação; e) a natureza das garantias oferecidas. III - Apenas sob aprovação do Comitê Pleno, concede empréstimos a: a) organizações religiosas; b) instituições de caridade e benemerência; c) entidades de utilidade pública e sociedades sem fins lucrativos, de qualquer natureza; d) fundações, de qualquer natureza; e) partidos políticos; f) clubes esportivos; g) empresas de comunicação. IV - Privilegia operações garantidas por recebíveis de primeira linha. V - Não dá curso a operações que contrariem as normas do Bacen ou que não tenham sido: a) respaldadas por informações suficientes e confiáveis; b) previamente aprovadas e devidamente registradas. a) os limites aprovados para cada tipo de operação; b) as alçadas definidas, conforme o caso, para os membros da Diretoria, dos Comitês e das Superintendências da área comercial. VI - Observa rigorosamente: a) os limites aprovados para cada tipo de operação; b) as alçadas definidas, conforme o caso, para os membros da Diretoria, dos Comitês e das Superintendências da área comercial. Processo e aprovação de crédito O Processo de Crédito inicia-se com a elaboração da proposta de limite de crédito e de relatório de visita pela área comercial. Esta proposta passa pelo crivo da Gerência de Análise de Crédito – sendo observados, inclusive, aspectos econômico-financeiros – do Comitê de Crédito. Constituem-se atribuições do Comitê de Crédito, dentre outras: • definir a política de crédito e respectivas alterações; • analisar, aprovar ou recusar limites e operações de crédito.
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Gestão de crédito Dentro de um conceito abrangente, as unidades de análise e concessão de crédito do Sofisa atuam de maneira preventiva, monitorando os clientes ativos, a fim de antecipar movimentos de inadimplência na carteira de operações que envolvam todo e qualquer tipo de risco de crédito, dando suporte, desse modo, às decisões e estratégias comerciais. Vale frisar que o Sofisa possui sistema integrado de consolidação de risco das operações “em ser”, o qual fornece dados como limites de crédito, posição de garantias, modalidades, prazos dos limites e contratos do cliente, despachos e recomendações do Comitê de Crédito, além da posição de passivos dos clientes. Além dos recursos de gestão fornecidos principalmente aos usuários da Área Comercial, este instrumento permite a consolidação das informações inerentes ao monitoramento da carteira de crédito. Unidade de recuperação de crédito O Banco possui uma área específica de recuperação de crédito que tem por objetivo dar apoio às áreas envolvidas com o processo de recuperação de crédito, visando minimizar os prejuízos da instituição e ser fonte de informação acerca dos riscos em atraso. Sob este aspecto, tem o objetivo de prover à Alta Administração de informações acerca dos riscos que envolvem operações em atraso, bem como o posicionamento da Área Comercial sobre os riscos envolvidos, para que a tomada de decisão seja feita em tempo hábil e com a devida precisão, visando resguardar a qualidade do risco de crédito e suas garantias. As atividades de “Recuperação de Crédito” visam à sugestão e adoção de medidas de cobrança de clientes que se encontram inadimplentes, para os quais, sob o aspecto comercial, não há solução efetiva para sua regularização, necessitando de meios mais eficazes de cobrança. Operações renegociadas Em vista de normativos já expedidos pelo Banco Central do Brasil, em princípio, considera-se renegociação a composição de dívida, a prorrogação, a novação, a concessão de nova operação para liquidação parcial ou integral de operação anterior ou qualquer outro tipo de acordo que implique na alteração dos prazos de vencimento ou das condições de pagamento originalmente pactuadas. Vale lembrar que é da natureza de uma Instituição Financeira a alteração de suas operações em curso, aditamentos com prorrogação de prazo e taxa, mas não com o contexto de “Renegociação”, visto que para manutenção de seus clientes e negócios, muitas vezes, é necessário buscar uma solução para manter o relacionamento, a exemplo de garantias já constituídas e com performance satisfatória, operações que
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envolvem garantias e que necessitam de instrumentos públicos, registros e, de consequência, custo adicional no caso de abrir novo limite ou nova operação. Dessa forma, as operações identificadas como “Renegociadas” terão tratamento similar aos demais casos, ou seja, na medida em que seja identificada uma operação nessa situação e para definição dos percentuais de “Impairment” a serem praticados, levarão em conta as garantias envolvidas na operação. b) Risco de liquidez Definição O risco de liquidez está associado à eventual dificuldade do Banco em atender suas obrigações decorrentes dos seus passivos financeiros. Gestão de risco de liquidez A gestão de liquidez visa precaver o Banco de possíveis movimentos de mercado que gerem problemas de liquidez. Nesse sentido, o banco monitora suas carteiras no que tange aos prazos, volumes e liquidez de seus ativos. É efetuado um controle diário atraves de relatorios onde se monitoram os seguintes itens : • O descasamento de vencimentos entre os fluxos de pagamentos e recebimentos de todo conglomerado; e • Projeção de cenários de estresse de liquidez definidos no Comitê Financeiro; Esses dados são confrontados com nível de caixa do Banco diariamente e avaliados semanalmente no Comitê de Ativos e Passivos do banco.
A segregação dos fluxos de caixa futuros não descontados dos ativos e passivos por
vencimento está demonstrada abaixo:
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Até 90 dias De 91 a 360 dias
Acima de 360 dias
Total
ATIVO
Caixa e equivalentes de caixa 47.431
-
-
47.431
Ativos financeiros 1.969.015
705.743
1.127.358
3.802.116
Ativos financeiros avaliados ao valor justo 96.616
120.856
607.771
825.243
Ativos financeiros 96.616
120.856
607.771
825.243
Instrumentos de dívida 39.295
116.527
580.078
735.900
Instrumentos de patrimônio 17.544
-
-
17.544
Derivativos ativo 39.777
4.329
27.693
71.799
Empréstimos e recebíveis 1.872.399
584.887
519.587
2.976.873
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 762.171
3.630
8.698
774.499
Empréstimos e adiantamentos a clientes 1.137.482
607.140
553.198
2.297.820
Impairment empréstimos e adiantamentos a clientes (27.254)
(25.883)
(42.309)
(95.446)
Créditos tributários -
44.886
190.767
235.653
Imposto de renda e contribuição social diferidos -
44.886
190.767
235.653
Outros ativos 83.658
166.747
30.296
280.701
Ativos não correntes mantidos para venda -
66.164
-
66.164
Outros 83.658
100.583
30.296
214.537
Imposto de renda e contribuição social a compensar / recuperar 7.216
-
-
7.216
Outros ativos 76.442
100.583
30.296
207.321
TOTAL DOS ATIVOS FINANCEIROS 2.100.104
917.376
1.348.421
4.365.901
PASSIVO Passivos financeiros para negociação 1.566
3.179
11.599
16.344
Derivativos 1.566
3.179
11.599
16.344
Passivo financeiro ao custo amortizado 421.822
987.122
1.901.632
3.310.576
Depósitos de instituições de crédito 3.265
816
19.665
23.746
Depósitos de clientes 302.533
530.521
1.543.413
2.376.467
Captações no mercado aberto 11.254
93.085
-
104.339
Obrigações por empréstimos e repasses 72.801
282.981
255.426
611.208 Obrigação por operações de venda ou de transferência de ativos
financeiros 31.969
79.719
83.128
194.816
Provisões -
-
9.606
9.606
Provisões para passivos contingentes -
-
9.606
9.606
Outros Passivos 82.409
52.656
213.345
348.410
Impostos e parcelamentos a recolher 9.820
-
62.710
72.530
Impostos diferidos -
-
119.168
119.168
Outras obrigações 72.589
52.656
31.467
156.712
TOTAL DOS PASSIVOS FINANCEIROS 505.797
1.042.957
2.136.182
3.684.936
Ativos e Passivos líquidos 1.594.307
(125.581)
(787.761)
680.965
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c) Risco de mercado Definição Riscos de Mercado estão ligados a possíveis perdas monetárias em função de flutuações de variáveis que tenham impacto em preços e taxas negociadas nos mercados. As oscilações de variáveis financeiras, como preços de insumos e produtos finais, índices de inflação, taxas de juros e taxas de câmbio, geram potencial de perda para praticamente todas as empresas e, portanto, representam fatores de risco financeiro. Pode-se afirmar que o Risco de Mercado a que uma instituição está exposta advém de três fatores: a) valor exposto ao risco, b) sensibilidade a flutuação de preços e c) magnitude da variação de preços. Nota-se que, equanto os dois primeiros fatores são passíveis de controle relacionado ao apetite da instiruição frente aos riscos observados, o terceiro fator constitui-se característica do mercado, com origem externa ao Banco. Os riscos de mercado podem ser classificados em diferentes modalidades, tais como taxa de juros, taxa de câambio, preço de commodities e preço de ações. Cada modalidade representa o risco de ocorrerem perdas em função de oscilações na variação em sua respectiva variável. Gestão de risco de mercado A gestão do risco de mercado é realizada de forma centralizada por unidade independente em relação à mesa de operações, tendo como responsabilidade precípua o monitoramento e análise do risco de mercado oriundo das posições assumidas pelo Sofisa, frente ao apetite ao risco definido pelo Comitê Financeiro e aprovado pelo Conselho de Administração. A gestão de risco de mercado é efetuada diariamente pela unidade de Risco de Mercado, a qual calcula os indicadores de risco dos da carteira do Sofisa, remetendo ao Diretor responsável pelo gerenciamento (Diretor-Presidente) eventos que não se enquadrem na política do Sofisa. Os valores são confrontados diariamente com os limites definidos em Comitê Financeiro e referendados pelo Conselho de Administração (VaR, exposição cambial, descasamento por prazos, posição de ações e ações por emissor). Para a realização dos testes de estresse são utilizados três cenários propostos pela Diretoria, aprovados pelo Comitê Fianceiro e referendados pelo Conselho de Administração. Metodologias Valor justo
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O objetivo da marcação a mercado (Valor Justo) é tornar o apreçamento dos ativos e passivos contidos na carteira do Banco o mais transparente possível, visando a proteção dos acionistas. Value at risk – VaR (Valor em risco) O VaR mede a pior perda esperada através de um horizonte dado sob condições normais de mercado a um dado nível de confiança, ou seja, o VaR fornece uma medida do risco de mercado. O gerenciamento de risco de mercado utiliza-se do VaR, como medida de perda potencial das carteiras do Banco. Para os cálculos, utiliza-se o modelo paramétrico para o horizonte de um dia e intervalo de confiança de 99%. Todo o cálculo está baseado nos preços de fechamento de mercado, obtidos de diferentes fontes (Anbima, BM&FBovespa, Banco Central, entre outros). Caso o limite de VaR seja excedido, a Tesouraria é notificada imediatamente, bem como o Diretor-Presidente, a fim de garantir que o enquadramento aos limites pre-estabelecidos ocorra tempestivamente. Ocorrências dessa natureza são reportadas, também, em relatório de acompanhamento de risco mensal enviado à Alta Administração. Em 31 de dezembro de 2011 o resultado do cálculo do VaR para o balanço consolidado apresenta os seguintes valores.
(Valores em R$ mil) jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11
Máximo 2.635 2.733 2.468 1.279 1.149 877 1.106 2.493 2.973 759 1.006 452
Mínimo 1.489 1.403 610 769 625 660 645 110 529 560 442 9
Limite* 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000
* Limites operacionais aprovados em reunião do Comitê Financeiro Pleno de 26 de maio de 2008
Este gráfico demonstra a evolução do indicador de risco de mercado das operações prefixadas do Banco Sofisa (VaR de 1 dia), segundo as regras estabelecidas pelo mercado - algumas delas regulamentadas pelo Banco Central do Brasil Valor de mercado e exposição cambial de ativos e passivos consolidados Em 31 de dezembro de 2011, os valores contábeis relativos aos instrumentos financeiros constantes ou não do balanço patrimonial, quando comparados com valores que se poderia obter na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência desse, com o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros ajustados com base na taxa de juros vigente no mercado, são os seguintes:
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Operações com risco de taxa de juros pré-fixados em moeda nacional
Operação
Valor na curva
(mil R$)
Mark-to-Market
(mil R$)
Taxa Média
(% a.m.)
Duration (dias
corridos)
Valor em
ambiente de
stress (mil R$)
Var 99% -
1 dia (mil
R$)
Ativos
Créditos adquiridos 59.744 86.560 1,36 291 86.066 107
Títs e cheqs descontados 19.592 19.858 1,95 40 19.832 2
Capital de giro 81.356 83.986 1,22 187 83.464 62
T.V.M. 25.555 26.494 1,13 633 24.519 71
Financeira 262.033 299.549 1,84 413 298.926 540
Leasing 86.973 93.863 1,54 303 93.164 123
Conta Garantida 20.791 20.725 0,54 35 20.702 2
Mercado Futuro 15.435 15.435 0,94 470 15.078 33
Tot. Ativos 571.478 646.471 1,56 641.751 939
Passivos
Swap 78.058 78.925 0,98 239 78.259 80
CDB/CDI 130.008 141.509 1,07 917 145.473 525
Cessões CFI 31.864 33.971 1,52 267 33.693 39
Cessões Leasing 46.391 48.313 1,49 177 47.929 36
Tot. Passivos 286.320 302.718 1,04 305.355 680
Saldo (NET) 285.158 343.753 336.396 260
Curva de juros utilizada para cálculo do valor marcado a mercado
32 60 90 151 180
Taxa (% a.a.) padrão(252) 10,49 10,03 10,25 9,94 9,91
270 361 720 1082 2160 2286 3602 5580
9,88 9,84 10,32 10,59 10,84 10,83 11,00 11,01
Curva de juros utilizada para cálculo do valor de mercado em ambiente de stress
32 60 90 151 180
Taxa (% a.a.) padrão(252) 9,24 8,78 9,00 8,69 8,66
270 361 720 1082 2160 2286 3602 5580
7,88 7,84 8,32 8,34 8,59 8,58 8,75 8,76
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Operações com risco de taxa de juros em moeda americana
Operação
Valor na curva
(mil R$)
Mark-to-Market
(mil R$)
Taxa Média
(% a.a.)
Duration (dias
corridos)
Valor em ambiente
de stress (mil R$)
Ativos
Swap Dólar 306.261 308.810 3,65 929 292.466
Swap Euro 45.678 46.281 3,93 539 44.422
Disponibilidades 67.150 67.150 - 1 67.146
Resolução 63 5.060 5.133 5,63 167 5.015
T.V.M. 192.111 209.758 6,59 1.699 179.205
Outros 418 418 - - 418
Finimp/LC 62.598 63.410 7,11 94 62.280
Bndes 105 109 9,43 229 103
Tít.Renda Variável - ADR 9.833 9.833 - 1 9.832
Financiamento de Títulos 25.789 25.828 2,84 98 25.650
ACC/ACE 66.114 66.834 6,63 91 65.787
Tot. Ativos 781.115 803.561 752.323
Passivos
Futuros BMF 157.453 157.486 1,93 33 157.165
Repasses Exterior 347.538 334.473 0,84 640 335.775
Eurobond 93.806 92.752 1,52 334 92.120
Emissão de Notes - Cayman 4.054 4.054 - - 4.054
Emissão de Linked Notes - ADR 9.599 9.599 - - 9.599
Cambio vendido a liquidar 51.265 51.216 - 30 51.179
Outras Obrigações 67.234 67.239 0,41 18 67.169
Bndes 104 106 4,43 229 103
Títulos Financiados 66.590 66.590 1,39 309 65.479
Tot. Passivos 797.643 783.514 782.644
Total (16.528) 20.047 (30.320) Curva de juros utilizada para cálculo do valor marcado a mercado
32 60 90 120
Taxa (% a.a.) 1,42 2,04 2,28 2,40
180 270 361 720 1082
2,51 2,65 2,80 3,11 3,54
Curva de juros utilizada para cálculo do valor de mercado em ambiente de stress
32 60 90 120
Taxa (% a.a.) 3,42 4,04 4,28 4,40
180 270 361 720 1082
4,51 4,65 4,80 5,11 5,54 Análise de estresse Diariamente são efetuados testes de estresse das operações prefixadas do Sofisa, com base em 3 (três) cenários e partir da estrutura divulgada pela BM&Fbovespa para esse fator de risco.
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Riscos Risco de taxa de juros Risco de taxa de juros surge da possibilidade de que variações na taxa de juros afetarão os fluxos de caixa futuros ou o valor justo de instrumentos financeiros. Risco de moeda Risco de moeda é o risco de variação no valor de um instrumento financeiro devido a mudanças em taxas de câmbio. O Conselho estabeleceu limites de posições em moedas estrangeiras. Conforme as políticas do Banco, posições são monitoradas diariamente e estratégias de hedge são utilizadas para manter as posições dentro dos limites preestabelecidos. Risco de preço de ações Risco de preço de ações é o risco de o valor justo de ações diminuir como resultado de variações no nível de índices de ações ou ações individuais. Risco de Commodities Risco de Commodities é o risco devido à oscilação dos preços de produtos físicos (produtos agrícolas, petróleo, metais, etc). Análise de sensibilidade aos fatores de risco Nesta análise procura-se avaliar a variação do valor de mercado da carteira a uma pequena variação dos fatores de risco atinentes às operações. Os cenários adotados levam em consideração uma variação da ordem de 25% e 50% nos fatores que atrelados às carteiras da Instituição. A análise de sensibilidade apresentada teve como objeto as carteiras “trading” e “banking” do Sofisa e refletem uma posição estática da carteira para o dia 31/12/2010.
Exposição
Posições sujeitas a variações em: 1 2 3
taxas de juros prefixadas em reais 4.530 (10.998) (21.542)
taxas dos cupons de moedas estrangeiras 7.086 (16.598) (31.781)
taxa de câmbio 1.653 (4.132) (5.785)
preço de ações (773) (1.739) (2.946)
12.496 (33.467) (62.054)
1,64% -4,39% -8,13%
Prefixado
Cupom Cambial
Moeda Estrangeira
Renda Variável
Porcentagem sobre o PL
(valores em R$ mil. Exceção: porcentagem sobre o PL)
Quadro demonstrativo de análise de sensibilidade
Data-base: 31/12/2011
Total (sem correlação)
Cenários Fatores de Risco
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Os cenários que serviram de base para a análise de sensibilidade podem ser assim descritos: Cenário 1: também denominado cenário provável, toma por base os dados de mercado no dia 31/12/2011, valendo frisar que, por conservadorismo, foi embutida uma defasagem de 10% sobre os preços de mercado. Cenário 2: aplicação de choques da ordem de 25% sobre os fatores de risco observados no cenário 1. Cenário 3: aplicação de choques da ordem de 50% sobre os fatores de risco observados no cenário 1. A análise de sensibilidade ora apresentada, conforme Instrução CVM 475/2008, teve como objeto as carteiras “trading” e “banking” do Sofisa. d) Gestão de Risco Operacional Definição Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pelo Banco, bem como às sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas. Para atenuar esse tipo de risco o Banco adota uma estrutura para garantir permanente atualização e mapeamento de riscos e controles, bem como capturar informações relacionadas a qualquer falha operacional. Gestão e Metodologia A estrutura responsável pela centralização da gestão dos riscos operacionais e pela disseminação da metodologia está composta por funcionários da área de Compliance, além dos pontos focais de Compliance que atuam nas diferentes atividades do Banco e ajudam a promover uma cultura de conformidade e controle de risco em todo o Banco, visando o aprimoramento dos processos internos e a redução de riscos operacionais. Periodicamente, são realizadas auto-avaliações das atividades e processos das áreas, que incluem a identificação dos riscos inerentes, avaliação da eficácia dos controles e sugestão de planos de ação para mitigar os riscos identificados e/ou melhorar os controles. O Banco atualmente emprega o modelo de alocação de capital denominado Metodologia do Indicador Básico (BIA).
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37. Valor justo dos instrumentos financeiros
31/12/2011
Valor Justo Valor Contábil
Ativos financeiros
Ativos financeiros para negociação 127.169 127.169 Ativos financeiros disponíveis para venda 698.074 698.074 Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 774.499 774.499 Empréstimos e adiantamentos a clientes 2.306.214 2.297.820 Impairment sobre empréstimos e adiantamentos a clientes (95.446) (95.446)
Total ativos financeiros 3.810.510 3.802.116
Passivos financeiros
Passivos financeiros para negociação 16.344 16.344 Depósitos de instituições de crédito 23.746 23.746 Depósitos de clientes 2.376.467 2.376.467 Captações no mercado aberto 104.339 104.339 Obrigações por empréstimos e repasses 613.592 611.208 Obrigação por operações de venda ou transferência de ativos financeiros
194.816
194.816
Total passivos financeiros 3.329.304 3.326.920
O valor justo é estimado por grupos de operações com características financeiras e de risco similares utilizando modelos de valorização. Os métodos e premissas utilizados para a estimativa do valor justo estão definidos abaixo:
a) Ativos financeiros:
Os ativos financeiros classificados como para negociação e disponíveis para venda são marcados a mercado na data do balanço, estando, portanto, registrados pelo seu valor justo.
O valor justo das operações pós-fixadas foi considerado como próximo de seu valor contábil.
O valor justo das operações prefixadas foi determinado pelo desconto dos fluxos de caixa estimados com a utilização de taxas médias de juros praticadas atualmente pelo Banco para operações similares. O valor justo das operações de crédito e arrendamento mercantil foi calculado pelo desconto dos pagamentos previstos de principal e de juros até o vencimento. As premissas relacionadas aos fluxos de caixa e às taxas de descontos são determinadas com a utilização de informações disponíveis no mercado.
b) Passivos financeiros:
O valor justo das operações pós-fixadas foi considerado como próximo de seu valor contábil. O valor justo das operações pré-fixadas foi estimado com a
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utilização do fluxo de caixa descontado, com a atualização das taxas de juros prefixadas praticadas na data do balanço patrimonial.
Essa taxa de juros é obtida de fontes disponíveis no mercado, da qual é derivada a curva de rentabilidade sem risco e o spread sem risco negociado por instrumentos semelhantes.
38. Transição para o IFRS A transição para o IFRS foi registrada de acordo com o IFRS 1 e a data da transição escolhida foi 1º de janeiro de 2010. Como resultado, as políticas contábeis do Banco Sofisa S.A. nestas demonstrações financeiras consolidadas foram modificadas em 1º de janeiro de 2010 com o objetivo de atender o IFRS em respeito às práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BR GAAP).
Nota explicativa
2011
2010 1/1/2010
Patrimônio Líquido em BRGAAP
763.125
770.870 762.767
Perda ao valor recuperável de empréstimos e recebíveis - Impairment a
33.350
7.120 935
Diferimento de tarifas bancárias e comissões pelo método de taxa efetiva de juros b
(1.059)
(3.050) (7.709)
Operações de venda ou de transferência de ativos financeiros c
(2.386)
(3.880) -
Reversão de receitas - Sociedades de propósito especifico e
(3.522)
- -
Transferência de categoria de títulos e valores mobiliários
1.355
(777) -
Imposto de renda e contribuição social sobre ajustes de IFRS f
(8.025)
(76) 2.709
Patrimônio Líquido em IFRS
782.838
770.207 758.702
Nota explicativa
2011
2010
Lucro Líquido em BRGAAP
27.175
76.031
Perda ao valor recuperável de empréstimos e recebíveis - Impairment a
26.230
6.185
Diferimento de tarifas bancárias e comissões pelo método de taxa efetiva de juros b
1.991
4.659
Operações de venda ou de transferência de ativos financeiros c
1.494
(3.880)
Cessão de crédito à acionista acima do valor de mercado d
(6.320)
-
Reversão de receitas - Sociedades de propósito especifico e
(3.522)
-
Imposto de renda e contribuição social sobre ajustes de IFRS f
(7.949)
(2.786)
Ajustes de exercícios anteriores no BRGAAP
(1.731)
-
Lucro Líquido em IFRS
37.368
80.209
a) Perda de valor recuperável de empréstimos e recebíveis: Segundo o IFRS, com base na orientação fornecida pelo IAS 39 “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”, o Banco estima a provisão para perdas sobre crédito com base no histórico de perda de valor recuperável e outras
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circunstâncias conhecidas por ocasião da avaliação. Tais critérios diferem em determinados aspectos dos critérios adotados segundo o BR GAAP, que usa determinados limites regulatórios definidos pelo Bacen para fins do cálculo da provisão para perdas sobre crédito. b) Diferimento de tarifas bancárias e comissões pelo método da taxa efetiva de juros: Segundo o IFRS, em consonância com o IAS 39 “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”, as tarifas bancárias, comissões e custos financeiros inerentes que integram a taxa de juros efetiva de instrumentos financeiros calculada ao custo amortizado são reconhecidos no resultado durante o período de validade dos respectivos contratos. Segundo o BR GAAP, essas taxas e despesas são reconhecidas diretamente no resultado quando recebidas ou pagas. c) Operações de venda ou de transferência de ativos financeiros: O Banco realizou a baixa de ativos objetos de cessão de crédito com retenção substancial de riscos e benefícios, e de acordo com os requisitos do IFRS 1, foi recomposto e registrado o ativo transferido com retenção de riscos e benefícios e registrado o passivo referente a coobrigação na operação de cessão de crédito na data de transição ao IFRS. d) Cessão de crédito à acionista acima do valor de mercado O Banco realizou a venda de carteira de crédito com evidências de perdas a acionista. De acordo com o IFRS, transações com acionistas fora do valor de mercado, representam, em essência, uma contribuição ou retirada de capital. O ajuste a valor de mercado negativo no total de R$ 6.320, foi contabilizado no resultado (despesa) contra reserva de capital para fins de IFRS. O BR GAAP não possui essa interpretação. e) Reversão de receitas - Sociedades de propósito especifico O Banco possui investimentos em sociedades de propósito especifico que participam de empreendimentos imobiliários. Pelo BR GAAP, as receitas das vendas são reconhecidas no resultado pelo estágio de andamento das obras (POC – Percentage of Completion). Para IFRS, as receitas devem ser registradas somente quando da entrega efetiva do imóvel, em geral, na “entrega das chaves”, quando efetivamente ocorre a transferência dos riscos e benfícios para o promitente comprador. f) Imposto de renda e contribuição social sobre ajustes de IFRS O IAS 12 requer a contabilização de imposto de renda e contribuição social diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis ou dedutíveis, exceto para impostos diferidos originados de reconhecimento inicial de ágios, reconhecimento inicial de um passivo originado ou ativo adquirido que não se qualifica como uma combinação de negócios e que na data da transação não afeta o resultado e não afeta o lucro (ou perda) para fins fiscais.
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Os ajustes de Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos, calculados sobre os ajustes de IFRS, foram refletidos na reconciliação. Isenções eleitas e exceções aplicadas pela administração na adoção do IFRS O IFRS 1 deve ser aplicado quando uma entidade adota o IFRS na elaboração de suas demonstrações contábeis anuais pela primeira vez, com uma declaração explícita e sem reservas de aplicação do IFRS. O IFRS 1 requer que uma entidade siga as regras de cada uma das normas contábeis vigentes do IFRS na data de preparação de sua primeira demonstração contábil em IFRS. O IFRS 1 concede isenções limitadas de seus requerimentos em áreas específicas nas quais o custo de geração de informações pudesse exceder os benefícios dos usuários das demonstrações contábeis. O IFRS 1 também proíbe a aplicação retrospectiva de certas normas contábeis do IFRS em algumas áreas, particularmente nas quais a aplicação retrospectiva pudesse requerer o julgamento da Administração sobre condições do passado e após o conhecimento de transações já ocorridas. Foi definida, preliminarmente, a data de 1º de Janeiro de 2010 como data de transição para IFRS na preparação desta Reconciliação. Encontra-se abaixo um sumário das opções escolhidas pela Administração segundo o IFRS 1 na preparação das primeiras demonstrações financeiras em IFRS: Valor justo considerado como custo inicial Segundo o IFRS 1, uma entidade pode, na data da transição para o IFRS, mensurar um ativo imobilizado pelo seu valor justo, passando este valor, a partir desta data, a ser o novo custo deste ativo. O Banco não fez uso dessa isenção do IFRS 1. O custo do ativo imobilizado foi determinado com base nos valores apurados pelo BR GAAP. Designação de instrumentos financeiros previamente reconhecidos O IAS 39 (“Financial Instruments: Recognition and Measurement”) permite que uma entidade designe instrumentos financeiros na categoria de ativos ou passivos financeiros ao valor justo contra o resultado (“fair value through profit or loss” conforme definido pelo IAS 39) ou como ativos disponíveis para a venda (“available-for-sale assets”) na data de aquisição ou emissão do instrumento financeiro. Segundo a isenção do IFRS 1, esta designação, no caso da primeira adoção do IFRS, pode ser feita na data de transição, mesmo que originalmente o instrumento tenha sido designado para outra categoria. O Banco não redesignou ativos e passivos financeiros na data de transição. Obrigações decorrentes da desativação, restauração de ativos e passivos similares O IFRIC 1 (“Changes in Existing Decommissioning, Restoration and Similar Liabilities”) requer mudanças específicas em desativação, restauração ou passivos similares. Uma
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entidade que aplica o IFRS pela primeira vez durante a preparação de suas demonstrações contábeis não precisa cumprir estes requerimentos para mudanças que ocorreram antes da data de transição para IFRS. Concluiu-se que esta isenção não gera impactos para o Banco. Mensuração de valor justo de ativos e passivos financeiros na data de transição O IFRS 1 determina que uma entidade deva aplicar requerimentos específicos do IAS 39 para mensuração de valor justo de ativos e passivos financeiros na data de transição para IFRS. O IAS 39 requer que técnicas de avaliação de ativos e passivos financeiros avaliados a valor justo incorporem todos os fatores que um participante de mercado consideraria na determinação de preço quando utilizam-se metodologias consistentes e aceitas economicamente para a precificação de tais instrumentos. Adicionalmente, o IAS 39 estabelece as regras para situações nas quais uma entidade pode vir a reconhecer um ganho ou perda inicial na contratação de um ativo ou passivo financeiro (“day one profits”). Como consequencia deste requerimento, o IAS 39 requer que um ganho ou perda gerado na contratação inicial ou mudanças subsequentes do valor justo de um instrumento financeiro, somente fossem reconhecidos caso a metodologia de cálculo de valor justo incluísse dados e cotações observáveis diretamente no mercado na data de avaliação do valor justo. Constatou-se durante o processo de transição que não existem diferenças significativas nas metodologias de cálculos de valor justo aplicadas pelo Banco comparadas aos requerimentos do IAS 39 para avaliação do valor justo e reconhecimento de ganhos ou perdas identificados no registro inicial ou avaliação subsequente de instrumentos financeiros avaliados ao valor justo. “Desreconhecimento” de ativos e passivos financeiros O IFRS 1 requer que uma entidade que aplica IFRS pela primeira vez aplique as regras de “desreconhecimento” (“asset derecognition” como definido pelo IAS 39) de ativos e passivos financeiros prospectivamente para transações ocorridas após 1º de janeiro de 2004. Conseqüentemente, caso o Banco tivesse “desreconhecido”, de acordo com o BR GAAP, um ativo ou passivo financeiro não derivativo como resultado de uma transação ocorrida antes de 1º de janeiro de 2004, não se poderia voltar a reconhecer esse ativo ou passivo na transição para o IFRS. Adicionalmente, o IFRS 1 permite a aplicação das normas de “desreconhecimento” de ativos e passivos financeiros retrospectivamente, em uma data escolhida pela entidade, desde que as informações necessárias para aplicar tais normas tivessem sido obtidas na data de registro da transação que deu origem ao “desreconhecimento". Este requerimento do IFRS 1 gerou impactos para o Banco em operações de cessão de crédito com coobrigação realizadas a partir de 1º de janeiro de 2004.
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Estimativas O IFRS 1 requer que as estimativas usadas pela Administração para fins de IFRS na data de transição devam estar consistentes com as estimativas feitas na mesma data, em comparação com o GAAP anterior (BR GAAP), a menos que haja evidência de erros na preparação das estimativas no GAAP anterior ao IFRS. Adicionalmente, caso a administração obtenha uma informação após a data de transição para o IFRS que impacte estimativas que tinham sido feitas de acordo com BR GAAP, ela deveria tratar esta informação como um evento posterior à data do balanço, e seguir o tratamento contábil do IAS 10 (“Events after the balance sheet date”). As regras do IAS 10 são aplicáveis para o balanço de abertura e para períodos comparativos apresentados na preparação da primeira demonstração contábil em IFRS de uma entidade. O Banco considerou as estimativas utilizadas para BR GAAP consistentes com as estimativas utilizadas na data de transição para IFRS e, portanto, não houve mudanças de estimativas devido à existência de informações obtidas em data subseqüente à de conversão que requeressem algum ajuste nas estimativas para fins de IFRS.
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Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras consolidadas Aos Administradores e Acionistas do Banco Sofisa S.A. Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco Sofisa S.A e suas controladas (“Banco”), que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras consolidadas A Administração do Banco é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras consolidadas livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações financeiras consolidadas do Banco para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos do Banco. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas acima apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco Sofisa S.A. e suas controladas em 31 de dezembro
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de 2011, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB. Outros assuntos Em 29 de abril de 2011, emitimos originalmente nosso relatório de auditoria sem modificações sobre as demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010. Conforme descrito detalhadamente na nota explicativa 2b, o Banco reclassificou determinadas rubricas do balanço patrimonial consolidado, e das demonstrações consolidadas do resultado e dos fluxos de caixa do Banco naquela data. Em função da relevância dos ajustes e das reclassificações acima mencionadas, estamos reemitindo nesta data a nossa opinião sobre as referidas demonstrações financeiras consolidadas, que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2010, bem como as demonstrações consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, preparados de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS). O Banco Sofisa S.A. elaborou um conjunto completo de demonstrações financeiras individuais e consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011, elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, apresentadas separadamente, sobre as quais emitimos relatório de auditoria, não contendo nenhuma modificação, datado de 5 de março de 2012, e que continha ênfase sobre a possível reversão de créditos tributários de imposto de renda. Essa ênfase não se aplica às demonstrações financeiras elaboradas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), uma vez que se trata de aplicação de norma específica do Banco Central do Brasil. São Paulo, 10 de abril de 2012. ERNST & YOUNG TERCO Auditores Independentes S.S. CRC-2SP015199/O-6-F-PR Eduardo Braga Perdigão Contador CRC- 1CE013803/O-8 “S”-SP
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