bacia e anca
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Exame Físico
Bacia e Anca
Tânia Sofia Mendonça Madureira
Turma 8
Bloco Cirúrgico - Ortopedia
Bacia (Pelve) - Funções
• Base óssea na qual se fixa o tronco e através da qual o
peso corporal se transmite às extremidades inferiores.
Funções importantes:
• sustentação do peso corporal;
• local de fixação do membro inferior;
• protecção dos órgãos da cavidade pélvica.
• A pelve feminina é mais larga do que a masculina devido à função reprodutora própria da mulher.
Bacia (Pelve) - Funções
Bacia (Pelve) - Constituição
É constituída por 4 ossos: • 2 ossos do quadril
(Ílio, Ísquio e Púbis); • Sacro; • Cóccix.
Tem 4 articulações: • 2 sacroilíacas; • Sacrococcígea; • sínfise púbica.
Bacia (Pelve) - Constituição
Articulações Sacro-ilíacas
• Entre as superfícies articulares do sacro e do ilíaco;
• Apresentam uma área diminuta de cartilagem;
• Sinovial pequena e sem bolsas.
Classificação:
• Trocóide na mulher jovem;
• Artrodia no homem jovem;
• Sinostose em idades avançadas (sacralização de L5).
Ligamentos intrínsecos: Interósseo, Anterior e Posterior
(superficial e profundo).
Bacia (Pelve) - Constituição
Ligamentos Extrínsecos: Iliolombar, sacro-espinhoso
(pequeno ligamento ciático) e Sacrotuberositário (grande
ligamento ciático).
Bacia (Pelve) - Constituição
Articulação Sacrococcígea
• Sínfise entre o ápice do sacro e a base do cóccix, unidos
por um disco fibrocartilagíneo.
Ligamentos:
• Sacrococcígeo anterior;
• Sacrococcígeo posterior;
• Sacrococcígeo lateral;
• Intercornais.
Bacia (Pelve) - Constituição
Sínfise Púbica
• Anel fibroso entre os dois ossos pubianos.
Ligamentos púbicos
• Superior;
• Inferior(arqueado).
Bacia (Pelve) - Constituição
Articulação da Anca, do Quadril ou Coxofemoral
• Diartrose esférica (enartrose) entre a cabeça do fémur e o
acetábulo da pelve;
• Cápsula curta na face posterior (área do colo acima da
crista intertrocantérica destapada).
Anca - Constituição
Anca - Constituição
• Iliofemoral ou anterior (em Y
invertido);
• Isquiofemural (posterior);
• Pubofemural (medial);
• Orbicular (circular e profundo).
Ligamentos Intrínsecos
• Redondo - da cabeça do fémur.
(via de irrigação)
• Transverso - do acetábulo.
(estabilidade articular)
Anca - Constituição
Ligamentos Extrínsecos (intracapsulares)
Marcos ósseos na face anterior do quadril
Crista ilíaca ao nível de L4
Espinha ilíaca anterossuperior
Tubérculo ilíaco
Trocânter maior
Sínfise pubiana
Estruturas ósseas e articulares
Marcos ósseos na face posterior do quadril
Espinha ilíaca posterossuperior ao nível de S2
Tuberosidade Isquiática
Trocânter maior
Articulação Sacroilíaca
Estruturas ósseas e articulares
Grupos Musculares
Grupo Extensor – na parte posterior;
principal é o glúteo máximo (faixa
desde ao longo da pelve medial até à
sua inserção abaixo do trocanter)
Grupo Flexor – na parte anterior;
principal é o iliopsoas (da crista ilíaca
até ao trocânter menor)
Grupos Musculares
Grupo Adutor – medial; do
púbis e do ísquio até à face
posteromedial do fémur.
Grupo Abdutor – lateral; da crista
líaca até à cabeça do fémur; Inclui
o glúteo médio e o mínimo, que
ajudam a estabilizar a pelve.
Outras estruturas - Bursas
Bolsa do Psoas (iliopectínea ou do iliopsoas) –
localiza-se numa posição anterior à articulação coxofemoral,
revestindo a cápsula articular e o músculo psoas;
Bolsa Trocantérica – bolsa grande e multiloculada que
se localiza sobre a superfície posterior do trocanter maior do
fémur; Permite o deslizamento sem atrito da fascia lata
sobre o trocânter maior.
Bolsa Isquiática ou isquioglútea – localiza-se sobre a
tuberosidade isquiática, onde a pessoa se senta (nem
sempre existe).
Força – conferida pelos músculos nadegueiros (sobretudo o médio)
Fulcro – conferido pela articulação coxofemoral (alterado , por exemplo, quando articulação está luxada)
Braço da Alavanca – depende da distância do grande trocânter à articulação
(alterado, por exemplo, quando o colo do fémur está fracturado ou deformado)
Três elementos necessários para o equilíbrio
Perguntas fundamentais
1. Dor – dor na virilha que desce a coxa e se fixa no joelho?
2. Rigidez – consegue vestir a meia, cortar as unhas ou lavar o pé desse lado?
3. Instabilidade – é difícil caminhar sem mancar?
4. Deformidade – sente diferença no comprimento das pernas?
5. Função – consegue correr? É difícil subir ao autocarro ou eléctrico?
Anamnese
Importante saber também:
• Idade (do paciente e com que surgiram os primeiros
sintomas) → distribuição das patologias por idade
• alterações no dia a dia
• como a dor o afecta.
• sintomas na outra anca
• sintomas na região lombar
• efeito da medicação
• desejo de solução cirúrgica.
Anamnese
Exame Físico - Inspeção
Observar marcha quanto:
• à largura da base (normal entre 5 a 10cm entre
calcanhares);
• ao deslocamento da pelve;
• à flexão do joelho;
• ao ritmo.
Inicia-se com a observação cuidadosa da
marcha do paciente ao entrar na sala
Observar modo como se senta
Exame em pé (doente de costas)
1. Observação de costas: Pedir para levantar uma perna e
depois alternar;
Trendelenburg positivo quando bacia descai para o lado
não apoiado – lado oposto ao da lesão (incapacidade dos
músculos abdutores, necessários ao equilíbrio da pélvis)
2. Observação de perfil: detetar atitudes na flexão de um
dos joelhos; avaliar o grau de lordose lombar;
Exame Físico - Inspecção
Exame Físico - Inspecção
Normal
Trendelenburg positivo (incapacidade em manter a bacia equilibrada em apoio monopodálico)
• Avaliar o comprimento dos membros inferiores (desde as
espinhas ilíacas antero-superiores até aos maléolos
internos) e a simetria (paciente em decúbito dorsal);
• Inspeccionar as superfícies anterior e poterior do quadril
quanto a quaisquer áreas de atrofia ou contusão
muscular;
Exame Físico - Inspeção
Palpar os marcos ósseos da superfície anterior do quadril
(sentido descendente)
1. crista ilíaca(nível L4) → tubérculo ilíaco → espinha
ilíaca anterossuperior
2. Colocar polegares sobre as espinhas ilíacas
anterossuperiores e deslizar os dedos, desde o
tubérculo ilíaco até ao trocanter maior do fémur
3. Movimentar os polegares medial e obliquamente até à
sínfise púbica
Exame Físico - Palpação
Palpar os marcos ósseos da superfície posterior do quadril
1. Espinha ilíaca posterossuperior abaixo das depressões
visíveis acima das nádegas
2. Localizar lateralmente à espinha ilíaca anterossuperior o
trocanter maior e medialmente a tuberosidade isquiática.
3. Linha imaginária entre as espinhas ilíacas
posterossuperiores cruza a articulação sacroilíaca em S2;
Articulação sacroilíaca nem sempre é palpável.
Exame Físico - Palpação
Estruturas Inguinais (paciente em decúbito dorsal)
• Pedir ao doente para colocar calcanhar da perna a examinar sobre
o joelho oposto
• Palpar ao longo do ligamento inguinal , de lateral para medial, da
espinha ilíaca anterossuperior ao tubérculo pélvico:
N - nervo femoral
A - artéria femoral
V – veia femoral
E – Espaço vazio
L - Linfonodos
Exame Físico - Palpação
Bolsa Iliopectínia (do psoas) – localizada abaixo do
ligamento inguinal, num plano mais profundo
Exame Físico - Palpação
(doente em decúbito lateral e quadril
flexionado e em rotação interna)
Bolsa Trocantérica – localizada acima do
trocanter maior
Bolsa Isquioglútea – localizada sobre a
tuberosidade isquiática; não é palpável,
excepto nos casos de inflamação.
• A presença de um foco doloroso pode indicar uma fratura num traumatizado
• A fratura unilateral dos ramos iliopúbicos é frequente na mulher idosa osteoporótica que sofre uma queda ao caminhar, ocasionando dor na face interna da virilha, junto ao púbis.
• Sinal de suspeita de fratura no anel pélvico é a dor despertada pela compressão transversal da bacia.
Exame Físico - Palpação
Testar a amplitude dos movimentos
Flexão(iliopsoas)
Extensão (glúteo máximo)
Abdução (glúteos médio e mínimo)
Adução (adutores curto, longo, magno, pectíneo e grácil)
Rotação externa (obturador interno e externo, quadrado
femoral, gémeos superior e inferior)
Rotação interna (glúteos médio e mínimo)
Exame Físico - Mobilidade
1. Colocar a anca e o joelho normal a 90º e usar o pé como braço de alavanca para rodar a anca para fora e para dentro registando os valores de rotação externa e de rotação interna para comparar com o lado doente
Exame Físico - Mobilidade
2. Verificar o arco de movimento de abdução e o do movimento contrário, a adução; durante esta pesquisa -> fixar a bacia;
Exame Físico - Mobilidade
3. Pesquisa de rotações da anca em extensão, com o doente em decúbito prono, usando como alavanca o joelho fletido; Na mesma posição, explorar a extensão(ou hiperextensão); Movimento rapidamente afectado pelas afeções articulares;
Exame Físico - Mobilidade
TESTE DE THOMAS
Fazer flexão passiva total da anca no lado são e verificar se há ângulo de elevação no lado doente tradutor de deformidade em flexão fixa da anca;
Manobras Especiais
Valor é integrado no arco de flexão do lado doente: flexão global de 90º com 40º de deformidade em flexão, havendo arco de movimento de 50º.
Testes Ortopédicos para Pesquisar Se Dor Lombar é Devida a Lesão da Articulação Sacroilíaca
• Testes de mobilização somática induzem stress na articulação que, se estiver afectada, responderá com dor.
Alguns Casos Específicos
Assimetria Articular da Sacroíliaca
• Associada à escoliose.
• Causa comum de aparente diferente comprimento do
membro inferior
Disfunção Sacroilíaca
• Causa frequente de dor em idosos na região lombar
inferior, glútea e face posterior da coxa.
• Devida a alterações degenerativas e inflamatórias da
articulação.
Hiperlordose Lombar, Estiramento dos Ligamentos Sacroilíacos e Dor Lombar
• A hiperlordose lombar acentua-se no envelhecimento
(para compensar a hipercifose torácica), na gravidez e na
obesidade.
A hiperlordose leva a tendência para
horizontalização do sacro. A mudança
de posição do sacro leva a
estiramento dos ligamentos
sacroilíacos com possível dor na
articulação.
Luxação Congénita da Articulação da Anca Não há coaptação da cabeça do fémur pelo acetábulo porque ou por a cabeça do fémur apresentar pequeno volume ou por a cavidade acetabular não ser completa.
Diagnóstico neonatal por mobilização da articulação; prega adicional.
• Dor na região inguinal.
• Desaparecimento da
prega inguinal;
• Exacerbação da dor na
flexão da coxa sobre o
tronco.
Bursite Iliopectínea
Fracturas da articulação coxofemoral Fracturas da Articulação da Anca
• Fractura do colo do fémur.
• Fractura do acetábulo.
Necrose Isquémica da Cabeça do Fémur: complicação frequente da fractura do colo do fémur.
FIM
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