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ContabilidadeAvançada
Professor Claudio Zorzo
Patrimônio Líquido
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Patrimônio Líquido• O patrimônio líquido representa o capital
investido pelos proprietários, sócios ouacionistas, e as variações advindas dasatividades da empresa.
• O PL é conhecido como o capital próprio daentidade, e representa a diferença entre o ativo(bens e direitos) e o passivo (obrigações).
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• A lei 11.638 alterou a lei 6.404 no grupo dopatrimônio líquido sendo que a apresentaçãoatual sobre o tema é a seguinte:
• Art. 182. A conta do capital social discriminará omontante subscrito e, por dedução, a parcelaainda não realizada.
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§ 1º Serão classificadas como reservas de capitalas contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações queultrapassar o valor nominal e a parte do preçode emissão das ações sem valor nominal queultrapassar a importância destinada àformação do capital social, inclusive nos casosde conversão em ações de debêntures oupartes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partesbeneficiárias e bônus de subscrição;
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§ 2° Será ainda registrado como reserva de capitalo resultado da correção monetária do capitalrealizado, enquanto não-capitalizado.§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliaçãopatrimonial, enquanto não computadas noresultado do exercício em obediência ao regime decompetência, as contrapartidas de aumentos oudiminuições de valor atribuído a elementos doativo e do passivo, em decorrência da suaavaliação a valor justo.
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§ 4º Serão classificados como reservas de lucros ascontas constituídas pela apropriação de lucrosda companhia.
§ 5º As ações em tesouraria deverão serdestacadas no balanço como dedução da contado patrimônio líquido que registrar a origem dosrecursos aplicados na sua aquisição.
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Capital social
• Representa o investimento feito na empresa, porsócios ou acionistas, em dinheiro, bens oudireitos.
• Pode ser composto por ações em SociedadesAnônimas ou quotas em empresas Limitadas.
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• A Lei 6.404/76 estabelece que as ações,conforme a natureza dos direitos ou vantagensque confiram a seus titulares são:ordinárias,preferenciais, oude fruição.
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• Ordinárias = são as ações com direito a voto,que não possuem privilégios no recebimento dedividendo. São as ações com influência naadministração.
• Preferenciais = se destacam por apresentarvantagens declaradas no estatuto; como nadistribuição de dividendos, e no reembolso decapital. Normalmente não possuem direito avoto.
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• De fruição ou gozo = são ações nãonegociáveis, servem para substituir asamortizadas pelos sócios.
• As ações de fruição são aquelas que já gozaramtodos os seus direitos, o seu montantepermanece no total do capital social, no entantonão possuem poder, nem direitos aos resultados.
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• As ações ordinárias da companhia fechada e asações preferenciais da companhia aberta efechada poderão ser de uma ou mais classes,contudo o número de ações preferenciais semdireito a voto, ou sujeitas a restrição noexercício desse direito, não pode ultrapassar50% (cinqüenta por cento) do total das açõesemitidas.
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• O capital social poderá ser formado comcontribuições em dinheiro ou em qualquerespécie de bens suscetíveis de avaliação emdinheiro, contudo a avaliação dos bens será feitapor 3 (três) peritos ou por empresaespecializada, nomeados em assembleia-geraldos subscritores.
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• O capital social poderá ser apresentado com asseguintes denominações:
I – capital autorizadoII – capital subscritoIII – capital integralizado ou realizadoIV – capital a integralizar ou a realizar
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• Capital autorizado = Representa o valor docapital que o estatuto prevê para a formação docapital social ou para seu aumento.
• O aumento de capital social depende deanuência da assembleia dos sócios e dasubscrição por parte de interessados.
• Normalmente o capital autorizado representaum ato administrativo e não entra no BalançoPatrimonial.
• É uma conta de controle, não é contapatrimonial.
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• Capital subscrito = Representa ocompromisso assumido por um sócio paracontribuir com certa quantia na formação docapital social, normalmente a subscrição é feitana assembleia que criou a sociedade ou quandosão lançadas novas ações no mercado de capital.
• É o valor que dará origem à conta capital social.• A subscrição gera uma obrigação do sócio junto
a empresa.
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• Capital a realizar ou a integralizar = Éparcela do capital subscrito que não foitransformada em capital, ou seja, o sócio aindanão integralizou, mas continua com aresponsabilidade de efetivar na empresa.
• É conta redutora do PL• Representa um crédito da empresa junto ao
sócio.
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• Capital realizado ou integralizado = É aparcela do capital subscrito que efetivamente foidisponibilizada para a empresa em bens,dinheiro ou direitos.
• É uma conta de controle, não é uma contapatrimonial.
• No balanço representa a diferença entre o capitalsubscrito e o capital a realizar.
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CUSTOS DE TRANSAÇÕES COM AÇÕES
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Custo da transação de títulos • Custos de transação com ações são somente
aqueles incorridos e diretamente atribuíveis nadistribuição primária de ações ou bônus desubscrição, na aquisição e alienação de açõespróprias.
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Custo da transação de títulos • Os custos são gastos incrementais que não
existiriam ou teriam sido evitados se essastransações não ocorressem. Por exemplo:
gastos com elaboração de prospectos e relatórios; remuneração de serviços profissionais de
terceiros (advogados, contadores, auditores,consultores e corretores etc.);
gastos com publicidade (inclusive os incorridosnos processos de road-shows);
taxas e comissões; custos de transferência; custos de registro etc.
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Custo da transação de títulos
• Custos de transação não incluem ágios oudeságios na emissão dos títulos e valoresmobiliários, despesas financeiras, custos internosadministrativos ou custos de carregamento.
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Custo da transação de títulos • Os custos de transação incorridos na captação
de recursos por intermédio da emissão detítulos patrimoniais (ações) devem sercontabilizados, de forma destacada, em contaredutora de patrimônio líquido.
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O saldo da conta seráapresentado após o capital sociale somente pode ser utilizado pararedução do capital social ou aabsorção por reservas de capital.
Custo da transação de títulos
• Os prêmios recebidos devem ser reconhecidosem conta de reserva de capital.
• O saldo do prêmio pode ser utilizado paraabsorver os custos de transação registrados naconta redutora do PL.
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Pode ser
líquido.
Pode ser registrado
o valor líquido.
Custo da transação de títulos
• Os custos de transação enquanto nãocaptados os recursos a que se referem, devemser apropriados e mantidos em conta transitória eespecífica do ativo como pagamento antecipado.(Despesa antecipada)
• O saldo dessa conta transitória deve serreclassificado para a conta específica no “PL” tãologo seja concluído o processo de captação.
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Custo da transação de títulos • Quando a operação de captação de recursos por
intermédio da emissão de títulos patrimoniaisnão for concluída, inexistindo aumento decapital, os custos de transação devem serreconhecidos como despesa destacada noresultado do período em que se frustrar atransação.
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Custo da transação de títulos • A aquisição de ações de emissão própria e sua
alienação são também transações de capital daentidade com seus sócios e igualmente nãodevem afetar o resultado da entidade.
• Os custos de transação incorridos na aquisiçãode ações de emissão da própria entidade devemser tratados como acréscimo do custo deaquisição de tais ações. (aumento do valordas ações em tesouraria)
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Custo da transação de títulos • Os custos de transação incorridos na alienação
de ações em tesouraria devem ser tratados comoredução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessatransação, resultados esses contabilizadosdiretamente no patrimônio líquido, naconta que houver sido utilizada como suporte àaquisição de tais ações, não afetando o resultadoda entidade.
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ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL
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ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL
• Os adiantamentos para futuro aumento decapital correspondem a valores recebidos pelaempresa de seus acionistas destinados a seremutilizados como futuro aporte de capital.
Quando ocorrer o efetivo recebimento dodinheiro, a empresa deve contabilizar ovalor recebido da seguinte maneira:D – BancoC – Adiantamento aumento de capital
ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL
• Estes adiantamentos podem ser: em cambiais,em direitos, em moeda corrente, em bensintangíveis, em bens tangíveis, e dependendoda espécie, deverão ter laudo de avaliação nostermos do artigo 8º da Lei n° 6.404/76.
ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL
A legislação sobre o assunto é diversificada.
ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL• A Lei das S/A (Lei 6.404/1976) é omissa no assunto.• O CFC estipula que os adiantamentos para futuros
aumentos de capital devem ser registrados noPatrimônio Líquido ou no Passivo.
• O Fisco estabelece que o adiantamento deve sermantido fora do patrimônio líquido, por seremadiantamentos considerados obrigação para comterceiros, podendo ser exigidos pelos titularesenquanto o aumento de capital não se concretizar.
ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL
• A legislação contábil estabelece que deve seranalisada a essência econômica do adiantamentopara futuro aumento de capital.
• Se NÃO houver a possibilidade de sua devolução, osvalores recebidos deve ser registrados no PatrimônioLíquido, após a conta de capital social.
• Caso haja qualquer possibilidade de sua devolução,devem ser registrados no Passivo Não Circulante.
ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL
• Para que um adiantamento seja tratado item doPatrimônio Líquido ele deve ter os seguintesatributos:Sua conversão deve ser irrevogável e irretratável;O adiantamento não pode prever indexação;A quantidade de ações no qual o adiantamento será
convertido deve estar dentro do montante do capitalautorizado.Não integrar a base de cálculo dividendos ou juros
sobre o capital próprio.
ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL• O Fisco firmou entendimento de que deve ser
respeitada a forma jurídica do fato.• Ocorrendo a eventualidade de adiantamento para
futuro aumento de capital, qualquer que seja aforma pela qual os recursos tenham sido recebidos,mesmo que sob a condição para utilização exclusivaem aumento de capital, esses ingressos deverão sermantidos fora do patrimônio líquido, por seremesses adiantamentos considerados obrigação paracom terceiros, podendo ser exigidos pelos titularesenquanto o aumento de capital não se concretizar.
ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL
• Para o Fisco, o patrimônio líquido ficadefinitivamente aumentado quando, após asubscrição, ocorrer o recebimento de cadaparcela de integralização.
ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITALAinda que exista uma forte intenção nesse sentido,inclusive com permissão dada em assembleia dossócios ou em um contrato . Não se deve registrar talfato no patrimônio líquido e sim no passivo, cujatransferência, para o patrimônio líquido, seráefetuada, quando da efetiva emissão, aprovação epublicidade deste registro.Pois uma coisa é a intenção e outra é o negócio jurídicorealizado.
ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL• Essa determinação do Fisco Federal tinha por
finalidade impedir que os adiantamentos parafuturo aumento do capital, ao seremclassificados no Patrimônio Líquido, fossemcorrigidos monetariamente, como eram, até31.12.1995, as contas classificadas nesse grupo,gerando dessa forma, uma despesa de correçãomonetária para a pessoa jurídica beneficiária doadiantamento.
RESERVAS DE CAPITAL
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Reservas de capital • Reserva de capital = são contribuições dos
proprietários, sócios, acionista ou de terceirosque investem no patrimônio da empresa pormeio da compra de títulos.
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Reservas de capital • Os valores apresentados como reserva de capital
não representam receitas, mas sim, uma origemde capital que não exige uma contrapartida deentrega de bens ou prestação de serviços; é poristo que não devem transitar por contas deresultado e nem serão tributadas.
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Reservas de capital • As reservas de capital que atualmente a
empresa poderá formar são as seguintes:a) Ágio na emissão de açõesb) Alienação de partes beneficiáriasc) Alienação de bônus de subscriçãod) Reserva de correção monetária
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Reservas de capital Reserva de ágio na emissão de ações
– Representa a contrapartida do resultado amaior recebido na venda das ações pelaempresa.
• A reserva será formada pela contribuição queultrapassar o valor nominal da ação ou parte dopreço de emissão de ações sem valor nominalque ultrapassar a importância destinada àformação de capital.
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Reservas de capital Reserva de alienação de partes
beneficiárias – é a reserva formada pelo valorresultante da venda de partes beneficiárias.
• Somente a venda de “partes beneficiárias” seráregistrada no PL, a doação ou cessão gratuitaserá controlada extra contabilmente, não sendoregistrada como reserva, pois não houve umaorigem de recursos.
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Reservas de capital • Partes beneficiárias são títulos negociáveis,
que não possuem valor nominal e dão direito aoportador de participar nos lucros da empresa ematé 10% ao ano.
• A emissão de títulos de partes beneficiáriasdeverá constar em Notas Explicativasjustificando o assunto, informando o prazo devalidade (máximo 10 anos), as vantagens dobeneficiado e as condições de resgate.
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Reservas de capital • Segundo a Lei 10.303/01 que modificou a lei
6.404/76 as sociedades anônimas de capitalaberto estão proibidas de emitir partesbeneficiárias.
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Reservas de capital Reserva de produto da alienação de
bônus de subscrição – é formada peloresultado da venda de bônus de subscrição.
• Bônus de subscrição são títulos negociáveis nomercado emitidos dentro do limite do capitalautorizado que podem ser alienados à terceirosou dado como vantagem adicional aossubscritores de ações.
• Este bônus dá direito aos seus titulares desubscrever as ações da empresa que serãolançadas no mercado.
• Os acionistas possuem preferência na aquisiçãodos bônus.
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Reservas de capital Segundo a lei 6.404/76 no seu artigo 200, os
valores apresentados nas reservas de capitalsomente poderão ser utilizados para:
• Absorção dos prejuízos que ultrapassarem oslucros acumulados e as reservas de lucros;
• Resgate, reembolso ou compra de ações;• Resgate de partes beneficiárias;• Incorporação ao capital social;• Pagamento de dividendos a ações preferenciais.
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AJUSTE DA AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
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Ajuste da avaliação patrimonial
• O ajuste da avaliação patrimonial é umacorreção do valor apresentado no balançopatrimonial, por um ativo ou passivo, em relaçãoao seu valor justo.
• Esta correção busca expressar a realidadepatrimonial de uma empresa, e como é umajuste, o valor da conta pode ser para mais oupara menos.
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Ajuste da avaliação patrimonial• Serão classificadas como ajustes de avaliação
patrimonial, enquanto não computadas noresultado do exercício em obediência ao regimede competência, as contrapartidas de aumentosou diminuições de valor atribuído a elementosdo ativo e do passivo, em decorrência da suaavaliação a valor justo.
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Ajuste da avaliação patrimonial
• Valor justo é o valor pelo qual um ativopode ser negociado, ou um passivo liquidado,entre partes interessadas, conhecedoras donegócio e independentes entre si, com aausência de fatores que pressionem para aliquidação da transação ou que caracterizemuma transação compulsória.
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Ajuste da avaliação patrimonial
• O ajuste da avaliação patrimonial não éreserva, pois não passou pelo resultado e não ésinônimo de reavaliação de ativos.
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Ajuste da avaliação patrimonial
• Este grupo servirá essencialmente para abrigara contrapartida de determinadas avaliações deativos a valor justo, especialmente a avaliaçãode certos instrumentos financeiros e, ainda, osajustes de conversão em função da variaçãocambial de investimentos societários noexterior.
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RESULTADOS ABRANGENTESRESULTADOS
ABRANGENTES
Ajuste da avaliação patrimonial• A lei 6.404 estabelece que as aplicações em
instrumentos financeiros, inclusive derivativos, eem direitos e títulos de créditos, classificados noativo circulante ou no realizável a longo prazoserão avaliadas pelo seu valor justo.
• Quando se tratar de aplicações disponíveis paravenda, a contrapatida do valor justo será naconta AAP.
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Ajuste da avaliação patrimonial
• O Comitê de pronunciamentos contábeis pormeio do ICPC 10, aprovado pela resoluçãoCFC 1.263/09, orienta sobre a aplicação dasnovas normas contábeis para o ativoimobilizado; a instrução no seu item 12 prevêque a conta ajuste da avaliação patrimonialpode ser a contrapartida de aumento de ativosimobilizado quando da aplicação inicial dasnovas normas contábeis:
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Ajuste da avaliação patrimonial• Pode existir ativo com valor contábil substancialmentedepreciado, ou mesmo igual a zero, e que continua emoperação e gerando benefícios econômicos para aentidade, o que pode acarretar, em certas circunstâncias,que o seu consumo não seja adequadamente confrontadocom tais benefícios, o que deformaria os resultadosvindouros.
• Assim, a entidade pode adotar a opção de atribuir umvalor justo inicial ao ativo imobilizado e fazer o eventualajuste nas contas do ativo imobilizado tendo porcontrapartida a conta do patrimônio líquido denominadade Ajustes de Avaliação Patrimonial.
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Ajuste da avaliação patrimonial• É importante destacar que essa opção é aplicável
apenas e tão somente na adoção inicial, nãosendo admitida revisão da opção em períodossubsequentes ao da adoção inicial.
• Consequentemente, esse procedimentoespecífico não significa a adoção da práticacontábil da reavaliação de bens.
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RESERVAS DE LUCRO
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Reservas de lucro
Reserva de lucros = são contas formadas peladestinação de lucros apurados e contabilmenterealizados que não foram distribuídos aos sócios eacionistas como dividendos.
• As reservas de lucro servem para dar umasegurança adicional à saúde financeira eeconômica da empresa, pois enquanto emreserva, o lucro apurado não foi distribuído,assim ele permanece na empresa.
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Reservas de lucroSão reservas de lucro:• Reserva legal• Reserva estatutária• Reserva para contingências• Reserva de retenção de lucros (para expansão)• Reserva de prêmio na emissão de debêntures• Reserva de incentivo fiscal• Reserva de lucros a realizar• Reserva especial de dividendos obrigatórios a
distribuir
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Reservas de lucro
• O saldo das reservas de lucros, exceto as paracontingências, de incentivos fiscais e de lucros arealizar, não poderá ultrapassar o capitalsocial.
• Atingindo esse limite, a assembléia deliberarásobre aplicação do excesso na integralização ouno aumento do capital social ou na distribuiçãode dividendos.
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Reservas de lucroReserva legal – tem por finalidade assegurara integridade do capital social, é utilizada paraaumentar o capital da empresa ou absorver osprejuízos contábeis.
• Esta reserva é formada antes de qualquer outradestinação do lucro Líquido do Exercício.
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Reservas de lucro• Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cincopor cento) serão aplicados, antes de qualqueroutra destinação, na constituição da reserva legal,que não excederá de 20% (vinte por cento) docapital social.
• § 1º A companhia poderá deixar de constituir areserva legal no exercício em que o saldo dessareserva, acrescido do montante das reservas decapital de que trata o § 1º do artigo 182, excederde 30% (trinta por cento) do capital social.
• § 2º A reserva legal tem por fim assegurar aintegridade do capital social e somente poderá serutilizada para compensar prejuízos ou aumentar o
it l
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Reservas de lucro
Reserva estatutária – esta reserva deve serprevista no estatuto da empresa.• O estatuto deve indicar de modo claro a sua
finalidade, fixar critérios para a suadeterminação e estabelecer seu limite máximo.
• Não pode ser constituída em prejuízo dadistribuição do dividendo mínimo previsto nalei.
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Reservas de lucroArt. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que,
para cada uma:I - indique, de modo preciso e completo, a sua
finalidade;II - fixe os critérios para determinar a parcela anual
dos lucros líquidos que serão destinados à suaconstituição; e
III - estabeleça o limite máximo da reserva.
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Reservas de lucroReserva para contingências – tem porobjetivo compensar a diminuição do lucro,proveniente de provável perda futura, cujo valorpossa ser estimado.
• A constituição desta reserva é opcional,devendo indicar a causa da perda prevista ejustificar as razões que recomendaram suaconstituição.
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Reservas de lucro• Exemplos de contingências: expectativa de
diminuição nos preços de produtos da empresa;previsão de lançamentos de produtos concorrentescom valor menor; perdas em função do clima comgeadas, secas enchentes etc.
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Reservas de lucro
• Quando a contingência se efetivar ou não seefetivar, a reserva deve ser revertida para aconta lucros/prejuízos acumulados, e o valorincluído nos dividendos que serão distribuídos.
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Reservas de lucro• Reserva de contingência é diferente de provisão para
contingência.• A reserva não altera o resultado do exercício e o seu
fato gerador é uma possibilidade; já a provisão paracontingência é uma obrigação que alterou o resultado,pois o fato gerador da contingência já aconteceu.
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Art. 195. A assembleia-geral poderá, por propostados órgãos da administração, destinar parte dolucro líquido à formação de reserva com afinalidade de compensar, em exercício futuro, adiminuição do lucro decorrente de perda julgadaprovável, cujo valor possa ser estimado.
§ 1º A proposta dos órgãos da administração deveráindicar a causa da perda prevista e justificar, comas razões de prudência que a recomendem, aconstituição da reserva.
§ 2º A reserva será revertida no exercício em quedeixarem de existir as razões que justificaram asua constituição ou em que ocorrer a perda.
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Reservas de lucro
Reserva de lucro para expansão – serve paraseparar parte do lucro do exercício a fim de investir naexpansão da empresa.• O valor da reserva deverá ser aprovado em
assembleia, não podendo ser constituída emprejuízo da distribuição de dividendos obrigatórios.
• Caso o valor da reserva não seja utilizado deverá serrevertido para a conta lucro ou prejuízo acumulado.
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Reservas de lucroArt. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos
órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucrolíquido do exercício prevista em orçamento de capitalpor ela previamente aprovado.
§ 1º O orçamento, submetido pelos órgãos daadministração com a justificação da retenção de lucrosproposta, deverá compreender todas as fontes derecursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, epoderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo nocaso de execução, por prazo maior, de projeto deinvestimento.
§ 2o O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia-geral ordinária que deliberar sobre o balanço doexercício e revisado anualmente, quando tiver duraçãosuperior a um exercício social.
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Reservas de lucro
Reserva de prêmios na emissão de debêntures– esta reserva foi criada pela Lei 11.941 de 2009.• Tem por objetivo transferir para reserva os valores
que a empresa apurou como receita com ganhos naalienação de debêntures e não deseja que sejamtributados pela receita federal.
• Esta reserva não é obrigatória, contudo, os valoresdestinados como reserva de lucro serão excluídos docálculo dos dividendos que serão distribuídos.
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Reservas de lucro
Reserva de incentivo fiscal – Criada pela Lei11.638-07• A assembleia geral poderá, por proposta dos
órgãos de administração, destinar para a reservade incentivos fiscais a parcela do lucro líquidodecorrente de doações ou subvençõesgovernamentais para investimentos, quepoderá ser excluída da base de cálculo dodividendo obrigatório.
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Reservas de lucro• As contas “ doação, incentivo fiscal, subvenção
recebidas e prêmio na emissão de debêntures”deverão ser classificadas como receitas,respeitando o princípio da competência.
• Enquanto a receita não se realizar, a empresadeverá apresentar o valor recebido no passivo,como receita antecipada.
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Reservas de lucro
• A parcela do lucro da empresa, que foiaumentada pelas receitas oriundas deincentivo fiscal, doação, subvenção e prêmiona emissão de debêntures poderá ser utilizadapara distribuição de dividendos ou paraformação de reserva de lucro, pois não há umadeterminação legal, quanto ao seu destino.
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Reservas de lucro• Quando a empresa destinar a parcela do lucro
como dividendos pagará os tributos sobre areceita; caso a empresa decida guardar o lucrocomo reserva, a receita não será tributada.
• A regra é:Se formar reserva de lucro, não tributa e não
distribui como dividendos.Se distribuir como dividendos, tributa e não
forma a reserva de lucro.
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Reservas de lucro
Reserva de lucros a realizar – Será formadacom o valor dos dividendos obrigatórios queultrapassar o lucro líquido do exercícioefetivamente realizado.• É uma reserva facultativa da administração; que
visa caracterizar no PL a parcela de lucro que foirealizada economicamente, mas nãofinanceiramente, que superou o total dosdividendos obrigatórios a distribuir.
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Reservas de lucro
Art. 197. No exercício em que o montante dodividendo obrigatório, calculado nos termos doestatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcelarealizada do lucro líquido do exercício, aassembleia-geral poderá, por proposta dosórgãos de administração, destinar o excesso àconstituição de reserva de lucros a realizar.
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Reservas de lucro
§ 1o Para os efeitos deste artigo, considera-serealizada a parcela do lucro líquido do exercícioque exceder da soma dos seguintes valores:
I - o resultado líquido positivo da equivalênciapatrimonial (art. 248); e
II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos emoperações ou contabilização de ativo e passivopelo valor de mercado, cujo prazo de realizaçãofinanceira ocorra após o término do exercíciosocial seguinte.
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Reservas de lucro§ 2o A reserva de lucros a realizar somente poderá
ser utilizada para pagamento do dividendoobrigatório e, para efeito do inciso III do art.202, serão considerados como integrantes dareserva os lucros a realizar de cada exercício queforem os primeiros a serem realizados emdinheiro.
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Reserva especial de dividendosobrigatórios a distribuir – Esta reserva seráformada quando a empresa reconhece o direitodos sócios em receber os dividendosobrigatórios, mas não possui recurso financeirodisponível para efetivar o pagamento.
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• A formação desta reserva está prevista no art202 da lei 6.404 da seguinte forma:
§ 4º O dividendo previsto neste artigo não seráobrigatório no exercício social em que os órgãosda administração informarem à assembléia-geral ordinária ser ele incompatível com asituação financeira da companhia. O conselhofiscal, se em funcionamento, deverá dar parecersobre essa informação e, na companhia aberta,seus administradores encaminharão à Comissãode Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco) diasda realização da assembleia-geral, exposiçãojustificativa da informação transmitida àassembleia.
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§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídosnos termos do § 4º serão registrados comoreserva especial e, se não absorvidos porprejuízos em exercícios subseqüentes, deverãoser pagos como dividendo assim que o permitir asituação financeira da companhia.
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AÇÕES EM TESOURARIA
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Ações em tesouraria• Representa o produto da operação de compra
pela empresa de suas próprias ações.• É uma conta retificadora do PL, tem natureza
devedora.• A Comissão de Valores Mobiliários estabelece
que podem adquirir ações de sua emissão, parapermanência em tesouraria, e posteriormentealiená-las, as companhias abertas cujo estatutosocial atribuir ao conselho de administraçãopoderes para autorizar tal procedimento.
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• A aquisição, de modo direto ou indireto, de ações deemissão da companhia, para permanência emtesouraria, é vedada quando:
a) importar diminuição do capital social;b) requerer a utilização de recursos superiores ao
saldo de lucros ou reservas disponíveis, constantesdo último balanço;
c) criar por ação ou omissão, direta ou indiretamente,condições artificiais de demanda, oferta ou preço dasações ou envolver práticas não eqüitativas;
d) tiver por objeto ações não integralizadas oupertencentes ao acionista controlador;
e) estiver em curso oferta pública de aquisição de suasações.
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• A Instrução normativa CVM 567, de 17 desetembro de 2015 estabelece que as empresas decapital aberto não devem manter em tesourariaações de sua emissão em quantidade superior a10% (dez por cento) de cada classe de ações emcirculação no mercado.
• Também determinou que a negociação de açõesde sua emissão deve ser liquidada em até 18(dezoito) meses, contados da aprovação dosnegócios pela assembleia geral ou pelo conselhode administração.
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• Entende-se por ações em circulação nomercado todas as ações representativas docapital social não pertencente ao acionistamajoritário ou controlador da empresa, ou seja,a empresa somente poderá adquirir as ações quenão possuem preponderância nas decisões,pertencente a acionistas não controladores ou depessoas que investem com caráter nãopermanente.
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• A aquisição, por companhia aberta, de ações desua emissão é vedada quando:
I – tiver por objeto ações pertencentes ao acionistacontrolador;II – for realizada em mercados organizados devalores mobiliários a preços superiores aos demercado;III – estiver em curso o período de oferta públicade aquisição de ações de sua emissão, conformedefinição das normas que tratam desse assunto; ouIV – requerer a utilização de recursos superioresaos disponíveis.
• Consideram-se recursos disponíveis: I – todas as reservas de lucros ou capital, exceto as reservas: a) legal; b) de lucros a realizar; c) especial de dividendo obrigatório não distribuído; e d) incentivos fiscais; eII – o resultado já realizado do exercício social emandamento, segregadas as destinações às reservasacima mencionadas.
• As ações adquiridas, enquanto mantidas emtesouraria, não terão direito a dividendo nem avoto.
Cálculo - Dividendos obrigatórios
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Dividendos obrigatórios
• Ao término do exercício social, depois deapurado o resultado e formadas as reservasobrigatórias a administração da empresa deveráapresentar os valores referentes aos dividendosobrigatórios.
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• Dividendo obrigatório é o percentual estipuladono estatuto social da empresa que os sócios têmdireito a receber ao término do períodofinanceiro como parte nos lucros.
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• A legislação societária brasileira, Lei 6.404/76,determina a distribuição de dividendoobrigatório aos acionistas por meio dos artigos109 e 202.
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Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembleia-geral poderão privar o acionista dos direitos de:I - participar dos lucros sociais;...
Art. 202. Os acionistas têm direito de recebercomo dividendo obrigatório, em cada exercício, aparcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, seeste for omisso, a importância determinada deacordo com as seguintes normas…
99
• A Lei das S.A. determina que, do resultado doexercício, deverão ser deduzidos os prejuízosacumulados em exercícios anteriores, eque seja também constituída uma provisão, nomontante do imposto sobre a renda a ser pagopela sociedade. Do que restar, após taisdeduções, deverão ainda ser retiradas asparticipações estatutárias. O valor queencontramos após estas operações denomina-selucro líquido
• A companhia somente pode pagar dividendos àconta de lucro líquido do exercício, de lucrosacumulados e de reserva de lucros; e à conta dereserva de capital, no caso das açõespreferenciais.
101
• A distribuição de dividendos com inobservânciada Lei implica responsabilidade solidária dosadministradores e fiscais, que deverão repor àcaixa social a importância distribuída, semprejuízo da ação penal que no caso couber.
102
• Os acionistas não são obrigados a restituir osdividendos que em boa-fé tenham recebido.
• Presume-se a má-fé quando os dividendos foremdistribuídos sem o levantamento do balanço ouem desacordo com os resultados deste.
103
• Quando o estatuto for omisso, a importânciadeterminada de acordo com as seguintes normas:
I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ouacrescido dos seguintes valores:
a) importância destinada à constituição da reservalegal (art. 193); e
b) importância destinada à formação da reservapara contingências (art. 195) e reversão damesma reserva formada em exercícios anteriores;
104
II - o pagamento do dividendo determinado nostermos do inciso I poderá ser limitado aomontante do lucro líquido do exercício que tiversido realizado, desde que a diferença sejaregistrada como reserva de lucros a realizar(art. 197);
105
III - os lucros registrados na reserva de lucros arealizar, quando realizados e se não tiverem sidoabsorvidos por prejuízos em exercíciossubsequentes, deverão ser acrescidos ao primeirodividendo declarado após a realização.
106
• É importante destacar que a Lei 11.638 cria areserva de incentivo fiscal e autoriza aadministração excluir dos dividendosobrigatórios este valor.
107
• Segundo a referida Lei a assembleia geralpoderá, por proposta dos órgãos deadministração, destinar para a reserva deincentivos fiscais a parcela do lucro líquidodecorrente de doações ou subvençõesgovernamentais para investimentos, que poderáser excluída da base de cálculo do dividendoobrigatório.
108
• Em 2009, a Lei 11.941 criou a reserva de lucrosde “prêmios na emissão de debêntures”, sendoque o valor destinado para formação destareserva também poderá ser retirado da base decálculo dos dividendos a serem distribuídos pelaempresa.
109
• Assim, o percentual do dividendo a serdistribuído deverá estar previsto no estatutosocial da empresa.
• caso o estatuto seja omisso, deverão serdistribuídos no mínimo 50% do lucro líquidoajustado da seguinte forma:
110
Lucro líquido do exercício(-) valor destinado para reserva legal(-) valor destinado para reserva de contingências (-) valor destinado para reserva de incentivo fiscal(-) valor destinado para reserva de prêmios na
emissão de debêntures (+) reversão da reserva de contingência (+) reversão da reserva de lucros a realizar(+) reversão da reserva de incentivo fiscal e
prêmios = lucro líquido ajustado
111
• Quando o estatuto for omisso e a assembleiageral deliberar alterá-lo para introduzir normasobre a matéria, o dividendo obrigatório nãopoderá ser inferior a 25% (vinte e cinco porcento) do lucro líquido ajustado.
112
• A lei societária prevê que o dividendoobrigatório pode deixar de ser distribuído oupode ser distribuído por valor inferior aodeterminado no estatuto social da entidade,quando não houver lucro realizado emmontante suficiente (art. 202, inciso II).
113
• Quando o dividendo obrigatório, devido porforça do estatuto social ou da própria lei, excedeo montante do lucro líquido do exercíciorealizado financeiramente, pode a parcela nãodistribuída ser destinada à constituição dareserva de lucros a realizar.
114
• A lei societária ainda prevê que o dividendoobrigatório pode deixar de ser distribuídoquando os órgãos da administração informaremà Assembleia Geral Ordinária ser eleincompatível com a situação financeira dacompanhia (art. 202, § 4º).
115
• É uma discricionariedade conferida por lei aosadministradores com vistas a evitar ocomprometimento da gestão de caixa, desde queobservadas outras condicionantes legais.
116
• Os lucros que deixarem de ser distribuídos serãoregistrados como reserva de lucroespecial(reserva de dividendos obrigatórios adistribuir) e, se não absorvidos por prejuízos emexercícios subsequentes, deverão ser pagos comodividendo assim que o permitir a situaçãofinanceira da companhia.
117
• No que concerne aos acionistas preferenciais, alei societária brasileira, Lei nº. 6.404/76, em seuartigo 17, fixa uma série de preferências evantagens que deve ser a eles conferida.
• Entre elas o direito a um dividendo prioritáriofixo ou mínimo, a ser disciplinado comminúcia e precisão no estatuto social.
118
• Dividendos fixos são aqueles cujo valorencontra-se devidamente quantificado noestatuto, seja em montante certo em moedacorrente, seja em percentual certo do capital, dovalor nominal da ação ou, ainda, do valor dopatrimônio líquido da ação.
• Nesta hipótese, tem o acionista direito apenas atal valor, ou seja, uma vez atingido o montantedeterminado no estatuto, as ações preferenciaiscom direito ao dividendo fixo não participamdos lucros remanescentes, que serãodistribuídos entre ações ordinárias epreferenciais de outras classes, se houver.
• Dividendo mínimo é aquele tambémpreviamente quantificado no estatuto, porém, aocontrário das ações com dividendo fixo, as quefazem jus ao dividendo mínimo participam doslucros remanescentes, após assegurado às açõesordinárias dividendo igual ao mínimo.
• Assim, após a distribuição do dividendo mínimopara as ações preferenciais, as ações ordináriasreceberão igual valor.
• O montante do lucro distribuído será partilhadoentre ambas espécies de ações, em igualdade decondições.
• Consta na lei:“salvo disposição em contrário no estatuto, odividendo prioritário não é cumulativo, a açãocom dividendo fixo não participa dos lucrosremanescentes e a ação com dividendo mínimoparticipa dos lucros distribuídos em igualdade decondições com as ordinárias, depois de a estasassegurado dividendo igual ao mínimo.” (Art. 17, §4º)
123
• Além do dividendo obrigatório, prevê a Leibrasileira a possibilidade de o estatuto de umasociedade por ações prever o pagamento dedividendo intermediário.
• Nesse caso, obedecidos o estatuto e a Lei, adeliberação da administração é final, não sendosubmetida à apreciação dos acionistas.
• A previsão estatutária já significa a aprovação daassembleia.
124
• A empresa pagará o dividendo de açõesnominativas à pessoa que, na data do ato dedeclaração do dividendo, estiver inscritacomo proprietária ou usufrutuária da ação.
125
• Os dividendos poderão ser pagos por chequenominativo ou mediante crédito em contacorrente bancária aberta em nome do acionistaem até, salvo deliberação em contrário daassembleia-geral, 60 (sessenta) dias da dataem que for declarado e, em qualquer caso,dentro do exercício social.
126
• A data de declaração é o momento em que odividendo é anunciado pelo Conselho deAdministração.
• A declaração inclui o valor do dividendo, a datade registro e a data de pagamento.
• Uma vez que o dividendo foi declarado, aempresa tem a responsabilidade legal de opagar.
Critérios de avaliação do ativo
128
Critério de avaliação do ativo• As contas que compõem o patrimônio da
empresa devem ser avaliadas de tal forma que oseu valor seja incluído no balançopatrimonial com os valores mais próximos dosvalores realizáveis.
129
Critério de avaliação do ativo
"A avaliação é o processo de determinação dovalor monetário a ser dado a um item incluído noBalanço. Para isso é necessário selecionar aunidade de mensuração e o método pelo qual oitem deve ser avaliado”.
Estabelecer critérios
Critério de avaliação do ativo• A mensuração consiste em estabelecer, com base
no preço de entrada, o preço de realização(saída) de um bem conforme o benefícioeconômico futuro esperado.
Valores de entrada: referem-se aos valores deobtenção dos ativos; eValores de Saída: refletem às fontes recebidaspela firma, em particular, o preço de troca doproduto.
Critério de avaliação do ativo• Exemplo:1º - o ativo é registrado pelo custo que éCORRENTE no dia da compra;2º - o valor vai ficando ultrapassado com o tempo(Histórico); e3º - quando o produto é vendido utiliza o preço devenda (Realizável).
Critério de avaliação do ativo
• Não deve ser feito o reconhecimento de um ativoquando for improvável a geração de benefícioseconômicos no período contábil corrente.
Premissa
Critério de avaliação do ativo• Um item deve ser reconhecido no BP se ele
puder ser mensurado com suficienteconfiabilidade, se o valor envolvido pode serrazoavelmente estimado, se é provável que osfuturos benefícios econômicos ou recursosassociados com ele serão obtidos.
O ativo deve representar osfuturos resultados econômicosque uma entidade espera obter.
Critério de avaliação do ativo• A mensuração de ativos é o processo que
determina os valores pelos quais os elementosdevem ser reconhecidos e apresentados nasdemonstrações contábeis; esse processoenvolve a seleção de uma base específica demensuração.
Critério de avaliação do ativo• Na contabilidade o registro de um bem deve ser
feito inicialmente pelos valores originais dastransações, expressos em moeda nacional. (custohistórico)
136
Posteriormente, o valor original seráajustado, conforme determinação legal.
Critério de avaliação do ativo
• As seguintes bases de mensuração devem serutilizadas em graus distintos e combinadas,ao longo do tempo, de diferentes formas:
I – Custo históricoII – Variação do custo histórico.a) Custo correnteb) Valor realizávelc) Valor presented) Valor justoe) Atualização monetária
Critério de avaliação do ativo
• No custo histórico os ativos são registrados pelosvalores pagos ou pelo valor justo dos recursosque são entregues para adquiri-los na data daaquisição.
Critério de avaliação do ativo• O registro da variação do valor original busca
reconhecer a limitação causada pelainstabilidade da unidade de medida (moeda),requerendo certos ajustes no uso de preços derealizações em períodos diferentes.
Valor Original
Custo corrente Custo de reposição
Valor realizável Valor de venda
Valor presente Valor futuro descontado
Valor justo Valor de mercado
Atualização monetária
Ajuste do poder de compra da moeda
Critério de avaliação do ativo
• Os critérios utilizados para avaliação dos itenspatrimoniais estão estabelecidos na Lei 6.404-76, no artigo 183.
Art. 183. No balanço, oselementos do ativo serãoavaliados segundo osseguintes critérios:
Instrumentos financeiros
Critério de avaliação do ativoI - as aplicações em instrumentos financeiros,
inclusive derivativos, e em direitos e títulos decréditos, classificados no ativo circulante ou norealizável a longo prazo:
143
Instrumento financeiroé o ativo que se realizaráem dinheiro. ( Papéis)
Critério de avaliação do ativoinstrumentos financeirosa) pelo seu valor justo, quando se tratar de
aplicações destinadas à negociação oudisponíveis para venda; e
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor deemissão, atualizado conforme disposiçõeslegais ou contratuais, ajustado ao valor provávelde realização, quando este for inferior, no casodas demais aplicações e os direitos e títulosde crédito.
144
Valor realizável
Critério de avaliação do ativoinstrumentos financeiros
• Para fins de avaliação dos investimentostemporários considera-se valor justo dosinstrumentos financeiros, o valor que pode seobter em um mercado ativo, decorrente detransação não compulsória realizada entrepartes independentes.
145
Critério de avaliação do ativo• Os investimentos temporários serão
classificados em três categorias: destinados a negociação, disponíveis para venda, emantidos até o vencimento.
146
Instrumentos financeiros
Destinado a negociação
Valor justo -resultado
Disponível para venda
Valor justo -PL
Mantido até o vencimento
Valor realizável
Critério de avaliação do ativoinstrumentos financeirosa) destinados a negociação = são os investimentos
que a empresa quer vender; não necessita daautorização da assembleia dos sócios, adestinação deles é a venda.
• Estes investimentos serão avaliados pelo valorjusto, com reflexo no resultado do exercício.
148
Critério de avaliação do ativoinstrumentos financeiros
• Se o investimento se valorizou, será reconhecidauma receita; se o investimento se desvalorizou,será reconhecida uma despesa, tudo emcontrapartida da conta que representa oinvestimento.
149
Critério de avaliação do ativoinstrumentos financeiros
b) disponível para venda = são os investimentosque se aparecer um bom negócio a empresa podevender. Neste caso necessita da autorização daassembleia dos sócios, pois a destinação delesnão era a venda.
• São avaliados pelo valor justo, com reflexo nopatrimônio líquido, na conta ajuste da avaliaçãopatrimonial.
150
Critério de avaliação do ativoinstrumentos financeirosc) Mantidos até o vencimento = são os
investimentos que a empresa não quer negociar.• Estes investimentos serão registrados pelo seu
valor original, acrescidos dos juros e correçõescontratuais (receitas financeiras) ou ajustadospela possível perda (despesa financeira).
• A contrapartida do ganho ou da perda noinvestimento será reconhecida em conta doresultado do exercício.
151
Critério de avaliação do ativoinstrumentos financeiros
• Na ausência de um mercado ativo para umdeterminado instrumento financeiro:
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo coma negociação de outro instrumento financeiro denatureza, prazo e risco similares;
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futurospara instrumentos financeiros de natureza, prazo erisco similares; ou
3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentosfinanceiros.
152
• A Empresa aplicou em ativos financeiros,adquirindo, em 01/12/2015, 5 (cinco) títulos novalor de R$ 1.000,00 cada, classificando-os doseguinte modo:2 (dois) títulos como ativos financeiros
“destinados para negociação imediata” e2 (dois) títulos como ativos financeiros
“disponíveis para venda”1 (um) título como ativo financeiro “mantido até o
vencimento”.
EXEMPLO
• Sabendo-se que a taxa de juros contratual detodos os títulos era de 1% ao mês e que o valorjusto de cada título, 30 dias após a aquisição, erade R$ 980,00, qual o valor total dosinvestimentos:
a) R$ 5.050,00b) R$ 4.930,00c) R$ 5.040,00d) R$ 5.010,00e) R$ 4.980,00
1) registrar os juros ganhos no investimento.a) Destinados a negociação – 2.000 + 1% =2.020,00D – investimentos –C – Receitas financeiras – 20,00
b) Disponível para venda – 2.000 + 1% = 2.020,00D – investimentos –C – Receitas financeiras – 20,00
c) Mantido até o vencimento – 1.000 + 1% =1.010,00D – investimentos –C – Receitas financeiras – 10,00
Instrumentos financeiros
Destinado a negociação
Valor justo -resultado
Disponível para venda
Valor justo -PL
Mantido até o vencimento
Custo original - ajustado
2) Efetuar a avaliaçãoa) Destinados a negociação 2.020,00 – valor justo= 1.960,00D - perda ao valor justoC - investimento – 60,00
b) Disponível para venda 2.020,00 – valor justo =1.960,00D - Ajuste da avaliação patrimonialC - investimento – 60,00
c) Mantido até o vencimento 1.010,00 – custooriginal ajustado 1.010,00
Total = 4.930,00
Despesa
PL
Duplicatas a receber
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
• Duplicatas a receber são ativos monetários queque devem ser expressos em termos de entradasesperadas de caixa, ou seja, líquidos dasestimativas de inadimplência.
“Duplicatas a receber” representa um créditoda empresa oriundo de vendas a prazo. Estarelacionado com o objeto social da empresa.
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber• A estimativa de créditos de liquidação duvidosa
ou de devedores duvidosos corresponde aovalor provisionado ao final de cada exercíciosocial para cobrir, no exercício seguinte, perdasdecorrentes de não recebimento porinadimplência, assim, o normal é que a empresafaça a análise da estimativa ao elaborar o seubalancete de verificação e por consequência oBalanço Patrimonial.
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
• O art. 183 da lei 6.404 estabelece que os títulosde crédito serão registrados no BP pelo valor deemissão, ajustado ao valor provável derealização, quando este for inferior.
161
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
• Na contabilidade, a constituição da estimativaencontra amparo no Princípio da Prudência quedetermina a adoção do menor valor para oscomponentes do Ativo e do maior para osdo Passivo, e da competência, que exige oconfronto da despesa com a receita no momentodo fato gerador.
162
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber• Contabilmente a estimativa de perda é
estabelecida por uma das seguintes maneiras:I. Pela análise individual dos devedores com base
na possibilidade de recebimento futuro;II. Pela determinação da estimativa mediante a
aplicação de uma percentagem sobre vendas,com base na experiência anterior;
III. Pela determinação da provisão mediante aaplicação de uma percentagem sobre o saldodos créditos a receber no fim do ano.
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
• O CPC-14 R1, não admite a constituição deprovisões para perdas esperadas – ou seja,provisões para perdas futuras para as quais nãoesteja associada a eventos passados.
As perdas esperadas comoresultado de acontecimentosfuturos, independentemente dograu de probabilidade, não sãoreconhecidas.
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
• No caso das provisões para créditos deliquidação duvidosa, por exemplo, somente deveocorrer o reconhecimento de provisão paraperdas por impairment (perda do valorrecuperável dos ativos) quando houverevidências de que o montante do crédito nãomais será recebido, no todo ou em parte(provisões de perdas incorridas).
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber• São exemplos de evidências para o registro da
provisão:a) significativa dificuldade financeira do devedor;b) quebra de contrato, tal como descumprimentoou atraso nos pagamentos de juros ou doprincipal;c)torna-se provável que o devedor vá entrar emprocesso de falência ou outra reorganizaçãofinanceira.
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber• O termo provisão para contas redutoras do está
sendo adaptado para “perdas estimadas”passando a se utilizar a expressão perdasestimadas para créditos de liquidação duvidosa(PECLD) ou perdas estimadas para devedoresduvidosos (PEDD) e não mais “provisão paracréditos de liquidação duvidosa” ou “provisãopara devedores duvidosos”.
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
• A existência de garantias reais apresentadas pelocliente deverá reduzir ou até descartar o registroda provisão para perda.
168
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
• Para o FISCO considera-se efetiva a perda comcontas incobráveis quando a empresa esgotou osmeios possíveis de cobrança, ou seja, o fisco nãoconsidera uma despesa, somente o registro daprovisão.
169
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber• Legislação fiscal aceita que somente as perdas
efetivas poderão ser deduzidas como despesaspara determinação do lucro fiscal (real). Poderãoser registrados como perda efetiva os créditos deacordo com os seguintes critérios :
I - em relação aos quais tenha havido a declaraçãode insolvência do devedor, em sentençaemanada do Poder Judiciário;
170
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
II - sem garantia, de valor:• Até cinco mil reais, por operação, vencidos há
mais de 6 (seis) meses, independentemente deiniciados os procedimentos judiciais para o seurecebimento;
171
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
• Acima de cinco mil reais até trinta mil reais, poroperação, vencidos há mais de 1 (um) ano,independentemente de iniciados osprocedimentos judiciais para o seu recebimento,porém, mantida a cobrança administrativa;
172
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
• Superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais),vencidos há mais de 1 (um) ano, desde queiniciados e mantidos os procedimentos judiciaispara o seu recebimento;
173
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
III - com garantia, vencidos há mais de 2 (dois)anos, desde que iniciados e mantidos osprocedimentos judiciais para o seu recebimentoou o arresto das garantias.
174
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber• Ao registrar a PDD e reconhecer a possível perda
com a inadimplência a empresa está respeitandoos princípios contábeis, mas está desrespeitandoo que prevê a legislação fiscal, que determina abaixa do crédito somente quando se esgotaremos prazos determinados para a recuperação doativo.
175
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber
• Para equacionar a legislação contábil à legislaçãofiscal o valor apresentado na DRE como despesacom devedores duvidosos deverá ser adicionadono LALUR – Livro de Apuração do Lucro Realpara fins de apuração do valor do imposto derenda devido.
176
EXEMPLO• Uma empresa efetua a venda de R$ 100.000, de
mercadorias, por R$ 250.000, para receber em30 dias.
D- Clientes 250.000D - CMV 100.000C- Estoques 100.000C - Vendas 250.000
• Com base em prováveis perdas, a administraçãoestima uma inadimplência de 10%.
D- perdas por estimativasC- estimativa para inadimplência – 25.000
Balanço PatrimonialAtivo circulante
Clientes – 250.000Estimativa – (25.000)
• Como é uma estimativa a perda pode se efetivarou não, ou ainda, se efetivar a maior ou a menor.
A perda se efetivaD – caixa – 225.000D – estimativa – 25.000C – clientes – 250.000
• Quando a perda não se efetivar a empresa devereconhecer o recebimento dos valores emcontrapartida de uma receita com reversão paraestimativa de perda.
A perda não se efetivaD – caixa – 250.000D – estimativa – 25.000C – receita – 25.000C – clientes – 250.000
Critério de avaliação do ativoDuplicatas a receber• São aceitas duas formas de registro de novas
provisões para estimativa de perda porinadimplência:
a)A complementação do saldo da provisãoconstituída em Balanço Patrimonial (BP) anterior.b) A contabilização da reversão do saldo nãoutilizado da provisão e a constituição da novaprovisão.
• A empresa Modistas da Moda S/A, tem umhistórico de perdas no recebimento de seuscréditos, por isto, não costuma negligenciar autilização de provisão para riscos de crédito.
• Sob esse aspecto, verificamos que do balançopatrimonial de 2014 constou a conta Provisãopara Devedores Duvidosos com saldo de R$2.300,00.
Questão da ESAF
• Ao longo do exercício de 2015 foram comprovadasperdas efetivas no recebimento de créditos, novalor de R$ 1.100,00, e a estimativa de perdas quese faz para 2016, monta a R$ 1.800,00.
• Com base nessas informações, pode-se dizer que aempresa deverá lançar na DRE Exercício, relativaa 2015, uma despesa provisionada para risco decrédito no montante de:
a) R$ 3.000,00 b) R$ 2.900,00c) R$ 1.800,00d) R$ 1.100,00e) R$ 600,00
2014 Saldo final = 2.3002015 baixa por perda = (1.100)2015 saldo final = 1.2002016 saldo inicial = 1.800
A empresa deve complementar o saldo por meio doseguinte lançamento:
D- perda com estimativa – 600C- estimativa para perda – 600
Complementando
2014 Saldo final = 2.3002015 baixa por perda = (1.100)2015 saldo final = 1.2002016 saldo inicial = 1.800
Em 2015 a empresa reverte o que não foi efetivado:D- estimativa para perdaC- receita com reversão – 1.200
Revertendo
Em 2016 a empresa registra a nova estimativa:D- perda com estimativaC- estimativa para perda - 1.800
No encerramento do exercício social, quando ainda restasaldo não utilizado na conta Provisão para DevedoresDuvidosos, necessário se faz contabilizar a reversão dessesaldo. Nesse caso, o lançamento de ajuste a ser feito deveráser:
a) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se aconta de Lucros Acumulados.
b) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se aconta de Resultado do Exercício.
c) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se a conta de Resultado do Exercício.
d) creditando-se a conta de Provisão e debitando-se aconta de Lucros Acumulados.
e) debitando-se a conta de Provisão e creditando-se aconta de Despesa.
Estoques
Critério de avaliação do ativoEstoques
• Estoque = representa os bens de venda(mercadoria), bens de consumo (almoxarifado) ebens de produção (matéria prima/produto emelaboração).
• Estes bens serão avaliados pelo custo deaquisição ou valor de mercado, dos dois omenor.
188
Critério de avaliação do ativoEstoques
II - os direitos que tiverem por objetomercadorias e produtos do comércio dacompanhia, assim como matérias-primas,produtos em fabricação e bens em almoxarifado,pelo custo de aquisição ou produção,deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor demercado, quando este for inferior.
189
Estoques
Critério de avaliação do ativoEstoquesArt 183 § 1o Para efeitos do disposto neste artigo,
considera-se valor justo:a) das matérias-primas e dos bens em
almoxarifado, o preço pelo qual possam serrepostos, mediante compra no mercado;
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preçolíquido de realização mediante venda nomercado, deduzidos os impostos e demaisdespesas necessárias para a venda, e a margemde lucro.
190
Custo corrente
Valor realizável
Estoques
MercadoriaCusto original ou realizável
líquido
Almoxarifado Custo original ou corrente
Matéria prima Custo original ou corrente
Dos dois o menor
Custo corrente é igual ao de reposição
Critério de avaliação do ativoEstoques• O custo original compreende o preço de compra,
os impostos de importação e outros tributos(exceto os recuperáveis junto ao fisco), bemcomo os custos de transporte, seguro, manuseioe outros diretamente atribuíveis à aquisição deprodutos acabados, materiais e serviços. Osdescontos comerciais, abatimentos e outros itenssemelhantes devem ser deduzidos nadeterminação do custo de aquisição.
192
Critério de avaliação do ativoEstoquesValor original = Compra (+) frete sobre compras(+) seguro sobre compras(+) carga e descarga de mercadorias compradas (-) descontos e abatimentos obtidos na compra(-) desconto comercial obtido(-) devolução de compras(-) compras canceladas(-) impostos recuperáveis (Icms sobre compras)
193
Critério de avaliação do ativoEstoques
• O preço líquido de realização é calculado daseguinte forma:
Preço de venda(-) impostos sobre vendas
(-) despesas de venda(-) margem de lucro
(=) Valor de mercado
a) Em Novembro a empresa compra mercadorias nototal de R$ 100.000,00, com frete e seguro de R$30.000,00 e carga e descarga de R$ 20.000,00.
EXEMPLO
b) No fim do ano, ao elaborar o “BP”, aadministração levanta as seguintes informações:I- preço de reposição de R$ 160.000,00.II- preço de venda, a vista, da mercadoria R$210.000,00; a margem de lucro e os impostosestimados na venda eram R$ 40.000,00.III- Se vender a prazo, o preço é de R$250,000,00.IV- As mercadorias poderiam ser trocadas nomercado pelo valor de R$ 180.000,00.
Critério de avaliação do ativoEstoques
• Custo original: 150.000,00• Custo corrente: 160.000,00• Valor realizável líquido: 170.000,00• Valor presente: 210.000,00• Valor justo: 180.000,00
Critério de avaliação do ativoEstoques• Mercadoria: a) Custo ou mercado, dos dois o menor.b) Custo é o valor de entradac) Mercado é preço de realização
Custo = 150.000,00 Mercado = 170.000,00
Critério de avaliação do ativoEstoques
• Quando o valor de mercado for menor que ocusto original a empresa deverá registrar umaprovisão (estimativa) para desvalorização doestoque, conta redutora, da seguinte forma:
D – despesa com desvalorização do estoqueC – estimativa de desvalorização do estoque
199
Critério de avaliação do ativoEstoques
• A apresentação no balanço patrimonial é aseguinte:
Estoque(-) Estimativa para desvalorização - ajuste ao
mercado
200
Critério de avaliação do ativoEstoques
• Os estoques de mercadorias fungíveisdestinadas à venda poderão ser avaliados pelovalor de mercado, quando esse for o costumemercantil aceito pela técnica contábil.
201
Critério de avaliação do ativoEstoques• Mercadoria fungível é a mercadoria que pode
ser substituída por outra da mesma qualidade eespécie, sem que exista uma diferenciação parafins de controle, pois são dotadas depropriedades essencialmente idênticas, onde nãoé prático que se proceda à sua diferenciaçãomediante um simples exame visual.
• São exemplos de mercadoria fungível: estoque deprodutos agrícolas, animais, botijão de gás.
202
Investimentos
Critério de avaliação do ativoInvestimentos
• Investimentos – são ativos da empresa quenão estão sendo utilizados nas suas atividadenormais;
• São denominados de bens de renda.• Os investimentos permanentes são divididos em
participações societárias e outros investimentos.
204
Critério de avaliação do ativoInvestimentos
III - os investimentos em participação nocapital social de outras sociedades, ressalvado odisposto nos artigos 248 a 250, pelo custo deaquisição, deduzido de provisão para perdasprováveis na realização do seu valor, quandoessa perda estiver comprovada comopermanente, e que não será modificado emrazão do recebimento, sem custo para acompanhia, de ações ou quotas bonificadas.
205
Critério de avaliação do ativoInvestimentosIV - Os demais investimentos, pelo custo de
aquisição, deduzido de provisão para atender àsperdas prováveis na realização do seu valor, oupara redução do custo de aquisição ao valor demercado, quando este for inferior.
206
Critério de avaliação do ativoInvestimentos• Os incisos III e IV tratam dos seguintes ativos:1. Participações societárias avaliadas pelo métodode equivalência patrimonial (art. 248 a 250)2. Participações societárias avaliadas pelo métodode custo deduzido de perda comprovada comopermanente.3. Outros investimentos, normalmenterelacionados com propriedades para investimento(imóvel destinados à valorização ou para aluguel);
207
Critério de avaliação do ativoInvestimentos• Participações societárias – são os
investimentos permanentes em ações de outrasempresas. São divididos em investimentos emcontroladas, coligadas e ações de outrasempresas.
208
Critério de avaliação do ativoInvestimentos a) Os investimentos em coligadas e controladas
serão avaliados pelo MEP – método deequivalência patrimonial.
b) Os demais investimentos, inclusiveparticipações societárias, serão registrados pelovalor histórico, ajustado por provisão parapossível perda.
209
Propriedade para investimento• Propriedade para investimento é a
propriedade (terreno ou edifício – ou parte deedifício – ou ambos) mantida (pelo proprietárioou pelo arrendatário em arrendamentofinanceiro) para auferir aluguel ou paravalorização do capital, e por isso classificadas nosubgrupo Investimentos, dentro do ativo nãocirculante.
210
Arrendamento operacional NÃO
Propriedade para investimento
• Isso distingue as propriedades para investimentode propriedades ocupadas pelos proprietários.
211
A propriedade para investimento diferencia-sedo imobilizado pelo fato de gerar fluxos decaixa significativamente independentes aopasso que o imobilizado gera fluxos de caixaatravés da sua utilização no processo deprodução ou fornecimento de bens e serviçosou para finalidades administrativas.
Propriedade para investimento
• Propriedade ocupada pelo proprietário é apropriedade mantida pela entidade para uso naprodução ou fornecimento de bens ou serviçosou para finalidades administrativas.
212
imobilizado
Propriedade para investimento• São exemplos de propriedades para
investimento: a) terrenos mantidos para valorização de capital a
longo prazo e não para venda a curto prazo nocurso ordinário dos negócios;
b) terrenos mantidos para futuro uso (se aentidade não tiver determinado que usará oterreno como propriedade ocupada peloproprietário ou para venda a curto prazo nocurso ordinário do negócio);
213
Propriedade para investimentoc) edifício que seja propriedade da entidade (ou
mantido pela entidade em arrendamentofinanceiro) e que seja arrendado sob um ou maisarrendamentos operacionais;
d) edifício que esteja desocupado, mas mantidopara ser arrendado sob um ou maisarrendamentos operacionais;
e) propriedade que esteja sendo construída oudesenvolvida para futura utilização comopropriedade para investimento.
214
Propriedade para investimento• A propriedade para investimento será
reconhecida como ativo quando, e apenasquando dois pontos forem obedecidoscumulativamente.
a) For provável que os benefícios econômicosfuturos associados à propriedade parainvestimento fluirão para a entidade; e
b) O custo da propriedade para investimentopossa ser mensurado confiavelmente.
215
Propriedade para investimento• A propriedade para investimento deve ser
inicialmente mensurada pelo seu custo.• Os custos de transação devem ser incluídos na
mensuração inicial, que compreende o seu preçode compra e qualquer dispêndio diretamenteatribuível; como por exemplo, as remuneraçõesprofissionais de serviços legais, impostos detransferência de propriedade e outros custos detransação.
216
Propriedade para investimento
• Após o reconhecimento do ativo a entidade deveescolher como sua política contábil dedivulgação o método do valor justo ou o métododo custo e deve aplicar essa política a todas assuas propriedades para investimento.
217
Propriedade para investimento• Pelo método de custo, o imóvel é depreciado e a
companhia deve reconhecer uma eventualprovisão para perda se o valor contábil doimóvel não for recuperável.
• Pelo método do valor justo, o ajuste a valor justodo imóvel é registrado diretamente no resultadodo exercício como um ganho ou uma perda(outras receitas ou despesas).
218
Propriedade para investimento
• Quando o ativo for registrado, deve serseparado o terreno da edificação.
• Somente a parte da edificação é depreciada.
219
Propriedade para investimento• Quando houver mudança de destinação como a
transferência de propriedade parainvestimento para o imobilizado, deverá serconsiderado como custo o valor justo na data daalteração efetiva do uso, e a partir destemomento, são aplicadas todas as regrascontábeis próprias do ativo imobilizado,inclusive depreciação.
Propriedade para investimento• Quando um ativo imobilizado for transferido
para propriedade para investimento, e passar aser avaliada pelo valor justo, a diferençaacumulada até a transferência, se for negativa,deverá ser registrada no resultado do exercício e,se positiva, em ajustes de avaliaçãopatrimonial como parte de outros resultadosabrangentes. (CPC 28)
Propriedade para investimento• Quando a entidade concluir a construção ou o
desenvolvimento de propriedade parainvestimento de construção própria que seráescriturada pelo valor justo, qualquer diferençaentre o valor justo da propriedade nessa data e oseu valor contábil anterior deve ser reconhecidano resultado.
Investimentos
Coligadas e controladas MEP
Outros investimentos Custo ajustado
Propriedade para investimento
Custo ou valor justo
Custo original
Participações societárias
Participações societárias
• Entende-se por participações societárias o totalde recursos aplicados no capital social de outraempresa.
• A investidora adquire parte de outra sociedade,a investida.
Participações societárias• O parágrafo 3°, do artigo 2°, da Lei n° 6.404/76
estabelece que:"A companhia pode ter por objeto participar deoutras sociedades; ainda que não prevista noestatuto, a participação é facultada como meio derealizar o objeto social ou para beneficiar-se deincentivos fiscais."
O investimento pode ser de carátertemporário ou permanente.
Participações societárias• Participações de caráter temporário são as
aplicações feitas em bolsa de valores; em umacarteira de ações, comprando e vendendo deacordo com a sua expectativa de valorização.
• Este é tipicamente um investimento especulativo(classificação: ativo circulante ou realizável alongo prazo, conforme a expectativa de venda).
Participações societárias• Os investimentos temporários serão divididos
para fins de avaliação e divulgação no balançopatrimonial em três categorias:Destinados a negociação – Valor justo com
contrapartida no resultado do exercícioDisponíveis para venda – Valor justo com
contrapartida no PL (AAP)Mantidos até o vencimento – Custo ajustado
Participações societárias• As participações permanentes são exercidas
para extensão ou complementação dasatividades da investidora, para diversificaçãodessas atividades ou ainda como estratégiaoperacional (segurança no fornecimento deinsumos, eliminação de concorrência, etc).
Participações societárias• Neste caso espera-se o ganho pelas operações da
empresa investida ou pela melhoria operacionalda empresa investidora.
• Assim, mesmo que um investimento dessanatureza possa, a qualquer momento, seralienado, não deve ser considerado comotemporário, são investimentos permanentes
Participações societárias• Participações societárias permanentes:a) Ações de outras empresas – Custo ajustadob) Coligadas – MEP c) Controladas – MEP d) Joint venture – MEP e) Subsidiária integral – MEP
231
Participações societárias• A lei 6.404 trata do assunto investimentos
permanentes em coligadas e controladas daseguinte forma:
• Art. 243. O relatório anual da administraçãodeve relacionar os investimentos da companhiaem sociedades coligadas e controladas emencionar as modificações ocorridas durante oexercício.
232
Participações societárias§ 1o São coligadas as sociedades nas quais ainvestidora tenha influência significativa.§ 2º Considera-se controlada a sociedade na quala controladora, diretamente ou através de outrascontroladas, é titular de direitos de sócio que lheassegurem, de modo permanente,preponderância nas deliberações sociais e opoder de eleger a maioria dos administradores.
233
Participações societárias§ 4o Considera-se que há influência significativaquando a investidora detém ou exerce o poder departicipar nas decisões das políticas financeira ouoperacional da investida, sem controlá-la.§ 5o É presumida influência significativa quandoa investidora for titular de vinte por cento ou maisdo capital votante da investida, sem controlá-la."(NR)
234
Participações societárias• Coligada – é uma entidade sobre a qual o
investidor tem influência significativa e que nãose configura como controlada ou participaçãoem empreendimento sob controle conjunto(joint venture)
235
Participações societárias• Influência significativa representa um certo
poder da investidora sobre a investida.• Como o poder de participar das decisões
financeiras-sociais, sem preponderância, e opoder de eleger um ou mais administradores,mas não a maioria.
236
Participações societárias São exemplos de evidências de influência
significativa na investida os seguintesaspectos:
• O investimento onde o seu valor represente 20% ou maisdo capital social votante da investida;
• Participação nas suas deliberações sociais, inclusive coma existência de administradores comuns;
• Poder de eleger ou destituir um ou mais de seusadministradores;
• Representação no conselho de administração ou nadiretoria da investida;
237
Participações societárias• Volume relevante de transações, inclusive com o
fornecimento de assistência técnica ou informaçõestécnicas essenciais para as atividades da investidora;
• Significativa dependência tecnológica e/oueconômico-financeira;
• Recebimento permanente de informações contábeisdetalhadas, bem como de planos de investimento;
• Uso comum de recursos materiais, tecnológicos ouhumanos;
238
Participações societárias
• Participação nos processos de elaboração depolíticas, inclusive em decisões sobre dividendos eoutras distribuições;
• Operações materiais entre o investidor e a investida;• Intercâmbio de diretores ou gerentes; ou• Fornecimento de informação técnica essencial.
239
Participações societárias• Controlada – é a entidade na qual a
controladora, diretamente ou por meio de outrascontroladas, é titular de direitos de sócio que lheassegurem, de modo permanente,preponderância nas deliberações sociais e opoder de eleger a maioria dos administradores.
• Também será considerada controlada a empresaonde a investidora possuir mais de 50% docapital votante da investida.
240
Participações societárias• Controle é o poder de governar as políticas
financeiras e operacionais da entidade de formaa obter benefícios de suas atividades.
• A lei 6.404 trata do controle como poder enão como propriedade, pois uma empresa podecontrolar indiretamente outra sem deter apropriedade de mais de 50% do seu capitalvotante.
241
Participações societárias• O controle pode ser direto ou indireto.
Controle direto = a investidora possui maisde 50% das ações com direito a voto da investidaem seu próprio nome ou tem preponderânciasobre a investida de forma direta.
242
Participações societárias Controle indireto = Ocorre quando a
investidora possui preponderância nas decisõesda investida por meio de outras empresas, queela também é controladora.
Neste caso não existe a necessidade dapropriedade de mais de 50% do capital votanteda investida.
243
A
60%
B 60%60% C20%
10%10% E
D
100%100% F
H
Equivalência patrimonial• Equivalência patrimonial consiste em
estabelecer o valor do investimento mediante aaplicação da porcentagem de participação nocapital social da empresa sobre o patrimônioliquido da investida.
• Demonstra quanto está valendo em reais aporcentagem que a investidora possui nainvestida.
245
Equivalência patrimonial
• O método da equivalência também édenominado de método do patrimôniolíquido, pois tem como base de cálculo daavaliação o patrimônio líquido da investida.
246
Equivalência patrimonial
• Método de equivalência patrimonial é o métodode contabilização por meio do qual oinvestimento é inicialmente reconhecido pelocusto e posteriormente ajustado peloreconhecimento da participação atribuída aoinvestidor nas alterações dos ativos líquidos dainvestida.
247
Equivalência patrimonial
• Deverão ser avaliados pelo método daequivalência patrimonial:
I - O investimento em cada controlada;II - O investimento em cada coligada;III - Sociedades que façam parte de um mesmo
grupo;IV - Sociedades que estejam sob um controle
conjunto
248
Equivalência patrimonial
• O valor do investimento, pelo método daequivalência patrimonial, será obtido mediante oseguinte cálculo:
I - Aplicando-se a percentagem de participação nocapital social sobre o valor do patrimônio líquidoda coligada e da controlada; e
II - Subtraindo-se do montante, os lucros nãorealizados.
249
Equivalência patrimonial
• Lucro não realizado é o lucro que ainda não setransformou em dinheiro oriundo de atividadesentre a investidora e a investida.
• Por exemplo, a investida vende $50.000 demercadoria por $80.000, a prazo, para ainvestidora, que mantem toda a mercadoriaainda no estoque (ainda não revendeu).
250
Equivalência patrimonial
• A investida obteve um lucro de $30.000; estelucro irá aumentar o seu resultado e porconsequência irá aumentar o seu patrimôniolíquido.
• O PL da investida é a base da equivalênciapatrimonial, assim, a investidora estaráreconhecendo um “ganho” sobre um valor que éum custo para ela e que se mantem nopatrimônio da investida.
251
Equivalência patrimonial
• Serão considerados lucros não realizadosaqueles decorrentes de negócios com ainvestidora ou com outras coligadas econtroladas, quando:
a) O lucro estiver incluído no resultado de umacoligada e controlada e correspondido porinclusão no custo de aquisição de ativos dequalquer natureza no balanço patrimonial dainvestidora; ou
252
Equivalência patrimonialb) O lucro estiver incluído no resultado de uma
coligada e controlada e correspondido porinclusão no custo de aquisição de ativos dequalquer natureza no balanço patrimonial deoutras coligadas e controladas.
253
Equivalência patrimonial• Os prejuízos decorrentes de transações com a
investidora, coligadas e controladas não devemser eliminados no cálculo da equivalênciapatrimonial.
254
ATENÇÃO
• Quando o resultado da equivalência patrimonialfor negativo e ultrapassar o valor doinvestimento, deverá a diferença ser reconhecidacomo um passivo para a investidora.
255
• A Empresa Controladora S.A., companhia decapital aberto, apura um resultado negativo deequivalência patrimonial que ultrapassa o valortotal de seu investimento na Empresa AdquiridaS.A. em R$ 400.000,00. A Empresa ControladoraS.A. não pode deixar de aplicar recursos nainvestida, uma vez que ela é a única fornecedorade matéria-prima estratégica para seu negócio.Dessa forma, deve a investidora registrar o valorda equivalência
EXEMPLO – AFRFB 2012
a) a crédito do investimento, ainda que o valorultrapasse o total do investimento efetuado.b) a crédito de uma provisão no passivo, parareconhecer a perda no investimento.c) a crédito de uma provisão no ativo, redutora doinvestimento.d) a débito do investimento, ainda que o valorultrapasse o total do investimento efetuado.e) a débito de uma reserva de capital, gerando umacobertura para as perdas.
Equivalência patrimonial• A diferença verificada, ao final de cada período,
no valor do investimento avaliado pelo métododa equivalência patrimonial, deverá serapropriada pela investidora como:
I - Receita ou despesa operacional, quandocorresponder:
258
Equivalência patrimoniala) A aumento ou diminuição do patrimônio
líquido da coligada e controlada, em decorrênciada apuração de lucro líquido ou prejuízo noperíodo ou que corresponder a ganhos ou perdasefetivos em decorrência da existência de reservasde capital ou de ajustes de exercícios anteriores;e
b) A variação cambial de investimento emcoligada e controlada no exterior.
259
Equivalência patrimonialII – Outras receitas ou despesa, quando
corresponder a eventos que resultem na variaçãoda porcentagem de participação no capital socialda coligada e controlada;
III - Aplicação na amortização do ágio emdecorrência do aumento ocorrido no patrimôniolíquido por ajuste da avaliação patrimonial quelhe deram origem; e
260
Equivalência patrimonialIV - Ajuste da avaliação patrimonial no PL,quando corresponder a aumento ocorrido nopatrimônio líquido da coligada e controlada, peloajuste de avaliação patrimonial de seus ativos oupassivos, ressalvado o disposto no inciso anterior.
261
Importante
• Toda vez que a investida distribuir dividendo,irá afetar o montante do seu PatrimônioLíquido e por consequência o valor doinvestimento no ativo da investidora.
Atenção
Nos investimentos avaliados pelo custo não sereconhece o ganho na equivalência.
Quando a investida distribuir dividendos a investidora deve reconhecer uma receita com dividendos.
Equivalência patrimonial• Deverá deixar de ser avaliado pelo método da
equivalência patrimonial o investimento emsociedades coligadas e controladas com efetiva eclara evidência de perda de continuidade de suasoperações ou no caso em que estas estejamoperando sob severas restrições a longo prazo,que prejudiquem significativamente a suacapacidade de transferir recursos para ainvestidora.
264
Equivalência patrimonial• O investimento cuja venda por parte da
investidora, em futuro próximo, tenha efetiva eclara evidência de realização, continuará sendoavaliado pelo método da equivalênciapatrimonial até a data-base considerada para avenda.
265
Equivalência patrimonial• Para os efeitos do cálculo da equivalência
patrimonial, o patrimônio líquido da coligada econtrolada deverá ser determinado com base nasdemonstrações contábeis levantadas na mesmadata das demonstrações contábeis dainvestidora.
266
Equivalência patrimonial• Na impossibilidade de cumprimento das datas
da avaliação, admite-se a utilização dedemonstrações contábeis da coligada econtrolada em um período máximo dedefasagem de até 60 (sessenta) dias antesda data das demonstrações contábeis dainvestidora.
267
Equivalência patrimonial• O período de abrangência das demonstrações
contábeis da coligada e controlada deverá seridêntico ao da investidora, independentementedas respectivas datas de encerramento.
• Admite-se a utilização de períodos não idênticos,nos casos em que este fato representar melhoriana qualidade da informação produzida, sendo amudança evidenciada em nota explicativa.
268
Imobilizado
Imobilizado• Ativo imobilizado: são os direitos que tenham
por objeto bens corpóreos destinados àmanutenção das atividades da companhia ou daempresa ou exercidos com essa finalidade,inclusive os decorrentes de operações quetransfiram à companhia os benefícios, riscos econtrole desses bens.
270
Imobilizado
V – os direitos classificados no imobilizado, pelocusto de aquisição, deduzido do saldo darespectiva conta de depreciação, amortização ouexaustão;
Imobilizado• Serão classificados no imobilizado os bens
tangíveis com prazo de vida maior que um ano.• Se a vida útil do bem for menor que um ano,
pode ser reconhecido como despesadiretamente.
272
Imobilizado• Para atender uma determinação fiscal, a
empresa, a seu critério, poderá lançar comocusto ou despesa operacional o valor deaquisição de bens do ativo imobilizado, cujoprazo de vida útil não ultrapasse um ano ou ovalor unitário não seja superior a R$ 1.200,00.
273
Imobilizado• A base de avaliação dos bens componentes do
imobilizado é o seu custo de aquisição, ou seja,todos os gastos relacionados com a aquisição dosbens e os necessários para colocá-lo em local econdições de uso no processo operacional dacompanhia.
Imobilizado• O custo de um bem do imobilizado compreende
o seu valor de compra, incluindo custos dedesembaraço alfandegário e impostos nãorecuperáveis, e quaisquer custos diretamenteatribuíveis para colocar o ativo em condiçõesoperacionais para o uso pretendido; quaisquerdescontos comerciais e abatimentos sãodeduzidos para chegar ao valor de compra.
275
Imobilizado• Para os bens construídos o custo corresponde
aos gastos por aquisição dos materiais aplicados,o da mão-de-obra e seus encargos e outroscustos diretos e indiretos relacionados com aconstrução, incorridos até a data da colocaçãodos mesmos em atividade.
Imobilizado
• Os encargos financeiros sobre recursos captadosincorridos durante o período de construção ouprodução de um imobilizado devem entrar nocusto do bem até a sua colocação em uso.
277
Imobilizado• Os bens que forem incorporados ao Patrimônio
Líquido da empresa para formação do capitalsocial serão registrados pelo seu valor deavaliação, estabelecido por três peritos ou porempresa especializada e o laudo deve seraprovado em assembleia geral (Art. 8º da Lei nº6.404/1976).
Imobilizado• Gastos subsequentes relativos a um bem do
imobilizado que já foi reconhecido devem seradicionados ao valor contábil do ativo quando éprovável que os futuros benefícios econômicosdeles decorrentes sejam percebidos pelaempresa.
• Todos os demais gastos subsequentes devem serreconhecidos como despesa no período em quesão incorridos.
279
Imobilizado• É importante destacar que os gastos subsequentes
só são reconhecidos como ativo quando ele melhoraras condições do ativo ampliando a vida útileconômica originalmente estimada. Exemplos:
a) Modificação de um bem da fábrica para prolongarsua vida útil, ou para aumentar sua capacidade;
b) Aperfeiçoamento de peças de máquina paraconseguir um aumento substancial na qualidade daprodução; e
c) Adoção de novos processos de produção permitindoredução substancial nos custos operacionaisanteriormente avaliados.
280
Imobilizado• O gasto com reparos ou manutenção de ativo
imobilizado é incorrido para restaurar oumanter os benefícios econômicos futuros que aempresa pode esperar do padrão originalmenteavaliado no desempenho do ativo.
• Como tal, é usualmente reconhecido comodespesa quando incorrido.
281
Depreciação
• Conceitua-se depreciação como sendo adiminuição do valor contábil dos bens corpóreosque integram o ativo imobilizado ouinvestimentos (bens alugados para terceiros) emdecorrência de desgaste ou perda de utilidadepelo uso, ação da natureza ou obsolescência,durante a sua vida útil.
282
Depreciação
• Vida útil é o período de tempo durante o qual aentidade espera utilizar o ativo ou o número deunidades de produção ou de unidadessemelhantes que a entidade espera obter pelautilização do ativo.
BEM COM VIDA ÚTIL INDETERMINADA
NÃO DEPRECIA
Depreciação• Os seguintes fatores devem ser considerados ao
se estimar a vida útil, período de uso e volumede produção de um ativo:
a) o uso esperado do ativo, que deve ser avaliadocom base na capacidade esperada ou na produçãofísica do ativo;b) o desgaste físico esperado, que depende defatores operacionais, tais como o número deturnos durante os quais o ativo será usado, oprograma de reparo e manutenção, inclusiveenquanto estiver ocioso;
Depreciaçãoc) a obsolescência tecnológica resultante demudanças ou aperfeiçoamentos na produção oumudanças na demanda no mercado pelo produtoou serviço produzido pelo ativo; ed) os limites legais ou semelhantes sobre o uso doativo, tais como datas de expiração dos respectivosarrendamentos, permissões de exploração ouconcessões.
DESCRIÇÃO (FISCO) VIDAÚTIL TAXAANUAL
Móveis e utensílios 10 anos 10%
Edifícios e benfeitorias 25 anos 4%
Máquinas e equipamentos 10 anos 10%
Computadores e periféricos 5 anos 20%
Veículos de passageiros 5 anos 20%
Tratores 4 anos 25%
Veículos de carga 5 anos 20%
Caminhões fora-de-estrada 4 anos 25%
Motociclos 4 anos 25%
Depreciação• Ao longo do tempo, com o desgaste pelo uso, a
obsolescência e a ação da natureza, os ativos vãoperdendo valor, e essa perda de valor éreconhecida pela contabilidade, periodicamente,até que esse ativo atinja o valor residual.
• A reparação e a manutenção de um ativo nãoevitam a necessidade de depreciá-lo.
Depreciação• Valor Residual: representa uma parcela do
valor do bem que a empresa não tem interesseem depreciar; é o valor que a empresa desejamanter no ativo e não entrará na base de cálculoda depreciação.
• Valor residual é o montante líquido que aentidade espera, com razoável segurança, obterpor um ativo no fim de sua vida útil, deduzidosos custos esperados para sua venda.
288
Depreciação
• Valor depreciável é o valor original de um ativo deduzido do seu valor residual, quando possível ou necessária a sua determinação.
Depreciação• A depreciação de um ativo começa quando o
item está em condições de operar na formapretendida pela administração, e cessa quando oativo é baixado ou transferido do imobilizado.
• A depreciação não cessa quando o ativo éretirado temporariamente de operação.
Depreciação• Depreciação é uma despesa que terá como
contrapartida a conta redutora do ativodenominada de depreciação acumulada.
291
D- depreciaçãoC- depreciação acumulada
Depreciação
• Cada parte de um item do ativo imobilizado comcusto significativo em relação ao valor total dobem, deve ser depreciado, amortizado ouexaurido separadamente; por exemplo,depreciar a fuselagem e os motores de um aviãocomo se fossem dois bens diferentes.
292
ç
Separar terreno da edificação
Depreciação• Segundo o CFC é obrigatório o reconhecimento
da depreciação, amortização e exaustão.• A taxa anual de depreciação de um bem será
fixada com base na estimativa de sua vida útil ouprazo de utilização e o limite de depreciação é ovalor do próprio bem.
293
Depreciação• Podem ser objeto de depreciação todos os bens
físicos sujeitos ao desgaste pelo uso, por causasnaturais, obsolescência normal.
• Deve-se manter um controle individualizado,por bem para que o valor contabilizado dadepreciação não ultrapasse o valor contábil dorespectivo bem.
294
Depreciação
São susceptíveis de depreciação:a) Bens móveis e imóveis utilizados no
desempenho de atividades d da administração;b) Os bens móveis utilizados nas atividades
operacionais, instalados em estabelecimento daempresa;
c) Os veículos do tipo caminhão, caminhonete decabine simples utilizados no transporte demercadorias e produtos adquiridos para revendae de matérias prima;
295
Depreciaçãoe) Os veículos utilizados nas atividades da
empresa e utilizados no transporte coletivo deempregados;
g) Os bens móveis e imóveis utilizados empesquisa e desenvolvimento de produtos eprocessos;
h) Os bens móveis e imóveis próprios, locadospela pessoa jurídica, e que tenham a locaçãocomo objeto de sua atividade.
296
DepreciaçãoNão é admitido o registro de depreciação em
relação aos seguintes bens:• Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos e
construções;• Prédios e construções não alugados nem
utilizados ou imóveis destinados à venda;• Bens que normalmente aumentam de valor com
o tempo, como obras de arte ou antiguidades;• Bens inesgotáveis ou com vida indeterminada.
297
Depreciação A legislação fiscal aceita o registro da
depreciação de forma:a) normal;b) Acelerada; ec) incentivada.
298
Depreciação normal
a) Depreciação normal = é a forma de registroque trata do uso normal de um bem durante 1turno e de acordo com os prazos de vida útilapresentados pela Legislação Fiscal.
299
Depreciação aceleradab) Depreciação acelerada = é a depreciação
resultante do desgaste pelo uso de um bem emregime de operação acima do normal, ou seja,quando uma máquina é utilizada em dois ou trêsturnos de serviço.
300
Depreciação acelerada É aceita pela Receita Federal somente para bens
móveis envolvidos na produção ou nasatividades normais da empresa, com a aplicaçãodos seguintes coeficientes:
a) para 1 turno de 8 h um coeficiente de 1. b) para 2 turnos de 8 h cada, um coeficiente de
1.5. c) para três turnos de 8 horas um coeficiente de
2.0.
301
Depreciação incentivada
c) Depreciação acelerada incentivada = é umincentivo que o governo dá para as empresas afim de que elas modernizem e ampliem seusequipamentos industriais.
302
Depreciação incentivada Consiste na adoção de uma taxa de depreciação
a mais, além da depreciação normalcontabilizada. A depreciação incentivada não será registrada na
DRE, pois a mesma não representa um desgastefísico, mas sim, um incentivo do governo. Seráexcluída no LALUR.
303
Depreciação de bens comprados com usoA taxa de depreciação de bens usados é
estabelecida pelo RIR/99 art. 311, podendo amesma ser calculada considerando como prazode vida útil, o maior dentre:
a) Metade do prazo de vida útil admissível para obem adquirido novo;
b) Restante da vida útil do bem, considerada estaem relação á primeira instalação para utilização.
304
Depreciação de bens comprados com uso• Atente que a Receita Federal determina o maior
prazo dos dois, o que quer dizer que a empresadeve utilizar a menor taxa das duas.
• Quanto maior for o prazo de depreciação menora taxa aplicada para calcular a depreciação doperíodo.
• Este procedimento estabelece uma despesa dedepreciação menor, um lucro maior e com issouma arrecadação fiscal maior.
305
Métodos de depreciação• Dentre os métodos de cálculo dos encargos de
depreciação, amortização e exaustão destacam-se, segundo o CFC:
a) O método linear que resulta numa despesaconstante durante a vida útil, se o valor residualdo ativo não mudar;
b) O método dos saldos decrescentes que resultaem despesa decrescente durante a vida útil;
c) O método das unidades produzidas que resultaem despesa baseada na expectativa de produção.
306
Métodos de depreciação• O método linear consiste na aplicação de
taxas constantes durante o tempo de vida útilestimado para um bem; é o método maisfreqüentemente utilizado.
• A depreciação é calculada pela seguinte fórmula:
307
DA = VB – VR / VU
Métodos de depreciação
• Método dos saldos decrescentes• Neste método a despesa com a depreciação é
calculada de forma escalonada, partindo domaior valor para o menor, a partir de umavariável criada.
308
Métodos de depreciação
• Quando a empresa utiliza este método, estabelececomo denominador o valor formado pela somados anos de vida útil do bem, sendo o numeradorrepresentado pelos anos de vida útil.
309
Métodos de depreciação
Este método é conhecido como o método decole, consiste em dividir o total da depreciaçãoem frações tais que, o numerador expresse osperíodos que faltem para o final da vida útil dobem, e o denominador represente o somatóriodos períodos.
310
Métodos de depreciação
• O método das unidades produzidas consisteem dividir o número de unidades produzidas noperíodo pelo total de unidades que a empresaestima produzir.
311
Métodos de depreciação• A cota de depreciação está relacionada com a
produção, ou seja, a vida útil da máquina seráestabelecida por unidades de produção e não poranos.
• Este método é próprio das empresas industriais.
312
Métodos de depreciação
• O cálculo da quota de depreciação anual éefetuado pela seguinte fórmula:Número de unidades produzidas no período. Número de unidades estimadas a serem produzidas durante a vida útil do bem
313
Exaustão• Entende-se por exaustão a diminuição do valor
contábil de recursos naturais que estão sendoexplorados pela empresa.
• Em termos contábeis, a exaustão se relacionacom a perda de valor dos bens ou direitos doativo, ao longo do tempo, decorrentes de suaexploração (extração ou aproveitamento).
• Exaurir significa esgotar completamente.
314
Exaustão• É um fenômeno patrimonial que diminui o valor
contábil de bens imobilizados suscetíveis deexploração e que se esgotam no decorrer dotempo, como, por exemplo:Minas Jazidas Bosques Florestas Plantações
315
Exaustão• A Lei 6.404 estabelece que a diminuição de
valor dos elementos do ativo imobilizado seráregistrada periodicamente nas contas deexaustão, quando corresponder à perda dovalor decorrente da sua exploração, de direitoscujo objeto seja recursos minerais ou florestais,ou bens aplicados nessa exploração.
316
Exaustão
• Note que a Lei abrange os bens aplicados nosrecursos minerais ou florestais, comoequipamentos, máquinas etc.
317
Exaustão
• O valor anual da exaustão será determinado :a)com base na relação existente entre a extraçãoefetuada e o valor total do recurso natural(possança)b) com base no prazo de concessão paraexploração do recurso natural
318
Exaustão acumuladarecursos vegetais
• O Regulamento do Imposto de Renda /99estabelece que poderá ser computada, comocusto ou encargo, em cada período de apuração,a importância correspondente à diminuição dovalor de recursos florestais, resultante de suaexploração, sendo que a quota de exaustão dosrecursos florestais destinados a corte terá comobase de cálculo o valor das florestas.
319
Exaustão acumuladarecursos vegetais• Para o cálculo do valor da quota de exaustão
será observado o seguinte critério:I - apurar-se-á, inicialmente, o percentual que o
volume dos recursos florestais utilizados ou aquantidade de árvores extraídas durante operíodo de apuração representa em relação aovolume ou à quantidade de árvores que no iníciodo período de apuração compunham a floresta;
320
Exaustão acumuladarecursos vegetais
II - o percentual encontrado será aplicado sobre ovalor contábil da floresta, registrado no ativo, e oresultado será considerado como custo dosrecursos florestais extraídos.
321
Exaustão acumuladarecursos vegetais
• Quando o recurso natural objeto da exaustão éuma floresta ou são vegetais ou frutos de menorporte, deve-se atentar para qual é procedimentocorreto que a empresa irá utilizar, se depreciaçãoou exaustão.
322
Exaustão acumuladarecursos vegetais
• A depreciação é utilizada quando a floresta édestinada à exploração dos respectivos frutos; aplantação não se esgota, mas os frutos sim.
• Neste caso, o custo de aquisição ou formação dafloresta é depreciado em tantos anos quantosforem os de produção de frutos, ou seja, adepreciação será calculada de acordo com ascolheitas previstas.
323
Exaustão acumuladarecursos vegetais
• Atenção: um bem natural, como um projetoflorestal destinado a exploração dos respectivosfrutos, será depreciado ao invés de ser exaurido.
324
Exaustão acumuladarecursos vegetais• Quando o bem for uma floresta e o objetivo é a
extração de madeira com consequenteesgotamento, deve ser exaurido na medida e naproporção em que seus recursos forem sendoretirados.
• Quando a floresta pertencer a terceiro e forexplorada em função de contrato por prazoindeterminado, a exaustão terá por base oprozo contratual.
325
Exaustão acumuladarecursos minerais• Poderá ser computada como custo ou encargo
em cada período de apuração, a importânciacorrespondente à diminuição do valor derecursos minerais, resultante da sua exploração.
• A quota de exaustão será determinada deacordo com os princípios de depreciação, combase no custo de aquisição ou prospecção, dosrecursos minerais explorados.
326
Exaustão acumuladarecursos minerais• O montante da quota de exaustão será
determinado tendo em vista o volume daprodução no período e sua relação com apossança conhecida da mina ou em função doprazo de concessão.
• O critério a ser observado será aquele queproporcionar maior prazo de exaustão.
327
Exaustão acumuladarecursos minerais
• O artigo 330 do RIR/99 proíbe a apropriaçãode quotas de exaustão em relação aos recursosminerais inesgotáveis ou de exaurimentointerminável, como as de água mineral.
328
Exaustão acumuladarecursos minerais
• Outro fato importante a ser destacado é o de quea exploração de minas e jazidas acertadacontratualmente, por prazo fixado, terá o direitode exploração amortizado de acordo com oestabelecido no contrato de exploração e nãoserá objeto de exaustão.
329
Intangível
Intangível • Intangível: são os direitos que tenham por
objeto bens incorpóreos destinados àmanutenção da companhia ou exercidos comessa finalidade, inclusive o fundo decomércio adquirido.
331
Intangível
VII – os direitos classificados no intangível, pelocusto incorrido na aquisição deduzido do saldoda respectiva conta de amortização; (Incluídopela Lei nº 11.638,de 2007)
332
Intangível
• A empresa deve avaliar se a vida útil de um ativointangível é definida ou indefinida.
• No primeiro caso, a duração ou o volume deprodução ou unidades semelhantes que formamessa vida útil servira de base para a avaliação.
Intangível • Já o intangível tem vida útil indefinida quando,
com base na análise de todos os fatoresrelevantes, não existe um limite previsível para operíodo durante o qual o ativo deverá gerarfluxos de caixa líquidos positivos para aentidade.
Amortização• A amortização consiste na "recuperação
contábil" do capital aplicado na aquisição deintangíveis e de direitos, cuja existência ouexercício tenha duração limitada, ou de bens,cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazolimitado por lei ou contrato.
335
Amortização• De acordo com a Lei nº 6.404/76 a diminuição
do valor dos elementos dos ativos imobilizado eintangível será registrada periodicamente nascontas de amortização, quando corresponderà perda do valor do capital aplicado naaquisição de direitos da propriedade industrialou comercial e quaisquer outros com existênciaou exercício de duração limitada, ou cujoobjeto sejam bens de utilização por prazo legalou contratualmente limitado.
336
Amortização• É certo que a contabilização de um ativo
intangível baseia-se na sua vida útil; entretantosomente um ativo intangível com vida útildefinida deve ser amortizado, o ativo intangívelcom vida útil indefinida deve sofrer o teste derecuperabilidade.
Amortização• De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC
01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, aentidade deve testar a perda de valor dos ativosintangíveis com vida útil indefinida comparandoo seu valor recuperável com o seu valor contábil:Anualmente; eSempre que existam indícios de que o ativo
intangível pode ter perdido valor ou acapacidade de gerar benefícios para a empresa.
Amortização
• A contrapartida da despesa com amortização é aconta redutora do ativo denominada deamortização acumulada.
339
D – amortizaçãoC – amortização acumulada
Amortização• A amortização deve ser iniciada a partir do
momento em que o ativo estiver disponível parauso, ou seja, quando se encontrar no local e nascondições necessárias para que possa funcionarda maneira pretendida pela administração.
Amortização• Poderá ser amortizado:Patentes de invenção, fórmulas e processos de
fabricação, direitos autorais, licenças,autorizações ou concessões;Investimento em bens que, nos termos da lei ou
contrato que regule a concessão de serviçopúblico, devem reverter ao poder concedente, aofim do prazo da concessão, sem indenização;
341
AmortizaçãoCusto de aquisição, prorrogação ou modificação
de contratos e direitos de qualquer natureza,inclusive de exploração de fundo de comércio;Custo das construções ou benfeitorias em bens
locados ou arrendados, ou em bens de terceiros,quando não houver direito ao recebimento de seuvalor;O valor dos direitos contratuais de exploração de
florestas por prazo determinado, na forma do art.328 do RIR/1999.
342
Critério de avaliação do ativoVIII – os elementos do ativo decorrentes deoperações de longo prazo serão ajustados avalor presente, sendo os demais ajustadosquando houver efeito relevante. (Incluído pelaLei nº 11.638,de 2007)
343
Critério de avaliação do ativo• A empresa deverá anualmente efetuar um teste
de recuperabilidade sobre o imobilizado e ointangível, com o objetivo de verificar se o ativonão esta registrado com um valor maior que ovalor realizável, ou seja, deve verificar o grau derecuperação dos valores registrados, a fim deque sejam:
344
Critério de avaliação do ativo1) registradas as perdas de valor do capitalaplicado quando houver decisão deinterromper os empreendimentos ouatividades a que se destinavam ou quandocomprovado que não poderão produzir resultadossuficientes para recuperação desse valor; ou
345
Critério de avaliação do ativo
2) revisados e ajustados os critérios utilizadospara determinação da vida útil econômicaestimada para cálculo da depreciação, exaustão eamortização.
346
Critério de avaliação do ativo• Caso o valor registrado no ativo esteja maior que
o valor recuperável a empresa deverá reconheceruma provisão para perda na realização dosativos em contrapartida de uma despesa noresultado do exercício.
347
ANC mantidos para venda
ANC mantido para venda• A empresa pode se desfazer de um ativo não
circulante ou até mesmo descontinuar asatividades de uma determinada linha deprodução, pois esta deixará de existir.
Esta reclassificação deve ter um tratamento especial
ANC mantido para venda
• Ativo não circulante mantido para venda équalquer bem do ativo não circulante (longoprazo, investimentos, imobilizado eintangíveis) que a empresa objetiva recuperar oseu valor contábil, por meio de transação devenda, ao invés de uso continuado (operaçõesdescontinuadas).
ANC mantido para venda• A decisão de vender ativos pode influenciar a
tomada de decisão dos usuários externos.• Por isso, quando a empresa decide alienar um
ANC deve reclassificá-lo como Ativo NãoCirculante mantido para venda no grupo doAtivo Circulante.
ANC mantido para venda• Para ser classificar como mantido para venda é
necessário que o ativo esteja disponível paravenda imediata em suas atuais condições, isto é,a sua venda deve ser considerada altamenteprovável e o seu uso operacional deve serdescontinuado.
ANC mantido para venda• Para que a venda seja altamente provável, o nível
hierárquico de gestão apropriado deve estarcomprometido com o plano de venda do ativo, edeve ter sido iniciado um programa firme paralocalizar um comprador e concluir o plano.
• Além disso, o ativo mantido para venda deve serefetivamente colocado à venda por preço queseja razoável em relação ao seu valor justocorrente
ANC mantido para venda
• A entidade não deve depreciar (ou amortizar)o ativo não circulante enquanto estiverclassificado como mantido para venda.
ANC mantido para venda
• O CPC explica ainda que deve-se esperar queesta venda ocorra em até um ano dareclassificação.
ANC mantido para venda
• Após um ano, se não for efetivada a alienação,os ativos devem voltar para a classificaçãooriginal (saem de mantidos para venda).
Acontecimentos ou circunstânciaspodem estender o período deconclusão da venda para além de umano.
ANC mantido para venda
• A extensão do período durante o qual se exige quea venda seja concluída não impede que o ativoseja classificado como mantido para venda se oatraso for causado por acontecimentos oucircunstâncias fora do controle da entidade e sehouver evidência suficiente de que a entidadecontinua comprometida com o seu plano de vendado ativo.
ANC mantido para venda• Quando se espera que a venda ocorra após um
ano, a entidade deve mensurar as despesas devenda pelo valor presente.
• Qualquer aumento no valor presente dasdespesas de venda que resulte da passagem dotempo deve ser apresentado nos resultadoscomo despesa financeira,
EXEMPLO• A entidade está comprometida com a venda do
prédio de sua sede e iniciou ações para localizarum comprador.
a) A entidade pretende transferir o prédio a umcomprador após desocupá-lo. O tempo necessáriopara desocupar o prédio é usual e habitual paravendas desse tipo de ativo.É classificado como mantido para venda.
EXEMPLOb) A entidade continua a usar o prédio até que aconstrução de novo prédio-sede seja concluída.A entidade não pretende transferir o prédioexistente a um comprador até que a construção donovo prédio seja concluída (e ela desocupar oprédio existente).Não é classificado como mantido para venda.
ANC mantido para venda
• Além da transação de venda, também seenquadram nestes critérios as operações detroca de ativos e a distribuição destes bensaos proprietários, como participação noslucros ou como devolução do capital.
ANC mantido para venda
• Com relação à mensuração destes ativos, o CPCestabelece que os bens devem ser mensuradospelo menor valor entre o seu valor contábil e oseu valor justo, menos as despesas de venda.(mesmos moldes do teste de recuperabilidade)
ANC mantido para venda• No caso de distribuição para proprietários, a
mensuração é feita pelo menor valor entre o seuvalor contábil e o seu valor justo, menos asdespesas de distribuição, que seriam as despesasincrementais diretamente atribuíveis àdistribuição, excluídas as financeiras e ostributos sobre o lucro.
ANC
Valor contábil
Valor justo líquido
Custo original
Valor contábil = Valor original menos depreciação
VJL = Valor de venda menos as despesas com vendas
O menor dos dois
ANC mantido para venda
• O ganho ou perda na alienação desses ativosserá classificado como resultado de operaçõesdescontinuadas, sendo identificado na DREcomo outras receitas ou outras despesas.
ANC mantido para venda• A entidade deve evidenciar um montante único
na demonstração do resultado compreendendo:a) o resultado total após o imposto de renda dasoperações descontinuadas; eb) os ganhos ou as perdas reconhecidos namensuração pelo valor justo menos as despesasde venda ou na baixa de ativos ou de grupo deativos mantidos para venda que constituam aoperação descontinuada.
ANC mantido para venda• Uma operação descontinuada é um componente
da entidade que foi baixado ou está classificadocomo mantido para venda e:representa um importante linha separada de
negócios ou área geográfica de operações;é parte integrante de um único plano coordenado
para venda de uma importante linha separada denegócios ou área geográfica de operações; oué uma controlada adquirida exclusivamente com o
objetivo da revenda.
ANC mantido para venda• Nas notas explicativas, a entidade deve divulgar
as seguintes informações em relação ao bemclassificado como mantido para venda:
a) descrição do ativo não circulante;b) descrição dos fatos e das circunstâncias devenda;c) ganho ou perda reconhecida;d) segmento em que o bem está apresentado.
Critérios de avaliação do passivo
369
Critérios de avaliação do passivo
• Passivo é uma obrigação presente da entidade,derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidaçãose espera que resulte em saída de recursoscapazes de gerar benefícios econômicos.
Critérios de avaliação do passivo
• Uma obrigação é um dever ou responsabilidadede agir ou fazer de uma certa maneira, pode serlegalmente exigível ou oriunda de prática usualda empresa. Assim, a obrigação pode ser legal ounão formalizada.
Critérios de avaliação do passivo
A obrigação legal é umaconsequência de um contratorestritivo (obrigatório) ou algumrequisito estatutário ou legal.Esse é normalmente o caso, porexemplo, com valores a pagar afuncionários e fornecedores emgeral.
Critérios de avaliação do passivo• A obrigação não formalizada surge como
consequência de práticas comerciais usuais,hábitos comerciais, do desejo e necessidade demanter boas relações comerciais e de agir deuma forma justa com alguém.
Critérios de avaliação do passivo• O passivo pode ser classificado em monetário e
não monetário.
Passivo monetário é aquela obrigação que exigiráum pagamento em dinheiro.
Passivo não monetário é a obrigação que seráliquidada com um bem ou com a prestação de umserviço.
Critérios de avaliação do passivo• O passivo pode ser considerado oneroso e não
oneroso
Passivo oneroso é aobrigação que tem um custopara a empresa, ou seja, temjuros e encargos bancários,como financiamentos, eempréstimos Bancários, etc.
Critérios de avaliação do passivo
• Passivo não oneroso é a obrigação que aempresa não paga encargos financeiros, comopor exemplo: contas a pagar, duplicatas a pagar,salários a pagar, fornecedores etc.
Critérios de avaliação do passivo• As principais obrigações são:a) Contas a pagar em geralb) Financiamentos a pagarc) Arrendamento mercantil financeirod) Passivos tributáriose) Instrumentos financeiros – derivativos edebênturesf) Provisões passivasg) Receitas antecipadas
Critérios de avaliação do passivo• Existem ainda os passivos considerados
instrumentos híbridos.
Instrumentos híbridos são instrumentosfinanceiros que possuem, ao mesmo tempo,características de dívida e de capital próprio.
Critérios de avaliação do passivo• O termo aplica-se geralmente aos papéis que
pagam um retorno garantido durante umdeterminado período, possuindo depois afaculdade ou obrigação de serem convertidos emações.
• São as obrigações conversíveis, como porexemplo, as debêntures conversíveis em ações.
Critérios de avaliação do passivo
A lei 6.404/76 apresenta no seuart. 184 que no balanço, oselementos do passivo serãoavaliados de acordo com osseguintes critérios:
Critérios de avaliação do passivo
I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos oucalculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda apagar com base no resultado do exercício, serãocomputados pelo valor atualizado até a data dobalanço;
Critérios de avaliação do passivo
II - as obrigações em moeda estrangeira, comcláusula de paridade cambial, serão convertidasem moeda nacional à taxa de câmbio em vigorna data do balanço;
Critérios de avaliação do passivo
III – as obrigações, os encargos e os riscosclassificados no passivo não circulante serãoajustados ao seu valor presente, sendo osdemais ajustados quando houver efeito relevante.
Duplicata Descontada
Duplicata descontada• O desconto de duplicatas é uma operação
financeira em que a empresa entregadeterminadas duplicatas para o banco e este lheantecipa o valor em conta corrente, cobrandouma taxa de desconto antecipadamente.
385
Duplicata descontada• Embora a propriedade dos títulos negociados
seja transferida para a instituição, a empresa écorresponsável pelo pagamento dos mesmos emcaso de não liquidação pelo devedor.
Duplicata descontada• Na contabilidade um ativo financeiro só pode
ser baixado quando transferirsubstancialmente todos os riscos e benefíciosda propriedade do título e se não mantiverenvolvimento continuado com ele.
• Caso contrário, a entidade deve manter osinstrumentos financeiros no ativo e tratar ovalor recebido como empréstimo.
387
Duplicata descontada
• Os riscos incluem as possibilidades de perdasdevidas à inadimplência.
• Os benefícios podem ser representados pelaexpectativa de operações lucrativas durante avida econômica do ativo e de ganhos derivadosde aumentos de valor ou de realização do valorresidual.
Duplicata descontada
• Assim, nos descontos de duplicatas a entidadedeve continuar a reconhecer o ativo transferidona sua totalidade e deve reconhecer um passivofinanceiro pela retribuição recebida.
Duplicata descontada• Os encargos financeiros cobrados pela
instituição financeira devem ser contabilizadoscomo "encargos financeiros a transcorrer", jáque se tratam de despesas antecipadas, sendodebitada por ocasião do desconto e creditadas nomomento em que a despesa é incorrida,observando-se o regime de competência.
Duplicata descontada• Este procedimento de desconto de duplicata se
assemelha muito a um empréstimo, a diferença éque a empresa deixa como garantia junto aobanco, uma duplicata que ela tem a receber deum cliente.
391
Duplicata descontada• Caso o cliente falte com o pagamento no banco, a
responsabilidade é da empresa, por isto que aconta “duplicata descontada” representa umapossível obrigação para a empresa. (direito deregresso)
• Aparecia como redutora da conta duplicatas areceber, atualmente é conta do passivocirculante.
392
Duplicata descontada• A operação de desconto de duplicata deve ser
registrada quando o fato ocorrer, respeitando aoportunidade; entretanto, a despesa com a taxacobrada pelo banco será reconhecida comodespesa efetiva no momento em que fortranscorrendo o tempo relativo ao juro, até ovencimento do título, respeitando acompetência.
393
Duplicata descontada• É importante entender que a taxa cobrada pelo
banco, no momento do desconto do recebível éuma despesa antecipada e esta deverá serapropriada de acordo com o período devencimento do título.
394
Exemplo
• Em dezembro de 2016 a empresa desconta umaduplicata de R$ 200.000,00, com vencimentopara 31 de janeiro de 2017.
• O banco taxou a operação em R$ 30.000,00
Duplicata descontada• O desconto de duplicata é diferente de
“factoring”.• Na operação de factoring a empresa vende o
título, deixando de ser a responsável caso ocliente não pague a duplicata.
396
Provisão passiva
Provisões • Provisões representam estimativas de perda de
ativos ou de obrigações exigíveis que, apesar definanceiramente ainda não efetivadas, derivamde fatos contábeis já ocorridos.
• Provisão é uma reserva econômica de um valor,para atender a despesas que se esperam.
398
Provisões• Toda provisão tem saldo credor e como
contrapartida no seu registro uma despesa,sendo registrada da seguinte forma:
D – despesa com provisão para _________C – provisão para ________
399
Provisões• Existem provisões que estarão apresentadas no
ativo, que são as provisões para perdas eprovisões que estarão no passivo, que são contasnormais do passivo (provisão passiva).
400
Provisões
• As provisões para prováveis perdas sãocontas redutoras do ativo, enquanto que asprovisões para prováveis pagamentos sãocontas normais, aumentando o passivo daempresa.
401
Provisões passivas • Uma “provisão passiva” é um passivo cujo
vencimento ou o valor são incertos.• A constituição de uma provisão é a melhor
forma de se reconhecer no patrimônio aexpectativa de perda ou de vir a cumprir umaobrigação decorrente do fato, o qual, para queseja confirmado ou não, depende de outroseventos no futuro.
402
Provisões passivas • A provisão tem as seguintes particularidades:a) tem por finalidade dar cobertura a perdas ou
despesas, cujo fato gerador já ocorreu, mas nãotendo havido, ainda, o correspondentedesembolso ou perda;
403
Provisões passivas b) representa uma apropriação ao resultado do
exercício, em contrapartida de despesas oucustos, e sua constituição influencia o resultadodo exercício ou os custos de produção;
c) deve ser constituída independentemente de acompanhia apresentar lucro ou prejuízo noexercício.
404
Provisões passivas • Principais provisões passivas:
- Provisão para garantias de produtos.- Provisão para contingências judiciais- Provisão para recuperação ambiental.
405
Provisões passivas • Contingência significa incerteza sobre se uma
coisa acontecerá ou não. Em contabilidade,contingência refere-se a uma expectativa deperda que poderá realizar-se ou não.
• Provisão para contingência é diferente depassivo contingente.
406
Provisões passivas
• Passivo contingente é:a) uma obrigação possível que resulta de
eventos passados e cuja existência seráconfirmada apenas pela ocorrência ou não de umou mais eventos futuros incertos não totalmentesob controle da entidade; ou
407
Provisões passivas b) uma obrigação presente que resulta de
eventos passados, mas que não é reconhecidaporque:
i - não é provável que uma saída de recursos queincorporam benefícios econômicos seja exigida
ii - o valor da obrigação não pode ser mensuradocom suficiente confiabilidade.
408
Provisões passivas • Uma provisão passiva deve ser registrada
quando:a) a entidade tem uma obrigação presente (legal
ou não formalizada) como resultado de eventopassado;
b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e
c) possa ser feita uma estimativa confiável dovalor da obrigação.
409
Provisões passivas • Um passivo contingente não será registrado
no balanço patrimonial, mas sim, divulgado emnota explicativa junto às demonstrações.
410
Provisões passivas • A entidade não deve reconhecer um passivo
contingente no passivo.
A entidade deve divulgar o passivocontingente em nota explicativanas “DC”.
1) Quando existir obrigação presente queprovavelmente requeira uma saída de recursos.
Reconhece provisão e divulga em “NE”
ATENÇÃO
Provável
2) Quando a obrigação possível ou obrigaçãopresente pode requerer, mas provavelmente nãoirá requerer, uma saída de recursos.
Não reconhece provisão, mas divulga em “NE”.
Possível
3) Quando a obrigação possível ou obrigaçãopresente possuir probabilidade remota de saídade recursos.
Não reconhece provisão, nem divulga em“NE”.
Remota
Leasing
Leasing • leasing é um contrato denominado na legislação
brasileira como “arrendamento mercantil”.• As partes desse contrato são denominadas
“arrendador” , um banco ou sociedade dearrendamento mercantil e, de outro, o cliente“arrendatário”.
Leasing • Arrendamento mercantil é um acordo pelo qual
o arrendador transmite ao arrendatário emtroca de pagamento o direito de usar um ativopor um período de tempo acordado.
Leasing• O leasing é uma operação com características
legais próprias, não se constituindo operação definanciamento.
• Não incide IOF nas operações de leasing. Oimposto que será pago no contrato é o ImpostoSobre Serviços (ISS).
Leasing • No Brasil os tipos de arrendamento são:
a) Financeirob) Operacional c) Lease Back
A classificação depende daessência da transação e nãoda forma do contrato.
Leasing • A classificação de arrendamentos mercantis
dependem da extensão em que os riscos ebenefícios inerentes à propriedade de ativoarrendado permanecem no arrendador ou noarrendatário.
Leasing • Os riscos incluem as possibilidades de perdas
devidas à capacidade ociosa ou obsolescênciatecnológica e de variações no retorno em funçãode alterações nas condições econômicas.
• Os benefícios podem ser representados pelaexpectativa de operações lucrativas durante avida econômica do ativo e de ganhos derivadosde aumentos de valor ou de realização do valorresidual.
Leasing • Um arrendamento mercantil é classificado como
financeiro se ele transferir substancialmentetodos os riscos e benefícios inerentes àpropriedade.
• Um arrendamento mercantil é classificado comooperacional se ele não transferirsubstancialmente todos os riscos e benefíciosinerentes à propriedade.
Leasing • No leasing financeiro o objeto do contrato é a
aquisição, por parte do arrendador, de bemescolhido pelo arrendatário para sua utilização.
• O arrendador é, portanto, o proprietário do bem,sendo que a posse e o usufruto, durante avigência do contrato, são do arrendatário.
Leasing• No começo do prazo do contrato, os
arrendatários devem reconhecer oarrendamento financeiro como ativo e passivono seu balanço por quantias iguais ao valor justoda propriedade arrendada ou, se inferior, aovalor presente dos pagamentos mínimos doarrendamento mercantil.
Leasing• Exemplos de situações que levariam classificam um
arrendamento mercantil como financeiro são:a) o arrendamento mercantil transfere a propriedadedo ativo para o arrendatário no fim do prazo doarrendamento mercantil;b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo porum preço que se espera seja suficientemente maisbaixo do que o valor justo à data em que a opção setorne exercível de forma que, no início doarrendamento mercantil, seja razoavelmente certoque a opção será exercida;
Leasingc) o prazo do arrendamento mercantil refere-se àmaior parte da vida econômica do ativo mesmo que apropriedade não seja transferida;d) no início do arrendamento mercantil, o valorpresente dos pagamentos mínimos do arrendamentomercantil totaliza pelo menos substancialmente todoo valor justo do ativo arrendado; ee) os ativos arrendados são de natureza especializadade tal forma que apenas o arrendatário pode usá-lossem grandes modificações.
Leasing
• No leasing financeiro quaisquer custos diretosiniciais do arrendatário são adicionados à quantiareconhecida como ativo e neste tipo de leasingmanutenção das despesas dos bens arrendadasdevem ser pagas pelo arrendatário.
Leasing• A taxa de desconto a ser utilizada no cálculo do
valor presente do arrendamento é a taxa dejuros implícita, se for praticável determinar essataxa; se não for, deve ser usada a taxaincremental de financiamento do arrendatário.
Leasing • Os pagamentos mínimos do arrendamento
mercantil devem ser divididos entre o encargofinanceiro e a redução do passivo em aberto.
• O encargo financeiro deve ser imputado acada período durante o prazo do arrendamentode forma constante sobre o saldo remanescentedo passivo.
Leasing
• Um arrendamento mercantil financeiro dáorigem a uma despesa de depreciação relativa aativos depreciáveis, assim como uma despesafinanceira para cada período contábil.
Leasing• O leasing operacional tem características de
aluguel.
• O arrendatário somente utiliza o bem,inicialmente, não tem interesse de comprar.
Leasing• Os pagamentos do arrendamento mercantil
operacional devem ser reconhecidos comodespesa numa base de linha reta durante oprazo do arrendamento mercantil, a não ser queoutra base sistemática seja mais representativado modelo temporal do benefício do usuário.
Atenção• Quando o arrendamento mercantil contempla
tanto terreno quanto edifícios, a entidadedeve avaliar individualmente cada elementoobjeto do contrato de arrendamento para fins declassificação e enquadramento comoarrendamento operacional ou financeiro.
Leasing• A mensuração separada dos elementos
terreno e edifícios não é exigida quando osinteresses do arrendatário tanto com o terrenoquanto com os edifícios forem classificadoscomo propriedade de investimento.
Leasing• Lease Back é uma das modalidades de Leasing
que também é conhecida como “Leasing deretorno”.
• O lease back é uma operação em que a empresavende um bem de sua propriedade para aInstituição financeira, que por sua vez o arrendaao próprio cliente vendedor, permitindo assim,liberação de recursos para outros investimentos.
Leasing• O Lease Back tem característica de um
empréstimo; pois a sua essência não é a venda.• O bem tem sua propriedade transferida, mas
continua em posse do arrendatário.• Essa espécie de Leasing só pode ser realizada
entre pessoas jurídicas.
Leasing• O pagamento do arrendamento mercantil e o
preço de venda são geralmente interdependentespor serem negociados como um pacote.
• O tratamento contábil de uma transação devenda e leaseback depende do tipo dearrendamento mercantil envolvido.
Leasing• Se uma transação de venda e leaseback resultar
em arrendamento mercantil financeiro, qualquerexcesso de receita de venda obtido acima dovalor contábil não deve ser imediatamentereconhecido como receita por um vendedor-arrendatário.
• Em vez disso, tal valor deve ser diferido eamortizado durante o prazo do arrendamentomercantil.
Leasing• Se uma transação de venda e leaseback resultar
em arrendamento operacional, e se estiverclaro que a transação é estabelecida pelo valorjusto, qualquer lucro ou prejuízo deve serimediatamente reconhecido no resultado.
Leasing• Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode
ser negociado, ou um passivo liquidado, entrepartes interessadas, conhecedoras do negócio eindependentes entre si, com a ausência defatores que pressionem para a liquidação datransação ou que caracterizem transaçãocompulsória.
Debêntures
Debêntures• Debênture é um título de dívida, de médio e
longo prazo, que confere a seu detentor umdireito de crédito contra a companhia emissora.
• Quem investe em debêntures se torna credordessas companhias (debenturista).
442
Debêntures• A data de resgate de cada título deve estar
definida na escritura de emissão.• A companhia pode, ainda, emitir títulos sem
vencimento, também conhecidos comodebêntures perpétuas.
443
Debêntures• É obrigatória nas emissões públicas a presença
de agente fiduciário.• Ele é o representante legal da comunhão de
interesses dos debenturistas, protegendo seusdireitos junto à emissora.
444
Debêntures• Os debenturistas são remunerados pelo
investimento com:a) Juros fixos ou variáveisb) Participação no lucro da companhiac) Resgate do valor aplicado, que pode ser recebidano vencimento, ou antes, mediante amortização dovalor nominal da debênture.d) Conversibilidade em ações.
445
Debêntures• Quando uma empresa lança debêntures no
mercado pode vendê-los pelo preço original, amaior ou a menor.
• Caso a venda seja por um valor a maior, houveum prêmio na emissão de debêntures.
• Se for por um valor menor que o valor de face,houve um deságio na emissão dedebêntures.
446
Debêntures• O registro do montante inicial dos recursos
captados de terceiros, classificáveis no passivoexigível, deve corresponder ao seu valor justolíquido dos custos de transação diretamenteatribuíveis à emissão do passivo financeiro.
Debêntures
• Os custos de transação, enquanto nãocaptados os recursos a que se referem, devemser apropriados e mantidos em conta transitóriae específica do ativo como pagamentoantecipado.
• O saldo dessa conta transitória deve serreclassificado para a conta específica, conformea natureza da operação, tão logo seja concluído oprocesso de captação, ou baixado como despesase a operação não se concretizar.
Debêntures• Os custos de transação incorridos na
captação de recursos por meio da contratação deinstrumento de dívida (empréstimos,financiamentos ou títulos de dívida tais comodebêntures, notas comerciais ou outros valoresmobiliários) devem ser contabilizados comoredução do valor justo inicialmentereconhecido do instrumento financeiro emitido,para evidenciação do valor líquido recebido.
Debêntures
• Os custos de transação de captação nãoefetivada devem ser reconhecidos como despesano resultado do período em que se frustrar essacaptação.
Debêntures• Os encargos financeiros incorridos na captação
de recursos junto a terceiros devem serapropriados ao resultado em função dafluência do prazo.
Debêntures• O prêmio recebido na emissão de
debêntures, tem a conotação de ser umareceita, mas devido a debênture ter um prazopara o seu resgate, a partir do início do exercíciode adoção inicial da Lei nº 11.638/07, o prêmiodeve ser registrado em conta de passivo, comoconta de receita antecipada.
452
Debêntures
• A apropriação do valor a maior no resultado doexercício, será feita periodicamente, de acordocom o transcorrer do prazo de realização dareceita respeitando o regime de competência.
453
Debêntures • O valor a menor (deságio) na venda será
reconhecido como despesa financeira deacordo com o princípio da competência, sendoapropriada anualmente.
• Assim, no momento da venda de uma debênturecom valor a menor, o deságio na emissão dedebêntures, será reconhecido como contaredutora do Passivo.
454
Nomenclaturas relacionadas• Debêntures adquiridas = ativo circulante• Debêntures emitidas = passivo circulante• Debêntures adquiridas com resgate a curto
prazo = AC• Debêntures adquiridas com resgate a longo
prazo = ANC - realizável a longo prazo• Debêntures emitidas com resgate a curto prazo =
PC• Debêntures emitidas com resgate a longo prazo
= PNC
• Prêmio na emissão de debêntures = receita• Prêmio na emissão de debêntures com resgate a
curto prazo = receita antecipada – PC• Prêmio na emissão de debêntures com resgate a
longo prazo = receita antecipada – PNC• Deságio na emissão de debêntures = despesa• Deságio na emissão de debêntures com resgate a
curto prazo = redutora do PC• Deságio na emissão de debêntures com resgate a
longo prazo = redutora do PNC
• Investimentos em debêntures = ativo nãocirculante investimentos
• Reservas de prêmios na emissão de debêntures =reserva de lucro
Ágio e deságioMais valia e menos valiafundo de comérciocompra vantajosa
458
Ágio/deságio
• Ágio/deságio é o valor representado,respectivamente, pela diferença para mais oupara menos, em um processo de aquisição doinvestimento em relação ao seu valor contábil(valor patrimonial).
459
Ágio/deságio• Quando da aquisição de investimento em
sociedade controlada ou coligada, sujeito àavaliação pelo valor de patrimônio líquido, ocusto de aquisição deverá ser desdobrado emsubcontas distintas da conta que registrar o valorcontábil do investimento, de forma a evidenciar:
a) o valor do investimento em função daparticipação no patrimônio líquido da sociedadeinvestida;
b) o ágio ou deságio verificado na aquisição.
460
Ágio/deságio• O ágio ou deságio computado na ocasião da aquisição do
investimento deverá ser contabilizado com a indicaçãodo fundamento econômico que o determinou,enquadrado entre os seguintes:
a) diferença para mais (ágio) ou para menos (deságio)entre o valor justo de bens do ativo e o valor contábildesses mesmos bens na sociedade investida (mais valiaou menos valia);
b) diferença para mais (ágio) ou para menos (deságio)sobre o valor justo, pela expectativa de rentabilidadebaseada em projeção do resultado de exercícios futuros(fundo de comércio adquirido ou compravantajosa)
461
Ágio/deságio
• ÁGIO - perda Valor por mais‐valia de ativos líquidos Ágio por expectativa de rentabilidade futura
(Goodwill)
• DESÁGIO - ganho Valor por menos‐valia de ativos líquidosGanho por compra vantajosa
Valor patrimonial
Valor justo
Menor = menos valia
Maior = mais valia
Valor pago
Menor = compra vantajosa
Maior = goodwill
Mais valia e menos valia
Mais valia – menos valia• Expressa a diferença entre o valor contábil e o
valor de mercado (valor justo), em umaaquisição de negócios.
• Este tipo de ágio/deságio é fundamentadoeconomicamente, por meio de laudos, peladiferença entre o valor contábil e o valor justo deum ativo.
465
Mais valia – menos valia• Será contabilizado no ativo não circulante
Investimentos, no balanço individual; e vai parajunto dos ativos e passivos que o originaram, nobalanço consolidado.
466
Mais valia – menos valia• O valor registrado será amortizado de acordo
com o fundamento econômico que os originou.• Assim, a baixa desse ágio deve ser feita
proporcionalmente à realização dos ativos epassivos que lhes deu origem, por exemplo:
a) Estoques: devem ser amortizados quandoforem vendidos pela investida;
Mais valia – menos valia
b) Ativos Imobilizados: a amortização seráefetuada proporcionalmente à sua depreciação oubaixa pela investida;c) Ativos Intangíveis com vida útil definida: sãoamortizados quando amortizados ou baixados nainvestida;d) Terrenos, Obras de Arte ou Ativos Intangíveiscom vida útil indefinida: são amortizados quandoo ativo correspondente for baixado na investida.
Mais valia – menos valia• Note que o valor será amortizado na proporção
em que o ativo que lhe deu origem for sendorealizado na coligada e controlada, pordepreciação, amortização, exaustão ou baixa emdecorrência de alienação ou perecimento dessesbens ou do investimento.
469
Mais valia – menos valia• Valor patrimonial = 100,00• Valor justo = 130,00• Valor pago = 150,00
• Mais valia = Valor Justo – valor Patrimonial = 30,00
• Goodwill = Valor pago – valor justo= 20,00
470
Fundo de comércio adquirido
Fundo de comércio adquirido• Entende-se por fundo de comércio um
combinado de ativos, resultado de transações ououtros eventos em que um adquirente obtém ocontrole de uma ou mais atividades empresariaisdiferentes.
472
Fundo de comércio adquirido• Fundo de comércio adquirido é o valor
pago a maior que o valor justo por umaentidade, na expectativa de benefícioeconômicos futuros.
• É um ágio por expectativa.
Fundo de comércio adquirido• Em outras palavras, é aquele “algo mais” pago
por uma empresa na esperança de obter umlucro no futuro; é a diferença do valor pago pelovalor de mercado (valor justo) de uma empresa.
Fundo de comércio adquirido• O valor deve ser apresentado no intangível
e não pode mais ser amortizado, atualmentedeve, anualmente, ser submetido ao teste dovalor recuperável (impairment test).
Fundo de comércio adquirido• O fundo de comércio adquirido representa um
expectativa de benefícios econômicos futurosgerados por outros ativos adquiridos em umaconcentração ou combinação de atividadesempresariais, que não são identificadosindividualmente e nem reconhecidosseparadamente.
476
Fundo de comércio adquirido• Para identificar o fundo de comércio devemos
relacionar a capacidade de produção, o respeitoà marca e ao nome dos produtos, a propagandaeficiente, a localização geográfica, o treinamentoe a capacidade dos empregados, a legislaçãofavorável, as vendas futuras, a qualidade daadministração, a fragilidade da concorrência, adisponibilidade de linhas de crédito,gerenciamento de fórmulas, o parque fabril etc.
477
Fundo de comércio adquirido• Todos os elementos citados possuem um valor
econômico, uma capacidade de geração debenefícios futuros, entretanto pela falta deavaliação justa, dificuldade de estimar o retornopara a empresa, eles não podem ser avaliados enem negociados de forma individualizada, poristo não tem um valor contábil e não sãoregistrados no balanço patrimonial.
478
Fundo de comércio adquirido• O Fundo de comércio (goodwill) gerado
internamente não deve ser reconhecido comoativo.
• Em alguns casos incorre-se em gastos para gerarbenefícios econômicos futuros, mas que nãoresultam na criação de um ativo intangível quese enquadre nos critérios de reconhecimentoestabelecidos.
479
Fundo de comércio• Esses gastos costumam ser descritos como
contribuições para o ágio (goodwill) geradointernamente, o qual não é reconhecido comoativo porque não é um recurso identificável (ouseja, não é separável nem advém de direitoscontratuais ou outros direitos legais) controladopela entidade que pode ser mensurado comsegurança ao custo.
480
Fundo de comércio adquirido• Alfa comprou a vista 100% do capital social de
Beta pelo valor de R$ 50.000. O PL de Beta avalor contábil era de R$ 40.000, representadopor ativos de R$ 55.000 e passivos de R$15.000. O PL de Beta a valor justo era de R$47.000, representado por ativos de R$ 62.000 epassivos de R$ 15.000.
Fundo de comércio adquirido• Valor patrimonial = 40.000• Valor justo = 47.000• Valor pago = 50.000
D – investimento – 40.000D – mais valia – 7.000D – fundo comercio adquirido – 3.000C – Banco – 50.000
Compra vantajosa
Compra Vantajosa• Compra vantajosa é o contrário de fundo de
comércio adquirido.• Assim, quando o valor justo da adquirida for
superior ao custo da aquisição, a diferença deveser reconhecida como compra vantajosa.
• Esse valor deve serimediatamente reconhecido no resultado doperíodo como receita.
484
Compra Vantajosa• Valor patrimonial = 100,00• Valor justo = 130,00• Valor pago = 110,00
Mais valia = Valor Justo – valor Patrimonial =30,00Compra vantajosa = Valor pago – valor
justo= 20,00
485
Teste de recuperabilidade
486
Teste de recuperabilidade• O teste de recuperabilidade, conhecido como
“Impairment test” tem por objetivo apresentarde forma prudente e fidedigna o valor reallíquido de realização de um ativo.
487
Teste de recuperabilidade• Esta realização pode ser de forma direta ou
indireta, respectivamente, por meio de venda oude utilização nas atividades.
488
Teste de recuperabilidade• O assunto é abordado na Lei N.°6.404/76, art.
183, parágrafo 3.º:
§ 3o A companhia deverá efetuar,periodicamente, análise sobre a recuperação dosvalores registrados no imobilizado e nointangível, a fim de que sejam:
489
Teste de recuperabilidade
I – registradas as perdas de valor do capitalaplicado quando houver decisão de interromperas atividades a que se destinavam ou quandocomprovado que não poderão produzirresultados suficientes para recuperação dessevalor; ou
II – revisados e ajustados os critérios utilizadospara determinação da vida útil econômicaestimada e para cálculo da depreciação, exaustãoe amortização.
490
Teste de recuperabilidade
• A essência do teste de recuperabilidade é evitarque um ativo esteja registrado no BalançoPatrimonial por um valor contábil maior queo valor recuperável, pelo uso ou pelavenda líquida.
491
Teste de recuperabilidade
• Entende-se por valor contábil o valor que oativo está apresentado no balanço patrimonial,ou seja, pelo valor histórico deduzido dedepreciação, exaustão ou amortizaçãoacumulada e de provisão para perda, se existir.
492
Teste de recuperabilidade
• O valor líquido de venda é o valor justo dobem menos o custo para vendê-lo.
• É o montante a ser obtido pela venda de umativo em transações entre partes conhecedoras einteressadas, menos as despesas estimadas devenda.
493
Teste de recuperabilidade• O valor em uso, ou valor específico para a
entidade, é o valor presente de fluxos de caixafuturos estimados que a entidade espera obterse a empresa continuasse utilizando o bem emsuas atividades.
494
Teste de recuperabilidade• Para aplicar o teste de recuperabilidade nestes
grupos a administração deverá, no mínimo,executar as seguintes etapas:
1 – Determinar o valor contábil líquido do bem2 – Determinar o maior valor recuperável do bem3 – Comparação entre o valor contábil e o valor
recuperável
495
Valor contábil
Valor contábil menor = Não
Valor contábil igual = Não
Valor contábil maior = ajusta
Valor em uso
Valor de venda
Teste de recuperabilidade• Quando ficar identificado que o valor de
realização do ativo é maior que o seu valorcontábil, não será necessário nenhum tipo deregistro.
• Entretanto, se o valor realizável do ativo formenor que o valor contábil a empresa deveráefetuar o ajuste de emparelhamento.
497
Teste de recuperabilidade• O lançamento contábil:D – despesa operacional – perda com desvalorização de
ativoC – provisão para perda com desvalorização de ativo
498
Teste de recuperabilidade• O teste de impairment é um teste para avaliar a
perda de recuperabilidade dos benefícioseconômicos futuros que um ativo irá gerar paraa entidade.
• Assim, se o valor recuperável exceder o contábil,não há que se falar em ajustes.
• Aumentar o valor contábil constituiria umareavaliação e este procedimento foi proibidopela Lei n° 11.638/07.
Teste de recuperabilidade• Caso em período futuro o ativo tenha o seu valor
aumentado após uma nova avaliação derecuperabilidade, o valor ajustado não poderáultrapassar o valor inicial do bem.
500
Teste de recuperabilidade• Ou seja, se na primeira avaliação o bem teve o
seu valor diminuído, este valor será reconhecidocomo despesa; caso em nova avaliação o valor doativo aumentou, a empresa somente poderáreconhecer o aumento até o valor registradoantes da primeira avaliação.
501
Teste de recuperabilidade
• Entende-se por valor contábil o valor que oativo está apresentado no balanço patrimonial,ou seja, pelo valor histórico deduzido dedepreciação, exaustão ou amortizaçãoacumulada e de provisão para perda, se existir.
502
Teste de recuperabilidade
• O valor líquido de venda é o valor justo dobem menos o custo para vendê-lo.
• Ou seja, "é o montante a ser obtido pela vendade um ativo em transações entre partesconhecedoras e interessadas, menos as despesasestimadas de venda.
503
Teste de recuperabilidade• O valor em uso, ou valor específico para a
entidade, é o valor presente de fluxos de caixafuturos estimados que a entidade espera obterse a empresa continuasse utilizando o bem emsuas atividades.
504
Teste de recuperabilidade
• Como resultado da aplicação do teste derecuperabilidade, não será mais aceito aexistência de qualquer ativo, num balançopatrimonial, por valor superior ao que ele é capazde produzir de caixa líquido para a entidade, pelasua venda ou pela sua utilização.
505
Teste de recuperabilidade• Assim, atualmente um ativo deverá ser
apresentado pelo valor que ele será capaz de setransformar em dinheiro.
506
O teste de recuperabilidadepoderá diminuir o valorregistrado de um ativo enão aumentá-lo, como era ocaso do procedimento dereavaliação.
Teste de recuperabilidade• Constatada a perda de valor recuperável deve-se
reconhecê-la imediatamente no resultado, quepoderá ser revertida se e quando desapareceremas razões que levaram à sua constituição, comexceção da perda na recuperabilidade(impairment) do ágio pago por expectativa derentabilidade futura (goodwill), que não poderáser revertida.
507
Teste de recuperabilidade• A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim de
cada exercício social, se há alguma indicação deque um ativo possa ter sofridodesvalorização.
• Se houver alguma indicação de desvalorização, aentidade deve estimar o valor recuperável doativo por meio de um teste de recuperabilidade.
508
Teste de recuperabilidade
• Contudo, independentemente de existir ou nãoqualquer indicação de redução ao valorrecuperável, uma entidade deverá:
509
Teste de recuperabilidadea) Testar, no mínimo anualmente, a redução ao
valor recuperável de um ativo intangível comvida útil indefinida ou de um ativo ainda nãodisponível para uso, comparando o seu valorcontábil com seu valor recuperável.
510
Teste de recuperabilidade• Esse teste de redução ao valor recuperável
poderá ser executado a qualquer momento noperíodo de um ano, desde que seja executado,todo ano, no mesmo período.
511
Teste de recuperabilidadeb) Testar, anualmente, o ágio pago por expectativa
de rentabilidade futura (goodwill) em umaaquisição de entidades.
512
Note que mesmo que não existauma indicação dedesvalorização os ativosintangíveis deverão seravaliados, no mínimoanualmente.
Teste de recuperabilidade• As indicações de desvalorização de um ativo
podem ser medidas por meio de fatoresinternos ou externos á empresa, porexemplo:
513
Fontes externas• Durante o período, o valor de mercado de um ativo
diminuiu sensivelmente, mais que o normal;• Mudanças significativas sobre a entidade ocorreram
durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo,no ambiente tecnológico, de mercado, econômico oulegal qual o ativo é utilizado;
• As taxas de juros de mercado aumentaram durante operíodo, e esses aumentos provavelmente afetarão ataxa de desconto usada no cálculo do valor em usode um ativo em uso e diminuirão significativamenteo valor recuperável do ativo;
• O valor contábil do patrimônio líquido da entidade émaior do que o valor de suas ações no mercado.
514
Demonstração do Fluxo de caixa
515
DFC• A Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC tem
por objetivo primordial apresentar de formaclara todos os ingressos e todas as saídas dedinheiro da conta caixa e da conta equivalente acaixa.
516
DFC• É por meio da DFC, que a administração
apresentará aos usuários das informações amovimentação dos recursos financeiros,incluindo não somente saldos de moeda emcaixa, como também depósitos em contabancária e as aplicações financeiras comcaracterística de liquidez imediata, que são osequivalentes a caixa.
517
DFC• De uma maneira simples e direta a DFC busca
apresentar todas as entradas e saídas dedinheiro da conta caixa, do banco e doequivalente a caixa, ou seja, do disponível daempresa.
518
DFC• Caixa compreende numerário em espécie e
depósitos bancários disponíveis.
• Equivalentes de caixa são aplicações financeirasde curto prazo, de alta liquidez, que sãoprontamente conversíveis em montanteconhecido de caixa e que estão sujeitas a uminsignificante risco de mudança de valor.
519
DFC• Os equivalentes de caixa são mantidos com a
finalidade de atender a compromissos de caixade curto prazo e, não, para investimento ououtros propósitos.
• Para que um investimento seja qualificado comoequivalente de caixa, ele precisa terconversibilidade imediata em montanteconhecido de caixa e estar sujeito a uminsignificante risco de mudança de valor.
520
DFC• Um investimento normalmente qualifica-se
como equivalente de caixa somente quando temvencimento de curto prazo, por exemplo, trêsmeses ou menos, a contar da data daaquisição.
521
DFC• A partir de 01/01/08, de acordo com a lei
11.638/07, a DFC passou a ser obrigatória paratodas as sociedades anônimas de capital aberto epara as sociedades anônimas de capital fechadocom patrimônio líquido igual ou superior a R$2.000.000,00 (dois milhões de reais) na data doBalanço Patrimonial.
522
DFC• A lei 6.404/76 trata do assunto da seguinte
forma:Art.176IV – demonstração dos fluxos de caixa; e§ 6º A companhia fechada com patrimônio
líquido, na data do balanço, inferior a R$2.000.000,00 (dois milhões de reais) não seráobrigada à elaboração e publicação dademonstração dos fluxos de caixa.” (NR)
523
DFCArt. 188. As demonstrações indicarão:I – demonstração dos fluxos de caixa – as
alterações ocorridas, durante o exercício, nosaldo de caixa e equivalentes de caixa,segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3(três) fluxos:
a) das operações;b) dos financiamentos; ec) dos investimentos;
524
DFC• A demonstração de fluxos de caixa deve
apresentar os fluxos de caixa durante o períodoclassificados por atividades operacionais, deinvestimento e de financiamento.
526
Entretanto, é importanteatentar para o fato de que umaúnica transação pode incluirfluxos de caixa que sãoclassificados diferentemente.
DFC• Por exemplo, o desembolso de caixa para
pagamento de um empréstimo inclui tanto osjuros como o principal, a parte dos juros podeser classificada como atividade operacional e aparte do principal, como atividade definanciamento.
527
DFC• Outro exemplo são as transações envolvendo
imóveis.• Estas operações geralmente são consideradas
como atividades de investimentos.• Todavia, se um imóvel é adquirido com o
objetivo de revenda, o fluxo de caixa gerado poressa transação é considerado como operacional,por possuir a característica de estoques, comonuma entidade do ramo imobiliário.
528
DFC• Os fluxos de caixa excluem movimentos
entre itens que constituem caixa ou equivalentesde caixa porque esses componentes são partesda gestão financeira da entidade e não parte desuas atividades operacionais, de investimentosou de financiamento.
529
As transferências de recursosentre contas do disponível nãoserão apresentadas nademonstração do fluxo de caixa.
DFC• Os fluxos de caixa referentes a juros, dividendos
e juros sobre o capital próprio recebidos e pagosdevem ser apresentados separadamente.
• Cada um deles deve ser classificado de maneirauniforme, de período a período, comodecorrentes de atividades operacionais, deinvestimento ou de financiamento.
530
DFC• O CPC encoraja fortemente as entidades a
classificarem os juros, recebidos ou pagos, e osdividendos e juros sobre o capital própriorecebidos como fluxos de caixa das atividadesoperacionais.
• Os dividendos e juros sobre o capital própriopagos como fluxos de caixa das atividades definanciamento. Alternativa diferente deve serseguida de nota evidenciando esse fato.
531
DFC• Empréstimos bancários são geralmente
considerados como atividades de financiamento.• Entretanto, saldos bancários a descoberto,
decorrentes de cheques especiais ou contascorrentes garantidas que são liquidados em curtolapso temporal compõem parte integral dagestão de caixa da entidade.
532
Saldos bancários a descobertosão incluídos como componentede caixa e equivalentes de caixa.
DFCmétodos de apresentação• Existem dois métodos de divulgação do fluxo de
caixa, o método direto e o método indireto.a) O método direto é o método segundo o qual as
principais classes de recebimentos edesembolsos são divulgadas, neste método serãoapresentadas de forma simples e de acordo coma sua atividade, as entradas e saídas de dinheiroda conta caixa e equivalente;
533
DFCmétodos de apresentaçãob) O método indireto, neste método o resultado doexercício é ajustado pelas transações quealteraram o caixa, mas não alteraram o resultado epelas transações que alteraram o resultado e nãomodificaram o caixa.
534
DFCmétodos de apresentação• No método direto são identificadas as
movimentações oriundas de entradas ou saídasefetuadas no caixa e equivalente, de formasimples, partindo do saldo inicial; enquanto queno método indireto o lucro líquido ou o prejuízoserá ajustado pelos efeitos das transações quealteraram o resultado do exercício e que nãoenvolveram o caixa.
535
Saldo Inicial
(+/-) variações atividade operacionais+ entradas de dinheiro- Saídas de dinheiro
(+/-) variações atividade investimento+ entradas de dinheiro- Saídas de dinheiro
(+/-) variações atividade financiamento+ entradas de dinheiro- Saídas de dinheiro
Saldo final
DFCmétodos de apresentação
• O método indireto é semelhante a DOAR, éconhecido como método da conciliação.
537
DFCmétodos de apresentação• A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de
caixa líquido das atividades operacionais deveser fornecida, obrigatoriamente, caso a entidadeuse o método direto para apurar o fluxo líquidodas atividades operacionais.
538
DFCmétodos de apresentação
• A conciliação deve apresentar, separadamente,por categoria, os principais itens a seremconciliados, à semelhança do que deve fazer aentidade que usa o método indireto em relaçãoaos ajustes ao lucro líquido ou prejuízo paraapurar o fluxo de caixa líquido das atividadesoperacionais.
539
DFCmétodos de apresentação
• O objetivo deste ajuste é apresentar asmovimentações da conta caixa que foramdiretamente afetadas pelo resultado doexercício, ou seja, apresentar as movimentaçõesoriundas das atividades operacionais da empresa.
540
DFCmétodos de apresentação• O Método Indireto é aquele onde o fluxo de
caixa operacional é demonstrado a partir doresultado do exercício, que será ajustado pelasreceitas ou despesas que alteraram o resultado enão alteraram o caixa (receitas e despesas nãofinanceiras).
• Também serão ajustadas ao resultado asentradas e saídas de dinheiro do caixa que nãoalteraram o resultado.
541
DFCmétodos de apresentação
• Em uma seqüência lógica o método indireto deveestabelecer:
1) As despesas que diminuíram o lucro, entretanto nãoforam pagas, devem ser somadas ao lucro doexercício;
2) As receitas que aumentaram o lucro, mas nãoforam recebidas devem ser diminuídas do lucro noajuste.
3) As variações ocorridas no ativo circulante e nopassivo circulante que representaram entradas ousaídas de dinheiro que estão relacionadas com asatividades operacionais da empresa e que nãomovimentaram o resultado do exercício.
542
DFCmétodos de apresentação• Os ajustes 1 e 2 são feitos porque como as
despesas não foram pagas e as receitas nãoforam recebidas, o lucro líquido financeiro édiferente do lucro apresentado.
• Por exemplo, uma despesa com devedoresduvidosos diminui o lucro, contudo, como nãohouve a saída de dinheiro o lucro financeiro foimaior, neste caso o valor da despesa seráadicionado ao lucro para fins de ajuste.
543
DFCmétodos de apresentação• Outro exemplo é a reversão de uma provisão
para perda; a reversão é considerada uma receitana DRE, aumentando o lucro da empresa sem aentrada de dinheiro, no ajuste o valor revertidodeverá ser diminuído do lucro para assimencontrar qual foi o lucro efetivamente recebidono caixa.
544
DFCmétodos de apresentação• O raciocínio do ajuste 3 é que quando há um
aumento nos ativos circulantes (estoques, contas areceber, despesas antecipadas), foi usado dinheirodo caixa, para comprar estoques ou conceder créditoa clientes ou pagar uma despesa antecipada.
• No entanto se os estoques, contas a receber oudespesas antecipadas diminuírem é porque aempresa está tendo receita ou recebimento declientes.
545
DFCmétodos de apresentação
• Observação 1: Os aumentos do ativo circulanteusam recursos do caixa e serão diminuídos noajuste, as diminuições do ativo circulanterepresentam entradas na conta caixa e serãoaumentadas no ajuste.
546
DFCmétodos de apresentação• Os aumentos do passivo circulante têm o efeito
contrário ao do ativo circulante. Quando as contas apagar, as receitas antecipadas têm o seu saldoaumentado é sinal que está entrando dinheiro nocaixa, de forma direta ou indireta, os credoresconcedem créditos, assim o dinheiro na conta caixaé liberado para outras atividades.
• Quando o passivo circulante diminui é sinal queestá existindo um pagamento, saindo dinheiro docaixa.
547
DFCmétodos de apresentação• Observação 2: Os aumentos do passivo
circulante produzem caixa e serão adicionadosao lucro, as diminuições do passivo circulanterepresentam saídas de recursos e serãodiminuídas no ajuste ao lucro líquido.
548
DFCmétodos de apresentação
Guarde o seguinte:I – Se o ativo circulante operacional aumentou,
diminui o valor no ajuste ao lucro.II – Se o ativo circulante operacional diminuiu,
aumenta o valor no ajuste ao lucro.III – Se o passivo circulante operacional aumentou,
aumenta o valor no ajuste.IV – Se o passivo circulante operacional diminuiu,
diminui o valor no ajuste.
549
DFCmétodos de apresentação• Todos estes ajustes fazem parte das atividades
operacionais.• As demais atividades de investimento e de
financiamento serão elaboradas da mesmaforma que a elaboração do método direto,usando-se para tanto os dados do BalançoPatrimonial.
550
DFCmétodos de apresentação1) Ajustes para conciliar o resultado com o valor
das disponibilidades geradas (aplicadas) nas atividades operacionais
(+) Despesa com depreciação, exaustão e amortização(-) Resultado positivo na venda de ativos não circulantes(+) Resultado negativo na venda de ativos não circulantes(-) Ganho na equivalência patrimonial(+) Perda na equivalência patrimonial
(=) resultado líquido ajustado
551
DFCmétodos de apresentação(+) Redução em contas a receber(-) Aumento em contas a receber(+) Redução nos estoques(-) Aumento nos estoques(+) Redução nas despesas antecipadas(-) Aumento nas despesas antecipadas(+) Aumento na provisão para devedores
duvidosos(-) Diminuição na provisão para devedores
duvidosos
552
DFCmétodos de apresentação(+) Aumento em fornecedores e contas a pagar(-) Redução em fornecedores e contas a pagar(+) Aumento na provisão para férias(+) Aumento na provisão para contingências(-) redução em fornecedores(-) redução de PDD(-) redução de provisões do passivo
(=) Total do fluxo operacional
553
DVA – Demonstração de Valor Adicionado
554
DVA
• A Demonstração do Valor Adicionado – DVA tempor objetivo apresentar aos usuários quanto que aempresa gerou de riqueza em um período e comoque esta riqueza foi distribuída para as pessoas queauxiliaram na sua geração.
555
É obrigatória para todas associedades anônimas de capitalaberto.
• A DVA está fundamentada em conceitosmacroeconômicos, buscando apresentar, eliminadosos valores que representam dupla-contagem, aparcela de contribuição que a entidade tem naformação do Produto Interno Bruto (PIB).
556
• Essa demonstração apresenta o quanto aentidade agrega de valor aos insumos adquiridosde terceiros e que são vendidos ou consumidosdurante determinado período.
557
• A DVA é um dos elementos componentes dobalanço social.
• Seus dados, em sua grande maioria, são obtidosprincipalmente a partir da demonstração doresultado do exercício, pois a DRE e a DVAtratam normalmente dos mesmos itens sob umaspecto diferente.
558
• Por exemplo: a despesa de salários naDRE é uma despesa operacional, na DVAé uma forma de distribuição de riqueza daempresa aos funcionários.
559
• A distribuição da riqueza criada deve serdetalhada, minimamente, da seguinte forma:
a) Empregados – salários do pessoal e encargos;b) Governo - impostos, taxas e contribuições;c) Financiadores - juros e aluguéis;d) Sócios - juros sobre o capital próprio (JCP) e
dividendos;e) Lucros retidos/prejuízos do exercício;f) Outras distribuições.
560
• Para os investidores e outros usuários, essademonstração proporciona o conhecimento deinformações de natureza econômica e social eoferece a possibilidade de melhor avaliação dasatividades da entidade dentro da sociedade naqual está inserida.
561
• A decisão de recebimento por uma comunidade(Município, Estado e a própria Federação) deinvestimento pode ter nessa demonstração uminstrumento de extrema utilidade e cominformações que, por exemplo, a demonstraçãode resultados por si só não é capaz de oferecer.
562
• O Comitê de Pronunciamento Contábil – CPCapresentou por meio de seu pronunciamentotécnico os seguintes termos relacionados com aDVA:
563
• Valor adicionado bruto representa ariqueza criada pela empresa, de forma geralmedida pela diferença entre o valor das vendase os insumos adquiridos de terceiros.
• Inclui também o valor adicionado recebido emtransferência, ou seja, produzido por terceirose transferido à entidade.
564
São as receitas das atividades da empresa
• Receita de venda de mercadorias, produtos eserviços representa os valores reconhecidos nacontabilidade a esse título pelo regime decompetência e incluídos na demonstração doresultado do período.
565
São incluídos os tributos sobre a venda
• Outras receitas representam os valores quesejam oriundos, principalmente, de baixas poralienação de ativos não-circulantes, tais comoresultados na venda de imobilizado, deinvestimentos, e outras transações incluídas nademonstração do resultado do exercício quenão configuram reconhecimento detransferência à entidade de riqueza criada poroutras entidades.
566
• Insumo adquirido de terceiros representaos valores relativos às aquisições de matérias-primas, mercadorias, materiais, energia,serviços, etc. que tenham sido transformados emdespesas do período.
• Enquanto permanecerem nos estoques, nãocompõem a formação da riqueza criada edistribuída.
567
• Nos valores dos custos dos produtos emercadorias vendidos, materiais, serviços,energia etc. consumidos, devem serconsiderados os tributos incluídos no momentodas compras (por exemplo, ICMS, IPI, PIS eCOFINS), recuperáveis ou não.
• Esse procedimento é, pois, diferente das práticasutilizadas na demonstração do resultado.
568
• Valor adicionado recebido emtransferência representa a riqueza que nãotenha sido criada pela própria entidade, e simpor terceiros, e que a ela é transferida, como porexemplo receitas financeiras, de equivalênciapatrimonial, dividendos, aluguel, royalties, etc.
• Precisa ficar destacado, inclusive para evitardupla-contagem em certas agregações.
569
• Depreciação, amortização e exaustãorepresentam os valores reconhecidos no períodoe normalmente utilizados para conciliação entreo fluxo de caixa das atividades operacionais e oresultado líquido do exercício.
570
Distribuição da riqueza• Nesta parte a DVA deve apresentar de forma
detalhada como a riqueza obtida pela entidadefoi distribuída. Os principais componentes dessadistribuição são empregados, governo, sócios,financiadores, outros além da riqueza retida. Emgeral estes beneficiados são apresentados daseguinte forma:
571
• Empregados ou Pessoal – valores apropriadosao custo ou ao resultado do exercício na formade salários, 13º salário, honorários daadministração, férias, comissões, horas extras,participação de empregados nos resultados,assistência médica, alimentação, transporte,planos de aposentadoria e FGTS.
572
• Governo – valores relativos ao imposto de renda,contribuição social sobre o lucro, contribuiçõesaos INSS que sejam ônus do empregador, bemcomo os demais impostos e contribuições a quea empresa esteja sujeita, tais como IPTU, IPVA,ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS etc....
573
• Financiadores – é a remuneração de capitais deterceiros com juros, aluguéis, as despesas comleasing operacional, e transferência de riqueza aterceiros, mesmo que originadas em capitalintelectual, tais como royalties, franquia, direitosautorais etc.
574
• Sócios – é a remuneração de capitais próprios -valores relativos à remuneração atribuída aossócios e acionistas com Juros sobre capitalpróprio e dividendos
• Devem ser incluídos apenas os valoresdistribuídos com base no resultado do próprioexercício, desconsiderando-se os dividendosdistribuídos com base em lucros acumulados deexercícios anteriores.
575
• Lucros retidos/Prejuízos do exercício - inclui osvalores relativos ao lucro do exercício destinadosàs reservas, inclusive os JSCP quando tiveremesse tratamento; nos casos de prejuízo, essevalor deverá ser incluído com sinal negativo.
576
DVA - casos especiais• Por ser uma demonstração de caráter social a
DVA necessita de alguns ajustes em relação àsinformações econômicas apresentadas na DRE.
• Por exemplo, o aumento de reservas de capitalnão entra na DRE mas entra na DVA, adistribuição de dividendos, não entra na DRE eentra na DVA.
577
• Diferentemente dos critérios contábeis, outrasreceitas também incluem valores que nãotransitam pela demonstração do resultado,como, por exemplo, aqueles relativos àconstrução de ativos para uso próprioda entidade e aos juros pagos ou creditadosque tenham sido incorporados aos valores dosativos de longo prazo (normalmente,imobilizados).
578
Ativo produzido internamente é receita na DVA
Estrutura da DVA
1 – RECEITAS1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços1.2) Outras receitas1.3) Receitas relativas à construção de ativos
próprios1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa
– Reversão / (Constituição)
579
2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DETERCEIROS
(inclui os valores dos impostos – ICMS,IPI, PIS e COFINS)
2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dosserviços vendidos.
2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros eoutros.
2.3) Perda / Recuperação de valores ativos.2.4) Outras (especificar)
580
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4 – (-) DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO EEXAUSTÃO
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDOPRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
581
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EMTRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial6.2) Receitas financeiras6.3) Outras7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A
DISTRIBUIR (5+6)
582
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALORADICIONADO (*)
8.1) Empregados• 8.1.1 – Remuneração direta• 8.1.2 – Benefícios• 8.1.3 – F.G.T.S8.2) Governo• 8.2.1 – Federal• 8.2.2 – Estadual• 8.2.3 – Municipal
583
8.3) Financiadores • 8.3.1 – Juros• 8.3.2 – Aluguéis• 8.3.3 – Outras8.4) Sócios• 8.4.1 – Juros sobre o Capital Próprio• 8.4.2 – Dividendos8.5) Lucros retidos• Reservas 8.6) Outras distribuições• 8.6.1 – Doações • 8.6.2 – Patrocínios
584
DRA - Demonstração do ResultadoAbrangente.
585
DRA – Resultado abrangente
• O conceito de resultado abrangente começou aser discutido no Brasil em setembro de 2009,quando o CPC – Comitê de PronunciamentoContábil aprovou o pronunciamento técnico 26,que regulamenta dentre outras demonstrações,a Demonstração do Resultado Abrangente.
586
• Resultado abrangente é “uma alteração nopatrimônio líquido de uma sociedade duranteum período, decorrente de transações e outroseventos e circunstâncias não originadas dossócios”.
• Isso inclui todas as mudanças no patrimôniodurante o período, exceto aquelas resultantesde investimentos dos sócios e distribuições aossócios dividendos e juros sobre capital próprio.
587
Outros resultados abrangentes compreendemitens de receita e despesa que não são reconhecidos naDRE. Os componentes dos outros resultadosabrangentes incluem:a) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão;b) ganhos e perdas derivados de conversão dedemonstrações contábeis de operações no exterior;c) ganhos e perdas na avaliação a valor justo de ativosfinanceiros disponíveis para venda; ed) parcela efetiva de ganhos ou perdas advindos deinstrumentos de hedge em operação de hedge de fluxode caixa.
• A DRA tem característica de ser gerencial, pois,apresenta informações que atualizam o capitalpróprio, por meio do ajuste no patrimôniolíquido das receitas e despesas já incorridas quepossuem uma realização financeira “incerta” eainda não afetaram o resultado do exercício,uma vez que decorrem de investimentos delongo prazo, sem data prevista de resgate ououtra forma de alienação.
589
• Na sua essência o resultado abrangente é aqueleque abrange as variações futuras de receitas edespesas que já estão registradas no ativo ou nopassivo, mas ainda não afetaram o resultado doexercício.
590
• Na prática o resultado abrangente visa apresentar osajustes efetuados no Patrimônio Líquido como sefosse um lucro da empresa.
591
Por exemplo, a conta ajuste da avaliaçãopatrimonial, registra as modificações deativos e passivos a valor justo, que peloprincípio da competência não entram naDRE, no entanto, no lucro abrangenteestas variações serão computadas, a fimde apresentar o lucro o mais próximo darealidade econômica da empresa.
• Outro exemplo que afeta o PL e não entra na DRE éo ajuste de exercícios anteriores, contudo estesajustes entrarão na apuração do lucro abrangente.
592
• Assim, todas as mutações patrimoniais no PL, quenão sejam as transações de capital com os sócios,integram a Demonstração do Resultado Abrangente.
593
A mutação do patrimônio líquidoé formada por apenas doisconjuntos de valores: transaçõesde capital com os sócios (na suaqualidade de proprietários) eresultado abrangente total.
• A DRA não sofre influência tributária, assimsendo, o lucro líquido apresentado na DREcontinua sendo a base de cálculo do imposto derenda.
• Outra informação importante é que aapresentação do resultado abrangente nãoenvolve lançamentos contábeis, mas sim, umajuste para apresentar o patrimônio líquido omais real possível.
594
• Segundo o pronunciamento CPC-26 a apresentaçãodo resultado abrangente deve ser feita separada daDRE.
595
• Considerando que no Brasil, a demonstração dasmutações do patrimônio líquido é obrigatóriapara as companhias abertas, existe apossibilidade da apresentação da demonstraçãodo resultado abrangente como parte dademonstração das mutações do patrimôniolíquido (DMPL).
596
• A DRA mostra o resultado líquido (DRE) somado ousubtraído de outros resultados abrangentes, que nãosejam de operações com os sócios.
Os resultados abrangentessão transações que irãoafetar o lucro no futuro,assim é importante queestas informações sejamapresentadas aos usuários.
lucro líquido(+-) diferenças de câmbio na conversão deoperações no exterior(+-) resultado líquido sobre ativos financeirosdisponíveis para venda(+) ganho sobre avaliação a valor justo depropriedades(+-) parcela de outros resultados abrangentes decoligadas(=) resultado abrangente total do exercício
• A DRA deve apresentar o lucro atribuível a:a) proprietários da controladora b) participações não controladoras
Resultado abrangente total atribuído a:a) proprietários da controladora b) participações não controladoras
A análise gerencial visa mostrar, com base nosdados e informações contábeis, a posiçãoeconômico-financeiro-patrimonial atual daempresa, a fim de que os interessados possamtomar as decisões necessárias.
601
A análise está voltada para umexame dos dados apresentadosnas demonstrações contábeis, bemcomo informações sobre os fatoresinternos e externos que afetamfinanceira e economicamente aempresa.
• Objetivo da contabilidade é:“Fornecer informação de natureza econômica,financeira, operacional e social, que seja útil aosusuários internos e externos”.
Os usuários podem ser internos ou externos e cominteresses diversificados, razão pela qual asinformações geradas pela Entidade devem seramplas e fidedignas e suficientes para a avaliaçãoda sua situação patrimonial e das mutaçõessofridas pelo seu patrimônio, permitindo arealização de inferências sobre o seu futuro.
• Os usuários internos incluem osadministradores de todos os níveis, queusualmente se valem de informações maisaprofundadas e específicas acerca da Entidade,notadamente aquelas relativas ao seu ciclooperacional.
• Já os usuários externos concentram suasatenções, de forma geral, em aspectos maisgenéricos, expressos nas demonstraçõescontábeis.
Usuários das informações
InternosContabilidade
GerencialRelatórios próprios
Alta administraçãoTomadores de
decisão operacional
ExternosContabilidade financeira
Demonstrações Contábeis
Primários Aplicam dinheiro
SecundáriosOperacional
• A Contabilidade busca por meio da obtenção, daanálise e do relato das mutações sofridas pelopatrimônio da Entidade, a geração de informaçõesquantitativas e qualitativas sobre ela.
As informações são expressas tantoem termos físicos quantomonetários.
• As informações geradas pela Contabilidadedevem propiciar aos seus usuários base segurapara suas decisões, pela compreensão do estadoem que se encontra a Entidade, seu desempenho,sua evolução, riscos e oportunidades que oferece.
.
Os dados contábeis da empresaestão apresentados nasDemonstrações Contábeis
Dado: números que isoladamente nãoprovocam nenhuma reação ao leitor.Informação: uma comunicação que podeproduzir reação ou decisão.
• A principal finalidade da análise é darinformações para as pessoas interessadas,referentes à:
1) Demonstrar a atratividade de investimentosem ações;
2) Facilitar a concessão de créditos;3) Demonstrar a capacidade de pagar suas
dívidas; solvência da empresa;4) Apresentar a rentabilidade da empresa;5) Destacar a política financeira da empresa.
608
• O processo como um todo é dividido em algumasfase, sendo que as principais são:
a) Coleta da informaçãob) Preparação dos demonstrativosc) Processamento das fórmulasd) Análise dos resultadose) Conclusão da análise (informação)
609
• COLETA DAS INFORMAÇÕES: obtenção dasinformações nas Demonstrações além de outros dadossobre mercado de atuação da empresa, seus produtos,seu nível tecnológico, seus administradores e seusproprietários, bem como sobre o grupo a que aempresa pertence, entre outras.
• Normalmente, a análise trabalha cominformações que superam o conjunto dasdemonstrações contábeis são vários os relatóriosque podem servir de base, como por exemplo:
situação financeira e relação de débitos e créditos desempenho econômico e financeiro potencial econômico da empresa efetividade administrativa e operacional relação entre obtenção e aplicação de recursos programa de gerenciamento de risco.
• PREPARAÇÃO DO MATERIAL: fase de padronizaçãoe reclassificação das demonstrações financeiras paraadequá-las aos padrões necessários para a análise.
• Padronizar as demonstrações financeiras para análisesignifica fazer uma crítica às contas e transferi-lasquando necessário para outros grupos de contas ouapenas adicionar o saldo de várias contas que têm omesmo significado para a análise.
▫ Principais contas que devem ser ajustadas:
a) Despesa antecipada - conta do ativo - indica despesa que jáfoi paga contudo ainda não foi realizada economicamente, deveser apresentada como redutora no Patrimônio Líquido.
b) Receita antecipada - conta do passivo , representa oresultado de ganhos que serão realizados em exercícios futuros;deve ser somada no Patrimônio Líquido.
• PROCESSAMENTO DOS DADOSAPRESENTADOS: Processamento dasinformações e emissão de relatório no formatoestabelecido pelo analista. Normalmente, esteprocesso é feito através de processamentoeletrônico de dados.
• ANÁLISE: fase de análise dos dados disponíveis,compreendendo a consistência das informações, aobservação das tendências apresentadas pelosindicadores obtidos por meio das fórmulas deanálise.
• CONCLUSÃO: consiste em identificar, ordenar,destacar e escrever sobre os principais pontosobservados.
• Nesta fase o analista expressa sua opinião emlinguagem simples, clara e consistente, de modoque qualquer usuário da análise possa tomardecisão sobre a mesma.
• As demonstrações contábeis são relatórios que compõemo conjunto das informações contábeis-financeiras deuma empresa. São direcionadas aos usuários externos.
616
Representam monetariamente, deforma estruturada, a posiçãopatrimonial, financeira e econômicade uma entidade (azienda) emdeterminada data.
• O objetivo das demonstrações contábeis éfornecer dados sobre a posição patrimonial efinanceira, o desempenho e as mudanças naposição financeira da entidade, que sejam úteis aum grande número de usuários em suasavaliações e tomadas de decisão econômica.
617
As demonstrações são utilizadas pelaadministração da empresa paraprestar contas e levar informaçõessobre o aspecto econômico-financeiro aos acionistas, credores,governo e outros interessados.
• São elaboradas a partir de documentos einformações extraídas dos livros, registros edocumentos que compõem o sistema contábilde qualquer tipo de empresa, sendo que aatribuição e responsabilidade técnica dosistema contábil cabem exclusivamente acontabilista registrado no CRC que observaráas práticas contábeis geralmente aceitas noBrasil.
618
• As demonstrações contábeis fornecem dados os seguintesitens de uma entidade:
AtivosPassivosPatrimônio líquidoReceitas, despesas, ganhos e perdasFluxo financeiro (fluxos de caixa)Riqueza geradaResultados acumulados
619
620
• O conjunto completo de demonstraçõescontábeis inclui, normalmente, o BP, a DRE, aDFC, a DMPL, a DVA e as notas explicativas,além de outras demonstrações e materialexplicativo complementares.
BALANÇO PATRIMONIAL
Apresenta a “SL”
EstáticaAspecto
financeiro e patrimonial
patrimoniaisContas
patrimoniais
Demonstração do Resultado do Exercício
pApresenta o desempenho
Dinâmica Resultado econômico
resultadoContas de resultado
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Apresenta o resultado
acumulado Dinâmica Divulga os dividendos
por ação
Inclui a DLPA
Representa o
próprio
Representa o capital
próprio
Demonstração do Fluxo de Caixa
Apresenta o resultado financeiro
Dinâmica
Divulga a movimentação do caixa por fluxos: operacional,
investimento e financiamento
Método direto e indireto
Demonstração do Valor Adicionado
Caráter econômico
social
Divulga a riqueza gerada pela empresa e a riqueza recebida
em transferência.
Apresenta como a riqueza foi distribuída
aos beneficiados
Somente para S/as de capital
aberto.
• A análise das demonstrações contábeis normalmente édividida em duas categorias distintas:
a) Financeirab) Econômica
626
a) Análise Financeirapossibilita a interpretaçãoda saúde financeira daempresa, seu grau deliquidez e capacidade desolvência.Esta relacionada com ascontas patrimoniais.
b) Análise Econômicapossibilita ainterpretação dasvariações dopatrimônio e da riquezagerada por suamovimentação.Esta relacionada comas contas de resultado.
• A análise da situação econômica e financeira possibilitaráaos administradores, empresários, investidores e credoresavaliarem o acerto da gestão econômico-financeira, anecessidade de correção nessa gestão, o retorno esegurança dos investimentos, a garantia dos capitaisemprestados e o retorno nos prazos estabelecidos.
Estrutura
Vertical
Participação
Evolução
Horizontal
Variação
Quocientes
Índices
Relação
MÉTODOS DE ANÁLISE
ANÁLISE DE ESTRUTURA OU VERTICAL
• Mede a porcentagem de cada componente de um grupoem relação ao total, demonstrando a sua importânciana composição do grupo.
• Tem por finalidade evidenciar a participação relativa decada elemento do conjunto em relação ao total absolutoapresentado em uma demonstração.
630
• A análise vertical mostra a importância de cada contana demonstração através de um cálculo do percentualque cada elemento ocupa em relação ao conjunto.
Ativo Valor x1 AV x1 Valor x2 AV x2
AC 400.000 20% 500.000 27.8%Disponível 50.000 2.5% 150.000 8.4%
Créditos 100.000 5% 250.000 13.8%
Estoques 250.000 12.5% 100.000 5.6%
ANC 1.600.000 80% 1.300.000 72.2%Realizável a LP 200.000 10% 250.000 13.9%
Investimentos 500.000 25% 600.000 33.3%
Imobilizado 900.000 45% 450.000 25%
Total 2.000.000 100% 1.800.000 100%
Contas Valor x1 AV x1 Valor x2 AV x2RBV 100.000. 100% 120.000 100%Deduções (35.000.) 35% (30.000) 25%
(=) RLV 65.000. 65% 90.000 75%
(-) CMV (30.000.) 30% (30.000) 25%
(=) LOB 35.000. 35% 60.000 50%
(-) Desp. OP (25.000.) 25% (30.000) 25%
(+) Rec. OP 10.000. 10% 6.000 5%
(=) LOL 20.000. 20% 36.000 30%
(-) Outras Desp. (4.000.) 4% (6.000) 5%
(+) Outras Rec. 10.000. 10% 0 0
(=) LACSIR 26.000. 26% 30.000 25%
(-) CSLL/IR 8.000. 8% (10.000) 8.3%
(=) LAP 18.0000. 18% 20.000 16.7%
ANÁLISE HORIZONTAL OU DE EVOLUÇÃO
• Apresenta a comparação feita entre valores damesma conta ou grupo de contas, em diferentesexercícios sociais.
• A finalidade principal da análise horizontal éapontar a variação de itens das DemonstraçõesContábeis através de períodos, a fim decaracterizar tendências.
634
Objetiva demonstrar a evolução dosaldo da conta ao longo do tempo,por isto é conhecida como análisetemporal, com base em númerosíndices.
• Este tipo de análise possibilita o acompanhamento dodesempenho de uma das contas que compõem ademonstração, apresentando se houve aumento oudiminuição do seu valor. Serve para analisar índicesfuturos, seguindo uma evolução normal das contas e porconsequência é fundamental para o estudo de tendências.
• Para se fazer a análise horizontal deve-se indicar umnúmero índice, que consiste em escolher um exercíciocomo base, atribuindo aos seus valores o percentual de100 % .
• A partir desse exercício se calcula os demais valoresdos outros exercícios por meio de regra de três.
636
Ativo Valor x1 AH x1 Valor x2 AH x2
AC 400.000 100% 500.000 125%Disponível 50.000 100% 150.000 300%
Créditos 100.000 100% 250.000 250%
Estoques 250.000 100% 100.000 40%
ANC 1.600.000 100% 1.300.000 81.25%Realizável a LP 200.000 100% 250.000 125%
Investimentos 500.000 100% 600.000 120%
Imobilizado 900.000 100% 450.000 50%
Total 2.000.000 100% 1.800.000 90%
Contas Valor x1 AH x1 Valor x2 AH x2RBV 100.000 100% 120.000 120%Deduções (35.000) 100% (30.000) 85.7%
(=) RLV 65.000 100% 90.000 138.8%
(-) CMV (30.000) 100% (30.000) 100%
(=) LOB 35.000 100% 60.000 171%
(-) Desp. OP (25.000) 100% (30.000) 120%
(+) Rec. OP 10.000 100% 6.000 60%
(=) LOL 20.000 100% 36.000 180%
(-) Outras Desp. (4.000) 100% (6.000) 150%
(+) Outras Rec. 10.000 100% 0 0
(=) LACSIR 26.000 100% 30.000 115%
(-) CSLL/IR 8.000 100% (10.000) 125%
(=) LAP 18.000 100% 20.000 111%
• Na análise horizontal para apresentar a variaçãoREAL é necessário excluir o efeito da inflação nosvalores que serão analisados.
• Se não for retirado o impacto da inflação a análiseé denominada de NOMINAL.
ATENÇÃO
• Exemplo:• A conta despesa com salários apresentou em 2017
o montante de $100.000 e em 2018 o total de$250.000, a inflação do período foi de 10%.
• De forma simples bastaria fazer uma regra detrês e apurar nominalmente a variação daseguinte forma:
100.000 – 100%250.000 – x%X = 250%
Nominalmente houve uma variação de 150%.
• Entretanto, como teve a inflação de 10% estecrescimento não é o real. Assim, devemos ajustaro valor de 2018 retirando dele o impacto dainflação.
Valor real = 250.000/1(1 + i)Valor real = 250.000/1,1Valor real = 227,27
Desta forma o crescimento real foi de 127,27%.
ANÁLISE POR QUOCIENTES OU ÍNDICES
• É feita por meio de índices extraídos dasdemonstrações contábeis numa mesma época,para que se possa avaliar e comparar o resultadoda empresa com os índices das concorrentes.
• É o processo de análise mais utilizado porqueoferece uma visão global da situaçãoeconômica/financeira da empresa.
644
• Sempre que se trabalhar com indicadores, éimportante entender que não existe o melhorindicador, mas sim o indicador mais adequadopara cada situação e para cada informação a seranalisada e comparada.
ATENÇÃO
• Os principais índices são:a) Índices de estrutura ou endividamento.b) Índices de liquidez ou solvência. c) Índices de prazos médios.d) Índices de rentabilidade e lucratividade.
646
A análise das demonstrações contábeis por índices consistena confrontação entre os diversos grupos ou contaspatrimoniais e de resultado de forma que se estabeleça umarelação lógica que possibilite a mensuração da situaçãoeconômica e financeira da empresa.
ÍNDICES DE ESTRUTUTRA / ENDIVIDAMENTO
• Permitem identificar, de forma estática, o totaldos ativos (aplicações de recursos) possuídospela entidade, bem como o total do passivo(origens de recursos) que financiam aquelesativos.
• Os recursos representados pelos passivos podemoriginar-se de terceiros, passivos exigíveis; ousão próprios, patrimônio líquido, já que sãopassivos não exigíveis.
649
• Estes índices relacionam as fontes de fundos (ativos e passivos)entre si, procurando retratar a posição relativa do capitalpróprio com relação ao capital de terceiros.
• São quocientes de muita importância, pois indicam a relaçãode dependência da empresa no que se refere ao capital deterceiros, pois são indicadores sobre a composição e a aplicaçãodos recursos da empresa.
• No Balanço Patrimonial o lado do passivomostra a origem do capital que está a disposiçãoda empresa, enquanto o ativo apresenta ondeeste capital foi aplicado.
• Assim, com o confronto entre capital próprio ecapital de terceiros teremos condições de saberquem investiu mais na empresa, os proprietáriosou terceiros.
Balanço PatrimonialAtivo CirculanteDisponível CréditosEstoquesDespesas antecipadasAtivo não CirculanteRealizável a longo prazoInvestimentoImobilizadoDiferido
Passivo CirculanteExigível de curto prazo
Passivo Não CirculanteExigível de longo prazo
Patrimônio LíquidoCapital próprio
• Evidenciam o grau de endividamento da empresaem decorrência da origem do capital investido nopatrimônio. Mostram a proporção existente entre ocapital próprio e o capital de terceiros.
• Visam auxiliar nas decisões financeiras em termosde origem e aplicação de recursos e, principalmente,como se encontra o nível de endividamento,permitindo assim identificar, de forma estática, ototal dos ativos (aplicações de recursos) possuídospela entidade, bem como o total do passivo (origensde recursos) que financiam aqueles ativos.
Endividamento Geral• Mostra como a proporção de como se encontra o
endividamento da empresa, em relação ao ativo total.“Quanto menor, melhor”
653
Endividamento = PC + PNC
ATIVOQuando este índice for MAIOR que 1 é sinal que a empresa esta como seu passivo a descoberto, apresentando uma situação patrimonialnegativa.
Participação de capital de terceiros • Este quociente revela qual a proporção existente entre capital
de terceiros e capital próprio, isto é, quanto a empresa estáutilizando de capital de terceiro para cada real próprio.
“Quanto menor, melhor”
654
PCT = PC + PNCPL
Composição de endividamento • Revela qual a proporção existente entre as obrigações de curto
prazo em relação às obrigações totais. Quanto a empresa teráde pagar em curto prazo para cada real do total dasobrigações.
“Quanto menor, melhor”
655
CE = PC__ PC + PNC
Índice de solvência geral• Este índice mostra a capacidade de pagamento da
empresa tomando como base o seu ativo total.“Quanto maior, melhor”.
656
Solvência = Ativo totalPC + PNC
Quando este índice for MENOR que 1 é sinal que a empresaesta com o seu passivo a descoberto, apresentando umasituação patrimonial negativa.
Imobilização do Patrimônio Líquido• Este quociente revela qual a parcela do Patrimônio Líquido foi
utilizada para financiar a compra do ativo NÃO CIRCULANTE –investimentos, imobilizado e intangível, isto é, quanto aempresa imobilizou no seu ativo para cada real do PL.
Quanto menor, melhor.
657
IPL = ANC (MENOS RLP)PL
Imobilização de recursos não correntes• Este quociente demonstra qual o percentual de Recursos
não Correntes a empresa imobilizou no seu ativo.Quanto menor, melhor.
658
IRNC = Ativo Não circulante (menos ARLP)
PL + PNCNa estrutura da empresa é bom que este índice não sejasuperior a 1, pois assim, no capital circulante líquido haveráuma sobra, com o ativo circulante maior que o passivocirculante.
Capital Circulante Líquido = Capital de Giro Líquido• Apresenta a composição dos valores em giro na empresa.• É encontrado pela diferença entre as aplicações em relação
às captações de recursos a curto prazo.
659
CCL = AC – PC
AC = capital de giro próprioPC = capital de giro de terceirosCCL = capital de giro líquido
Índice Endividamento Geral
Solvência geral
Participação de
Capital de Terceiros
Composição do
Endividamento
Imobilização do
Patrimônio Líquido
Fórmula PC + PNCAtivo total
Ativo total PC + PNC
Capital de Terceiros
Patrimônio Líquido
Passivo CirculanteCapital Terceiros
Ativo PermanentePatrimônio Líquido
Analisa Quanto a empresa deveem relação ao capitalaplicado
Quanto aempresa possuiaplicado emrelação àsdívidas
Quanto aempresa tomoude capital deterceiros paracada real decapital próprio
Qual o percentual deobrigações a curtoprazo em relação àsobrigações totais
Quantos a empresaaplicou no ativoinvestimento,imobilizado e intangível,para cada real dopatrimônio Líquido
Interpretação
Quanto menor, melhor Quanto maior, melhor
Quanto menor, melhor
Quanto menor, melhor Quanto menor, melhor
ÍNDICES DE LIQUIDEZ
• Os índices de liquidez medem a capacidade financeira daempresa em pagar os compromissos assumidos com seuscredores.
A liquidez de uma empresa é medidaem termos de sua capacidade desaldar suas obrigações de curtoprazo à medida que se tornamdevidas.
Sãoindicadoresdo tipo:quanto maior,melhor.
• O resultado destes índices evidenciam o grau desolvência da empresa em decorrência daexistência ou não de solidez financeira quegaranta o pagamento dos compromissosassumidos com terceiros.
• Mostra a proporção entre os investimentosefetuados em relação aos capitais de terceiros.Em suma demonstra a capacidade da empresade efetuar o pagamento das suas dívidas.
Índices de
Liquidez
Geral
Corrente
Seca
Imediata
Índice de liquidez geral• Mostra se os recursos financeiros aplicados no ativo
circulante e no realizável a longo prazo são suficientespara pagar as obrigações totais.
664
LG = AC + ARLPPC + PNC
Por meio deste índice pode-severificar a saúde financeira daempresa de longo prazo, no que serefere à liquidez.
Índice de liquidez corrente• Revela a capacidade financeira da empresa para cumprir
os seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto aempresa tem de ativo circulante para cada real dopassivo circulante.
665
LC = ACPC
“Quanto maior a liquidez corrente,mais alta se apresenta a capacidadeda empresa financiar suasnecessidades de capital de giro.
Índice de liquidez seca• Revela a capacidade financeira líquida da empresa em
cumprir suas obrigações de curto prazo com os recursosrealizáveis diretamente.
666
LS = AC - ESTOQUE – DESPESA ANTECIPADAS PC
Demonstra se a empresa tem condições decumprir suas obrigações a curto prazo semdepender de suas vendas futuras.
Índice de liquidez imediata • O resultado deste quociente revela a capacidade de liquidez
imediata da empresa para saldar seus compromissos decurto prazo.
667
LI = DISPONIBILIDADESP C
Apresenta quanto a empresa possui de dinheiroem caixa, no banco e aplicações de liquidezimediata para cada real de dívida em curto prazo.
ÍNDICES DE ROTAÇÃO/GIRO
• Têm por objetivo apresentar o tempo que a empresa levapara completar o efeito de uma transação e ter o retornoesperado.
Apresentam relacionamentosdinâmicos entre contas de resultado epatrimoniais e acabam influenciando aposição de liquidez e rentabilidade.
Prazo médio de rotação dos estoques • Este quociente mostra quantas vezes ocorreu a renovação
do estoque de mercadoria.
Quanto maior o prazo, pior.
PMRE = Estoque Médio x 360 dias CMV
Estoque Médio = (estoque inicial + estoque final) divididopor Dois.
Prazo médio de recebimento de vendas - clientes• Indica o tempo que a empresa leva para receber suas
vendas.
Quanto maior, pior.
PMRC = Prazo médio de clientes x 360 diasRLV
Prazo médio clientes = (saldo inicial + saldo final de duplicatasa receber) dividido por dois.
Prazo médio de pagamento de fornecedor• Este quociente informa o período de rotação das duplicatas
a pagar.Quanto maior, melhor.
PMC = Média de fornecedores x 360 diasCompras
Média de fornecedores = (saldo inicial + saldo final duplicata a pagar)dividido por dois.
Compras = CMV + Estoque Final – Estoque Inicial
Giro do ativo• Demonstra a relação existente entre o total das vendas
líquidas e os investimentos efetuados na empresa.Expressa quantas vezes o ativo girou.
Quanto maior , melhor.
672
GA = Vendas LíquidasAtivo Médio
Vendas líquidas – Receitas buta menos as deduçõesAtivo Médio – Ativo inicial mais o ativo final dividido por dois.
Giro do PLDemonstra a relação existente entre o total das vendas líquidase o capital próprio da empresa,
Quanto maior , melhor .
GPL = Vendas LíquidasPL
Vendas líquidas – Receitas buta menos as deduçõesPL Médio – PL inicial mais o PL final dividido por dois.
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE
• Tem por objetivo apresentar quanto de retorno foialcançado pela resultado da empresa sobre o valor que foiinvestido.
• Ajuda a dimensionar qual a relação do lucro com asvendas.
A lucratividade indica se o negócio estájustificando ou não a operação, ou seja, seas vendas são suficientes para pagar oscustos e despesas e ainda gerar lucro.
Receita Bruta de Vendas(-) Deduções das vendas(=) Receita Líquida de Vendas(-) Custo da mercadoria vendida(=) Lucro Operacional Bruto(-) Despesas operacionais(+) Receitas operacionais(=) Lucro Operacional Líquido
(-) Outras despesas(+) Outras receitas(=) Lucro Antes CSLL/IR(-) CSLL(-) IR(=) Lucro Antes das Participações(-) Participações nos lucros(=) Lucro Líquido do Exercício
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
EBITDA• EBITDA é a sigla de “Earnings Before Interest, Taxes,
Depreciation and Amortization”, que significa lucro antesde juros, impostos, depreciação e amortização – LAJIDA.
• Juros são os valores pagos ou recebidos e impostos são oImposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.
É utilizado para medir aprodutividade e a eficiência daempresa.
• O EBITDA é um indicador financeiro que apresentaquanto uma empresa gera de recursos através de suasatividades operacionais, desconsiderando osimpostos e outros efeitos financeiros e econômicosque não estão relacionados diretamente com asatividades produtivas da empresa.
Não apresenta o mesmo valor dofluxo de caixa operacional, poisnão trata das movimentaçõesfinanceiras do BP.
• Para calcular o EBITDA é necessário primeirocalcular o lucro operacional, depois, é só somar aolucro operacional os juros, a depreciação, exaustãoe amortização que estão incluídas no CPV (caso deindústrias) e nas despesas operacionais.
Despesas operacionais = Despesascom vendas + despesas gerais +despesas administrativas.
(=) Receita Líquida de Vendas(-) Custo da mercadoria vendida(=) Lucro Operacional Bruto(-) Despesas operacionais(+) Receitas operacionais(=) Lucro Operacional Líquido
Lucro Operacional Líquido(+) Despesas financeiras(-) receitas financeiras(+) Depreciação(+) Amortização(+) Exaustão(=) EBITDA (LAJIDA)
(=) RLV = 100.000(-) CMV = (30.000)(=) LOB = 70.000(-) Despesas operacionais = (40.000)- Administrativas – 25.000- Gerais – 7.000- Com vendas – 3.000- Financeiras – 5.000
(+) Receitas operacionais = 2.000- Financeiras – 2.000 (=) LOL = 32.000
Lucro Operacional Líquido = 32.000(+) Despesas financeiras = 5.000(-) receitas financeiras = (2.000)(+) Depreciação = 6.000(+) Amortização = 3.000(+) Exaustão(=) EBITDA (LAJIDA) = 44.000 (44%)
Considere que em despesasadministrativas tem:Depreciação = 6.000Amortização = 3.000
EBIT• O EBIT é a sigla em inglês para Earnings
Before Interest and Taxes, em portuguêspodemos traduzir como LAJIR, ou seja, Lucroantes dos Juros e impostos.
A diferença entre o EBIT e oEBITDA, é que o primeiro consideraem seu cálculo os efeitos dasdepreciações e amortizações, já osegundo não considera.
lucratividade
Margem bruta
Margem operacional
Margem líquida
Margem Bruta• O resultado apresenta a margem de lucratividade bruta,
ou seja, o resultado com mercadorias, obtida pelaempresa em relação com seu faturamento, mostraquanto a empresa teve de lucro bruto para cada realvendido.
683
MB = Lucro brutoVendas líquidas
Margem Operacional
• Demonstra a margem de lucro operacional da empresa,ou seja, o lucro que esta diretamente relacionado com asatividades normais da entidade.
684
MOP = Lucro operacionalVendas líquidas
Margem líquida
• O resultado apresenta a margem de lucratividade obtidapela empresa em relação com seu faturamento líquido.Mostra quanto a empresa teve de lucro líquido para cadareal apurado pela empresa depois das deduções dasvendas.
685
ML = Lucro líquidoVendas líquidas
ÍNDICES DE RENTABILIDADE
• Apresentam a relação dos ganhos/retornos sobreo montante aplicado no ativo ou pelos sócios.
• São usados pelos interessados em investir naempresa.
Demonstra a capacidade que aorganização possui deremunerar os capitais nelainvestidos.
Retorno do ativo• Este quociente evidencia o potencial de
geração de lucros por parte da empresa nautilização de seus ativos. Também édenominado de retorno do investimento.
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ROA = Lucro líquido Ativo médio
Retorno sobre os ativos = ROA - Return On Assets
Retorno do Patrimônio Líquido• O resultado revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida
pelo capital próprio investido na empresa, ou seja,quanto a empresa ganhou de lucro líquido para cada realde Capital Próprio investido.
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RPL = Lucro líquidoPatrimônio Líquido médio
Retorno sobre o patrimônio líquido = ROE - Return On Equity
Equação Dupont
• A equação DuPont permite calcular o retorno sobre opatrimônio líquido (ROE - Return On Equity )através do cálculo do retorno sobre os ativos (ROA -Return On Assets) vezes multiplicador de capitalpróprio (GAF).
Avalia a lucratividade de uma empresavezes o giro do ativo.
• A fórmula pode ser explicada da seguinte maneira:
ROA = lucratividade x giro ativo
ROA = margem líquida x giro do ativo
• Desmembrando temos que:
ROA = Lucro Líquido x Vendas líquidasVendas líquidas Ativo médio
ROA = Lucro LíquidoAtivo médio
• Na equação dupont o retorno do ativo é multiplicado pelaGrau de Alavancagem Financeira – GAF.
• O GAF apresenta a composição do endividamento daempresa, indicando o volume de recursos investidos naempresa, comparado com recursos próprios aplicados oumantidos pelos acionistas.
É encontrado na razão do Ativo Totalpelo Patrimônio Líquido.
GAF = AT/PL
• Desmembrando a fórmula pela equação dupont:
RPL = ML x GA x GAF
RPL = 𝐿𝐿/ 𝑅𝐿𝑉 × 𝑅𝐿𝑉/ 𝐴𝑇 × 𝐴𝑇/ 𝑃𝐿
• Retorno sobre o Patrimônio Líquido, o ROE, é expresso emsua forma mais básica como destacado na equação
RPL = Lucro líquidoPatrimônio Líquido
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