avaliaÇÃo qualitativa e mapeamento dos riscos ambientais
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Serviço Público Federal Ministério da Educação
Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
MÚLTIPLA JÚNIOR
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
AVALIAÇÃO QUALITATIVA E MAPEAMENTO DOS RISCOS
AMBIENTAIS NOS LABORATÓRIOS DA FAENG – FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E GEOGRAFIA DA UFMS
CAMPUS CIDADE UNIVERSITÁRIA
Consultores: Andrew Cezario Amaral Alberto Rikito Tomaoka Junior Danicelly Zaine dos Reis Santa Rosa João Gabriel de Freitas Simões João Paulo Neves da Silva Joaquim da Silveira Toledo Neto Letícia dos Santos Alves Natalia Ferreira Santarosa Renê de Moraes Soares Professora Orientadora: Janusa Soares de Araújo
Campo Grande 2019
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 3
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 3
2.1. Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho ................................................................... 3
2.2. Antecipação, Reconhecimento, Avaliação e Controle dos Riscos Ambientais ........... 4
2.2.1. Antecipação .......................................................................................................... 4
2.2.2. Reconhecimento ................................................................................................... 4
2.2.3. Avaliação .............................................................................................................. 5
2.2.4. Controle ................................................................................................................ 5
2.3. Mapa de Risco ....................................................................................................................... 5
2.4. Riscos Ambientais ................................................................................................................. 6
2.4.1. Riscos Físicos....................................................................................................... 6
2.4.2. Riscos Químicos ................................................................................................... 6
2.4.3. Riscos Biológicos ................................................................................................. 6
2.4.4. Riscos Ergonômicos ............................................................................................. 6
2.4.5. Riscos de Acidentes ............................................................................................. 7
3. METODOLOGIA ................................................................................................................. 7
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 8
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 13
6. ............................................................................................................................................... 13
7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 13
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1. INTRODUÇÃO
A análise de risco tem grande importância para as empresas não apenas
porque existem legislações que recomendem que ela seja realizada, mas também por
uma questão de garantir a segurança dos colaboradores.
Essa análise de risco consiste na identificação e documentação de todos os
riscos ambientais e eventos negativos que podem ocorrer durante o desempenho das
atividades laborativas em uma empresa. É extremamente importante que ela seja feita
de maneira adequada, pois envolve a segurança dos funcionários e a garantia de
condições adequadas de trabalho.
Os laboratórios são ambientes que por naturalidade oferecem riscos as
pessoas que o frequentam, funcionários, estudantes e professores. A manipulação de
diversas substâncias e a operação dos equipamentos sem uma orientação adequada,
e/ou um bom treinamento podem ocasionar em acidentes. A falta de informação sobre
os riscos presentes nos laboratórios é um fator que contribuí para a ocorrência desses
acidentes.
O projeto "Avaliação qualitativa e mapeamento dos riscos ambientais nos
laboratórios da FAENG" visa atender as necessidades e exigências do processo de
gerenciamento de riscos nos ambientes laborais requeridas pelo Ministério do
Trabalho, com intuito de garantir a segurança e saúde dos trabalhadores.
O mapa de risco tem como finalidade informar e conscientizar os colaboradores
dos riscos presentes no dia a dia, como também auxiliar na determinação das medidas
de prevenção e segurança do trabalho. Essa análise qualitativa é um instrumento
preliminar de avaliação dos riscos presentes nos ambientes laborais, e pode trazer
inúmeros benefícios tanto para empregado quanto para empregador (IMTEP, 2018).
A partir da elaboração e implementação do mapa de risco, é possível compreender a
importância da conscientização quanto ao uso adequado dos equipamentos de
proteção individual (EPIs), bem como dos equipamentos de proteção coletiva (EPCs).
O presente projeto visou, a partir dessas análises de riscos, contribuir para a
melhoria da gestão de saúde e segurança do trabalho, assim como promover um
melhor controle e proteção dos colaboradores dos laboratórios da FAENG.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho
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Segundo a – Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS,
2007), SST são condições e fatores que afetam – ou poderiam afetar – a segurança
e a saúde de funcionários ou de outros trabalhadores (incluindo trabalhadores
temporários e terceirizados), visitantes ou qualquer outra pessoa no local de trabalho.
A gestão em segurança do trabalho é um conjunto de normas, ações, atividades e
medidas preventivas destinadas à melhoria do ambiente de trabalho, prevenção de
ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais, como também a proteção à
integridade e capacidade do trabalhador.
2.2. Antecipação, Reconhecimento, Avaliação e Controle dos Riscos Ambientais
A Associação Americana de Higiene Industrial – AIHA define a Higiene
Ocupacional como: "ciência e arte dedicada à antecipação, reconhecimento,
avaliação, prevenção e controle dos fatores ambientais ou estressores que surgem no
local de trabalho e que podem causar enfermidades, prejudicar a saúde e o bem estar
ou desconforto entre os trabalhadores ou cidadãos da comunidade".
2.2.1. Antecipação
Essa etapa tem uma grande importância, pois envolve a análise de projetos de
novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já
existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção
para sua redução ou eliminação.
A antecipação é considerada uma abordagem ideal para a prevenção de riscos,
pois inclui: avaliação dos efeitos sobre a saúde dos trabalhadores e impacto
ambiental, antes da concepção e da instalação do processo/atividade.
2.2.2. Reconhecimento
A identificação dos riscos é um passo fundamental na prática de higiene do
trabalho, pois permite o planejamento de uma avaliação confiável e define as
melhores estratégias de controle.
Essa etapa baseia-se no reconhecimento dos agentes ambientais que afetam
a saúde dos trabalhadores, o que implica o conhecimento dos produtos envolvidos no
processo, métodos de trabalho, fluxo de processo, layout das instalações, número de
trabalhadores expostos, etc. Essa etapa compreende também o planejamento da
abordagem do ambiente a ser estudado, seleção dos métodos de coleta, bem como
dos equipamentos de avaliação.
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2.2.3. Avaliação
Processo que mede/dimensiona/avalia os riscos para segurança e saúde dos
trabalhadores decorrentes das fontes de riscos no local de trabalho. É um processo
que nos permite dimensionar a exposição dos trabalhadores e tirar conclusões sobre
o nível de risco para saúde humana.
É uma análise sistemática de todos os aspectos relacionados com o trabalho e
permite identificar:
• Aquilo que é suscetível de causar lesões ou danos;
• A possibilidade de eliminar os perigos;
• As medidas de prevenção ou proteção para controlar os riscos.
O objetivo da avaliação da exposição é determinar a magnitude, frequência e
duração da exposição dos trabalhadores a um agente de riscos e agir
preventivamente na fonte geradora destes riscos. Geralmente são realizadas para
estimar a exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais a fim de obter
informações para projetar ou mensurar a eficiência de medidas de controle.
2.2.4. Controle
Processo que envolve desenvolvimento e implementação de estratégias para
eliminar ou reduzir a níveis aceitáveis a presença de agentes de riscos ambientais no
local de trabalho.
De acordo com os dados obtidos nas fases anteriores, o controle se atém a
propor e adotar medidas que visam à eliminação ou minimização do risco presente no
ambiente.
A priorização para implementar medidas de controle dos riscos deve levar em
consideração:
• Consequências da exposição.
• Número de trabalhadores expostos.
• Fatores administrativos.
2.3. Mapa de Risco
O mapa de risco tem como finalidade informar e conscientizar os colaboradores
dos riscos presentes no dia a dia, como também auxiliar na determinação das medidas
de prevenção e segurança do trabalho. Essa análise qualitativa é um instrumento
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preliminar de avaliação dos riscos presentes nos ambientes laborais, e pode trazer
inúmeros benefícios tanto para empregado quanto para empregador (IMTEP, 2018).
A partir da elaboração e implementação do mapa de risco, é possível
compreender a importância da conscientização quanto ao uso adequado dos
equipamentos de proteção individual (EPIs), bem como dos equipamentos de
proteção coletiva (EPCs).
2.4. Riscos Ambientais
Os riscos ambientais ou agentes ambientais são todas as substâncias ou
elementos existentes nos ambientes de trabalho, que acima dos limites de tolerância,
são capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição. Podem ser classificados como
físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes (mecânicos).
2.4.1. Riscos Físicos
São aqueles que se referem às características físicas do ambiente, ligadas a
fontes de energia, como por exemplo: vibrações, ruídos excessivos, temperatura
extrema, pressão anormal, radiação, tanto nas formas ionizantes quanto não-
ionizantes e alterações sonoras, como o ultra som e o infra som. No Mapa de Risco,
os riscos físicos são representados pela cor verde.
2.4.2. Riscos Químicos
São os produtos, substâncias ou ainda compostos químicos que estão sujeitos
a absorção por parte do organismo, seja através do contato direto, pelas vias
respiratórias ou ainda ingeridos, como gases ou vapores, névoas, fumaça ou poeira.
No Mapa de Risco, os riscos químicos são representados pela cor vermelha.
2.4.3. Riscos Biológicos
São as diferentes formas de micro-organismos aos quais os colaboradores
possam estar expostos, e cujo contato se dá através da pele, da ingestão ou ainda
pelas vias respiratórias, como fungos, bactérias, protozoários, vírus ou parasitas. No
Mapa de Risco, os riscos biológicos são representados pela cor marrom.
2.4.4. Riscos Ergonômicos
São os riscos de natureza física ou psicológica, causados pela não adequação
do ambiente de trabalho às limitações fisiológicas dos indivíduos, como sobrecarga
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de peso, intenso esforço físico, postura inadequada, jornada excessiva de trabalho,
exigência de produtividade desproporcional, trabalho noturno, repetição de
movimentos, entre outros fatores que causam estresse físico ou mental. No Mapa de
Risco, os riscos ergonômicos são representados pela cor amarela.
2.4.5. Riscos de Acidentes
São os agentes de riscos relacionados a máquinas, equipamentos e outros
elementos que podem causar dano e a através da incidência de acidentes de trabalho.
Dentre eles, ausência de equipamento de proteção, ferramentas com defeito ou
inadequadas, risco de explosão ou incêndio, luminosidade inadequada,
armazenamento e estocagem inadequados, animais peçonhentos, entre outros
fatores que aumentem o risco de acidentes. No Mapa de Risco, os riscos de acidentes
são representados pela cor azul.
3. METODOLOGIA O trabalho do pesquisador não se restringe apenas a observar os ambientes
laborais para identificação dos principais riscos ali presentes. O mesmo necessita
realizar um estudo detalhado com intuito de obter todas as informações e dados
necessários para uma avaliação completa e eficaz. Para elaboração dos mapas de
riscos foi adotada a seguinte metodologia de trabalho (Gerência de Saúde e
Prevenção da Superintendência Central de Recursos Humanos, 2012):
a) Mapeamento das atividades de trabalho no local analisado, identificando:
- Os servidores, quantidade, sexo, idade, treinamentos profissionais e
de segurança e saúde, jornada de trabalho;
- Os instrumentos e materiais de trabalho;
- As atividades exercidas;
- O ambiente.
b) Identificação dos riscos existentes no local analisado;
c) Levantamento das medidas preventivas existentes e sua eficácia:
- Medidas de proteção coletiva;
- Medidas de organização do trabalho;
- Medidas de proteção individual;
- Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários,
armários, bebedouro, refeitório, área de lazer, etc.
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d) Identificação os indicadores de saúde:
- Queixas mais frequentes e comuns entre os servidores expostos aos
mesmos riscos;
- Acidentes de trabalho ocorridos;
- Doenças profissionais diagnosticadas;
- Causas mais frequentes de ausência ao trabalho.
e) Reconhecimento dos levantamentos ambientais já realizados no local;
Após essa análise qualitativa, os Mapas de Riscos, sobre o layout do local de
trabalho (laboratórios), foram elaborados indicando através de círculos:
- O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada;
- O número de trabalhadores expostos ao risco;
- A especificação do agente (físico, químico, biológico, ergonômico e de
acidentes);
A intensidade do risco, foi considerada de acordo com a percepção dos
trabalhadores, e foram representadas por tamanhos proporcionalmente diferentes dos
círculos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As visitas foram efetuadas com o auxílio dos técnicos em segurança do trabalho
da seção de segurança do trabalho da PROGEP - Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
– da seção responsável pela promoção, orientação e avaliações técnicas de questões
relacionadas a segurança do trabalho na universidade. Foi possível observar que não
existe, atualmente, um controle rigoroso sobre os riscos ambientais existentes nos
laboratórios, o que coloca em risco a saúde dos usuários. Alguns dos laboratórios,
que possuem, em média, capacidade de comportar 20 pessoas, são ilustrados nas
figuras a seguir:
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Figura 1: Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Hardware e Software para o Saneamento Ambiental - RESAN
Fonte: Autores.
Figura 2: Laboratório de Eficiência Energética em Sistemas Motrizes -
LAMOTRIZ
Fonte: Autores.
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Figura 3: Laboratório de Águas Subterrâneas e Áreas Contaminadas - LASAC
Fonte: Autores.
Figura 4: Laboratório de Geologia - LabGeo
Fonte: Autores.
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Figura 5: Laboratório de Arquitetura e Urbanismo Digital - LABDIG
Fonte: Autores.
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Figura 6: Laboratório de Geomática
Fonte: Autores.
Algumas informações relevantes:
• Entre os 46 laboratórios visitados, 7 possuem o ambiente compartilhado
com um ou mais laboratórios: LATRAN e LAMECS; LabPa, LABCON e LEU; Labefec
e LABMETRO;
• O laboratório LAMOSSE - Laboratório de Modelagem e Simulação de
Sistemas Elétricos - foi realocado e ainda não estava exercendo as suas
atividades;
• Quando visitado, o professor responsável pelo BATLAB nos informou
que apenas o Bloco 3 necessitava da realização do mapa de risco;
• O mapa de risco ambiental do laboratório LAQUA foi realizado pelos
técnicos.
No anexo A, apresenta-se todos os mapas de riscos dos 46 laboratórios
coletados.
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5. CONCLUSÃO
O presente trabalho revela a necessidade de se elaborar os mapas de riscos
ambientais dos laboratórios, não só para atender a legislação vigente (NR5), mas
principalmente para prevenir, controlar e/ou eliminar os riscos de acidentes
ocupacionais.
Baseado nos resultados foi observado que mais de 90% dos mapas de riscos
ambientais elaborados apresentam risco ergonômico. Diariamente pessoas são
submetidas a esse risco sem ter uma orientação adequada de como contorna-lo.
Para a elaboração de futuros projetos algumas melhorias são cabíveis, como
uma melhor distribuição dos laboratórios entre os consultores, a elaboração de um
layout padrão para ser seguido, a capacitação dos consultores para a confecção dos
mapas de riscos ambientais e uma maior supervisão sobre o processo de confecção
dos mapas.
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 09 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO
DE RISCOS AMBIENTAIS. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 1978.
Disponível em: < http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR-09.pdf>.
Acesso em: 10 abr. 2019.
GERÊNCIA DE SAÚDE E PREVENÇÃO DA SUPERINTENDÊNCIA CENTRAL DE
RECURSOS HUMANOS. MANUAL DE ELABORAÇÃO MAPA DE RISCOS.
Goiânia: [s. n.], 2012.
IMTEP. A importância do Mapa de Risco para a segurança dos trabalhadores. [S.
l.], 2018. Disponível em: http://www.imtep.com.br/site/2018/07/04/a-importancia-do-
mapa-de-risco-para-a-seguranca-dos-trabalhadores/. Acesso em: 10 abr. 2019.
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ANEXO A – Mapas de Riscos
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