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CAMPUS MATA NORTE
UPE – UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA
AVALIAÇÕES EXTERNAS COMO FATOR DE INFLUÊNCIA NO ENSINO: E O PAPEL DA EQUIPE GESTORA
JUSCÉLIO RONALDO RODRIGUES GALVÃO
RECIFE 2015
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CAMPUS MATA NORTE
UPE – UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
GESTÃO E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃOPÚBLICA
AVALIAÇÕES EXTERNAS COMO FATOR DE INFLUÊNCIA NO ENSINO: E O PAPEL DA EQUIPE GESTORA
Trabalho de conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Especialista em Gestão e Avaliação da Educação Pública, da Universidade de Pernambuco (UPE) PROGEPE, sob orientação da Professora Carmem Dolores Alves.
RECIFE 2015
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Dedico este trabalho à minha esposa Márcia e meu filho
Pedro Henrique, familiares e a todos que ainda acreditam
na educação como forma de transformar os Homens.
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AGRADECIMENTOS
À Professora Carmem Dolores Alves, pela paciência, seriedade e competência com as quais orientou e acompanhou o desenvolvimento desse trabalho de pesquisa. Aos colegas professores e alunos da Escola Professor Mário Sette, que nos ajudaram fornecendo os dados estatísticos necessários para a realização dessa pesquisa. À gestora da Escola Professora Mário Sette, Nelma Gomes, que me incentivou desde o início do curso e me apoiou nas horas em que o trabalho exigia mais dedicação. Aos técnicos da GRE Agreste Centro Norte de Caruaru, que de forma gentil e cordial nos forneceram as informações, sem as quais não teríamos condições de realizar essa pesquisa.
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ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Mapa do Monitoramento dos Índices 2011..............................................13
Gráfico 2 – Mapa de Matrículas ................................................................................16
Gráfico 3 – Mapa do Monitoramento dos Índices 2012.............................................17
Gráfico 4 – Metas do IDEB.........................................................................................13
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LISTA DE SIGLAS
ENEM Exame Nacional do Ensino Médio
FNDE Fundo de Desenvolvimento da Escola
FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais da Educação
FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e Valorização do Magistério
FUNDESCOLA Fundo de Fortalecimento da Escola
IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira Legislação e Documentos
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC Ministério da Educação e Cultura
PDE Plano de Desenvolvimento da Educação
PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola
PNE Plano Nacional de Educação
SAEB Sistema de Avaliação da Educação Básica
SEE-PE Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco
SEPLAG-PE Secretaria de Planejamento e Gestão de Pernambuco
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RESUMO
Esta pesquisa foi realizada na Escola Estadual Professor Mário Sette, nas turmas do
Ensino Médio utilizando como base da coleta de dados os anos de 2009 a 2013, em
duas fases distintas: a primeira fundamentou-se na literatura existente e também
pesquisas de textos na internet sobre as políticas públicas educacionais com seus
diversos sistemas de avaliação como o ENEM, SAEB, IDEB, entre outros. Na
segunda, buscou através de uma pesquisa empírica de natureza qualitativa, a qual
envolveu todo o corpo docente e equipe gestora. Para a coleta de dados foram
utilizados questionários com os professores das disciplinas de Língua Portuguesa,
Matemática, Química, Física, Geografia e História, porém foi dada maior ênfase
apenas às duas primeiras, já que são as utilizadas como referencial para a obtenção
dos índices. Após analisar os resultados obtidos pela escola nas diversas avaliações
externas e também os resultados divulgados pela Secretaria de Educação do Estado
de Pernambuco, foi possível constatar efeitos positivos no papel desempenhado pela
equipe gestora e o corpo docente, tais como melhora dos índices obtidos e aumento
do número de alunos matriculados. A pesquisa identificou que diante do desafio
constante de melhorar os índices houve uma mudança de postura do corpo docente,
o que trouxe consequências sobre o nível de aprendizado dos alunos e a realização
de ações que priorizem a busca na qualidade de ensino, infraestrutura da escola e a
prática docente.
Palavras-chave: Avaliações externas; Políticas Públicas; Índices; Qualidade de
Ensino.
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ABSTRACT This research was accomplished at the School State Teacher Mário Sette, in the groups of the Medium Teaching using as base of the collection of data the years from 2009 to 2013, in two different phases: the first, was based in the existent literature and also researches of texts in the internet on the education public politics with their several evaluation systems as ENEM, SAEB, IDEB, among others. On Monday, it looked for through an empiric research of qualitative nature, which involved the whole faculty and team manager. For the collection of data questionnaires were used with the teachers of the disciplines of Portuguese Language, Mathematics, Chemistry, Physics, Geography and History, however larger emphasis was just given to the first two, since they are them used as referencial for the obtaining of the indexes. After analyzing the results obtained by the school in the several external evaluations and also the results published by the General office of Education of the State of Pernambuco, it was possible to verify positive effects in the paper carried out by the team manager and the faculty, such as improvement of the obtained indexes and increase of the number of enrolled students. The research identified that before the constant challenge of improving the indexes there was a change of posture of the faculty, what brought consequences about the level of the students' learning and the accomplishment of actions that prioritize the search in the teaching quality, infrastructure of the school and the educational practice.
Key Words: External evaluations; Public politics; Index; Teaching quality
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................10 2. DESENVOLVIMENTO..........................................................................................12 2.1 Capítulo I :A Reforma do Estado e implicações para a educação no Brasil a partir da década de 1980......................................................................................12
2.1.2 A Redemocratização Política e Educacional do Brasil...............................12
2.1.3 – Os Governos Neoliberais – Universalização do Acesso à Educação com Desconstrução da Agenda Social...........................................................................14
2.1.4 Os Governos do PT: A Ampliação dos Fundos e Descentralização das Verbas.......................................................................................................................16
2.2 Capítulo II – O impacto das avaliações externas na Escola Prof. Mário Sette...........................................................................................................................17
2.2.1 A Criação do BDE e a Busca de Resultados................................................18
2.2.2 A Conquista dos Bons de Resultados..........................................................20
2.2.3 A Queda de Rendimento................................................................................21
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................24
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................25
ANEXO I..................................................................................................................27
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1. INTRODUÇÃO
A escola pública no Brasil, a partir de 1988 com a implantação do Sistema de
Avaliação da Educação Básica (SAEB) e posteriormente com a aplicação de diversas
avaliações como a Prova Brasil a partir de 2005 e com a criação do Índice de
Desenvolvimento da Educação (IDEB), o conjunto de políticas públicas educacionais
brasileiras vem procurando um alinhamento com as políticas globais.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em seu art.9,
estabelece que “cabe a União assegurar o processo nacional de avaliação do
rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os
sistemas de ensino. Com isso, tornou-se obrigatória a participação das escolas
públicas no SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO.
O sistema educacional brasileiro vem passando por adequações com foco na
melhoria do ensino e ampliação do acesso à educação. O sistema de avaliação da
educação brasileira vem sendo desenvolvido de forma gradativa e em grande escala
pelo Ministério da Educação em parceria com os governos municipal e estadual nos
diversos níveis de ensino, principalmente no Ensino Fundamental, tendo como
objetivos proporcionar subsídios para o monitoramento das políticas públicas e,
consequentemente, reformas na educação. (INEP, 2008, p. 22).
As avaliações externas atualmente ocupam lugar de destaque no cotidiano da
escola pública brasileira, tendo em vista que pretendem diagnosticar as condições de
infraestrutura e, também, pedagógicas de ensino e aprendizagem, com a finalidade
de desenvolver ações que visem à melhoria da qualidade do sistema educacional e
redução das desigualdades existentes em nosso país.
As políticas públicas educacionais traduzem os índices das avaliações em
recursos financeiros a serem aplicados para a melhoria da escola como um todo, ou
seja, a escola que conseguir melhorar seu desempenho será premiada com
investimentos e terá o reconhecimento da comunidade.
Os pesquisadores Luckesi e Jussara Hoffmann afirmam em seu livro Avaliação:
Mito e Desafio (1997, p.13) que ao dialogar com professores sobre avaliação pode-se
entender que os educadores expressam caráter classificatório em torno da avaliação.
As diversas modalidades de avaliação buscam diagnosticar as condições de ensino e
aprendizagem com vistas à definição de ações voltadas para a melhoria da qualidade
da educação no País através da redução das desigualdades.
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Segundo Castro (1999, p. 30), o Sistema de Avaliação da Educação Básica
(SAEB), consiste em “avaliar a efetividade dos sistemas de ensino, com enfoque na
qualidade, eficiência e equidade”. Ou seja, as avaliações do SAEB traduzem a
realidade educacional brasileira por regiões, redes de ensino público e privado nos
Estados e no Distrito Federal, por meio de exame de proficiência.
A avaliação deve ser entendida como direito dos alunos e dever do Estado, a
quem cabe verificar se cada criança está tendo o direito garantido, conforme
argumentado por Edna Borges, Coordenadora do Ensino Fundamental da Secretaria
de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC,....).
No Brasil, o Ministério da Educação pontua o objetivo de analisar o nível de
aprendizagem nas escolas públicas e privadas, mas os resultados apresentados
através das avaliações revelam distorção em nosso processo educacional ante o
baixo índice da aprendizagem dos alunos. O que nos faz indagar sobre a eficiência
dos métodos utilizados para avaliar a qualidade da aprendizagem em nosso país.
Analisando os índices obtidos pela Escola Professor Mário Sette no IDEB, bem
como no SAEPE e no monitoramento realizado pela Secretaria de Educação de
Pernambuco (SEE), questiono sobre a adequação da metodologia adotada.
Com esta pesquisa objetivou-se avaliar os efeitos dos resultados das avaliações
externas na referida unidade escolar analisando se os resultados obtidos estimularam
os professores e a equipe gestora a buscar o aperfeiçoamento das ações que possam
proporcionar a melhoria da educação no Ensino Médio e também o interesse dos
alunos em aprender.
Nosso interesse em pesquisar esta temática fundamenta-se em: Estudos
realizados pela Secretaria de Educação de Pernambuco, demonstrativos de um
aumento gradual do número de alunos matriculados, mesmo com o fim da oferta do
Ensino Fundamental por parte da escola a partir de 2011; índices alcançados pela
Escola Professor Mário Sette no SAEB e IDEB identificadores da alternância de bons
e maus resultados, necessitando de uma análise detalhada para maior compreensão
das causas. Portanto, com a realização dessa pesquisa procuramos analisar e
demonstrar quais foram os efeitos das avaliações em nossa escola.
Particularmente no que se refere aos resultados dessas avaliações na Escola
Professor Mário Sette, salientamos o papel desempenhado pela equipe gestora. A
partir da divulgação dos resultados obtidos pelos alunos e também dos dados
fornecidos pela Secretaria de Educação.
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2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Capítulo I: a Reforma do Estado e implicações para a Educação no Brasil a partir da década de 1980
Na sociedade contemporânea o saber tornou-se força produtiva, pois a ciência
é convertida em potência material, passando a ser um meio de produção. A educação
no Brasil não pode ser desvinculada dos modelos econômicos, políticos e sociais que
têm sua origem no continente europeu.
A década de 1990 foi profundamente marcada pela abertura política após vários
anos de um regime totalitário. Porém essas mudanças, na verdade, tiveram sua
origem ainda durante o período do regime militar, quando no início da década de 1980
houve a vitória de partidos da oposição para alguns governos estaduais e municipais,
o que possibilitou o ingresso na administração pública de alguns intelectuais e
membros de movimentos sociais preocupados com o dramático quadro educacional
brasileiro. Documento que destaca:
[...]50% das crianças repetiam ou eram excluídos ao longo da 1ª série do 1º grau; 30% da população eram analfabetos, 23% dos professores eram leigos e 30% das crianças estavam fora da escola. Além disso, 8 milhões de crianças no 1º grau tinham mais de 14 anos, 60% de suas matrículas concentravam-se nas três primeiras séries que reuniam 73% das reprovações. Ademais, é importante lembrar que 60% da população brasileira vivia abaixo
da linha da pobreza. (SHIROMA, et al., p.38).
2.1.2 A Redemocratização Política e Educacional do Brasil
Com o fim do regime militar em 1985, o Congresso Nacional, embora
conservador, a partir da instalação da Assembleia Constituinte em 1986, acolheu
muitas ideias da comunidade educacional que resultaram na elaboração da Lei
9.394/96, mais conhecida por LDB. Foi também nesse período que foi criado o Fórum
Nacional em Defesa da Escola Pública, proporcionando o debate com a participação
das entidades civis diretamente envolvidas no campo da educação pública,
reivindicando mudanças estruturais que foram contempladas pela Constituição
Federal de 1988 expressas no princípio da “igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola. (Art. 206.I de que ).
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A partir de então, visando tornar a máquina governamental mais eficiente, capaz de proporcionar ao cidadão serviços de qualidade, o Estado brasileiro, seguindo orientações de organismos internacionais, assumiu o papel de gerenciador de recursos e iniciou um processo de retirada do setor produtivo da economia. As mudanças trazidas pela reforma imputam outra lógica para a gestão pública, particularmente no que diz respeito a um “Estado mais enxuto e mais eficiente, que prestará um serviço de melhor qualidade aos cidadãos. (Bresser Pereira, 1998, p. 341).
A partir de então, as avaliações externas constituíram-se importantes
instrumentos de gestão dos recursos financeiros voltados para a educação pública,
sob a crença de promover a qualidade do ensino. As avaliações foram sistematizadas
de forma censitária, tornando-se um tripé da regulação educativa da atualidade,
combinando financiamento, avaliação e gestão local.
Do ensino fundamental ao superior, a avaliação de sistemas vem contribuindo
para a disseminação do debate sobre a qualidade que se tem em relação à qualidade
que se quer alcançar.
Seus mecanismos vêm pautando as políticas públicas educacionais no Brasil, nas últimas duas décadas, ancorando-se no propósito de alavancar a qualidade, subsidiando os processos decisórios e as intervenções dos gestores e profissionais da educação atuantes nas diferentes instâncias dos sistemas educacionais. (SOUSA; LOPES, 2010 p.54).
De acordo com o Ministério da Educação “O Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica (SAEB) é composto por avaliações para diagnóstico, em larga
escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (INEP/ MEC)”. Criado em 1990 e, até os dias atuais, vem sendo
utilizado para avaliar o nível de ensino das Instituições.
Tendo como principal objetivo a avaliação da qualidade do ensino oferecido pelo
Sistema Educacional Brasileiro onde ele é feito através de testes padronizados e
questionários socioeconômicos. Devido ao fato de utilizar o método censitário, ou seja,
avalia todos os alunos de forma igualitária, não são elaboradas provas para diferentes
regiões e, consequentemente, não são consideradas as peculiaridades de cada
localidade que se encontram os alunos.
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2.1.3 – Os Governos Neoliberais – Universalização do Acesso à
Educação com Desconstrução da Agenda Social
A partir dos anos 1990, as reformas de Estado impactaram a política educacional
buscando racionalizar os recursos, buscando com isso diminuir o papel do Estado no
que se refere às políticas sociais. Isso ocorreu diante do contexto em que diante da
crise do Estado, a saída proposta pelo Governo Federal foi adotar a municipalização
dos recursos destinados ao financiamento da educação, porém centralizou de forma
autoritária as decisões de política e gestão, estabelecendo que não mais caberia aos
Estados e municípios a decidir onde aplicarem seus recursos.
O Governo Collor de Mello (15 de março de 1990 a 2 de outubro de 1992) iniciou
a implementação de reformas estruturais que procuravam desconstruir a agenda
social da Constituição de 1988 e assim, com essa doutrina neoliberal, colocar o Brasil
nos trilhos definidos pelo mercado capitalista mundial.
O Governo Fernando Henrique Cardoso deu continuidade a essas reformas com
o apoio de empresários, políticos, intelectuais e diversos setores da sociedade. Na
educação, o grande trunfo desse Governo foi assegurar o acesso e a permanência na
escola, exemplificado pelos programas “Acorda Brasil, Tá na Hora da Escola e Bolsa
Escola”, este último, é na visão do MEC, a mais eficaz e importante medida adotada
para garantir a permanência das crianças na escola, porém não garantiu uma
educação de qualidade.
Foi nesse período que foram implementadas as intervenções de natureza
avaliativa, como o Censo Escolar (formalizado pelo decreto 3860, de 9 de julho de
2001), o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB, Lei nº 9.131/95), o Exame
Nacional do Ensino Médio (ENEM portaria nº 438, de 28 de maio de 1998).
No plano de financiamento, o MEC criou vários programas: Dinheiro Direto na
Escola (PDDE), Fundo de Fortalecimento da Escola (FUNDESCOLA) e o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério
(FUNDEF). Todos estes dispositivos criados com a finalidade de regular o sistema
educacional em escala nacional.
Num movimento de atualização de sua teoria da dependência Fernando
Henrique Cardoso, em sua prática política à frente da Presidência, governou conforme
o capital financeiro internacional, preocupando-se tangencialmente com o capital
produtivo brasileiro (SILVA JUNIOR, 2008, p.20).
15
A política educacional a partir de então se baseia nos seguintes pilares:
autonomia da escola, Avaliação Institucional, Parâmetros Curriculares Nacionais e
FUNDEF. Com isso, temos os seguintes dilemas: a) O Estado é mínimo quando o
assunto é financiamento e máximo no que diz respeito ao processo decisório sobre
os rumos que a educação deve seguir; b) O Estado é o executor ou coordenador das
políticas educacionais?
O Estado passou para a sociedade tarefas que eram exclusivamente suas, e a
escola, como legítima representante da realidade social, pois é um pequeno mundo,
onde assim como a sociedade, há relações de conflito e disputa de poder, com uma
cultura onde os processos decisórios ocorrem de forma autoritária e burocrática.
A escola democrática tem que ser vista como um objetivo a ser alcançado e
aprimorado por todos os integrantes da sociedade, promovendo a participação e
compromisso de todos, ultrapassando as barreiras e estabelecendo um elo de
corresponsabilidade com a comunidade externa, a quem a escola pertence.
Para tanto, devemos partir do princípio básico: pensar, discutir, refletir, agir. Essa dinâmica precisa estar integrada ao fazer da escola democrática, sempre tendo em mente que o conceito de democracia é diluído se ele não se orienta pela possibilidade da realização das condições de vida ideais para o ser humano. (FREIRE, 1996, p. 23).
É inegável que durante o Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso
houve um aumento substancial no número de alunos matriculados no ensino
fundamental segundo o Censo Escolar do INEP, no ano de 1999 havia 36 milhões de
alunos na faixa de 7 a 14 matriculados, o que correspondia a 96,4 da população do
país nessa faixa etária. A partir daí, o desafio deixou de ser a garantia ao acesso, à
permanência e à conclusão dos estudos, mas proporcionar uma melhoria na
qualidade da educação do país.
Evidentemente, a desigualdade e a exclusão permanecem. [...], além disso, os
discriminados de ontem continuam a serem os discriminados de hoje. Mas a
desigualdade existente hoje não é mais a mesma e nem ocorre nos mesmos termos
da que ocorria no passado. Setores mais pobres reprovam mais, evadem mais,
concluem menos, o mesmo ocorre com os negros e meninos, mais importante que
isso, aprovam mais, permanecem mais e concluem mais do que qualquer outro
momento de nossa história educacional, ainda que permaneçam como só setores
mais excluídos. Só que não excluídos da mesma maneira que no passado! O ponto é
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que, se não se enfatizar a positividade que a universalização do ensino fundamental
representa, não conseguiremos compreender porque os desafios passam a serem
outros. Ao se enfatizar a exclusão de sempre, não se tem elementos para perceber
que ela já não é mesma de duas ou três décadas. (OLIVEIRA, 2007, p.682).
2.1.4 Os Governos do PT: A Ampliação dos Fundos e
Descentralização das Verbas
Em janeiro de 2003, tem início o Governo de Luís Inácio Lula da Silva (1 de
janeiro de 2003 a 1 de janeiro de 2010). Começa a partir desse a redefinição da
política de financiamento da educação básica sob os seguintes eixos: a)
redemocratização da gestão escolar; b) a formação e valorização dos trabalhadores
em educação; c) ampliação do ensino fundamental para nove anos e a política do livro
didático. Foi nesse Governo que o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)
teve importante destaque através de ações que abrangem todas as áreas de atuação
do MEC em todos os níveis e modalidade de ensino, desde o fundamental até a
educação superior, atacando o problema do baixo desempenho da educação pública
e privada no Brasil.
Com a criação do FUNDEB em substituição ao FUNDEF, o Governo Federal
possibilitou o financiamento de toda a educação básica, e não apenas no ensino
fundamental como era antes.
O Governo Dilma Rousseff que teve início em 01 de janeiro de 2011, manteve e
ampliou os programas iniciados no Governo Lula e criou outros. Com a aprovação do
Plano Nacional de Educação (PNE) houve um significativo avanço ao estabelecer
como meta 10% do PIB para gastos com a educação e reservando também os
recursos oriundos da exploração de petróleo na camada do pré-sal.
Segundo Dourado (2007), em relação ao PDE, é um programa que apresenta
grandes e importantes ações direcionadas à educação nacional. No entanto não
possui fundamentação técnico-pedagógica suficiente e necessita de articulação
efetiva entre os diferentes programas e ações implementadas pelo MEC. Por isso o
autor classifica de ambígua a política educacional, pois embora tenha proporcionado
avanços significativos com caráter inclusivo e democrático, por outro lado enfatiza o
gerenciamento com direcionamento para tecnicismo, tentando justificar a
desigualdade regional no processo educacional brasileiro.
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O grande desafio enfrentado por nossa sociedade atualmente é debater as
políticas públicas para a educação e de forma democrática construir um sistema
educacional de qualidade, garantindo uma sociedade mais justa.
2.2 Capítulo II- O impacto das avaliações externas na Escola Prof.
Mário Sette
Atualmente existem muitos tipos de avaliações externas. Nunca se falou tanto
em avaliar e debater para redefinir a sociedade. Portanto, a avaliação só terá
condições de favorecer o processo de correção de rumos e provimento de medidas
necessárias para a garantia de boa qualidade de aprendizado se tiver um caráter
nitidamente diagnóstico. Então, quanto maior o intervalo entre as avaliações, menor o
benefício representado, pois são maiores as chances de que algum processo
incorreto, ineficaz ou viciado tenha se prolongado no tempo sem que dele se tenha
conhecimento, para se tomar medidas para saná-lo.
O SAEB, criado a partir da Portaria n.º 931, de 21 de março de 2005, é composto
por dois processos: a Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB) e a Avaliação
Nacional do Rendimento Escolar. (ANRESC).
O IDEB foi criado pelo Inep em 2007 e procura reunir em um só indicador dois
conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e
médias de desempenho nas avaliações. Com isso o MEC planeja as metas de
qualidade educacional para os sistemas. Estas são as principais avaliações externas
realizadas por alunos de nossa escola, mas não são as únicas. Além delas, participam
também de outras formas de avaliar como o SAEPE, a Olimpíada de Matemática,
Olimpíada de Língua Portuguesa, Olimpíada de História, etc.
Nesta pesquisa utilizaremos os dados das avaliações ocorridas depois de 2009 até
2014, já que foi a partir desse ano que o Governo do Estado de Pernambuco adotou
a política da meritocracia, instituindo a premiação por resultado, buscando com isso
incentivar o professor a buscar a qualidade na educação.
2.2.1 A Criação do BDE e a Busca de Resultados Com a implantação do Programa de Bônus Por Desempenho (BDE) os
servidores passaram a ter um incentivo financeiro através de uma premiação anual.
Com isso, o Governo do Estado de Pernambuco afirma que está promovendo a
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qualidade do ensino e valorizando os profissionais do magistério. A seguir, exibimos
o mapa dos índices analisados pela Secretaria de Educação:
Gráfico 1
Mapa do Monitoramento dos Índices Fonte: Secretaria de Educação de Pernambuco Julho/2012
Logo no primeiro ano de vigência em 2008, pago em 2009, quando conseguimos
o IDEB 2,38 nossa escola não conseguiu atingir a meta de 2,70. Isso gerou decepção
principalmente por parte dos professores, pois além de serem penalizados pelo não
recebimento do bônus, sentiram-se também discriminados, já que a divulgação dos
resultados foi mal interpretada pela sociedade, uma vez que as escolas que não
atingiram as metas foram classificadas como “Escola nota zero”.
Por ter sido o primeiro ano em que houve o pagamento dessa bonificação, não
ficou claro para todos como funcionava o sistema introduzido pela Secretaria de
Educação. Somente com as explicações posteriores é que conseguimos identificar os
pontos negativos obtidos por nossa escola e que interferiram no resultado obtido. Isso
gerou revolta por parte da maioria dos professores, já que foi diagnosticado que as
metas traçadas foram consideradas muito altas, principalmente com os recursos
disponibilizados pelo Governo.
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Outro motivo da revolta foi que o fato da escola não ter atingido índices
satisfatórios não traduz a capacidade de nossos alunos e professores, uma vez que
temos profissionais capazes e muitos alunos aprovados em concursos e vestibulares
importantes e até mesmo no ENEM todos os anos. A partir de então, foi introduzida
nas reuniões pedagógicas uma preocupação maior com os resultados das avaliações
externas, todos preocupados não somente com a bonificação, mas também com a
repercussão na sociedade sobre a classificação de nossa escola.
Durante as reuniões pedagógicas e também em nosso cotidiano, através do
acompanhamento feito por toda a equipe gestora, mas principalmente pela
Coordenação Pedagógica, começamos a realizar periodicamente coleta de dados e
sugestões junto ao corpo docente e também com alguns alunos para melhorar o
desempenho de nossa escola nas diversas avaliações externas. Através dos relatos
de professores e alunos detectamos que, na maioria das vezes os alunos sentem-se
pouco estimulados a participar de forma positiva.
Desse modo, muitos afirmaram que devido estas avaliações não influenciarem
na aprovação dos mesmos na escola, não preocupam-se em estudar para ter uma
boa nota ou mesmo em participar das mesmas. O número de alunos que
compareceram às avaliações foi considerado baixo, e com a falta de interesse dos
que participaram o resultado não poderia ter sido outro. Além disso, os critérios e a
metodologia adotados pela Secretaria de Educação para a obtenção do BDE não
foram esclarecidos suficientemente. Diante dessa realidade, começamos a
desenvolver uma metodologia para incentivar os alunos a se preparar melhor para as
avaliações externas com estudos específicos e também aumentar o número de
participantes.
2.2.2 A Conquista dos Bons Resultados
No biênio 2009 e 2010, nossa escola conseguiu lograr êxito nas avaliações
externas, melhorando sua posição no ranking da rede estadual de ensino (567ª
colocada). Os resultados obtidos conforme o gráfico abaixo demonstra que
conseguimos superar as metas definidas pela Secretaria de Educação. Isso só foi
possível devido às ações implementadas pela equipe gestora buscando o
engajamento de nossos alunos e professores em uma conscientização dos alunos
sobre a importância das avaliações externas como parte do aprendizado. Além disso,
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foi introduzida no planejamento das aulas a realização de simulados com questões
utilizadas em concursos para que os alunos se familiarizem com as mesmas e também
aulas de reforço com vistas à preparação dos alunos na participação das mesmas.
Com isso nossa escola conseguiu melhorar também o conceito que a
comunidade tem sobre a mesma, passando a valorizar a instituição, o que foi sentido
no aumento substancial de alunos matriculados em todas as turmas do Ensino Médio,
conforme demonstrado no gráfico abaixo.
Gráfico 2
Gráfico de matrículas Fonte: Secretaria da Escola Nov/2014
Além do benefício financeiro que nossos professores obtiveram, também fomos
contemplados com o aumento de investimentos por parte dos Governos Federal e
Estadual, através dos diversos programas como PDDE, PROINFO e PNAE, nossa
escola recebeu muitos equipamentos, como computadores para o laboratório de
informática, projetores multimídia e material para a montagem do laboratório de
ciências, o que nos ajudou a melhorar nossa posição entre as escolas estaduais e
consequentemente atraiu mais alunos.
2.2.3 A Queda de Rendimento
A partir de 2011, devido ao empenho de toda a comunidade escolar,
conseguimos melhorar significativamente nossa colocação entre as escolas da rede
estadual e também em nossa cidade. Esses fatores, aliado à decisão governamental
2009 2010 2011 2012 2013
Alunos Matriculados
Série 1 Série 2 Série 3
21
de municipalização do ensino fundamental, nossa escola começou a ser procurada
por um número cada vez maior de alunos. A princípio isso foi visto como um fator
positivo, uma vez que tivemos nosso trabalho reconhecido não só por parte de nossa
comunidade, mas também por outros que não conheciam nosso trabalho.
Porém, esse aumento significativo do número de alunos também trouxe fatores
negativos, tais como: a) O nível de conhecimento desses novos alunos, que como
relataram alguns professores e também ficaram evidenciados nos monitoramentos
realizados pela GRE Caruaru Agreste Centro Norte, muitos deles ficaram muito abaixo
da média em diversas disciplinas; b) A necessidade de professores qualificados. Com
o aumento no número de alunos, consequentemente novas turmas foram criadas e
tivemos que aumentar nosso quadro de professores. Como o Governo do Estado não
tem realizado concursos para suprir a necessidade de professores, todas as escolas
da rede passam a contar com professores de contratação temporária para atender
suas necessidades. O que preocupa nesta situação em particular, é o fato de que
muitos desses profissionais lecionam disciplinas para as quais não possuem formação
adequada. Além disso, todo início de ano letivo ocorre a falta de professores, já que
devido à política de contenção de gastos as contratações só começam depois do início
do ano letivo.
ano. Mapa do Monitoramento dos Índices
Fonte: Secretaria de Educação de Pernambuco Julho/2013
Os fatos acima citados citam alguns dos motivos de nossa escola ter
apresentado uma queda significativa nos índices obtidos nas avaliações externas, o
22
que fez com que os professores perdessem o bônus pago geralmente no mês de julho
de cada. Apesar do comprometimento e dos esforços de toda a comunidade, os
números mostrados na tabela abaixo, indicam que melhoramos em alguns pontos
como no caso da taxa de aprovação que continuou alta e também a frequência do
professor.
Porém, ao analisar os números mostrados neste mapa de monitoramento,
alguns fatores importantes, como a baixíssima taxa de cumprimento dos conteúdos
explicam a queda no rendimento. Isso só vem corroborar o que foi dito anteriormente
sobre a falta de profissionais qualificados e de preferência efetivos. Devido à falta
recorrente de professores de diversas disciplinas, o que acarreta em grande
diminuição dos conteúdos vivenciados e a falta de preparo dos nossos alunos. Além
disso, por diversas vezes quando os professores precisaram tirar licença médica, não
houve substituição imediata, o que aumenta ainda mais a defasagem dos nossos
alunos. Os fatos citados justificam em boa parte os maus resultados obtidos por nossa
escola em algumas avaliações externas principalmente no ano de 2011, onde nossa
escola alcançou o índice de 2,36 no IDEPE.
No ano de 2012 nossa escola voltou a melhorar, atingindo o índice 2,65 no
IDEPE, apesar dos mesmos problemas continuarem a ocorrer. Porém, nossa escola
continuou abaixo da meta e novamente nossos professores não receberam a
bonificação. Na tentativa de melhorar ainda mais o nosso desempenho, ao ponto de
atingirmos as metas, a SEE se uniu com a SEPLAG e passou a monitorar mais de
perto algumas escolas que não conseguiram atingir as metas de desempenho por dois
anos consecutivos. A SEPLAG cedeu técnicos para de forma conjunta buscar
soluções para o desempenho abaixo das metas traçadas dessas escolas que foram
classificadas como “prioritárias”. Com isso, através de reuniões periódicas, começou
a ser feito um monitoramento bimestral não somente para divulgar índices, mas para
detectar a fonte dos problemas e buscar soluções.
Com a realização desse monitoramento bimestral conseguimos retomar o
caminho ascendente na busca da qualidade de ensino, isso só foi conseguido devido
o empenho da equipe gestora e de todo o corpo docente.
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Gráfico 3 Metas IDEB Fonte: QE Edu. Org. br. Dados do Ideb/Inep (2013)
No ano de 2013 nossa escola atingiu o índice de 2,75 no IDEPE, porém ficamos
novamente abaixo da meta definida anteriormente, conforme está demonstrado na
figura acima. Sabemos que este índice não retrata fielmente as qualidades de nossa
escola e de nossos alunos, porém como ainda não temos todos os dados que fazem
parte do cálculo, não temos como analisar totalmente a situação.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo avaliativo está intrinsecamente ligado ao processo ensino-
aprendizagem, não se pode pensar em uma concepção de educação onde o principal
objetivo seja o aluno que não utilize alguma forma de avaliar o desempenho do
mesmo. Por isso a avaliação tornou-se uma peça fundamental no processo
educacional. Apesar de sua importância, ela deve ser vista como o ponto inicial do
sistema educacional. A educação não pode direcionar as avaliações apenas visando
aos resultados, mas deverá ser utilizada como uma ferramenta de apoio pedagógico
de uso contínuo. Com isso estamos afirmando que a avaliação não pode ser uma
simples classificação.
Foi possível observar através dessa pesquisa que alguns fatores estranhos ao
meio escolar como a origem socioeconômica dos alunos interferem diretamente na
24
educação e temos a concepção de que as políticas educacionais só poderão ser
exitosas se forem implementadas de forma conjunta com outras políticas públicas
como saúde, habitação, geração de emprego e segurança.
Esperamos que a realização desta pesquisa sirva para mostrar aos professores,
alunos e membros dos órgãos responsáveis pela realização das diversas avaliações
externas algumas virtudes e falhas do processo avaliativo que está sendo utilizado
neste país. Observamos que o sistema avaliativo passou por várias mudanças desde
que foi criado em 1988 até os dias de hoje, o que significa que não é um modelo
pronto, e nem poderia ser, já que é fruto do conhecimento humano. Há falhas de todos
os que participam do processo: os professores precisam melhorar seus métodos de
ensino em sala de aula; as diversas esferas governamentais precisam respeitar as
particularidades do aluno e da escola que estão avaliando, realizando avaliações com
questões que tratem da realidade do aluno, bem como dar condições para que
progridam e por último, os alunos precisam se conscientizar sobre a importância do
processo avaliativo.
Vale salientar que a escola de um modo geral está fazendo a parte que lhe cabe
nesse processo, a equipe gestora junto com o corpo docente sempre em busca de
melhores resultados como forma de melhorar a qualidade do ensino oferecido aos
alunos.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Educação & Sociedade, Campinas, vol. 25, nº 89, p. 1105-1126 Set/Dez.2004
BONAMINO, Alícia; FRANCO, Creso. Avaliação e Política Educacional; o processo
de institucionalização do SAEB. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 108, p. 101-
132, nov./ 1999.
BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado 1988. DEMO, Pedro. Mitologias da Avaliação: De como ignorar, em vez de enfrentar problemas. Campinas, Autores Associados. 1999. DOURADO, Luís Fernandes. Políticas e Gestão da Educação Básica no Brasil: Limites e perspectivas. Educação & Sociedade, Campinas: Vol. 28, Especial. 2007
25
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.
Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1996. FREITAS, Dirce Nei Teixeira de. A Avaliação da Educação Básica no Brasil; dimensão normativa, pedagógica e educativa. Campinas: Autores Associados, 2007 (Coleção Educação Contemporânea). GANDINI, Raquel Pereira Chainho; RISCAL, Sandra Aparecida. A Gestão da Educação como setor público não estatal e a transição para o Estado Fiscal no Brasil. In: OLIVEIRA, Dalila Andrade; ROSAR, Maria de Fátima Félix (Orgs). Política e Gestão da Educação. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008, p. 41-78.
GENTILLI, Pablo. O discurso da “qualidade” como nova retórica conservadora no campo educacional. In GENTILLI, Pablo; SILVA, Tomaz Tadeu da. (Orgs). Neoliberalismo, qualidade total e educação: visões críticas. 3ª ed. Petrópolis:
Vozes 1995, p. 111-117. HOFFMANN, Jussara. Avaliação: Mito e Desafio. Uma Perspectiva Construtivista. 27.ª ed. Porto Alegre: Mediação, 1999. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Portal do INEP. 2014. Disponível em <http//:wwwportal.inep.gov.br > Acesso em: 17 de dezembro 2014. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 2.ªedição. São Paulo: Cortez, 1995. OLIVEIRA, Dalila Andrade. As reformas educacionais e suas repercussões sobre o trabalho docente. In: OLIVEIRA, Dalila Andrade. Reformas Educacionais na América Latina e os Trabalhadores Docentes. Belo Horizonte: Autêntica 2003, p. 32-33. OLIVEIRA, Dalila Andrade. Mudanças na organização e na gestão do trabalho na escola. In: OLIVEIRA, Dalila Andrade. ROSAR, Maria de Fátima Félix. Política e Gestão da Educação. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica 2008, p. 127-145.
OLIVEIRA, Dalila Andrade. Gestão Democrática da Educação. Petrópolis RJ;
Vozes, 1997. PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto Alegre: Art. Med., 1999.
SHIROMA, E. Et. Al. Política Educacional, Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.
TRIVINÕS, Augusto Nivaldo Silva. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. Atlas, 1987.
http://www.qedu.org.br/escola/88640-escola-professor-mario-sette/ideb Acesso 19/12/2014
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ANEXO I
Questionário Prezado (a) Professor (a): Este questionário será utilizado para a coleta de dados para a pesquisa do
curso de Especialização em Gestão e Avaliação da Educação Pública realizado pela
UPE – Universidade de Pernambuco, sob nossa responsabilidade.
Solicitamos gentilmente, que responda todas as perguntas a fim de contribuir
com nossa pesquisa.
A confidencialidade e privacidade das informações que serão coletadas é
garantida pelo anonimato. Asseguramos também que os dados coletados não serão
utilizados em prejuízo ou estigmatização dos participantes.
Agradecemos sua colaboração
Equipe Gestora
01) Qual o vínculo empregatício que você possui com esta escola? ( ) efetivo ( ) Contrato temporário
02) Há quantos anos você leciona? ( ) 0 a 05 anos ( ) 05 a 10 anos ( )10 a 15 anos ( )15 a 20 anos ( ) 20 a 25 anos
03) Qual o nível de sua formação? ( ) Superior incompleto ( ) Superior Completo ( ) Especialização Lato Sensu ( ) Mestrado ( ) Doutorado
04) Qual sua formação/licenciatura? ____________________________________________________________
05) Quais as disciplinas que leciona? _____________________________________________________________
06) Possui outro vínculo empregatício?
( )Sim ( )Não
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07) Quais as avaliações externas são aplicadas aos alunos de nossa escola e com
que frequência?
08) Há divulgação/incentivo para os alunos participarem das avaliações externas? ( )Sim ( )Não
09) Você utiliza questões das avaliações externas em sala de aula? ( )Sim ( )Não
10) As avaliações externas influenciam a organização e o desenvolvimento do trabalho nesta escola? Justifique sua resposta!
( )Sim ( )Não
11) Quais as contribuições ou dificuldades que as avaliações externas vêm trazendo para o seu trabalho docente?
12) Você percebe algum interesse por parte dos alunos em participar das avaliações externas? Justifique sua resposta!
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