avaliação da execução de sistemas de impermeabilização flexivel com manta asfaltica
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA
COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
CEUDES FREITAS DE SOUZA
AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DE SISTEMAS DE
IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL COM MANTA ASFÁLTICA
Salvador/BA
2010
CEUDES FREITAS DE SOUZA
AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DE SISTEMAS DE
IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL COM MANTA ASFÁLTICA
Orientadora: Dayana Bastos Costa
Co – orientador: Eng° Jorge Luiz de Aquino Lima
Salvador/BA
2010
Monografia apresentada ao Curso de graduação em Engenharia Civil, Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil.
SOUZA, Ceudes Freitas. Avaliação da execução do sistema de impermeabilização flexível
com manta 77 f. il. 2010. Monografia (Trabalho de Conclusão do Curso) – Escola Politécnica,
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010.
RESUMO
A utilização do sistema de impermeabilização é executada com o intuito de garantir a
estanqueidade da estrutura. O sistema com manta apresenta a vantagem de velocidade de
execução em grandes vãos e de resistir a esforços de tração devido ao movimento das
estruturas. Na construção civil é comum nos empreendimentos problemas decorrente de
falhas na execução da impermeabilização.
O objetivo desta pesquisa é avaliar a execução do sistema flexível com manta
asfáltica, realizado em edifícios residências na região metropolitana de Salvador-Bahia,
conforme recomendações técnicas.
A pesquisa foi realizada por meio de três estudos de caso para a avaliação da execução
do sistema de impermeabilização flexível com manta asfáltica em empreendimentos da região
metropolitana de Salvador. Os dados foram coletados por meio de registros fotográficos,
check list e entrevista. Os resultados obtidos evidenciaram que a execução do sistema flexível
com manta asfáltica apresenta falhas em todas as etapas do processo, pois foram encontradas
não conformidades em relação aos requisitos estabelecidos nas normas técnicas em vigor. O
estudo revelou também que há necessidade de profissionais qualificados no mercado da
construção civil tanto para a aplicação e quanto a verificação dos serviços de
impermeabilização.
Palavras-chave: execução da impermeabilização, manta, construção civil
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 5
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 5 1.2 QUESTÕES DE PESQUISA ............................................................................................ 6 1.3 OBJETIVO DA PESQUISA ............................................................................................. 6 1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA .................................................................................... 7
2- SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ...................................................................... 8
2.1 IMPORTACIA DA IMPERMEABILIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL.................. 8 2.2 CONCEITO DE SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO........................................... 10 2.3 ETAPAS DO PROCESSO DE IMPERMEABILIZAÇÃO ............................................ 10 2.3.1 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO ................................................................ 10 2.3.2 TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ....................................................................... 12
2.3.2.1 SISTEMA RIGIDO .......................................................................................... 12 2.3.2.2 SISTEMA FLEXIVEL ..................................................................................... 17
2.3.3 QUALIDADE DA OBRA ......................................................................................... 21 2.3.4 EXECUÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO ............................................................. 21 2.3.5 FISCALIZAÇÃO DO SERVIÇO .............................................................................. 22 2.3.6 FALHAS NA EXECUÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO ....................................... 22
2.4 MANTAS ASFLÁTICAS .............................................................................................. 23 2.4.1 CARACTERISTICAS DOS MATERIAS DA MANTA .............................................. 27 2.4.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO A CUSTOS ............................................................... 29 2.4.3 EXECUÇÃO DA MANTA ........................................................................................ 30 2.4.4 SISTEMA DE DUPLA MANTA ............................................................................... 32 2.4.5 CUIDADOS NA EXECUÇÃO DE MANTAS ........................................................... 32
3 MÉTODO DE PESQUISA ................................................................................................. 34
3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA ...................................................................................... 34 3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA .............................................................................. 34 3.3 DESCRIÇÕES DAS ETAPAS ....................................................................................... 35 3.3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 35 3.3.2 SELEÇÃO DAS OBRAS........................................................................................... 35 3.3.3 COLETA DE DADOS .............................................................................................. 35 3.3.4 ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................... 36
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ......................................................................... 37
4.1 OBRA A ........................................................................................................................... 37 4.2 OBRA B ........................................................................................................................... 45 4.3 OBRA C............................................................................................................................ 54 4.4. ANÁLISE COMPARATIVA ........................................................................................ 60
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 66
ANEXO A ................................................................................................................................ 68
ANEXO B ................................................................................................................................ 77
1 – INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
Historicamente, a impermeabilização era realizada utilizando-se óleo de baleia e
materiais betuminosos em traço de argamassa, para o assentamento de tijolo e revestimentos
nos locais em que a proteção fosse necessária (IBI, 2009). De acordo com a Revista Equipe de
Obra (2009), o uso de materiais betuminosos em construções é citado na Bíblia em diversas
construções como a arca de Noé e a Torre de Babel. Estudos mostram que na Ásia menor, as
civilizações usaram betume na pavimentação de estradas desde 2300 A.C.
No Brasil, no fim da década de 70, a impermeabilização ganhou impulso na
construção do metrô em São Paulo, a partir deste momento foram criadas as primeiras normas
técnicas e, posteriormente, em 1975 foi criado IBI – Instituto Brasileiro de
Impermeabilização, órgão responsável pelo estudo e divulgação da importância da
impermeabilização na construção. Desta forma, estudos relacionados à impermeabilização
surgiram com propostas de melhorias em projetos e execução dos serviços.
Nos últimos anos a impermeabilização passou a ser considerada de grande importância
na construção civil pelo fato de ser uma das principais causas de patologias no
empreendimento. Com isso, vários estudos vêm contribuindo para o tratamento e prevenção
das patologias (Revista Construção e Mercado, 2004).
O objetivo da impermeabilização é impedir que fluidos indesejáveis entrem na
estrutura da edificação, ou seja, defender a edificação de agentes intempéries (Revista Téchne,
2009). Entretanto, a execução errada do sistema faz com que manifestações patológicas
devido a esses erros sejam comuns nas construções.
Segundo Bauer (1994), os serviços de impermeabilização geralmente são delicados,
exigindo o máximo cuidado porque são fáceis de levar a insucessos, sendo indispensáveis
tanto para a aparência como para a proteção da construção.
Segundo a Revista Téchne (2009), a construção civil vem adotando novos conceitos
nas etapas de construção nos últimos anos, como por exemplo, a introdução de sistemas de
gestão da qualidade, que buscam estabelecer padrões de qualidade das obras, em especial para
execução de serviços construtivos. Por outro lado, apesar dos avanços, a mão de obra da
construção civil continua apresentando baixos níveis de qualificação, o que dificulta a
execução apropriada dos serviços.
Neste contexto, a execução adequada de um sistema de impermeabilização é de
fundamental importância para garantir o desempenho da edificação, principalmente no que se
refere a sua vida útil.
Do ponto de vista de custos, os serviços de impermeabilização têm valores na ordem
de 2% do empreendimento. Este custo pode ser considerado relativamente baixo em relação a
sua importância para a vida útil da construção. No entanto a execução errada pode acarretar
custos na ordem de 10%, pois, depois do serviço concluído, a solução em 99% dos casos é a
remoção do revestimento existente, ocasionando assim um elevado custo final.
Do ponto de vista de execução, tem se percebido alguns erros nas obras, como o
preparo inadequado da base, falta de projetos e aplicações em locais inadequados dos
produtos. Além disso, observa-se nos canteiros de Salvador uso corriqueiro de mantas
asfálticas como sistema de impermeabilização. Pelos motivos expostos, o foco deste trabalho
é a avaliação do processo de execução de sistema de impermeabilização com mantas
asfálticas.
1.2 QUESTÕES DE PESQUISA
A pesquisa propõe as seguintes questões:
I. Como avaliar a execução do sistema flexível com mantas asfalticas em
edifícios residenciais?
II. Quais as principais falhas na execução do sistema flexível com mantas
asfálticas em edifícios residenciais?
1.3 OBJETIVO DA PESQUISA
O objetivo geral da pesquisa é avaliar a execução do sistema flexível com manta,
realizados em edifícios residências na região metropolitana de Salvador-Bahia, conforme
recomendações técnicas.
Os objetivos específicos da pesquisa são:
I. Identificar os principais problemas de execução com manta asfáltica em obras
residenciais da região metropolitana de Salvador-Bahia.
II. Identificar fatores que interferem na escolha do sistema de impermeabilização.
III. Identificar boas práticas na execução do sistema com manta.
1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
A pesquisa tem como foco a análise da execução do sistema de impermeabilização na
região metropolitana de Salvador. O processo a ser abordado nesse trabalho é a
impermeabilização com manta asfáltica. As verificações foram realizadas em
empreendimentos residenciais de locais diferentes da região metropolitana de Salvador.
2- SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Este capítulo apresenta a importância e característica do sistema de impermeabilização
evidenciando comentários técnicos e recomendações da NBR 9574:2008 e NBR 9575:2003,
normas de execução e projeto de impermeabilização.
2.1 IMPORTÂNCIA DA IMPERMEABILIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A falha ou inexistência da impermeabilização na construção são fontes de várias
manifestações patologias, ocasionado transtornos aos proprietários do empreendimento.
Segundo a Viapol (2009), a impermeabilização é de fundamental importância no aumento da
durabilidade das construções, principalmente no que se refere à passagem indesejável de
fluídos e vapores na edificação.
Segundo a Revista Téchne (2009), os defeitos mais comuns decorrentes da penetração
de água sob a forma líquida ou vapor variam entre bolhas e manchas nas paredes até
problemas de ordem estrutural, comprometendo a segurança e a estabilidade das construções e
até a saúde das pessoas. A incidência de cada uma delas varia de acordo com cada tipo de
obra ou mesmo da região geográfica, entretanto dentre as mais comuns, destacam-se:
I. Umidade Ascendente
A umidade ascendente é causada pela umidade proveniente do solo, que danifica os
rodapés das paredes quando a estrutura apresenta os seguintes problemas: falta de
impermeabilização na fundação ou utilização inadequada do sistema impermeabilizante,
aliada a presença de umidade no solo, conforme mostra a Figura 1.
Figura 1: Umidade ascedente (Revista Téchne, 2009)
II. Infiltrações e vazamentos em lajes
A origem desta patologia é a falta de impermeabilização, sistema inadequado ou erro
de execução, pois a estrutura de concreto armado foi projetada para unir características
importantes dos dois materiais, aço e concreto. Quando se permite a passagem de água na
laje, ocorrem danos nas armaduras como a corrosão. O processo de corrosão gera um aumento
de volume da armadura ocasionando o desplacamento do cobrimento da peça de concreto. Na
Figura 2, observa-se a corrosão nas armaduras e osdesplacamentos nas estruturas de concreto
devido a infiltrações.
Figura 2: Corrosão da armadura (Revista Téchne, 2009)
Os agentes transportados pelos fluidos e vapores causam danos irreparáveis à
estrutura, bem como prejuízos difíceis de serem contornados. De acordo com a Revista
Téchne (2009), a falha da impermeabilização acelera problemas para proprietários e
inquilinos de imóveis. A impermeabilização representa um alto percentual dos problemas
verificados nas edificações.
Os problemas de infiltrações de um modo geral estão ligados a três fatores: mão de
obra desqualificada, qualidade do material ou especificação de sistemas inadequados. No
Brasil, a construção civil está em alta, ocorrendo assim, a necessidade de mão de obra
qualificada para execução de serviços. Porém, é fácil encontrar profissionais que saibam
executar um bom concreto, realizar uma pintura de primeira qualidade, do que encontrar
profissionais para executar serviços de impermeabilização.
Levantamentos feitos pelo mercado indicam que um dos problemas ligados à
impermeabilização é a deficiência da mão de obra, representa 90% dos problemas de
qualidade contra 10% de problemas com qualidade dos materiais (Revista Téchne, 2009).
Segundo Storte (2008), os profissionais de impermeabilização devem conhecer as
manifestações patologias construtivas mais comuns e inerentes às áreas impermeabilizadas, a
fim de prevenir os potenciais problemas a partir do projeto adequado da impermeabilização.
Os construtores também devem conscientizar-se destas patologias, visando uma melhoria da
execução dos processos.
2.2 CONCEITO DE SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO
A NBR 9575 (2003) define como sistema de impermeabilização, o conjunto de
produtos e serviços destinados a conferir estanqueidade às partes de uma construção.
Os sistemas de impermeabilização possuem características próprias e variáveis, em
função de sua composição química, formulações, etc., apresentando propriedades distintas de
resistência à tração, alongamento, aderência, impermeabilidade, absorção de água,
durabilidade, etc. (Revista Téchne, 2009).
Portanto, se os sistemas possuem propriedades variáveis, é natural que sua aplicação
na construção civil apresente formas de desempenho distintas. Assim sendo, a
impermeabilização torna-se uma atividade complexa, visto que os profissionais da
especialidade devem conhecer com profundidade as propriedades dos sistemas
impermeabilizantes para então deduzir o seu comportamento frente às solicitações impostas
pela construção civil (STORTE, 2008).
Os sistemas de impermeabilização podem ser classificados de diferentes maneiras.
Podem ser classificados conforme processo (moldados in loco ou pré-moldados), conforme
rigidez (rígido ou flexível), conforme tipo de material (cimentício, asfaltico e epoxídico) e
conforme acabamento (autoprotegido ou não).
2.3 ETAPAS DO PROCESSO DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Este item apresenta as etapas do processo de impermeabilização, que envolvem o
projeto, o produto, a qualidade das construções, a execução da impermeabilização, a proteção
mecânica e a fiscalização da execução.
2.3.1 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Segundo a Viapol (2009), o projeto de impermeabilização tem como função elaborar,
analisar, planificar, detalhar, discriminar e adotar todas as metodologias adequadas, visando o
bom comportamento da impermeabilização, e compatibilizando os possíveis sistemas
impermeabilizantes a serem adotados com a concepção da edificação.
O projeto de impermeabilização passou a ser obrigatório com a revisão da norma NBR
9575 (2003), em vigor desde dezembro de 2003. No momento de aprovar uma obra na
Prefeitura, o construtor ou incorporador tem de apresentar o projeto de impermeabilização, o
que aumentou os cuidados com essa etapa da obra (Revista Construção e Mercado, 2004).
Segundo a Revista Téchne (2009), todo e qualquer investimento na fase de projetos é
bem vinda, pois é nesta fase que é possível mudar conceitos e estabelecer os procedimentos
corretos na execução da impermeabilização.
O projetista de impermeabilização tem a mesma responsabilidade que qualquer outro
que assina um projeto e recolhe a ART no CREA. Pelo Código de Defesa do Consumidor
(CDC), em vigor desde 1991, em caso de falha, o projetista só não será responsabilizado se
provar que a culpa é exclusiva do aplicador ou do fabricante.
Segundo a Revista Téchne (2009), as principais fases do projeto são:
I - Concepção do Produto
Esse serviço é considerado essencial e compreende a avaliação preliminar dos tipos de
impermeabilização viáveis de serem adotados e o estudo de implantação do empreendimento.
II - Definição do Produto
Esta fase envolve a definição e análise da utilização das áreas impermeabilizadas,
incluindo dados do comportamento estrutural, visando identificar as interferências que
ocorrerão na área impermeabilizada, o estudo técnico e econômico para a definição dos tipos
de impermeabilização a serem adotados e a assessoria para adoção de novas tecnologias.
III - Identificação e Solução de Interfaces de Projeto
Essa fase pode ser compreendida através da consolidação das áreas a serem
impermeabilizadas definidas na etapa anterior, a seleção dos tipos a serem utilizados e
principalmente a análise da interface entre a impermeabilização e os demais projetos
(arquitetônico, estrutural, de instalações hidráulicas, instalações elétricas, paisagismo, ar
condicionado/ventilação mecânica e automação).
IV - Detalhamento de Projetos
Esta é a fase onde deve ser apresentado o detalhamento dos tipos de
impermeabilização, os memoriais descritivos e especificações técnicas e as planilhas com
quantitativo de materiais e serviços de impermeabilização. Pode ser acrescida opcionalmente
a elaboração de orçamento e minutas contratuais.
V - Pós Entrega de projetos
Cabem a esta fase a apresentação do projeto, o programa básico de acompanhamento
dos serviços de impermeabilização e os serviços opcionais para os esclarecimentos de dúvidas
e análise técnica de proposta de fornecedores.
VI - Durante a execução da impermeabilização
Esta fase tem o objetivo de garantir a plena compreensão e utilização das informações
de projeto e a sua correta aplicação e avaliar o desempenho do projeto em execução. As
principais etapas ou as análises de soluções alternativas e de alterações de projeto.
VII - Serviços opcionais
Acompanhamento técnico da obra;
Orientação sobre procedimentos de execução;
Recebimento dos serviços de impermeabilização;
Desenhos “As Built”;
Acompanhamento dos ensaios de materiais de impermeabilização;
Acompanhamento dos recebimentos de materiais de impermeabilização na obra;
Preparação de manual de utilização e manutenção das áreas impermeabilizadas;
Manual do proprietário.
2.3.2 TIPOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
A impermeabilização é dividida em dois grupos, o sistema rígido e o sistema flexível.
A seguir, são caracterizados os dois sistemas.
2.3.2.1 SISTEMA RÍGIDO
O sistema rígido é feito a partir da adição de produtos químicos na argamassa. Este
sistema só é recomendado para locais totalmente protegidos de oscilações térmicas e com
pequenas solicitações na estrutura. Existem vários produtos de impermeabilização rígida,
sendo que os mais utilizados pela construção brasileira são os cimentícios modificados com
polímeros acrílicos e PVA, os cimentícios aditivados com substâncias cristalizantes, que
reagem com o cimento formando cristais de silicatos que "entopem" a estrutura porosa do
concreto (Revista Téchne, 2009).
As principais diferenças entre os materiais ficam por conta de suas propriedades no
estado fresco e no poder de cobertura, além de características, no estado endurecido, como
flexibilidade, poder de penetração, aderência ao substrato e durabilidade (Revista Téchne,
2009).
Segundo a Revista Téchne (2009), a impermeabilização rígida, como todas as soluções
construtivas, tem suas limitações e elas devem ser levadas em conta durante sua especificação
e aplicação.
Segundo a Revista Téchne (2007), os impermeabilizantes rígidos não trabalham junto
com a estrutura, por isso, é aplicável apenas em partes construtivas não sujeitas à fissuração, o
que leva à exclusão de áreas expostas a grandes variações de temperatura. Esses sistemas têm
aplicações em cortinas de contenção, reservatórios enterrados (incluindo piscinas), cisternas,
baldrames, rodapés e subsolos, além de áreas frias, como banheiros, lavabos, cozinhas e áreas
de serviço.
De acordo com a Revista Téchne (2009), cada sistema possui particularidades e a
escolha vai depender das características exclusivas de cada obra e projeto.
Segundo a NBR 9575 (2003), os principais tipos de sistema rígido são:
I. Argamassa impermeável com aditivo hidrófugo;
II. Argamassa modificada com polímero;
III. Argamassa polimérica;
IV. Cimento cristalizante para pressão negativa;
V. Cimento modificado com polímero;
VI. Membrana epoxídica.
A seguir é detalhado cada um destes tipos.
I. ARGAMASSA IMPERMEÁVEL COM ADITIVO HIDROFUGO
O aditivo hidrófugo é utilizado para impermeabilizar concretos e argamassas por
hidrofugação do sistema capilar, sem impedir a respiração dos materiais. Por ser uma emulsão
pastosa de densidade igual a 1,00 g/cm³, não altera a pega da argamassa a qual é adicionado
(DRYCO PRODUTOS QUÍMICOS LTDA, 2009).
Segundo SABBATINI (2003), é aplicada em reservatórios, fundações e muro de
arrimo.
A Figura 3 apresenta a aplicação do sistema.
Figura 3: Aplicação da argamassa com aditivo hidrófugo (Impermeabilização – Sistemas e
Execução, 2003)
II. ARGAMASSA MODIFICADA COM POLÍMERO
Segundo a Revista Téchne (2009) as argamassas modificadas com polímero são
aplicadas em áreas enterradas e submetidas à umidade constante, como baldrames, muros de
arrimo, floreiras, pisos frios em contato com o solo, poços de elevadores, reservatórios de
água potável, piscinas, tanques e estruturas com influência de lençol freático.
A Figura 4 apresenta a aplicação do sistema.
Figura 4: Aplicação da argamassa com polímero (Impermeabilização – Sistemas e Execução,
2003)
III. ARGAMASSA POLIMÉRICA
Segundo a Viapol (2009), a argamassa polimérica é um produto composto de cimento,
aditivos químicos e emulsões poliméricas, possuindo boa impermeabilidade, aderência e
resistência mecânica.
A principal aplicação dessa argamassa é a impermeabilização de reservatórios,
subsolos, cortinas, poços de elevadores e pisos frios, sujeitos a umidade do solo, pressão
hidrostática positiva e negativa (lençol freático).
Elas também são utilizadas para pinturas protetoras de concreto exposto ao meio
atmosférico, que sofre ação de agentes poluentes agressivos e chuva ácida, entre outros.
Permite ainda proteção as armaduras do concreto, contra ação de efeitos corrosivos acima
citados, notadamente aqueles com deficiência de cobrimento de armadura.
Pode ser utilizado para impermeabilização de reservatórios elevados, quando estes
forem bem concretados, e não sujeitos a fissuração dinâmica.
A Figura 5 apresenta a aplicação do sistema.
Figura 5: Aplicação da argamassa polímero (Impermeabilização– Sistemas e Execução, 2003)
IV. CIMENTO CRISTALIZANTE PARA PRESSÃO NEGATIVA
É uma impermeabilização estrutural cujo material é cimento de pega ultra rápida e
líquido selador, penetra por capilaridade na estrutura do concreto e forma depósitos cristalinos
quando em contato com a água ali existente. Irá apresentar, portanto, a mesma resistência
hidrostática que a estrutura a que se incorporou, quer seja ela positiva ou negativa. Esse
sistema não é tóxico e não requerer o rebaixamento do lençol freático (DRYCO PRODUTOS
QUÍMICOS LTDA, 2009).
De acordo com a Revista Téchne (2009), esses cimentos são desenvolvidos a partir de
cimentos e aditivos químicos minerais, que possuem características de pequena penetração
osmótica nos capilares do concreto (ou outro material poroso), previamente saturado com
água, cristalizando e obturando os poros do substrato.
São impermeabilizantes utilizados em estruturas que não sofram fissuração. São
utilizados contra umidade do solo, pressão hidrostática positiva e negativa. Sua maior
aplicação é em subsolos, cortinas e reservatórios enterrados.
V. CIMENTO MODIFICADO COM POLÍMERO
É um sistema impermeabilizante a base de resina semi-flexível com dispersão acrílica.
Produto bi-componente e semi-flexível, tem a vantagem de dispensar a regularização e formar
uma camada pouco espessa além de ser aplicado a frio (DRYCO PRODUTOS QUÍMICOS
LTDA, 2009).
De acordo com a Revista Téchne (2009), são produtos compostos de cimento, aditivos
químicos e polímeros, possuindo boa impermeabilidade, aderência e resistência mecânica.
Possuem alguma flexibilidade e permitem a incorporação de armaduras de tela de
nylon ou poliéster para aplicação como reforços em áreas críticas.
Sua principal aplicação é impermeabilização de reservatórios, subsolos, cortinas,
poços de elevadores e pisos frios, sujeitos a umidade do solo, pressão hidrostática positiva e
negativa (lençol freático).
A figura 6 apresenta a aplicação do sistema.
Figura 6: Aplicação da argamassa polímero (Impermeabilização – Sistemas e
Execução, 2003)
VI. MEMBRANA EPOXÍDICA
É um produto bi-componente à base de resina epóxi e alcatrão, formando uma película
flexível de ótima resistência mecânica e química. Rapidez na aplicação em locais de difícil
acesso e tem total compatibilidade com estruturas de concretos (DRYCO PRODUTOS
QUÍMICOS LTDA, 2009).
Segundo a Viapol (2009), sua aplicação é recomendada em tanques de concretos
apoiados no solo ou enterrados.
2.3.2.2 SISTEMA FLEXIVEL
Segundo a VIAPOL (2007), os tipos de impermeabilização flexível são subdivididos
em várias classes, sendo as duas principais as mantas asfáltica e as membranas acrílicas,
asfáltica e cimenticias.
A manta é um produto impermeável, industrializado, obtido por calandragem,
extensão ou outros processos, com características definidas. Enquanto a membrana é um
produto impermeabilizante, moldado no local, com ou sem estruturante. A Tabela 1 mostra as
características, especificação e utilização do sistema com manta asfáltica e membrana.
Tabela 1: Características das Mantas e Membranas
Sistema Mantas asfálticas Membranas
Características
São materiais com asfalto modificado ou
oxidado, estruturado ou não, com
polietileno ou poliéster. Sua espessura
varia entre 3 e 5mm. Quanto à aplicação,
são aderidas com maçarico ou asfalto
quente.
O sistema é continuo e uniforme. É
constituído de varias demãos de asfalto
polimérico em solução ou emulsão,
estruturado com poliéster.
Especificação Adequada para local onde ocorra grande
movimentação.
Adequada para local onde ocorra grande
movimentação.
Utilização
São utilizados para impermeabilizar
jardineiras, piscina, coberturas,
estacionamentos e reservatórios.
São utilizados para impermeabilizar
jardineiras, piscina, coberturas,
estacionamentos e reservatórios.
Fonte: Instituto Brasileiro de Impermeabilização
I. MEMBRANAS
Segundo a Revista Téchne (2009), as membranas asfálticas se destacam como um dos
sistemas mais antigos utilizados no processo de impermeabilização e ainda hoje tem uma
grande participação no mercado impermeabilizante. São classificadas como sistema
impermeabilizante flexível moldado in-loco. Os produtos são aplicados em demãos alternadas
de forma que forme uma membrana sobre o substrato e geralmente são utilizadas em
impermeabilizações contra água de percolação, água de condensação e umidade proveniente
do solo.
O sistema pode ser classificado quanto à forma de aplicação: a quente ou a frio.
a) Membranas asfálticas moldadas a quente
As membranas moldadas a quente se caracterizam pela aplicação em alta temperatura
dos produtos (asfalto oxidado e elastomérico) e necessidade de utilização de equipamentos
para derretê-los e aplicá-los. Estas membranas são indicadas para a impermeabilização de
áreas como: muro de arrimo, cozinhas, áreas de serviço, lajes externas, piscinas, etc.
A aplicação destas membranas é feita seguindo os procedimentos de preparo da
superfície (conforme ABNT NBR 9575:2003), em seguida deve ser aplicado o primer
asfáltico. Após a cura do primer e o produto estar na temperatura de aplicação, deve-se aplicar
uma demão em forma de pintura do asfalto em uma demão com consumo médio de 1 kg/m².
Após o resfriamento do asfalto, deve-se estender o estruturante (véu de poliéster) com
sobreposição mínima de 10 cm. A aplicação deve ser continuada até atingir o consumo pré-
estabelecido em projeto.
São recomendadas para áreas horizontais sujeitas a percolação, água sob pressão
como; reservatório e piscina. Não recomendado para reservatório de água potável. A Figura 7
apresenta a aplicação do sistema.
Figura 7: Aplicação da membrana a quente (Impermeabilização – Sistemas e
Execução, 2003)
b) Membranas asfálticas moldadas a frio
São sistemas asfálticos aplicados em forma de pintura (emulsão ou solução), com o
produto na temperatura ambiente, dispensando o uso de equipamentos de aquecimento e
minimizando os riscos de queimaduras, etc.
As membranas aplicadas a frio são utilizadas na impermeabilização de áreas como:
pequena laje horizontal ou abobadada, banheiro, cozinha, área de serviço, terraço, sacadas,
etc.
A aplicação destas membranas é feita seguindo os procedimentos de preparo da
superfície (conforme ABNT NBR 9575:2003), em seguida deve ser aplicado o primer
asfáltico. Após a cura total do primer inicia-se com a aplicação de uma demão do produto
impermeabilizante (emulsão ou solução asfáltica) em forma de pintura e aguardar a secagem.
Entre a segunda e a terceira demão deve-se estender o estruturante, com sobreposição mínima
de 10 cm. Deve-se continuar a aplicação até atingir o consumo pré-estabelecido em projeto,
respeitando sempre o tempo de secagem entre demãos.
É recomendada em impermeabilização de áreas sujeita a água de percolação, piso de
banheiro, cozinha e área de serviço, floreiras e lajes em geral tendo cuidados com a exposição
e extensão. A Figura 8 apresenta a aplicação do sistema.
Figura 8: Aplicação da membrana a frio (Impermeabilização – Sistemas e Execução,
2003)
II. MANTAS ASFÁLTICA
Segundo a VIAPOL (2009), a escolha da manta a ser utilizada não depende só do
esforço a qual ela será exposta, mas também devido às condições do local de aplicação. De
acordo com a NBR 9952 (1998), a escolha de um dado tipo de manta deve ser em função dos
locais e estruturas a serem impermeabilizadas, da carga atuante sobre a manta, grau de
fissuração prévio, flecha máxima admissível, exposição às intempéries e formas de aplicação
aderida ou não ao substrato. Cabe ao responsável técnico definir o tipo de manta a ser
indicado para cada obra.
Segundo a Revista Construção e Mercado (2004), dentre as soluções mais utilizadas
na impermeabilização, à manta asfáltica é sem dúvida a que exige mais cuidados na sua
execução, embora a aplicação seja fácil, por ser um produto pré-fabricado, uniforme e com
rígido controle técnico de produção.
Os pontos críticos na execução das mantas asfálticas e onde podem surgir os
problemas são ralos, tubos emergentes, detalhes de piscina e rodapés. Dessa forma, a
instalação deve ser cuidadosa, sendo controlada e fiscalizada corretamente.
O item 2.4 apresentará uma discussão mais detalhada sobre as mantas, pelo fato deste
sistema ser o foco do presente trabalho.
2.3.3 QUALIDADE DA OBRA
Os cuidados na escolha e aplicação da impermeabilização são fundamentais para a
eficiência e a durabilidade do sistema.
Segundo a Revista Téchne (2009), os cuidados para garantir a durabilidades da
impermeabilização são:
I - Qualidade de materiais e sistema de impermeabilização
Deve-se sempre procurar conhecer todos os parâmetros técnicos e esforços mecânicos
envolvidos para a escolha adequada do sistema impermeabilizante.
II - Qualidade da execução da impermeabilização
Por melhor que seja o material ou o sistema de impermeabilização, de nada adianta se
o mesmo é aplicado por pessoa não habilitada. Desta forma, deve-se obter o maior número de
informações e referências a respeito do prestador de serviços para instalação da
impermeabilização.
III - Qualidade da construção da edificação
A regularização da superfície é de elevada importância para aumentar a durabilidade
do sistema, pois é à base de ancoragem para os produtos impermeabilizantes utilizados. Desta
forma, os produtos precisam de um substrato firme para penetrar e aumentar sua aderência,
assim, cuidados como regularização correta da base, adotando um traço de argamassa na qual
deixará o substrato mais resistente para que um possível esforço não venha a fissurar podendo
causar danos para o produto que será aplicado em sua superfície.
2.3.4 EXECUÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO
Alguns cuidados precisam ser tomados em relação ao tipo de impermeabilização
escolhida. Para a escolha do sistema rígido o local não poderá possuir deformações que
acarretem o aparecimento de fissuras no impermeabilizante e conseqüente abertura para
passagem dos fluídos. Por outro lado, os sistemas flexíveis suportam maiores deformações
sem o aparecimento de fissuras por isso adequado para locais onde a solicitação presente seja
elevada se comparado com deformações que o sistema rígido resiste (Revista Equipe de Obra,
2009).
Com relação à preparação da superfície, toda superfície antes de receber o sistema tem
que ser preparada para o recebimento do sistema adequado. A regularização da superfície tem
como função deixar o local isenta de quinas vivas, juntas de alvenaria e falhas de
concretagem, bem como a retirada de impurezas. Dependendo do sistema adotado antes da
aplicação deste, é necessária uma imprimação na regularização para garantir uma boa
aderência à proteção indicada (Revista Equipe de Obra, 2009).
2.3.5 FISCALIZAÇÃO DO SERVIÇO
O esforço de fiscalização deve ser empreendido, conjuntamente, entre a empresa
aplicadora e o engenheiro de obra responsável, obedecendo aos detalhamentos especificados
em projeto. Tanto pela atividade de aplicação, na preparação das estruturas que receberão a
impermeabilização quanto pelos produtos utilizados, ou seja, pelas especificidades técnicas
(tais como espessura, consumo etc), os rigores de fiscalização são essenciais para efetivação
do sucesso de todo trabalho (Revista Equipe de Obra, 2009).
2.3.6 FALHAS NA EXECUÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO
Segundo a Revista Téchne (2009) as principais falhas na execução de um sistema de
impermeabilização são:
• Falha na preparação da superfície;
• Escolha do sistema inadequado;
• A falta de observação das instruções do fabricante no momento de preparação
do produto, como adicionar água sem necessidade, não homogeneizar
adequadamente, não seguir a proporção adequada dos produtos constituintes
etc;
• Consumos muito abaixo da recomendação do fabricante;
• Tempos de cura em desacordo com as instruções do produto;
• Falhas nas emendas do sistema pré-moldado;
2.4 MANTAS ASFÁLTICAS
As mantas são classificadas segundo o Serviço Brasileiro de Resposta Técnica (SBRT,
2006).
I – Quanto à adição na massa
a) Elastoméricas.
De acordo com a SBRT (2006), as mantas são consideradas elastoméricas quando
ocorre a adição de elastômeros na massa. Geralmente é utilizado o SBS (estireno-butadieno-
estireno) ou outro polímero que venha a aumentar a resistência à tração e alongamento do
produto, oferecendo memória elástica.
Consiste numa manta impermeabilizante industrializada feita à base de asfaltos
modificados com polímeros de SBS (copolímero estireno-butadieno-estireno) e armada com
um não tecido de filamentos de poliéster agulhados, previamente estabilizada com resina
termo fixada. Assim, caracterizam-se pela sua alta resistência à tração, à punção e ao
rasgamento, qualidades que se apresentam de forma homogênea por toda a manta, reduzindo
os riscos de falhas localizadas na impermeabilização (DRYCO PRODUTOS QUÍMICOS
LTDA, 2009).
b) Plastoméricas.
De acordo com a SBRT (2006), as mantas são consideradas plastoméricas quando
ocorre a ação de plastômeros a massa. Usualmente, APP (polipropileno atático).
Consiste numa manta impermeabilizante industrializada feita à base de asfaltos
modificados com polímeros de APP (polipropileno atático) e armada com um não tecido de
filamentos de poliéster agulhados, previamente estabilizada com resina termo fixada. Assim,
caracterizam-se pela sua alta resistência à tração, à punção e ao rasgamento, qualidades que se
apresentam de forma homogênea por toda a manta, reduzindo os riscos de falhas localizadas
na impermeabilização (DRYCO PRODUTOS QUÍMICOS LTDA, 2009).
II - Conforme o tipo de estruturante interno.
• Glass – véu de fibra de vidro
• Poliéster – não-tecido de filamentos de poliéster.
• Polietileno – filme de polietileno de alta resistência.
III - Conforme o tipo de acabamento dado na superfície da manta.
Segundo a (SBRT, 2006), têm as seguintes descrição.
• Polietileno, em uma ou ambas as faces.
A Figura 9 apresenta a manta de polietileno.
Figura 9: Mantas de Polietileno (Imperconsultoria)
• Areia, em uma ou ambas as faces.
A Figura 10 apresenta a manta com areia em uma das faces.
Figura 10: Mantas com areia (Citimat Impermeabilizantes)
• Alumínio em uma das faces.
A Figura 11 apresenta a manta de alumínio em uma das faces.
Figura 11: Mantas de alumínio (Imperconsultoria)
• Pó de ardósia em uma das faces
A Figura 12 apresenta a manta com pó de ardósia em uma das faces.
Figura 12: Mantas de ardósia (Imperconsultoria)
• Geotextil em uma das faces
• A Figura 13 apresenta a manta com geotextil em uma das faces.
Figura 13: Mantas de geotextil (Denver Impermeabilizantes)
Cada manta tem sua finalidade e espessura específica, tendo assim várias opções no
mercado desse produto. A execução deve seguir a norma em vigor, adotando um dos métodos
de aplicação já citados anteriormente.
Na Tabela 2 apresenta a classificação dos tipos de mantas indicado parâmetro a serem
seguidos em laboratório segundo a NBR 9952 (2007).
Tabela 2: – Classificação das mantas
TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DAS MANTAS
Tipos
Unidade I II III IV
1. Espessura (mínima) mm 3mm 3mm 3mm 4mm
2. Resistência à tração e
alongamento - carga
máxima (longitudinal e
transversal)
Tração (mínima) N 80 180 400 550
Alongamento
(mínimo) %
2 2 30 35
3. Absorção d'água - variação em massa
(máxima %
1,5 1,5 1,5 1,5
4. Flexibilidade à baixa
temperatura
Tipo
A
°C
-10 -10 -10 -10
B -5 -5 -5 -5
C 0 0 0 0
5. Resistência ao impacto a 0°C (mínimo) J 2,45 2,45 4,9 4,9
6. Escorrimento (mínimo) °C 95 95 95 95
7. Estabilidade dimensional (máximo) % 1% 1% 1% 1%
8. Envelhecimento
acelerado
Mantas asfálticas
expostas
Os corpos-de-prova, após o
ensaio, não devem apresentar
bolhas, escorrimento,
gretamento, separação dos
constituintes, deslocamento ou
delaminação
Mantas protegidas
ou autoprotegidas
9. Flexibilidade após
envelhecimento
acelerado
Tipo
A
°C
0 0 0 0
B 5 5 5 5
C 10 10 10 10
10. Estanqueidade (mínima) mca 5 10 15 20
11. Resistência ao rasgo (mínimo) N 50 100 100 140
Fonte: Manual Técnico da Viapol
2.4.1 CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS DA MANTA ASFÁLTICA
A seguir são caracterizados os materiais constituintes das mantas asfáltica.
I. Asfaltos
Segundo (SBRT, 2006), asfaltos oxidados – resistentes à ação dos agentes
atmosféricos, com baixa suscetibilidade à temperatura, elevado ponto de inflamação, ponto de
amolecimento acima de 100°C e sem formar espuma no aquecimento, o que evita
aparecimento de vazios no material. Para a saturação, usa-se asfalto de fluidez elevada e
grande poder de impregnação. A penetração deve ficar entre 50 e 150, com ponto de
amolecimento de 40 a 60°C no caso de rolos; para placas o asfalto deve ser mais duro.
• Asfalto elastoméricos (com adição de elastômeros – SBS)
• Asfalto plastoméricos (com adição de plastômeros – APP)
Os polímeros são responsáveis pela flexibilidade, alongamento, correções dos pontos
de escorrimento e penetração dos asfaltos, que proporcionam características específicas e
determinam, muitas vezes, o tipo de aplicação. Os asfaltos mais utilizados são os
elastoméricos com o SBS (Estireno-Butadieno-Estireno) e os plastoméricos com o APP
(Polipropileno Atático).
As mantas quanto ao tipo de asfalto A, B ou C, tem diferentes resultados.
• Os asfaltos tipo A, resistem a temperaturas de escorrimento de 95°C, possuindo
uma flexibilidade em mandril de -10°C.
• O asfalto tipo B, resiste a temperaturas de escorrimento de 95°C, sendo que as
boas formulações chegam a atingir até 100°C, possuindo uma flexibilidade em
mandril de -5°C.
• Os asfaltos tipo C, resistem a temperaturas de escorrimento de 95°C, possuindo
uma flexibilidade em mandril de 0°C.
As características citadas definem resistência a fadiga das mantas.
II. Estruturantes
Respondem pela resistência da manta à tração e ao alongamento, que são as
características mais exigidas quando a manta é aplicada na construção civil, por conta da
dilatação das estruturas, (SBRT, 2006).
Responsáveis pela resistência a tração. Os mais utilizados são o filme de polietileno, o
véu de fibra de vidro e o não-tecido de poliéster, (revista construção mercado, 2004).
• Feltros
Segundo, (SBRT, 2006), são constituídos de fibras orgânicas ou de amianto. Os feltros
têm fabricação análoga ao papel ou papelão, pela formação de pastas. Os de fibras contêm
polpa de madeira, juta, lã, raiom, seda, etc. os feltros de amianto levam ainda amido ou
silicato de alumínio. Os feltros de fibras podem ser saturados com asfalto ou alcatrão: nos de
amianto podem utilizar-se apenas asfalto.
• Poliéster
Segundo, (SBRT, 2006), é uma lâmina de fibras prensadas de poliéster chamadas de
“não-tecido” de poliéster. São em geral os mais resistentes. O véu de poliéster interno pode ter
diferentes densidades gramaturas.
• Véu de fibra de vidro (mantas glass)
Segundo, (SBRT, 2006), oferece uma razoável resistência à tração, mas é muito pouco
resistente à flexão e a cisalhamento.
• Filme de polietileno
É apenas um estruturante interno, que mantêm a manta coesa. Pode ser usado somente
em locais onde não deve haver praticamente nenhum requisito de tração longitudinal ou
transversal. Caso contraria, a manta acaba se rompendo.
III. Acabamento externo da manta
Os acabamentos são inseridos nas mantas asfálticas ainda no processo de fabricação e
são escolhidos de acordo com a necessidade funcional, estética ou de aplicação. Para mantas
que recebem proteção, os acabamentos são de filme de polietileno ou de areia. Já para as
mantas auto protegidas (que ficam expostas), há opções como alumínio e grãos de ardósia
(Revista Construção e Mercado, 2004).
Segundo (SBRT, 2006), têm a função de proteger os asfaltos da ação oxidante da luz e
do calor solar, aumentam a resistência à ação do fogo e podem ser utilizados para fins
estéticos.
Podem ser usados grãos de basalto e quartzito com diâmetro de até 2,4mm. Muitas
vezes os grãos preparados artificialmente podem permitir várias colorações. São obtidos a
partir da calcinação de argilas com adição de compostos coloridos.
Alumínio (em um dos lados), que tem por função de impermeabilizar e isolar
termicamente além de não requerer aplicação de proteção a manta.
2.4.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO A CUSTOS
A Tabela 3 apresenta a classificação das mantas asfálticas em relação ao custo.
Tabela 3: – Classificação das mantas quanto ao custo
Tipo Características Diferenciação Estocagem
Super
econômicas
São mantas com
estruturantes internos em
polietileno e massa pobre
Baixa resistência a tração
ou a danos mecânicos. São
usadas em áreas bastante
reduzidas
São estocadas na
horizontal, pois,
minimiza a deformação
da bobina e protegidas
de raios solares.
Econômicas São mantas com
estruturantes internos em
poliéster ou de fibra de
vidro. A composição da
massa é de baixo custo.
São as mais vendidas,
pois, é uma boa solução
para os problemas
existentes em obras
Rolos estocados na
vertical
Intermediarias O estruturante interno é
em geral semelhante ao
estruturante das mantas
nobres, mas podem ser
usados matérias reciclados
Em geral não atendem as
normas técnicas, mas
atendem a determinadas
condições
Rolos estocados na
vertical
Nobres Os estruturantes e as
massas são adequados ao
cumprimento das normas,
que tipificam as mantas
geralmente tipo III e IV.
São recomendados onde
ocorrer trafego de
equipamentos, onde a
movimentação dinâmica é
elevada (grandes lajes e
pré-moldados.
Rolos estocados na
vertical
Técnicas São geralmente desconhecidas do publico não-técnico e são em geral vendidas
diretamente pelas fabricas para aplicações muito específicas como
impermeabilização e locais com temperaturas próximas de zero, altas dilatações,
etc
Fonte: Serviço Brasileiro de Resposta Técnica
2.4.3 EXECUÇÃO DA MANTA
A seguir são detalhadas as etapas de execução do sistema flexível com manta segundo
(IMPERCONSULTORIA, 2010).
I. PREPARAÇÃO DA BASE
• Limpeza da superfície.
• Verificar tubulações tanto elétricas quanto hidráulicas, pois são frágeis na presença do
maçarico.
• Nos rodapés, a manta ficará embutida na alvenaria ou concreto, para isso, o encaixe é
de no mínimo 3 cm, com altura mediante projeto, sendo os cantos arredondados (meia-
cana).
• Caimentos mínimo de 1% em direção aos coletores, os quais devem ser
dimensionados mediante projeto de hidráulica e visando o perfeito arremate da manta
II. IMPRIMAÇÃO
A imprimação consiste na aplicação de uma camada de material betuminoso sobre a
superfície a ser impermeabilizada tendo como objetivo impermeabilizar e permitir condições
de aderência entre esta e o revestimento a ser adequado. A imprimação é um serviço
fundamental para o sucesso da interface entre a manta e a superfície impermeabilizada.
Após os preparos, toda a superfície sobre a qual será aplicada a manta, inclusive os
ralos e paredes laterais, têm que ser imprimada com uma a duas demãos de primer asfáltico. A
manta pode ser colada após 6 horas, no mínimo, da aplicação, dependendo das condições de
temperatura e ventilação do local. Manter o ambiente ventilado durante a aplicação e
secagem.
III. DETALHE DE RALOS
• Com o maçarico, aplicar a manta asfáltica descendo cerca de 10 cm na parte interna do
ralo e deixando cerca de 10 cm para fora, o qual será cortado com um estilete. As tiras
serão coladas sobre a imprimação.
• Sobrepor um pedaço de manta em toda a extensão do ralo e cortar em forma de
“pizza” a área correspondente ao diâmetro do ralo, a qual será colada no interior do
tubo.
IV. APLICAÇÃO
• Posicionar os rolos da manta de forma alinhada e obedecendo ao requadramento da
área.
• A colagem da manta deve ser iniciada pelos ralos e coletores de água, vindo no sentido
das extremidades, obedecendo ao escoamento da água. Deve-se verificar o detalhe de
ralos.
• A aplicação da manta é feita aquecendo-se a superfície da manta e do substrato. Logo
que o plástico de polietileno (filme antiaderente) encolher e o asfalto brilhar, deve-se
colar a manta asfáltica. É importante certificar-se de que não há bolhas de ar embaixo
da manta.
• A 2ª bobina da manta deve sobrepor a 1ª (transpasse) em 10 cm, no mínimo.
• A fim de evitar qualquer infiltração, é necessário que seja feito, após a colagem das
mantas, o reaquecimento das emendas dando o acabamento. Este serviço
“biselamento”, aquece a colher de pedreiro e alisa as emendas, exercendo leve pressão
sobre a superfície da manta asfáltica.
• Nas superfícies verticais, em 1º lugar, deve-se levar a manta do piso até cobrir toda
meia cana. Depois, colar outra manta, fazendo a parte do rodapé e descendo no piso 10
cm (transpasse). O trecho do rodapé fica com manta dupla. Nas paredes, estruturar a
argamassa com tela galvanizada ou plástica malha 1/2 a 1”.
• Fazer o teste com lâmina de água, no mínimo, 72 horas.
• Colocar camada separadora. Esta tem como função evitar que as tensões atuantes nas
camadas de proteção mecânica, transmitam-se para a impermeabilização.
• Lançar a argamassa para proteção mecânica, com espessura de no mínimo 3 cm ou
conforme especificação de projeto, visando intensidade de tráfego e demais
solicitações impostas à estrutura/impermeabilização. Prever juntas de trabalho.
2.4.4 SISTEMA DE DUPLA MANTA
Segundo a Viapol (2007), o sistema de dupla manta consiste na aplicação simultânea
de duas mantas asfálticas, aderidas entre si, parcialmente aderidas ou totalmente aderidas no
substrato. Sua utilização é indicada em casos de substratos de baixa resistência, alto grau de
fissuração ou quando a impermeabilização é submetida a grandes esforços.
Normalmente no Brasil, a primeira manta tipo II, com espessura de 3 mm, e a
resistência a tração de 180N/5 cm, seguida de aplicação da segunda manta tipo III, com
resistência a tração entre 400 e 550 N/5 cm, com espessura de 3 a 4 mm.
A primeira manta tem a função de absorver todas as conseqüências dos problemas
patológicos existentes, preservando a segunda manta de esforços acima de seus limites
recomendados, resguardando sua integridade e condições de estanqueidade adequadas à
situação.
As principais vantagens da dupla manta são (VIAPOL 2007):
• Excelente comportamento elasto-plástico que permite a impermeabilização
acompanhar melhor os movimentos da natureza térmica estrutural da obra;
• Responder melhor aos efeitos de fissuração do substrato com adequado grau de
segurança;
• Excelente estabilidade mecânica e resistência ao puncionamento estático,
dinâmico, rasgamento, vibrações, esforços de tração tangenciais, transversais e
longitudinais. Maior resistência a fadiga dinâmica, provocada pela
movimentação cíclica do substrato, ocasionado tanto pelo efeito térmico como
pelos esforços mecânicos;
• Excelente comportamento em lajes de grandes solicitações e sensível melhoria
da vida útil da impermeabilização.
2.4.5 CUIDADOS NA EXECUÇÃO DE MANTAS
A eficiência e a durabilidade dos sistemas impermeáveis dependem também da base
de aplicação. Argamassas de regularização com traços fraco ou feitas com agregados que
contenham materiais orgânicos, tendem a deteriorar-se com o tempo, soltando a
impermeabilização e podendo provocar vazamentos. Devem ser seguidos os devidos projetos
e detalhes, os quais são fundamentais para uma boa execução. (REVISTA TÉCHNE, 2009).
A seguir são apresentadas algumas recomendações de acordo com (REVISTA TÉCHNE,
2009; CONSTRUÇÃO E MERCADO, 2004)
• Para receber a impermeabilização, as superfícies devem estar limpas, lisas,
secas e isentas de poeira, graxas, óleos, além de estarem livres de qualquer
irregularidade. As trincas e fissuras devem ser tratadas de forma compatível
com o sistema de impermeabilização.
• Deve ser vedado o trânsito de pessoal, material e equipamento estranho ao
processo de impermeabilização durante sua execução. Não se deve pisar sobre
as camadas até a secagem completa das mesmas e, quando secas, deve-se
evitar o trânsito durante as horas de sol quente.
• As emendas são o principal ponto crítico da impermeabilização com pré-
fabricados (o caso das mantas asfálticas). Por isso, deve-se fazer uma
sobreposição de 10 cm entre as mantas
• Quando aplicadas duas camadas de mantas, os materiais da camada superior
não devem ser aplicados exatamente acima da camada inferior. As mantas
complementares devem ser colocadas em 90º ou no mesmo sentido com
sobreposição entre 50 e 60 cm
• Certifique-se da boa aderência entre a manta e o substrato, evitando, assim,
bolhas ou outros problemas que possam comprometer o desempenho do
sistema
• Deve haver uma camada de separação entre a manta e a proteção mecânica, o
que evita atrito entre o cobrimento e o impermeabilizante
• Um problema comum pós-ocupação é a perfuração de mantas. Por isso, o
construtor deve informar ao usuário até onde se pode furar e, eventualmente, já
projetar pontos que permitam tal perfuração
3 MÉTODO DE PESQUISA
Este item apresenta a estratégia de pesquisa, assim como o delineamento e
detalhamento das etapas da pesquisa.
3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA
A estratégia escolhida foi o estudo de caso, pois trata-se de uma avaliação da aplicação
do sistema de impermeabilização com manta asfáltica em obras, com o propósito de obter
dados reais da execução de sistemas com manta e identificar possíveis falhas que poderão
ocasionar manifestações patológicas no período de vida útil do empreendimento.
3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA
A pesquisa foi composta de cinco etapas: revisão bibliográfica, seleção das obras, definição
dos instrumentos de coleta, coleta de dados e análise de dados, conforme mostra a Figura 14.
REVISÃO BIBLIOGRAFICA
↓
SELEÇÃO DAS OBRAS
↓
INSTRUMENTOS DE COLETA
↓ CHECK LIST DE AVALIAÇÃO
COLETA DE DADOS → ROTEIRO DE ENTREVISTA COM ENGENHEIRO GERENTE
↓
REGISTRO FOTOGRÁFICO
ANÁLISE DOS DADOS
→ ANÁLISE INDIVIDUAL
ANÁLISE COMPARATIVA
Figura 14 – Delineamento da Pesquisa
3.3 DESCRIÇÕES DAS ETAPAS
3.3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Esta etapa consiste na busca por artigos publicados, livros e normas técnicas
existentes, para obter informações dos sistemas de impermeabilização. Com os artigos e livros
busca-se evidenciar os pensamentos que pesquisadores têm sobre o tema proposto.
3.3.2 SELEÇÃO DAS OBRAS
Os empreendimentos selecionados têm como característica o fato de ser residencial e
ter aplicação de mantas asfáltica no seu sistema de impermeabilização. Além disso, os
imóveis selecionados estão localizados em regiões diferente da cidade para uma maior
compreensão dos dados encontrados em campo. A Tabela 4 apresenta dados dos
empreendimentos em estudo.
Tabela 4 – Características das obras estudadas
Obra Características Local de
aplicação
Tipo de aplicação Localização
A Empreendimento com
uma torre, com 8
pavimentos. Médio
padrão
Piscina Aplicação com maçarico Imbuí,
Salvador
B Empreendimento com
duas torres uma
comercial e outra
residencial. Alto padrão
Varanda,
jardineira,
estaciona
mento
Em varandas e jardineiras foi
aplicação com maçarico. Em
estacionamento foi aplicado
com asfalto.
Pernambués,
Salvador
C Empreendimento com
10 torres. Médio padrão
Cobertura Aplicação com maçarico Vida Nova,
Lauro de
Freitas
3.3.3 COLETA DE DADOS
Os dados foram coletados de três formas:
I. Aplicação de um check list, criado com base na NBR 9574(2008) e NBR
9575(2003), normas de execução e projetos, e orientações do fabricante. Este
check list consta o local visitado, tipo de manta, espessura da manta, existência
de projetos, etapas de execução e local de aplicação, conforme Anexo A.
II. As entrevistas têm como objetivo evidenciar se o responsável técnico do
empreendimento tem conhecimento sobre o sistema adotado e o porquê da não
adoção de outro sistema, conforme Anexo B.
III. Registros fotográficos para uma comprovação dos dados registrados no check
list com imagens da base a ser impermeabilizada, imprimação, aplicação, teste
de estanqueidade e possível proteção mecânica existente.
3.3.4 ANÁLISE DOS DADOS
Os dados extraídos de visita técnica, com aplicação de check-list, entrevistas e
registros fotográficos foram comparados com as orientações mencionadas na norma NBR
9575(2003) e, posteriormente, comparados entre os empreendimentos.
A análise individual consiste na avaliação de vários locais na obra, que esteja
executando ou já executou a impermeabilização, verificando segundo a NBR 9575(2003) se o
projeto existente esta seguindo a norma e a execução segundo a NBR 9574(2008).
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
A análise dos resultados tem como objetivo identificar falhas na etapa de execução da
manta asfáltica. Os itens avaliados em cada uma das três obras foram:
I. Projeto de impermeabilização
II. Recebimento e armazenamento de materiais
III. Execução da impermeabilização
A avaliação da execução da impermeabilização foi subdividida em:
• Condições para o início do serviço (segurança, equipamentos utilizados,
circulação das pessoas)
• Preparação da base
• Aplicação da manta
• Teste hidráulico
• Proteção mecânica
A avaliação foi realizada com base nos check list aplicados e nas entrevistas.
4.1 Obra A
O empreendimento em estudo é composto por uma torre de oito pavimentos localizado
no bairro do Imbuí na cidade de Salvador-Bahia. Na obra foi adotado o sistema flexível para a
piscina e o sistema rígido para varanda, banheiro e área de serviço. A piscina foi o local de
estudo deste trabalho, pois a impermeabilização foi executada com manta asfáltica.
Para a execução do serviço de impermeabilização foi contratada uma empresa
prestadora de serviço, que realizou a impermeabilização do sistema rígido com argamassa
polimérica e o sistema flexível com manta asfáltica.
O Quadro 1 mostra a avaliação da mão de obra para execução e fiscalização do
sistema aplicado no empreendimento.
Quadro 1: – Avaliação da Obra quanto a equipe de verificação e execução do serviço 2.Mão-de-obra
Item de Verificação Avaliação 1.Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para impermeabilização? 2. A equipe de produção é composta por: serventes? 3 aplicador? 3 3. A equipe de controle e supervisão é composta por: estagiário ? 1 mestre-de-obra? 1 encarregado? técnico em segurança do trabalho? engenheiro? 1
I. Projeto de impermeabilização
O empreendimento não apresentou projeto de impermeabilização, conforme Quadro 2,
e a escolha do sistema foi através de manual técnico de fabricantes.
Quadro 2: – Avaliação da Obra quanto a existencia de projeto
4. Dados relativos ao projeto de impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1.Há projeto específico de impermeabilização? R 2. Em caso positivo indicar os documentos existentes: Planta de conferência? NA Planta de eixos de locação dos ralos? NA Caderno de detalhes? NA
Plantas de elevações das paredes contendo posições de caixinhas de elétrica, eletro dutos, tubulações hidrosanitárias, juntas verticais secas ou preenchidas, uso de telas na interface pilar/alvenaria? NA
Recomendações técnicas NA Memoriais descritivos NA Planejamento da seqüência de execução NA
Planilhas com quantitativo de materiais e serviços de impermeabilização NA
II. Recebimento e Armazenamento de materiais
No período de visita ao empreendimento observou-se a falta de material para
conclusão do serviço, atrasando assim a finalização da impermeabilização. A Figura 15
mostra que no dia da visita ainda existiam algumas áreas a serem impermeabilizadas. Em
relação a estocagem a obra não apresentou local pré definido para armazenamento do
material, conforme Quadro 3.
Figura 15: Áreas a serem impermeabilizadas
Quadro 3: – Avaliação da Obra A quanto ao recebimento e armazenamento de materiais de impermeabilização
1. Dados relativos ao recebimento e armazenamento dos materiais de impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. É realizado ensaio em laboratório para aceitação do produto relativo à norma técnica? (relativo ao lote do material entregue na obra) NA 2. Existe local pré-definido no canteiro para recebimento do produto? R 3. O material é descarregado no local definitivo de armazenamento (não há duplo manuseio)? R 5. Armazenar em rolos firmemente bobinados e em local protegido de raios solares? A
III. Execução da impermeabilização
• Condições para o início do serviço
As condições de segurança na obra apresentaram problemas. Por exemplo, alguns
equipamentos de proteção individual necessários não estavam disponíveis, tais como
capacete, protetor auricular e mascara descartável, conforme mostra o Quadro 4. Foi também
identificado que a mão de obra do serviço de impermeabilização não recebeu o treinamento
de segurança da obra. Isto foi evidenciado através da falta de técnico de segurança na obra. A
empresa terceirizada também não disponibilizou o equipamento adequado para proteção de
seus funcionários.
Quadro 4: – Condições de segurança no processo de impermeabilização
3. Segurança Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para segurança? R
2. Antes do início de qualquer serviço é verificada a existência e condições dos equipamentos de segurança individual e coletiva? R 3. Equipamentos de proteção individual: Bota de couro? A Capacete? R Luva de raspa de couro? A Máscara descartável (contra poeira)? R Protetor facial? A Protetor auricular? R Óculos de proteção? A
Quanto à circulação de pessoas na área de execução da impermeabilização, segundo a
NBR 9574:2008, deve ser vetado o trânsito de pessoal, material e equipamento, estranhos ao
processo de impermeabilização, durante a execução. Entretanto foi verificado nesta obra que
durante a aplicação, profissionais transitavam na área a ser impermeabilizada.
Com relação aos equipamentos utilizados nesta obra, foi identificado que para a forma
de aplicação da manta todos estavam disponíveis, como mostra o Quadro 5.
Quadro 5: – Equipamentos utilizados no processo de impermeabilização
Item de Verificação Avaliação 1. Equipamentos de transporte dos materiais do armazenamento/produção ao posto de trabalho O transporte vertical é realizado através de elevador de carga? A O transporte vertical é realizado através de guincho de coluna? NA 2. Equipamentos de controle O nivelamento é feito com mangueira de nível? A O nivelamento é feito com nível a laser? NA O nivelamento é feito com régua com nível de bolha? NA 3. Equipamentos de produção Para o arremate utiliza-se colher de pedreiro? A O maçarico esta em boas condições? A O gás utilizado é gsl? A O asfalto utilizado está próximo ao local de aplicação? NA
• Preparação da base
O Quadro 6 apresenta os resultados da avaliação da preparação de base na obra A.
Com base nos resultados, foram identificados um conjunto de falhas, como realização de meia
cana e rebaixo nos ralos, que serão explicadas a seguir.
Quadro 6: – Avaliação da obra A quanto a preparação da base
4. Preparo da base Observar a existência de juntas no local? NA
Limpeza para retirada de impurezas no local? R É realizado chapisco na alvenaria antes da regularização? A É feito tratamento de fissuras? A É feito no encontro piso/parede a meia cana? R
É feito no encontro parede/parede a meia cana? R São dadas as declividades para os ralos? A A regularização apresenta fissuras? A Verificar a execução de rebaixos nos ralos com 40 x 40 x 2? R A imprimação esta homogênea? A Verificar imprimação dentro dos ralos? R Verificar presença de corpos estranhos? R Verificar imprimação nos tubos emergentes? A
A área impermeabilizada não apresentou fissuras na regularização. As declividades
para os ralos foram executadas assim como a imprimação de tubos emergentes, chapisco na
alvenaria. Essas etapas foram aprovadas como mostra o Quadro 6.
A execução da impermeabilização apresentou erros na regularização de meia cana e
rebaixo nos ralos. Nos ralos embora não especificado em norma, os fabricantes indicam um
rebaixo de 2 cm em uma área de 40 x 40cm na região, descendo cerca de 10cm dentro da
tubulação.
A Figura 16 mostra que segundo recomendações de fabricantes, o rebaixo está fora
dos padrões.
Figura 16: Execução da impermeabilização em ralos
Nos cantos vivos foi observada a falta de arredondamentos no encontro
alvenaria/alvenaria e laje alvenaria, pois a NBR 9574:2008 recomenda que os cantos vivos
sejam arredondados e a área impermeabilizada seja isenta de corpos estranhos e limpa. A área
impermeabilizada apresentou restos de argamassa de rejunte realizada na fachada como
mostram as Figuras 17 e 18.
Figura 17: Execução de arredondamento em cantos vivos
Figura 18:Impurezas no local de aplicação da manta.
• Aplicação da Manta
O Quadro 7 mostra os itens avaliados durante a aplicação da manta. Os dados coletados
mostram falhas no tempo de queima do material que será detalhado a seguir.
Quadro 7: – Avaliação da obra A quanto a aplicação da manta
5. Aplicação da manta Observar se a impermeabilização começou pelos ralos? R Observar se a impermeabilização na vertical? A Observar sobreposição de no mínimo 10 cm? A
Observar a queima da manta? R
Durante a aplicação da manta observou-se que a sobreposição de 10 cm e a
impermeabilização na vertical ambos estava dentro dos padrões da NBR 9574 (2008).
Segundo a NBR 9574 (2008) deve ser previsto nos planos verticais encaixes para embutir a
impermeabilização, a uma altura mínima de 20cm acima do nível do piso acabado ou a 10cm
do nível máxima que a água pode atingir. Esta norma recomenda ainda uma sobreposição de
no mínimo 10cm entre mantas. Por fim, recomenda que a impermeabilização comece dos
ralos, entretanto na obra verificou-se que a impermeabilização não foi iniciada pelos ralos.
Na Figura 19, observa-se o aplicador fazendo o arremate na manta e direcionando o
maçarico para a manta já aplicada, ficando assim um ponto frágil na execução da manta.
Devido a problemas no preparo da base, foram observadas perdas de material devido à
dificuldade da colagem da manta neste local, ocasionando queima excessiva do produto.
Figura 19: Queima da manta
• Teste hidráulico
O Quadro 8 mostra os itens avaliados durante o teste de estanqueidade. O teste
hidráulico foi realizado conforme a NBR 9574 (2008) e recomendações de fabricantes. Após
o teste não foram identificados vazamentos na área impermeabilizada, conforme a Figura 20.
Quadro 8: – Avaliação da obra A quanto ao teste de estanqueidade
6. Teste hidráulico Verificar o tempo do teste A
Figura 20: teste de estanqueidade
• Proteção mecânica
A proteção dada à impermeabilização está dentro do recomendado por fabricantes e
normas técnicas. O Quadro 9 mostra os itens avaliados.
Quadro 9: – Avaliação da obra A quanto a proteção mecânica
7. Proteção mecânica Observar o tipo de proteção dada A Observar o nivelamento dado A
A análise dos dados obtidos na obra A, sobre problemas na execução do sistema
flexível com manta asfáltica, por meio de inspeção nos diversos itens do sistema, mostraram
que, o diagnóstico sobre a obra estudada frente às verificações da impermeabilização e
condições de aplicação apresentou erros no preparo da base, condições para o inicio dos
serviços e aplicação da manta.
A aplicação do check list na obra visitada evidenciou a inexistência de projeto e
capacitação dos profissionais envolvidos na fiscalização do sistema, pois a fiscalização deve
ocorrer em todas as etapas da impermeabilização e não só no teste de estanqueidade. Antes da
liberação para a aplicação da manta, o responsável pela verificação deve observar as arestas
vivas, detalhes nos ralos, fato que não foi observado na obra avaliada.
Com base no resultado do chek list, a obra apresentou 55% dos itens aprovados e 44%
dos itens reprovados, conforme a Tabela 5.
Tabela 5: Resultado da aplicação do check list na obra A
ITENS TOTAL PERCENTAGEM
APROVADOS 21 55%
REPROVADOS 17 45%
O resultado de reprovação foi bastante elevado, mostrando diversos erros no processo.
A falta de fiscalização adequada em cada etapa da impermeabilização é um dos fatores
preponderantes para a ocorrência destas falhas, que por sua vez, proporciona erros em série.
Por exemplo, a regularização executada de forma errada possivelmente ocasiona erros na
aplicação do produto, como apresentado anteriormente, quando o aplicador queima a manta
excessivamente.
A entrevista evidenciou a falta de conhecimento do engenheiro do empreendimento
quanto à escolha e execução do sistema de impermeabilização.
4.2 Obra B
O empreendimento visitado é composto por duas torres uma residencial e outra
comercial, localizada no bairro de Pernambués na cidade de Salvador. Foi adotado o sistema
flexível em varanda e estacionamento e o sistema rígido em banheiro e área de serviço. Na
varanda a aplicação da manta ocorreu com maçarico devido à dificuldade de movimentação
do asfalto no empreendimento. No estacionamento a colagem da manta foi com asfalto.
Para a execução do serviço de impermeabilização foi contratada uma empresa
prestadora de serviço, que realizou a impermeabilização do sistema rígido com argamassa
polimérica e o sistema flexível com manta.
O Quadro 10 mostra a mão de obra para execução e fiscalização do sistema aplicado
no empreendimento
Quadro 10: – Avaliação da Obra quanto a equipe de verificação e execução do serviço 2.Mão-de-obra
Item de Verificação Avaliação
1.Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para impermeabilização? 2. A equipe de produção é composta por: serventes? 8 aplicador? 5 3. A equipe de controle e supervisão é composta por: estagiário ? 1 mestre-de-obra? 1 encarregado? 1 técnico em segurança do trabalho? 1 engenheiro? 1
I. Projeto de impermeabilização
O empreendimento apresentou projeto de impermeabilização, conforme o Quadro 11.
Quadro 11: – Avaliação da Obra B quanto a existencia de projeto
4. Dados relativos ao projeto de impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1.Há projeto específico de impermeabilização? A 2. Em caso positivo indicar os documentos existentes: Planta de conferência? A Planta de eixos de locação dos ralos? A Caderno de detalhes? A Recomendações técnicas A Memoriais descritivos A Planejamento da seqüência de execução A
Planilhas com quantitativo de materiais e serviços de impermeabilização A
II. Recebimento e Armazenamento de materiais
O material para a impermeabilização não apresentou erros de estocagem. Segundo a
NBR 9574 (2008), a manta deve ser estocada na vertical e protegida de raios solares. A Figura
21 mostra a estocagem da manta na obra visitada e o Quadro 12 apresenta os itens verificados.
Figura 21: manta estocada nos padrões técnicos.
Quadro 12: – Avaliação da Obra B quanto ao recebimento e armazenamento de materiais de impermeabilização
1. Dados relativos ao recebimento e armazenamento de blocos/tijolos e argamassa Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. É realizado ensaio em laboratório para aceitação do produto relativo à norma técnica? (relativo ao lote do material entregue na obra) NA 2. Existe local pré-definido no canteiro para recebimento do produto? A 3. O material é descarregado no local definitivo de armazenamento (não há duplo manuseio)? A 5. Armazenar em rolos firmemente bobinados e em local protegido de raios solares. ? A 6. Verificar visualmente,se os rolos de manta esta na posição vertical ? A
III. Execução da impermeabilização
• Condições para o inicio do serviço
O empreendimento não apresentou problemas nos equipamentos de proteção
individual dos funcionários. O Quadro 13 mostra os equipamentos encontrados no
empreendimento.
Quadro 13: – Condições de segurança no processo de impermeabilização
3.Segurança Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1.Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para segurança? A
2.Antes do início de qualquer serviço é verificado a existência e condições dos equipamentos de segurança individual e coletiva? A 3. Equipamentos de proteção individual: bota de couro? A capacete? A luva de raspa de couro? A máscara descartável (contra poeira)? A Protetor facial? A protetor auricular? A óculos de proteção? A
A Figura 22 mostra a regularização em áreas não liberadas para a realização da
impermeabilização. Nestas áreas existiam ganchos para a ficção dos aparelhos para
revestimento da fachada.
;
Figura 22: execução da impermeabilização em áreas não liberada
Com relação aos equipamentos utilizados nesta obra, foi identificado que para a forma
de aplicação da manta todos estavam disponíveis, como mostra o Quadro 14.
Quadro 14: – Equipamentos utilizados no processo de impermeabilização
5. Dados relativos à execução da impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. Equipamentos de transporte dos materiais do armazenamento/produção ao posto de trabalho O transporte vertical é realizado através de elevador de carga? A O transporte vertical é realizado através de guincho de coluna? NA 2.Equipamentos de controle O nivelamento é feito com mangueira de nível? NA O nivelamento é feito com nível a laser? A O nivelamento é feito com régua com nível de bolha? A 3.Equipamentos de produção Para o arremate utiliza-se colher de pedreiro? A O maçarico esta em boas condições? A O gás utilizado é gsl? A O asfalto utilizado está próximo ao local de aplicação? A
• Preparação da base
O Quadro 15 mostra os itens verificados no preparo da base.
Quadro 15: – Avaliação da obra quanto a preparação da base
4.Preparo da base observar a existência de juntas no local e sue tratamento? A
limpeza para retirada de impurezas no local? R é realizado chapisco na alvenaria antes da regularização? A é feito tratamento de fissuras? A é feito no encontro piso/parede a meia cana? A
é feito no encontro parede/parede a meia cana? R é dada as declividades para os ralos? A a regularização apresenta fissuras? A verificar a execução de rebaixos nos ralos com 40 x 40 x 2? A a imprimação esta homogênea? A verificar imprimação dentro dos ralos? A verificar prenseça de corpos estralhos? R verificar imprimação nos tubos emergentes? R
As juntas estruturais foram impermeabilizadas de acordo com recomendações
técnicas, a regularização não apresentou fissuras, os rebaixos nos ralos foram executados de
acordo com recomendações técnicas, e no encontro piso/parede a regularização, a
impermeabilização está dentro do recomendado em norma e por fabricantes.
Na regularização a presença de corpos estranhos, o arredondamento no encontro
alvenaria/alvenaria não foi executado e a falta da imprimação em tubos emergentes.
Figura 23:: arredondamento de cantos vivos e impurezas
Figura 24: corpos estrannhos em áreas liberadas para impermeabilização
Figura 25: Rebaixo nos ralos
• Aplicação da Manta
O Quadro 16 mostra os itens avaliados durante a aplicação da manta. Os dados
coletados mostram falhas no tempo de queima do material, que será detalhado a seguir.
Quadro 16: – Avaliação da obra B quanto a aplicação da manta
5. Aplicação da manta observar se a impermeabilização começou pelos ralos? R observar se a impermeabilização na vertical? A observar sobreposição de no mínimo 10cm? A observar a queima da manta? A
Fabricantes recomendam o inicio da impermeabilização pelos ralos, entretanto na
obra verificou-se que a impermeabilização não deu início pelos ralos.
Observou-se que a aplicação da manta apresentou falhas na impermeabilização dos
ralos e tubos emergentes, pois a NBR 9574:2008 informa que a manta deve entrar na
tubulação cerca de 10 cm, como mostra a Figura 26.
Figura 26: falhas na impermeabilização no ralo
Na Figura 27 observou a impermeabilização em fase de conclusão e ainda existem
ganchos para fixar equipamentos de execução de revestimento de fachada presos no substrato
a ser impermeabilizado.
Figura 27: execução da impermeabilização em áreas não liberadas
• Teste hidráulico
O Quadro 17 mostra os itens avaliados durante o teste de estanqueidade.
Quadro 17: Avaliação da obra quanto ao teste de estanqueidade
6.Teste hidráulico verificar o tempo do teste A
A execução do teste hidráulico atendeu o recomendado por norma que é uma lamina
d’água no período de 72 horas na área impermeabilizada, como mostra a Figura 28.
Figura 28: teste hidráulico
• Proteção mecânica
A proteção dada à impermeabilização esta dentro do recomendado por fabricantes e
normas técnicas. O Quadro 18 mostra os itens avaliados e a Figura 29 mostra a execução da
proteção mecânica.
Quadro 18: Avaliação da obra B quanto à proteção mecânica
7.Proteção mecânica observar o tipo de proteção dada A observar o nivelamento dado A
Figura 29: proteção da impermeabilização
A análise dos dados obtidos na obra B, sobre problemas na execução do sistema
flexível com manta, por meio de inspeção nos diversos itens do sistema mostraram que, o
diagnóstico sobre a obra estudada frente às verificações da impermeabilização e condições de
aplicação apresentou erros no preparo da base, condições para o inicio dos serviços devido à
execução em áreas não liberadas e aplicação da manta.
A aplicação do check list na obra visitada evidenciou a existência de projeto e a falta
de capacitação dos profissionais envolvidos na fiscalização do sistema, pois áreas que existia
a realização de outros serviços foram liberadas para a impermeabilização. Antes da liberação
para a aplicação da manta, o responsável pela verificação tem que observar as arestas vivas,
detalhe nos ralos e presença de corpos estranhos, e isso não ocorreu na obra citada.
Com base no resultado do chek list, a obra apresentou 89,5% dos itens aprovados e
10,5% dos itens reprovados, conforme a Tabela 6.
Tabela 6: Resultado da aplicação do check list na obra B
ITENS TOTAL PERCENTAGEM
APROVADO 43 89,5%
REPROVADO 5 10,5%
A obra em si apresenta projeto e plano de execução tendo a escolha do sistema de
impermeabilização caracterizado no projeto, conforme exigência da norma, tendo sido
identificado problemas apenas em arredondamento de cantos vivos e impermeabilização em
ralos.
Embora o baixo percentual de itens reprovados, evidencia-se a falta de fiscalização
adequada em cada etapa da impermeabilização, o que proporcionou erros nas etapas do
sistema.
A entrevista realizada nesta obra evidenciou o total conhecimento do engenheiro do
empreendimento quanto à escolha e execução do sistema de impermeabilização. Na obra
visitada verificaram-se boas práticas de engenharia na realização da impermeabilização do
estacionamento, pois modificaram o sistema de ralos por calhas espaçadas no comprimento da
manta, minimizando arremate e perdas de material.
4.3 Obra C
O empreendimento é composto por 11 torres de 5 pavimentos, localizado no bairro de
Vida Nova na cidade de Lauro de Freitas. Foi adotado o sistema flexível na cobertura e
sistema rígido no banheiro e área de serviço.
Para a execução do serviço de impermeabilização foi contratada uma empresa
prestadora de serviço.
O Quadro 19 mostra a avaliação da mão de obra para execução e fiscalização do
sistema aplicado no empreendimento.
Quadro 19: Avaliação da Obra quanto a equipe de verificação e execução do serviço 3.Mão-de-obra
Item de Verificação Avaliação 1.Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para impermeabilização? 2. A equipe de produção é composta por: serventes? 2 aplicador? 2 3. A equipe de controle e supervisão é composta por: estagiário ? 1 mestre-de-obra? 1 encarregado? técnico em segurança do trabalho? engenheiro? 1
I. Projeto de impermeabilização
O empreendimento não apresentou projeto de impermeabilização, conforme mostra o
Quadro 20 e a escolha do sistema foram determinados através de manual técnico de
fabricantes.
Quadro 20: – Avaliação da Obra quanto a existencia de projeto
5. Dados relativos ao projeto de impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1.Há projeto específico de impermeabilização? R 2. Em caso positivo indicar os documentos existentes: Planta de conferência? NA Planta de eixos de locação dos ralos? NA Caderno de detalhes? NA Recomendações técnicas NA Memoriais descritivos NA Planejamento da seqüência de execução NA
Planilhas com quantitativo de materiais e serviços de impermeabilização NA
II. Recebimento e Armazenamento de materiais
O material para a impermeabilização apresentou erros de estocagem, pois a manta
estava no local de aplicação, porém estocada na posição inclinada. Segundo a NBR
9574:2008, a manta deve ser estocada na vertical e protegida de raios solares. A manta na
posição inclinada pode ocasionar deformações no material, perdendo assim suas
características físicas como mostra a Figura 30 e o Quadro 21 apresenta os itens verificados.
Figura 30: manta estocada inclinada
Quadro 21: Avaliação do recebimento e armazenamento dos materiais de impermeabilização 2. Dados relativos ao recebimento e armazenamento de blocos/tijolos e argamassa Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. É realizado ensaio em laboratório para aceitação do produto relativo à norma técnica? (relativo ao lote do material entregue na obra) NA 2. Existe local pré-definido no canteiro para recebimento do produto? R 3. O material é descarregado no local definitivo de armazenamento (não há duplo manuseio)? R 5. Armazenar em rolos firmemente bobinados e em local protegido de raios solares. ? A 6. Verificar visualmente,se os rolos de manta esta na posição vertical ? R
III. Execução da impermeabilização
• Condições para o início do serviço
O empreendimento não apresentou problemas nos equipamentos de proteção
individual dos funcionários. O Quadro 22 mostra os equipamentos encontrados no
empreendimento.
Quadro 22: Condições de segurança no processo de impermeabilização
4.Segurança Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação 1.Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para segurança? R
2.Antes do início de qualquer serviço é verificado a existência e condições dos equipamentos de segurança individual e coletiva? A 3. Equipamentos de proteção individual: bota de couro? A capacete? A luva de raspa de couro? A máscara descartável (contra poeira)? A Protetor facial? A protetor auricular? A
óculos de proteção? A
Com relação aos equipamentos utilizados nesta obra, foi identificado que para a forma
de aplicação da manta todos os equipamentos estavam disponíveis, como mostra o Quadro 23.
Quadro 23: Equipamentos utilizados no processo de impermeabilização
Item de Verificação Avaliação 1. Equipamentos de transporte dos materiais do armazenamento/produção ao posto de trabalho O transporte vertical é realizado através de elevador de carga? NA O transporte vertical é realizado através de guincho de coluna? NA 2.Equipamentos de controle O nivelamento é feito com mangueira de nível? A O nivelamento é feito com nível a laser? NA O nivelamento é feito com régua com nível de bolha? NA 3.Equipamentos de produção Para o arremate utiliza-se colher de pedreiro? A O maçarico esta em boas condições? A O gás utilizado é gsl? A O asfalto utilizado está próximo ao local de aplicação? NA
• Preparação da base
O Quadro 24mostra os itens verificados no preparo da base.
Quadro 24: Avaliação da obra quanto a preparação da base
4.Preparo da base observar a existência de juntas no local? NA
limpeza para retirada de impurezas no local? A é realizado chapisco na alvenaria antes da regularização? R é feito tratamento de fissuras? A é feito no encontro piso/parede a meia cana? A
é feito no encontro parede/parede a meia cana? R é dada as declividades para os ralos? A a regularização apresenta fissuras? A verificar a execução de rebaixos nos ralos com 40 x 40 x 2? R a imprimação esta homogênea? A verificar imprimação dentro dos ralos? R verificar prenseça de corpos estralhos? A verificar imprimação nos tubos emergentes? NA
Com base nos resultados, foram identificados um conjunto de falhas, como realização
de meia cana e rebaixo nos ralos, que serão explicadas a seguir.
Os cantos vivos apresentaram uma meia cana de raio aproximadamente de 3cm, sendo
o recomendado pelos fabricantes um raio de 8 cm, rebaixos na região do ralo para a aplicação
da manta, que não foi executado pela obra. Na Figura 31 foi detectada a falta de regularização
da alvenaria e rasgos na alvenaria para a ancoragem da manta. Dentro do ralo não foi feita a
imprimação para posterior aplicação da manta.
Figura 31: regularização da área impermeabilizada
• Aplicação da Manta
O Quadro 25 mostra os itens avaliados durante a aplicação da manta. Os dados
coletados mostram falhas no tempo de queima do material que será detalhado a seguir.
Quadro 25: – Avaliação da obra quanto a aplicação da manta
5. aplicação da manta observar se a impermeabilização começou pelos ralos? R observar se a impermeabilização na vertical? R observar sobreposição de no mínimo 10cm? A observar a queima da manta? A
Segundo a NBR 9574 (2008) deve ser previsto nos planos verticais encaixes para
embutir a impermeabilização, a uma altura mínima de 20cm acima do nível do piso acabado
ou a 10cm do nível máxima que a água pode atingir. A Figura 32 mostra que a manta no
plano vertical tem uma altura de 15 cm, ficando assim fora dos padrões técnicos.
Figura 32: aplicação da manta na vertical
A impermeabilização dos ralos apresentou erros, pois segundo a NBR 9574 (2008),
nos ralos a manta deve entrar na tubulação no mínimo 10 cm . A Figura 33 mostra como os
ralos foram executados, destacando que a manta não entrou na tubulação. Além disso,
observou-se que os acabamentos dos ralos foram realizados com argamassa.
Figura 33: impermeabilização no ralo
A análise dos dados obtidos na obra C sobre problemas na execução do sistema
flexível com manta, por meio de inspeção nos diversos itens do sistema mostraram que, o
diagnóstico sobre a obra estudada frente às verificações da impermeabilização e condições de
aplicação apresentou erros no preparo da base e aplicação da manta.
A aplicação do check list na obra visitada evidenciou a inexistência de projeto e falta
de capacitação dos profissionais envolvidos na fiscalização do serviço, pois a fiscalização
deve ocorrer em todas as etapas da impermeabilização e não só no teste de estanqueidade;
antes da liberação para a aplicação da manta, o responsável pela verificação tem que observar
as arestas vivas, detalhe nos ralos e isso não ocorreu na obra citada.
Com base no resultado do chek list, a obra apresentou 66,7% dos itens aprovados,
33,3% dos itens reprovados, conforme a Tabela 7.
Tabela 7: – Resultado da aplicação do check list na obra C
ITENS TOTAL PERCENTAGEM
APROVADO 22 66,7%
REPROVADO 11 33,3%
O elevado percentual de itens reprovados mostra que a falta de mão de obra
especializada em cada etapa da impermeabilização proporciona erros; por exemplo, a
regularização executada de forma errada possivelmente ocasiona erros na aplicação do
produto como mostramos anteriormente o aplicador queimando a manta excessivamente.
A entrevista evidenciou a falta de conhecimento do engenheiro do empreendimento
quanto à escolha e execução do sistema de impermeabilização. Entre as respostas o teste de
estanqueidade que por norma é realizado por 72 horas, no empreendimento é realizado por 24
horas.
4.4. ANÁLISE COMPARATIVA
Comparando os resultados obtidos da analise individual das obras visitadas observou-
se um maior percentual de erros no preparo da base e condições para o inicio do serviço.
I. Projeto de impermeabilização
Entre as obras visitadas apenas uma apresentou um projeto de impermeabilização com
seu detalhamento. Embora a obra B tenha apresentado um projeto de impermeabilização, esta
apresentou erros nas etapas de execução dos serviços.
II. Recebimento e Armazenamento de materiais
Segundo recomendações técnicas, a manta é armazenada em local com proteção a
raios solares e na posição vertical, pois a estocagem inclinada ou na horizontal provoca
deformações na manta podendo assim ocasionar rasgamento ou diminuição da espessura por
esmagamento.
Dentre as três obras apenas a obra B não apresentou problemas nesse item. A obra A
apresentou falta de estoque para atender a área impermeabilizada e na obra C, a manta estava
estocada de forma errada em seu local de aplicação como mostra o Quadro 26.
Quadro 26: Avaliação do recebimento e armazenamento dos materiais de impermeabilização 1. Dados relativos ao recebimento e armazenamento de materiais impermeabilizantes
Obra Item de Verificação A B C
1. É realizado ensaio em laboratório para aceitação do produto relativo à norma técnica? (relativo ao lote do material entregue na obra) NA NA NA 2. Existe local pré-definido no canteiro para recebimento do produto? R A R 3. O material é descarregado no local definitivo de armazenamento (não há duplo manuseio)? R A R 4. Armazenar em rolos firmemente bobinados e em local protegido de raios solares. ? A A A
5. Verificar visualmente,se os rolos de manta esta na posição vertical ? R A R
III. Execução da impermeabilização
• Condições para o início do serviço
A obra A, apresentou erros nos equipamentos de proteção individual devido à falta de
treinamento e técnico de segurança. As demais obras não apresentaram problemas neste item
como mostra o quadro 27.
Quadro 27: Comparação da mão de obra e segurança do trabalho 2.Mão-de-obra Obra Item de Verificação A B C 1.Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para impermeabilização? NA NA NA 2. A equipe de produção é composta por: serventes? 3 8 2 aplicador? 3 5 2 3. A equipe de controle e supervisão é composta por: estagiário ? 1 1 1 mestre-de-obra? 1 1 1 encarregado? técnico em segurança do trabalho? 1 1 engenheiro? 1 1 1 3.Segurança Item de Verificação 1.Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para segurança? R A A
2.Antes do início de qualquer serviço é verificado a existência e condições dos equipamentos de segurança individual e coletiva? R A A 3. Equipamentos de proteção individual: bota de couro? A A A capacete? R A A luva de raspa de couro? A A A máscara descartável (contra poeira)? R A A Protetor facial? A A A protetor auricular? R A A óculos de proteção? A A A
• Preparação da base
As obras visitadas apresentaram problema no preparo da base sendo a realização de
meia cana um dos itens maior reprovação em todos os casos.
O Quadro 28 mostra a comparação da execução do preparo da base nos
empreendimentos.
Quadro 28: Avaliação da obra quanto a preparação da base
4.Preparo da base Obra A B C observar a existência de juntas no local? NA A NA limpeza para retirada de impurezas no local? R R A é realizado chapisco na alvenaria antes da regularização? A A R é feito tratamento de fissuras? A A A é feito no encontro piso/parede a meia cana? R A A é feito no encontro parede/parede a meia cana? R R R é dada as declividades para os ralos? A A A a regularização apresenta fissuras? A A A verificar a execução de rebaixos nos ralos com 40 x 40 x 2? R A R a imprimação está homogênea? A A A verificar imprimação dentro dos ralos? R A R verificar prenseça de corpos estranhos? A R A verificar imprimação nos tubos emergentes? R R NA
Segundo a NBR 9574 (2008), o local deve estar limpo, isento de corpos estranhos,
restos de forma, ponta de aço. Somente a obra C não apresentou problemas quanto à presença
de impurezas e corpos estranhos. A obra A apresentou problemas com vestígios de argamassa
de rejunte no local de execução da impermeabilização e a obra B apresentou pontas de aço na
área impermeabilizada.
Em todas as obras a regularização não apresentou fissuras, a imprimação foi aplicada
de forma homogênea e declividade da regularização para os ralos foram aprovadas.
• Aplicação da Manta
A aplicação apresentou problemas em todas as obras, tendo a obra B mais itens
negativos devido à execução da impermeabilização em áreas não liberadas tecnicamente
como mostra o Quadro 29.
Quadro 29: Avaliação da obra quanto a aplicação da manta
5. aplicação da manta Obra A B C observar se a impermeabilização começou pelos ralos? R R R observar se a impermeabilização na vertical? A A R observar sobreposição de no mínimo 10cm? A A A observar a queima da manta? R A A
A impermeabilização nos ralos apresentou falhas em todas as obras. Os ralos são os
pontos de mais propício para infiltrações e os empreendimentos não apresentaram os cuidados
necessários para a impermeabilização destes locais.
• Teste Hidráulico e Proteção Mecânica
O teste hidráulico e proteção mecânica não apresentaram erros nos empreendimento
sendo que a obra C não realizou esta etapa de execução como mostra o Quadro 30.
Quadro 30: Teste hidráulico e Proteção mecânica.
6.teste hidráulico Obra A B C verificar o tempo do teste A A NA 7.proteção mecânica observar o tipo de proteção dada A A NA observar o nivelamento dado A A NA
Entre as obras visitadas podemos identificar boas práticas de engenharia somente na
obra C, por se tratar de uma área com 11.000m² de impermeabilização. Adotou-se sistemas de
calhas espaçadas em 10m para maior rapidez na aplicação e minimizar desperdícios de
materiais. Alem disso, o teste de estanqueidade foi realizado por etapas, ou seja, a área foi
subdividida em setores de 200 m², reduzindo assim custos com a água, pois, esta era
reaproveitada, liberando os setores para a realização do novo serviço.
Conclusão
O estudo teve como objetivo avaliar a execução do sistema de impermeabilização com
manta asfáltica. Com o início da pesquisa foi possível observar os erros na execução de todas
as etapas do processo de impermeabilização. Apenas uma obra apresentou projeto de
impermeabilização. Nas obras em que não apresentou projeto para a escolha do sistema
percebe-se que não ocorreu um estudo adequado para a escolha dos sistemas
impermeabilizantes. No empreendimento onde apresentou projeto observa-se que a
impermeabilização e a seqüência dos serviços apresentaram erros na regularização e aplicação
das mantas em áreas não liberadas para a execução do sistema.
A realização deste estudo contribuiu para minha formação acadêmica e ampliação dos
conhecimentos teóricos sobre o assunto proposto, visto que, foi necessário realizar uma
revisão de literatura sobre o tema. Por fim o trabalho possibilitou o acompanhamento, in loco,
da execução da impermeabilização com manta asfáltica. Com isso, esta experiência
possibilitou que o aprendizado fosse vivenciado em uma das áreas que é pouca explorada por
profissionais da engenharia.
O estudo também revelou que há necessidade de maior esclarecimento por parte dos
engenheiros em relação à importância do projeto e execução da impermeabilização e dos
benefícios que este proporciona para a empresa.
Em relação ao tipo de pesquisa “estudo de caso”, mostrou-se adequado, pois, foi
possível acompanhar o processo de impermeabilização com manta asfáltica, desde o início,
com a liberação do serviço até a proteção mecânica dada as mantas asfáltica, quando
necessário. Toda coleta de dados e analise foram através de recomendações da NBR9574
(2008) e NBR9575 (2003), e recomendações de fabricantes.
Referências Bibliográficas
REVISTA TÉCHNE – A importância da impermeabilização na Construção Civil. Artigo, Ed 144, maio, 2009. Disponível em <http://www.ibisp.org.br/?pagid=vrevista_techne&id=11 >. Acesso em 31/11/2009
REVISTA TÉCHNE – A importância do projeto de impermeabilização. Artigo, Ed 144, maio, 2009. Disponível em <http://www.ibisp.org.br/?pagid=vrevista_techne&id=21>. Acesso em 31/11/2009
REVISTA TÉCHNE – Durabilidade da impermeabilização na obra. Artigo, Ed 144, maio, 2009. Disponível em <http://www.ibisp.org.br/?pagid=vrevista_techne&id=13>. Acesso em 31/11/2009
REVISTA TÉCHNE – As patologias mais comuns. Artigo, Ed 144, março, 2009. Disponível em <http://www.ibisp.org.br/?pagid=vrevista_techne&id=12>. Acesso em 31/11/2009
REVISTA TÉCHNE – Tratamento de paredes com umidade. Artigo, Ed 144, março, 2009. Disponível em <http://www.ibisp.org.br/?pagid=vrevista_techne&id=24>. Acesso em 31/11/2009
REVISTA TÉCHNE – Impermeabilização Rígida. Artigo, Ed 146, maio,2009. Disponível em <http://www.ibisp.org.br/?pagid=vrevista_techne&id=29>. Acesso em 31/11/2009
REVISTA TÉCHNE – Responsabilidade de engenheiros e arquitetos com projetos de impermeabilização. Artigo, Ed 146, maio, 2009. Disponível em < http://www.ibisp.org.br/?pagid=vrevista_techne&id=29>. Acesso em 31/11/2009
REVISTA TÉCHNE – Profissionalização de mão de obra na impermeabilização. Artigo, Ed 146, maio, 2009. Disponível em <http://www.ibisp.org.br/?pagid=vrevista_techne&id=28>. Acesso em 31/11/2009
REVISTA TÉCHNE – Membrana Asfáltica e suas aplicações. Artigo, Ed 146, maio, 2009. Disponível em < http://www.ibisp.org.br/?pagid=vrevista_techne&id=27>. Acesso em 31/11/2009
BAUER,L.A.(1994) – Materiais de Construção 2. 5°Ed. Livro técnico e cientifico, Rio de Janeiro, 1994
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: Seleção e projeto. Rio de Janeiro, 2003
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9574: Execução de impermeabilização. Rio de Janeiro 2008
ANTUNES, Bianca. Mantas asfálticas. Construção estanque. Construção Mercado, São Paulo, n. 39, p.183 – 188, out.2004
DRYCO PRODUTOS QUÍMICOS LTDA. Disponível em <www.dryco.com.br/empresa.htm>. acesso em 12/12/2009
DENVER Impermeabilizantes. Disponível em <www.denverimper.com.br>. Acesso em 30/05/2010
CITIMAT Impermeabilizantes. Disponível em <www.citimat.com.br/manAsfCitimanta.html>. Acesso em 30/05/2010
IMPERCONSULTORIA. Disponível em http://imperconsultoria.blogspot.com/search/label/IMPERMEABILIZA C3%87%C3%83O . Acesso em 20/05/2010
SABBATINI, Fernando Henrique et al. Impermeabilização – Sistemas e Execução. São Paulo: USP, 2003. 20f. Notas de Aula, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003
STORTE, Marcos (2008) - Impermeabilização – Prevenção e Proteção. Trabalho técnico. Disponível em <http://www.scribd.com/doc/7330425/Impermeabilizacao-e-Patologias-TrabalhoStorte>. Acesso em 07/06/2010
SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTA TÉCNICA. Manta asfáltica para Impermeabilização. Disponível em < http://www.sbrt.ibict.br >. Acesso em 20/03/2010
VIAPOL. Curso Técnico de Impermeabilização. Apostila da Viapol impermeabilizantes. 2009.
PAVAN, Ademilton.; DAL PONT, Tiago Estano. Impermeabilização com Manta Asfáltica: Um Estudo de Caso no Tratamento da Infiltração em Laje de Cobertura. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito à obtenção do título de Engenheiro Civil. Tubarão, 2007.
VIAPOL. Manual Técnico de Impermeabilização. Apostila da Viapol impermeabilizantes. 2009.
ANEXO A
Obra A
Execução de Mantas Asfalticas
CHECK LIST
Execução da impermeabilização do Sistema Flexível com Manta
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA / OBRA Empresa: Data: 13/04/2010 Obra: A Responsável na obra pelas informações: Ludmila Cargo: Engenheiro de produção
1. Dados relativos ao recebimento e armazenamento dos materiais de impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. É realizado ensaio em laboratório para aceitação do produto relativo à norma técnica? (relativo ao lote do material entregue na obra) NA 2. Existe local pré-definido no canteiro para recebimento do produto? R 3. O material é descarregado no local definitivo de armazenamento (não há duplo manuseio)? R 4. Armazenar em rolos firmemente bobinados e em local protegido de raios solares? A 5. Verificar visualmente, se os rolos de manta esta na posição vertical? R
2. Mão-de-obra Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para impermeabilização? NA 2. A equipe de produção é composta por: Serventes? 3 Aplicador? 3 3. A equipe de controle e supervisão é composta por: Estagiário? 1 Mestre de obra? 1 Encarregado? 0 Técnico em segurança do trabalho? 0 Engenheiro? 1
3. Segurança Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para segurança? R
2. Antes do início de qualquer serviço é verificada a existência e condições dos equipamentos de segurança individual e coletiva? R 3. Equipamentos de proteção individual: Bota de couro? A Capacete? R Luva de raspa de couro? A Máscara descartável (contra poeira)? R Protetor facial? A Protetor auricular? R Óculos de proteção? A
4. Dados relativos ao projeto de impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação 1. Há projeto específico de impermeabilização? R 2. Em caso positivo indicar os documentos existentes: Planta de conferência? NA Planta de eixos de locação dos ralos? NA Caderno de detalhes? NA Recomendações técnicas NA Memoriais descritivos NA Planejamento da seqüência de execução NA
Planilhas com quantitativo de materiais e serviços de impermeabilização NA
5. Dados relativos à execução da impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação 1. Equipamentos de transporte dos materiais do armazenamento/produção ao posto de trabalho O transporte vertical é realizado através de elevador de carga? A O transporte vertical é realizado através de guincho de coluna? NA 2. Equipamentos de controle O nivelamento é feito com mangueira de nível? A O nivelamento é feito com nível a laser? NA O nivelamento é feito com régua com nível de bolha? NA 3. Equipamentos de produção Para o arremate utiliza-se colher de pedreiro? A O maçarico esta em boas condições? A O gás utilizado é gsl? A O asfalto utilizado está próximo ao local de aplicação? NA 4. Preparo da base Observar a existência de juntas no local? NA
Limpeza para retirada de impurezas no local? R É realizado Chapisco na alvenaria antes da regularização? A É feito tratamento de fissuras? A É feito no encontro piso/parede a meia cana? R
É feito no encontro parede/parede a meia cana? R São dadas as declividades para os ralos? A A regularização apresenta fissuras? A Verificar a execução de rebaixos nos ralos com 40 x 40 x 2? R A imprimação esta homogênea? A
Verificar imprimação dentro dos ralos? R Verificar presença de corpos estranhos? R Verificar imprimação nos tubos emergentes? A 5. Aplicação da manta Observar se a impermeabilização começou pelos ralos? R Observar se a impermeabilização na vertical? A Observar sobreposição de no mínimo 10 cm? A
Observar a queima da manta? R 6. Teste hidráulico Verificar o tempo do teste A 7. Proteção mecânica Observar o tipo de proteção dada A Observar o nivelamento dado A
Obra B
Execução de Mantas Asfalticas
CHECK LIST
Execução da impermeabilização do Sistema Flexível com Manta
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA / OBRA Empresa: Data: 14/05/2010 Obra: B Responsável na obra pelas informações: Matheus Cargo: Engenheiro de produção
1. Dados relativos ao recebimento e armazenamento de blocos/tijolos e argamassa Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. É realizado ensaio em laboratório para aceitação do produto relativo à norma técnica? (relativo ao lote do material entregue na obra) NA 2. Existe local pré-definido no canteiro para recebimento do produto? A 3. O material é descarregado no local definitivo de armazenamento (não há duplo manuseio)? A 5. Armazenar em rolos firmemente bobinados e em local protegido de raios solares. ? A 6. Verificar visualmente, se os rolos de manta esta na posição vertical ? A
2. Mão-de-obra Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação 1. Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para impermeabilização? NA 2. A equipe de produção é composta por: Serventes? 8 Aplicador? 5 3. A equipe de controle e supervisão é composta por: Estagiário ? 1 Mestre-de-obra? 1 Encarregado? Técnico em segurança do trabalho? Engenheiro? 1
3. Segurança Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação 1. Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para segurança? A
2. Antes do início de qualquer serviço é verificado a existência e condições dos equipamentos de segurança individual e coletiva? A
3. Equipamentos de proteção individual: Bota de couro? A Capacete? A Luva de raspa de couro? A Máscara descartável (contra poeira)? A Protetor facial? A Protetor auricular? A Óculos de proteção? A
4. Dados relativos ao projeto de impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. Há projeto específico de impermeabilização? A 2. Em caso positivo indicar os documentos existentes: Planta de conferência? A Planta de eixos de locação dos ralos? A Caderno de detalhes? A Recomendações técnicas A Memoriais descritivos A Planejamento da seqüência de execução A
Planilhas com quantitativo de materiais e serviços de impermeabilização A
5. Dados relativos à execução da impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. Equipamentos de transporte dos materiais do armazenamento/produção ao posto de trabalho O transporte vertical é realizado através de elevador de carga? A O transporte vertical é realizado através de guincho de coluna? NA 2. Equipamentos de controle O nivelamento é feito com mangueira de nível? NA O nivelamento é feito com nível a laser? A O nivelamento é feito com régua com nível de bolha? A 3. Equipamentos de produção Para o arremate utiliza-se colher de pedreiro? A O maçarico esta em boas condições? A O gás utilizado é gsl? A O asfalto utilizado está próximo ao local de aplicação? A 4. Preparo da base Observar a existência de juntas no local e sue tratamento? A
Limpeza para retirada de impurezas no local? R É realizado chapisco na alvenaria antes da regularização? A É feito tratamento de fissuras? A É feito no encontro piso/parede a meia cana? A
É feito no encontro parede/parede a meia cana? R São dadas as declividades para os ralos? A A regularização apresenta fissuras? A Verificar a execução de rebaixos nos ralos com 40 x 40 x 2? A A imprimação esta homogênea? A Verificar imprimação dentro dos ralos? A Verificar presença de corpos estranhos? R
Verificar imprimação nos tubos emergentes? R 5. Aplicação da manta Observar se a impermeabilização começou pelos ralos? R Observar se a impermeabilização na vertical? A Observar sobreposição de no mínimo 10cm? A
Observar a queima da manta? A 6. teste hidráulico Verificar o tempo do teste A 7. proteção mecânica Observar o tipo de proteção dada A Observar o nivelamento dado A
Obra C
Execução de Mantas Asfalticas
CHECK LIST
Execução da impermeabilização do Sistema Flexível com Manta
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA / OBRA Empresa: Data: 02/06/2010 Obra:C Responsável na obra pelas informações: Everaldo Cargo: Engenheiro
2. Dados relativos ao recebimento e armazenamento de blocos/tijolos e argamassa Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. É realizado ensaio em laboratório para aceitação do produto relativo à norma técnica? (relativo ao lote do material entregue na obra) NA 2. Existe local pré-definido no canteiro para recebimento do produto? R 3. O material é descarregado no local definitivo de armazenamento (não há duplo manuseio)? R 5. Armazenar em rolos firmemente bobinados e em local protegido de raios solares. ? A 6. Verificar visualmente, se os rolos de manta esta na posição vertical ? R
3. Mão-de-obra Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação 1. Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para impermeabilização? NA 2. A equipe de produção é composta por: Serventes? 2 Aplicador? 2 3. A equipe de controle e supervisão é composta por: Estagiário ? 1 Mestre-de-obra? Encarregado? 1 Técnico em segurança do trabalho? 1 Engenheiro? 1
4. Segurança Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação 1. Há a realização de treinamento da mão-de-obra específico para segurança? R
2. Antes do início de qualquer serviço é verificado a existência e condições dos equipamentos de segurança individual e coletiva? A
3. Equipamentos de proteção individual: Bota de couro? A Capacete? A Luva de raspa de couro? A Máscara descartável (contra poeira)? A Protetor facial? A Protetor auricular? A Óculos de proteção? A
5. Dados relativos ao projeto de impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. Há projeto específico de impermeabilização? R 2. Em caso positivo indicar os documentos existentes: Planta de conferência? NA Planta de eixos de locação dos ralos? NA Caderno de detalhes? NA Recomendações técnicas NA Memoriais descritivos NA Planejamento da seqüência de execução NA
Planilhas com quantitativo de materiais e serviços de impermeabilização NA
7. Dados relativos à execução da impermeabilização Responder a coluna "Avaliação" da seguinte forma: A (para Aprovado), R (para Reprovado) e NA (para Não se Aplica)
Item de Verificação Avaliação
1. Equipamentos de transporte dos materiais do armazenamento/produção ao posto de trabalho O transporte vertical é realizado através de elevador de carga? NA O transporte vertical é realizado através de guincho de coluna? NA 2. Equipamentos de controle O nivelamento é feito com mangueira de nível? A O nivelamento é feito com nível a laser? NA O nivelamento é feito com régua com nível de bolha? NA 3. Equipamentos de produção Para o arremate utiliza-se colher de pedreiro? A O maçarico esta em boas condições? A O gás utilizado é gsl? A O asfalto utilizado está próximo ao local de aplicação? NA 4. Preparo da base Observar a existência de juntas no local? NA
Limpeza para retirada de impurezas no local? A É realizado chapisco na alvenaria antes da regularização? R É feito tratamento de fissuras? A É feito no encontro piso/parede a meia cana? A
É feito no encontro parede/parede a meia cana? R São dadas as declividades para os ralos? A A regularização apresenta fissuras? A Verificar a execução de rebaixos nos ralos com 40 x 40 x 2? R A imprimação esta homogênea? A Verificar imprimação dentro dos ralos? R Verificar presença de corpos estranhos? A
Verificar imprimação nos tubos emergentes? A 5. Aplicação da manta Observar se a impermeabilização começou pelos ralos? R Observar se a impermeabilização na vertical? R Observar sobreposição de no mínimo 10cm? A
Observar a queima da manta? A 6. teste hidráulico Verificar o tempo do teste NA 7. proteção mecânica Observar o tipo de proteção dada NA Observar o nivelamento dado NA
ANEXO B
Questionamentos do Trabalho de Conclusão do Curso, para avaliar o conhecimento de
engenheiros na área da construção civil.
1 – Nesse empreendimento existe um projeto de impermeabilização?
2 – Existe procedimento para execução da impermeabilização?
3 – Quais são as áreas impermeabilizadas nesta obra? Que tipo de impermeabilização
é utilizado?
4 – Como é definida a escolha do material para impermeabilização para estas áreas?
Quem define?
5 – Que tipo de manta e espessura será utilizado? Como é definida a espessura?
7 – Qual o processo utilizado para aplicação da manta? Maçarico ou colagem com
asfalto? Quem define?
8 – Quais os principais cuidados tomados na regularização do substrato?
9 – Qual a importância da definição e locação dos ralos, para o processo de
impermeabilização?
10 – São conhecidos os detalhes sobre a sobreposição da manta, altura que a manta
sobe na vertical, impermeabilização nos ralos?
11 – Qual a importância da proteção mecânica sobre a manta?
12 – Como é feito o teste de estanqueidade? Quanto tempo de teste?
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