autogestão para espaços artísticos
Post on 21-Apr-2017
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AUTOGESTÃOPARA ESPAÇOS ARTÍSTICOS
Imagem: Peter Brueghel (o Velho)- A queda dos anjos rebeldes. 1562. Museu Real de Belas Artes da Bélgica.
CONCEITOS
ESPAÇO AUTÔNOMO / INDEPENDENTE
Em que sentido?!
▸ Gestão / organização
▸ Independência criativa (demandas do mercado)
▸ Independência financeira (patrocínio)
CONCEITOS
ESPAÇO AUTÔNOMO / INDEPENDENTE
Em que sentido?!
▸ Gestão / organização
▸ O espaço deve buscar a auto-suficiência e a autonomia. Relações de interdependência.
▸ Independência criativa (demandas do mercado)
▸ As relações com o mercado podem ser estratégicas.
▸ Independência financeira (patrocínio)
▸ mecenato atrelado ao marketing de empresas - além de influenciar o que será desenvolvido no espaço, causa a dependência do espaço enquanto sucessão de “projetos”
CONCEITOS
ARTIST-RUN SPACES
▸ Organizações de artistas (coletivo, casa, ateliê, cooperativa, associação) que se contrapõem às Instituições (públicas ou privadas, caráter formal, jurídico)
CONCEITOS
ARTIST-RUN SPACES
"Há o reconhecimento de que os espaços autônomos cumprem, hoje, uma função política para o campo das artes visuais, pois oferecem uma programação dinâmica e abrigam artistas e projetos que ainda não são assimilados por instituições culturais maiores.
Possuímos vocações distintas e criamos arranjos diversos para a realização de nossas atividades, mas nos reconhecemos a partir das táticas adotadas para tentar sobreviver em um mundo com estruturas pouco abertas à inovação ou àquilo que escapa ao padrão."
TOLEDO, Daniel (org). Indie.gestão: práticas para artistas/gestores ou como assobiar e chupar cana ao mesmo tempo. Belo Horizonte: JA.CA, 2014.
CONCEITOS
AUTOGESTÃO
▸ Parte do princípio de que todos são capazes de administrar seus próprios processos de trabalho. Não há necessidade de um gestor que concentre os processos de decisão e organização.
▸ Os produtores/participantes gerem todo o processo de produção e distribuição, de forma coletiva e igualitária. Todos participam das decisões administrativas em igualdade de condições, e dividem o trabalho de forma equilibrada.
CONCEITOS
AUTOGESTÃO
▸ Construção coletiva com liberdade individual.
▸ Colaboração e participação (trabalhar junto e fazer parte das decisões).
▸ Não há hierarquia rígida. Existem lideranças ocasionais.
CONCEITOS
AUTOGESTÃO
▸ Perspectiva política: Emancipação do indivíduo e da sua força de trabalho.
▸ Fundamentos – anarquismo, socialismo. Cooptação pelo capitalismo para tornar empresas e funcionários mais eficientes e dinâmicos, porém sem participação efetiva.
▸ Não quer dizer que todos façam todas as tarefas juntos ao mesmo tempo!
▸ “Autogestão” não é algo que acontece ou funciona de forma automática!
CONCEITOS
PARTICIPAÇÃO
▸ Todos participam do processo de tomada de decisões.
CONCEITOS
PARTICIPAÇÃO
▸ Todos participam do processo de tomada de decisões.
▸ Democracia direta com participação por voto. LIMITAÇÕES: Minorias não tem representatividade. Influenciadores tentam cooptar a força dos demais.
▸ Horizontalidade. LIMITAÇÕES. A busca por consenso gera discussões intermináveis que adiam decisões. Dificuldades na implementação de uma comunicação não violenta.
CONCEITOS
COLABORAÇÃO
▸ Trabalhar conjuntamente em função de um objetivo.
▸ Ênfase na interação entre os participantes e não na individualidade deles.
“O que não quer dizer que as capacidades distintivas de cada um devam ser anuladas em nome do coletivo. Pelo contrário, cada pessoa contribui para o trabalho colaborativo a partir das experiências que possui, mas a contribuição só se torna efetiva quando se compromete com os objetivos traçados, ou seja, na medida em que estabelece relações e conexões com os demais, elaborando propostas concretas a partir de seu campo de atuação.”
MOREIRA et al. Trabalho Colaborativo e em Rede com a Cultura. IN: Pensar e agir com a cultura: desafios da gestão cultural. J. Barros, J. Junior (org). Belo Horizonte: Observatório da Diversidade Cultural, 2011.
CONCEITOS
TRABALHO COLABORATIVO EM REDE
▸ Redes – isonomia e insubordinação. Não há hierarquias, cada especialidade colabora com o mesmo grau de importância no processo.
▸ Liderança distribuída. Pessoas assumem a liderança e ativam suas conexões, deixando o centro de poder assim que o objetivo é atingido.
CONCEITOS
AUTORREGULAMENTAÇÃO
▸ Definição de princípios, bases consensuais, sob as quais o trabalho irá acontecer.
CONCEITOS
AUTORREGULAMENTAÇÃO
▸ Definição de princípios, bases consensuais, sob as quais o trabalho irá acontecer.
▸ Definição de diferentes níveis de atuação e responsabilidade (ex: aprendiz, especialista, consultor)
▸ Estratégias para tomada de decisão em diferentes níveis (ex: o que é decisão operacional pode ser decidido pelo responsável, o que é estratégico deve ser decidido em assembleia geral)
▸ Formas de decisão: voto, consenso, etc.
▸ Não existem soluções mágicas!
▸ Aprendemos com nossas tentativas e com as experiências dos outros!
CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP
OBJETIVOS
▸ Formação para que os espaços tenham clareza dos seus objetivos e visualização do contexto.
▸ Formação em ferramentas, metodologias que facilitam os processos de gestão.
▸ Identificação das competências e insuficiências da equipe, buscando estratégias para suprir necessidades específicas e pontuais.
CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP
CLAREZA / VISUALIZAÇÃO
▸ o que fazemos
▸ nosso “modelo de negócios” ou de operação
▸ quem são nossos stakeholders*
▸ qual é nosso mercado / público
▸ nossa relação com o cenário / contexto / mercado
▸ definição de estratégias
▸ planejamento estratégico
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
ARTE X BUSINESS
▸ Adaptação da linguagem e de metodologias dos negócios, especialmente de Economia Criativa e Inovação, para o meio cultural.
▸ Apropriação crítica de termos e métodos da administração e inovação. Utilização da linguagem “business" de forma antropofágica!
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
ARTE X BUSINESS Segmentos de ClientesRelacionamento
com Clientes
Canais
Fontes de Receita
Atividades-Chave
Recursos Principais
Estrutura de Custos
Parcerias Principais Propostas de Valor
Canvas do Modelo de NegóciosCriado para: Criado por: Dia Mês Ano
Nº
Em:
Revisão:
0800 570 0800 | www.sebraemg.com.br
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
MARKETING
▸ Marketing cultural por meio de concessão de patrocínio. Quando é interessante emprestar sua imagem a uma empresa?
▸ Particularidades do marketing na cultura: a produção artística não é orientada ao mercado. Liberdade criativa.
▸ Definindo, conhecendo e adequando as atividades ao público.
▸ As atividades que geram receita para seu espaço devem buscar uma compatibilidade entre a identidade do espaço e o interesse de segmentos do público.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
▸ Trello (Kanban Board)
FERRAMENTAS DE ORGANIZAÇÃO
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
▸ Slack
FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO
CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP
QUESTÕES
▸ como agregar mais pessoas à equipe
▸ como preencher funções que ninguém quer fazer
▸ como agregar pessoas que querem somente utilizar o espaço ao grupo de gestão permanente
▸ qual a vantagem de participar do grupo de gestão permanente, se o espaço está sempre aberto a iniciativas/eventos pontuais
▸ como agregar mais mulheres ao grupo de gestão permanente
▸ como manter o relacionamento/vínculo com colaboradores que já passaram pelo espaço
?
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
EQUIPE
▸ Divisão/compartilhamento de tarefas e responsabilidades.
▸ Engajamento: Qual a proposta de benefício/valor que cada participante leva e aproveita?
▸ Cada um tem que ter clareza do seu papel e do andamento das atividades como um todo. Usar ferramentas para comunicação e visualização.
▸ Aproveitamento das habilidades e competências da equipe, buscando novos conhecimentos e agregando participações pontuais. Nunca perder a autonomia na relação da missão daquele espaço.
REFERÊNCIAS
▸ Piseagrama – Autogestão
▸ JA.CA - Indie.gestão: práticas para artistas/gestores ou como assobiar e chupar cana ao mesmo tempo
▸ SEBRAE - Guia Essencial para Novos Empreendedores - 3 Modelagem e Proposta de Valor / 4 Implementação
▸ Strategyzer - Business Model Generation / Value Proposition Design
▸ Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo - Jeff Sutherland
OBRIGADA!saramorenorocha@gmail.com
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Abril 2017
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