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Direito Tributrio para RFB
Resoluo de Questes da ESAF
Prof. George Firmino Aula 04
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AULA 04 Legislao tributria: vigncia, aplicao, interpretao e integrao.
Sumrio Pgina
Apresentao das questes 02-16
Gabarito 17
Questes comentadas 18-91
Ol, nobre aluno!
Estamos aqui para a nossa Aula 04, onde iniciamos o estudo
mais aprofundado do CTN. At a aula anterior, o nosso foco maior era
a disciplina constitucional.
Nesta aula comentaremos questes sobre legislao tributria,
vigncia, aplicao, integrao e interpretao.
A ESAF vem inovando nesse tema e tem cobrado muita
jurisprudncia dos tribunais superiores. Por isso, devemos estar
atentos s decises proferidas, principalmente aquelas mais recentes,
pois, possivelmente, sero objeto de provas futuras.
Vamos ao que interessa?
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Resoluo de Questes da ESAF
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LISTA DE QUESTES
Aula 04: Legislao tributria: vigncia, aplicao, interpretao e integrao.
Questo 01 (ESAF) TRF/2002 So normas complementares das leis, dos tratados e das convenes internacionais e dos decretos: a) os atos normativos expedidos pelo Congresso Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal. b) as decises dos rgos singulares ou coletivos de jurisdio administrativa, sempre que despidos de eficcia normativa. c) as prticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas. d) os Acordos Internacionais. e) os Convnios que entre si celebrem as Partes Contratantes no mbito da Aladi e do Mercosul. Questo 02 (ESAF) AFTE - MS/2001 Os tratados e as convenes internacionais que disponham sobre matria tributria a) submetem-se legislao tributria interna. b) revogam ou modificam a legislao tributria interna, mas no sero observados pela que lhes sobrevenha. c) no tm eficcia se contrrios legislao tributria interna. d) tero suas clusulas modificadas para serem aplicadas no Brasil, adaptando-se legislao interna. e) modificam ou revogam a legislao tributria interna, e sero observados pela que lhes sobrevenha. Questo 03 (ESAF) ATM - Fortaleza/98 Em matria de impostos no preciso lei para estabelecer a) as hipteses de compensao e transao. b) a cominao de penalidades. c) as obrigaes tributrias acessrias. d) a dispensa de penalidades. e) a fixao da base de clculo. Questo 04 (ESAF) AFTN/1996 Sobre os decretos executivos federais, podemos afirmar que so: a) Veculos normativos privativos do legislativo para aprovao, entre outras coisas, dos tratados e convenes internacionais celebrados pelo Presidente da Repblica; b) Atos normativos de competncia privativa do Presidente da Repblica com fora de lei prprios para o aumento das alquotas do IPI, IE, IR e IOF; c) Veculos normativos do Presidente da Repblica para aprovao, entre outras coisas, dos tratados e convenes celebrados pelos Ministros de Estado; d) Veculos normativos com fora de lei idneos para institurem impostos extraordinrios na iminncia ou no caso de guerra externa; e) Veculos normativos que se prestam aprovao dos regulamentos dos impostos federais. Questo 05 (ESAF) AFTN/98 Segundo se depreende do Cdigo Tributrio Nacional, um ato infralegal (um decreto, por exemplo) pode estabelecer a(s) a) extino de um tributo. b) definio do fato gerador da obrigao tributria acessria nos limites da lei. c) hipteses de anistia. d) reduo do Imposto Territorial Rural. e) fixao da alquota do imposto de renda.
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Questo 06 (ESAF) Fiscal de Rendas - RJ/2010
No tocante aos tratados internacionais em matria tributria, pode-se afirmar que: a) uma vez internalizados, se sobrepem s normas internas, inclusive da Constituio Federal. b) para terem aplicabilidade no mbito federativo federal, estadual e municipal, necessitam de ratificao pelas respectivas Casas Legislativas. c) podem operar modificaes na legislao tributria interna, desde que ratificados por meio de decreto legislativo. d) no podem dispor sobre isenes internas. e) somente podem alterar a legislao interna federal.
Questo 07 (ESAF) PFN/2007
1) O STJ, em matria de direito internacional tributrio, tem entendido que os tratados-leis, diferentemente dos tratados-contratos, no podem ser alterados pela legislao interna. 2) Cabe lei complementar dispor sobre a vedao a que se estabeleam limitaes ao trfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais. 3) A Unio no pode criar situao de iseno ao ICMS, por via indireta, ou seja, por meio de tratado ou conveno internacional que garanta ao produto estrangeiro a mesma tributao do similar nacional. a) As trs afirmaes so verdadeiras. b) S verdadeira a primeira assero. c) S falsa a terceira afirmao. d) S so verdadeiras as duas ltimas. e) So todas falsas.
Questo 08 (ESAF) AFRF/2002
(i) Segundo o Cdigo Tributrio Nacional (CTN), os tratados internacionais precisam ser observados pelo legislador, que, assim, no poder alter-los por normas com eles incompatveis? (ii) luz do CTN, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas podem ser considerados como legislao tributria? (iii) Decretos podem instituir impostos autorizados pela Constituio? a) Sim, Sim, Sim. b) Sim, Sim, No. c) Sim, No, Sim. d) No, No, No. e) No, Sim, No.
Questo 09 (ESAF) PFN/98
A Unio prescinde de lei complementar para: a) dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. b) regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar. c) estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria. d) em relao aos impostos discriminados na Constituio Federal, definir respectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes. e) estabelecer quando ocorrer o vencimento dos impostos e taxas de sua competncia.
Questo 10 (ESAF) AFRF/2010
Sobre a Legislao Tributria, assinale a opo correta. a) Pode-se afirmar que ordem de servio, expedida por Delegado da Receita Federal do Brasil, contendo normas relativas ao atendimento do contribuinte, integra a legislao tributria. b) O prazo de recolhimento de determinado tributo no pode ser minorado por regulamento especfico, haja vista a exigncia constitucional de lei em sentido estrito. c) Segundo a Constituio Federal, h exigncia de lei complementar para a instituio de contribuio de interveno no domnio econmico. d) Com o advento da Emenda Constitucional n. 45/2004, os tratados e convenes internacionais, que visam ao estabelecimento de regras para coibir a evaso fiscal, ao serem aprovados pelo Congresso Nacional, sero equivalentes s emendas constitucionais. e) As decises proferidas pelas Delegacias da Receita Federal de Julgamento, em regra, integram a legislao tributria.
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Questo 11 (ESAF) AFRF/2003 Responda com base na Constituio Federal. (i) Medida Provisria publicada em 10 de dezembro de 2002 que majorou, a partir de 1 de janeiro de 2003, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza de pessoas fsicas, mas no convertida em lei at 31 de dezembro de 2002, continuou a produzir efeitos a partir de 1 de janeiro de 2003? (ii) admitida a edio de medida provisria para estabelecer, em matria de legislao tributria, normas gerais sobre a definio de base de clculo do imposto de competncia da Unio sobre propriedade territorial rural? (iii) No tocante ao imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao (ICMS), cabe lei complementar estabelecer as alquotas aplicveis s operaes e prestaes, interestaduais e de exportao? a) No, no, no. b) No, sim, no. c) No, no, sim. d) Sim, no, sim. e) Sim, sim, no. Questo 12 (ESAF) Analista Jurdico SEFAZ CE/2006 As leis complementares so diplomas legais que tm por objetivo complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matrias, em geral devido a sua complexidade. Sobre elas, em matria tributria, podemos afirmar que sero utilizadas para I. estabelecer critrios especiais de tributao, com o objetivo de prevenir desequilbrios da concorrncia. II. instituir determinados tributos, como os emprstimos compulsrios, a contribuio de interveno no domnio econmico sobre os combustveis e os impostos residuais. III. estabelecer regras para a resoluo de conflitos de competncia entre os entes federativos. IV. definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte. V. regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar. Esto corretos apenas os itens a) I, III e V. b) I, III, IV e V. c) II, III, IV e V. d) I, II, III e V. e) I, IV e V. Questo 13 (ESAF) Auditor TCE GO/2007 Segundo definio contida no art. 3 do Cdigo Tributrio Nacional, tributo uma prestao pecuniria que, entre outras caractersticas, instituda em lei. A partir da, e considerando os dispositivos constitucionais sobre as espcies normativas, podemos concluir a) que, a fim de que se compatibilizem com as limitaes constitucionais ao poder de tributar, as medidas provisrias somente podero cuidar de normas gerais em matria tributria, mas no da instituio de tributos. b) que as medidas provisrias, por veicularem necessariamente matria relevante e urgente, so incompatveis com o princpio constitucional da anterioridade, razo pela qual no podem cuidar de matria tributria. c) que medidas provisrias so aptas a instituir, mas no a aumentar tributos. d) que as medidas provisrias podem, em determinadas situaes, versar sobre matria tributria. e) que as medidas provisrias, assim como as leis delegadas, no podem cuidar de matria provisria, em nenhuma situao.
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Questo 14 (ESAF) AFTN/94
Para aprovar um tratado, conveno ou ato internacional destinado a evitar a dupla tributao em matria de imposto sobre rendimentos, o instrumento necessrio, segundo decorre dos termos da Constituio da Repblica, da praxe e das normas de direito interno a) o decreto legislativo. b) a emenda constitucional. c) a lei delegada. d) a lei ordinria. e) a assinatura da minuta pelos representantes plenipotencirios. Questo 15 (ESAF) AFTE - PA/2002
Prestam-se a adensar a disciplina constitucional conferida ao sistema tributrio e a criar certos tributos: a) normas complementares b) decretos c) tratados internacionais d) leis ordinrias e) leis complementares. Questo 16 (ESAF) AFTE - PA/2002
No Brasil, persiste controvrsia doutrinria sobre se, por meio de leis delegadas, podem ser institudos tributos. A Constituio Federal, todavia, veda expressamente a utilizao de tais normas jurdicas para a criao de: a) taxas. b) contribuies de melhoria. c) emprstimos compulsrios. d) contribuies sociais. e) pedgios. Questo 17 (ESAF) AFRF/2002
Segundo decorre da Constituio, especialmente depois da redao dada pela Emenda Constitucional n 32, de 2001, pode(m) ser objeto de medida provisria a) normas sobre limitaes constitucionais ao poder de tributar. b) matria tributria disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sano ou veto do Presidente da Repblica. c) majorao de imposto de renda, quando, embora convertida em lei no ms de janeiro seguinte, tenha sido aprovada antes do incio do exerccio em que ser cobrada. d) aquela que constitua reedio, na mesma sesso legislativa, de outra que no tenha sido rejeitada, mas apenas perdido sua eficcia por decurso de prazo. e) matria tributria no sujeita a restrio em razo do processo legislativo. Questo 18 (ESAF) Procurador - DF/2007
Assinale a opo correta. As leis complementares prestam-se basicamente a trs (3) tipos de atuao em matria tributria. Em conseqncia, elas dispem sobre: a) conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; limitaes constitucionais ao poder de tributar da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; normas gerais de legislao tributria. b) conflitos de competncia, em matria tributria, s entre os Estados e os Municpios; limitaes constitucionais ao poder de tributar da Unio e dos Estados; normas gerais de direito tributrio. c) conflitos de competncia, em matria tributria, s entre a Unio e os Estados e o Distrito Federal; limitaes constitucionais ao poder de tributar dos Estados; normas gerais de direito tributrio. d) conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; limitaes constitucionais ao poder de tributar dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; normas gerais de legislao tributria. e) conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; limitaes constitucionais ao poder de tributar da Unio e dos Estados, desdobrando as exigncias do princpio da legalidade, regulando as imunidades tributrias etc; normas gerais de direito tributrio material e formal.
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Questo 19 (ESAF) Fiscal de Rendas - RJ/2010 Em matria tributria, so privativas de lei complementar, exceto: a) instituio de tributos e de suas espcies, bem como, em relao aos impostos discriminados na Constituio Federal, dos respectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes. b) adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. c) dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios. d) definio de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. e) instituio, por parte da Unio, de novos impostos, desde que sejam no-cumulativos e no tenham fato gerador ou base de clculo prprios dos discriminados na Constituio. Questo 20 (ESAF) AFRF/2000 O estabelecimento de normas gerais em matria de legislao tributria sobre obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios, dever fazer-se, segundo norma contida na Constituio, mediante a) lei ordinria federal. b) lei ordinria de cada ente tributante. c) lei complementar de cada ente tributante. d) lei complementar federal. e) lei ordinria, medida provisria ou lei delegada federal. Questo 21 - (ESAF) AFTN/96 Quando uma lei ou alguns dos seus artigos so declarados definitivamente inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal so retirados do ordenamento jurdico. a) pela publicao do acrdo do Supremo Tribunal Federal no Dirio Oficial da Unio; b) Por lei complementar; c) Por resoluo do Senado; d) Por decreto legislativo; e) Por medida provisria. Questo 22 (ESAF) AFRF/2005 Considerando os temas vigncia e aplicao da legislao tributria, julgue os itens a seguir. Marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opo correspondente. ( ) condio de vigncia da lei tributria a sua eficcia. ( ) O CTN veda a extraterritorialidade da legislao tributria. ( ) No vedado aos decretos dispor sobre o termo inicial da vigncia dos atos expedidos pelas autoridades administrativas tributrias. ( ) O Cdigo Tributrio Nacional adota como regra a irretroatividade da lei tributria. a) V F F V. b) F F V F. c) F F V V. d) V F V V. e) V F V F.
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Questo 23 - (ESAF) AFRF/2005
Em relao vigncia da legislao tributria podemos afirmar que, salvo disposio em contrrio, a) os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor, 30 dias aps sua publicao. b) as decises dos rgos singulares ou coletivos de jurisdio administrativa, a que a lei atribua eficcia normativa, entram em vigor na data de sua publicao. c) os convnios que entre si celebrem a Unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios entram em vigor na data de sua publicao. d) em face do princpio da legalidade, uma lei pode estar vigente e eficaz, mas s se pode aplic-la aos fatos geradores que ocorrerem no exerccio seguinte ao da sua publicao. e) a medida provisria, at que seja convertida em lei, revoga ou suspende a lei com ela incompatvel. Caso no haja a converso, a lei anterior voltar em sua plenitude, cabendo ao Congresso Nacional disciplinar as relaes jurdicas formadas no perodo de vigncia da medida provisria.
Questo 24 (ESAF) AFRF/2000
Segundo o Cdigo Tributrio Nacional, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor, salvo disposio em contrrio, a) no primeiro dia do exerccio seguinte quele em que ocorra a sua publicao. b) 30 dias aps sua publicao. c) 45 dias aps sua publicao. d) na data da sua publicao. e) na data de sua assinatura.
Questo 25 (ESAF) AFTE - MS/2001
Os convnios sobre matria tributria, includos entre as normas complementares da legislao tributria, tm como regra de vigncia temporal o seguinte: a) entram em vigor no primeiro dia do exerccio seguinte ao de sua publicao b) entram em vigor trinta dias aps a data de sua publicao. c) entram em vigor na data neles prevista. d) entram em vigor na data de sua publicao. e) entram em vigor trinta dias aps sua homologao pela Assemblia Legislativa.
Questo 26 (ESAF) AFTE - PI/2002
Lei instituidora de tributo, publicada em 30 de dezembro, omissa quanto data de incio de sua vigncia, tornar-se- obrigatria: a) na data de sua publicao. b) no primeiro dia do exerccio financeiro seguinte. c) trinta dias aps a data de sua publicao. d) quarenta e cinco dias aps a data de sua publicao. e) sessenta dias aps a data de sua publicao.
Questo 27 (ESAF) Procurador - DF/2004
Avalie as indagaes a seguir, e em seguida assinale a opo de resposta correta: As normas complementares compreendidas na expresso legislao tributria, de que trata o Cdigo Tributrio Nacional, que versem sobre tributos e relaes jurdicas a eles pertinentes esto, do ponto de vista da hierarquia, em plano superior s leis, aos tratados e s convenes internacionais? O Cdigo Tributrio Nacional estabelece que, salvo disposio em contrrio, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor na data da sua publicao? Em obsquio ao princpio da irretroatividade da lei, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios cobrar tributos no mesmo exerccio em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou? As contribuies sociais para a seguridade social somente podero ser exigidas aps decorridos noventa dias da data da publicao da lei que as houver institudo ou modificado? a) Sim, sim, no, no b) Sim, no, no, sim c) No, no, sim, sim d) Sim, no, sim, no e) No, sim, no, sim
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Questo 28 - (ESAF) AFRF/2009
Considerando a publicao de norma, em 15 de dezembro de 2009, visando majorao de tributo, sem disposio expressa sobre a data de vigncia, aponte a opo correta. a) Tratando-se de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, poder ser editada lei ordinria, produzindo efeitos financeiros a partir de 1 de janeiro de 2010. b) Tratando-se de imposto sobre produtos industrializados, poder ser expedido decreto presidencial, produzindo efeitos financeiros a partir de sua publicao. c) Tratando-se de imposto sobre a propriedade territorial rural, poder ser editada medida provisria, produzindo efeitos financeiros noventa dias aps a sua publicao. d) Tratando-se de imposto sobre importao, poder ser expedido decreto presidencial, produzindo efeitos financeiros noventa dias aps a sua publicao. e) Tratando-se de contribuio social, poder ser editada medida provisria, produzindo efeitos financeiros a partir de 1 de janeiro de 2011, caso no tenha sido convertida em lei no mesmo exerccio financeiro em que tenha sido publicada. Questo 29 (ESAF) TRF/2002
Assinale a opo correta. a) A lei tributria nova aplica-se a ato ou fato pretrito, quando seja expressamente interpretativa, includa a aplicao de penalidade infrao dos dispositivos interpretados. b) A lei tributria nova no pode ser aplicada a ato ou fato pretrito. c) A lei tributria nova aplica-se a ato ou fato pretrito, quando comine penalidade mais severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prtica. d) A lei tributria nova aplica-se a ato ou fato pretrito, quando deixe de trat-lo como contrrio a qualquer exigncia de ao ou omisso, desde que no tenha sido fraudulento e tenha implicado falta de pagamento de tributo. e) A lei tributria nova aplica-se a ato ou fato pretrito, quando deixe de defini-lo como infrao. Questo 30 (ESAF) AFTE - RN/2005
Avalie o acerto das formulaes adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, marque a opo correta. ( ) vedada a aplicao imediata da legislao tributria a fatos geradores cuja ocorrncia tenha tido incio mas no esteja completa. ( ) A lei tributria aplicvel a ato ou fato pretrito definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infrao. ( ) A legislao tributria que disponha sobre parcelamento de crdito tributrio deve ser interpretada literalmente. ( ) Quando no h dvida quanto capitulao legal do fato, a lei tributria que define infraes, ou lhe comina penalidades, deve ser interpretada da maneira mais favorvel ao acusado. a) V, F, V, F b) V, V, F, V c) F, V, F, F d) F, F, V, V e) F, F, V, F. Questo 31 (ESAF) AFPS/2002 adaptada
Sobre o tema legislao tributria, correto afirmar que, nos termos do Cdigo Tributrio Nacional: a) a aplicao da legislao tributria restringe-se a fatos geradores futuros, isto , queles ocorridos a partir de sua vigncia, em consonncia com o princpio constitucional da irretroatividade das leis. b) a lei tributria aplica-se a ato ou fato pretrito, quando seja expressamente interpretativa, includa a aplicao de penalidade infrao dos dispositivos interpretados. c) a lei tributria aplica-se a ato pretrito que no tenha sido definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infrao. d) a lei tributria aplica-se a ato ou fato pretrito, no definitivamente julgado, quando deixe de trat-lo como contrrio a qualquer exigncia de ao ou omisso, inclusive no caso de envolver inadimplemento de obrigao principal, desde que o ato ou fato no se tenha realizado por meio de fraude.
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Questo 32 (ESAF) AFTE - PI/2001 A aplicao retroativa de lei tributria no admitida quando: a) estabelecer hipteses de iseno. b) for interpretativa. c) deixar de definir ato no definitivamente julgado como infrao. d) estabelecer penalidade mais branda que a prevista na lei vigente ao tempo da prtica do ato. e) deixar de tratar ato no definitivamente julgado como contrrio a qualquer exigncia de ao ou omisso, respeitados os demais requisitos legais. Questo 33 (ESAF) TRF/2000 A lei no se aplica a ato ou fato pretrito: a) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prtica. b) quando seja expressamente interpretativa. c) tratando-se de ato no definitivamente julgado quando deixe de defini-lo como infrao. d) quando deixe de tratar ato no definitivamente julgado como contrrio a qualquer exigncia de ao ou omisso, no sendo fraudulento e no tendo implicado falta de pagamento de tributo. e) quando expressamente interpretativa, determine a aplicao de penalidade por infrao dos dispositivos interpretados. Questo 34 - (ESAF) ATRF/2009 Entre outras limitaes ao poder de tributar, que possuem os entes polticos, temos a de cobrar tributos em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado. Sobre essa limitao, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros ou falsos. Depois, escolha a opo que seja adequada s suas respostas: I. a irretroatividade da lei tributria vem preservar o passado da atribuio de novos efeitos tributrios, reforando a prpria garantia da legalidade, porquanto resulta na exigncia de lei prvia, evidenciando-se como instrumento de otimizao da segurana jurdica ao prover uma maior certeza do direito; II. o Supremo Tribunal Federal tem como referncia, para anlise da irretroatividade, o aspecto temporal da hiptese de incidncia, ou seja, o momento apontado pela lei como sendo aquele em que se deve considerar ocorrido o fato gerador; III. a mesma lei que rege o fato tambm a nica apta a reger os efeitos que ele desencadeia, como a sujeio passiva, extenso da responsabilidade, base de clculo, alquotas, dedues, compensaes e correo monetria, por exemplo; IV. a lei instituidora ou majoradora de tributos tem de ser, como regra, prospectiva; admite-se, porm, a sua retroatividade imprpria. a) Todos os itens esto corretos. b) Esto corretos apenas os itens I, II e III. c) Esto corretos apenas os itens I, III e IV. d) Esto corretos apenas os itens I, II e IV. e) Esto corretos apenas os itens I e III.
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Questo 35 (ESAF) ATM - Recife/2003 Avalie as formulaes seguintes e, ao final, assinale a opo que corresponde resposta correta. I - Em consonncia com a Constituio Federal, medida provisria que implique majorao do imposto sobre propriedade territorial rural s produzir efeitos no exerccio financeiro seguinte se houver sido convertida em lei at o ltimo dia daquele em que foi editada. II - De conformidade com a Lei n 5.172, de 25 de outubro de 1966, a legislao tributria dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios vigora, no Pas, fora dos respectivos territrios, nos limites em que lhe reconheam extraterritorialidade os convnios de que participem, ou do que disponham o Cdigo Tributrio Nacional ou outras leis de normas gerais expedidas pela Unio. III - Os dispositivos de lei que definem novas hipteses de incidncia, referentes a impostos sobre o patrimnio ou a renda, entram em vigor no primeiro dia do exerccio seguinte quele em que ocorra a sua publicao, conforme estabelece o Cdigo Tributrio Nacional. IV - Determina o Cdigo Tributrio Nacional que, salvo disposio em contrrio, os convnios que entre si celebrem a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios entram em vigor na data da sua publicao. a) Apenas as formulaes I, II e III so corretas. b) Apenas as formulaes I, II e IV so corretas. c) Apenas as formulaes I, III e IV so corretas. d) Apenas as formulaes II, III e IV so corretas. e) Todas as formulaes so corretas. Questo 36 (ESAF) TRF/2002 Na ausncia de disposio expressa, a autoridade competente para aplicar a legislao tributria utilizar, sucessivamente, na ordem indicada (art.108 da Lei 5.172/65-Cdigo Tributrio Nacional): a) a analogia; os princpios gerais de direito tributrio; os princpios gerais de direito pblico; a eqidade. b) os princpios gerais de direito tributrio; os princpios gerais de direito pblico, a eqidade; a analogia. c) a eqidade; os princpios gerais de direito tributrio; os princpios gerais de direito pblico; a analogia. d) a analogia; os princpios gerais de direito pblico; os princpios gerais de direito tributrio; a eqidade. e) a analogia; a eqidade; os princpios gerais de direito pblico; os princpios gerais de direito tributrio. Questo 37 (ESAF) AFTN/94 1. Busca de um paradigma que contenha situao semelhante ou quase igual quela para a qual o aplicador no encontrou disposio expressa. 2. Aplicao da regra da isonomia: tratamento igual para casos iguais e desigual para os desiguais. 3. Aplicao da norma mais branda e menos onerosa. 4. Sujeita-se a interpretao literal. Combine cada uma das quatro expresses acima com cada uma das quatro opes abaixo: w) anistia x) equidade y) princpio geral de direito z) analogia Qual das combinaes abaixo est parcial ou totalmente errada? a) x1 y3 b) y2 x3 c) z1 w4 d) x3 z1 e) y2 w4
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Questo 38 (ESAF) Procurador - BACEN/2002 Uma das formas de integrao da norma jurdica tributria, como etapa final do procedimento de interpretao, visando a preencher lacuna da lei pela aplicao de disposio legal relativa a hiptese assemelhada, a) Eqidade. b) Anatocismo. c) Analogia. d) Teleologismo. e) Literalidade. Questo 39 (ESAF) AFTE - PA/2002 A analogia constitui elemento de a) integrao da legislao tributria. b) interpretao da legislao tributria. c) excluso do crdito tributrio. d) suspenso da exigibilidade do crdito tributrio. e) extino do crdito tributrio. Questo 40 (ESAF) TTN/94 No direito tributrio brasileiro, o emprego da eqidade: a) o primeiro recurso para o caso de integrao da legislao tributria. b) poder resultar na dispensa do pagamento do tributo devido. c) justifica conceder-se remisso, desde que autorizada por lei, em relao com as caractersticas pessoais ou materiais do caso. d) afasta a interpretao literal da legislao tributria que trata da dispensa do cumprimento das obrigaes tributrias acessrias. e) determina que a lei tributria se aplique a ato pretrito quando deixa de defini-lo como infrao. Questo 41 (ESAF) Fiscal de Rendas - RJ/2010 No tocante interpretao da legislao tributria, julgue os itens a seguir: I. na ausncia de disposio expressa, o aplicador da legislao tributria se valer, sucessivamente, dos princpios gerais de direito tributrio, dos princpios gerais de direito constitucional, da analogia e da equidade; II. a interpretao da legislao tributria se far literalmente quando esta disponha sobre a dispensa do cumprimento de obrigaes tributrias acessrias; III. a lei tributria aplica-se a ato ou fato pretrito quando seja expressamente interpretativa; IV. exclusivamente para efeitos tributrios, a lei pode alterar a definio, o contedo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, ainda que utilizados pela Constituio Federal para definir ou limitar competncias tributrias. Esto corretos apenas os itens: a) II e III. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV. e) I e IV. Questo 42 (ESAF) PFN/2004 Segundo o Cdigo Tributrio Nacional, est sujeita interpretao literal a norma tributria que verse sobre a) remisso. b) compensao. c) prescrio. d) decadncia. e) parcelamento.
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Questo 43 (ESAF) ATM - Natal/2001 Tratando-se de regras de interpretao da legislao tributria, temos que a) a ausncia de disposio normativa expressa no autoriza o emprego da analogia. b) pelo emprego da eqidade possvel a dispensa do pagamento de tributo devido. c) os princpios gerais de Direito Privado podem ser utilizados para definio dos efeitos tributrios dos institutos e conceitos dessa rea jurdica. d) deve ser interpretada de maneira mais favorvel ao FISCO a lei tributria que defina infraes e comine penalidades. e) deve ser interpretada literalmente a legislao tributria referente outorga de iseno. Questo 44 (ESAF) ATM - Fortaleza/98 Assinale a opo incorreta. a) obrigatria a interpretao gramatical de norma que verse sobre moratria. b) A lei tributria aplica-se a ato pretrito, em qualquer caso, quando deixe de defini-lo como infrao. c) No preenchimento de lacunas da legislao tributria, utiliza-se preferencialmente a analogia. d) A lei definidora de infraes tributrias interpreta-se da maneira mais favorvel ao acusado, em caso de dvida quanto imputabilidade. e) O emprego da eqidade pode resultar na dispensa do pagamento de penalidade pecuniria. Questo 45 (ESAF) TTN/98 A lei tributria nova aplica-se a fatos ocorridos aps a sua publicao e, se for o caso, decorrida a vacatio legis: a) salvo quando defina o fato como sendo gerador de tributo. b) em qualquer caso, se se tratar de lei meramente interpretativa, com a operao da infrao aos dispositivos interpretados. c) salvo quando a lei vigente no momento da prtica da infrao tenha cominado penalidade menos severa a esta infrao. d) retroagir, todavia, em qualquer caso, desde que o fato pretrito no tenha sido objeto de atividade fiscalizatria. e) salvo quando deixe de definir o ato pretrito, no definitivamente julgado, como infrao. Questo 46 - (ESAF) ATRF/2009 Consoante o que dispe o art. 111 do Cdigo Tributrio Nacional, interpreta-se literalmente a legislao tributria que disponha, entre outros, sobre a outorga de iseno. Tal artigo, embora sofra algumas crticas de parte da doutrina, no sentido de que no se deva lanar mo isoladamente da tcnica de interpretao literal, vem tendo acolhida em diversos julgados oriundos de tribunais superiores. Como exemplos de aplicao de tal princpio, podemos apontar as seguintes situaes, com exceo de: a) de modo geral, podemos afirmar que vedada a analogia em legislao que verse sobre a outorga de isenes. b) requisitos estabelecidos por ato normativo infralegal, como um Ato Declaratrio Normativo expedido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, por exemplo, podem impor restries vlidas, alm daquelas contidas em textos legais, para a fruio de benefcios fiscais. c) no vedada a ponderao dos elementos sistemticos e finalsticos da norma por parte do aplicador do direito. d) embora o comando legal seja no sentido de que seja dada interpretao literal legislao que disponha sobre a outorga de isenes, admite-se uma interpretao mais ampla da referida norma. e) a iseno tributria revela-se instrumento de materializao de convenincia poltica, insuscetvel, neste aspecto, de controle do Poder Judicirio, na concretizao de interesses econmicos e sociais, estimulando e beneficiando determinadas situaes merecedoras de tratamento privilegiado.
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Questo 47 (ESAF) PFN/98 O esclarecimento do significado de uma lei tributria por outra posterior configura a chamada interpretao a) ontolgica. b) cientfica. c) integrada. d) autntica. e) evolutiva. Questo 48 (ESAF) AFTN/94 Na hiptese de o aplicador da lei tributria que comina penalidades ficar em dvida quanto graduao da pena, dever interpretar a norma, em relao ao acusado, de modo: a) analgico. b) benigno. c) eqitativo. d) literal. e) integrado. Questo 49 (ESAF) PFN/98 1. As normas que tratam de iseno esto sujeitas a ______________. 2. As normas que tratam de moratria esto sujeitas a ______________. 3. As normas que dizem interpretar outras, da mesma fonte, so de ______________. Observe, entre as alneas w, x, y e z, quais as que, luz do Cdigo Tributrio Nacional, preenchem corretamente, e com explicao plausvel, as lacunas acima, e, em seguida, marque a opo que contm, na devida seqncia, as alneas respectivas. w) interpretao extensiva, em ateno ao princpio favorabilia amplianda. x) interpretao extensiva, em ateno a que a regra geral no deve ser restringida pelo intrprete. y) interpretao retroativa, porque no tem carter de inovao do sistema jurdico. z) interpretao literal, em ateno a que a regra geral a tributao e excees no se interpretam extensivamente. a) w, w, y. b) w, x, z. c) z, x, w. d) z, z, y. e) z, y, x. Questo 50 (ESAF) AFRF/2003 Relativamente interpretao e integrao da legislao tributria, avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opo correta. ( ) Interpreta-se da maneira mais favorvel ao sujeito passivo a legislao tributria que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigaes tributrias acessrias. ( ) Os princpios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definio, do contedo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, bem assim para definio dos respectivos efeitos tributrios. ( ) Na ausncia de disposio expressa, a autoridade competente para aplicar a legislao tributria utilizar sucessivamente, na rigorosa ordem, a analogia, os princpios gerais de direito pblico, os princpios gerais de direito tributrio e a eqidade. a) F, V, F b) F, F, F c) F, F, V d) V, V, F e) V, F, V
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Questo 51 (ESAF) AFTN/94 Lei tributria que, simultaneamente, (a) disponha sobre suspenso do crdito tributrio, (b) sobre dispensa do cumprimento de obrigaes acessrias (c) e que defina infraes, esta ltima em caso de dvida quanto extenso dos efeitos do fato, interpreta-se: a) analogicamente, extensivamente e de maneira mais favorvel ao acusado b) literalmente, extensivamente e analogicamente c) extensivamente, literalmente e analogicamente d) literalmente, extensivamente e de maneira mais favorvel ao acusado e) literalmente, literalmente e de maneira mais favorvel ao acusado Questo 52 (ESAF) Fiscal de Rendas - RJ/2010 Sobre a lei complementar nacional de normas gerais de direito tributrio, a que se refere o art. 146 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988, incorreto afirmar que: a) cabe a ela dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria, inclusive entre municpios. b) cabe a ela regular as hipteses de imunidade. c) cabe a ela definir, em relao ao imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, a respectiva base de clculo. d) cabe a ela definir, em relao s taxas em razo do exerccio do poder de polcia, os respectivos contribuintes. e) cabe a ela estabelecer normas gerais em matria de obrigao, lanamento e crdito tributrios. Questo 53 (ESAF) AFTN/98 (i) Devido ao princpio da soberania nacional previsto j no primeiro artigo da Constituio, um tratado internacional no pode interferir em matria tributria. (ii) As Resolues do Senado Federal no interferem na legislao relativa a tributos propriamente federais. (iii) Consoante o Cdigo Tributrio Nacional, analogia seria (ou ) tcnica de integrao e no de interpretao da legislao tributria. a) As trs assertivas so verdadeiras. b) verdadeira a primeira assertiva, mas falsa sua explicao; so falsas as demais. c) Todas as trs assertivas so falsas. d) falsa a primeira assertiva; so verdadeiras as duas ltimas. e) verdadeira a primeira assertiva, falsa a segunda e verdadeira a terceira. Questo 54 (ESAF) Fiscal de Rendas - RJ/2010 De acordo com o disposto no art. 111, incisos I a III, do Cdigo Tributrio Nacional, interpreta-se literalmente a legislao tributria que disponha sobre suspenso ou excluso do crdito tributrio, outorga de iseno e dispensa do cumprimento de obrigaes acessrias. Tal disposio leva a concluir, exceto, que: a) A iseno de que goza a parte, relativa aos ganhos com a operacionalizao da atividade empresarial, no abrange o resultado das aplicaes financeiras por ela realizadas, uma vez que se interpreta literalmente a legislao tributria que disponha sobre a outorga de iseno. b) O disposto no art. 111, porm, no pode levar o aplicador do direito absurda concluso de que esteja ele impedido, no seu mister de apreciar e aplicar as normas de direito, de valer-se de uma equilibrada ponderao dos elementos lgico-sistemtico, histrico e finalstico ou teleolgico, os quais integram a moderna metodologia de interpretao das normas jurdicas. c) Apenas a concesso do parcelamento suspende a exigibilidade do crdito tributrio, e no o seu simples requerimento. d) A iseno tributria revela convenincia poltica, insuscetvel, neste aspecto, de controle do Poder Judicirio, na concretizao de interesses econmicos e sociais, estimulando e beneficiando determinadas situaes merecedoras de tratamento privilegiado. e) Do referido dispositivo resulta no somente uma proibio analogia, como tambm uma impossibilidade de interpretao mais ampla.
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Questo 55 - (ESAF) PFN/2006 Considerando os temas vigncia e aplicao da legislao tributria e interpretao e integrao da legislao tributria e as disposies do CTN, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opo correspondente. ( ) O emprego da analogia pode resultar na exigncia de tributo. ( ) A lei tributria aplica-se ao ato ou fato pretrito, quando for interpretativa, ressalvadas as hipteses em que redundar na aplicao de penalidade. ( ) Quando extinguir multa tributria, a lei tributria pode ser aplicada a fato anterior sua vigncia. ( ) A lei que disponha sobre moratria e remisso do crdito tributrio deve ser interpretada, segundo o Cdigo Tributrio Nacional, em benefcio do contribuinte. a) F, F, V, F b) V, V, F, F c) F, V, V, F d) V, F, F, V e) F, V, V, V Questo 56 - (ESAF) Procurador - DF/2004 Em relao ao tema interpretao e integrao da legislao tributria, regulado pelo Cdigo Tributrio Nacional, avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opo correta. ( ) Interpreta-se literalmente a legislao tributria que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigaes tributrias acessrias, suspenso ou extino do crdito tributrio e outorga de iseno. ( ) Em caso de dvida quanto natureza ou s circunstncias materiais do fato, ou natureza ou extenso dos seus efeitos, interpreta-se da maneira mais favorvel ao acusado a lei tributria que define infraes, ou lhe comina penalidades. ( ) O emprego da analogia no poder resultar na exigncia de tributo no previsto em lei; o da eqidade no poder resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. a) V, V, V b) F, V, F c) V, V, F d) V, F, V e) F, V, V Questo 57 (ESAF) AFTE - MG/2005 Considerando os temas vigncia e aplicao da legislao tributria e interpretao e integrao da legislao tributria, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opo correspondente. ( ) A lei que disponha sobre suspenso e excluso do crdito tributrio deve ser interpretada, segundo o Cdigo Tributrio Nacional, em benefcio do contribuinte. ( ) A lei tributria aplica-se ao ato ou fato pretrito, quando for interpretativa, ressalvadas as hipteses em que redundar na aplicao de penalidade. ( ) Segundo o Cdigo Tributrio Nacional, o emprego da analogia no poder resultar na exigncia de tributo no previsto em lei. ( ) A lei tributria aplicada a fato anterior sua vigncia quando extinguir tributo, j que vem em benefcio do contribuinte. a) V, V, V, F b) F, V, F, V c) F, V, V, V d) F, V, V, F e) F, F, V, F
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Questo 58 (ESAF) ATM - Fortaleza/2003 O Cdigo Tributrio Nacional estabelece expressamente a seguinte regra no seu captulo intitulado Interpretao e Integrao da Legislao Tributria: a) em caso de dvida quanto capitulao legal do fato, os dispositivos de lei tributria que tratam de fato gerador, definem infraes, ou lhes cominam penalidades, devem ser interpretados da maneira mais favorvel ao sujeito passivo. b) os princpios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definio, do contedo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas no para definio dos respectivos efeitos tributrios. c) a legislao tributria que dispe sobre lanamento de crdito tributrio deve ser interpretada literalmente. d) o emprego da analogia no poder resultar na exigncia de tributo previsto em lei. e) na ausncia de disposio expressa, a autoridade competente para aplicar a legislao tributria utilizar, sucessivamente, na rigorosa ordem que se segue, a analogia, os princpios gerais de direito pblico, os princpios gerais de direito tributrio e a eqidade. Questo 59 (ESAF) ATM - Recife/2003 Conforme estabelece o Cdigo Tributrio Nacional, a legislao tributria que disponha sobre suspenso ou excluso do crdito tributrio interpretada: a) da maneira mais favorvel ao sujeito passivo, em caso de dvida quanto natureza ou s circunstncias materiais do fato, ou natureza ou extenso dos seus efeitos. b) mediante aplicao do mtodo teleolgico. c) mediante aplicao do mtodo sistemtico. d) de tal modo que o emprego da eqidade implique dispensa de tributo devido, quando a autoridade tributria competente, vista de disposio normativa expressa, no puder utilizar a analogia. e) literalmente. Questo 60 - (ESAF) PFN/2007 O Decreto n. 40.643/96, do Estado de So Paulo, que aprovou os termos do Convnio n.
132/95, concedeu certa iseno para os estabelecimentos industriais. A circunstncia de a Lei Federal n. 4.502/64, que, para os fins nela previstos, equiparou o estabelecimento industrial ao importador, permite, segundo o CTN, a interpretao de que tambm o importador se beneficia da iseno?
luz do art. 38, 2, da Lei n. 6.374/89, do Estado de So Paulo, discutiu-se a atualizao monetria do crdito do ICMS. Em face de norma estadual expressa, admitido o uso das formas de integrao do direito tributrio, quais sejam, a analogia, os princpios gerais de direito tributrio e de direito pblico e a eqidade, se j previstas em lei federal (CTN, art. 108, I a IV)?
O Plenrio do STF, ao julgar o RE 213.396 (DJ de 01/12/2000), assentou a constitucionalidade do sistema de substituio tributria para frente, mesmo antes da promulgao da EC n. 3/93. Nesse sistema, a obrigao tributria mostra-se anterior realizao concreta do fato tributvel. O Convnio ICMS 10/89, que previu esse sistema, foi publicado no dia 30 de maro. Poderia o Convnio alcanar os substitutos tributrios por ele institudos, j no ms de maro de 1989?
a) Sim, sim, sim b) No, no, no c) Sim, no, sim d) No, sim, no e) Sim, no, no
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GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
C E C E B C C B E A A B D A E
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C E A A D C C E D C D E A E E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
C A E B A A A C A C A E E B E
46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
B D B D B E D D E C E D B E B
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QUESTES COMENTADAS
Aula 04: Legislao tributria: vigncia, aplicao, interpretao e integrao.
Questo 01 (ESAF) TRF/2002 So normas complementares das leis, dos tratados e das convenes internacionais e dos decretos: a) os atos normativos expedidos pelo Congresso Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal. b) as decises dos rgos singulares ou coletivos de jurisdio administrativa, sempre que despidos de eficcia normativa. c) as prticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas. d) os Acordos Internacionais. e) os Convnios que entre si celebrem as Partes Contratantes no mbito da Aladi e do Mercosul.
Comentrios
O Cdigo Tributrio Nacional define em seu art. 96 que a
expresso "legislao tributria" compreende as leis, os tratados e as
convenes internacionais, os decretos e as normas complementares
que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relaes jurdicas a
eles pertinentes.
Assim, a questo pede que se assinale a alternativa que
compreende uma norma complementar da legislao tributria.
No entanto, antes de adentramos nos detalhes das normas
complementares, temos que entender o que vem a ser definido como
legislao tributria.
O CTN, ao estabelecer os instrumentos que compem a
legislao tributria, adotou um amplo enquadramento dos veculos
normativos nesse conceito. Isso porque, em seu prprio texto, o
Cdigo prev que compreende a legislao tributria qualquer ato
normativo que verse no todo ou em parte sobre tributos e relaes
jurdicas a eles pertinentes.
Temos, portanto, que constituem a legislao tributria:
1 LEIS: Aqui se enquadram todos os atos normativos com fora de
lei, vale dizer, leis ordinrias e complementares, medidas provisrias,
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leis delegadas, decretos legislativos (no confundir com decreto do
Chefe do Executivo ou decreto executivo) e Resolues do Senado
Federal. Nesse sentido, se encaixam no conceito de lei, previsto no
art. 96 do CTN, aqueles atos normativos capazes de inovar no
ordenamento jurdico, ou seja, capazes de criar direitos e obrigaes
para os administrados. Em outras palavras, atos dotados de abstrao
e generalidade.
2 TRATADOS E CONVENES INTERNACIONAIS: Compreendem um
acordo que surge pela manifestao de vontade de Estados Nacionais
ou Estados Soberanos, estabelecendo direitos e obrigaes entre si. A
CF/88, em seu art. 84, determina que compete ao Presidente da
Repblica celebrar tratados, convenes e atos internacionais. No
entanto, o prprio texto constitucional, prev que tal medida est
sujeita a referendo do Congresso Nacional.
3 DECRETOS: Trata-se de atos infralegais, aos quais compete
disciplinar os ditames previstos nas leis. Dessa forma, no so
veculos normativos capazes de inovar no ordenamento jurdico,
estando restritos aos limites da lei. Nesse sentido, o prprio CTN fixa
o entendimento de que o contedo e o alcance dos decretos
restringem-se aos das leis em funo das quais sejam expedidos,
determinados com observncia das regras de interpretao
estabelecidas nesta Lei (art. 99). Perceba, caro aluno, que os
decretos, apesar de atos infralegais, no so considerados pelo CTN
como norma complementar, mas como legislao tributria,
juntamente com as leis e os tratados e convenes internacionais.
Vejamos agora o que o CTN chama de normas complementares,
analisando seu art. 100:
Art. 100. So normas complementares das leis, dos tratados e das
convenes internacionais e dos decretos:
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II - as decises dos rgos singulares ou coletivos de jurisdio
administrativa, a que a lei atribua eficcia normativa;
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III - as prticas reiteradamente observadas pelas autoridades
administrativas;
IV - os convnios que entre si celebrem a Unio, os Estados, o Distrito
Federal e os Municpios.
Vamos ento esquematizar o exposto acima, a fim de fixar o
entendimento:
LEGISLAO TRIBUTRIA
Analisemos as alternativas.
Alternativa A Os atos normativos expedidos pelo Congresso Nacional
so leis e no normas complementares. J os atos normativos do STF
no se confundem com as decises proferidas pelo STF em seus
julgamentos, tramitam no mbito do Poder Judicirio, tais como
Regulamento da Secretaria, Emendas Regimentais, Resolues
Leis ordinrias
Leis complementares
Medidas Provisrias
Leis Delegadas
Decretos Legislativos
Resolues do Senado
LEIS
TRATADOS E
CONVENES
INTERNACIONAIS
DECRETOS
NORMAS COMPLEMENTARES
Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas
Decises dos rgos singulares ou coletivos de jurisdio administrativa, a que a lei atribua eficcia normativa
Prticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas Convnios
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editadas a partir de 1980, Atos Regulamentares, Instrues
Normativas, Portarias Conjuntas da Presidncia (GP) e normas de
prazo e feriados. Dessa forma, no constituem normas
complementares em matria tributria. Alternativa errada.
Alternativa B Constituem normas complementares da legislao
tributria as decises dos rgos singulares ou coletivos de jurisdio
administrativa, desde que a lei atribua eficcia normativa. Alternativa
errada.
Alternativa C Correta. Previso legal: CTN, art. 100, III.
Alternativa D Conforme exposto acima, os acordos internacionais
compem a legislao tributria e no as normas complementares.
Alternativa errada.
Alternativa E Os membros da Aladi e do MERCOSUL so pases, ou
seja, Estados Soberanos. Assim, os convnios firmados entre estes
membros representam tratados internacionais e, como visto na
alternativa anterior, no constituem normas complementares.
Gabarito: C.
Questo 02 (ESAF) AFTE - MS/2001 Os tratados e as convenes internacionais que disponham sobre matria tributria a) submetem-se legislao tributria interna. b) revogam ou modificam a legislao tributria interna, mas no sero observados pela que lhes sobrevenha. c) no tm eficcia se contrrios legislao tributria interna. d) tero suas clusulas modificadas para serem aplicadas no Brasil, adaptando-se legislao interna. e) modificam ou revogam a legislao tributria interna, e sero observados pela que lhes sobrevenha.
Comentrios
De acordo com o art. 98 do CTN, os tratados e as convenes
internacionais revogam ou modificam a legislao tributria interna, e
sero observados pela que lhes sobrevenha.
Observa-se que a ESAF cobrou a literalidade do Cdigo.
Gabarito: E.
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No entanto, apesar de estar correta a alternativa, cumpre-nos
analisar alguns detalhes acerca do tema.
A ltima parte do art. 98 pode dar espao a uma interpretao
equivocada de que os tratados internacionais jamais poderiam ser
revogados ou modificados pela legislao interna, estando, assim,
restritos incidncia de outro tratado.
Esse posicionamento passou a perder fora aps o STF ter
pacificado em sua jurisprudncia o entendimento de que, aps a
incorporao ao direito interno, os tratados internacionais apresentam
a mesma hierarquia das normas infraconstitucionais. Esse
posicionamento foi defendido pelo STF no julgamento do RE 80.004-
SE, quando consagrou a tese de que entre os tratados internacionais
e a legislao interna ocorre relao de paridade.
Confirmando esse entendimento, o STF assim decidiu no
julgamento da ADIN n 1.480:
Os tratados internacionais celebrados pelo Brasil ou aos quais o Brasil venha a
aderir no podem, em conseqncia, versar matria posta sob reserva
constitucional de lei complementar. que, em tal situao, a prpria Carta Poltica
subordina o tratamento legislativo de determinado tema ao exclusivo domnio
normativo da lei complementar, que no pode ser substituda por qualquer outra
espcie normativa infraconstitucional, inclusive pelos atos internacionais j
incorporados ao direito positivo interno. (STF, Plenrio, ADINMC 1.480, Min. Celso de Mello, set/97).
Com efeito, podemos concluir que, diante de questes de
concurso pblico, devemos observar o que se pede: se entendimento
jurisprudencial ou a literalidade do CTN.
De acordo com o CTN os tratados e as convenes
internacionais revogam ou modificam a legislao tributria interna, e
sero observados pela que lhes sobrevenha.
J o STF entende que os tratados tm hierarquia de lei
ordinria, podendo ser alterados ou revogados por este veculo
normativo, e no podem versar sobre matria reservada lei
complementar.
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H ainda uma interessante deciso do STJ que d outra
interpretao ao art. 98 do CTN. Esse entendimento veremos mais
adiante.
Questo 03 (ESAF) ATM - Fortaleza/98 Em matria de impostos no preciso lei para estabelecer a) as hipteses de compensao e transao. b) a cominao de penalidades. c) as obrigaes tributrias acessrias. d) a dispensa de penalidades. e) a fixao da base de clculo.
Comentrios
No obstante o CTN prever em seu art. 96 diversos atos
normativos que compem a legislao tributria, no seu art. 97
destaca algumas aes que somente so possveis mediante lei. Logo,
os atos infralegais (decretos e normas complementares) no
constituem instrumentos hbeis para tais aes. Vejamos:
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituio de tributos, ou a sua extino;
II - a majorao de tributos, ou sua reduo, ressalvado o disposto nos artigos 21,
26, 39, 57 e 65;
III - a definio do fato gerador da obrigao tributria principal, ressalvado o
disposto no inciso I do 3 do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixao de alquota do tributo e da sua base de clculo, ressalvado o disposto
nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominao de penalidades para as aes ou omisses contrrias a seus
dispositivos, ou para outras infraes nela definidas;
VI - as hipteses de excluso, suspenso e extino de crditos tributrios, ou de
dispensa ou reduo de penalidades.
Mais adiante, em seu art. 113, 2, o Cdigo Tributrio Nacional
define que a obrigao acessria decorrente da legislao tributria.
Nessa linha, ao remeter de forma genrica o tema legislao
tributria, podemos concluir que qualquer ato normativo que
componha a legislao tributria em sentido amplo (leis, decretos,
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tratados e convenes internacionais e normas complementares) pode
versar sobre obrigaes acessrias.
A compensao e a transao, como veremos em aula mais
frente, compreendem modalidades de extino do crdito tributrio e,
por isso, se enquadram no art. 97, VI, do CTN.
Gabarito: C.
Questo 04 (ESAF) AFTN/1996 Sobre os decretos executivos federais, podemos afirmar que so: a) Veculos normativos privativos do legislativo para aprovao, entre outras coisas, dos tratados e convenes internacionais celebrados pelo Presidente da Repblica; b) Atos normativos de competncia privativa do Presidente da Repblica com fora de lei prprios para o aumento das alquotas do IPI, IE, IR e IOF; c) Veculos normativos do Presidente da Repblica para aprovao, entre outras coisas, dos tratados e convenes celebrados pelos Ministros de Estado; d) Veculos normativos com fora de lei idneos para institurem impostos extraordinrios na iminncia ou no caso de guerra externa; e) Veculos normativos que se prestam aprovao dos regulamentos dos impostos federais.
Comentrios
Os decretos executivos tm previso constitucional no art. 84,
IV, e so editados pelo Chefe do Executivo para dar fiel cumprimento
s leis.
Tratando-se de atos infralegais, aos quais compete disciplinar os
ditames previstos nas leis, no so veculos normativos capazes de
inovar no ordenamento jurdico, estando restritos aos limites legais.
Nesse sentido, o prprio CTN fixa o entendimento de que o contedo
e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em funo das
quais sejam expedidos, determinados com observncia das regras de
interpretao estabelecidas nesta Lei (art. 99).
No que diz respeito aos regulamentos dos impostos federais,
realmente so os Decretos que os veiculam, temos como exemplo o
Regulamento Aduaneiro (II e IE), Decreto 6.759, de 05 de fevereiro
de 2009.
Por conseguinte, resulta como correta a assertiva E.
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Questo 05 (ESAF) AFTN/98 Segundo se depreende do Cdigo Tributrio Nacional, um ato infralegal (um decreto, por exemplo) pode estabelecer a(s) a) extino de um tributo. b) definio do fato gerador da obrigao tributria acessria nos limites da lei. c) hipteses de anistia. d) reduo do Imposto Territorial Rural. e) fixao da alquota do imposto de renda.
Comentrios
Valem aqui os mesmos comentrios efetuados na questo 03.
Em seu art. 113, 2, o Cdigo Tributrio Nacional define que a
obrigao acessria decorrente da legislao tributria. Nessa linha,
ao remeter de forma genrica o tema legislao tributria, podemos
concluir que qualquer ato normativo que componha a legislao
tributria em sentido amplo (leis, decretos, tratados e convenes
internacionais e normas complementares) pode versar sobre
obrigaes acessrias.
A anistia, como veremos em aula mais frente, compreende
modalidade de excluso do crdito tributrio e, por isso, se enquadra
no art. 97, VI, do CTN.
Gabarito: B.
Questo 06 (ESAF) Fiscal de Rendas - RJ/2010 No tocante aos tratados internacionais em matria tributria, pode-se afirmar que: a) uma vez internalizados, se sobrepem s normas internas, inclusive da Constituio Federal. b) para terem aplicabilidade no mbito federativo federal, estadual e municipal, necessitam de ratificao pelas respectivas Casas Legislativas. c) podem operar modificaes na legislao tributria interna, desde que ratificados por meio de decreto legislativo. d) no podem dispor sobre isenes internas. e) somente podem alterar a legislao interna federal.
Comentrios
Questo que exigiu do candidato um bom conhecimento da
jurisprudncia do STF. Vejamos:
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Alternativa A No nosso ordenamento jurdico, todos os atos
normativos esto hierarquicamente subordinados Constituio
Federal, inclusive os tratados e convenes internacionais. No seria
coerente aceitar que um ato firmado entre Estados Soberanos
pudesse adentrar em nosso ordenamento a ponto de reduzir ou
limitar a soberania do Estado Brasileiro. Esse foi o entendimento do
STF, ao julgar a ADIN 1.480-DF:
A Constituio qualifica-se como o estatuto fundamental da repblica. Nessa
condio, todas as leis e tratados celebrados pelo Brasil esto subordinados
autoridade normativa desse instrumento bsico. Nenhum valor jurdico ter o
tratado internacional, que, incorporado ao sistema de direito positivo interno,
transgredir, formal ou materialmente, o texto da Carta Poltica.
que o sistema jurdico brasileiro no confere qualquer precedncia hierrquico-
normativa aos atos internacionais sobre o ordenamento constitucional. (STF, Plenrio, ADINMC 1.480, Min. Celso de Mello, set/97)
Alternativa B O STF firmou precedentes no sentido de que os
tratados internacionais somente esto aptos a produzir efeitos
jurdicos aps a concluso de um ciclo:
1 Assinatura do Tratado pelo Presidente da Repblica.
2 Aprovao pelo Congresso Nacional mediante Decreto Legislativo.
3 Ratificao pelo Presidente da Repblica mediante depsito do
respectivo instrumento.
4 Promulgao pelo Presidente da Repblica mediante Decreto.
"A recepo dos tratados internacionais em geral e dos acordos celebrados pelo
Brasil no mbito do Mercosul depende, para efeito de sua ulterior execuo no plano
interno, de uma sucesso causal e ordenada de atos revestidos de carter poltico-
jurdico, assim definidos: (a) aprovao, pelo Congresso Nacional, mediante decreto
legislativo, de tais convenes; (b) ratificao desses atos internacionais, pelo Chefe
de Estado, mediante depsito do respectivo instrumento; (c) promulgao de tais
acordos ou tratados, pelo Presidente da Repblica, mediante decreto, em ordem a
viabilizar a produo dos seguintes efeitos bsicos, essenciais sua vigncia
domstica: (1) publicao oficial do texto do tratado e (2) executoriedade do ato de
direito internacional pblico, que passa, ento e somente ento a vincular e a
obrigar no plano do direito positivo interno. Precedentes. O sistema constitucional
brasileiro no consagra o princpio do efeito direto e nem o postulado da
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aplicabilidade imediata dos tratados ou convenes internacionais." (CR 8.279-AgR, Rel. Min. Presidente Celso de Mello, julgamento em 17-6-1998, Plenrio, DJ de 10-8-2000.)
No h que se falar em participao do legislativo estadual ou
municipal. Por se tratar de ato internacional, do qual participa a
Repblica Federativa do Brasil, apenas o Legislativo e o Executivo
Federal participam do ciclo para sua incorporao. Alternativa errada.
Alternativa C Alternativa correta. Como vimos na alternativa
anterior, faz-se necessrio completar as quatro etapas para que o
tratado passe a produzir efeitos em nosso ordenamento. com a
aprovao parlamentar, mediante Decreto Legislativo (CF/88, art. 49,
I), que o tratado passa a ter fora de lei e com o Decreto do
Presidente (executivo) que passa a produzir efeitos. Assim defende o
STF: Registre-se, antes de mais nada, que os atos estatais impugnados nesta
sede de controle abstrato compreendem o Decreto Legislativo n 68/925 e o
Decreto n 1.855/96, de cuja edio sucessiva resultou a definitiva incorporao, ao
plano do direito interno brasileiro, das normas consubstanciadas na Conveno n
158/OIT. (STF, Plenrio, ADINMC 1.480, Min. Celso de Mello, set/97)
Alternativa D Alternativa errada. Na nossa Repblica Federativa, o
Presidente acumula as funes de Chefe de Estado e Chefe de
Governo. Como Chefe de Governo, ele atua na qualidade de Chefe do
Poder Executivo Federal, vale dizer, governa a Unio. Por outro lado,
como Chefe de Estado, representa no apenas a Unio, mas Repblica
Federativa do Brasil perante os demais Estados Soberanos. Na esteira
desse entendimento, o STF defende que:
A clusula de vedao inscrita no art. 151, inciso III, da Constituio que probe
a concesso de isenes tributrias heternomas inoponvel ao Estado Federal
brasileiro (vale dizer, Repblica Federativa do Brasil), incidindo, unicamente, no
plano das relaes institucionais domsticas que se estabelecem entre as pessoas
polticas de direito pblico interno (...). Nada impede, portanto, que o Estado
Federal brasileiro celebre tratados internacionais que veiculem clusulas de
exonerao tributria em matria de tributos locais (como o ISS, p. ex.), pois a
Repblica Federativa do Brasil, ao exercer o seu treaty-making power, estar
praticando ato legtimo que se inclui na esfera de suas prerrogativas como pessoa
jurdica de direito internacional pblico, que detm em face das unidades
meramente federadas o monoplio da soberania e da personalidade
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internacional. (RE 543.943-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-11-2010, Segunda Turma, DJE de 15-2-2011.) Vide: RE 229.096, Rel. p/ o ac. Min. Crmen Lcia,
julgamento em 16-8-2007, Plenrio, DJE de 11-4-2008.
* treaty-making power o poder para celebrar tratados.
Alternativa E Conforme exposto na alternativa anterior, ao firmar
um tratado internacional o Presidente da Repblica atua na qualidade
de Chefe de Estado, incorporando ao final do ciclo o ato firmado
legislao interna. Assim, aplica-se a inteligncia do art. 98 do CTN,
segundo o qual os tratados e as convenes internacionais revogam
ou modificam a legislao tributria interna. Legislao interna
compreende a de todos os entes de Direito Pblico Interno, a saber:
Unio, Estados, DF e Municpios. Alternativa errada.
Gabarito: C.
Questo 07 (ESAF) PFN/2007 1) O STJ, em matria de direito internacional tributrio, tem entendido que os tratados-leis, diferentemente dos tratados-contratos, no podem ser alterados pela legislao interna. 2) Cabe lei complementar dispor sobre a vedao a que se estabeleam limitaes ao trfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais. 3) A Unio no pode criar situao de iseno ao ICMS, por via indireta, ou seja, por meio de tratado ou conveno internacional que garanta ao produto estrangeiro a mesma tributao do similar nacional. a) As trs afirmaes so verdadeiras. b) S verdadeira a primeira assero. c) S falsa a terceira afirmao. d) S so verdadeiras as duas ltimas. e) So todas falsas.
Comentrios
Item 1 H uma classificao doutrinria que divide os tratados em
tratados-leis e tratados-contratos. Tratados-leis so aqueles firmados
quando h vontades coincidentes entre os pases signatrios.
Possuem natureza normativa. J os tratados-contratos compreendem
aqueles de natureza contratual, onde as vontades so opostas. H,
neste caso, objetivos opostos manifestados pelos pases signatrios.
O STJ, no julgamento do REsp 426.945-PR decidiu que:
O art. 98 do CTN permite a distino entre os chamados tratados-contratos e os
tratados-leis. Toda a construo a respeito da prevalncia da norma interna com o
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poder de revogar os tratados, equiparando-os legislao ordinria, foi feita tendo
em vista os designados tratados, contratos, e no os tratados-leis. Assertiva
correta.
Item 2 O art. 146, II, da Constituio Federal determina que cabe
lei complementar regular as limitaes constitucionais ao poder de
tributar. Sendo a vedao no-limitao ao trfego uma limitao
constitucional ao poder de tributar, infere-se que ser regulada
mediante lei complementar. Assertiva correta.
Item 3 Assertiva incorreta. Assim decidiu o STF:
"A iseno de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comrcio
para as mercadorias importadas dos pases signatrios, quando o similar nacional
tiver o mesmo benefcio, foi recepcionada pela Constituio da Repblica de 1988. O
art. 98 do Cdigo Tributrio Nacional possui carter nacional, com eficcia para a
Unio, os Estados e os Municpios (voto do eminente Ministro Ilmar Galvo). (RE
229.096, Rel. p/ o ac. Min. Crmen Lcia, julgamento em 16-8-2007, Plenrio, DJE de 11-
4-2008.)
Gabarito: C.
Questo 08 (ESAF) AFRF/2002 (i) Segundo o Cdigo Tributrio Nacional (CTN), os tratados internacionais precisam ser observados pelo legislador, que, assim, no poder alter-los por normas com eles incompatveis? (ii) luz do CTN, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas podem ser considerados como legislao tributria? (iii) Decretos podem instituir impostos autorizados pela Constituio? a) Sim, Sim, Sim. b) Sim, Sim, No. c) Sim, No, Sim. d) No, No, No. e) No, Sim, No.
Comentrios
(i) A ESAF, mais uma vez, exigiu a literalidade do art. 98 do CTN,
segundo o qual os tratados e as convenes internacionais revogam
ou modificam a legislao tributria interna, e sero observados pela
que lhes sobrevenha. Item correto.
(ii) Sim. A questo pede que se responda segundo CTN. Nos termos
do art. 100, I, do Cdigo, os atos normativos expedidos pelas
autoridades administrativas so normas complementares. Em
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conjugao com o art. 96, temos que a expresso "legislao
tributria" compreende as leis, os tratados e as convenes
internacionais, os decretos e as normas complementares que versem,
no todo ou em parte, sobre tributos e relaes jurdicas a eles
pertinentes.
(iii) No. Os decretos constituem atos infralegais, no tendo,
portanto, capacidade para inovar no ordenamento, criando direitos e
obrigaes. Nesse sentido, o art. 99 do CTN estabelece que o
contedo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em
funo das quais sejam expedidos, determinados com observncia
das regras de interpretao estabelecidas nesta Lei.
Gabarito: B.
Questo 09 (ESAF) PFN/98 A Unio prescinde de lei complementar para: a) dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. b) regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar. c) estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria. d) em relao aos impostos discriminados na Constituio Federal, definir respectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes. e) estabelecer quando ocorrer o vencimento dos impostos e taxas de sua competncia.
Comentrios
Muita ateno com o verbo prescindir!!!!
Apesar de entendimento simples, costuma pegar alguns
candidatos.
prescindir pres.cin.dir (lat praescindere) vti 1 Separar mentalmente uma coisa de outra ou de outras; abstrair: Prescindir do raciocnio. 2 Dispensar, passar sem, pr de parte; renunciar: Prescindir de direitos, de vantagens.
Devemos entend-lo sentido de dispensar. Assim, a questo
pede para assinalar a alternativa em que dispensvel a edio de lei
complementar, ou seja, quando no se exige lei complementar para
regular a matria.
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A Constituio Federal determina que:
Art. 146. Cabe lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os
Estados, o Distrito Federal e os Municpios;
II - regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria, especialmente
sobre:
a) definio de tributos e de suas espcies, bem como, em relao aos impostos
discriminados nesta Constituio, a dos respectivos fatos geradores, bases de
clculo e contribuintes;
b) obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios;
c) adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo praticado pelas sociedades
cooperativas.
d) definio de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para
as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso
do imposto previsto no art. 155, II, das contribuies previstas no art. 195, I e
12 e 13, e da contribuio a que se refere o art. 239.
Alternativa A Errada. Cabe lei complementar dispor sobre conflitos
de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os Estados, o
Distrito Federal e os Municpios, nos termos do art. 146, I, da CF/88.
Alternativa B Alternativa errada. Cabe lei complementar regular as
limitaes constitucionais ao poder de tributar, nos termos do art.
146, II, da CF/88.
Alternativa C - Alternativa errada. Cabe lei complementar
estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria, nos
termos do art. 146, III, da CF/88.
Alternativa D - Alternativa errada. Cabe lei complementar, em
relao aos impostos discriminados na Constituio Federal, definir
respectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes, nos
termos do art. 146, III, a, da CF/88.
Alternativa E Correta. Estabelecer quando ocorrer o vencimento
dos impostos e taxas de sua competncia no reservado lei
complementar pela Constituio Federal. Para ter sua disciplina
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obrigatria mediante lei complementar, necessria expressa
determinao no texto constitucional. Nesse sentido, j decidiu o STF:
TRIBUTRIO. ICMS. MINAS GERAIS. DECRETOS N.S 30.087/89 E 32.535/91, QUE
ANTECIPARAM O DIA DE RECOLHIMENTO DO TRIBUTO E DETERMINARAM A INCIDNCIA DE
CORREO MONETRIA A PARTIR DE ENTO. ALEGADA OFENSA AOS PRINCPIOS DA
LEGALIDADE, DA ANTERIORIDADE E DA NO-CUMULATIVIDADE. Improcedncia da
alegao, tendo em vista no se encontrar sob o princpio da legalidade
estrita e da anterioridade a fixao do vencimento da obrigao tributria;
j se havendo assentado no STF, de outra parte, o entendimento de que a
atualizao monetria do dbito de ICMS vencido no afronta o princpio da
no-cumulatividade (RE 172.394). Recurso no conhecido. (STF, 1 T., RE
195.218/MG, Min. Ilmar Galvo, mai/02).
Gabarito: E.
Questo 10 (ESAF) AFRF/2010 Sobre a Legislao Tributria, assinale a opo correta. a) Pode-se afirmar que ordem de servio, expedida por Delegado da Receita Federal do Brasil, contendo normas relativas ao atendimento do contribuinte, integra a legislao tributria. b) O prazo de recolhimento de determinado tributo no pode ser minorado por regulamento especfico, haja vista a exigncia constitucional de lei em sentido estrito. c) Segundo a Constituio Federal, h exigncia de lei complementar para a instituio de contribuio de interveno no domnio econmico. d) Com o advento da Emenda Constitucional n. 45/2004, os tratados e convenes internacionais, que visam ao estabelecimento de regras para coibir a evaso fiscal, ao serem aprovados pelo Congresso Nacional, sero equivalentes s emendas constitucionais. e) As decises proferidas pelas Delegacias da Receita Federal de Julgamento, em regra, integram a legislao tributria.
Comentrios
Alternativa A - O Cdigo Tributrio Nacional define em seu art. 96 que
a expresso "legislao tributria" compreende as leis, os tratados e
as convenes internacionais, os decretos e as normas
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e
relaes jurdicas a eles pertinentes. Sendo assim, a ordem de servio
expedida por Delegado da Receita Federal constitui a legislao
tributria, eis que o atendimento ao contribuinte diz respeito relao
jurdica pertinente aos tributos, j que do atendimento podem resultar
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impugnaes, pedidos de parcelamento, emisso de documentos, etc.
Alternativa correta.
Alternativa B No mesmo sentido do exposto na questo anterior, j
decidiu o STF:
TRIBUTRIO. ICMS. MINAS GERAIS. DECRETOS N.S 30.087/89 E 32.535/91, QUE
ANTECIPARAM O DIA DE RECOLHIMENTO DO TRIBUTO E DETERMINARAM A INCIDNCIA DE
CORREO MONETRIA A PARTIR DE ENTO. ALEGADA OFENSA AOS PRINCPIOS DA
LEGALIDADE, DA ANTERIORIDADE E DA NO-CUMULATIVIDADE. Improcedncia da
alegao, tendo em vista no se encontrar sob o princpio da legalidade
estrita e da anterioridade a fixao do vencimento da obrigao tributria;
j se havendo assentado no STF, de outra parte, o entendimento de que a
atualizao monetria do dbito de ICMS vencido no afronta o princpio da
no-cumulatividade (RE 172.394). Recurso no conhecido. (STF, 1 T., RE
195.218/MG, Min. Ilmar Galvo, mai/02). Alternativa errada.
Alternativa C Errada. O STF fixou entendimento no sentido da
dispensabilidade de lei complementar para a criao das contribuies
de interveno no domnio econmico e de interesse das categorias
profissionais. (AI 739.715-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 26-5-
2009, Segunda Turma, DJE de 19-6-2009.)
Alternativa D Alternativa errada. A EC 45/2004 acrescentou ao art.
5 da CF/88 o 3, estabelecendo que os tratados e convenes
internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos
votos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas
constitucionais.
Alternativa E Incorreta. Constituem normas complementares da
legislao tributria as decises dos rgos singulares ou coletivos de
jurisdio administrativa, desde que a lei atribua eficcia normativa.
Gabarito: A.
Questo 11 (ESAF) AFRF/2003 Responda com base na Constituio Federal. (i) Medida Provisria publicada em 10 de dezembro de 2002 que majorou, a partir de 1 de janeiro de 2003, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer
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natureza de pessoas fsicas, mas no convertida em lei at 31 de dezembro de 2002, continuou a produzir efeitos a partir de 1 de janeiro de 2003? (ii) admitida a edio de medida provisria para estabelecer, em matria de legislao tributria, normas gerais sobre a definio de base de clculo do imposto de competncia da Unio sobre propriedade territorial rural? (iii) No tocante ao imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao (ICMS), cabe lei complementar estabelecer as alquotas aplicveis s operaes e prestaes, interestaduais e de exportao? a) No, no, no. b) No, sim, no. c) No, no, sim. d) Sim, no, sim. e) Sim, sim, no.
Comentrios
(i) No. A CF/88 permite a adoo de medida provisria em matria
tributria (ressalvadas as hipteses em que se exige lei
complementar). No entanto, o tratamento do princpio da
anterioridade diferente do adotado para as leis. Reza o art. 62, 2,
da CF/88 que medida provisria que implique instituio ou majorao
de impostos s produzir efeitos no exerccio financeiro seguinte se
houver sido convertida em lei at o ltimo dia daquele em que foi
editada. O mesmo pargrafo traz como excees o II, IE, IPI, IOF e
IEG, que so excees anterioridade. Nenhuma ressalva h para o
imposto de renda.
(ii) No. Determina o art. 146, III, da CF/88 que cabe lei
complementar estabelecer normas gerais em matria de legislao
tributria . Assim, em consonncia com o art. 62, 1,III medida
provisria no pode versar sobre matria reservada lei
complementar.
(iii) No. Conforme o art. 155, 2, IV, Resoluo do Senado Federal,
de iniciativa do Presidente da Repblica ou de um tero dos
Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros,
estabelecer as alquotas aplicveis s operaes e prestaes,
interestaduais e de exportao.
Gabarito: A.
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Questo 12 (ESAF) Analista Jurdico SEFAZ CE/2006 As leis complementares so diplomas legais que tm por objetivo complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matrias, em geral devido a sua complexidade. Sobre elas, em matria tributria, podemos afirmar que sero utilizadas para I. estabelecer critrios especiais de tributao, com o objetivo de prevenir desequilbrios da concorrncia. II. instituir determinados tributos, como os emprstimos compulsrios, a contribuio de interveno no domnio econmico sobre os combustveis e os impostos residuais. III. estabelecer regras para a resoluo de conflitos de competncia entre os entes federativos. IV. definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte. V. regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar. Esto corretos apenas os itens a) I, III e V. b) I, III, IV e V. c) II, III, IV e V. d) I, II, III e V. e) I, IV e V.
Comentrios
Esta questo exige o conhecimento dos arts. 146 e 146-A da
CF/88 e, para fixar, complementaremos com o entendimento firmado
pelo STF.
Reza a CF/88:
Art. 146. Cabe lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os
Estados, o Distrito Federal e os Municpios;
II - regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria, especialmente
sobre:
a) definio de tributos e de suas espcies, bem como, em relao aos impostos
discriminados nesta Constituio, a dos respectivos fatos geradores, bases de
clculo e contribuintes;
b) obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios;
c) adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo praticado pelas sociedades
cooperativas.
d) definio de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para
as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso
do imposto previsto no art. 155, II, das contribuies previstas no art. 195, I e
12 e 13, e da contribuio a que se refere o art. 239.
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Pargrafo nico. A lei complementar de que trata o inciso III, d, tambm poder
instituir um regime nico de arrecadao dos impostos e contribuies da Unio,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, observado que:
I - ser opcional para o contribuinte;
II - podero ser estabelecidas condies de enquadramento diferenciadas por
Estado;
III - o recolhimento ser unificado e centralizado e a distribuio da parcela de
recursos pertencentes aos respectivos entes federados ser imediata, vedada
qualquer reteno ou condicionamento;
IV - a arrecadao, a fiscalizao e a cobrana podero ser compartilhadas pelos
entes federados, adotado cadastro nacional nico de contribuintes.
Art. 146-A. Lei complementar poder estabelecer critrios especiais de tributao,
com o objetivo de prevenir desequilbrios da concorrncia, sem prejuzo da
competncia de a Unio, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.
Item I Correto. Corresponde previso do art. 146-A.
Item II Errado. As leis complementares so obrigatrias apenas
quando houver disposio expressa na Constituio Federal,
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