aula - esgoto-drenagem pluvial teoria (2)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Leitura e Interpretação de Projetos
Instalações de Esgoto
Douglas Pena
Douglas Júnio Alcântara Pena
Esgotamento sanitário
• Parte da água que fornecemos a uma residência, cerca de 80%, retorna para o meio ambiente em forma de esgoto;
• É necessário pensarmos as instalações que farão a coleta e destinação dessa massa de água+resíduos;
• Deve-se buscar soluções:– Eficientes– Em consonância com o meio ambiente
Douglas Júnio Alcântara Pena
Premissas básicas
• Rápido escoamento dos esgotos sanitários;• Fácil desobstrução;• Impedimento da passagem de gases e animais do
interior das instalações para o exterior;• Impedimento de acúmulo de gás no interior das
tubulações.
Douglas Júnio Alcântara Pena
Divisão das instalações sanitárias
• Podem ser divididas quanto à possibilidade de acesso dos gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento– Instalações primárias: permite o acesso dos gases– Instalações secundárias: é vedada a entrada dos gases
• O desconector é o dispositivo que separa as duas partes, interpondo um fecho hídrico que impede a passagem dos gases da instalação primária para a secundária (sifão, caixa sifonada, etc.).
Douglas Júnio Alcântara Pena
Fecho hídrico (sifão)
Douglas Júnio Alcântara Pena
Ramais de descarga
• Ramais de descarga de bacias sanitárias, caixas ou ralos sifonados, caixas redentoras e sifões devem ser ligados diretamente à uma caixa de inspeção, sempre que possível;
• Ramais de descarga devem ser ligados aos ramais de esgoto através de caixa de inspeção, ou com junção simples com ângulo de no máximo 45°.
Douglas Júnio Alcântara Pena
Ramais de descarga
Douglas Júnio Alcântara Pena
Tubos de queda
• Deve ter diâmetro uniforme e ser instalado em alinhamento reto, sempre que possível;
• Ligações simples nas interligações horizontais com verticais de 45° no máximo, ou duplas, ou tês sanitários;
• Vedado o uso de cruzetas sanitárias.
Douglas Júnio Alcântara Pena
Tubos de queda
Douglas Júnio Alcântara Pena
Ventilação
• Pode ser realizada por meio de ventilação primária somente ou acrescida de ventilação secundária;
• Recomendável, em prédios de um só pavimento, a existência de pelo menos um tubo de ventilação de DN 100 ligado diretamente à caixa de inspeção;
• Em prédios de dois ou mais pavimentos, tubos devem ser prolongados além da cobertura, sendo todos os desconectores providos de ventiladores individuais ligados à coluna de ventilação.
Douglas Júnio Alcântara Pena
Ventilação
Douglas Júnio Alcântara Pena
Ventilação
• Todo desconector deve ser ventilado;• A suficiência da ventilação é dada de acordo com a
NBR 8160/1999 e depende da geometria dos desconectores e condições ambientais.
Douglas Júnio Alcântara Pena
Dimensionamento
• Unidades Hunter de Contribuição: é um número que leva em consideração a probabilidade de uso simultâneo dos aparelhos sanitários, associada à vazão;
• Através do somatório de Unidades Hunter de Contribuição, obtemos, por tabelas, o diâmetro das tubulações de esgotamento.
Douglas Júnio Alcântara Pena
Aparelho Número de unidades Hunter de
contribuição
Diâmetro nominal do ramal de descarga DN
(mm)Bacia sanitária 6 100Banheira de residência 2 40Bebedouro 0.5 40Bidê 1 40Chuveiro de residência 2 40Chuveiro coletivo 4 40Lavatório de residência 1 40Lavatório geral 2 40Mictório – válvula de descarga 6 75Mictório – caixa de descarga 5 50Mictório – descarga automática 2 40
Douglas Júnio Alcântara Pena
Unidades Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetros nominais dos ramais de descarga
Aparelho Número de unidades Hunter de contribuição
Diâmetro nominal do ramal de descarga DN
(mm)Mictório de calha por metro 2 50Pia de residência 3 50Pia de cozinha industrial – preparação 3 50Pia de cozinha industrial – lavagem de panelas 4 50Tanque de lavar roupas 3 50Máquina de lavar roupas 2 50Máquina de lavar louças 3 50
Douglas Júnio Alcântara Pena
Unidades Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetros nominais dos ramais de descarga
Diâmetro nominal do ramal de descarga Número de unidades Hunter de contribuição40 250 375 5
100 6
Douglas Júnio Alcântara Pena
Diâmetro nominal versus unidades Hunter de contribuição.
Diâmetro nominal do tubo DN Número de unidades Hunter de contribuição40 250 675 20
100 160150 620
Douglas Júnio Alcântara Pena
Dimensionamento de ramais de esgoto.
Diâmetro nominal do tubo DNNúmero de unidades Hunter de contribuição
Prédios de até 3 pavimentos
Prédios com mais de 3 pavimentosEm 1 pavimento Em todo o tubo
40 4 2 850 10 6 2475 30 16 70
100 240 90 500150 960 350 1900200 2200 600 3600250 3800 1000 5600300 6000 1500 8400
Douglas Júnio Alcântara Pena
Dimensionamento de tubos de queda.
Diâmetro nominal do tubo DN
Número de unidades Hunter de contribuiçãoDeclividades mínimas (%)
0,5 1 2 4
100 - 180 216 250150 - 700 840 1000200 1400 1600 1920 2300250 2500 2900 3500 4200300 3900 4600 5600 6700400 7000 8300 10000 12000
Douglas Júnio Alcântara Pena
Dimensionamento de coletores prediais e subcoletores.
Diâmetro nominal do ramal de esgoto DN Distância máxima (m)40 1,0050 1,2075 1,80
100 2,40
Douglas Júnio Alcântara Pena
Distância máxima de um desconector ao tubo ventilador.
Grupo de aparelhos sem bacias sanitárias Grupo de aparelhos com bacias sanitáriasNúmero de unidades
Hunter de contribuição
Diâmetro nominal do ramal de ventilação
DN
Número de unidades Hunter de
contribuição
Diâmetro nominal do ramal de ventilação
DNAté 12 40 Até 17 5013 a 18 50 18 a 60 7519 a 36 75 - -
Douglas Júnio Alcântara Pena
Dimensionamento de ramais de ventilação.
Diâmetro nominal do
tubo de queda ou ramal de esgoto DN
100
Número de unidades Hunter de
contribuição
Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação
40 50 75 100 150 200
Comprimento máximo permitido (m)
40 8 4640 10 3050 12 23 6150 20 15 4675 10 13 46 31775 21 10 33 24775 53 8 29 20775 102 8 26 189
100 43 - 11 76 299100 140 - 8 61 229
Douglas Júnio Alcântara Pena
Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação.
Diâmetro nominal do
tubo de queda ou ramal de esgoto DN
100
Número de unidades Hunter de
contribuição
Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação
40 50 75 100 150 200
Comprimento máximo permitido (m)
100 320 - 7 52 195100 530 - 6 46 177150 500 - - 10 40 305150 1100 - - 8 31 238150 2000 - - 7 26 201150 2900 - - 6 23 183200 1800 - - - 10 73 286200 3400 - - - 7 57 219200 5600 - - - 6 49 186200 7600 - - - 5 43 171
Douglas Júnio Alcântara Pena
Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação.
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Simbologia básica – Esgotamento sanitário
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Drenagem pluvial
Douglas Júnio Alcântara Pena
Instalações de águas pluviais: objetivos
• Captar as águas pluviais de superfícies impermeáveis da edificação e direcioná-las para ramais de redes públicas e/ou privadas apropriadas para recebê-las.
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Instalações de águas pluviais: Estrutura
• As instalações de águas pluviais são constituídas de:– Calhas– Condutores verticais– Condutores horizontais– Ralos e caixas
• Outros equipamentos não convencionais podem ser utilizados como soluções para certos problemas como o reaproveitamento de águas pluviais e cinzas, etc.
Douglas Júnio Alcântara Pena
Critérios de dimensionamento
• O dimensionamento das instalações de águas pluviais depende:– Da intensidade pluviométrica do local da edificação– Da área de contribuição da superfície impermeável
considerada– Da impermeabilidade da superfície
Douglas Júnio Alcântara Pena
Critérios de dimensionamento
1. Intensidade pluviométrica– Designada por ;– Determinada através do período de retorno T para a região– Considerado como valor de projeto:
• Áreas pavimentadas: 1 ano• Coberturas e/ou terraços: 5 anos• Coberturas e áreas onde não é permitido empoçamento ou
extravasamento: 25 anos
– Quando não conhecidos os dados para a região, pode-se adotar para áreas construídas de até 100m², ou os dados da tabela a seguir.
Douglas Júnio Alcântara Pena
Critérios de dimensionamento
1. Intensidade pluviométrica– Quando não conhecidos os dados para a região, pode-
se adotar para áreas construídas de até 100m², ou os dados da tabela a seguir.
Douglas Júnio Alcântara Pena
TABELA PERIODO DE RETORNO
Douglas Júnio Alcântara Pena
Critérios de dimensionamento
• Área de contribuição ()– É a área plana horizontal atingida diretamente pela
chuva, mais o incremento devido à inclinação da cobertura e das paredes
Douglas Júnio Alcântara Pena
Área de contribuição
Douglas Júnio Alcântara Pena
Área de contribuição
Douglas Júnio Alcântara Pena
Critérios de dimensionamento
• Impermeabilidade do local– Parte da vazão que precipita sobre uma superfície escoa por ela, sendo que
uma outra parcela evapora e/ou é absorvida pela superfície– A razão entre a vazão que escoa e o total precipitado é denominado
coeficiente de runoff ou de deflúvio ()
Douglas Júnio Alcântara Pena
Características da superfície Coeficiente de deflúvio
Telhados 0,75 a 1,00
Pavimentação asfáltica 0,70 a 0,95
Pavimentação com paralelepípedo 0,70 a 0,85
Pavimentação em concreto 0,80 a 0,95
Gramados – terrenos arenosos 0,05 a 0,20
Gramados – terrenos argilosos 0,13 a 0,35
Vazão de dimensionamento
• A vazão de dimensionamento é dada pela fórmula:
Sendo,
Douglas Júnio Alcântara Pena
Dimensionamento de calhas
• O dimensionamento de calhas semi-circulares é dado pela equação de Manning modificada a seguir:
Sendo:
Douglas Júnio Alcântara Pena
Dimensionamento de condutores verticais
Douglas Júnio Alcântara Pena
Dimensionamento de condutores verticais
Douglas Júnio Alcântara Pena
Dimensionamento condutores horizontais
Diâmetro interno (mm)Declividade média do condutor (%)
0,5 1 2 450 32 45 64 90
75 95 133 188 267
100 204 287 405 575
125 370 521 735 1040
150 602 847 1190 1690
200 1300 1820 2570 3650
250 2350 3310 4660 6620
300 3820 5380 7590 10800
Douglas Júnio Alcântara Pena
Capacidade de condutores horizontais de seção circular, em L/min.
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