aula cead 2015 - gêneros e tipos textuais
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Prof. Anderson Freitas
em todos eles há uma ilustração acompanhada de elementos verbais (legenda, falas de personagens, título, letreiro);
todos fazem uma crítica a questões importantes para a sociedade de uma determinada época;
todos foram publicados em jornais ou revistas;
todos visam uma reflexão do leitor sobre questões importantes, mas para isso utilizam de boa dose de humor.
à sua estrutura;
à linguagem utilizada;
aos temas abordados;
ao contexto de circulação e ao suporte em que se encontra;
a quem ele se destina;
ao seu objetivo e à sua função social.
Quando identificamos, em um conjunto de textos, esses elementos comuns, dizemos que esses textos pertencem a um determinado gênero textual. No caso das quatro imagens acima, o gênero em questão denomina-se charge.
Narração (narrar um fato) Exposição (expor uma ideia) Argumentação (argumentar) Descrição (descrever algo ou alguém) Injunção (instruir ou ordenar)
[...Zeffirino] Atravessou um arco rebaixado ao pé da rocha e reviu acima de si a água alta e o céu. Sombras de pedra clara circundavam o fundo em toda sua extensão e, na parte mais larga, declinavam num arrecife semi-submerso. Com um giro de cintura e um impulso nas nadadeiras, Zeffirino subiu para respirar. O tubo de ar veio à tona e cuspiu umas gotas infiltradas na máscara, mas a cabeça do garoto continuou na água. Tinha reencontrado o sargo - aliás, dois! Já estava fazendo a mira quando avistou um cardume inteiro deles, navegando tranquilo à esquerda, enquanto à direita brilhava outra esquadra. Era um local riquíssimo de pesca, quase um espelho d´água, e para onde Zeffirino olhasse via o bater de nadadeiras sutis e o piscar de escamas; o espanto e a alegria foram tantos que ele não fez nenhum ataque.
(CALVINO, Ítalo. Peixinhos, peixões. Trad. Maurício Santana Dias. Piauí. São Paulo: Abril, ano I, n. 4, p. 44-5, jan. 2007. (fragmento) apud: ABAURRE; ABAURRE (2007, p.34-5))
[...Zeffirino] Atravessou um arco rebaixado ao pé da rocha e reviu acima de si a água alta e o céu. Sombras de pedra clara circundavam o fundo em toda sua extensão e, na parte mais larga, declinavam num arrecife semi-submerso. Com um giro de cintura e um impulso nas nadadeiras, Zeffirino subiu para respirar. O tubo de ar veio à tona e cuspiu umas gotas infiltradas na máscara, mas a cabeça do garoto continuou na água. Tinha reencontrado o sargo - aliás, dois! Já estava fazendo a mira quando avistou um cardume inteiro deles, navegando tranquilo à esquerda, enquanto à direita brilhava outra esquadra. Era um local riquíssimo de pesca, quase um espelho d´água, e para onde Zeffirino olhasse via o bater de nadadeiras sutis e o piscar de escamas; o espanto e a alegria foram tantos que ele não fez nenhum ataque.
(CALVINO, Ítalo. Peixinhos, peixões. Trad. Maurício Santana Dias. Piauí. São Paulo: Abril, ano I, n. 4, p. 44-5, jan. 2007. (fragmento) apud: ABAURRE; ABAURRE (2007, p.34-5))
[...Zeffirino] Atravessou um arco rebaixado ao pé da rocha e reviu acima de si a água alta e o céu. Sombras de pedra clara circundavam o fundo em toda sua extensão e, na parte mais larga, declinavam num arrecife semi-submerso. Com um giro de cintura e um impulso nas nadadeiras, Zeffirino subiu para respirar. O tubo de ar veio à tona e cuspiu umas gotas infiltradas na máscara, mas a cabeça do garoto continuou na água. Tinha reencontrado o sargo - aliás, dois! Já estava fazendo a mira quando avistou um cardume inteiro deles, navegando tranquilo à esquerda, enquanto à direita brilhava outra esquadra. Era um local riquíssimo de pesca, quase um espelho d´água, e para onde Zeffirino olhasse via o bater de nadadeiras sutis e o piscar de escamas; o espanto e a alegria foram tantos que ele não fez nenhum ataque.
(CALVINO, Ítalo. Peixinhos, peixões. Trad. Maurício Santana Dias. Piauí. São Paulo: Abril, ano I, n. 4, p. 44-5, jan. 2007. (fragmento) apud: ABAURRE; ABAURRE (2007, p.34-5))
Gênero textual: conto Tipo textual: narrativo
Olhares que buscam o Brasil
Ao despontar como potência econômica do século XXI, o Brasil
tem cada vez mais atraído os olhares do mundo, chamando a atenção
da mídia, de grandes empresas e de outros países. Contudo, é outro
olhar não menos importante que deveria começar a nos sensibilizar
mais: o olhar marginalizado e cheio de esperança daqueles que não
têm dinheiro, dos famintos e desempregados ao redor do globo. São
pessoas com esse perfil que majoritariamente contribuem para o
crescente volume de imigrantes no país, e o que se vê é uma ausência
de políticas públicas eficientes para receber e integrar essas pessoas à
sociedade.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/vestibular/noticia/2013/09/conheca-as-redacoes-das-estudantes-de-santa-maria-
publicadas-no-guia-do-enem-2013-4262982.html
Olhares que buscam o Brasil [Conclusão]
Nesse sentido, é preciso que atitudes mais energéticas
sejam tomadas a fim de que o país não deixe escapar essa
oportunidade: a de transformar o problema da imigração
crescente em uma solução para outros. A questão merece
mais atenção do governo, portanto, pois não deve ser à toa
que o Brasil, além de ser conhecido pela hospitalidade,
também o é pelo modo criativo de resolver problemas.
Prestemos mais atenção aos olhares que nos cercam; deles
podem vir novas oportunidades.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/vestibular/noticia/2013/09/conheca-as-redacoes-das-estudantes-de-santa-maria-
publicadas-no-guia-do-enem-2013-4262982.html
Gênero textual: redação dissertativo-argumentativa
Tipo textual: argumentativo
Se tu falas muitas palavras sutis
E gostas de senhas, sussurros, ardis
A lei tem ouvidos pra te delatar
Nas pedras do teu próprio lar
Se trazes no bolso a contravenção
Muambas, baganas e nem um tostão
A lei te vigia, bandido infeliz
Com seus olhos de raio-x
Se vives nas sombras, frequentas porões
Se tramas assaltos ou revoluções
A lei te procura amanhã de manhã
Com seu faro de dobermann
E se definitivamente a sociedade só te
tem
Desprezo e horror
E mesmo nas galeras és nocivo
És um estorvo, és um tumor
A lei fecha o livro, te pregam na cruz
Depois chamam os urubus
Se pensas que burlas as normas penais
Insuflas, agitas e gritas demais
A lei logo vai te abraçar, infrator
Com seus braços de estivador
Figura de linguagem: anáfora
Se tu falas muitas palavras sutis
E gostas de senhas, sussurros, ardis
A lei tem ouvidos pra te delatar
Nas pedras do teu próprio lar
Se trazes no bolso a contravenção
Muambas, baganas e nem um tostão
A lei te vigia, bandido infeliz
Com seus olhos de raio-x
Se vives nas sombras, frequentas porões
Se tramas assaltos ou revoluções
A lei te procura amanhã de manhã
Com seu faro de dobermann
E se definitivamente a sociedade só te
tem
Desprezo e horror
E mesmo nas galeras és nocivo
És um estorvo, és um tumor
A lei fecha o livro, te pregam na cruz
Depois chamam os urubus
Se pensas que burlas as normas penais
Insuflas, agitas e gritas demais
A lei logo vai te abraçar, infrator
Com seus braços de estivador
Texto conotativo: linguagem figurada
Gênero textual: letra de música Tipo textual: argumentativo-expositivo
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