aula 4- imunidades 2014

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Tributário

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IMUNIDADES E ISENÇÕES IMUNIDADES E ISENÇÕES TRIBUTÁRIASTRIBUTÁRIAS

BETINA TREIGER GRUPENMACHER

• CONCEITO DE INCIDÊNCIA

• Derivado de “incidir”, do latim incidere, traduz a ação de incidir, de fazer recair sobre alguma coisa.

• EFEITO DAQUILO QUE RECAI, ALCANÇA, ATINGE, ABRANGE, ABARCA OU ABRAÇA ALGO.

• Ex.: o imposto incide sobre a operação x ou o imposto não incide sobre a pequena propriedade.

NÃO-INCIDÊNCIA

• CONCEITO DE NÃO INCIDÊNCIA

• Não incidência• tudo o que estiver fora do campo da previsão legal

•FATOS NÃO JURÍGENOS (irrelevantes para o Direito Tributário).

• Hugo de Brito Machado

•“é a situação em que a regra jurídica não incide porque não se configuram os pressupostos de fato.”

NÃO-INCIDÊNCIA

NÃO INCIDÊNCIA

• De Fato inocorrência do fato abstratamente previsto na Hipótese de Incidência.

• De Direito existência de regra jurídica expressa dizendo que não se configura, determinado fato, hipótese de incidência tributária.

NÃO INCIDÊNCIA

DE FATO

DE DIREITO

CONSTITUCIONAL = IMUNIDADE (caráter permanente)

LEGAL = ISENÇÃO (caráter transitório pode ser revogada pelo legislador)

NÃO-INCIDÊNCIA

• Limite constitucional ao poder de tributar•• Não-incidência constitucionalmente qualificada•• Exclusão ou supressão do poder de tributar

Síntese das correntes doutrinárias :

IMUNIDADE

• Paulo de Barros Carvalho

•Regra de estrutura que define positiva ou negativamente as competências das pessoas políticas.

•“classe finita e imediatamente determinável de normas jurídicas, contidas no texto da Constituição Federal, e que estabelecem, de modo expresso, a incompetência das pessoas políticas de direito constitucional interno para expedir regras instituidoras de tributos que alcancem situações específicas e suficientemente caracterizadas”

• Regra de INCOMPETÊNCIA ao poder de tributar..

DOUTRINA

• Roque Antônio Carrazza

•Imunidade auxilia na demarcação da competência. Fixa a incompetência das entidades tributantes para onerar com tributos certas pessoas. Insere-se no plano das regras negativas de competência.

•“Sempre que a constituição estabelece uma imunidade, está, em última análise, indicando a incompetência das pessoas políticas para legislarem acerca daquele fato determinado. Impõe-lhes, de conseguinte, o dever de se absterem de tributar, sob pena de irremissível inconstitucionalidade.”

DOUTRINA

DOUTRINA

Regras Imunitórias Impedem a incidência (cronologia criação do tributo regras imunitórias)

Regras que impedem o fenômeno da incidência

Regras Imunitórias tornam a H.I. regra não-juridicizante (Becker) ou pré-juridicizante (Pontes de Miranda).

Normas vedatórias da incidência com status constitucional.

ISENÇÃO – POSIÇÕES CONFLITANTES DA DOUTRINA

ISENÇÃO POSIÇÕES CONFLITANTES NA DOUTRINA.

1) ISENÇÃO COMO DISPENSA

1.1. Ruy Barbos Nogueira “a isenção sendo uma dispensa do pagamento do tributo devido, ou como declara o CTN no art. 175, I, exclusão do crédito tributário, é uma parte excepcionada ou liberada do campo da incidência, que poderá ser aumentada ou diminuída pela lei, dentro do campo da respectiva incidência”

ISENÇÃO – POSIÇÕES CONFLITANTES DA DOUTRINA

1.2. Rubens Gomes de Souza “isenção é o favor fiscal concedido por lei, que consiste em dispensar o pagamento de um tributo devido (...)” – (compêndio de legislação tributária, 3ª ed., Ed. Financeira S/A, Rio de Janeiro, 1964, p. 72)

“Tratando-se de imunidade não é devido o tributo porque não chega a surgir a própria obrigação tributária; ao contrário, na isenção o tributo é devido porque existe obrigação, mas a lei dispensa o seu pagamento. Por conseguinte a isenção pressupõe a incidência porque é claro que se pode dispensar o pagamento de um tributo que seja efetivamente devido.”

o fato imponível ocorre nasce a obrigação tributária excluída posteriormente.

ISENÇÃO – POSIÇÕES CONFLITANTES DA DOUTRINA

ISENÇÃO posterius em face da incidência.

IMUNIDADE prius ante a competência para tributar.

ISENÇÃO – POSIÇÕES CONFLITANTES DA DOUTRINA

Momento da Interferência da norma exonerativa.

Imunidade: H.I. Isenção F.I. O.T. L. C.T. CTN, art. 175, I (exclusão do crédito tributário)

1º Momento: incide regra de tributação surge a relação jurídica tributária.

2º Momento: Incidência da regra de isenção dispensa os Sujeitos Passivos do pagamento do tributo norma desjuridicizante sucessividade de normas.

ISENÇÃO – POSIÇÕES CONFLITANTES DA DOUTRINA

1.3. 1.3. Bernardo Ribeiro de Moraes “A isenção tributária consiste num favor concedido por lei no sentido de dispensar o contribuinte do pagamento do imposto. Há a concretização do fato gerador do tributo sendo este devido, mas a lei dispensa seu pagamento”.

1.4. Amilcar de Araújo Falcão “Nela (refere-se à isenção) – há incidência, ocorre o fato gerador. O legislador, todavia, seja por motivos relacionados com a apreciação da capacidade econômica do contribuinte, seja por considerações extrafiscais, determina a inexigibilidade do débito tributário.”

ISENÇÃO – POSIÇÕES CONFLITANTES DA DOUTRINA

Críticas • sendo a isenção uma parte liberada do campo da incidência

compõe necessariamente o campo da não incidência, o que é contrário à idéia do autor;

• norma isentiva impede a incidência não há dispensa IMPEDIMENTO do nascimento da relação jurídica tributária Como dispensar o que não existe?

• isenção não é forma de extinção da obrigação pela dispensa do crédito mas fenômeno intrínseco à formação da H.I. “está no começo e não no fim do processo obrigacional” (Sacha)

ISENÇÃO – POSIÇÕES CONFLITANTES DA DOUTRINA

2.2. José Souto maior Borges

Não incidência legalmente qualificada

“A norma que isenta é assim, uma norma limitadora ou modificadora: restringe o alcance das normas jurídicas de tributação; delimita o âmbito material ou pessoal a que deverá estender-se o tributo ou altera a estrutura do próprio pressuposto da incidência”

ISENÇÃO – POSIÇÕES CONFLITANTES DA DOUTRINA

2.3. Alberto Xavier Ato impeditivo do nascimento do tributo.

ISENÇÃO Obstáculo à ocorrência do Fato Imponível e ao nascimento

da relação jurídica tributária empecilho ao fenômeno da incidência.

2.4. Alfredo Augusto Becker

“A regra de isenção incide para que a de tributação não possa incidir.”

Não existe a relação jurídica que seria desfeita pela regra de isenção.

ISENÇÃO – DOUTRINA

Paulo de Barros Carvalho

CONCEITO

Fenômeno jurídico pelo qual um dos aspectos da hipótese de incidência (material, espacial, temporal, pessoal) tem seu campo de abrangência reduzido ou mutilado por lei.

Ex.:1) Estão isentos do IR todos os assalariados mutila o aspecto pessoal;2) Estão isentos do IPI os queijos tipo Minas mutila o aspecto material.

ISENÇÃO – DOUTRINA ATUAL

3.2. Sacha Calmon Navarro Coelho “os dispositivos isencionais assim como os imunizantes “entram” na composição das hipótese de incidência das normas de tributação, delimitando o perfil impositivo do ‘fato jurígeno’ eleito pelo legislador.”

A isenção e a imunidade não excluem o crédito. IMPEDEM A INCIDÊNCIA.

Imunidade

Isenção

H.I. Inexiste hipótese jurídica

ISENÇÃO – DOUTRINA ATUAL

FATOS TRIBUTÁVEIS – (FATOS IMUNES + FATOS ISENTOS)=HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DA NORMA DE TRIBUTAÇÃO

A isenção como também a imunidade não exclui o crédito, obstam a própria incidência, impedindo que se instaure a obrigação.

Os “fatos jurígenos” são fixados após a exclusão de todos aqueles considerados não tributáveis em virtude de PREVISÕES DE IMUNIDADE e ISENÇÃO.

EFEITOS E PRESSUPOSTOS

A imunidade tributária tem sede constitucional Tem categoria constitucional.

A imunidade tributária é dirigida ao Poder Legislativo (às pessoas políticas com competência para tributar) São regras de estrutura destinadas ao legislador cujo comando

estabelece o modo e as condições de produção de outras normas.

A imunidade tributária não pode ser recusada nem renunciada Tem como fundamento interesse público, valores políticos, sociais, éticos

e individuais.

Criam direito subjetivo ao destinatário de não sofrer ação tributária.

As imunidades colaboram, assim, para desenhar a competência tributária das pessoas políticas.

IMUNIDADES GENÉRICAS ESPECIAIS

• Fundamento• Valores fundamentais eleitos pelo constituinte

•Democracia• Liberdade de expressão• Liberdade de culto• Liberdade de associação sindical• Liberdade de imprensa•Incentivo À supressão, pelos cidadãos, da ineficiência do poder público

•Imunidades das instituições de educação E assistência social.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

IMUNIDADE DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO

““Art. 150 (...)

VI – instituir impostos sobre:(...)b) templos de qualquer culto;(...).” • Fundamento

• liberdade de crença e da prática de cultos religiosos (art. 5º, VI e VIII da CF/88)

IMUNIDADE DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO

““TEMPLOS DE QUALQUER CULTO”

Interpretação elástica

Todas as formas possíveis de manifestação organizada de religiosidade.

Prédio e dependências contíguas

(casa do pároco ou do pastor).

• OBS.: Venda de objetos sacros, livros, aluguéis de imóveis, exploração de estacionamento não são imunes.• OBS 2 Excetuados os cultos que se afastam de Deus. (contrário ao preâmbulo da CF)

IMUNIDADE DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO

“PREÂMBULO. Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”

IMUNIDADE DOS PARTIDOS E INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS OU ASSISTÊNCIA SOCIAL

(art. 17, CF/88)

“Art. 150 (...)c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; (...).” Partidos Políticos

1.Forma de Manifestação da democracia2.Pluripartidarismo3.Variadas correntes ideológicas.

Fundamento

Necessidade de autonomia dos partidos políticos para manifestarem-se livremente.livremente.

IMUNIDADE DOS PARTIDOS E INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS OU ASSISTÊNCIA SOCIAL

Abrangência

①Todos os partidos constituídos na forma da lei②registro no cartório de títulos e documentos③registro dos Estatutos no Tribunal Superior Eleitoral

Fundações dos Partidos Políticos

Executam atividades voltadas às finalidades básicas dos partidos políticos.

IMUNIDADE SINDICAL

(art. 8º, CF/88)

“Art. 150 (...)c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; (...).” “É livre a associação profissional ou sindical”

Fundamento

Os sindicatos tem a função de (conforme artigo 8º da CF/88).

IMUNIDADE SINDICAL Fundamento Os sindicatos tem a função de (conforme

artigo 8º da CF/88):

a) Melhorar as condições de trabalho;

b) Interferir nas relações de emprego o que os torna indispensáveis às categorias profissionais;

c) Defendem os direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria (questões judiciais e administrativas);

d) Participar de negociações coletivas de trabalho e celebrar acordos e convenções coletivos;

e) Eleger representantes;

f) Impor contribuições.

IMUNIDADE EDUCACIONAL

(art. 205, CF/88)

“Art. 150 (...)c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; (...).” Fundamento

Desenvolvimento do sistema educacional com auxílio da iniciativa privada.

Instituição de educaçãoAbrangência do termo interpretação extensiva todas as entidades que visam o desenvolvimento educacional.

Imunidade do art. 195, § 7º Contribuições para a seguridade social

“Art. 195. (...)§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atenda às exigências estabelecidas em lei.” isenção terminologia inadequada.

Art. 150 (...)

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.”

Fundamento Direito à liberdade de expressão

Incentivo à educação e à cultura. (art. 5º, IX, CF/88)

IMUNIDADE OBJETIVA

Refere-se ao objeto e não ao sujeito

Protege objetivamente a coisa apta ao fim, sem referir-se à pessoa ou entidade

LIVRO

Instrumento veiculador de ideias

Meio de difusão da cultura

Qualquer suporte que alcance esta finalidade

• Roque Antônio Carrazza

• “a palavra livros está empregada no Texto Constitucional não no sentido restrito de conjunto de folhas de papel impressas, encadernadas e com capa, mas, sim, no de veículos do pensamento, isto é, de meios de difusão de cultura. Já não estamos na idade média, quando a cultura só podia ser difundia por intermédio de livros. Hoje temos os sucedâneos dos livros, que, mais dia menos dia acabarão por substituí-los totalmente. Tal é o caso dos CD-Roms e dos demais artigos da espécie, que reproduzem, em seu interior, os textos constantes dos livros em sua forma tradicional.”

Lúcia Valle FigueiredoDecisão sobre livros-piano “A moderna pedagogia (...) não pode prescindir dos recursos modernos, ‘fotomagnéticos’, ou outros tais que, tirando o lado árduo do aprendizado, dêem-lhe a ‘leveza’ necessária para permitir sua aceitação.Já passou – e de a muito – a época em que o aprendizado de qualquer matéria deveria ser feita de maneira ‘pesada’, aborrecida, que ‘estudar’ ou ‘conhecer’ era ‘mal necessário’. Hoje educa-se a criança, possibilitando-se-lhe o conhecimento da forma mais amena possível. Lástima que o método mais eficaz de ensino possa provocar celeuma, e, sobretudo, se queira cobrar imposto de importação à elevada alíquota de 105%, o que tornará, claramente, o livro-piano (...) o festivo ‘brinquedo’ dos mais abastados, pois só a estes passará a ser acessível.Em síntese: não cabe dúvida, a lume da peça apresentada estarmos diante de um livro ‘suave’, pois adaptado à crianças pequenas.Não estamos, e certamente, diante de mero brinquedo, feito exclusivamente para provocar entretenimento, ‘lazer’, ‘folga’, sem finalidade de aprendizado.”

Interpretação extensiva

Ex.: Inclusive livros e periódicos pornográficos

≠ de acrescentar palavras à lei = levar a aplicação de um texto normativo até os limites pretendidos pelo legislador (constituinte)

DOUTRINA dividida

Pinto Ferreira “a pornografia consiste em fotografias, figuras, filmes, filmlets, espetáculos, obras literárias ou artísticas que tratam de assuntos ou reflete imagens obscenas, motivando ou explorando o lado sexual das pessoas.

A cultura deve desenvolver-se em sua plenitude, com inteira liberdade, sem censura ou licença estatal (CF, art. 5º, IX), não podendo conviver com mecanismos inibitórios, imaginados pelos senhores do poder e da falsa moralidade”

Ives Gandra da Silva Martins “Por fim, resta a observação de que, a meu ver, as revistas pornográficas não deveriam gozar de imunidade por deletérias a valores familiares que a Constituição preserva no art. 227, inclusive exigindo a proteção do Estado. Tendo, pois, tais publicações nitidamente objetivos corrosivos da família, não se justifica que sejam imunes, quando o trabalho digno e honrado é tributado.”

JORNAIS tudo que esteja relacionado a sua produção

PERIÓDICOS publicações lançadas constantemente

IMUNIDADE QUESTÃO DE VALORAÇÃO (SOBRETUDO JUDICIAL)

Papel de impressão do jornal

Fundamento da imunidade não é o barateamento, mas a possibilidade do fisco embaraçar a liberdade de imprensa através dos impostos de barreira e do contingenciamento (empecilho para que se possa livremente criticar os governos).

Razões históricas governo, durante o Estado Novo, impedia os jornais de oposição de receberem o papel de imprensa.

Insumos necessários à publicação imunes

IMUNIDADE ESPECÍFICA- Diz respeito a um só impostoArt. 149. (...) § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (...)

Imunidade do art. 149, §2º, I

Exportação de mercadorias e serviços Imunidade de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico.

• IMUNIDADE DO ART. 153, § 3º, III IPI NA EXPORTAÇÃO

• “Art. 153: (...)• § 3º   O imposto previsto no inciso IV: (...) •    • III -  não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao

exterior.        

• Alcance exportadores + todos que contribuem para que a exportação se verifique (fornecedores de componentes, por ex.).

IMUNIDADE OBJETIVA

Diz respeito ao produto exportado, não ao exportador

Propicia preço competitivo no mercado internacional

Objetivo

Atenuar a exportação de impostos, que afetam a competitividade dos produtos nacionais no nacionais no mercado externo

IMUNIDADE DO ART. 153, § 4º IMUNIDADE SOBRE PEQUENAS GLEBAS RURAIS RELATIVAMENTE AO ITR (CHAMADA DE IMUNIDADE DO “JECA TATU”)

“Art. 153. (...)§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

“Definidas em lei” não há lei aplica-se o art. 191 da CF/88 Não superior a 50 hectares.

“Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua com seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição área de terra, em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.”

Art. 191 = Art. 153 pequena gleba rural explorada por quem não possua outro imóvel. A lei complementar que vier estabelecer o tamanho da pequena gleba rural poderá estabelecer tamanhos diferentes conforme o ponto do território nacional. consagra a agricultura de subsistência, a ignorância do homem do campo, sua escravidão a estruturas arcaicas.

IMUNIDADE DO ART. 153, § 5º IMUNIDADE SOBRE OURO, QUANDO DEFINIDO COMO ATIVO FINANCEIRO

“Art. 153. (...)§ 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos:(...)

IMUNIDADE DO ART. 155, § 2º, X, ‘A’ ICMS NA EXPORTAÇÃO

”Art. 155. (...) § 2º. O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte: (...)X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores;”

Estende-se aos fornecedores (ou produtos) que tornaram possível a exportação.

IMUNIDADE DO ART. 155, § 2º, X, ‘B’ ICMS SOBRE OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM ENERGIA ELÉTRICA E COM PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS.

“Art. 155. (...)X – não incidirá:b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica.” Imunidade objetiva•Petróleo e seus derivados e energia elétrica tributados apenas nas operações internas.

OBJETIVO reduzir os custos dos produtos e mercadorias que utilizam estes insumos. Ex.: Itaipu, (PR) vende energia à CESP (SP) imune ao ICMS.

Negócios jurídicos com petróleo (venda troca e doação)

Imunes quando realizados entre diferentes Estados

Forma de elisão fiscal

HIPÓTESE DE FRAUDE: empresa adquire óleo diesel no Estado “A”, para ser entregue em seu estabelecimento no Estado “B” e depois vende o produto para um posto de gasolina no Estado “A”.

A operação física não ocorre, apenas troca de notas fiscais.  

IMUNIDADE DO ART. 156, § 2º, I ITBI SOBRE A REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA (ATRAVÉS DE CISÃO, FUSÃO, INCORPORAÇÃO OU EXTINÇÃO) DE CAPITAL.

“Art. 156. Compete aos municípios instituir impostos sobre: (...)§ 2º O imposto previsto no inciso II:I – não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos , locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.”

Atividade preponderante

“A atividade é considerada preponderante sempre que a receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos dois anos anteriores e posteriores à aquisição, decorrer de tais transações (art. 37, § 1º, do CTN). Quando a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou a menos de dois anos antes de ela se efetivar, a preponderância será aferida tomando-se por base os três primeiros anos seguinte à data de aquisição (art. 37, § 2º, do CTN). O assunto, como vemos, foi esmiuçado no Código Tributário Nacional, que faz as vezes de lei complementar a que se refere o art. 146, II, da Constituição Federal.” (Roque Carrazza, Curso..., p. 436)

IMUNIDADE DO ART. 156, § 3º ISS NAS EXPORTAÇÕES.

Art. 156. (...)§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;II- excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.

IMUNIDADE DO ART. 184, § 5º IMÓVEIS DESAPROPRIADOS PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA.

Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir o segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.

(...)e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (EC- 75/2013)

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