aula 2 amebiase
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Parasitologia Parasitologia médicamédica
Aula 2Aula 2
Prof° Marcos Gontijo da Silva
Parasitologia Médica
Protozoologia - Protozoários
Helmintologia - Helmintos
Artrópodologia – Artrópodes vetores
ProtozoologiaProtozoologia
REINO Protista SUB-REINO Protozoa
FILOS SUBFILOS ORDENS FAMÍLIAS GÊNEROS ESPÉCIES T. cruzi, T. rangeli,
Trypanosoma T. gambiense, T. rhodesiense L. braziliensis
Kinetoplastida Trypanosomatidae Leishmania L. chagasi
Diplomonadida Hexamitidae Giardia G. lamblia Retortamonadida - Chilomastix C. mesnili
Trichomonas T. vaginalis, T. tenax Tritrichomonas T. foetus Trichomonadidae
Pentatrichomonas P. hominis
Mastigophora
(flagelos)
Trichomonadida
- Dientamoeba D. fragilis
E. histolytica, E. dispar, E. gingivalis Endamoebidae Entamoeba
E. hartmanni, E. coli Amoebida Acanthamoebidae Acanthamoeba A. culbertsoni
Blastocistidae Blastocystis B. hominis Leptomyxida - Balamuthia B. mandrillaris
Sarcomastigophora
Sarcodina (pseudópodes)
Schizopyrenida Schizopyrenidae Naegleria N. fowleri
Ciliophora (cílios)
Kinetofragmi nophorea
Trichostomatida Balantidiidae Balantidium B. coli
Eimeria E. tenella, E. perforans E. brunetti
Eimeriidae Isospora I. belli; I. natalensis Cyclospora Cyclospora cayetanensis
Sarcocystidae Sarcocystis S. hominis, S. suihominis Toxoplasma T. gondii
C. parvum
Apicomplexa
(“Complexo apical”)
CLASSE Sporozoa
SUBCLASSE Coccidia
Eucoccidiida
Cryptosporidiidae
Plasmodiidae
Cryptosporidium
Plasmodium P. falciparum, P. vivax, P .malarie; P. ovale
Piroplasmida Babesiae Babesia B. microti, B.bovis, B. divergens
Enterocytozoonidae Enterocytozoon E. bieneusi - Glugeidae Encephalitozoon E. cuniculi, E. intestinalis, E. hellen
Microspora (esporos)
Microsporida Nosematidae Nosema N. conori, N. ocularum
- Vittaforma V. corneae Pleistophoridae Pleistophora Pleistophora sp - Brachiola B. vesicularum, B. connori
- Microsporidium M. ceylonensis, M. africanum - Trachipleistophora T. hominis, T. anthropophthera
Entamoeba Entamoeba histolytica/Estamoeba disparhistolytica/Estamoeba dispar
Outras amebasOutras amebas
OBJETIVO DA AULA:OBJETIVO DA AULA:
Estudar a classificação, Estudar a classificação, morfologia, biologia, ações patogênicas, morfologia, biologia, ações patogênicas, diagnóstico, epidemiologia, profilaxia e diagnóstico, epidemiologia, profilaxia e tratamento.tratamento.
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba Entamoeba histolytica/Entamoeba
dispardispar
CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO
CLASSE CLASSE Lobosea Lobosea ORDEM ORDEM Amoebida Amoebida FAMÍLIA FAMÍLIA Entamoebidae Entamoebidae GÊNEROS GÊNEROS Entamoeba, Iodamoeba, Entamoeba, Iodamoeba,
Endolimax e Dientamoeba Endolimax e Dientamoeba ESPÉCIES ESPÉCIES E. histolytica / E. dispar, E. histolytica / E. dispar,
E. hartmanni, E. coli, E. gingivalis, E. hartmanni, E. coli, E. gingivalis, Dientamoeba fragilis, I. butschlii e E. Dientamoeba fragilis, I. butschlii e E. nananana
Complexo: E. histolytica/E. disparComplexo: E. histolytica/E. dispar
Aproximadamente durante um século Aproximadamente durante um século E. histolytica E. histolytica foi considerada como única espécie.foi considerada como única espécie.
Estudos recentes baseados em:Estudos recentes baseados em:
Evidências bioquímicasEvidências bioquímicas: diferênças no perfil : diferênças no perfil isoenzimático;isoenzimático;
Métodos imunológicosMétodos imunológicos: através de anticorpos : através de anticorpos monoclonais (Proteínas da superfície da ameba);monoclonais (Proteínas da superfície da ameba);
Técnicas genêticasTécnicas genêticas: através de diferenças no DNA : através de diferenças no DNA genômico ou ribossomal dessas amebas; genômico ou ribossomal dessas amebas;
Diferenças nas formas clínicas da doença.Diferenças nas formas clínicas da doença.
Complexo: E. histolytica/E. disparComplexo: E. histolytica/E. dispar
A Entamoeba histolytica passou a ser A Entamoeba histolytica passou a ser considerada como parte de um complexo considerada como parte de um complexo Entamoeba histolytica/Entyamoeba dispar.Entamoeba histolytica/Entyamoeba dispar.
* * Entamoeba histolytica (Schaudinn, 1903)Entamoeba histolytica (Schaudinn, 1903) Apresenta diversos graus de virulência, insavisa;Apresenta diversos graus de virulência, insavisa; Apresenta diversas formas clínicas;Apresenta diversas formas clínicas;
* Entamoeba dispar (Brumpt, 1925)* Entamoeba dispar (Brumpt, 1925) Pode causar erosões na mucosa intestinal, sem Pode causar erosões na mucosa intestinal, sem
invasão;invasão; Maior parte dos casos assintomáticos e colite Maior parte dos casos assintomáticos e colite
não disentérica. não disentérica.
Disenteria Disenteria Doença aguda, infecciosa, específica, Doença aguda, infecciosa, específica, com lesões inflamatorias e ulcerativa das porções com lesões inflamatorias e ulcerativa das porções inferiores do intestino. Manifesta-se com diarréia inferiores do intestino. Manifesta-se com diarréia intensa, cólicas, tenesmo, geralmente com intensa, cólicas, tenesmo, geralmente com eliminação de sangue e muco.eliminação de sangue e muco.
Complexo: E. histolytica/E. disparComplexo: E. histolytica/E. dispar
O complexo E. histolytica/E. dispar foi O complexo E. histolytica/E. dispar foi
acatada pela OMS em 1997, numa acatada pela OMS em 1997, numa reunião, no México, para tratar do reunião, no México, para tratar do assunto. assunto.
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba Entamoeba histolytica/Entamoeba
dispardispar
MORFOLOGIAMORFOLOGIA
• Trofozoíto Trofozoíto
• CistoCisto
• MetacistoMetacisto
• Pré-cistoPré-cisto
Cisto de E. histolytica
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba Entamoeba histolytica/Entamoeba
dispardispar BIOLOGIABIOLOGIA
• LocomoçãoLocomoção• Ingestão de alimentosIngestão de alimentos• NutriçãoNutrição
CICLO EVOLUTIVOCICLO EVOLUTIVO
• MonoxênicoMonoxênico
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba Entamoeba histolytica/Entamoeba
dispardispar
HÁBITATHÁBITAT
• Os trofozoítos de Os trofozoítos de Entamoeba Entamoeba histolytica/ dispar histolytica/ dispar vivem como vivem como comensais na luz do intestino grossocomensais na luz do intestino grosso
• Em algumas circunstâncias: Em algumas circunstâncias: ulcerações intestinais, abscesso ulcerações intestinais, abscesso hepático, cutâneo, pulmonar e hepático, cutâneo, pulmonar e raramente cérebroraramente cérebro
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba Entamoeba histolytica/Entamoeba
dispardispar
TRANSMISSÃOTRANSMISSÃO
Através da ingestão de cistos com Através da ingestão de cistos com alimentos: verduras e frutas alimentos: verduras e frutas contaminadas, água, veiculadas nas contaminadas, água, veiculadas nas patas de baratas e moscas. Falta de patas de baratas e moscas. Falta de higiene domiciliar e os portadores higiene domiciliar e os portadores assintomáticos .assintomáticos .
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba Entamoeba histolytica/Entamoeba
dispardispar
PATOGENIAPATOGENIA• Período de incubação : 7 dias Período de incubação : 7 dias até 4 mesesaté 4 meses
Formas assintomáticas (Formas assintomáticas (E. dispar)E. dispar) Formas sintomáticas (Formas sintomáticas (E. E.
histolytica)histolytica)
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba Entamoeba histolytica/Entamoeba
dispardispar• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA AMEBÍASE:MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA AMEBÍASE:• Colites não disentéricas: 2 a 4 evacuações por Colites não disentéricas: 2 a 4 evacuações por
dia com fezes moles pastosas; desconforto dia com fezes moles pastosas; desconforto abdominal e cólicas.abdominal e cólicas.
• Forma disentérica: colites amebianas: 8 a 10 Forma disentérica: colites amebianas: 8 a 10 evacuações por dia acompanhadas de cólicas evacuações por dia acompanhadas de cólicas intestinais e diarréia com evacuações intestinais e diarréia com evacuações mucosanguinolentas, febre moderada e dormucosanguinolentas, febre moderada e dor abdominal. abdominal.
COMPLICAÇÕES: COMPLICAÇÕES: perfurações e perfurações e peritonite, hemorragias, colites pós-peritonite, hemorragias, colites pós-disentéricas, apendicite e amebomadisentéricas, apendicite e ameboma..
AmebíaseAmebíaseE. histolytica/E. disparE. histolytica/E. dispar
DISENTERIA:DISENTERIA:
Doença aguda infecciosa, específica, Doença aguda infecciosa, específica, com lesões inflamatórias e ulcerativas das com lesões inflamatórias e ulcerativas das porções inferiores do intestino.porções inferiores do intestino.
Manifesta-se com diarréia intensa, Manifesta-se com diarréia intensa, cólicas, tenesmo, geralmente com cólicas, tenesmo, geralmente com eliminação de sangue e muco.eliminação de sangue e muco.
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba Entamoeba histolytica/Entamoeba
dispardispar
AMEBÍASE EXTRA-INTESTINALAMEBÍASE EXTRA-INTESTINAL
• Amebíase hepáticaAmebíase hepática - dor, febre e - dor, febre e hepatomegalia (Anorexia, perda de peso hepatomegalia (Anorexia, perda de peso e fraqueza gerale fraqueza geral
acompanham o quadro).acompanham o quadro).• Amebíase cutâneaAmebíase cutânea - região perianal - região perianal• Amebíase em outros órgãosAmebíase em outros órgãos - pulmão, - pulmão,
cérebro, baço, rim, etccérebro, baço, rim, etc. .
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba Entamoeba histolytica/Entamoeba
dispardispar
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
CLÍNICOCLÍNICO
• Amebíase intestinalAmebíase intestinal - sintomatologia comum, - sintomatologia comum, retossigmoidoscopiaretossigmoidoscopia
• Abcesso hepáticoAbcesso hepático - tríade (dor, febre e - tríade (dor, febre e hepatomegalia),raio X, ultra-sonografia, hepatomegalia),raio X, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonância tomografia computadorizada, ressonância magnética magnética
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba Entamoeba histolytica/Entamoeba
dispardisparLABORATORIAL: (Exame de fezes, soro e exsudatosLABORATORIAL: (Exame de fezes, soro e exsudatos))
PARASITOLÓGICOPARASITOLÓGICO• Fezes líquidas – Schaudinn, SAF e exame Fezes líquidas – Schaudinn, SAF e exame
direto ou em 30 minutosdireto ou em 30 minutos
• Fezes formadas – Formol a 10%, MIF, SAF e Fezes formadas – Formol a 10%, MIF, SAF e técnicas de concentração (Faust, Rictchie e técnicas de concentração (Faust, Rictchie e hematoxilina férrica)hematoxilina férrica)
IMUNOLÓGICOIMUNOLÓGICO (amebíase intest. e extra- (amebíase intest. e extra-intestinalintestinal• Elisa, IFI, hemaglutinação indireta, Elisa, IFI, hemaglutinação indireta,
contraimunoeletroforese e imunodifusãocontraimunoeletroforese e imunodifusão dupla em gel de ágar.dupla em gel de ágar.
Morfologia (trofozoítas)Morfologia (trofozoítas)
Entamoeba histolytica
Entamoeba coli
Morfologia (cistos)Morfologia (cistos)
Entamoeba histolytica
Entamoeba coli
Morfologia (núcleos)Morfologia (núcleos)
Entamoeba histolytica
Entamoeba coli
AMEBÍASEAMEBÍASE PROFILAXIA: Está intimamente ligada a PROFILAXIA: Está intimamente ligada a
engenharia e educação sanitária.engenharia e educação sanitária.
Principalmente água de boa qualidade nas Principalmente água de boa qualidade nas casas e tratamento do esgoto;casas e tratamento do esgoto;
Educação sanitária e educação ambiental, com Educação sanitária e educação ambiental, com a participação ativa e efetiva da comunidade; a participação ativa e efetiva da comunidade;
Lavagem de frutas e verduras a serem Lavagem de frutas e verduras a serem ingeridas cruas;ingeridas cruas;
Exame de fezes periódicos de manipuladores Exame de fezes periódicos de manipuladores de alimentos e tratamento dos positivos. de alimentos e tratamento dos positivos.
AMEBÍASEAMEBÍASE
VACINAS:VACINAS: Vacinas contra a Vacinas contra a Entamoeba Entamoeba
histolytica histolytica têm sido desenvolvidas e têm sido desenvolvidas e testadas, porém até o momento testadas, porém até o momento nenhuma delas apresentou nenhuma delas apresentou resultados eficientes, mas indicando resultados eficientes, mas indicando que é um caminho importante e que é um caminho importante e promissor. promissor.
AMEBÍASEAMEBÍASE
Segundo a Organização Mundial de Segundo a Organização Mundial de Saúde:Saúde:
“ “Onde houver pequenos recursos Onde houver pequenos recursos financeiros para serem aplicados em financeiros para serem aplicados em saúde pública, todos eles devem ser saúde pública, todos eles devem ser dirigidos para o saneamento básico”.dirigidos para o saneamento básico”.
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba Entamoeba histolytica/Entamoeba
dispardispar
TRATAMENTOTRATAMENTO IntestinalIntestinal
• Amebicida luminal (luz intestinal)Amebicida luminal (luz intestinal)• Amebicidas tissulares (tecidos)Amebicidas tissulares (tecidos)• Luminal e tissularLuminal e tissular
Extra-intestinalExtra-intestinal• Luminal e tissular e antibióticos.Luminal e tissular e antibióticos.
Amebíase Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba disparEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar
TRATAMENTOTRATAMENTO Amebicida intestinalAmebicida intestinal Luminal Luminal Etofamida (Kitnos) Etofamida (Kitnos) Teclosan (Falmonox)Teclosan (Falmonox) Tissular Tissular Cloridrato de Emetina Cloridrato de Emetina CloroquinaCloroquina obs: obs: Drogas muito tóxicas, só utilizadas quando os outrosDrogas muito tóxicas, só utilizadas quando os outros
tratamentos nãotratamentos não derem bons resultados derem bons resultados
* Luminal e Tissular * Luminal e Tissular Derivados Imidazólicos Derivados Imidazólicos * Tinidazol (Fasigyn) * Metronidazol (Flagyl)* Tinidazol (Fasigyn) * Metronidazol (Flagyl) * Secnidazol (Secnidal) * Nimorazol (Naxogin) * Ornidazol* Secnidazol (Secnidal) * Nimorazol (Naxogin) * Ornidazol * Extra-intestinal* Extra-intestinal
* * metronidazol (metronidazol (Droga de escolha sobretudo no abscesso hepatico)Droga de escolha sobretudo no abscesso hepatico)
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba disparEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar
**Amebíase intestinalAmebíase intestinal MetronidazolMetronidazol 500 a 800 mg, 3 vezes ao dia duarante 5500 a 800 mg, 3 vezes ao dia duarante 5 dias dias Adultos Adultos 30-50 mg/kg/dia, dividir 2 a 3 vezes ao30-50 mg/kg/dia, dividir 2 a 3 vezes ao dia, por 5 a 10 dias dia, por 5 a 10 dias crianças crianças * Efeitos colaterais * Efeitos colaterais Alterações gastrointestinais,vertigens Alterações gastrointestinais,vertigens
• * Observações * Observações Condiciona aversão ao álcool, e urticaria Condiciona aversão ao álcool, e urticaria• ao contato com esteao contato com este• * Principais apresentações * Principais apresentações Metronidazol, Flagyl,Metronix Metronidazol, Flagyl,Metronix Secnidazol Secnidazol Dose única de 30 mg/kg de peso para crianças Dose única de 30 mg/kg de peso para crianças Dose única de 2000mg para adulto (2 comprimidos 1000mg)Dose única de 2000mg para adulto (2 comprimidos 1000mg)
AMEBÍASEAMEBÍASE
OBSERVAÇÃO:OBSERVAÇÃO:
Devido à inibição que provoca em Devido à inibição que provoca em diversas enzimas do metabolismo do diversas enzimas do metabolismo do álcool, a ingestão alcoólica durante ou álcool, a ingestão alcoólica durante ou depois do tratamento pode causar depois do tratamento pode causar confusão mental, perturbações visuais, confusão mental, perturbações visuais, cefaléia, náuseas e vômitos, cefaléia, náuseas e vômitos, sonolência e hipotenão. sonolência e hipotenão.
AmebíaseAmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba disparEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar
* Amebíse extra-intestinal * Amebíse extra-intestinal principalmente principalmente abscesso hepáticoabscesso hepático
* Metronidazol * Metronidazol 500 a 800 mg, 3 vezes ao dia durante 500 a 800 mg, 3 vezes ao dia durante
5 a 10 dias.5 a 10 dias.
* Observação: Geralmente é utilizado sob a forma de* Observação: Geralmente é utilizado sob a forma de comprimido; nos casos mais graves oucomprimido; nos casos mais graves ou severos, pode ser utilizado por viaseveros, pode ser utilizado por via injetavel. injetavel.
AmebíaseAmebíase
* Amebíase hepática* Amebíase hepática
* Secnidazol (Secnidal) * Secnidazol (Secnidal) 1 comprimido de 500 1 comprimido de 500 mg, 3 vezes ao dia, durante 5 a 7 dias.mg, 3 vezes ao dia, durante 5 a 7 dias.
Suspensão Suspensão 30 mg/Kg/dia (máximo de 30 mg/Kg/dia (máximo de 2 g) durante 5 a 7 dias ou seja 1ml/Kg de peso 2 g) durante 5 a 7 dias ou seja 1ml/Kg de peso durante 5 a 7 dias.durante 5 a 7 dias.
AMEBÍASEAMEBÍASE
METRONIDAZOLMETRONIDAZOL MODO DE AÇÃO MODO DE AÇÃO O metronidazol é O metronidazol é
metabolizado, formando derivados, incluindo metabolizado, formando derivados, incluindo radicais superóxido, que interferem com o radicais superóxido, que interferem com o metabolismo do DNA dos parasitas, o que metabolismo do DNA dos parasitas, o que causa extensas rupturas nas cadeias de DNA causa extensas rupturas nas cadeias de DNA e a interrupção da estrutura helicoidal. e a interrupção da estrutura helicoidal.
Portanto, a síntese de proteínas no parasita Portanto, a síntese de proteínas no parasita sofre alteração. sofre alteração.
AMEBÍASEAMEBÍASE
METRONIDAZOLMETRONIDAZOL É utilizado no tratamento da amebíase É utilizado no tratamento da amebíase
invasiva, assim como de infecções por invasiva, assim como de infecções por Trichomonas vaginalisTrichomonas vaginalis e e Giardia lambliaGiardia lamblia. .
Como apenas 10% da droga se fixa às Como apenas 10% da droga se fixa às proteínas séricas, alcalça concentrações proteínas séricas, alcalça concentrações elevadas nos tecidos, incluindo pulmões, bílis, elevadas nos tecidos, incluindo pulmões, bílis, fígado, ossos e cérebro, excedendo os níveis fígado, ossos e cérebro, excedendo os níveis necessários para inibir os microrganismos necessários para inibir os microrganismos contra os quais é ativa. contra os quais é ativa.
AMEBÍASEAMEBÍASE
EPIDEMIOLOGIA:EPIDEMIOLOGIA:
Distribuição geográfica mundial (maior prevalência nas Distribuição geográfica mundial (maior prevalência nas regiões tropicais e subtropicais – baixas condições sociais e regiões tropicais e subtropicais – baixas condições sociais e sanitárias) sanitárias)
Transmissão oral através da ingestão de cistos maduros nos Transmissão oral através da ingestão de cistos maduros nos alimentos e águaalimentos e água
Apesar de poder atingir todas as idades, é mais frequentes nos Apesar de poder atingir todas as idades, é mais frequentes nos adultos (entre 20 e 60 anos)adultos (entre 20 e 60 anos)
Algumas profissões são mais atingides (trabalhadores de Algumas profissões são mais atingides (trabalhadores de esgotos,etc)esgotos,etc)
Os cistos permanecem viáveis (ao abrigo da luz solar e em Os cistos permanecem viáveis (ao abrigo da luz solar e em condições e umidade) durante cerca de vinte dias.condições e umidade) durante cerca de vinte dias.
Diferentes cepas, em diferentes locais, influindo na Diferentes cepas, em diferentes locais, influindo na patogenicidade.patogenicidade.
OUTRAS AMEBASOUTRAS AMEBAS • Entamoeba hartmanniEntamoeba hartmanni • Entamoeba coliEntamoeba coli
• Iodamoeba butschliiIodamoeba butschlii
• Endolimax nanaEndolimax nana
• Entamoeba gingivalisEntamoeba gingivalis
• Dientamoeba fragilisDientamoeba fragilis
AMEBAS DE VIDA LIVREAMEBAS DE VIDA LIVRE
Acanthamoeba spp.Acanthamoeba spp.
Naegleria fowleriNaegleria fowleri
AMEBAS DE VIDA LIVREAMEBAS DE VIDA LIVRE
Acanthamoeba spp.Acanthamoeba spp. Ameba de vida livreAmeba de vida livre Cosmopolita (habitando lagos e Cosmopolita (habitando lagos e
lagoas,piscinas, solos humíferos, esgotos e lagoas,piscinas, solos humíferos, esgotos e cursos de água que recebem efluentes cursos de água que recebem efluentes industriais, em todos os continentes e todos os industriais, em todos os continentes e todos os climas).climas).
úlcerações de córnea (em usuários de úlcerações de córnea (em usuários de lentes de contato)lentes de contato)
Meningoencefalite amebiana granulomatosa Meningoencefalite amebiana granulomatosa (pacientes imunodeprimidos).(pacientes imunodeprimidos).
Ameba de vida livre em todos os estágios Trofozoíto e esporoAmeba de vida livre em todos os estágios Trofozoíto e esporo Aproximadamente 7 espécies patogênicasAproximadamente 7 espécies patogênicas A entrada no corpo é por via respiratóriaA entrada no corpo é por via respiratória A invasão do SNC, da-se via hematológica provenientes de outros órgãos.A invasão do SNC, da-se via hematológica provenientes de outros órgãos. acomete imunossuprimidos acomete imunossuprimidos
Doenças relacionadasDoenças relacionadas:: GAE- Encefalite amebiana granulomatosaGAE- Encefalite amebiana granulomatosa Ulcerações cutâneas ( HIV + )Ulcerações cutâneas ( HIV + ) Ceratite ( uso de lentes de contato sem higiene correta e nadar usando as lentes)Ceratite ( uso de lentes de contato sem higiene correta e nadar usando as lentes)
As células de córnea de coelho revelaram muitas microvilosidades ( sitios de As células de córnea de coelho revelaram muitas microvilosidades ( sitios de adesão?)adesão?)
após a infecção as células perderam os vilos (perda do poder de alimentação) após a infecção as células perderam os vilos (perda do poder de alimentação)
OcorrênciaOcorrênciaPiscinas com água aquecida Piscinas com água aquecida Solução fisiológica de lentes de contatoSolução fisiológica de lentes de contato
Nas infecções por Acanthamoeba e Nas infecções por Acanthamoeba e Balamuthia encontramos tanto cistos Balamuthia encontramos tanto cistos quanto trofozoítosquanto trofozoítos
AMEBAS DE VIDA LIVREAMEBAS DE VIDA LIVRE
Naegleria fowleriNaegleria fowleri
Ameba de vida livre Ameba de vida livre CosmopolitaCosmopolita Meningoencefalite amebiana primária (inicia-se Meningoencefalite amebiana primária (inicia-se
subtamente, com cefaléia, e ligeira febre, dor de subtamente, com cefaléia, e ligeira febre, dor de garganta e renite. garganta e renite.
Três dias seguintes, aumentando a cefaléia, febre e Três dias seguintes, aumentando a cefaléia, febre e aparecendo vômitos e rigidez da nuca, aparecendo vômitos e rigidez da nuca, apresentando desorientação e coma. apresentando desorientação e coma.
Cinco ou seis dias o paciente evolui para a morte).Cinco ou seis dias o paciente evolui para a morte).
Diferenças entre Naegleria e Diferenças entre Naegleria e AcanthomoebaAcanthomoebaNaegleria- infecção direta por via nasal, só se Naegleria- infecção direta por via nasal, só se
encontram trofozoítos, é encontrada no encontram trofozoítos, é encontrada no líquor , causa PAM, doença decurso rápido e líquor , causa PAM, doença decurso rápido e fatal ( 4-5 dias)fatal ( 4-5 dias)
acanthoamoeba( Balamuthia, Vahlkamphia e acanthoamoeba( Balamuthia, Vahlkamphia e Hartmanella)- infecção primaria via nasal, mas Hartmanella)- infecção primaria via nasal, mas disseminação para o SNC via hematológica, disseminação para o SNC via hematológica, encontram se tanto cistos como trofozoítos, encontram se tanto cistos como trofozoítos, não se encontra no líquor, doença de curso não se encontra no líquor, doença de curso subagudo ou crônico ( por semanas ou subagudo ou crônico ( por semanas ou meses).meses).
CASO CLÍNICOCASO CLÍNICO Paciente I.M.A., mestiça, 3 anos, apresentando um quadro Paciente I.M.A., mestiça, 3 anos, apresentando um quadro clínico de dores abdominais e várias evacuações diarréicas clínico de dores abdominais e várias evacuações diarréicas diárias com muco e sangue e febre moderada. diárias com muco e sangue e febre moderada.
Mãe leva a criança para uma consulta com o pediatra em um Mãe leva a criança para uma consulta com o pediatra em um Posto de Saúde do P.S.F. Relatou morar em casa de taipa com Posto de Saúde do P.S.F. Relatou morar em casa de taipa com 2 cômodos, na periferia de Sobral, com 8 ocupantes, sem água 2 cômodos, na periferia de Sobral, com 8 ocupantes, sem água encanada, sem banheiro,sem tratamento de lixo, sem tratamento encanada, sem banheiro,sem tratamento de lixo, sem tratamento de esgôto. Tomava água do pote que obtinha de um poço próximo de esgôto. Tomava água do pote que obtinha de um poço próximo de sua casa . Relatou ainda que a criança há algum tempo atrás de sua casa . Relatou ainda que a criança há algum tempo atrás tinha realizado exame de fezes, sendo positivo para amebas e tinha realizado exame de fezes, sendo positivo para amebas e tinha feito tratamento com Metronidazol.tinha feito tratamento com Metronidazol.
Condições sócio-econômicas: renda familiar menos de 1 salário Condições sócio-econômicas: renda familiar menos de 1 salário mínico, alimentação bastante precária.mínico, alimentação bastante precária.
PERGUNTAS:PERGUNTAS: 1) Algun parasita poderia ser incluído na suspeita ? Qual ?1) Algun parasita poderia ser incluído na suspeita ? Qual ? 2) Quais as possíveis causas de retorno da sintomatologia da 2) Quais as possíveis causas de retorno da sintomatologia da
criança ?criança ?
3) Se o resultado anterior apresentasse apenas amebas não 3) Se o resultado anterior apresentasse apenas amebas não patogênicas você indicaria tratamento ? Dê explicação.patogênicas você indicaria tratamento ? Dê explicação.
4) Sob o ponto de vista epidemiológico, que medidas 4) Sob o ponto de vista epidemiológico, que medidas poderiam ser tomadas na busca de possíveis soluções deste poderiam ser tomadas na busca de possíveis soluções deste problema ?problema ?
5) Como a carência nutricional poderá influi na prevalência das 5) Como a carência nutricional poderá influi na prevalência das parasitoses ?parasitoses ?
6) Descrever as formas clínicas, sinais e sintomas da amebíase. 6) Descrever as formas clínicas, sinais e sintomas da amebíase.
ESTUDO DIRIGIDO:ESTUDO DIRIGIDO:
1) O que você entende por ruralização e 1) O que você entende por ruralização e urbanização das doenças ?urbanização das doenças ?
2) O que você entende por cinturão de pobreza2) O que você entende por cinturão de pobreza
nas cidades de pequeno, médio e grande porte ?nas cidades de pequeno, médio e grande porte ?
Qual a relação que existe com a transmissão das Qual a relação que existe com a transmissão das parasitoses ?parasitoses ?
3) Qual o problema surgido nessas cidades com 3) Qual o problema surgido nessas cidades com o êxodo rural ?o êxodo rural ?
4) Discutir o triângulo: infecção, desnutrição e 4) Discutir o triângulo: infecção, desnutrição e diminuição das defesas do hospedeiro, diminuição das defesas do hospedeiro, relacionando com as parasitoses.relacionando com as parasitoses.
5) Porque as doenças parasitárias estão 5) Porque as doenças parasitárias estão associadas à pobreza, à fome, ao analfabetismo associadas à pobreza, à fome, ao analfabetismo e a injustiça social ?e a injustiça social ?
6) Dê uma definição para :6) Dê uma definição para :
VetorVetor
Vetor biológicoVetor biológico
Vetor mecânicoVetor mecânico
Vetor inanimadoVetor inanimado
7) Qual a diferença entre ciclo biológico 7) Qual a diferença entre ciclo biológico monoxênico e ciclo biológico heteroxênico ?monoxênico e ciclo biológico heteroxênico ?
8) Definir transmissão monoxênica e 8) Definir transmissão monoxênica e transmissão heteroxênica. transmissão heteroxênica.
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