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TÓPICOS DA 2ª AULA III – ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1. ADMINISTRAÇÃO DIRETA 1.1 - RELAÇÃO DO ESTADO COM SEUS AGENTES 1.2 - ÓRGÃOS PÚBLICOS 2. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 2.1 - CARACTERÍSTICAS GERAIS: 2.2 - AUTARQUIAS 2.3 - FUNDAÇÕES 2.4 - EMPRESAS ESTATAIS 2.4.1 – Empresas Públicas 2.4.2 – Sociedade de Economia Mista

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Direito Administrativo

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  • TPICOS DA 2 AULA

    III ORGANIZAO DA ADMINISTRAO PBLICA

    1. ADMINISTRAO DIRETA1.1 - RELAO DO ESTADO COM SEUS AGENTES

    1.2 - RGOS PBLICOS

    2. ADMINISTRAO INDIRETA

    2.1 - CARACTERSTICAS GERAIS:

    2.2 - AUTARQUIAS

    2.3 - FUNDAES

    2.4 - EMPRESAS ESTATAIS

    2.4.1 Empresas Pblicas

    2.4.2 Sociedade de Economia Mista

  • III ORGANIZAO DA ADMINISTRAO PBLICA

    A organizao da Administrao Pblica a estruturao das entidades e rgos que iro desempenhar as funes atravs de agentes pblicos.

    Tendo como referncia no nosso estudo a organizao da Administrao Pblica Federal, notemos que esta tem como fundamento jurdico o art. 4 da do Decreto-Lei 200/1967. No entanto, trata-se de norma incompleta.

    Assim, a consolidao da estrutura da Administrao Pblica Brasileira alcanada pela juno do referido Decreto-Lei com normas expressas no prprio texto constitucional de 1988 ou em lei esparsas.

    Como j vimos anteriormente, a Administrao Pblica organizada em Administrao Direta e Indireta.

  • ORGANIZAO DA ADMINISTRATIVA PBLICA

    A definio das pessoas que compem a administrao indireta segue um critrio formal, ou seja, o rol de pessoas jurdicas da administrao indireta definido pela lei (Decreto-Lei 200/67), e sua classificao feita com base na natureza da funo desempenhada Cdigo Civil / 2002 e Dec-Lei 200/67

    Direta (Centralizada) Indireta (Descentraliza)

    -Unio, Estados, DF e Municpios - PESSOAS FEDERATIVAS -ESTADO

    - Autarquias, Fundaes, Empresas Pblicas e Sociedades de Economia Mista

    - Personalidade jurdica de direito pblico

    - Personalidade jurdica de direito pblico e direito privado.

    - A diviso de atribuies para seus rgos chamada de desconcentrao.

    - A transferncia de atribuies para essas pessoas chamada de descentralizao.

  • ORGANIZAO DA ADMINISTRAO PBLICA Previso Legal

    Decreto-Lei 200/1967.Art. 4A Administrao Federal compreende:I - A Administrao Direta, que se constitui dos servios integrados na estrutura administrativa da Presidncia da Repblica e dos Ministrios.II - A Administrao Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurdica prpria:

    a) Autarquias;b) Empresas Pblicas;c) Sociedades de Economia Mista.d) fundaes pblicas.

    CC/2002. Art. 41. So pessoas jurdicas de direito pblico interno:I - a Unio;II - os Estados, o Distrito Federal e os Territrios;III - os Municpios;IV - as autarquias, inclusive as associaes pblicas;V - as demais entidades de carter pblico criadas por lei.

    Art. 44. So pessoas jurdicas de direito privado:I - as associaes;II - as sociedades;III - as fundaes.IV - as organizaes religiosas;V - os partidos polticos.

  • 1. ADMINISTRAO DIRETA

    conjunto de entes, rgo e agentes integram os chamados Entes Polticos do Estado Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios que iro desempenhar, diretamente, de forma centralizada, as atividades decorrentes da funo administrativa. Ocorre, pois, uma distribuio de atribuies e competncias dentro da estrutura da prpria pessoa jurdica fenmeno j visto e conceituado como DESCONCENTRAO.

    1.1. RELAO DO ESTADO COM OS AGENTES:

    A pessoa jurdica manifesta a sua vontade por meio de seus rgos, de seus agentes.

    Quando os agentes que compem os rgos manifestam a sua vontade, como se o prprio Estado o fizesse.

    O agente, no exerccio da funo, a prpria Administrao atuando. Substitui a idia de representao, que entende que o agente seria um mero representante do Estado, pela de imputao direta.

  • OBSERVAO IMPORTANTE RESPONSABILIDADECIVIL DO ESTADO

    A Responsabilidade Civil do Estado consiste na obrigao que imposta ao poder pblico, face aos atos praticados por seus agentes no exerccio das suas atribuies, de reparar os danos ocasionados a terceiros.

    A redao do texto constitucional clara ao indicar como regra geral a adoo da chamada Responsabilidade Civil Objetiva.

    CF/88

    Art. 37. 6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

    Note-se que a Responsabilidade Civil Objetiva depende do concurso de somente trs elementos - a conduta, o dano e o nexo-causal dispensando a existncia da culpa ou do dolo. A Responsabilidade Objetiva pode decorrer de conduta lcita ou ilcita.

  • 1.2 - RGOS PBLICOS

    1.2.1 - Conceito: so centros, ou ncleos especializados de competncias. Cada ncleo com a sua competncia especfica.

    A Administrao Indireta tambm pode se dividir em rgos pblicos, previso expressa no art. 1 da lei 9.784/99 ex.: INSS.Art. 1. 2 Para os fins desta Lei, consideram-se:

    I - rgo - a unidade de atuao integrante da estrutura da Administrao direta e da estrutura da Administrao indireta;II - entidade - a unidade de atuao dotada de personalidade jurdica;

    1.2.2 - Caractersticas: a) No tm personalidade jurdica. No pode ser sujeito de direito e

    obrigaes. Por isso, quem responde pelos mesmos o ente ao qual vinculado.

    b) A responsabilidade civil se transfere para a pessoa jurdica a qual vinculada, ex, contratos, danos etc.

    - No celebram contrato e possuem CNPJ apenas para fins de controle e fiscalizao do fluxo de recursos pblicos (IN 748, da Receita Federal).

    - Jurisprudncia do STF e STJ admitem que o rgo esteja em juzo para defender seus interesses institucionais.

  • Classificao dos rgos Pblicos

    A) QUANTO POSIO ESTATAL

    1) INDEPENDENTE: aquele que est no topo da estrutura estatal. Participam da formao da vontade estatal. Goza de independncia e no sofre qualquer espcie de subordinao. Constitui a vontade do Estado.

    So as chefias de cada um dos Poderes: a) No Poder Executivo, a Presidncia da Repblica, as

    Governadorias e as Prefeituras municipais e Distritais; b) No Poder Legislativo, o Congresso Nacional, as Assembleias

    Legislativas e as Cmaras Municipais; c) No Poder Judicirio, os Tribunais e cada um dos juzes

    monocrticos. So rgos independentes e no esto sujeitos a nenhuma relao de subordinao.

    OBSERVAO

    1) Entre os rgos de independentes, no existe relao de hierarquia, no existe relao de fiscalizao, mas somente mera relao de controle

    2) Divergncia quanto classificao do MP e do TCU. A maioria entende que so rgos independentes.

  • 2) AUTNOMOS: aqueles que gozam de autonomia. No tm independncia, mas guardam autonomia e possuem poder de deciso. Ministrios, Secretarias Estaduais e Municipais.

    Esto subordinados aos rgos independentes.

    3) SUPERIORES: no tm autonomia, so subordinados aos rgos autnomos, porm, ainda guardam algum poder de deciso. Ex.: gabinetes de procuradoria.

    4) SUBALTERNOS: so meros rgos de execuo. No tem qualquer poder de deciso. Somente executam aquilo que determinado pelos outros rgos. ex, as zeladorias, almoxarifados, sees administrativas.

  • B) QUANTO ESTRUTURA: CENTRAIS E LOCAIS

    1. SIMPLES: tambm chamados de unitrios. No possui outros rgos agregados a sua estrutura. ex.: gabinetes.

    2. COMPOSTOS: possuem rgos agregados a sua estrutura, ramificaes. Ex.: Secretaria Estadual de Educao.

    C) QUANTO ATUAO FUNCIONAL

    Refere-se aos agentes que compem rgo.

    1. SINGULAR: aquele que composto por um nico agente. Ex: Presidncia da Repblica, juzes monocrticos etc;

    2. RGOS COLEGIADOS: aqueles que so compostos por vrios agentes. Ex.: Tribunais, Congresso, Assembleias etc, (todas as casas Legislativas)

  • 2. ADMINISTRAO INDIRETA composta por entidades que e so responsveis pela execuo de

    atividades de Governo que necessitam ser desenvolvidas de forma descentralizada. AUTARQUIAS; EMPRESAS PBLICAS; SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA; FUNDAES PBLICAS.. Lei 11.107/2005, A referida lei indica que os consrcios

    pblicos podem ter natureza jurdica de direito privado ou natureza jurdica de direito pblico.

    2.1 - CARACTERSTICAS GERAIS: a) Possuem personalidade jurdica prpria: implica no fato de que

    iro responder diretamente por seus atos, de seus agentes. b) Possuem receita e patrimnio prprios;c) Possuem capacidade tcnica, administrativa, financeira: Porm

    no tm capacidade poltica, ou seja, capacidade de legislar. d) Sua criao depende de lei, art. 37, XIX CF;

    CF. Art. 37. XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao. (LEI ORDINRIA ESPECFICA)

  • e) Finalidade Especfica: essas pessoas jurdicas no tm fins lucrativos, ou seja, no so criadas com o escopo de obter, mas no nada impede que essas pessoas obtenham o lucro. A finalidade pode ser:

    I - Prestao de Servio pblico: autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas e sociedade de Economia Mista;

    II - Explorao de Atividade Econmica: Empresa Pblica e Sociedade de Economia Mista. Interveno na economia por motivo de proteo da segurana nacional e por interesse coletivo, art. 173.

    CF. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de atividade econmica pelo Estado s ser permitida quando necessria aos imperativos da segurana nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

    f) Controle da Administrao Direta sobre a Administrao Indireta.

    1) Poder Legislativo: CPI, TCU.2) Poder Judicirio: por meio das diversas aes judiciais; 3) Poder Executivo - Superviso ministerial. O Ministrio de controle

    definido de acordo com o ramo de atividade. * Pelo Cidado: titular do Poder, podendo representar contra PJ.

  • 2.2. AUTARQUIAS

    2.2.1 - Conceito: pessoa jurdica de direito pblico, dotada de capital exclusivamente pblico, com capacidade administrativa e criada para a prestao de servio pblico.

    Prof Maria Sylvia conceitua autarquia como pessoa jurdica de direito pblico, criada por lei, com capacidade de autoadministrao, para o desempenho de servio descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei.

    Desenvolve atividades tpicas de Estado. TEM TRATAMENTO DE FAZENDA PBLICA.

    2.2.2 - Regime Jurdico: muito semelhante ao regime da Administrao Direta.

    a) Criao e extino: por lei art. 37, XIX, da CF;b) Controle: interno e externoc) Responsabilidade Civil: , em regra, objetiva (art.37, 6, da CF) e

    subsidiria do Estado.

    d) Bens Autrquicos: Seus bens so pblicos. Seguem regime de bem pblico.

  • e) Dbitos Judiciais: seguem o regime de precatrios, art. 100, CF/88.

    Art. 100. exceo dos crditos de natureza alimentcia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentena judiciria, far-se-o exclusivamente na ordem cronolgica de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de casos ou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para este fim.

    f) Privilgios Processuais: prazos dilatados, juzo privativo e reexame necessrio:

    - Prazo Dilatado: art. 188, CPC:

    CPC. Art. 188. Computar-se- em qudruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pblica ou o Ministrio Pblico

    - Juzo privativo:

    CF/88. Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar:

    I - as causas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal forem interessadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de falncia, as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho;

    - Reexame Necessrio: Art. 475 do CPC.

  • j) Privilgio Tributrio Imunidade recproca: para os impostos, desde que ligada sua finalidade especifica:

    CF/88. Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:

    VI - instituir impostos sobre:

    a) patrimnio, renda ou servios, uns dos outros;

    2 - A vedao do inciso VI, "a", extensiva s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios, vinculados a suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes.

    l) Procedimentos Financeiros: seguem as regras de contabilidade pblica:

    a) Lei n 4.320/64, que trata sobre as regras da Contabilidade Pblica;b) LC 101/00 Lei de Responsabilidade Fiscal. c) Licitao / Lei 8.666/93: est sujeita s regras de licitao.

    m) Regime de Pessoal: Os seus agentes so servidores pblicos, podendo ser estatutrios (titular de cargo pblico) ou celetistas (titular emprego pblico -CLT), a depender da previso legal.

  • 2.2.3 - Exemplos de autarquias:

    a) Autarquias Culturais - Universidade Federais: UFPB, UFJF, UFRJ,

    UFMG, UEPB, etc.;b) Autarquias assistncias: so aquelas criadas para incrementar o

    desenvolvimento social do pas. Ex.: ADENE (Agncia de Desenvolvimento do Nordeste) e ADA (Agncia de Desenvolvimento da Amaznia), que sucederam respectivamente as antigas SUDENE e SUDAM; INCRA (Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria) etc.

    c) Autarquias de Administrao e Controle:- Banco Central; INSS; INMETRO; IBAMA.

    d) Autarquias Profissionais: So os Conselhos de classe: CRM - Conselhos de Medicina, Conselhos Regionais de Contabilidade, Conselhos Regionais de Administrao.

    e) Autarquias Territoriais / Polticas: Territrio no ente da Federao. No se confundem com as autarquias administrativas e no compem a Administrao Indireta. uma autarquia muito mais poltica do que administrativa. No tem estrutura nem finalidade de autarquia. S so assim considerados para fins de personalidade jurdica.

    f) Autarquias de Regime Especial: Modernamente, o termo autarquia de regime especial tem sido utilizado para distinguir as Agncias Reguladoras.

  • 2.2.4 - Agncias Reguladoras e Agncias Executivas

    2.2.4.1 - Agncias Reguladoras: A Agncia Reguladora nada mais do que uma autarquia de regime especial. A nomenclatura foi importada do direto norte-americano.

    Agncias Reguladoras firmaram-se como rgos de controle, de regulao e fiscalizao.

    A atividade da AR no novidade, pois a funo dessa j era exercida pelo Estado anteriormente. A ideia que com a nova personalidade o controle seria mais efetivo.

    Em regra geral, segue o regime geral das autarquias. No entanto, a adoo de um regime especial se baseia em 3 regras fundamentadas no papel de regulamentao, normatizao, fiscalizao de controle:

    a) Maior autonomia que as demais pessoas jurdicas. As AR regulamentam em complementao lei, isto , no pode criar regra nova, uma vez que as mesmas no possuem capacidade poltica. Elas s podem expedir normas tcnicas;

    b) Investidura Especial de seu Dirigente: O Presidente da Repblica nomeia com prvia aprovao do Senado Federal.

  • c) Mandato do Dirigente:

    - Mandato com prazo fixo: o prazo definido pela lei que cria a AR. O entendimento que no se pode admitir prazos maiores que o prazo de mandato do chefe do Executivo acima de 4 anos. Porm, existe um projeto de lei para se unificar todos os prazos de mandato das AR em quatro anos no coincidentes com o mandato do Presidente da Repblica.

    - Quarentena: o ex-dirigente no pode trabalhar no mesmo ramo de atividade da AR, fora da administrao, por um prazo determinado. Esse prazo tambm no fixo. Na maioria das AR de quatro meses, sendo de 12 em algumas. Durante esse perodo, o ex-dirigente recebe normalmente.

    - Perda do Cargo: processo justificado por prtica de infrao ou por condenao transitada em julgado.

  • OBSERVAO

    1) EXEMPLOS DE AGNCIAS REGULADORAS

    - ANEEL: Agncia Reguladora de Energia Eltrica SERVIO PBLICO- ANATEL: Agncia Reguladora de Telecomunicaes; - SERVIO PBLICO- ANS: Agncia Nacional de Sade; - SERVIO PBLICO- ANVISA: Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria; - SERVIO PBLICO- ANTT: Agncia Nacional Transporte Terrestres; SERVIO PBLICO- ANTAQ: Agncia Nacional de Transporte Aquavirios; - SERVIO PBLICO- ANAC: Agncia Nacional de Aviao Civil; - SERVIO PBLICO- ANA: Agncia Nacional de guas; - BEM PBLICO- ANP: Agncia Nacional de Petrleo (monoplio); - ATIVIDADE ECONMICA - CVM: Comisso de Valores Mobilirios apesar do nome atpico, uma AR;

    2) Agncias Reguladoras que servem de fomento de atividades particulares:- ANCINE: Agncia Reguladora Nacional de Cinema criada por meio de MP ainda no convertida em lei.

  • OBSERVAO

    3) TEM NOME DE AGNCIA MAS NO :a) Autarquias comuns: - ADA: Agncia de Desenvolvimento da Amaznia; - Agncia Executiva - ADENE: Agncia de Desenvolvimento do Nordeste; - Agncia Executiva- AEB: Agncia Espacial Brasileira; autarquia comum.

    b) rgo da Administrao Direta: ABIN Agncia Brasileira Inteligncia;

    c) Servios Sociais Autnomos:- ABDI: Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial- APEB: Agncia de Produo e Exportao do Brasil.

    4) No mbito estadual e municipal, tambm podem ser criadas agncias.

  • 2.3 - FUNDAES PBLICAS:

    A criao de Fundao depende de lei ordinria.

    Fundao um patrimnio personalizado, destacado por um fundador para uma finalidade especfica universitas bonorum.

    A Fundao Pblica instituda pelo Poder Pblico, regulada pelo Direito Administrativo. A Fundao Privada instituda pelo particular, regulada pelo Direito Civil.

    A Fundao Pblica pode ter natureza de Direito Privado ou de Direito Pblico:

    a) FUNDAO PBLICA DE DIREITO PBLICO: Natureza de Direito Pblico. uma espcie de autarquia. Deve ser criada por lei. conhecida como Fundao Autrquica ou Autarquia Fundacional.

    b) FUNDAO PBLICA DE DIREITO PRIVADO: Natureza de Direito Privado. A lei autoriza a sua criao. Segue o mesmo regime das Empresas Estatais. conhecida como Fundao Governamental.

    EXEMPLOS DE FUNDAES AUTARQUICAS: IBGE, FUNAI, UNIR, FUNARTE, FEBEM, UNB

  • 2.4 - EMPRESAS ESTATAISSo aquelas nas quais o Estado tem parte e seguem o regime de

    direito pblico. Nem toda empresa em que o Estado tem parte empresa estatal. Para ser estatal, alm da participao, exige-se a aplicao do regime

    de hbrido (segue normas de direito privado e normas de direito pblico).

    2.4.1- Empresa pblica: a) Conceito: pessoa jurdica de direito privado, composta

    por capital exclusivamente pblico, criada para a prestao de servios pblicos ou explorao de atividades econmicas.

    b) Capital: Seu capital exclusivamente pblico, ainda que de Entes distintos. Portanto, nada impede que dois Estados-membros constituam uma Empresa Pblica, ou a Unio e o Estado-membro etc.

    c) Constituio: pode ser de qualquer modalidade empresarial.

    Ex.: CEF, EMBRAPA, SERPRO, DATAPREV, CASA DA MOEDA, EBCT e CEDAE, dentre outras.

  • 2.4.2 - Sociedade de economia mista:

    a) Conceito: pessoa jurdica de direito privado, criada para prestao de servio pblico ou explorao de atividade econmica.

    b) Capital: O capital misto, porm, a maioria votante tem que pertencer ao Poder Pblico.

    c) Constituio: com relao sua forma de constituio tem que ser a de S/A.

    OBSERVAO

    DIFERENAS ENTRE EMPRESA PBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA:

    1) CAPITAL: Na empresa pblica o capital 100% pblico e na SEM o capital misto;

    2) CONSTITUIO: a EP admite qualquer modalidade de constituio, j a SEM s admite a forma de SA;

  • 3) COMPETNCIA PARA JULGAR AS AOES: EP e SEM federais.

    - JUZO PRIVATIVO: A Empresa Pblica Federal possui juzo privativo -a competncia da justia Federal;

    Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar:

    I - as causas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal forem interessadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de falncia, as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho.

    - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: Justia Estadual, pois o art. 109, I, nada diz a respeito da SEM.

  • 2.4.3 - FINALIDADES DAS EMPRESAS ESTATAIS: a finalidade da empresa estatal definida por lei e relaciona-se diretamente com o regime jurdico aplicvel a elas as empresas estatais:

    CF/88. Art. 173. 1 A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa pblica, da sociedade de economia mista e de suas subsidirias que explorem atividade econmica de produo ou comercializao de bens ou de prestao de servios, dispondo sobre

    O regime pblico das empresas estatais hbrido. Porm, vale ressaltar que:

    a) Prestadora de servio pblico, o seu regime hbrido aproxima-se mais do regime pblico. A sua responsabilidade objetiva.

    b) Exploradora de atividade econmica, mesmo sendo hbrido, seu regime aproxima-se mais do regime de direito privado.

  • 2.4.4 - REGIME JURDICO DAS EMPRESAS ESTATAIS:

    2.4.4.1 - Criao e Extino: so autorizadas por lei, dependendo para sua constituio do registro de seus atos constitutivos no rgo competente (art. 37, XIX da CF);

    2.4.4.2 - Bens: A doutrina e a jurisprudncia entendem que os bens dessas empresas tm que ser protegidos, principalmente no caso das prestadoras de servios pblicos, em nome do Princpio da Continuidade do Servio Pblico.

    Portanto, via de regra, os bens das Empresas Pblicas e das SEM so penhorveis, exceto se a empresa for prestadora de servios pblicos e o bem estiver diretamente ligado a prestao de servios pblicos.

    2.4.4.3 - Licitaes: leva-se em conta a finalidade

    a) As empresas estatais prestadoras de Servios Pblicos tm seu regime mais prximo do regime de direito pblico do que do regime de direito privado, estando, pois, sujeitas s regras da Lei 8.666/93. No h dvida, tem que licitar.

    - As Empresas Estatais exploradoras de atividade econmica estosujeitas regra geral da lei 8.666/93. Portanto, deve seguir a regra geral, independentemente de ser empresa pblica ou sociedade de economia mista.

  • b) J as empresas estatais exploradoras da atividade econmica tm seu regime mais prximo do regime de direito privado, tendo o art. 173, 1, III CRFB/88, previsto que essas empresas podero, atravs de lei especfica, ter estatuto prprio para licitaes. Mas at agora no h estatuto, ento, deve-se aplicar a norma geral de licitaes, ou seja, elas tm que obedecer a Lei n. 8.666/93.

    CF/88. Art. 173. 1 A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa pblica, da sociedade de economia mista e de suas subsidirias que explorem atividade econmica de produo ou comercializao de bens ou de prestao de servios, dispondo sobre:III - licitao e contratao de obras, servios, compras e alienaes, observados os princpios da administrao pblica;

    - A doutrina indica que, no caso das estatais exploradoras de atividade econmica, foroso entender a inaplicabilidade da Lei 8.666/93 em determinadas situaes.

    - O Prof. Celso Antnio Bandeira de Mello ressalta que em inmeros casos a licitao ser incompatvel com o normal cumprimento do objetivo para o qual estas foram criadas, por isso, ele indica que nas hipteses em que o procedimento licitatrio inviabilize o desempenho da atividade especfica da estatal, a licitao inexigvel.

  • 2.4.4.4 - Controle - interno e externo

    2.4.4.5 Responsabilidade Civil

    2.4.4.6 - Regime de pessoal: quem atua em Empresa Estatal titular de emprego pblico, ou seja, so empregados, seguindo o regime da CLT.

    Recebem o nome de servidores de entes governamentais de direito privado - EMPREGADOS.

    - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS - ECT

    A jurisprudncia, em razo da exclusividade de seus servios (servio postal), goza de tratamento de Fazenda Pblica, idntico ao de uma autarquia, com os mesmos privilgios e os mesmos rigores do regime pblico.

  • 6) Sobre as AUTARQUIAS, marque a opo correta:

    A) so pessoas jurdicas de Direito Pblico, criadas por lei, integrantes da Administrao Indireta, estendendo-se a elas a imunidade tributao por via de impostos, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios vinculados s suas finalidades essenciais ou dela decorrentes.

    B) so pessoas jurdicas de Direito Pblico, criadas por lei, integrantes da Administrao Indireta, porm no se beneficiam da imunidade tributria mencionada na alternativa anterior.

    C) so pessoas jurdicas de Direito Pblico, integram a Administrao Indireta, desfrutam da imunidade mencionada na opo A, mas sua criao se faz por ato administrativo do Poder que as institui.

    D) integram a Administrao Indireta, so criadas por lei, beneficiam-se da imunidade de impostos antes referida, mas so pessoas jurdicas de Direito Privado.

    E) integram a Administrao Indireta e so criadas por lei, mas possuem personalidade jurdica de Direito Privado e no se beneficiam da imunidade tributria antes aludida.

  • 1) A Administrao Pblica pode descentralizar suas atividades, criando pessoas jurdicas que integraro a Administrao Indireta. Uma das entidades da Administrao Indireta ser criada por lei para desempenhar atividades consideradas tpicas do Estado. Trata-se da seguinte entidade:(A) autarquia;(B) empresa pblica;(C) sociedade de economia mista;(D) fundao pblica;(E) rgo pblico.

    5) CESPE (PF/2012) A respeito da organizao administrativa da Unio, julgue os itens seguintes. (CERTO OU ERRADO): ( ) Existe a possibilidade de participao de recursos particulares na formao do capital social de empresa pblica federal.( ) O foro competente para o julgamento de ao de indenizao por danos materiais contra empresa pblica federal a justia federal.

  • 2) ANA / 2009 - Quanto s caractersticas da administrao pblica federal brasileira e sua forma de organizao, analise os itens a seguir e marque com V se a assertiva for verdadeira e com F se for falsa. Ao final, assinale a opo correspondente.( ) Os rgos so compartimentos internos da pessoa pblica que compem sua criao bem como sua extino so disciplinas reservadas lei.( ) A realizao das atividades administrativas do Estado, de forma desconcentrada, caracteriza a criao de pessoas jurdicas distintas, componentes da administrao pblica indireta.( ) As entidades da administrao pblica indireta do Poder Executivo, apesar de no submetidas hierarquicamente ao Ministrio a que se vinculam, sujeitam-se sua superviso ministerial.( ) O Poder Judicirio e o Poder Legislativo constituem pessoas jurdicas distintas do Poder Executivo e, por isso, integram a administrao pblica indireta.a) V, F, V, Fb) V, F, F, Vc) F, V, V, Fd) F, V, F, Ve) V, V, F, V

  • 3) Segundo doutrina dominante, o princpio da moralidade administrativa impe ao gestor pblico o dever: (a) da boa administrao(b) de publicidade(c) de motivar os atos administrativos(d) de obedincia s ordens superiores.

    4) CESPE (AGU/2008) No obstante o princpio da legalidade e o carter formal dos atos da administrao pblica, muitos administrativistas aceitam a existncia de fontes escritas e no-escritas para o direito administrativo, nelas includas a doutrina e os costumes; a jurisprudncia tambm considerada por administrativistas como fonte do direito administrativo, mas no juridicamente correto chamar de jurisprudncia uma deciso judicial isolada. ( ) CERTO ( ) ERRADO