atributos microbiolÓgicos de solo sob vegetaÇÃo nativa e …§ões... · 2017. 6. 12. · para...
Post on 25-Jan-2021
0 Views
Preview:
TRANSCRIPT
-
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
ATRIBUTOS MICROBIOLÓGICOS DE SOLO SOB
VEGETAÇÃO NATIVA E DIFERENTES SISTEMAS DE
MANEJO
TATIANE DOS SANTOS ALVES
CUIABÁ – MT
2008
http://www.go2pdf.com
-
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
ATRIBUTOS MICROBIOLÓGICOS DE SOLO SOB
VEGETAÇÃO NATIVA E DIFERENTES SISTEMAS DE
MANEJOS
TATIANE DOS SANTOS ALVES
Bióloga
Orientadora: Profª Dra. MARIA DE FÁTIMA LOUREIRO
Co-orientadora: Profª Dra. MARCIA MATSUOKAROSA
Dissertação apresentada à Faculdade deAgronomia e Medicina Veterinária daUniversidade Federal de Mato Grossopara obtenção do titulo de Mestre emAgricultura Tropical, área de concentraçãoem Recursos Naturais.
CUIABÁ – MT
2008
http://www.go2pdf.com
-
DEDICO
A Deus
Pela proteção, orientação e conforto.
Aos meus pais
Manoel Alves e Ederilda Alves, por orientar seus filhos para o
interesse intelectual, pelos princípios inabaláveis que guiaram sua vida, pela
dedicação à família, por todos os sacrifícios, amor e credibilidade em mim
depositados, a minha eterna gratidão.
Ao meu esposo
Clécius Schasiepen, pelo apoio que nunca faltou, por sua
compreensão, paciência, incentivo e amor.
Aos meus irmãos
Geane Alves e Fábio Alves, por fazerem parte desse alicerce no qual
eu me apoiei para alcançar esta vitória.
http://www.go2pdf.com
-
AGRADECIMENTOS
A realização deste trabalho só foi possível graças à colaboração
direta e indireta de muitas pessoas. Manifesto minha gratidão a todas elas e
de forma muito especial:
a CAPES, pela concessão de bolsa;
à Universidade Federal do Mato Grosso, Faculdade de Agronomia e
Medicina Veterinária, UFMT/FAMEV, pela oportunidade;
ao grupo GAP e Fazenda Sereno, pela presteza e disposição para a
coleta de solo;
aos funcionários e estagiários, pela grande ajuda no campo;
à banca examinadora Dra. Leimi Kobayasti e Dr. Aluizio Borba;
à Co-orientadora Márcia Matsuoka, pela disposição e orientação;
à querida professora e orientadora Maria de Fátima Loureiro, por ter
acreditado em mim, e dedicado seu tempo em me ensinar, pela paciência,
carinho, apoio e amizade minha eterna gratidão.
a todos os professores pelo conhecimento transmitido, em especial,
ao professor Joadil Abreu, pela colaboração nas análises estatísticas.
à Denise , Maria e Fátima Morbeck, pelo carinho e colaboração.
à equipe do Laboratório de Microbiologia do Solo: Noraci, Beth,
Valéria, Inalva, James, Danielle, Maira, Gracielle e Glória, pelo carinho,
atenção e amizade em todos os momentos;
aos amigos Lízia Campos e Nicolau Elias Neto, pela paciência,
dedicação, apoio, carinho e amizade, a minha grande satisfação em
aprender com vocês;
http://www.go2pdf.com
-
SUMÁRIO
PáginaRESUMO 011. INTRODUÇÃO 022. REVISÃO DE LITERATURA 042.1 - Degradação do solo 042.2 – Integração Lavoura-Pecuária 062.3 - Microrganismos como bioindicadores da qualidade dosolo
09
2.3.1 - Biomassa microbiana do solo 112.3.2 - Respiração Microbiana e q CO2 142.3.3 - Fungos Micorrizicos Arbusculares 153. REFERENCIAS 19
CAPITULO IBIOMASSA E ATIVIDADE MICROBIANA DE SOLO SOBVEGETAÇÃO NATIVA E DIFERENTES MANEJORESUMO 341. INTRODUÇÃO 352. MATERIAL E METODOS 363. RESULTADOS E DISCUSSÃO 424. CONCLUSÕES 485. REFERÊNCIAS 49
CAPITULO IIFUNGOS MICORRIZÍCOS E DIVERSIDADE MICROBIANA DOSOLO VEGETAÇÃO NATIVA E DIFERENTES SISTEMAS DEMANEJOSRESUMO 551. INTRODUÇÃO 562. MATERIAL E METODOS 583. RESULTADOS E DISCUSSÃO 624. CONCLUSÕES 675. REFERÊNCIAS 68
http://www.go2pdf.com
-
Alves, Tatiane dos Santos
Atributos microbiológicos de solo sob vegetação nativa e diferentes
sistemas de manejos. Tatiane dos Santos Alves. - Cuiabá:
Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2008.
Dissertação apresentada à Faculdade de Agronomia e Medicina
Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso, para obtenção
do título de Mestre em Agricultura Tropical.
Bibliografia:
CDU –
http://www.go2pdf.com
-
ATRIBUTOS MICROBIOLÓGICOS DE SOLO SOB VEGETAÇÃO NATIVA
E DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO
RESUMO
Com o objetivo avaliar os atributos microbiológicos de solo em diferentes
manejos do solo, foram coletadas amostras de solo na profundidade de 0-10
cm da Fazenda Sereno no Município de Jaciara – Mato Grosso em dois
períodos do ano em áreas sob diferentes sistemas de manejos: integração
lavoura-pecuária, lavoura em rotação milho/soja, pastagem, vegetação
nativa e vegetação nativa em recuperação. Avaliaram-se o carbono da
biomassa microbiana (CBM) e o carbono prontamente mineralizável
(respiração) pelo método do clorofórmio fumigação-incubação (CFI); A
determinação da densidade de esporos de fungos micorrizicos arbusculares
(FMAs) foi estimado por peneiramento úmido e centrifugação em solução de
sacarose e a diversidade da população de fungos e bactérias através das
características morfológicas das colônias. Os diferentes tratamentos e os
períodos de coleta influenciam os microrganismos do solo.
Palavras-chave: Biomassa microbiana, respiração microbiana, quociente
metabólico
http://www.go2pdf.com
-
1. INTRODUÇÃO
A agropecuária é a principal atividade econômica do Estado de Mato
Grosso e apesar das tecnologias disponíveis, o que vem se observando é o
manejo inadequado do solo, resultando em extensas áreas degradadas e
consequentemente na abertura de novas terras para o plantio (Resende et
al., 1996).
Para evitar o crescente desmatamento das florestas devido a abertura de
novas terras para a agricultura e possibilitar a manutenção e
sustentabilidade dos ecossistemas produtivos dentro de uma escala de
tempo, as mudanças não dependerão apenas dos avanços tecnológicos
(Salati & Lemos, 1999). É necessário reincorporar áreas em algum estágio
de degradação ao processo produtivo, manter e melhorar a qualidade do
solo adotando práticas conservacionistas de manejo (Kluthcouski et al.,
2003).
A pesquisa em relação direta com produtores desenvolveu sistemas de
cultivo mais duráveis. A integração da lavoura e pecuária (ILP) na região do
Cerrado é uma técnica que está em estudo na EMBRAPA desde 1978 e visa
aprimorar o cultivo de grãos e a criação de gado na mesma área, além de
promover a cobertura do solo com palhas. È uma prática que deve ser usada
em conjunto com rotação de culturas e plantio direto para aumentar o teor de
matéria orgânica no solo (Mello et al., 2004).
Segundo Macedo et al. (2000), além de a ILP ser eficiente na melhoria
das propriedades químicas e físicas do solo, atua também na quebra do
ciclo de pragas e doenças, no controle de invasoras, aproveitamento de
subprodutos, pastejo de outono em pastagens anuais, melhorando e
mantendo a produção animal e de grãos.
Para atingir as metas de uma agricultura sustentável e conservacionista,
o manejo adequado do solo que proporciona altas produtividades e
sustentabilidade ambiental, não pode negligenciar o componente biológico
do solo (Wardle, 1992; De-Polli & Guerra, 1996; Alvarenga et al., 1999).
http://www.go2pdf.com
-
Assim, tem havido uma demanda crescente para a identificação de
parâmetros que avaliem de modo eficaz alterações que interferem na
qualidade do solo, indicando os manejos adequados para preservar e
melhorar sua qualidade e garantir a sustentabilidade dos agroecossistemas
(Tótola & Chaer, 2002).
Os microrganismos constituem a parte viva e mais ativa da matéria
orgânica e são representados por fungos, bactérias, actinomicetos,
leveduras, protozoários, algas e microfauna (Roscoe et al., 2006). É a
principal fonte de enzimas do solo, responsável pela quase totalidade de sua
atividade biológica, catalisando as transformações bioquímicas e
representando fonte e dreno de carbono, regulando a troca de nutrientes
entre a atmosfera e o ecossistema solo-planta-organismo (Moreira &
Siqueira, 2006).
Quaisquer distúrbios no solo provocado por diferentes manejos causam
mudanças na população microbiana em um estágio anterior ao das
mudanças nos parâmetros químicos e físicos (Sands & Podmore, 2000;
Matsuoka et al., 2003). Assim, seria possível monitorar, pelo uso desses
bioindicadores, sistemas de manejo que alteram a qualidade do solo
(Roscoe et al., 2006).
Este trabalho teve como objetivo avaliar os atributos microbiológicos de
solo em diferentes manejos do solo.
http://www.go2pdf.com
-
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 - Degradação do solo
A agropecuária é a principal atividade econômica do Brasil, na década de
1970, houve uma grande expansão dessa atividade na região Centro-Oeste,
especialmente pelo baixo valor das terras, ofertas de crédito e a introdução
de espécies forrageiras com boa adaptação ao clima e aos solos ácidos e
inférteis da região (Moreira & Assad, 1997).
A agricultura moderna é caracterizada pela busca constante do aumento
da produtividade das culturas agrícolas por meio da utilização da
mecanização, irrigação, adubação química e aplicação de pesticidas, aliadas
ao melhoramento dos genótipos (Shiki, 1997). E de modo geral, essa
prática, tem sido uma atividade predatória no que refere à conservação do
solo.
As terras agrícolas vêm sofrendo um processo acelerado de degradação
de sua capacidade produtiva, tanto pelo inadequado uso do solo, devido à
mecanização intensa e desordenada, como pelos sistemas agrícolas
embasados na monocultura ou sucessões contínuas de culturas, esse
conjunto de fatores, vem provocando a queda da produtividade, a maior
ocorrência de pragas e doenças e a degradação do solo e dos recursos
ambientais (Mondardo, 1984; Macedo, 2001).
Estima-se que 80% dos 50 a 60 milhões de hectares de pastagens
cultivadas nos Cerrados encontram-se em algum estado de degradação
(Kluthcouski et al., 2003). Os pastos estão num processo evolutivo de perda
de vigor, sem possibilidade de recuperação natural e incapazes de sustentar
os níveis de produção e qualidade exigido pelos animais, bem como de
superar os efeitos nocivos de pragas, doenças e plantas invasoras (Macedo
et al., 1993).
A agropecuária na região Centro-Oeste, no período de expansão de sua
produção, sofre, na atualidade, as conseqüências do modelo adotado. A
exploração deflagrou processos de exaustão e degradação dos solos que
além de diminuir a capacidade produtiva das pastagens impossibilita o solo
http://www.go2pdf.com
-
de receber outras culturas, devido o seu esgotamento produtivo (Barcellos,
1996).
O que se observa é um numero muito reduzido de produtores que estão
recuperando o solo de suas propriedades, e a Região Central do Brasil
mantém recordes de produção (Perón & Evangelista, 2004). A estratégia dos
agropecuaristas está sendo o aumento das fronteiras agrícolas sobre as
florestas. Estima-se que o bioma Cerrado deverá ser totalmente destruído no
ano de 2030, caso as tendências de ocupação continuem causando uma
perda anual de 2,2 milhões de hectares de áreas nativas (Machado et al.,
2004).
Para evitar o avanço da fronteira agrícola e consequentemente o
desmatamento é necessário reincorporar as áreas em algum estágio de
degradação ao processo produtivo e manter e melhorar a qualidade do solo
das áreas utilizadas atualmente na atividade agropecuária (Kluthcouski et
al., 2003).
Recuperar áreas degradadas é a denominação que se tem atribuído ao
desafio de, por meio de interferências planejadas, reconstruírem a estrutura
e criar condições para que se restabeleçam os processos ecológicos
naturais do ecossistema, garantindo a manutenção da qualidade do solo
(Alves, 2001).
A indagação de como avaliar a perda da qualidade de um determinado
solo em função do manejo agrícola é antiga, controversa e pertinente (Zilli et
al., 2003). A resposta mais adequada parece ser a utilização de atributos
presente no agroecossistema, que sejam indicativas do estado da qualidade
do solo.
De um lado, a análise química do solo, embora muito útil para estimar o
potencial produtivo do solo, fornece apenas informações sobre a capacidade
do solo em manter a produtividade vegetal. Por outro, alterações nos
atributos físicos ou a perda da matéria orgânica do solo podem levar anos
para ocorrer de forma significativa, o que pode revelar tardiamente um
estado de degradação do solo (Carter, 1986)
http://www.go2pdf.com
-
Larson & Pierce (1991) sugerem que a qualidade de um solo deva
englobar as suas propriedades físicas, químicas e biológicas de maneira que
atenda o meio para o crescimento das plantas, regule a distribuição da água
no meio ambiente e atue como um tampão ambiental na formação e
degradação de produtos danosos ao ambiente.
Esta abordagem leva em consideração não apenas o papel do solo na
produção agrícola, mas também a sua participação em funções específicas
no ecossistema, das quais depende a sustentabilidade a longo prazo.
2.2- Integração Lavoura - Pecuária
Historicamente a agricultura e a pecuária no Brasil têm suas atividades
produtivas executadas separadamente, não costumavam ocorrer
simultaneamente ou quase sem nenhum sincronismo. Essa prática, ao longo
dos anos, contribuiu para acelerar o processo de degradação tanto das
áreas de pastagens como áreas de lavouras (Carvalho et al., 1993).
A grande degradação dos solos agrícolas provocada pelo rompimento do
seu equilíbrio natural despertou a preocupação sobre a qualidade do solo e
sustentabilidade da exploração agrícola (Kluthcouski et al., 2003). Essa
degradação era apenas o sintoma de métodos de cultivos inadequados e
indicava a necessidade da adoção imediata de manejos sustentáveis.
Um dos maiores avanços no processo produtivo da agricultura brasileira
foi a introdução do Sistema de Plantio Direto (SPD), sendo uma prática de
cultivo sem preparo físico do solo, mantendo a palha da cultura anterior na
superfície, onde o solo deve ter mais de 70% de cobertura (Barreto et al.,
2004).
Atualmente são cultivados no Brasil cerca de 20 milhões de hectares sob
SPD, estando 25% dessa área localizada na região do cerrado (Cervi, 2003),
seus benefícios a qualidade do solo e a agricultura é amplamente descrito
na literatura (Kluthcouski et al., 2000; Urchei et al., 2000; Costa et al., 2003;
Vargas et al., 2005) .
No início da década de 90, houve um agravamento dos problemas
relacionados à perda de produtividade e degradação de pastagens. Nessa
http://www.go2pdf.com
-
época, em busca de alternativas técnicas, a integração lavoura-pecuária
(ILP) associada com SPD foi indicada como medida para recuperar ou
reverter a degradação do solo sob pastagem (Vilela et al., 2001).
A princípio, o objetivo da ILP é a recuperação ou reforma de pastagens
degradadas (Alvarenga, 2004). Hoje, define-se ILP como a alternância
temporária ou a rotação, numa mesma área, de culturas de grãos e
pastagens destinadas ao pastoreio animal, com os objetivos de maximizar
racionalmente o uso da terra, da infra-estrutura e da mão-de-obra, por meio
dos recursos e benefícios que uma atividade proporciona à outra (Moraes et
al., 1998).
Segundo Moraes et al. (2002), o sistema ILP proposto tem uma estrutura
básica: o plantio direto, a rotação de cultivo, o uso de insumos e genótipos
melhorados, o manejo correto das pastagens e a produção animal sob
pastejo.
A prática ILP surge como uma das estratégias mais promissoras para
desenvolver sistemas de produção que visem a melhor utilização de
insumos e, por sua vez, mais sustentáveis ao longo do tempo.
Uns grandes números de trabalhos demonstram o efeito negativo
acarretado por vários anos de agricultura contínua sobre várias propriedades
do solo (Panigatti,1992; Diaz Rosello,1992; Baethgen,1992). Este efeito
negativo é revertido a medida que aumenta o número de anos sucessivos
com pastagens.
No início da década de 90, motivou-se intensa discussão sobre os
benefícios e problemas da ILP, hoje, essa discussão, ganha um cenário
além dos órgãos de pesquisa (Kluthcouski et al., 2003).
Moraes (2002), com base em diagnóstico realizado em sistemas de
produção, indica que os atributos físicos do solo, pelo efeito da entrada dos
animais nas áreas agrícolas e de uma possível compactação do solo devido
ao pisoteio dos mesmos, pode ser afetado negativamente pela ILP, sendo
essa, umas das principais entraves ao desenvolvimento dessa técnica.
http://www.go2pdf.com
-
Spera et al. (2004), estudando pastagens sob plantio direto, conclui não
haver evidências de que o pisoteio tenha interferido negativamente nos
atributos físicos do solo.
Siqueira Jr. (2005), comparando uma área com e outra sem pastejo,
indica que os valores de densidade aumentaram com a presença dos
animais, mas de forma a não comprometer a condição física do solo para a
produção da cultura posterior a pastagem e que ao longo do período de
cultivo existe um retorno a condição de densidade inicial.
Dados que corroboram com os observados por Coimbra et al. (1996),
que ao avaliar o efeito do impacto do animal no solo de áreas de plantio
direto envolvidas na ILP, mostram que os efeitos negativos do pisoteio são
rapidamente revertidos após o cultivo da lavoura de verão, no caso pelo
plantio de milho.
A ILP condiciona um resíduo no final do período de pastejo que é o
resultado do manejo da pastagem. Este resíduo pode ser utilizado como
cobertura para a semeadura direta de culturas, reduzindo os riscos de
erosão do solo, tendo os mesmos efeitos de outras coberturas (Consalter,
1998).
Segundo Debarba & Amado (1997), o resíduo deixado após pastejo e os
diferentes tipos de espécies (aveia e cevada), utilizadas para alimentar o
rebanho, podem proporcionar rendimentos diferenciados para as culturas
após a utilização da pastagem, da mesma forma que as coberturas
tradicionalmente adotadas.
A presença do sistema radicular de gramíneas possibilita uma melhora
na estrutura física do solo, pelo aumento da porosidade total e pelo
acréscimo de matéria orgânica ao solo, melhorando a estrutura e a
estabilidade dos agregados, principalmente da superfície do solo (Consalter,
1998).
A utilização de plantas de cobertura intercalares ao milho demonstrou ser
uma prática benéfica para as propriedades relacionadas a estrutura do solo
por aumentar a macroporosidade, a porosidade total e a condutividade
http://www.go2pdf.com
-
hidráulica saturada e reduzir a densidade do solo quando comparado com o
sistema milho isolado (Argenton et al., 2005).
Salton et al. (1995), avaliando os atributos físicos do solo no sistema
ILP observou maior taxa de infiltração de água.
Ayarza et al. (1993); Fassbender & Bornemisza (1994); Silva &
Mielniczuk (1997) e Salton et al. (1999) observaram maior estabilidade de
agregados, devido a alta densidade de raízes de gramíneas que promove a
aproximação das partículas pela constante absorção de água do perfil do
solo, às periódicas renovações do sistema radicular e à uniforme distribuição
de exsudatos no solo, que estimulam a atividade microbiana, cujos
subprodutos atuam na formação e estabilização dos agregados.
Assmann (2001), avaliando a produtividade do milho da safra 1999-2000,
cultivado em seqüência a uma pastagem com doses de N, utilizada em
pastejo contínuo ou sem pastejo, evidenciou o efeito positivo do pastejo
sobre a transferência de N da pastagem para a cultura sucessora.
Willians et al. (1989) relatam que as excreções de bovinos em pastejo
apresentam, em seu conteúdo, quantidades consideráveis de nutrientes
essenciais para as plantas como no exemplo o fósforo (P), o potássio (K), o
nitrogênio (N), o cálcio (Ca), o magnésio (Mg) e o enxofre (S).
A ciclagem de nutrientes, melhora a vida biológica do solo e melhor
explora as condições edafoclimáticas (Diaz Rossello, 1992; Mohamed Sallen
& Fisher, 1993; McKenzie et al., 1999).
A ILP consiste em uma alternativa promissora da produção, favorecendo
ao aumento da eficiência de utilização de recursos naturais e a preservação
do meio ambiente, além de trazer vantagens sociais e econômicas, como
aumento da oferta de forragem para o período seco do ano e formação de
palhada para o Sistema de Plantio Direto, além de resultar em aumento da
estabilidade de renda ao produtor (Kluthcouski et al., 2003).
Dentro desse conceito, as áreas de lavouras dão suporte à pecuária por
meio da produção de alimento para o animal, seja na forma de grãos,
silagem e feno, seja na de pastejo direto, aumento da capacidade de suporte
da propriedade, permitindo a venda de animais na entressafra e
http://www.go2pdf.com
-
proporcionando melhor distribuição de receita durante o ano (Mello et al.,
2004).
2.3 - Microrganismos como bioindicadores da qualidade do solo
O interesse pelo tema “qualidade do solo” é recente, datando do fim da
década de 80 e início da década de 90 e acordo com Doran & Parkin (1994),
qualidade do solo seria a sua capacidade de funcionar dentro dos limites dos
ecossistemas para: sustentar a produtividade biológica; manter a qualidade
da água e do ar e promover a saúde humana, de plantas e animais.
Além da importância do solo para a produção de alimentos, o conceito de
qualidade do solo também destaca a importância desse recurso para o
funcionamento global dos ecossistemas.
Apesar da crescente conscientização sobre a conservação e uso racional
dos solos, existe uma carência de indicadores que possam quantificar o
conceito de qualidade do solo (Tótola & Chaer, 2002).
Turco et al. (1994), listaram as principais características que um bom
indicador ecológico, de qualidade do solo, deve possuir: refletir algum
aspecto do funcionamento do ecossistema; mostrar uma resposta precisa e
rápida a qualquer perturbação; ser de simples determinação e barato e
possuir distribuição universal mas com especificidades regionais.
A maioria dos estudos de qualidade do solo era relacionada à utilização
de indicadores físicos e químicos (Doran & Parkin, 1994). No entanto, muitos
dos atributos físicos e químicos do solo, exigidos para o máximo
desenvolvimento vegetal, são afetados diretamente pelos processos bióticos
(Lee, 1994), destacando-se a importância dos microrganismos e seus
processos no funcionamento e equilíbrio de ecossistemas.
As avaliações microbiológicas podem ser utilizadas para a determinação
da qualidade do solo (Balota et al., 1998; Hungria et al., 2002). Vários
estudos mostram que os indicadores biológicos são mais sensíveis e
detectam com antecedência, alterações que ocorrem no solo em função do
seu uso e manejo (Doran, 1980; Dick, 1994; Trasar-Cèpeda et al., 1998;
Matsuoka et al., 2003).
http://www.go2pdf.com
-
Isto ocorre porque os microrganismos são a parte viva e mais ativa da
matéria orgânica do solo, atuando em processos que vão desde a
decomposição de resíduos de plantas e animais, ciclagem biogeoquímica
dos elementos, formação da matéria orgânica e da estrutura do solo, até a
biorremediação de pesticidas e metais pesados (Moreira & Siqueira, 2006).
Sua atividade dos afeta, diretamente, as propriedades químicas e físicas
e a atividade da meso e macrofauna contribuindo, ativamente, para a
sustentabilidade dos sistemas agrícolas.
Na região Centro-Oeste do país, uma série de estudos foi iniciada em
1998, na EMBRAPA - CPAC. Foram avaliadas áreas sob vegetação nativa
(Matas de Galeria, Cerradão, Cerrado Sentido Restrito, Cerrado Ralo e
Campo Sujo), sob plantio direto e convencional e sob pastagens e sistemas
ILP.
Os impactos da atividade agrícola nas propriedades microbiológicas
foram mais acentuados na camada superficial do solo e envolveram
reduções nos teores de C da biomassa microbiana e aumentos no C
prontamente mineralizável (Carneiro, 1999; Mendes et al., 2000, 2001;
Oliveira, 2000; Oliveira et al., 2001; Mendes, 2002; Mendes & Vivaldi, 2001;
Matsuoka et al., 2003; Mendes et al., 2003).
Dentre os fatores limitantes à atividade dos microrganismos do solo,
estão principalmente à disponibilidade de água, energia e nutrientes
(Stotzky, 1997; Hungria, 2000).
Em conclusão os microrganismos foram indicadores sensíveis a
mudanças que ocorreram no solo em virtude dos sistemas de manejo, os
quais não foram diferenciados pelos teores de matéria orgânica do solo
(Mendes et al., 2002).
2.3.1 - Biomassa microbiana do solo
A biomassa microbiana do solo (BMS) é utilizada como parâmetros para
caracterizar o componente biológico dos solos (Jenkinson & Ladd, 1981;
Smith & Paul, 1990).
http://www.go2pdf.com
-
Representa 1% a 5% do C orgânico total dos solos sendo que de 95% a
99% da matéria orgânica é constituída por frações mortas, relativamente
estáveis e resistentes a alterações, mudanças significativas nessas frações
podem levar anos e/ou décadas para serem detectadas (Rice et al., 1996).
A BMS é definida como a parte viva da matéria orgânica do solo
excluindo-se as raízes e animais maiores do que aproximadamente 5x103
µm3 (Jenkinson & Ladd, 1981; Wardle, 1992, Roscoe et al. 2006),
representada por fungos, bactérias, actinomicetos, leveduras e protozoários.
Os microrganismos do solo constituem um indicador sensível de
mudanças no ecossistema (Jenkinson & Rayner, 1977; Powlson et al., 1987;
Moreira & Siqueira, 2006).
Por meio da avaliação da biomassa microbiana do solo, é possível
realizar comparações entre solos e mudanças de manejo, avaliando assim,
os impactos ambientais causados (Insam, 2001), desde alterações
relativamente pequenas nas condições do solo, as quais desencadearão
processos mais complexos de melhoria ou perda na sua qualidade (De-Polli
& Guerra, 1997; Tótola & Chaer, 2002).
Segundo Grisi (1984), a quantificação da biomassa significa: Estimar
o potencial microbiano de um solo e sua capacidade de transformação:
quantificar substâncias relacionadas às quantidades de elementos
essenciais à vida microbiana, vegetal e animal; relacionar essas quantidades
de microrganismos com formas inorgânicas de interesse agronômico e
ecológico no solo; e relacionar as características acima com a qualidade do
solo e produtividade agroecológica.
O maior acúmulo de biomassa microbiana ocorre em solo sob cultivo
mínimo, com vegetação e teores mais elevados de argila e menor acúmulo
em solos mais arenosos, degradados pela erosão ou por contaminação com
substâncias organizas tóxicas ou metais pesados (Moreira & Siqueira, 2006).
Sistemas de manejo que visam a manutenção da matéria orgânica e a
ausência de revolvimento do solo como no SPD podem aumentar 85% a
BMS em camadas superficiais (0-10 cm), em comparação com sistemas
convencionais (Balota et al., 2004; Perez et al., 2004).
http://www.go2pdf.com
-
Este aumento pode estar associado a maior acúmulo da matéria orgânica
na superfície do solo, que favorece temperaturas menores, acúmulo de
água, maior agregação do solo e teores elevados de carbono orgânico,
propiciando um ambiente favorável para o crescimento de microrganismos
(Balota et al., 2004).
Comparações feitas entre sistemas agrícolas e áreas de vegetação
nativa, mostraram aumento de 50 a 70% de carbono (Matsuoka et al., 2003;
Perez et al., 2004). Foram encontrados ainda, valores entre 60,5 e 124 mg C
Kg -1 de solo para culturas perenes e entre 16,6 e 96,8 mg C kg -1 para
culturas anuais (Matsuoka et al., 2003).
Mudanças no manejo que afetam a qualidade e decomposição da
matéria orgânica são mais sensíveis de serem observados quando
analisados a partir do C da biomassa microbiana do solo, pois, a BMS
responde mais rápida as alterações do que a própria matéria orgânica
(Anderson & Domsch, 1989).
A relação entre o C da biomassa microbiana e o C orgânico fornece uma
medida da qualidade da matéria orgânica (Wardle, 1994), e a alta relação é
associada a uma matéria orgânica de boa qualidade (Wardle, 1992).
Segundo Sparling (1992), variação dessa relação fornece dados sobre a
eficiência da conversão do C orgânico em C da biomassa microbiana.
Várias pesquisas foram realizadas avaliando a BMS e a atividade
microbiana em diferentes coberturas vegetais (Gama-Rodrigues et al.,
1997), comparando sistemas naturais e agrícolas (Maciel et al., 1996) e
sistemas agroflorestais (Franco et al., 1994; Feigl et al., 1998).
Os métodos mais utilizados na sua determinação são o da fumigação
incubação (FI) (Jenkinson & Powlson, 1976), fumigação extração (FE)
(Vance et al., 1987), irradiação e extração (IE) (Islam & Weil, 1998) e
respiração induzida por substrato (RIS) (Anderson & Domsch, 1978).
Muitos trabalhos têm comparado a eficiência dos métodos de
determinação da BMS (Sparlin & Zhu, 1993; Gama-Rodrigues et al., 1994;
Feigl et al., 1995; Oliveira et al., 2001; Andréa & Moreno Hollweg, 2004).
http://www.go2pdf.com
-
Cada um destes métodos apresenta vantagens e desvantagens específicas
na sua utilização.
O que deve se observar é que estimativa da BMS deve ser distinguida de
sua atividade, uma vez que não se trata de uma medida da atividade dos
microrganismos do solo, mas sim, da população viva como um todo, isso, a
torna pouco informativa quando interpolada por si só (De-Polli & Guerra,
1997; Roscoe et al., 2006).
2.3.2 – Respiração microbiana do solo e qCO2As determinações da biomassa microbiana não fornecem indicações
sobre os níveis de atividade das populações microbianas do solo, ou seja,
podem ocorrer situações em que os solos apresentem elevadas quantidades
de biomassa inativa, justificando a importância dos parâmetros que medem
a atividade microbiana para avaliar o estado metabólico atual e potencial das
comunidades de microrganismos do solo (Tótola & Chaer, 2002).
A respiração microbiana reflete a atividade microbiológica do solo, é
medida através da quantificação de CO2 liberado resultante da atividade dos
microrganismos.
A quantificação do CO2 é comumente utilizada devido à sua menor
concentração na atmosfera (0,035%) em relação ao O2 (20%) (Paul & Clark,
1989), e também por refletir a atividade tanto de microrganismos aeróbios
quanto anaeróbios (Gama-Rodrigues, 1999).
A quantidade de CO2 liberada pela respiração dos microrganismos
(também denominada C prontamente mineralizável) é um dos métodos mais
tradicionais e mais utilizados para avaliar a atividade metabólica da
população microbiana do solo (Zibilske, 1994).
Da mesma forma que outras atividades metabólicas, a respiração
depende do estado fisiológico das células e é influenciada por diferentes
fatores tais como: umidade, temperatura e disponibilidade de nutrientes
(Moreira & Siqueira, 2006).
Segundo Gama-Rodrigues, (1999), a taxa de respiração basal do solo
consiste na medida da produção de CO2
resultante da atividade metabólica
http://www.go2pdf.com
-
no solo de microrganismos, de raízes vivas e de macrorganismos como
minhocas, nematóides e insetos. Paul et al. (1999) colocam que sua
interpretação deve ser feita com cautela.
Uma alta atividade respiratória pode resultar tanto de uma grande
reserva de substratos de carbono, onde a decomposição da matéria
orgânica é intensa, como da rápida decomposição de uma pequena reserva
decorrente, por exemplo, de quebra de agregados do solo promovida pela
aração. Desse modo, altas taxas de respiração podem indicar tanto um
distúrbio ecológico (como a incorporação de resíduos) como um alto nível de
produtividade do ecossistema (Islam & Well, 2000).
2.3.3 – Fungos Micorrizicos Arbusculares
Todo processo de movimentação de nutrientes no sistema solo-planta
envolve mecanismos complexos, muito deles relacionados à transformação
e à mobilização dos mesmos pela biota do solo.
Como essa interação solo-planta é um sistema aberto, a
decomposição da matéria orgânica depende dos processos de
transformação efetuados pelos microrganismos do solo, por meio dos quais
se podem mensurar a qualidade do solo (Sparling, 1992).
A micorriza, associação entre plantas terrestres e fungos micorrízicos
arbusculares (FMAs), é uma das mais antigas e difundidas das simbioses na
natureza (Simon et al., 1993; Redecker et al., 2000), tem ocorrência
generalizada na maioria dos ecossistemas terrestres (Vargas & Hungria,
1997), desde regiões árticas até os trópicos, ocorrendo em quase todas as
famílias de plantas (Brundrett, 1991).
Seus benefícios para a planta hospedeira dependem das condições
de crescimento e da dependência micotrófica da planta, que são controlados
por fatores diversos, tais como características do sistema radicular e
exigências nutricionais (Siqueira et al., 1994).
Diversos estudos evidenciam os benefícios dos FMAs para grande
variedade de plantas cultivadas e não cultivadas (Carneiro et al., 1996;
Colozzi Filho & Cardoso, 2000; Cordeiro et al., 2005; Miranda et al., 2005),
http://www.go2pdf.com
-
estas, apresentaram dependência micorrízica das mais variadas escalas até
a obrigatoriedade de sua presença para o crescimento.
Estudos desenvolvidos em espécies arbustivas nativas do Sudeste
brasileiro mostraram que, em 97% de 101 espécies estudadas foi
encontrada colonização dos FMAs nas raízes, sendo, portanto, rara a
situação não micorrízica (Carneiro et al., 1998).
Contudo, algumas associações, dependendo do genótipo da planta,
espécie, ecotipo do fungo e disponibilidade de P no solo, podem
proporcionar apenas um baixo incremento vegetal, chegando a atingir uma
condição de parasitismo, em que o balanço energético se torna desfavorável
à planta (Siqueira et al., 1998).
Em algumas espécies vegetais a dependência desses fungos é tão
acentuada que a planta não consegue absorver os nutrientes necessários a
sua sobrevivência (Allen, 1992).
Percebe-se que diferentes espécies de FMAs podem comportar-se de
maneira diferenciada no estabelecimento da simbiose com um mesmo
hospedeiro, sob as mesmas condições ambientais (Lambais & Mehdy,
1993).
Sendo assim, a interação fungo-planta é um processo biológico
complexo e regulado pelos dois parceiros, ocasionando uma extensa
variação de respostas das combinações entre diversas plantas e micorrizas
(Smith & Read, 1997).
A dependência micorrízica que define o grau de micotrofismo
existente entre planta e fungo varia de espécie para espécie e, geralmente,
diminui com o aumento nos níveis de P disponível (Moreira-Souza &
Cardoso, 2002; Soares et al., 2003; Aguiar et al., 2004).
Observa-se a influência da comunidade fúngica na nutrição mineral de
plantas, principalmente para nutrientes que se movimentam por difusão
(pequena distância) na solução do solo, como o P (Sieverdin, 1991; Siqueira,
1994).
Devido à suplementação na capacidade de absorver nutrientes do
sistema radicular da planta, os FMAs são os simbiontes que podem
http://www.go2pdf.com
-
estimular o crescimento das mesmas pelo aumento na absorção de
nutrientes, maior tolerância à condição de deficiência hídrica, tolerância da
planta a metais pesados, em locais contaminados e resistência a patógenos
do solo (Soares et al., 2003).
Essa associação é considerada parte integral e funcional das raízes
das plantas, os fungos diferem na maneira e na intensidade com que
colonizam as raízes, sendo que alteração das condições do solo pode
modificar a composição das espécies presentes (Abbott & Gazey, 1994).
Essa interação entre a comunidade vegetal e a comunidade fúngica é
relevante para os agroecossistemas, sobretudo aqueles que envolvem
rotação de culturas e culturas intercalares (Miranda et al., 2005).
Dessa forma, a diversidade, a densidade e o potencial de
infectividade dos propágulos de FMA no solo estão relacionados
indiretamente com as condições ecológicas de cada ecossistema (Maia &
Trufem, 1990) e diretamente com a fisiologia do fungo (Morton, 1993),
estando, a colonização micorrízica, ligada ao genótipo da planta e do fungo,
assim como ao ambiente (Carrenho et al., 2002).
Do mesmo modo, a perturbação do solo (White et al., 1989), a
destruição física da rede micelial (Jasper et al., 1992), a retirada da
vegetação, a exposição dos propágulos a extremos de umidade e
temperatura (Mcgonigle & Miller, 1999) e baixos valores de pH (Mehrotra,
1998) reduzem a densidade e diversidade desses fungos.
A rotação de culturas e as práticas de fertilização são determinantes
para assegurar a abundância de propágulos de FMAs e perpetuar os
benefícios da micorrização (Abbott & Robson, 1994). Como pode haver
benefícios às culturas subseqüentes, essa interação é relevante para os
agroecossistemas, sobretudo aqueles que envolvem rotação de culturas e
culturas intercalares (Miranda et al., 2005).
A grande maioria das espécies de plantas apresentam-se colonizadas
pelos FMAs, estes potencializam a absorção de nutrientes, principalmente o
fósforo, destacando sua importância para os solos tropicais com alta
http://www.go2pdf.com
-
capacidade de fixação de fosfatos e baixos teores de nutrientes disponíveis
(Siqueira et al., 1994).
Quando em simbiose com plantas, os FMAs otimizam a tolerância das
plantas a estresses abióticos (Johnson & Pfleger, 1992), a agregação do
solo (Miller & Jastrow, 1992) e a utilização de água e nutrientes.
A morfologia da raiz juntamente com o micélio interno do fungo amplia
as oportunidades de absorção dos nutrientes e o tempo necessário para que
estes cheguem às plantas (Siqueira, et al., 1999).
Como relatam Saggin Júnior & Siqueira (1995), o benefício dos FMAs
no crescimento das plantas hospedeiras tem como principal fator a melhoria
da nutrição, principalmente pela redução do déficit de P, seja pela maior
absorção e/ou aumento da eficiência de uso do nutriente pela inoculação.
Esses efeitos, no entanto, dependem da disponibilidade relativa de cada
nutriente no solo e de processos fisiológicos e desenvolvimento da planta.
Thingstrup et al. (2000) constataram que as micorrizas diferem na
eficiência para a absorção de P em função das concentrações de fósforo no
solo, pois a contribuição relativa desses fungos foi estimada em 77 e 49%
para solos com baixos e altos níveis de P respectivamente.
Assim, Pereira et al. (1996), trabalhando com Glomus etunicatum em
espécies arbóreas, observaram que mesmo com menores teores de P na
parte aérea, as plantas desenvolveram-se mais com as doses aplicadas de
adubo nitrogenado, superando o tratamento de 360 mg P kg-1
. Verificaram
também que a micorrização aumentou a concentração de nitrogênio nas
plantas em 2,6 vezes, enquanto a aplicação de fósforo aumentou somente
em 1,5 vezes.
http://www.go2pdf.com
-
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
ABBOT, L.K.; GAZEY, C. An ecological view of the formation of VA
mycorrhizas. Plant and soil, v. 159, p.69-78, 1994.
AGUIAR, R. L. F. de; MAIA, L. C.; SALCEDO, I. H.; SAMPAIO, E. V. S. B.
Interação entre fungos micorrizicos arbusculares e fósforo no
desenvolvimento da Algaroba (Prosopis juliflora (Sw) DC). Revista Árvore,
v. 28, p. 589-598, 2004.
ALLEN, M. A. The ecology of arbuscular mycorrhizas: a look back into the
20th century and a peek into the 21 st. Mycological research, v. 100, p.
769-782, 1992.
ALVARENGA M.I.N.; SIQUEIRA J.O. & DAVIDE A.C. Teor de carbono,
biomassa microbiana, agregação e micorriza em solos de Cerrado com
diferentes usos. Ciência Agrotecnica., v. 23, p. 617-625, 1999.
ALVARENGA, R.C. Integração Lavoura-Pecuária. In: SIMPOSIO DE
PECUÁRIA DE CORTE. 3, 2004, UFMG. Anais... Belo Horizonte-MG:
UFMG, cd rom, 2004.
ALVES, M.C. Recuperação do subsolo de um Latossolo Vermelho
usado para terrapleno e fundação da usina hidrelétrica de Ilha Solteira
– SP. 2001, 83p. Tese Livre Docência em Solos. Faculdade de Engenharia.
Universidade Estadual Paulista. Campus de Ilha Solteira. 2001.
ANDERSON, J.P.E.; DOMSCH, K.H. A physiological method for the
quantitative measurement of microbial biomass in soils. Soil Biology and
Biochemistry, v. 10, p. 215-221, 1978.
ANDERSON, T.H.; DOMSCH, K.H. Ratios of microbial biomass carbon to
total organic carbon in arable soils. Soil Biology and Biochemistry, v. 21,
p. 471-479, 1989.
ANDRÉA, MM.; MORENO HOLLWEG, M.J. Comparação de métodos para
determinação da biomassa microbiana em dois solos. Revista Brasileira de
Ciência do solo, v. 28, p. 981-986, 2004.
ARGENTON, J.; ALBUQUERQUE, J. A.; BAYER, C.; WILDNER, L. do P.
Comportamento de atributos relacionados com a forma da estrutura de
http://www.go2pdf.com
-
Latossolo Vermelho sob sistemas de preparo e plantas de cobertura.
Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 29, p. 425-435, 2005.
ASSMAN, T. S. Rendimento de milho em áreas de integração lavoura-
pecuária sob o sistema de plantio direto, em presença e ausência de
trevo branco, pastejo e nitrogênio. Curitiba, 2001. Tese (Doutorado em
Agronomia – Produção Vegetal) Setor de Ciências Agrárias – Universidade
Federal do Paraná, 2001.
AYARZA, M.; VILELA, L.; RAUSCHER, F. Rotação de culturas e pastagens
em um solo do Cerrado: estudo de caso. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
CIÊNCIA DO SOLO, 24, 1993, Goiânia. Cerrados: fronteira agrícola do
século XXI: resumos. Goiânia: SBCS, v.3, p. 121-122, 1993.
BAETHGEN,W.E. Dinamica del nitrogeno en sistemas de rotacion cultivos-
pasturas. Revista INIA de investigationes Agronomicas. Montevidéo,v.1,
p.3-25, 1992
BALOTA, E.L.; COLOZZI FILHO, A.; ANDRADE, D.S.; DICK, R.P. Long-term
and crop rotation effect on microbial biomass and C and N minerlizarion in a
Brazilian Oxisol. Soil & Tillage Research. v. 77, p. 137-145, 2004.
BALOTA, E.L.; COLOZZI-FILHO, A.; ANDRADE, D.S. & HUNGRIA, M.
Biomassa microbiana e sua atividade em solos sob diferentes sistemas de
preparo e sucessão de culturas. Revista Brasileira de Ciência do solo, v.
22, p. 641-649, 1998.
BARCELLOS, A.O. Sistemas extensivos e semi-intensivos de produção
pecuária bovina de corte nos cerrados. In: SIMPÓSIO SOBRE O
CERRADO, 8.; INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON TROPICAL SAVANAS,
1., 1996, Brasília, DF. Anais...Planaltina, DF: Embrapa-CPAC, p.130-136,
1996.
BARRETO, A.N.; SILVA, A.A.G.; BOLFE, E.L. (Ed). Irrigação e drenagem
na empresa agrícola: impacto ambiental versus sustentabilidade.
Aracajú: Embrapa Tabuleiros Costeiro; Campina Grande: Embrapa Algodão,
2004, 418p.
BRUNDRETT M. Mycorrhizas in natural ecosystems. Advances in
ecological research. Austrália, v. 21, p. 171-313, 1991.
http://www.go2pdf.com
-
CARNEIRO, M. A. C.; SIQUEIRA, J. O.; DAVIDE, A. C.; GOMES, L. J.;
CURI, N.; VALE, F. R. do. Fungo micorrízico e superfosfato no crescimento
de espécies arbóreas tropicais. Scientia Forestalis, v. 50, p. 21-36, 1996.
CARNEIRO, M. A. C.; SIQUEIRA, J. O.; MOREIRA, F. M. S.; CARVALHO,
D.; BOTELHO, S. A.; SAGGIN-JÚNIOR, O. J. Micorriza arbuscular em
espécies arbóreas e arbustivas de ocorrência no sudeste do Brasil. Cerne, v.
4, p. 129-145, 1998.
CARNEIRO, R.G. Dinâmica de parâmetros biológicos associados ao
ciclo do fósforo em solo de cerrado sob diferentes sistemas de manejo.
1999. (Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
1999.
CARRENHO, R.; TRUFEM, S. F. B.; BONONI, V. I. R. Effects of different
host plants on the detected biodiversity of arbuscular mycorrhizal fungi from
na agroecosystem. Revista Brasileira de Botânica, v. 25, p. 93-101, 2002.
CARTER, M.R. Microbial biomass as na index for tillage-induced changes in
soil biological properties. Soil and Tillage Research, Amsterdam, v. 7, p.
29-40, 1986.
CARVALHO, M.M. Recuperação de pastagens degradadas. Coronel
Pacheco: Embrapa-CNPGL. (Documento, 55), 1993. 51p.
CERVI, E.U.A. A revolução da palha. Revista Plantio Direto, v. 73, p. 8-12,
2003.
COIMBRA, C. H.; SOUZA, M. L. P.; MORAES, A. Avaliação do efeito do
impacto do animal no solo em áreas de plantio direto envolvidos na
integração lavoura-pecuária. Simpósio sobre avaliação de pastagens com
animais. Maringá, p. 129-150, 1996.
COLOZZI FILHO, A.; CARDOSO, E.J.B.N. Detecção de fungos micorrízicos
arbusculares em raízes de cafeeiro e de crotalária cultivada na entrelinha.
Pesquisa agropecuária brasileira. v.35, p. 2033-2042, 2000.
CONSALTER, M.A.S. Sistema integrado lavoura-pecuária e
compactação em latossolo bruno. Curitiba, 1998. Dissertação (Mestrado
em Agronomia – Produção Vegetal) Setor de Ciências Agrárias –
Universidade Federal do Paraná, 1998.
http://www.go2pdf.com
-
CORDEIRO, M.A.S.; CARNEIRO, M.A.C.; PAULINO, H.B.; JUNIOR, O.J.S.
Colonização e densidade de esporos de fungos micorrízicos em dois solos
do cerrado sob diferentes sistemas de manejo. Pesquisa Agropecuária
Tropical. V. 35, p. 147-153, 2005.
COSTA, F.S.; ALBUQUERQUE, J.A.; BAYER C.; FONTOURA, S.M.V.;
WOBETO, C. Propriedades físicas de um latossolo bruno afetadas pelos
sistemas plantio direto e preparo convencional. Revista Brasileira de
Ciência do solo, v. 27, p. 527-535, 2003.
DEBARBA, L.; AMADO,T.J.C. Desenvolvimento de sistemas de produção de
milho no sul do Brasil com características de sustentabilidade. Revista
Brasileira de Ciência do solo, v.32, p. 473-480, 1997.
DE-POLLI H.; GUERRA J.G.M. Determinação do carbono da biomassa
microbiana do solo: método da fumigação-extração. Seropédica:
Embrapa-CNPAB. (Documentos 37), 1997, 11p.
DE-POLLI, H. & GUERRA, J. G. M. Biomassa microbiana: perspectivas para
o uso e manejo do solo. In: ALVAREZ, V. H.; FONTES, L. E. F. & FONTES,
M. P. F., (Eds.). O solo nos grandes domínios morfoclimáticos do Brasil
e o desenvolvimento sustentado. Viçosa: SBCS / UFV/ DPS. 551-564.
1996
DIAZ ROSSELO, R. Evoluction del nitrogeno total em rotaciones com
pasturas. Revista INIA de Investigaciones Agronômicas, v.1, p. 27-35,
1992.
DICK, R.P. Soil enzymes activities as indicators of soil quality. In: DORAN,
J.W.; COLEMAN, D.C.; BEZDICEK, D.F.; STEWART, B.A., ed. Defining soil
quality for a sustainable environment. Madison: Soil Science Society of
America, 1994. p.107-124. (Special Publication number, 35).
DORAN, J.W. Soil microbial and biochemical changes associated with
reduced tillage. Soil Science Society of America Journal, Madison, v. 44,
p. 765-771. 1980.
DORAN, J.W.; PARKIN. T.B. Defining and assessing soil quality. In: DORAN,
J.W.; COLEMAN, D.C.; BEZDICEK, D.F.; STEWART, B.A., ed. Defining soil
http://www.go2pdf.com
-
quality for a sustainable environment. Madison: Soil Science Society of
America, 1994. p.107-124. (Special Publication number, 35).
FASSBENDER, H. W.; BORNEMISZA, E. Química de suelos: com énfasis
en suelos de América Latina. San José: IICA, 1994. 420 p.
FEIGL, B.J.; CERRI, C.C.; BERNOUX, M. Balanço do carbono e biomassa
microbiana em solos da Amazônia. In: MELO, I.S.; AZEVEDO, J.L. Ecologia
Microbiana. Jaguariuna: Embrapa-CNPMA, 1998, 488 p.
FEIGL, B.J.; SPARLING, G.P.; ROSS, D.J.; CERRI, C.C. Soil microbial
biomass in Amazonian soils: evaluation of methods and estimates of pool
sizes. Soil Biology and Biochemistry, Oxford, 27:1467-1472, 1995.
FRANCO, F.S.; GJORUP, G.B.; CARVALHO, A.F. Avaliação de
características físicas, químicas e microbiológicas de um solo sob sistema
agroflorestal comparado com a mata secundaria e pastagem na região de
Viçosa, MG. In: CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE SISTEMA
AGROFLORESTAIS, 1. ENCONTRO SOBRE SISTEMAS
AGROFLORESTAIS NOS PAÍSES DO MERCOSUL, 1., Colombo, 1994.
Resumos Expandidos... Colombo: Embrapa-CPAF, 1994.
GAMA-RODRIGUES, E.F. Biomassa microbiana e ciclagem de nutrientes.
In: SANTOS, G. A. & CAMARGO, F. A. O., Ed. Fundamentos da matéria
orgânica do solo: ecossistemas tropicais e subtropicais. Porto Alegre,
Gênesis, 1999. 227-243.
GAMA-RODRIGUES, E.F; GAMA-RODRIGUES, A.C.; BARROS, N.F.
Biomassa microbiana de carbono e de nitrogênio de solos sob diferentes
coberturas florestais. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 21: 361-365,
1997.
GAMA-RODRIGUES, E.F; GUERRA, J.G.M.; ALMEIDA, D.L.; DE-POLLI, H.
Biomassa de carbono de solo de Itaguaí (RJ): Comparação entre os
métodos fumigação-incubação e fumigação-extração. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, v. 18, p. 427-432, 1994.
GRISI, B.M. Metodologia da determinação da biomassa microbiana de solos.
Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 8, p. 167-172, 1984.
http://www.go2pdf.com
-
HUNGRIA, M. Características biológicas em solos manejados sob plantio
direto. In: REUNIÓN DE LA RED LATINOAMERICANA DE AGRICULTURA
CONSERVACIONISTA, 5., 1999, Florianópolis. Anais... Florianópolis:
EPAGRI, 2000. (CD Room).
HUNGRIA, M.; CAMPO, R.J.; FRANCHINI, J.C.; CHUEIRE, L.M.O.;
MENDES, I.C.; ANDRADE, D.S.; COLOZZI-FILHO, A.; BALOTA, E.L.;
LOUREIRO, M.F. Microbial quantitative and qualitative changes in soils
under different crops and tillage management systems in Brazil. In:
INTERNATIONAL TECHNICAL WORKSHOP ON BIOLOGICAL
MANAGEMENT OF SOIL ECOSYSTEMS FOR SUSTAINABLE
AGRICULTURE. Program, abstracts and related documents... Londrina:
Embrapa Soja, 2002. p.76.
INSAM, H. Developments in soil microbiology since the mid 1960s.
Geoderma, v. 100, p. 389-402, 2001.
ISLAM, K.R.; WEIL, R.R. Microwave irradiation of soil for routine
measurement of microbial biomass carbon. Biology and fertility of Soil,
Berlin, v. 27, p. 408-416, 1998.
ISLAM, K.R.; WEIL, R.R. Soil quality indicator properties in mid-Atlantic sois
as inluence by conservation management. Journal of soil and Water
Conservation, v. 55, p. 69-78, 2000.
JASPER, D. A.; ABBOTT, L. K.; ROBSON, A. D. Soil disturbance in native
ecosystems the decline and recovery of infectivity of VA mycorrhizal fungi. In:
READ, D. J.; LEWIS, D. H.; FITTER, A. H.; ALEXANDER, L. J. (Ed.).
Mycorrhizas in ecosystems. Wallingford: CAB International, 1992. p. 151-
155.
JENKINSON, D.S. & LADD, J.N. Microbial biomass in soil: measurement and
turnover. In: PAUL, E.A. & LADD, J.N., eds., Soil Biology and
Biochemistry, v. 5, p. 415-471, 1981.
JENKINSON, D.S. & POLWSON, D.S. The effect of biocidal treatment on
metabolism in soil. V. A method of measuring soil biomass. Soil Biology and
Biochemistry, v. 8, p. 209-213, 1976.
http://www.go2pdf.com
-
JENKINSON, D.S.; RAYNER, J.H. The turnover of soil organic matter in
some of the Rothamsted Classical Experiments. Soil Science. v. 123, p.
298-305, 1977.
JOHNSON, N. C.; PFLEGER, F. L. Vesicular-arbuscular mycorrhizae and
cultural stresses. In: BETHLENFALVAY, G. J.; LINDERMAN, R. G. (Ed.).
Mycorrhizae in sustainable agriculture. Madison: American Society of
Agronomy, 1992. p. 71-99.
KLUTHCOUSHI, J.; STONE, L.F.; AIDAR, H. Integração lavoura –
Pecuária. Santo Antonio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2003. 441p.
KLUTHCOUSKI, J.; FANCELLI, A.L.; DOURADO-NETO, D. et al. Manejo do
solo e o rendimento de soja, milho, feijão e arroz em plantio direto. Sci.
agric. v. 57, p. 97-104, 2000.
LAMBAIS, M.R.; MEHDY, M.C. Suppression of endochitinase, b-1,3-
glucanase, and chalcone isomerase expression in bean vesicular-arbuscular
mycorrhizal roots under different soil phosphate conditions. Molecular Plant-
Microbe Interactions, v. 6, p. 75-83, 1993.
LARSON, W.E.; PIERCE, F.J. Conservation and enhancement of soil
quality. In: International board for soil research and management
(Bangok, Thailand) Evaluation for sustinnable land management in the
developing world. Bangkok, v.2, 1991. (IBSRAM- Proceeding, 12).
MACEDO, M.C.M. Integração lavoura e pecuária: alternativa para
sustentabilidade da produção animal. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DA
PASTAGEM, 18., Piracicaba, 2001. Anais...Piracicaba, Universidade de São
Paulo, p.257-283, 2001.
MACEDO, M.C.M. Recuperação de áreas degradadas: pastagens e cultivos
intensivos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO SOLO, 7,
Goiânia, 1993. Anais... Goiânia: SBSC, 1993. p.71-72.
MACHADO, R.B., et al. Estimativas de perda da área do Cerrado
brasileiro. Relatório técnico não publicado. Conservação Internacional,
Brasília, 2004.
MACIEL, M.M.F.; MELO, W.J.; CHELLI, R.A. & LEITE, S.A.S. Biomassa
microbiana de solos sob vegetação de cerrado e diferentes usos agrícolas
http://www.go2pdf.com
-
em Planaltina (DF). In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DO SOLO,
13.,Águas de Lindóia. Anais... Águas de Lindóia, Sociedade Brasileira de
Ciência do Solo, 1996. CD-ROM
MAIA, L.C.; TRUFEM, S.F.B. Fungos micorrizicos vesículo-arbusculares em
solos cultivados no Estado de Pernambuco, Brasil. Revista Brasileira de
Botânica, v. 13, p. 89-95, 1990.
MATSUOKA, M.; MENDES, I.C. & LOUREIRO, M.F. Biomassa microbiana e
atividade enzimática em solos sob vegetação nativa e sistemas agrícolas
anuais e perenes na região de Primavera do Leste (MT). Revista Brasileira
de Ciência do solo, v. 27, p. 425-433, 2003.
McGONIGLE, T. P.; MILLER, M. H. Winter survival of extraradical hyphae
and spores of arbuscular mycorrhizal fungi in the field. Applied Soil
Ecology, v.12, p. 41-50, 1999.
McKENZIE, B.A.; HAMPTON, J.G.; WHITE, J.G.H. et al. Annual crop
production principles. In: WHITE, J.; HODGSON, J. (Eds.) New Zealand
pasture and crop science. Oxford: Oxford University Press, 1999. p.199-
212.
MEHROTRA, V. S. Arbuscular mycorrhizal associations of plants colonizing
coal mine spoil in India. Journal of Agricultural Science, v. 130, p. 125-
133, 1998.
MELLO, L.M.M.; YANO, E.H.; NARIMATSU, K.C.P.; TAKAHASHI, C.M.;
BORGHI, É. Integração agricultura-pecuária em plantio direto: produção de
Forragem e resíduo de palha após pastejo. Engenharia Agrícola, v. 24, p.
121-129, 2004.
MENDES, I. C. Impactos de sistemas agropecuários na atividade enzimática
e biomassa microbiana dos solos de Cerrado. In: II CONGRESSO
BRASILEIRO DE SOJA /MERCOSOJA 2002, 2002, Foz do Iguaçu. Anais do
II Congresso de Soja: Perspectivas do agronegócio da soja. Londrina:
Documentos/Embrapa Soja, 2002. p. 246-257
MENDES, I.C.; CARVALHO, A.M.; CARNEIRO, R.G.; VIVALDI, L.J. Carbono
da biomassa microbiana e atividade enzimática em solos de cerrado sob
plantio direto e plantio convencional. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
http://www.go2pdf.com
-
CIÊNCIA DO SOLO, 28., 2001, Londrina. Ciência do Solo: Fator de
Produtividade Competitiva com Sustentabilidade. Resumos. Londrina:
Embrapa, Embrapa soja, IAPAR, UEL, UEM, 2001. v.único. Resumo 235,
p.72
MENDES, I.C.; SOUZA, L.V.; RESCK, D.V.S. & GOMES, A.C. Propriedades
biológicas em agregados de um latossolo vermelho-escuro sob plantio
convencional e direto no cerrado. Revista Brasileira de Ciência do solo, v.
27, p. 435-443, 2003.
MENDES, I.C.; VIVALDI, L.J.; SANTANA, M.S. Propriedades microbiológicas
e solos do bioma cerrado sob vegetação nativa. In: FERTBIO, 2., 2000,
Santa Maria. Biodinamica do Solo. Fertbio 2000. Resumos. Universidade
Federal de Santa Maria, 2000. v.CD-rom.
MENDES, I.C; VIVALDI, L. 2001. Dinâmica da biomassa e atividade
microbiana em uma área sob mata de galeria na região do DF. In: RIBEIRO,
J. F.; FONSECA, C. E. L. da; SOUSA-SILVA, J. C. (Ed.). Cerrado:
caracterização e recuperação de Matas de Galeria. Planaltina: Embrapa-
CPAC, 2001. p. 664-687.
MILLER, R. M.; JASTROW, J. D. The application of VA Mycorrhizae to
ecosystem restoration and reclamation. In: ALLEN, M. F. (Ed.). Mycorrhizal
functioning. Chapman and Hall, 1992. p. 438-467.
MIRANDA, J.C.C.; VILELA,L.; MIRANDA L.N. Dinâmica e contribuição da
micorriza arbuscular em sistemas de produção com rotação de culturas.
Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 40, p.1005-1014, 2005.
MOHAMED SALLEN, M.A.; FISHER, M.J. Role of ley farming in crop
rotations in the tropics. In: INTERNATIONAL GRASSLAND CONGRESS, 17.
1993, Rockhampton. Proceedings ... Rockhampton: 1993. p.2179-2187.
MONDARDO, A. Manejo e Conservação do solo. In: TORRADO, P.V. &
ALOISI, R.R. Plantio direto no Brasil. Campinas, Fundação Cargill, 1984.
p.53-78.
MORAES, A. et al . Integração Lavoura Pecuária no sul do Brasil. In. 1°
Encontro de Integração Lavoura Pecuária no Sul do Brasil. Pato Branco.
Anais... CEFET-PR, pg.3-42, 2002.
http://www.go2pdf.com
-
MORAES, A., MARASCHIN, G.E. Pressões de pastejo e produção animal
em milheto cv. Comum. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 23, p. 197.
1998.
MOREIRA, F. M. S.; SIQUEIRA, J. O. Microbiologia e Bioquímica do solo.
Lavras: UFLA, 2006, 729p.
MOREIRA, L.; ASSAD, E. D. Segmentação e classificação
supervisionada para identificar pastagens degradadas. Planaltina:
EMBRAPA-CPAC, 1997.
MOREIRA-SOUZA, M. & CARDOSO, E. J. B. N. Dependência micorrízica de
Araucária angustifólia (Bert.) O. Ktze. Sob doses de fósforo. Revista
Brasileira de Ciência do Solo, v. 26, p. 905-912, 2002.
MORTON, J.B. Problems and solutions for the integration of glomalean
taxonomy, systematic biology, and the study of endomycorrhizal phenomena.
Mycorrhiza, v. 2, p. 97-109, 1993.
OLIVEIRA, J.R.A. Efeitos de pastagens, culturas anuais e de sistemas
integrados de culturas anuais e pastagens nas propriedades
microbiológicas de um Latossolo de cerrado. 2000. (Mestrado).
Universidade de Brasília, Brasília, DF. 2000.
OLIVEIRA, J.R.A.; MENDES, I.C. & VIVALDI, L. Carbono da biomassa
microbiana em solos de cerrado sob vegetação nativa e sob cultivo:
avaliação dos métodos fumigação-incubação e fumigação-extração. Revista
Brasileira de Ciência do Solo, v. 25, p. 863- 871, 2001.
PANIGATTI, J.L. Las rotaciones agrícolas com pasturas en la pampa úmida
de Argentina. Revista INIA di Investigaciones Agronómicas. Uruguay.
v.1, p. :215-225,1992.
PAUL, N.B.; RAO, W.V.B.S. Phosphate-dissolving bacteria in the
rhizosphere of some cultivated legumes. Plant and soil, v. 35, p. 127-
132.1999.
PEREIRA, E. G.; SIQUEIRA, J. O.; CURI, N.; MOREIRA, F. M. S.;
PURCINO, A. A. C. Efeitos da micorriza e do suprimento de fósforo na
atividade enzimática e na resposta de espécies arbóreas ao nitrogênio.
Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, v. 8, p. 59-65. 1996.
http://www.go2pdf.com
-
PEREZ, K.S.S.; RAMOS, M.L.G.; MCMANUS, C. Carbono da biomassa
microbiana em solos cultivados com soja sob diferentes sistemas de manejo
nos cerrados. Pesquisa Agropecuária brasileira, v. 39, p. 567-573, 2004.
PERON, A. J.; EVANGELISTA, A. R. Degradação de pastagens em regiões
de cerrado. Ciência agrotecnica, v. 28, p. 655-661, 2004.
POWLSON, D.S.; BROOKES, P.C.; CHRISTENSEN, B.T. Measurement of
soil microbial biomass provides an early indication of changes in total soil
organic matter due to straw incorporation. Soil Biology and Biochemistry,
v. 19, p. 159-164, 1987.
REDECKER, D.; KODNER, R.; GRAHAM, L.E. Glomalean fungi from the
ordoviciam. Science, v. 289, p. 1920-1921, 2000.
REZENDE, M.; KER, J. e BAHIA FILHO, A.F.C. Desenvolvimento sustentado
no cerrado. In: ALVAREZ, V.H.; FONTES, L.E.F. & FONTES M.P.F., ed. O
solo nos grandes domínios morfa climáticos do Brasil e o
desenvolvimento sustentado. 1 ed., Viçosa, SBCS/UFV/DPS, 1996. 169-
199.
RICE, C.W.; MOORMAN, T.B; BEARE, M. Role of microbial biomass carbon
and nitrogen in soil quality. In: DORAN, J.W.; JONES, A.J., ed. Methods for
assessing soil quality Madison: Soil Science Society of America, 1996.
p.203-216. (Special Publication, 49).
ROSCOE, R.; MERCANTE, F.M.; SALTON, J.C. Dinâmica da matéria
Orgânica do Solo em Sistemas Conservacionistas: Modelagem
Matemática e Métodos Auxiliares. Dourados: Embrapa Agropecuária
Oeste, 2006, 304p.
SAGIN JÚNIOR, O. J.; SIQUEIRA, J. O. Avaliação da eficiência simbiótica
de fungos endomicorrízicos para o cafeeiro. Revista Brasileira de Ciência
do Solo, v. 19, p. 221-228, 1995.
SALATI, E.; LEMOS, H.M.; SALATI, E. Água e o desenvolvimento
sustentável. In: REBOUÇAS, AC.; BRAGA, B.; TUNDISI, J.G. Águas doces
do Brasil. São Paulo: Escrituras Editora, 1999. 2:39-64.
SALTON, J. C.; HERNANI, L. C.; BORGES, E. P.; PAIVA, C. Avaliação do
sistema de plantio direto na sucessão de soja sobre pastagem de
http://www.go2pdf.com
-
Brachiária. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 1995.
Viçosa. SBCS/UFV, v.4, p. 1816-1818, 1995.
SALTON, J. C.; HERNANI, L. C.; BROCH, D. L.; FABRÍCIO, A. C.
Alterações em atributos físicos do solo decorrentes da rotação soja-
pastagem, no sistema plantio direto. Dourados: Embrapa Agropecuária
Oeste, 1999. 5 p
SANDS, G.R.; PODMORE, T.H. A generalized environmental sustainability
index for agricultural systems. Agriculture Ecosystems and Environment,
v. 79, p. 29-41, 2000.
SHIKI, Shigeo. Sistema agroalimentar nos cerrados brasileiros: caminhando
para o caos?. SHIKI, S., SILVA, J. G., ORTEGA, A C. (orgs). Agricultura,
meioambiente e sustentabilidade do cerrado brasileiro. Uberlândia:
Universidade Federal de Uberlândia, 1997.
SIEVERDING, E. Vesicular-arbuscular mycorrhiza management in
tropical agrosystems. Sschborn: Friedland Bremer, 1991. 371 p.
SILVA, I. De F.; MIELNICZUK, J. Ação do sistema radicular de plantas na
formação e estabilização de agregados do solo. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, v. 21, p.113-117, 1997.
SIMON, L.; BOUSQUET, J.;LÉVESQUE, R.C.; LALOND, M. Origin an
diversification of endomycorrhizal fungi and coincidence with vascular land
plants. Nature, v. 363, p. 67-69, 1993.
SIQUEIRA JR., L. A. de. Alterações de características do solo na
implantação de um sistema de integração agricultura-pecuária leiteira.
Curitiba, 2005. Dissertação (Mestrado em Agronomia – Produção Vegetal)
Setor de Ciências Agrárias – Universidade Federal do Paraná, 2005.
SIQUEIRA, J. O.; MOREIRA, F. M. S.; GRISI, B. M.; HUNGRIA, M.;
ARAÚJO, R. S. Microrganismos e processos biológicos do solo:
perspectiva ambiental. Brasília: EMBRAPA, 1994. 142 p.
SIQUEIRA, J. O.; MOREIRA, F. M. S.; LOPES, A. S.; GUILHERME, L. R. G.;
FURTINI NETO, A. E.; CARVALHO, J. G. Inter-relação fertilidade, biologia
do solo e nutrição de plantas. Viçosa: SBCA; Lavras: UFLA/DCS, 1999.
818p.
http://www.go2pdf.com
-
SIQUEIRA, J.O.; CARNEIRO, M.A.C.; CURI, N.; ROSADO, S.C.S.; DAVIDE,
A.C. Mycorrhizal colonization and mycotrophic growth of native woody
species as related to successional groups in Southeastern Brazil. Forest
Ecology and Management, v. 107, p. 241-252, 1998.
SMITH, J.L.; PAUL, E.A. The significance of soil microbial biomass
estimations. In: BOLLAG, J.; STOTZKY, D.G., ed. Soil biochemistry. New
York: M. Dekker, 1990. 6: p.357-396.
SMITH, S. E.; READ, D. J. Mycorrhizal symbiosis. San Diego, Califórnia:
Academic, 1997. 605 p.
SOARES, A. C. F.; GARRIDO, M. S.; AZEVEDO, R. L.; MENDES, L. N.;
GRAZZIOTTI, P. H. Produção de mudas de Ipê roxo inoculadas com fungos
micorrízicos arbusculares. Magistra, v.15, p. 44-49, 2003.
SPARLING, G. 1992. Ratio of microbial biomass carbon to soil organic
carbon as a sensitive indicator of changes in soil organic matter. Australian
Journal Soil Resourch, 30: 195-207.
SPARLING, G. P.; ZHU, C. Evaluation and calibration of methods to
measure microbial biomass C and N in soils from Western Australia. Soil
Biology and Biochemistry, v. 25, p. 1793-1801, 1993.
SPERA, S. T.; SANTOS, H. P.; FONTANELI, R. S.; TOMM, G. O. Efeitos de
sistemas de produção de grãos envolvendo pastagens sob plantio direto nos
atributos físicos de solo e na produtividade. Revista Brasileira de Ciência
do Solo. v. 28, p. 533-542, 2004.
STOTZKY, G. Soil as an environment for microbial life. In: van ELSAS, J.D.;
TREVORS, J.T.; WELLINGTON, E.M.H., eds. Modern soil microbiology.
New York: Marcel Dekker, Inc., 1997. p.1-20.
THINGSTRUP, I.H.K.; JADOBSEN, I. Phosphate transport by hiphae of field
communities of arbuscular mycorrhizal fungi at two levels of P fertilization.
Plant and Soil, v. 221, p. 181-187, 2000.
TÓTOLA, M. R. & CHAER, G. M. Microrganismos e processos
microbiológicos como indicadores da qualidade dos solos. Tópicos
especiais em Ciências do Solo. v. 2, p. 196-275, 2002.
http://www.go2pdf.com
-
TRASAR-CEPEDA, C.; LEIRÓS, C. GIL-SOTRES, F.; SEOANE, S. Towards
a biochemical quality index for soils: An expression relating several biological
and biochemical properties. Biology and Fertility of Soils. v. 26, p. 100-
106. 1998.
TURCO, R.F.; KENNEDY, A.K.; JAWSON, M.D. Microbial indicators of soil
quality. In: DORAN, J.W.; COLEMAN, D.C.; BEZDICEK, D.F.; STEWART,
B.A., ed. Defining soil quality for a sustainable environment. Madison:
Soil Science Society of America, 1994. p.107-124. (Special Publication
number, 35).
URCHEI, M.A.; RODRIGUES, J.D.; STONE, L.F. Análise de crescimento de
duas cultivares de feijoeiro sob irrigação, em plantio direto e preparo
convencional. Pesquisa agropecuária brasileira,.v.35, p. 497-506, 2000.
VANCE, E.D., P.C. BROOKES & D.S. JENKINSON. An extraction method
for measuring soil microbial biomass C. Soil Biology and Biochemistry, v.
19, p. 703-707, 1987.
VARGAS L.K.; SELBACH, P.A.; DE SÁ, E.L.S. Imobilização de nitrogênio
em solo cultivado com milho em sucessão à aveia preta nos sistemas plantio
direto e convencional. Ciência Rural, v. 35, p. 101-114, 2005.
VARGAS. M. A. T.; HUNGRIA, M. Biologia dos solos dos Cerrados.
Planaltina: Embrapa-CCAC, 1997, 524p.
VILELA, D.; BARCELLOS, A.O. SOUSA, D.M.G. Benefícios da Integração
entre Lavoura e Pecuária. Documentos 42: Embrapa, 2001.
WARDLE, D.A. A comparative assessment of factors witch influence
microbial biomass carbon and nitrogen levels in soil. Biological Reviews, v.
67, p. 321-358, 1992.
WARDLE, D.A. Metodologia para a quantidicação da biomassa microbiana
do solo. In: HUNGRIA, M., ARAÚJO, R.S. Manual de métodos
empregados em estudo de mucrobiolgia agrícola. Brasília,-DF: Embrapa,
1994. 542p.
WHITE, J. A.; MUN, L. C.; WILLIAMS, S. E. Edaphic and reclamation
aspects of vesicular arbuscular mycorrhizal in Wyoming Red Desert soils.
Soil Science Society of America Journal, v. 53, p. 86- 90, 1989.
http://www.go2pdf.com
-
WILLIAMS, P. H.; HEDLEY, M. J.; GREGG, P. E. H. Effect of dairy cow urine
on potassium absortion by soil. New Zealand Journal of Agricultural
Research, v. 32, p. 431-438, 1989.
ZIBILSKE, L.M. Carbon mineralization. In: WEAVER, R.W.; SCOTT, A.;
BOTTOMLEY, P.J., ed. Methods of soil analysis: microbiological and
biochemical properties. Madison: Soil Science Society of America, 1994.
Part-2. p. 836-864. (Special Publication, 5).
ZILLI, J.E.; RUMAJANEK, N.G.; XAVIER, G.R.; COUTINHO, H.L.C.; NEVES,
M.C.P. Diversidade microbiana como indicador de qualidade do solo.
Caderno de Ciência e Tecnologia, v. 20, p. 391-411, 2003.
http://www.go2pdf.com
-
CAPÍTULO I
BIOMASSA E ATIVIDADE MICROBIANA DE SOLO SOB VEGETAÇÃO
NATIVA E DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJOS
http://www.go2pdf.com
-
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo avaliar a influência de diferentes
sistemas de manejos, a população microbiana e sua atividade. Para tal,
foram coletadas, em outubro de 2006 e março de 2007, amostras de solo na
Fazenda Sereno no Município de Jaciara-MT. As amostras foram retiradas
na profundidade de 0-10 cm, com quatro repetições em cinco áreas com
diferentes sistemas de manejos: integração lavoura-pecuária, lavoura de
milho/soja, pastagens, vegetação nativa e vegetação nativa em recuperação.
Para avaliar o carbono da biomassa microbiana (CBM) e a respiração
microbiana (RM) foi utilizado o método do Clorofórmio Fumigação-Incubação
(CFI). Já o qCO2 foi obtido pela relação entre a RM e o CBM. As médias
foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5%. No decorrer das análises,
pôde-se observar que as diferentes práticas agrícolas afetam fortemente o
solo causando distúrbios na comunidade microbiana que podem, por sua
vez, influenciar os processos biogeoquímicos que nele ocorrem. Os dados
obtidos permitem, ainda, concluir que: Nos sistemas Integração lavoura-
pecuária e pecuária a população microbiana é influenciada pelas épocas de
coletas. Nesse trabalho, no sistema Integração lavoura-pecuária a atividade
microbiana é constante nas diferentes épocas de coleta e os diferentes
sistemas de manejos influenciam a atividade metabólica dos microrganismos
presentes no solo.
Palavras-chave: microrganismos do solo, clorofórmio fumigação-incubação,
bioindicadores, quociente metabólico, Integração Lavoura-Pecuária.
http://www.go2pdf.com
-
1. INTRODUÇÃO
No Estado de Mato Grosso, a agropecuária é a principal atividade
econômica e as diferentes práticas agrícolas afetam fortemente o ambiente
do solo, causando distúrbios na comunidade microbiana que podem, por sua
vez, influenciar os processos biogeoquímicos que nele ocorrem (Marchiori
Júnior e Melo, 2000; Tótola e Chaer, 2002).
A remoção da vegetação nativa para introdução de culturas altera a
composição de espécies vegetais, a matéria orgânica, os nutrientes, a
estrutura e a comunidade microbiana, componentes necessários para
garantir a qualidade do solo (Hendrix et al., 1990; Entry et al., 2002).
Práticas agrícolas que objetivam menor degradação do solo e maior
sustentabilidade da agricultura têm recebido atenção crescente, tanto por
parte dos pesquisadores como dos agricultores (Balota et al., 1998).
Após a introdução de culturas, o solo estabelece uma nova condição
de equilíbrio (Marchiori Júnior e Melo, 2000) e o monitoramento da
comunidade biológica pode servir como critério para detectar alterações
mais impactantes, sendo possível observar alterações na qualidade do solo
(Araujo e Monteiro, 2007). Essa informação pode contribuir para o
estabelecimento de uma relação mais confiável entre uso do solo e
sustentabilidade.
A biomassa microbiana do solo (BMS) é uma indicadora sensível das
mudanças no solo (Moreira e Siqueira, 2006) por ser a principal responsável
pela transformação da matéria orgânica, pela ciclagem de nutrientes e pelo
fluxo de energia no solo (Jenkinson e Ladd, 1981).
O carbono da BMS (CBM) representa a quantidade de carbono que a
biomassa microbiana do solo imobiliza em suas células. Por meio de sua
avaliação é possível realizar comparações entre solos e mudanças de
manejo, avaliando possíveis impactos ambientais (Insam, 2001).
Mas, apenas as determinações da BMS não fornecem indicações
sobre os níveis de atividade das populações de microrganismos, ou seja,
pode haver no solo elevadas quantidades de biomassa inativa justificando a
importância dos parâmetros que medem a atividade microbiana para avaliar
http://www.go2pdf.com
-
o estado metabólico atual e potencial dessas comunidades (Tótola e Chaer,
2002).
A quantidade de CO2 liberada pela respiração dos microrganismos é
um dos métodos mais tradicionais e mais utilizados para avaliar a atividade
metabólica da população microbiana do solo (Zibilske, 1994).
Ademais, a respiração microbiana reflete a atividade microbiológica
do solo, ela pode ser medida através da quantificação de CO2 liberado
resultante da atividade dos microrganismos e refleti a atividade tanto de
microrganismos aeróbios quanto anaeróbios (Gama-Rodrigues, 1999).
O presente trabalho tem como objetivo avaliar a influência de
diferentes sistemas de manejos, a população microbiana e sua atividade.
http://www.go2pdf.com
-
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Coleta
Área de estudo
As coletas de solo foram realizadas em outubro de 2006 e março de
2007, na Fazenda Sereno, localizada a 15°59’23,5”S de latitude e
55°10’41,5”W de longitude e 629 m de altitude. A propriedade está a 200 km
de Cuiabá e 30 km do município de Jaciara-MT.
O clima da região recebe a classificação Aw (tropical estacional de
savana) no sistema de Köppen, com inverno seco de maio a setembro e
verão chuvoso de novembro a maio. A precipitação média fica em torno de
1500 mm anuais.
Descrição da área de estudo
As amostras de solo foram coletadas em cinco áreas com diferentes
sistemas de uso do solo, as quais foram consideradas como Tratamentos:
Tratamento 1 – Área de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), cultivada a partir
de 1984 com arroz (Oryza sativa); em 1987 houve a introdução da cultura da
soja (Glycine max); em 1989 a introdução de pastagem com capim
andropogon (Andropogon gayanus); em 2003 novamente a cultura de soja;
de 2005 a 2007 a implantação de pasto Brachiaria brizantha, cv. MG-5;
Tratamento 2 – Área de Lavoura, cultivada a partir 1981 com arroz; em 1983
até 2007 culturas de soja e milho (Zea mays);
Tratamento 3 – Área de Pastagem, cultivada desde 1986 com B. brizantha,
cv. MG-5;
Tratamento 4 – Área de Vegetação nativa (VN) típica de cerrado;
Tratamento 5 – Vegetação Nativa em recuperação (VNR); em 1986/87 a
vegetação nativa foi derrubada e no local foi introduzido capim humidicola
(Brachiaria humidicola) para formação de pasto; em 1988 a área foi cercada
e mantida sem interferência antrópica para revegetação.
http://www.go2pdf.com
-
Amostragem
Em cada área, foram escolhidos aleatoriamente quatro pontos de
coletas com 1 m2. Em cada ponto, foram retiradas três sub-amostras na
profundidade de 0-10 cm. As três sub-amostras foram misturadas, formando
uma amostra composta que foram acondicionadas em sacos plásticos e
mantidas em caixas de isopor em temperatura ambiente até o momento da
análise.
2.2 Análises
As análises microbiológicas foram realizadas no Laboratório de
Microbiologia do Solo da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
As amostras compostas de solo passaram por peneiras com malha de
4 mm e após esse processo foi feito uma limpeza manual para a retirada de
restos de raízes. Todas as análises foram feitas em triplicata.
Foram retirados 20g de solo de cada amostra para determinação do
teor de umidade, por secagem em estufa a 105°C até o peso constante.
Retirou-se 500g para análise físico-química (Tabela 1 e 2).
TABELA 1. Propriedades físico-químicas das amostras de solo coletadas na
Fazenda Sereno em outubro de 2006.Tratamentos
1pH
(H2O)P Kmg/dm3
Mg Al H+cmolc/dm3
Areia Silte Argilag/kg
ILPLavoura
PastagemVN
VNR
6,05,54,64,54,6
12,433,81,80,82,0
178,081,440,827,254,0
1,91,00,30,10,3
0,00,10,81,00,8
4,25,85,14,85,4
656,0572,6704,0790,8727,0
70,069,866,839,862,2
274,0357,6229,2169,4210,6
1ILP - Integração lavoura-pecuária; VN - Vegetação Nativa; VNR – Vegetação Nativa em
recuperação.
http://www.go2pdf.com
-
TABELA 2. Propriedades físico-químicas das amostras de solo coletadas na
Fazenda Sereno em março de 2007.Tratamentos
1pH
(H2O)P Kmg/dm3
Mg Al H+cmolc/dm3
Areia Silte Argilag/kg
ILPLavoura
PastagemVN
VNR
5,85,94,64,44,4
8,430,03,21,41,8
120,028,033,024,030,0
1,81,10,20,10,2
1,10,00,61,10,9
3,64,14,64,14,7
692,0625,0759,0792,0725,0
67,067,050,033,067,0
241,0308,0191,0175,0208,0
1ILP - Integração lavoura-pecuária; VN - Vegetação Nativa; VNR – Vegetação Nativa em
recuperação.
Carbono da Biomassa Microbiana do solo
A análise do CBM foi realizada segundo método clorofórmio
fumigação incubação (CFI) proposto por Jenkinson & Polwson (1976).
De cada amostra do solo, foram retiradas duas sub-amostras. Uma
delas, pesando 50g, foi colocada em recipiente de vidro com tampas
herméticas e capacidade de 800mL. A segunda amostra pesando 48g, foi
colocada em copo de vidro de 200mL e fumigada em dessecador acoplado a
uma bomba a vácuo, contendo um frasco becker de 50mL com 20mL de
clorofórmio livre de álcool.
As paredes do dessecador foram forradas com papel úmido para o solo
não perder umidade. As amostras foram mantidas no dessecador por 24
horas, no escuro e em temperatura ambiente.
Após o período de fumigação, o vapor de clorofórmio do dessecador e
das amostras foi evacuado, sucessivas vezes, com auxílio da bomba a
vácuo.
As amostras de solo fumigadas foram transferidas para o recipiente
de vidro com tampa hermética e reinoculados com 2g de solo da mesma
amostra original. Em cada vidro, das amostras fumigadas e não fumigadas,
foi colocado um copo plástico de 80mL contendo 20mL de NaOH 0,5M. As
amostras foram tampadas hermeticamente e mantidas no escuro por dez
dias a temperatura ambiente.
A quantidade de CO2 liberada do solo foi determinada após a adição
de 3 mL de BaCL2 30% e posterior titulação com HCl 0,3 M da solução de
NaOH 0,5M usando fenolftaleína 1% como indicador. Foram utilizados como
http://www.go2pdf.com
-
controle três recipientes de vidro, sem solo, contendo a mesma solução de
NaOH 0,5M.
O carbono da biomassa microbiana foi calculado pela diferença entre
o CO2 liberado das amostras fumigadas (F) e amostras não fumigadas (NF),
utilizando o fator de correção (Kc) de 0,41 (Anderson & Domsch, 1978). Os
dados de carbono da biomassa microbiana foram expressos em mg C kg-1
solo.
Respiração Microbiana
A avaliação da RM foi realizada juntamente com a avaliação do CBM,
sendo estimada pela quantidade de CO2 liberado do solo não fumigado,
durante 10 dias de incubação. Os dados da respiração microbiana foram
expressos em mg C kg-1solo.
Quociente metabólico
O quociente metabólico (qCO2) foi calculado pela razão entre a taxa
de RM e o CBM (Anderson & Domsch, 1993), sendo expresso em mg C-CO2mg Cmic-1 dia-1, conforme a fórmula a seguir (eq. 1 e 2):
qCO2= TRM/CBM (1)
TRM=RM/d (2)
Em que:
qCO2= quociente metabólico (mg C-CO2 mg Cmic-1 dia-1);
TRM= taxa de respiração microbiana (mg C- CO2 kg-1 dia-1);
RM= respiração microbiana (mg C-CO2 kg-1);
d= dias de incubação para a determinação da respiração microbiana;
CBM= carbono da biomassa microbiana (mg C kg-1).
Análise estatística
O delineamento utilizado foi fatorial com 5 (cinco) manejos, 4 (quatro)
repetições e 2 (duas) épocas de coletas. Os dados obtidos foram
submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de
Scott-Knott a 5%.
http://www.go2pdf.com
-
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Carbono da Biomassa Microbiana do solo
Ao término das análises, foi possível detectar que os diferentes
sistemas de manejo (tratamentos) influenciaram o CBM (Tabela 3). Os
valores do CBM desprendidos em 10 dias de incubação, variaram de 38 a
258 mg C kg-1 de solo nas diferentes épocas pesquisadas. Em outros
termos, o menor valor da CBM foi observado no sistema ILP, na segunda
coleta, convém salientar que no presente trabalho o sistema ILP, apesar de
apresentar baixo valor do CBM, não se difere estatisticamente dos demais
sistemas de manejo. Já o maior valor da CBM evidencia-se no sistema ILP e
Pecuária, na primeira coleta.
TABELA 3. Carbono da biomassa microbiana em duas épocas de coletas
sob diferentes manejos do solo.
Manejos 1 1ª coleta 2ª coletaILP 217 Aa2 38 BaLavoura 140 Ab 39 BaPecuária 258 Aa 104 BaVN 135 Ab 70 AaVNR 85 Ab 179 Aa
1ILP - Integração lavoura-pecuária; VN - Vegetação Nativa; VNR – Vegetação Nativa em
recuperação. 2Médias seguidas da mesma letra maiúscula não diferem estatisticamente
entre as épocas de coleta e letras minúsculas iguais não diferem estatisticamente entre os
sistemas de manejos pelo teste de Scott-Knott a 5%.
Observa-se que, quando bem manejadas, as pastagens apresentam
um alto conteúdo de matéria orgânica e densa massa radicular, favorecendo
a existência de uma grande biomassa microbiana na rizosfera (Alvarenga et
al., 1999). Essa massa aumenta o seu potencial qualitativo no processo de
mineralização.
O sistema radicular da Brachiaria sp., além de abundante e volumoso,
apresenta contínua renovação e elevado efeito rizosférico (Reid e Goss,
1980). Com base nesse aspecto, já se esperava valores maiores do CBM
para os manejos ILP e Pecuária.
http://www.go2pdf.com
-
A utilização do sistema integrado da lavoura com pastagem, alem dos
fatores que protegem os microrganismos pela utilização de resíduos como
cobertura, rotação de culturas, o não revolvimento do solo e favorecem os
microrganismos pela adição de excrementos (Kluthcouski et al., 2003).
Vários estudos comprovam que os animais, em pastejo, agregam ao sistema
quantidades de nutrientes essenciais para as plantas promovem aumento
significativo da biomassa de microrganismos. (Lustosa, 1998; Ghani et al.,
2003).
Lustosa (1998) em seus estudos, observou que, de maneira geral,
nas áreas em que os animais estiveram presentes os parâmetros de
fertilidade do solo analisados foram maiores do que nas áreas sem a sua
presença.
Garcia e Nahas (2007), ao investigarem o efeito da lotação de ovinos
sobre os microrganismos do solo, concluem que a lotação adequada de
animais favorece o aumento da população microbiana, fator esse que está
atribuído aos seus excrementos.
Os valores do CBM obtidos estão na mesma faixa aos já observados
por outros autores, sob condições edafoclimáticas diversas (Balota et al.,
1998; Marchiori Júni
top related