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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
Quadriénio 2013/2017
ATA Nº 06/2016
Sessão Ordinária de Abril
26 de Abril de 2016
I – ABERTURA --------------------------------------------------------------------------------
-----Local: Auditório Municipal dos Paços do Concelho --------------------------------------
-----Hora: 20h00m ----------------------------------------------------------------------------
**************
II – PRESENÇAS ------------------------------------------------------------------------------
------- Mesa da Assembleia: ------------------------------------------------------------------
------- Presidente – Joaquim Moreira Raposo -----------------------------------------------
------- Primeiro Secretário – Luís Miguel Rodrigues Costa --------------------------------
------- Segundo Secretário – António Miguel S. Figueiredo Lourenço---------------------
------- Membros da Assembleia presentes: Todos, com exceção da senhora Mavíldia
Manuel Caro Pina e nos termos do documento anexo à presente ata. ----------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
------- Membros da Câmara Municipal --------------------------------------------------------
------- Presidente: Carla Maria Nunes Tavares ----------------------------------------------
------- Vereadores: Gabriel Alexandre Martins Lorena Oliveira ----------------------------
----------------------- Francisco José Santana Nunes dos Santos ----------------------------
----------------------- Rita Mafalda Nobre Borges Madeira ------------------------------------
----------------------- Eduardo Amadeu da Silva Rosa ----------------------------------------
----------------------- Sónia Cristina Catarino Baptista ---------------------------------------
----------------------- Cristina Maria Rico Farinha Ferreira ------------------------------------
----------------------- Maria João Moutela Duarte Ferreira -----------------------------------
----------------------- António José da Silva Moreira -----------------------------------------
----------------------- José Agostinho Marques ------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Presidente da Assembleia foi verificada a existência de Quórum. ----------
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
Quadriénio 2013/2017
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III – SUBSTITUIÇÕES -------------------------------------------------------------------
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--------------------------------------SUBSTITUIÇÕES ------------------------------------
O senhor Presidente da Assembleia informou de que, ao abrigo do nº 1 do artigo 78º
da Lei nº 169/99 de 18 de Setembro na sua atual redação, solicitaram a sua
substituição, nesta Sessão, os senhores António Ramos Preto, pelo PS, Hugo Luís Gama
Freire, Ágata Sofia Mateus Pereira e Tiago Fonseca Dores, pela CDU e Vanda Maria
Sousa Caires, pelo PSD. -----------------------------------------------------------------------
De seguida, o senhor Presidente da Assembleia informou de que, e nos termos e para
os efeitos do artigo 78º e artigo 79º da Lei nº 169/99 de 18 de Setembro na sua atual
redação, os membros substitutos são respetivamente, pelo PS o senhor António de Jesus
Gomes Bito, pela CDU os senhores José Fernandes, Mavíldia Manuel Caro Pina e Luís
Manuel Benedito, por indisponibilidade de Bruno Carlos Amaral de Carvalho, e pelo PSD
o senhor Luís Manuel Almeida Sampaio, por indisponibilidade do senhor Daniel Alexandre
Marques Rodrigues. ----------------------------------------------------------------------------
Relativamente ao pedido de substituição efetuado pela senhora Ágata Sofia Mateus
Pereira, o membro substituto da respetiva lista, senhora Mavíldia Manuel Caro Pina não
compareceu para os devidos efeitos na presente sessão. -----------------------------------
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Os documentos referentes às presentes substituições encontram-se em anexo à
presente ata, dela constituindo parte integrante. -------------------------------------------
**************
IV – ORDEM DO DIA -------------------------------------------------------------------------
O senhor Presidente da Assembleia deu conhecimento dos assuntos constantes da
Ordem do Dia, estabelecida pela Mesa e consultados os representantes das forças
políticas, em sede de conferência dos líderes e nos termos do documento anexo à
presente ata, dela constituindo parte integrante. --------------------------------------------
No entanto, informou o senhor Presidente da Assembleia que posteriormente à
elaboração da Ordem do Dia, foi solicitado pela senhora Presidente da Câmara que o
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
Quadriénio 2013/2017
assunto constante do ponto 3, fosse retirado da referida Ordem, pelo que e para o efeito
lhe concedeu a palavra para as considerações tidas por convenientes. ---------------------
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Pela senhora Presidente da Câmara: -------------------------------------------------------
“Muito obrigada senhor Presidente. Muito boa noite senhora e senhores Vereadores,
senhoras e senhores Deputados, senhoras e senhores munícipes. Só para dar uma
explicação relativamente ao ponto 3, que tem a ver com a nova designação da antiga
Escola Intercultural, agora, AMADORA INOVA. -----------------------------------------------
Nós, hoje durante o dia, e nos últimos dias, porque hoje era a Assembleia Municipal,
estávamos a tentar fazer a marcação depois de todo o registo deste processo ao nível,
quer notarial, quer da conservadora. E, se repararem no documento que vos foi
distribuído vem AMADORA INOVA, EM, Empresa Municipal. ---------------------------------
Por parte da notária não foi colocada nenhuma questão, mas, por parte da conservadora
não aceita o registo, sem que venha escrito Sociedade Unipessoal. ------------------------
Por isso, pedi ao senhor Presidente da Assembleia, dar essa nota aos senhores
deputados, que pudéssemos hoje retirar esta proposta, uma vez que, a notária aceita,
mas, a conservadora não e tem que voltar à Câmara também, para depois voltar à
Assembleia Municipal. Muito obrigada senhor Presidente.” ----------------------------------
**************
V – ATA ----------------------------------------------------------------------------------------
O senhor Presidente da Assembleia informou de que foi distribuída aos senhores
membros da Assembleia a ata nº 3/2016. ---------------------------------------------------
Não havendo intervenções sobre a mesma, foi aquela colocada a votação, tendo sido
aprovada, por unanimidade, dos 34 membros presentes. -----------------------------------
Não se encontravam presentes nas votações, as senhoras Manuela Rodrigues e Marta
Rodrigues e os senhores Luís Benedito e Luís Sampaio. -------------------------------------
**************
VI – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO -----------------------------------------
O senhor Presidente da Assembleia explicou as normas regimentais pelas quais se
deve reger a intervenção do público, tendo informado da inscrição prévia, efetuada por
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
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via telefone da Assembleia Municipal, da senhora Ana Rita Palma, e procedido à abertura
de novas inscrições, verificando-se as inscrições das senhoras Ana Maria Almeida, Maria
de Lurdes Garcia e Maria Lisete Vieira. -------------------------------------------------------
A senhora Ana Rita Palma não se encontrava presente pelo que o senhor Presidente da
Assembleia concedeu a palavra às intervenientes, nos termos infra enunciados. --------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pela senhora Ana Maria Almeida: -----------------------------------------------------------
“Muito boa noite elementos da Mesa, executivo, senhora Presidente, Carla Tavares,
senhores Presidentes de Junta, população. ---------------------------------------------------
Eu, Ana Maria Rosa de Almeida, funcionária desta Câmara, com a categoria de assistente
técnica, atualmente em funções na Creche da Atalaia, venho expor pela segunda vez o
seguinte. Estive presente na última Assembleia Municipal, realizada no dia 28/03/16.----
Apresentei o meu caso por ter sido confrontada com uma carta de uns pais de uma
criança, que diziam, que tinha medo de mim. ------------------------------------------------
O sindicato na pessoa do Dr. Rui Metelo, enviou uma carta datada do dia 10/03/16, à
qual ainda não obteve resposta. --------------------------------------------------------------
Fiz démarches junto da senhora Presidente, Carla Tavares, de me receber, o que aliás
foi dito, na anterior Assembleia Municipal pela senhora Dra., de não ter conhecimento do
meu caso, mas, que me iria receber. ---------------------------------------------------------
Apesar da boa vontade da senhora Presidente, foi-me dito que pediu parecer do DEDS
para me receber. Quer dizer, não me recebeu. ----------------------------------------------
A carta que a Dra. Manuela Nogueira e a Dra. Manuela Martins se referiu quando me
deram conhecimento da carta foi, nem mais nem menos, que uma carta da Caixa Geral
de Aposentações. Para que será? -------------------------------------------------------------
Aliás no dia 19/04, tive que me deslocar à referida instituição, por somente ter recebido
uma folha que dizia, «(…) Assunto: Junta Médica desta Caixa remetida ao Serviço. Com
os melhores cumprimentos. Assinada pelo Coordenador da Unidade, senhor Ricardo
Dias.» -------------------------------------------------------------------------------------------
No dia 19/04, desloquei-me à Caixa Geral de Aposentações, tenho comigo o
comprovativo, onde constava o seguinte, (era a folha que faltava), «(…) Pelo presente
informo V. Exa., de que a subscritora em referência pode vir a beneficiar de um regime
de tramitação simplificada. Deverão ser enviados documentos clínicos e indicativos da
sua situação no prazo de 30 dias. Findo o qual o processo será encaminhado para os
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
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serviços de verificação de incapacidade da Segurança Social da área da residência da
interessada. (…)». -----------------------------------------------------------------------------
Para resolução desta tarefa tive de tirar um dia de férias. Meter um artigo. Além disso
fui convocada, deslocando-me ao DEDS e falando com a Dra. Manuela Nogueira, de uma
convocatória do Serviço de Saúde Ocupacional, o qual só há 30 anos tinha ido pela
primeira vez. -----------------------------------------------------------------------------------
Questionei a referida Dra. onde se situava o referido serviço, ao que me respondeu, que
não sabia! --------------------------------------------------------------------------------------
A data dessa convocatória era para o dia 18, às 14h30, tendo eu logo informado a Dra,
que no dia 18, tinha tirado um dia de férias acumulado a fim de tratar de assuntos
pessoais. ----------------------------------------------------------------------------------------
Já posteriormente, liguei ao Serviço de Saúde Ocupacional a informar, tendo-me sido
marcada consulta para o dia 02/05/16, pelas 14h30, para o senhor Dr. Monteiro Filipe.
Ora, se desde de 2009, não meti nenhuma baixa, o porquê de tanta preocupação? ------
Será com o intuito de me darem a reforma? Baseado em quê? -----------------------------
Será que, quem me informou, um funcionário da Caixa Geral de Aposentações, querem-
me dar a reforma por incapacidade? Ou, será que a Dra. me disse, pronunciar as
condições psíquicas e as limitações para trabalhar com crianças? --------------------------
Porquê o silêncio da Câmara Municipal da Amadora? Por que razão não mostram a
carta? -------------------------------------------------------------------------------------------
Porquê que a Câmara Municipal não responde ao STAL, da qual sou associada com o
número 11619? Há cada coisa!----------------------------------------------------------------
Pensando e fraseando uma pessoa que muito conhecia e muito gostava, mas,
infelizmente já falecida, «E esta hein?», saudoso Fernando Pessa! Muito boa noite e
muito obrigada.” -------------------------------------------------------------------------------
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Pela senhora Maria de Lurdes Garcia: ------------------------------------------------------
“Boa noite senhora Presidente de Câmara, senhor Presidente da Assembleia, senhores
Vereadores, senhores Deputados, senhores Presidentes de Junta e público. O meu nome
é Maria de Lurdes Garcia e sou Presidente do Centro Cultural Roque Gameiro. ------------
No dia 20 de abril, fui convocada para uma reunião, em que, me foi comunicado que iam
denunciar o Protocolo da realização das feiras de artesanato. ------------------------------
Foi apenas uma comunicação. Não houve espaço sequer para negociações, porque eu
penso que as coisas não têm que acabar assim, de uma forma tão radical. ---------------
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
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A FEIRARTE realiza-se desde 1984, é uma feira de âmbito nacional, atribuído pelo
Centro e Emprego, através do IEFP. ----------------------------------------------------------
As feiras de artesanato que se realizam na Amadora, estão na rota das feiras e fazem
parte do calendário das feiras no território nacional. Qualquer pessoa que quer participar
nas feiras e quer ter interesse, procura. Lá está no Município da Amadora a referência às
feiras. Portanto, nós projetamos a Amadora para fora deste pequeno mundo onde nós
estamos inseridos. -----------------------------------------------------------------------------
Nós fazemos publicidade em autocarros, promovendo também a Amadora e para além
da cintura do Município. Nós fazemos nos autocarros, um que sai do Restelo e vai para a
zona de Oeiras, outro que sai do Colombo e vai para Sintra e outro que sai do Metro da
Falagueira e vai para outras vias, para Sintra. -----------------------------------------------
Nós projetamos através da publicidade as feiras que se fazem e efetivamente ela traz
muito público de fora, através desses anúncios. --------------------------------------------
Nós estamos a falar de feiras de artesanato. As feiras de artesanato são muito
importantes. Elas contribuem para a preservação do património. Elas contribuem para o
emprego, para a recriação do próprio emprego, porque hoje sabemos como é difícil ter
emprego. ---------------------------------------------------------------------------------------
Nós sabemos que através da candidatura ao Centro de Emprego, elas podem criar a sua
própria empresa e as feiras são muito importantes também para isso. Eu não estou a
falar de feiras medievais, nem de feiras de entretenimento locais. Não! Eu estou a falar
de uma feira de artesanato, que transcende para além, das feirinhas locais. Por isso,
elas são de âmbito nacional. ------------------------------------------------------------------
Acabar com as feiras, é acabar com o sustento de mais de 60 famílias, que trabalham
durante 3 meses no Município da Amadora, que se deslocam, que deixam as suas
famílias, os seus locais, porque é aqui que encontram trabalho. Não encontram noutro
lado. Não existe a promoção de outra feira, é aqui que elas vêm, é onde encontram
trabalho. E acho que, acabando com as feiras, estão a contribuir para que essas pessoas
não tenham o seu sustento. -------------------------------------------------------------------
Também está em risco a sustentabilidade do Centro Cultural Roque Gameiro. Porque o
Centro de Emprego, a Câmara pode não reconhecer o interesse das feiras de artesanato,
mas, o IEFP reconhece! E tanto que reconhece, que atribui um subsídio a essas feiras
para que elas se realizem. ---------------------------------------------------------------------
Ora, se não pudermos realizar as feiras, também não podemos concorrer aos subsídios
do Centro de Emprego, ao IEFP, através do Cento de Emprego. Ou seja, também está
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
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em causa a sustentabilidade do Centro Cultural Roque Gameiro. Assim como, a
existência de 2 postos de trabalho que, não temos sustentabilidade, acabando com as
feiras e com o subsídio do Instituto de Emprego e Formação Profissional, o Centro
Cultural Roque Gameiro fica sem sustentabilidade. ------------------------------------------
A denúncia do protocolo não obsta, a que possamos conversar. Aliás, não é a primeira
vez que nós conversamos e que as coisas vão a bom termo. Ainda no ano passado,
quando foi a realização da FEIRARTE e da Feira do Livro, a FEIRARTE mediante o
inquérito que tinha feito aos artesãos, programou a realização da Feira de Artesanato,
da FEIRARTE, para a segunda sexta-feira, a primeira sexta-feira da segunda quinzena,
ou seja, para 18 de setembro. ----------------------------------------------------------------
A Feira do Livro entretanto programou, para antes! Nós já tínhamos as démarches todas
feitas, os artesãos contatados, as empresas de vigilância, a empresa da montagem dos
stands, no entanto, fomos convocados para uma reunião com os senhores Vereadores
Eduardo Rosa e o Dr. António Moreira, com a Dra. Ângela Rodrigues, com a Dra. Vanda
Santos e eu própria. Em que, fizemos ali alguns ajustamentos e frisavam que, a
FEIRARTE tinha que se realizar juntamente com a Feira do Livro e que a FEIRARTE tinha
que mudar a data! -----------------------------------------------------------------------------
Fizeram uma contra proposta e se fizermos isso tudo, fica desde já assente que a
FEIRARTE, pode ser prolongada durante mais uma semana! Eu disse, muito obrigada
senhor Vereador Eduardo Rosa, porque nós vamos aceitar. Sabe porquê? -----------------
Porque a última semana, que é quando efetivamente devia de começar a feira, que é
aquilo a que o público está habituado, é a altura em que há mais público. De maneira,
que senhor Vereador fica desde já aceite, que vamos prolongar a feira durante mais uma
semana. ----------------------------------------------------------------------------------------
Como vêm, nós tivemos muito trabalho, porque tivemos que fazer tudo de novo outra
vez, no entanto, reunimos esforços para que tudo se fizesse. E foi feito. ------------------
Portanto, neste momento, eu considero que não estão esgotadas todas as hipóteses de
nos sentarmos a uma mesa e conversarmos. ------------------------------------------------
Penso que o Centro Cultural Roque Gameiro, ele fez 31 feiras, este ano seria 32ª feira,
da FEIRARTE, seria a 26ª da Venda de Natal e a 15ª de Artes e Ofícios, que foi realizada.
Só quero dizer, que realmente, nós podemo-nos sentar a uma mesa, podemos
conversar, podemos chegar a um consenso, porque o Centro Cultural está aberto a
sugestões e a trabalhar em conjunto com a Câmara. Tem sido uma parceira excelente,
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não retiro o mérito que a Câmara tem, porque a Câmara tem muito mérito. E se eu faço
um bom trabalho, à Câmara o devo também, porque ajuda e apoia. -----------------------
Neste momento quero pedir desculpa pelo tempo, boa noite e muito obrigada.” ----------
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Pela senhora Maria Lisete Vieira: -----------------------------------------------------------
“Senhora Presidente da Câmara, senhor Presidente da Mesa da Assembleia, senhoras e
senhores Vereadores, senhoras e senhores deputados municipais e senhores munícipes
aqui presentes, muito boa noite. --------------------------------------------------------------
Eu encontro-me aqui na, já fui funcionária desta Câmara, quase 30 anos. Hoje encontro-
me na situação de aposentada e estou aqui para testemunhar a favor da minha amiga e
ex-colega Ana Almeida. ------------------------------------------------------------------------
Eu quero dizer aqui, que trabalhei alguns anos com a Ana Almeida e nunca vi na Ana
qualquer atitude agressiva para com as crianças ou para com alguma pessoa. É só.
Muito obrigada. Boa noite.” --------------------------------------------------------------------
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Não havendo mais intervenções, o senhor Presidente da Assembleia deu a palavra a
senhora Presidente de Câmara para as respostas tidas por convenientes. --------------
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Pela senhora Presidente de Câmara: -------------------------------------------------------
“Muito obrigada senhor Presidente. Começando pela senhora D. Ana Maria Almeida, duas
notas, sobre este processo, até porque entendo que não é o local, nem o sítio para
discutir questões de funcionários. -------------------------------------------------------------
Nota número um, e que tem a ver com uma questão, que colocou relativamente ao
ofício, resposta ao STAL. Ele já foi assinado pela senhora Vereadora, não sei se o STAL
hoje o recebeu, se recebeu ontem, se estará, mas, estará com certeza para receber,
aliás, tenho a certeza disso, porque veio para cima, para ser eu a assinar, e, isso não
fazia sentido. Esta situação, não é uma situação diferente de todas as outras, e tendo a
senhora Vereadora o pelouro, faria todo o sentido que fosse a senhora Vereadora a
assinar o ofício. A resposta que foi pedido pelo sindicato vai ser dada. ---------------------
Depois falou, não percebi, se já tinha ido a Junta Médica ou não, fiquei sem perceber. Se
não foi ainda à Junta Médica, possivelmente terá sido pedida uma Junta Médica, o que
decorre naturalmente deste processo. Nós conversaremos com o STAL, e naturalmente,
se me permite, a exemplo, do que não quis fazer na última Assembleia Municipal, não é
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aqui que vou discutir, porque acho que não o devo fazer, a questões relacionadas com
os funcionários. --------------------------------------------------------------------------------
A Divisão de Recursos Humanos está a acompanhar o processo, o Gabinete Jurídico está
a acompanhar o processo e naturalmente, o sindicato será colocado a par de todo o
processo que está a ser desenvolvido, como é prática em todos estes processos, com os
funcionários da Câmara. -----------------------------------------------------------------------
Relativamente à D. Lurdes Garcia e a um conjunto de reflexões e de questões que
colocou, relativamente à FEIRARTE, à Feira de Natal, à Feira de Artes e Ofícios. ----------
A colaboração do Centro Cultural Roque Gameiro com a cidade, não se esgota nestas
feiras, naturalmente e bem, o Centro Cultural Roque Gameiro é um bom parceiro,
importante da cidade da Amadora, e tem o sido sempre, basta ver o Projeto Recriar a
Vida, o espaço que tem cedido pela Autarquia e que utilizam na Boba, onde
desenvolvem diversos ateliers. ----------------------------------------------------------------
Eu tive sempre, como a senhora D. Lurdes sabe, nas situações que aconteceram o ano
passado, no final da feira, aliás, eu própria recebi na Câmara os feirantes, por isso, acho
que não é, esse assunto para mim está arrumado, e está ultrapassado. Também sei o
que é que aconteceu na reunião com o senhor Vereador Eduardo e com o senhor
Vereador António Moreira, agora, eu acho que nesta mesma Assembleia não há muitos
meses, houve diversas sugestões, diversas críticas construtivas, relativamente à forma
como decorriam as feiras no Parque Delfim Guimarães. -------------------------------------
Eu não fecho aqui hoje, naturalmente, nenhuma porta para que possamos conversar,
aliás, está hoje; a D. Lurdes sabe, qual é que era a minha opinião. Já a expressei por
diversas vezes, em reuniões relativamente, ao modo e à forma, como entendia que
precisávamos de dinamizar e renovar as iniciativas que acontecem no Parque Delfim
Guimarães. ------------------------------------------------------------------------------------
Naturalmente, disponíveis para conversar. Sendo certo, que relativamente à Feira de
Setembro, a Câmara tem neste momento outra ideia, já tivemos oportunidade, de
discutir isso em Câmara, e tem outra perspetiva para aquilo que entende que deve ser
desenvolvido no Parque Delfim Guimarães, que quer queiramos, quer não, é a nossa
zona nobre da cidade. -------------------------------------------------------------------------
Com todo o respeito e todo o respeito mesmo, pelas diversas, pelos 26 anos da Feira do
Natal, pelos 25 anos da Feira de Artes e Ofícios, pela FEIRARTE, há um momento que
nós também temos de ter a capacidade de nos tentar reaproximar, ou, aproximar e
reinventar daquilo que são as vontades, que também vamos sentindo e aquilo que são
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as necessidades, que também vamos sentindo por parte das pessoas que estão na
cidade. ------------------------------------------------------------------------------------------
Naturalmente, e como sabe D. Lurdes, tudo o que são pessoas e são artesãos da
Amadora, que costumam estar na Feira, há uma preocupação, naturalmente,
principalmente, com os nossos munícipes de os manter numa futura; de fazerem parte
(desculpe) de uma futura solução que exista para esta feira, sendo certo que não será,
nos moldes que tem sido até agora e que têm acontecido nos últimos anos, porque
precisamos de ajustar. -------------------------------------------------------------------------
Agora, e a minha disponibilidade para conversarmos e a dos senhores vereadores é
naturalmente, total, relativamente a esta matéria. Levámos a revogação do protocolo à
Câmara para que possa ser comunicada nos prazos legais, por carta registada, como
assim, o protocolo o determina, mas, não fecho a porta, naturalmente. -------------------
Agora, acho que o que temos e aliás, foram diversas sugestões, não queria chamar
críticas, nesta mesma Assembleia Municipal, relativamente à forma, não só à questão da
Feira do Livro, mas, também relativamente, à questão da feira como o processo
acontecia na cidade e temos que o repensar. E, entendi que estava; estou ali a olhar
para o senhor deputado Carlos Almeida, entendi que estava; eu sei que não estava, eu
por acaso sei que não estava, recordo-me que não estava. ---------------------------------
Mas, naturalmente entendi, entendemos que era o momento de repensar este processo
e a forma como o processo foi organizado, em toda esta zona do Delfim Guimarães.
Naturalmente, preocupação com a sustentabilidade da Associação, se assim não fosse,
não eram parceiros de um conjunto de vastas iniciativas. Também sabemos que a feira é
uma fonte importante, de receita para a Associação, e sob esse ponto de vista, não
deixamos de estar atentos e naturalmente encontraremos, se não for esta, outras
parcerias para que o Centro Cultural Roque Gameiro possa continuar a prestar na
cidade, o papel que tem prestado noutras áreas para além da feira que acontece no
Delfim Guimarães e que é, naturalmente, de relevo e de importância. Muito obrigada
senhor Presidente.” ----------------------------------------------------------------------------
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Não havendo mais intervenções, o senhor Presidente da Assembleia encerrou o
período de intervenção do público. -----------------------------------------------------------
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VII – PERIODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA ------------------------------------------
O senhor Presidente da Assembleia informou que neste período, com a duração de
1h, improrrogável, são abordados assuntos gerais e de interesse para a autarquia, tendo
sido distribuída, no início da Sessão e de acordo com a alínea a) do nº 2 do artigo 35º
do Regimento da AMA, aos Representantes de cada Grupo Municipal a relação contendo
o expediente. ---------------------------------------------------------------------------------
De seguida procedeu à abertura de inscrições e intervieram os seguintes membros, nos
termos que se enuncia: -----------------------------------------------------------------------
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Pelo senhor Ricardo Carmo: -----------------------------------------------------------------
“Boa noite senhor Presidente, senhora Presidente, senhores Vereadores, senhores
Deputados, digníssimo público. Só dar uma pequena nota, um pequeno lamento. --------
No passado dia 17 de abril, a Amadora fez 100 anos, que foi elevada a Vila, pelo menos
não me chegou notícia de nenhum acontecimento, nem nenhuma nota, de que, a cidade
tenha celebrado esse dia. ----------------------------------------------------------------------
Se o fez muito bem. Aqui fica já o meu reconhecimento, mas, efetivamente não tivemos
conhecimento de qualquer iniciativa, que marcasse o centenário da Amadora, como vila,
que foi no passado dia 17 de abril.”-----------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Isaías Afonso: ------------------------------------------------------------------
“Senhor Presidente da Mesa, senhora Presidente da Câmara, senhores Vereadores,
senhores Deputados, caríssimo público. Também muito rapidamente, porque o tempo
urge. --------------------------------------------------------------------------------------------
Significa o seguinte, vindo de longe terras, frente ao quartel dos comandos, o tal do 25
de Novembro, fiquei encantado com o que pude ver. ---------------------------------------
No separador das faixas de rodagem, vi flores. Logo pensei que a senhora Presidente
tinha abandonado a tese do seu camarada, sobre romantismo bacoco e adotado
realmente a minha tese do romantismo barroco, o tal que tem horror aos espaços
vazios. ------------------------------------------------------------------------------------------
Tão admirado fiquei, que logo percorri outras zonas, senhora Presidente, para ver a
possibilidade de ver mais flores na Amadora. Afinal, para tristeza minha não vi mais. ----
Lembrei-me imediatamente, de casos típicos que são, as revistas à portuguesa. Em que,
o primeiro quadro em cena é vistoso e imponente. Os quadros seguintes já podem ser
menos atrativos, mas, o último volta a ser a primor. ----------------------------------------
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Entra-se na Amadora e vêem-se flores. Mas, se sair pelo mesmo sítio, também se vêem
flores. -------------------------------------------------------------------------------------------
Na minha deambulação pelo interior da Amadora, só pude ver, senhora Presidente, uma
coroa de flores para lembrar um amigo do Partido Socialista.-------------------------------
Sempre esperei que tivesse mandado plantar rosas e cravos, como prometeu numa
destas Sessões. Na minha ausência senhora Presidente certamente murcharam. Lírios,
também não vai plantar, porque os roubam. Digamos então que a Primavera, senhora
Presidente, nunca mais chega a Amadora. Faz, digamos, uma entrada muito tímida, na
entrada e na saída da Amadora. Muito obrigado.” -------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Paulo Castanheira: ------------------------------------------------------
“Muito obrigado senhor Presidente da Assembleia. senhora Presidente da Câmara,
senhores Vereadores, caros colegas deputados municipais, estimado público, duas
questões muito rápidas. -----------------------------------------------------------------------
Uma tem a ver com essa intervenção, que nos foi aqui trazida, a respeito da FEIRARTE.
Naturalmente, começando por revelar aqui também alguma preocupação com o impacto
desta decisão na atividade do Centro Cultural Roque Gameiro, que tão bons serviços tem
prestado à Câmara. Sabemos que a Câmara saberá tratar e resolver esse assunto e
saberá preservar essa colaboração, nos moldes que achar por bem preservar. ------------
Mas, eu queria aqui sobretudo saudar a ideia de reinventar as feiras do Parque Delfim
Guimarães. -------------------------------------------------------------------------------------
Eu estou a ser completamente honesto, é muito positivo sentir que, eu não direi as
críticas como a senhora Presidente teve esse cuidado de não dizer, que as sugestões ou
que as ideias, que aqui são trazidas a esta Assembleia têm eco no executivo municipal.
Este assunto foi trazido aqui pelo CDS numa recente Assembleia Municipal e vemos bem,
vemos como muito positivo, muito sinceramente, que se pense reinventar a feira. -------
Na altura nem falamos sequer na feira do artesanato. Falamos sobretudo no definhar da
Feira do Livro. É essa que mais no preocupa. Esperemos que a solução que seja
encontrada, possa ter as colaborações e parcerias do movimento associativo da cidade e
possa sobretudo, de facto, revitalizar aquele espaço e aquelas feiras, que são, de facto o
emblema da cidade e que nos últimos anos não tem infelizmente sido. Acreditamos, que
possa de facto haver alguma melhoria nessa matéria. --------------------------------------
O outro assunto, que trazia aqui hoje, é um assunto de uma zona próxima. Tem a ver
com a Avenida Santos Matos, que é apresentada como um exemplo, e é um exemplo de
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reabilitação urbana. Nós, CDS somos favoráveis à reabilitação urbana, a todos os
projetos, uns mais do que outros evidentemente, mas, somos por regra, favoráveis à
reabilitação urbana. ----------------------------------------------------------------------------
Mas, de facto, aquilo que, hoje quem passa na Santos Matos vê e eu falo do pavimento
da rua, está num estado bastante mau. Penso que se percebe hoje que aquela solução,
para a faixa de rodagem não funcionou. Aliás, tinha sido substituída uma coisa
semelhante, na Cardoso Lopes, creio eu. Portanto a minha pergunta é, o que é que se
vai fazer daquele espaço? ---------------------------------------------------------------------
Eu acho que nós não temos que inventar soluções noutros centros de cidade, em zonas
históricas até se aplicam soluções como, aqueles cubos em granito, coisas que
funcionam bem para zonas centrais. Não temos que inventar pavimentos, que depois
não resultam, como foi o caso. De facto, o estado daquela via é todos os dias pior.
Começa a ser problemático circular lá. As pessoas têm que andar cada vez mais
devagar. Portanto, a minha pergunta é, como e quando é que vai ser reabilitada aquela
via? Que solução é que vai ser encontrada para aquela via? Muito obrigado.” ------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Miguel Vidigal: ------------------------------------------------------------------
“Muito boa noite a todos. Muito boa noite senhora Presidente, senhor Presidente da
Assembleia, senhores Vereadores, caríssimos colegas Deputados, excelentíssimo público.
Há aqui dois assuntos, que naturalmente, me trazem e vou começar por este, porque
ouvi aqui algumas coisas, que de facto, registo por parte da intervenção do CDS, esta
questão da FEIRARTE, naturalmente, é uma das que nos preocupa muito, mas,
preocupa-nos essencialmente, a situação do Centro Cultural Roque Gameiro. -------------
Porque a FEIRARTE, aliás, que o CDS não tratou propriamente bem, quando trouxe este
assunto aqui à Assembleia Municipal, com uma proposta que inclusive foi chumbada por
esta Assembleia Municipal, mas, que no entanto acolhida pelo executivo municipal. Nós
registamos isto. --------------------------------------------------------------------------------
Há aqui uma situação, que é de facto muito preocupante. O Centro Cultural Roque
Gameiro é das Associações mais antigas do Concelho. Se bem me recordo também, na
última, julgo que foi na última Assembleia Municipal, o CDS também, mais uma vez
trouxe uma proposta relativamente ao associativismo, no âmbito desportivo, mas, que
acabámos a discutir um pouco mais, além do associativismo desportivo e eu vou
registando as várias intervenções que a senhora Presidente vai fazendo sobre este
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assunto, relatando e referindo a importância que atribui ao movimento associativo, algo
que nós, realmente valorizamos, e assim seja de facto. -------------------------------------
Mas, depois é necessário que, as práticas realmente estejam de acordo com as
afirmações. -------------------------------------------------------------------------------------
Ora, este processo de proceder à denúncia de um protocolo. Um protocolo que é muito
posterior à realização da FEIRARTE, que faria 32ª edições, este ano. O protocolo existe
desde 2007, e portanto, em 2007 já tínhamos um número alargado de edições da
FEIRARTE. --------------------------------------------------------------------------------------
O que se pretende aqui, e eu tenho aqui a deliberação da Câmara, diz que, no ponto
dois, diz uma coisa que eu acho que de facto, como todos concordamos, que é, «(…) a
realização destas feiras, (aqui fala-se da Feira de Artes e Ofícios, FEIRARTE e Venda de
Natal, em momento algum os protocolos, se reporta à Feira do Livro, e acho que isto é
que é importante ficar aqui registado), contribuem para a mostra e preservação do
artesanato como cultural nacional, promovendo assim, a aproximação da cultura a todos
os cidadãos(…)». -------------------------------------------------------------------------------
Perfeitamente de acordo com isto. ------------------------------------------------------------
Dizer também que, ao longo dos anos as feiras temáticas de artesanato realizadas por
todo o país ganharam expressão quer em número, quer em qualidade. Da qual não está
afastada a FEIRARTE, nem a Feira das Artes e Ofícios, nem a Venda de Natal. Aliás, a
FEIRARTE está no roteiro nacional de feiras, está na classificação das feiras. Portanto, é
uma feira que exporta o nome da Amadora, muito para além da área do Concelho, e
portanto, quer dizer, não percebo, depois como é que se vem dizer que, este modelo já
não corresponde às necessidades atuais, quando não se diz, nem quais são as
necessidades atuais, nem, porque é que o modelo está esgotado. -------------------------
Depois, invoca-se uma cláusula deste protocolo que, de facto, está lá e permite que ela
seja feita a denúncia com aviso prévio, constante da cláusula 4ª, mas, é curioso, que a
cláusula 5ª fala na boa-fé do relacionamento entre as partes, nomeadamente entre a
Câmara Municipal e o Centro Cultural Roque Gameiro e a cláusula 6ª fala, por exemplo,
que a qualquer momento podem ser introduzidas alterações aos modelos, e, aos
regulamentos, por forma a adequar às tais necessidades. ----------------------------------
Ora, quando há esta preocupação com o Movimento Associativo, quando há toda esta
vontade, e todo este reconhecimento, em relação à importância das feiras de
artesanato, a minha primeira pergunta, terá que ser certamente, porque é que com toda
esta importância que é dada a este assunto, não se tentou primeiro passar por um
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processo de discussão e de negociação com o Centro Cultural Roque Gameiro? E se
partiu única e exclusivamente e imediatamente, logo para a denúncia do protocolo? -----
Depois, naturalmente, que nos preocupa, que as soluções para garantir a viabilidade e a
continuação do Centro Cultural Roque Gameiro sejam vistas só depois de se criar uma
situação, em que se coloca em risco a sua viabilidade, justamente, porque
desaparecerão os fundamentos para um conjunto de financiamentos que recebem por
parte do Instituto de Emprego e Formação Profissional. -------------------------------------
Portanto, primeiro rebentamos com estes protocolos, que se prendem com a realização
que têm as feiras, o protocolo desaparece, apesar de só se falar na questão da
organização conjunta da FEIRARTE e da Feira do Livro, afeta outras duas feiras, também
não percebemos onde é que está aqui a necessidade de alterar um protocolo, quando se
era preciso alterar o modelo de uma das três feiras que constam deste protocolo, e
portanto, há aqui um conjunto de falhas que realmente não compreendemos, mas, o
que é facto, é que são estas as feiras, que permitem por intermédio de uma candidatura
que é feita todos os anos pelo Centro Cultural Roque Gameiro, ao Instituto de Emprego
e Formação Profissional, que seja anualmente classificada esta feira, no âmbito da
classificação nacional, que sejam os financiamentos, atribuídos. ---------------------------
Ora, a partir do momento, em que há esta denúncia, e que se fala num novo modelo,
que ninguém sabe qual é e que se diz, que se hão de encontrar soluções, mas, não se
aponta aqui quaisquer tipos de soluções, nem qual é que é a proposta concreta que está
aqui em cima da mesa, parece-me que primeiro, rebentamos com o protocolo, parece-
nos que aliás, a urgência era essa, era acabar com este protocolo. Parece-me que era
justamente aqui o que se passava. Era urgente por alguma razão. -------------------------
Agora a seguir, vamos então procurar soluções para garantir que o Centro Cultural
Roque Gameiro poderá continuar a existir e a fazer o tal bom trabalho, que todos nós
reconhecemos que faz na Amadora. ----------------------------------------------------------
Ora, naturalmente, esta situação preocupa-nos e muito e queremos uma explicação
muito mais alargada, do que, apenas vamos introduzir um novo modelo e estamos
abertos para discutir. -------------------------------------------------------------------------
Acho que é necessário de facto, serem avançadas desde já, aqui, algumas questões e
algo que, pelo menos, nos dê uma indicação, de quais serão as soluções que poderão
estar a ser procuradas. E já agora o que é que vai acontecer quer à FEIRARTE, quer à
Venda de Natal, quer à Feira de Artes e Ofícios, porque também, não ficamos a perceber
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se se pretende continuar, se não se pretende continuar, se pretende simplesmente
destruir. Porque ninguém sabe o que é que é isto do novo modelo. ------------------------
O segundo assunto, que me traz aqui, e nós já discutimos isto numa Assembleia
Municipal. Esta questão já foi aqui trazida. Esta situação desta trabalhadora é
preocupante, independentemente do Município estar a fazer as démarches que tem que
fazer e de responder àquilo que recebe das estruturas representativas dos
trabalhadores, e obviamente que o tem que fazer, eu devo dizer que, a Assembleia
Municipal, em que nós discutimos isto, no dia 28 de março deste ano, nós estamos a 26
de abril, portanto, já foi a quase um mês. E o facto, é que quando a trabalhadora vem
cá trazer esta questão, que é uma questão que se configura, e, eu digo-lhe claramente
sem muita dificuldade, quando se trata de um processo destes, com um trabalhador que
lhe alteram as funções sem lhe comunicar as razões para isso. Quando proíbem ter
contacto com as crianças com quem trabalhava antes. Quando invocando eventualmente
uma coisa que não existe, que é um enquadramento funcional de um assistente técnico,
porque os conteúdos funcionais da Administração Pública não foram revogados, com a
revisão do sistema de carreiras da Administração Pública, estão todos em vigor. E
portanto, quando tudo isto acontece, sem se dizer nada à trabalhadora o porquê,
quando existe aparentemente um processo junto da Caixa Geral de Aposentações, como
o requerimento de uma Junta Médica, para uma eventual aposentação por incapacidade,
e nem sequer se transmite isto à trabalhadora, está-se a fazer isto sem a trabalhadora
conhecer. Responder a uma junta representativa dos trabalhadores, meramente ao
sindicato, é importante porque questionou, mas, continua a faltar uma resposta para a
trabalhadora, para saber afinal qual é que é a situação dela. -------------------------------
Isto é passível de configurar assédio moral e o assédio moral, tem consequências
graves. Portanto, eu acho que isto não pode continuar a demorar anos. Esta situação
arrastar-se-á a meses e ninguém pode estar nesta situação, de ser afastado das suas
funções normais, e estar meses sem sequer saber o porquê que isso sucedeu. Sem
haver pelo menos um documento que diga, há esta situação assim, assim, e portanto,
nestes termos vamos instaurar este ou aquele procedimento, no sentido de resolver o
problema. Isto não pode acontecer, independentemente das respostas que
institucionalmente a Câmara tem que dar às entidades representativas dos
trabalhadores. ----------------------------------------------------------------------------------
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Mas, as entidades representativas dos trabalhadores são isso mesmo. Representativas
dos trabalhadores! É preciso também já agora, dar a resposta ao próprio trabalhador.
Para já fico-me por aqui.” ---------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pela senhora Deolinda Martin: --------------------------------------------------------------
“Muito boa noite senhor Presidente da Assembleia Municipal, senhora Presidente da
Câmara, senhores Vereadores, senhores deputados, caríssimo público. Eu inscrevi-me
porque, daqui a meia dúzia de dias, é dia 1 de Maio, é o 1º de Maio. É o dia do
trabalhador. ------------------------------------------------------------------------------------
O dia do trabalhador não é comemorado por acaso. É comemorado exatamente porque
os trabalhadores têm direitos, porque os trabalhadores devem ser respeitados nesses
direitos. -----------------------------------------------------------------------------------------
Esta trabalhadora que aqui veio hoje, já cá esteve uma outra vez. Terá as razões dela,
terá o Município as razões que lhe assiste. ---------------------------------------------------
No entanto quando há queixas de mau funcionamento ou de más práticas, vai se
averiguar perante as partes, o que é que se passa. Neste caso ver com os colegas, com
quem a trabalhadora trabalhou, se efetivamente, se verificavam razões para as queixas
que os pais faziam. Ouvir os pais também nessas partes. Eu não vou aqui dar aulas,
porque estou convencida que melhor que nós saberão como tudo isto se faz. Mas, só
fechada essa parte, só concluído o apuramento de responsabilidades é que se
encaminham as coisas para outros planos. ---------------------------------------------------
Eu não sei se isto foi cumprido, o que eu sei, é que me entristece ver esta senhora já
pela segunda vez, numa situação de grande fragilidade pessoal, grande fragilidade de
trabalho e que, como representante que sou, cidadã que sou, trabalhadora que fui e
sindicalista que fui, me incomoda ver repetidamente aqui. Gostaria que este assunto
tivesse a urgência que ela merece. -----------------------------------------------------------
Também me inscrevi porque quero saudar a abertura do Metro da Reboleira, que
finalmente, e aqui congratulo a ação do executivo da Câmara. -----------------------------
Mas, queria lembrar que há zonas da Amadora que continuam muito mal servidas em
termos de mobilidade de transportes. Falo de São Brás, Moinhos da Funcheira, A-da-
Beja, Moinho do Guizo, por aí fora. -----------------------------------------------------------
Eu penso que, aquela zona com o aumento de transportes agora, para serviço do Metro
da Reboleira, nós estaremos cada vez mais diminuídos em transportes e aumentados no
tempo de espera desses mesmos transportes. -----------------------------------------------
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Também queria aqui falar-vos da necessidade de terem atenção aos horários noturnos.
Contrariamente ao que se vê, hoje a maioria dos trabalhadores, trabalham em horários
de turnos vários, e eu aconselho a qualquer um de vós tentar apanhar um transporte, de
Lisboa para a Amadora a partir das 9 da noite. Desafio-vos! --------------------------------
A espera ronda quase sempre uma hora pelo autocarro e muitas das vezes os autocarros
não são feitos e as pessoas estão uma hora e meia, duas nas paragens. Quem sai à
meia-noite do seu emprego, no Colégio Militar, por exemplo, tem às vezes que vir
apanhar às Portas de Benfica, e portanto, esta é também para mim uma urgência de
resposta na Amadora e olhar para quem também precisa. Saio contente porque uma
parte da Amadora fica melhor servida, mas, lembrar aqui as outras que precisarão de
um olhar mais atento. Muito obrigada.” ------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Jaime Garcia (Presidente J. F. Águas Livres): ---------------------------------
“Boa noite senhor Presidente da Assembleia e a sua mesa, senhora Presidente da
Câmara e senhores Vereadores, senhores deputados municipais, caros munícipes. Aquilo
que me traz aqui é um pouco ligado às chamadas feiras ou festas da população. ---------
Todos nós sabemos que, de facto, as Juntas de Freguesia e o Município da Amadora,
têm uma atenção especial com os espaços verdes, e, de alguma forma, estejam eles
com flores ou não, mas, regra geral tem uma atenção especial. Também tem uma
atenção especial com a higiene urbana, com os nossos séniores, com os nossos jovens.
As Juntas de Freguesia também têm uma atenção especial juntamente com o Município,
com o Movimento Associativo, em suma, tem uma atenção especial com as populações.
E com as populações, faltava qualquer coisa e as Juntas de Freguesia deram o mote
para uma nova modalidade no Concelho da Amadora. --------------------------------------
Cada uma por si, de uma forma ou de outra, resolveu e muito bem, dar outro tipo de
élan à população com as suas feiras, com as suas festas e com este tipo de atividades,
que de alguma forma têm dado determinado cunho, e tem chamado ao Concelho da
Amadora, quer queiramos aceitar, quer não, muita população, mas, fundamentalmente
as populações locais têm saído de suas casas para vir conviver à rua, em sã
camaradagem, à noite, de dia e por ai fora. --------------------------------------------------
É evidente que, tudo isto requer alguma imaginação. O mesmo que é feito há 20 anos
atrás, se calhar não terá o mesmo élan, que tem agora, atualmente. O caso concreto da
Freguesia, e eu vou defender a minha dama, com as duas feiras que realiza durante o
ano, onde milhares de pessoas a frequentam, eu quero dizer tão só, que até os próprios
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feirantes que estão no local, tinham receio, e outros não vieram para cá, porque
estamos, alegavam que estávamos num sítio, onde era difícil conviver com a população.
Hoje oferecem-se para vir connosco, porque diziam que, estávamos num sítio muito
mau. Dizia-me o comper da Feira Setecentista no final ‘Presidente está de parabéns,
porque de facto, aquilo que me disseram: o quê, tu vais para a Buraca? Cuidado meu!
Olha que isso é um sítio muito mau.’ --------------------------------------------------------
E hoje ele aconselha a toda a gente a vir para cá. Portanto, estas feiras têm um cunho
de trazer à Amadora, de trazer ao Município e em especial às Freguesias muita gente de
fora. --------------------------------------------------------------------------------------------
A Feira Setecentista é um exemplo disso. Uma grande feira. Chame-se o que lhe quiser,
pequena, média, grande, mas, é uma grande feira! Está no roteiro nacional, se não está
há de ficar! Até porque eu sou obrigado a dizer, que muito provavelmente só haverá
uma festa nacional, que poderá rivalizar connosco, que será a festa do Avante. ----------
Mas, a gente chegará lá, a gente dá-lhe um pequeno toque, a gente, nós estamos cá
para ajudar, dar-lhe-emos um pequeno toque, para que de facto, com a nossa
experiência e com a nossa vitalidade na organização destas coisas, dar-lhe-emos um
pequeno toque para que consiga rivalizar connosco. Esteja descansado meu caro
camarada. Colocá-la-emos no mesmo patamar da Feira Setecentista da Buraca. ---------
É evidente, que a Feira do Fumeiro não será assim tão, não terá um élan tão forte. Até
para dizer que a 1ª. Feira Setecentista que realizámos, nós tivemos, no desfile, no
cortejo real tivemos pessoas vestidas de uma forma muito rudimentar, não tinha nada a
ver com a época barroca, não tinha nada a ver com a época D. João V, mas, hoje isto já
não é assim. Eram cerca de 20 pessoas a acompanhar o cortejo real, hoje foi para cima
de uma centena. E portanto, é por isso que eu digo, e afirmo, não é, mas poderá vir a
ser, não será só Vila da Feira e eu conto com vocês todos para a divulgação desta coisa.
Porque todos nós temos obrigação local para, todos nós temos obrigação local de elevar
o que é nosso. Não é Vila da Feira! Não é o Cartaxo! Não é o não sei quê! ----------------
Nós temos coisas muito boas. Por isso, é que não foi muito difícil aos meus colegas
Presidentes de Junta e colegas, organizar as suas feiras dando-lhe um nome, mas, a
minha foi mais fácil. A Feira Setecentista. Porquê? ------------------------------------------
Porque temos o D. João V, um cinema emblemático, temos o agrupamento de escolas D.
João V também, portanto, temos muito de D. João V na freguesia. Isto já para não dizer,
que temos uma das grandes obras emblemáticas, que é o Aqueduto das Águas Livres,
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começa numa ponta da freguesia e termina na outra. Já para não falar no Aqueduto das
Francesas, mas, há muitos mais. -------------------------------------------------------------
É evidente que, a rivalizar connosco nessa matéria, só temos Mafra, que tem o Convento
de Mafra ou a Biblioteca de Coimbra. Mas, nós temos uma obra que de alguma forma
deu o nome ao sítio e, por isso, é que não foi difícil dar-lhe o nome setecentista. ---------
Com essa base, senhora Presidente da Câmara, eu estou habilitado a dizer que, é capaz
de ser um exemplo, e estamos disponíveis para colaborar, porque este tipo de
iniciativas, se não tiver outra coisa melhor, traz pelo menos, a nossa população a
divertir-se, a conviver, a sair de suas casas, a largar as televisões, a largar os vídeos e
vem para o terreno conviver em sã camaradagem. ------------------------------------------
Aqui convém também realçar uma coisa. É que de facto, a polícia de segurança pública
teve um papel preponderante nesta feira. Isso, eu tenho que ficar agradecido também,
porque as pessoas, tinham o sentimento de segurança. E o sentimento de segurança
traz ainda mais pessoas, chama ainda mais pessoas. ---------------------------------------
E é nessa medida que a senhora Presidente pode contar connosco para dentro da nossa
vasta já experiência de dois anos e picos, podermos auxiliar naquilo que for necessário,
e porque não, se for necessário um grande palco, majestoso palco para trazer
atividades, pessoas de fora, para divulgarem, a Junta de Freguesia de Águas Livres
também está disponível para alugar aquele que tem, porque também foi um
investimento que foi feito, faço já aqui a pequena chamadinha, está bem? ----------------
Quanto à experiência daquele que se chama o organizador das feiras, eu penso que, é
um exemplo cabal, de que na área metropolitana, não é exclusivamente na aldeia,
daquilo que nós denominamos, na maioria das vezes da província, também na área
metropolitana de Lisboa ou da área metropolitana onde nós estamos inseridos, é
possível com as nossas gentes, com os nossos artesãos, e a Feira Setecentista tinha-os
lá, com os nossos artistas, com os nossos animadores, e olhe-se por exemplo, para
aquilo que se está a fazer-se neste momento no cinema D. João V que, toda a gente
elogia o vasto programa que tem trazido mesmo gente de fora, para assistir aos
espetáculos que se levam dia-a-dia no D. João V, portanto, não é exclusivamente a
nossa população. -------------------------------------------------------------------------------
Tem sido um programa vasto, com gente muito boa para trabalhar e que connosco vem
conviver e nós estamos disponíveis, nós somos fraternos, abrimos os braços, a que toda
a gente nos venha visitar, com muita sã camaradagem. -----------------------------------
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É nesse sentido, mais uma vez, senhora Presidente, que eu não sei o que o pensa a
Câmara da Amadora para aquilo que pretende fazer ali, em substituição desta feira ou
renovando esta feira, mas, pode contar connosco, com a nossa experiência, com aquilo
que nós já sabemos fazer e que fazemos bem, porque são muitos e milhares pessoas de
cada vez. ---------------------------------------------------------------------------------------
Olhe-se para o cortejo que saiu do Largo da Igreja da Damaia, o cortejo que saiu até,
foram milhares de pessoas quer à janela, quer a acompanhar o cortejo, quer virem às
ruas para o ver, isto é o que se chama, o povo em animação.” -----------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Carlos Almeida (Pedido de Esclarecimento): ----------------------------------
“Muito obrigado senhor Presidente, senhora Presidente da Câmara, senhores
Vereadores, caros colegas Deputados municipais, caros munícipes, senhor deputado
Jaime Garcia, boa noite. -----------------------------------------------------------------------
Eu apreciei muito a sua exposição e fiquei bastante curioso. Presumo aliás, que a
necessidade de aqui vir transmitir a sua disponibilidade à Câmara Municipal significa
que, esse não é o novo modelo que a Câmara Municipal está a pensar, porque de
contrário a Câmara Municipal já o teria conhecido e não seria necessário o senhor
deputado Jaime Garcia vir aqui manifestar a sua disponibilidade à Câmara Municipal para
transmitir o seu «know-how».-----------------------------------------------------------------
Mas, em todo o caso, senhor Presidente da Junta, eu quero-lhe dizer que, eu aprecio a
iniciativa, quero-lhe dizer, em primeiro lugar, genuinamente, que aprecio a iniciativa,
mas, ainda assim gostaria que pudesse dar-nos mais detalhes, sobre quem de facto
organiza essa feira. ----------------------------------------------------------------------------
São os serviços da Junta de Freguesia? É um promotor que se apresentou às Juntas,
‘olhe, eu tenho aqui uma boa ideia, o que é que acham?’ Que nos pudesse informar, a
Assembleia Municipal, exatamente quem é ou qual é o modelo de organização dessa
feira, para que, além da Câmara Municipal, nós todos podermos partilhar também dessa
experiência, quiça, até os outros Presidentes de Junta de Freguesia conhecerem um
pouco melhor essa experiência, já agora nós Deputados Municipais podermos conhecer
os bastidores desta tão fascinante iniciativa. Muito obrigado.” ------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Jaime Garcia (Presidente J. F. Águas Livres) (Resposta ao Pedido de
Esclarecimento): -------------------------------------------------------------------------------
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“Meu caro senhor Deputado Municipal compreenderá que isto engloba uma logística que
necessita de muitos intervenientes, mas fundamentalmente necessita de ideias, está a
perceber? E essas ideias nós temo-las, seguramente a Câmara Municipal também as
terá, os senhores Vereadores. Eu citei como exemplo todo, toda aquela atividade que é
desenvolvida no D. João V, que não será tão last assim, que o senhor Vereador que
detém o pelouro, não tenha capacidade para de alguma forma realizar esta situação. ----
Aquilo que eu fiz, predispus-me à disposição da Câmara Municipal, com experiência
vasta de 2 anos, vou amigo, vou, o meu amigo julga que me escapa as coisas, mas não
está enganado. É um conjunto de pessoas, desde o executivo, aos nossos trabalhadores,
lançam ideias por aí a fora, e depois há de facto alguém que tem a componente
logística, que nós não temos seguramente, que nós não temos, para instalar aquilo que
uns denominam de barraquinhas e outros denominam de stands, chame-se-lhe o que
quiser. Portanto são empresas que são especializadas para esta matéria como calculará,
mas, não ó amigo, mas isto há alguma coisa para esconder? Por amor de Deus, mas
também não deixa de não ser, de não ter da nossa parte toda aquela parte que diz
respeito às iniciativas que lá são colocadas. --------------------------------------------------
A pessoa em questão, ou a empresa em questão, ou que seja ela quem for, não tem
iniciativa no seu todo para que, nós temos a nossa, temos os nossos conhecimentos
meu caro amigo. E é nesse sentido que pomos à disposição da senhora Presidente da
Câmara, mais uma vez e repito, a nossa experiência, a nossa boa vontade, para de
alguma forma, e o Município merece, senhor Deputado, o Município merece, algo que
chame ao nosso Município, com novas ideias, com novas tomadas de posição, com
novas envergaduras, com muita novidade, com coisas novas, porque é assim que se faz
em todos os Municípios, vão renovando de ano para ano, para que as coisas tenham
cada vez, e eu disse aqui e repeti, o ano passado nós fizemos de uma forma, este ano já
foi feito de outra, porque aprendemos, vamos aprendendo.” ------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Vieira:----------------------------------------------------------------------
“Boa noite senhor Presidente, caros colegas, eu começo por felicitar o Presidente Jaime
Garcia pela Feira Setecentista, tive oportunidade de passar por lá, de ver, de conviver,
de disfrutar daquele espaço e de tudo aquilo que foi ali brindado à população, quer da
Amadora, quer enfim de Concelhos vizinhos que apareceram por lá e vi alguns de
Concelhos vizinhos, enfim que, muito me orgulhou, vê-los por ali a participar naquele
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espaço, e portanto estarem por ali também a disfrutar da oferta que foi organizada pela
Junta de Freguesia das Águas Livres. --------------------------------------------------------
Posto este particular relativamente à Feira Setecentista, gostaria de facto, dizer senhora
Presidente, que louvo a coragem da Câmara Municipal, para de uma vez por todas, pôr
cobro aquilo que se vinha passando no Parque Delfim Guimarães, nomeadamente no
que se refere ao modelo da Feira. ------------------------------------------------------------
O modelo da Feira de facto que nós tínhamos ali, e víamos ali, ano a ano, está
efetivamente esgotado. É um modelo que já não diz nada às pessoas, já não é de facto
um modelo que se possa considerar adequado para uma Feira daquela natureza, ou para
uma Feira que se pretenda de facto qualidade, ainda há pouco o Miguel Vidigal falava em
qualidade, deixem-me que vos diga, eu não reconhecia ali qualquer tipo de qualidade
naquela Feira. ---------------------------------------------------------------------------------
E portanto a mudança de modelo era algo urgente, e seja qual for o modelo a senhora
Presidente ainda não avançou com o modelo, ele será, enfim a seu tempo divulgado com
certeza, mas seja qual for o modelo ele será sempre certamente melhor do que aquilo
que tínhamos até aqui, e eu peço desculpa Miguel de me referir a esta questão da
qualidade, de facto não reconhecer ali qualidade. Vou agora aqui buscar outro chapéu,
um chapéu de 14 anos de Diretor de Feiras, entre elas a Feira Internacional do
Artesanato, durante 14 anos. Ter sido autor daquilo que mais tarde veio a dar resultado
no estatuto do artesão, a legislação de enquadramento para o sector, ter sido enfim,
Técnico Consultor da DG XXIII da Comissão da União Europeia, na área precisamente do
artesanato e das Microempresas, e portanto enfim, quando digo que não havia ali
qualidade, sei daquilo que estou a falar. -----------------------------------------------------
É evidente que é aquilo que temos, mas não temos que ficar por aquilo que temos, que
temos de ser capazes de fazer melhor, e penso que é nesse sentido que a Câmara
Municipal tomou a posição que tomou e efetivamente que estou esperançado que venha
a fazer melhor.” -------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Carlos Almeida (Pedido de Esclarecimento): ----------------------------------
“Muito obrigado senhor Presidente. Eu não vou discutir a questão da qualidade, não é
matéria agora para o pedido de esclarecimento. --------------------------------------------
Mas a questão que lhe queria colocar é a seguinte, até porque, como eu não tive
oportunidade de assistir a essa Assembleia Municipal, em que o CDS apresentou uma
Proposta, que ao que creio foi chumbada pelo Partido Socialista, se a memória não me
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falha, ou se a informação me foi bem transmitida, e portanto a minha pergunta é esta, o
quê que terá levado o Partido Socialista na época a votar contra a Proposta do CDS? Eu
peço desculpa é que eu não estive na Assembleia Municipal, os meus camaradas
transmitiram-me a informação que o PS tinha votado contra a Proposta do CDS, e eu
agora vejo aqui o senhor deputado preocupado com a necessidade de um novo modelo,
e com a falta de qualidade das Feiras, aliás só falou da Feira do Livro, e já agora o que
estamos a discutir não é a Feira do Livro. O Protocolo com o Centro Cultural Roque
Gameiro, não incide sobre a Feira do Livro, portanto eu não sei, ou o senhor Deputado
se enganou ou houve aqui uma dificuldade qualquer, nós não estamos a discutir a Feira
do Livro, a Feira do Livro não está incluída no Protocolo com o Centro Cultural Roque
Gameiro, mas ainda assim, qual foi a razão que o PS votou contra a Proposta do CDS,
para agora vir aqui defender, na voz do senhor deputado, a necessidade de um novo
modelo para as Feiras do Parque Delfim Guimarães? Muito obrigado.” --------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Vieira (Resposta ao Pedido de Esclarecimento):-------------------------
“Senhor Deputado, eu não sei se vou conseguir esclarecê-lo, posso tentar, o senhor vai
se esforçar por perceber, muito bem. --------------------------------------------------------
É assim, aquilo que é necessário de facto, e não está aqui em causa se é a Feira do
Livro, se é a Feira do Artesanato, se é a Feira de Artes e Ofícios ou o quê. Está em causa
todo o modelo ocupacional daquele espaço com aquele tipo de evento, e essa revisão
tem que ser uma revisão feita de modo integral. Obviamente que o CDS tem as suas
Propostas, o facto de a termos chumbado não quer dizer que o próprio Partido Socialista
não as tivesse já ele próprio a trabalhar, a pensar. E portanto, obviamente que
reservamos o direito de avançar com as nossas Propostas, e portanto nesse sentido,
enfim, não vejo mal nenhum em termos ignorado aquilo que era uma posição do CDS,
que era uma posição meramente parcial, ainda por cima, ou seja não comtemplava o
projeto no seu todo, e neste momento o que está aqui em questão é um projeto de
enquadramento global, ou seja não estamos apenas a referirmo-nos a uma alínea das
situações, estamos a referirmo-nos ao todo e certamente dai sairá algo muito mais
valioso, porque normalmente estas coisas vistas em termo enquadramento global
acabam sempre por resultar melhor, do que afinações meramente parciais.” -------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pela senhora Deolinda Martin (Pedido de Esclarecimento): -------------------------------
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Quadriénio 2013/2017
“É um pedido de esclarecimento sim, eu queria perguntar, estou bastante confusa,
porque eu fui uma das deputadas nesta Assembleia que apoiou, portanto na altura a
Recomendação do CDS, e estou bastante confusa porque aqui foi dito que a Casa Roque
Gameiro recebia e usufruía de fundos do Instituto de Emprego e Formação Profissional,
Centro Cultural, portanto alguma qualidade este Centro Cultural deverá ter para lhes ser
reconhecida o financiamento. Por outro lado também estou bastante confusa porque na
minha ótica, pensar modelo de Feira não implica rescindir, na minha ótica, a atividade
em si, há aqui para mim algum conflito nesta discussão e portanto queria que me
esclarecessem. --------------------------------------------------------------------------------
Estou a fazer a pergunta, se há falta de qualidade, como é que é possível um
financiamento continuar a acontecer por um Instituto Público, não é?” -------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Vieira (Resposta ao Pedido de Esclarecimento):-------------------------
“Senhora Deputada, em relação à qualidade que é reconhecida ou não reconhecida por
parte do Instituto de Emprego e Formação Profissional, a única coisa que lhe posso dizer
é que o Instituto de Emprego e Formação Profissional dá os apoios que entende, muitas
das vezes não tem a ver com a questão da qualidade, tem a ver com o número de
pessoas que estão ocupadas, digamos, em situações de desemprego ou de subemprego,
que…ouça Miguel Vidigal, posso dizer que o critério qualidade é o último critério a ser
aferido nessa circunstância, ok? Pelo menos em Feiras locais como é o caso da Feira da
Amadora como outras que existem por este país fora, tem mais a ver com aquilo que os
próprios Centros de Emprego resolvem digamos, dar e pedir para a Direção Regional do
Instituto de Emprego, dar apoio e portanto é mais nesses termos que as coisas se põem,
mais propriamente em termos ocupacionais, do que propriamente em termos de
qualidade. A qualidade não é ai um fator relevante, atenção e isto digo com toda a
garantia, com toda a certeza.” ---------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Alcides Matos: ------------------------------------------------------------------
“Senhor Presidente da Assembleia Municipal, senhora Presidente da Câmara, senhores
Vereadores, caros colegas deputados municipais, público. ---------------------------------
Depois de algum trabalho desenvolvido em parceria com o Instituto de Ciências Sociais
da Universidade de Lisboa e com os técnicos da Câmara Municipal, foi concretizado no
dia 15 deste mês a assinatura de um Pacto para o Envelhecimento Sustentável na
Amadora, que se prende precisamente com a conceção de que a evolução etária da
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Quadriénio 2013/2017
população faz com que nos devamos preocupar com as situações que cada vez mais,
cada ano que passa, se irão colocar a este estrato da população. -------------------------
Foram assinados nesta fase por 44 entidades, instituições de variado tipo, entre elas a
Câmara Municipal, Juntas de Freguesia e muitas outras Associações esse Pacto, um
Pacto que está aberto, que tem um conjunto de princípios gerais que eu gostaria de
referir. -----------------------------------------------------------------------------------------
Um deles é este precisamente de que o envelhecimento é um assunto para todos, todos
devem intervir ativamente na definição, na realização e avaliação da Politica Local para
os mais idosos. A melhoria da qualidade de vida das pessoas à medida que envelhecem
deve garantir a otimização de condições de saúde, participação e segurança ao longo de
toda a vida. ------------------------------------------------------------------------------------
As pessoas mais velhas representam um leque alargado de capacidades e recursos, que
importa e que se devem mobilizar, respeitando as suas decisões e escolhas. A
especificidade das vivências de mulheres e homens às diferentes necessidades que dai
decorrem tem em conta as Politicas Locais para o envelhecimento. -----------------------
A Comunidade é o local central das politicas para o envelhecimento, e portanto deve
haver uma promoção de envelhecimento ativo e saudável no sentido de criar um
conjunto de iniciativas para este envelhecimento com qualidade. -------------------------
As Politicas Locais para o envelhecimento sustentável devem ser suportadas por
medidas transversais às diferentes gerações, numa ótica de prevenção de problemas,
desconstrução de estereótipos negativos, e promoção de relações intergeracionais. Esta
questão é extremamente importante. Não deve haver, como em determinada altura
existiu, guerras entre gerações, deve haver uma política intergeracional. -----------------
As políticas locais para o envelhecimento devem dedicar uma atenção constante ao
diagnóstico social, assegurando que as respostas sociais correspondem a necessidades
efetivamente diagnosticadas. -----------------------------------------------------------------
Os programas ou projetos que concretizam as políticas de envelhecimento a nível local
devem garantir critérios de eficácia e eficiência, procedimentos de monitorização,
avaliação e prestação de contas. -------------------------------------------------------------
O plano local para o envelhecimento, que articula os Programas e os Projetos neste
domínio de bem estar social, deve resultar de um processo de planificação participada
promovendo a diversificação dos atores que colaboram na provisão de bens e serviços
junto da população idosa, assim como a inclusão destes nos processos de consulta e
tomada de posição. ---------------------------------------------------------------------------
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Quadriénio 2013/2017
O lema deste projeto, deste Pacto assinado, que compromete estas 44 entidades que
para já assinaram, visto que é um documento que está ainda aberto, tem em conta o
viver bem a idade. ----------------------------------------------------------------------------
E porque muitas vezes nós aqui passamos na nossa Assembleia, como já vimos hoje,
isto também faz parte da nossa dinâmica de intervenção e desta dialética que se cria,
mas muitas vezes esquecemos de referir aspetos e projetos que se desenvolvem na
nossa cidade e que nos fazem realmente ter qualidade de intervenção social para o bem
estar de todos e penso que era importante dar este contributo aqui nesta Assembleia.
Muito obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Jaime Garcia (Presidente da J.F. Águas Livres): ------------------------------
“Meu caro deputado João, a preocupação do nosso deputado Carlos Almeida, é de facto
de nós termos votado de uma forma e agora votarmos de outra forma. Mas isso é
simples de explicar, é que só faltaria que também o próprio Município não aprendesse
um pouco com aquilo que se faz nas Freguesias e está a ter outra dinâmica que não tem
tido a Feira até aqui, que nós estamos a falar em causa. -----------------------------------
Portanto acho muito bem que estejam com muita atenção, para que efetivamente o
próprio Município não fique arredado da primeira fila, com o espaço que tem, no local
que tem, com o Parque Central, um ex-libris da Amadora, só faltaria que não tivessem a
noção de que há espaço para ir ao encontro daquilo que as Freguesias tem feito até aqui
e que chamem milhares e milhares de pessoas para a rua. Portanto se essa é a
preocupação, a qualquer momento estou convencido, todos nós estamos
constantemente a mudar a nossa posição em função de melhorar a qualidade de vida
das pessoas no local e não só, e dar também alguma alegria, porque de semblante
carregado, andamos nós todos com o dia-a-dia e com a vida, porque isto não está
famoso, nós não temos, temos problemas no dia-a-dia, ao menos que haja um
momentinho ou outro. Aliás, fruto de uma herança que nos deixaram há bem pouco
tempo, que é para vocês não se estarem a rir, não é? Fruto da herança que vocês nos
deixaram e que nós estamos a tentar colocar ânimo nas pessoas e que parece-me que
isso está a acontecer, não parece tenho a certeza, não é? Já não há aquele semblante
carregado que existia no passado, com o mandar com ovos podres, hoje já ninguém
manda com nada disso, hoje as pessoas já estão a começar a entender que algo está a
mudar em benefício da população, em benefício de todos e vamos dar muitas alegrias ao
povo da Amadora, diga-se em abono da verdade.” -----------------------------------------
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--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Miguel Vidigal (Pedido de Esclarecimento): -----------------------------------
“Naturalmente esta intervenção associada a todas as outras, deixa-me com uma dúvida
quase existencial. É que parece, que o aprender-se com algumas iniciativas que se
fazem nas Freguesias, implica destruição de tudo o que vinha de antes. Ora eu quero
ver se percebo se é isto que está aqui a ser afirmado, ou seja, se aprender alguma coisa
que se possa estar a fazer bem nas Freguesias, se aprender com isso implica destruir ou
não o que está antes, porque todas as intervenções que eu vi até agora parecem dizer
que, como isto é feito bem, aqui nesta Freguesia e isto é bem naquela, e isto é bem
naquela, vamos lá rebentar com o que existe e vamos só manter essas. Eu acho que a
Amadora tem espaço para muito mais iniciativas e tem espaço para muito mais
dinamização cultural do que aquela que tem hoje, aliás eu tenho a certeza disso, porque
tem sido uma das maiores críticas que temos constantemente apresentado aos
constantes Orçamentos desta Câmara. ------------------------------------------------------
E portanto a minha dúvida aqui é, portanto, para aprender com o que se faz de bem é
necessário destruir o que vem de trás independentemente de ele poder ou ser
melhorado, e outra que também realmente ainda não consegui perceber é, se há erros e
se há coisas que precisam de ser melhoradas e modelos que existem hoje, porquê que
se destrói e não se tenta, antes pelo contrário, corrigir esses erros?” ---------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Jaime Garcia (Presidente da J.F. Águas Livres) (Resposta ao Pedido de
Esclarecimento): -------------------------------------------------------------------------------
“Senhor Deputado, isso parece quase um ato destrutivo, não, ouça, eu escutei-o com
muita atenção, ok? Isso parece quase um ato destrutivo, ou és a meu favor ou és contra
mim, já quase que parece esse tipo. Não, espere. Tenha calma, tenha calma. Eu no
principio da minha intervenção fui claríssimo, ‘o Município da Amadora já deu provas nos
seus espaços verdes, na sua higiene urbana, no convívio’, em todas as áreas, o
Município da Amadora tem sido exemplo. Ainda aquilo que acabou de dizer o senhor
Deputado Alcides de Matos, é outro exemplo, outro, outro. O senhor acha que esta
situação que eu acabei com a minha intervenção é a única que dará lugar à destruição, o
meu amigo, não, não, oiça, o meu amigo está a pôr uma questão de equívoco, tem que
saber perceber, e percebe que o meu amigo é inteligente, o senhor Deputado é
seguramente, com uma inteligência acima da média, e como tal tem obrigação e o dever
de não vir aqui colocar assim tipo batata quente, como que eu tenho as dúvidas todas
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do Mundo. O senhor não tem, o senhor não tem a dúvida, tanto que não tem a dúvida
que as nossas intervenções até aqui foram muito claras, esclarecemos tudo, foi um
pedido para eu esclarecer, eu esclareci, não fugi a nada, e o meu amigo ainda continua
com dúvidas. ----------------------------------------------------------------------------------
Estou convencido até que, e não quero perder essa noção que tenho com o meu amigo,
não quero perder essa noção que tenho do meu amigo, estou convencido até, que se eu
estivesse aqui 2 horas o meu amigo seguramente continuaria a ter, numa pequena
parcela da minha intervenção, não vai buscar o seu todo, só vai buscar aquelas
pequeninas, seguramente que teria outra dúvida qualquer para fazer aqui um ponto de
ordem. Eu espero que saía daqui esclarecido, e está, está esclarecido meu caro amigo.”
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Presidente da Assembleia: ---------------------------------------------------
“Senhores Deputados, pedidos de esclarecimentos tem limites, e quem pede
esclarecimento também tem limites, senão está a fazer vários pedidos de
esclarecimento. Não há mais ninguém inscrito? Senhora Presidente.” ---------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pela senhora Presidente da Câmara: -------------------------------------------------------
“Muito obrigada, senhor Presidente. Tentando-me organizar, começando pelo senhor
Deputado Isaías Afonso, eu penso, mas confesso-lhe que não consegui ouvir muito bem
a sua intervenção, que se refere ao separador da Conde Castro Guimarães e da Estrada
Velha de Queluz, é isso? Foi esse que se referiu, não é? Sim, exatamente, estamos a
falar da mesma coisa, estamos a falar da mesma coisa exatamente, que tem um tipo de
flores que florescem nesta altura, se calhar porque estamos na Primavera e que até
Junho vão continuar ali, mas não foram plantadas agora senhor Deputado, elas estão lá
sempre, são um tipo de arbustos que nesta altura, e segundo o que me diz o senhor
Vereador, entendido em arbustos, até Junho manter-se-ão com este ar mais fresco e
fofo e mais viçoso e depois perdem um bocadinho este ar mais viçoso, mas já lá
estavam senhor Deputado não foram colocadas agora, estão já há muitos anos
colocadas nessa zona. ------------------------------------------------------------------------
Depois o senhor Deputado João Paulo Castanheira, colocou também aqui uma questão
que tem a ver com a Avenida Santos Matos. De facto aquela intervenção, e eu acho que
o senhor Deputado também sabe e reconhece que é uma zona complicada, em termos
dos coletores e das infraestruturas, e de facto a solução que esperaríamos que ali
funcionasse, não funcionou de todo, nem vamos ter condições de voltar a pôr qualquer
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outro tipo de pavimento que não seja o alcatrão, possivelmente ou uma cor
diferenciada, possivelmente não, vai ser mesmo uma cor diferenciada porque é uma
zona 30, também como o senhor Deputado sabe, mas é uma zona em que os
abatimentos são significativos. Aliás este Inverno e ainda ontem possivelmente se calhar
se aperceberam, aí com as últimas chuvas pioraram drasticamente, principalmente na
zona em frente ao oculista, não é? Onde levantou muito mais ali a zona da calçada. ----
A ideia era de facto transformar aquela zona, sendo a zona central da cidade, numa
zona, num misto entre o pedonal e o automóvel mas que tivesse, mas que tivesse ali
uma diferenciação positiva, e esta metodologia de todo não funcionou, nem vai
funcionar, nós já tivemos a fazer ali alguns testes com outros tipos de materiais, que o
senhor Deputado há pouco falou, e que não é possível de todo. Vamos ter que utilizar
uma solução como acabamos de fazer aqui deste lado, levantar tudo, dobrar a
pavimentação por causa dos abatimentos e das estruturas dos coletores e do subsolo e
depois optar por um tom de pavimento diferenciado, eventualmente será o bordô,
porque é o que se utiliza nestas zonas 30. --------------------------------------------------
Não temos ainda neste momento previsão de intervenção, até porque também temos
que falar ali com os comerciantes, não vamos conseguir fazer aquela zona por troços, e
vai obrigar ao corte daquela zona, sob o ponto de vista viário, e como nós temos que
fazer também por via do SIMAS, uma outra intervenção na zona que liga a Elias Garcia
aqui ao estacionamento, nesta zona que passa ao lado do espaço dos eletrodomésticos,
etc, ela tem que ser, não pode ser ao mesmo tempo. Afonso de Albuquerque,
exatamente, peço desculpa, sob pena de ficarmos com esta zona central, porque ali
temos problemas ao nível dos coletores também, e como os senhores deputados se
calhar se recordaram do Orçamento do SIMAS, há 2 intervenções que estão previstas,
uma nessa zona, outra na zona da Falagueira, e não conseguiremos de todo, primeiro
possivelmente vai avançar esta da Afonso de Albuquerque e só depois a intervenção na
Santos Matos que não conseguimos ter esta zona central da Cidade toda ela intransitável
sobe o ponto de vista rodoviária ao mesmo tempo. Mas dar-lhe essa nota, é uma
intervenção que não será feita seguramente este ano, mas que temos consciência que
temos que fazer e que não podemos voltar a optar por este tipo de estrutura, de
pavimento porque ali de todo não funciona, os blocos cedem e não conseguimos de facto
manter ali depois, com um aspeto agradável, e que não andemos sempre permanente
carrocel que é o que acaba por acontecer quando circulamos naquela zona. --------------
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
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Depois o senhor deputado Miguel Vidigal e também a senhora deputada Deolinda,
colocaram um conjunto de questões relativamente a este processo da nossa funcionária,
que já não está na sala. Dizer-vos duas coisas relativamente a este e a todos os
processos, há um tempo para os Serviços se pronunciarem, há um tempo para os
Recursos Humanos tomarem as medidas que entendem que devem ser tomadas, e
precisamos de deixar que os serviços da Câmara funcionem neste processo, como
funcionam em todos os outros processos. ---------------------------------------------------
A funcionária tem uma categoria de Assistente Técnica as funções, não está retirada,
nem está em casa do posto de trabalho, as funções que está a exercer são funções de
Assistente Técnica, nunca foi suspensa e por isso o que vos peço, atendendo à situação
em concreto, é que deixem os diversos serviços da Câmara funcionar, como funcionam
noutros processos semelhantes a esta situação e que é descrita relativamente a esta
funcionária, que conheço, porque já veio de outros equipamentos escolares,
nomeadamente da Creche dos filhos dos trabalhadores. Por isso vamos deixar que os
serviços da Câmara funcionem, e que os processos desta natureza funcionem e pedia-
vos que, naturalmente não terão interferência nesse processo, mas estamos atentos a
este, como estamos atentos a outros processos, precisamos de dar tempo para que os
serviços funcionem e naturalmente seja salvaguardado o direito ao posto de trabalho da
funcionária, que naturalmente isso não está em causa. Precisamos é de permitir que os
Recursos Humanos da Câmara, o Gabinete Jurídico, e os processos funcionem
internamente, e um mês que vos pode parecer muito tempo, quando não se tem só este
processo, não é tanto tempo como isso, como imagina senhor deputado, e sabe bem
que o não é. -----------------------------------------------------------------------------------
Relativamente à questão muito colocada, relativamente às Feiras, duas notas. ----------
Primeiro não começamos a pensar e a repensar este processo agora, desde Outubro que
nós vimos, todos repensando, e os serviços e eu própria, enquanto Presidente e os
senhores Vereadores que acompanham estas áreas, repensando este processo. ---------
E voltando aqui um bocadinho ao mesmo, ninguém põe aqui em causa o mérito da
Instituição, até porque a Instituição no dia 15 assinou também o Pacto, como tem
felizmente, um trabalho que todos reconhecemos relevante na cidade em áreas que com
certeza não deixará de ter, e que também recebe apoios financeiros da Câmara, como
recebem outros Instituições e que tem a ver com o nosso já antigo Programa Recriar a
Vida, onde naturalmente o Centro presta um trabalho importante. ------------------------
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Relativamente às Feiras em concreto, eu acho que todos que estamos aqui, partilhamos,
com certeza da opinião que é preciso repensar este processo, relativamente ao que
acontece na zona do Parque Delfim Guimarães, que quer queiramos quer não, é a nossa
zona central da cidade, e é isso que a Câmara está a fazer neste momento. Não será
com certeza desta forma, não será com certeza com este tipo de stands, não será com
certeza com esta configuração. Não está em causa a realização das três Feiras, quer da
FEIRARTE, quer da Feira de Natal, quer da Feira de Artes e Ofícios, não está em causa
aqui nenhum desrespeito pelo passado, ao contrário do que o senhor deputado afirmou,
acontece neste como acontece noutros processos, nós temos que nos ir ajustando aquilo
que são as realidades que temos em termos de território. Não sei se Feira vai ser, não
será seguramente, igual nem à da Buraca, nem à de Alfragide, nem à de Alfornelos, nem
à da Encosta do Sol, nem à da Falagueira-Venda Nova, terá as características, será, o
que nós estamos aqui a tentar neste momento fazer é que as grandes iniciativas das
Festas da Cidade, ocorram entre o dia 1 e o dia 18 de Setembro, porque eu acho que
também todos reconhecemos, e não é um processo fácil, não é? Porque as Festas da
Cidade e muito bem, são feitas em parceria com o Movimento Associativo da Cidade, e o
que queremos evitar é situações como nos tem acontecido e que grande parte dos que
estamos aqui presenciámos. O ano passado tínhamos as Fanfarras num lado, as Bandas
no outro, o Festival da Diversidade na zona da Falagueira, bom e às tantas é uma
confusão. Para mim é bom porque é perto e consigo me deslocar com uma grande
facilidade, mas isto às tantas é uma confusão que eu acho que não faz nenhum sentido,
nós temos que nos tentar disciplinar, com todo o respeito por todas essas iniciativas que
continuaram a acontecer, quer os Alentejanos, até porque espelham a diversidade
cultural que temos na cidade, quer os Alentejanos, quer as Bandas Filarmónicas, quer as
Fanfarras do Bombeiros, e já me estão escapando algumas, quer o Rancho, que também
temos a iniciativa dos Ranchos, as Concertinas, agora também temos as concertinas. ---
Agora temos é que tentar conseguir que durante o mês de setembro naturalmente,
tenhamos Festas da Cidade em que a Cidade se reveja, que valorizem a Cidade, e que,
naturalmente possam ocorrer no respeito por todas as diversidades que temos na
cidade, e centrando, e é o que estamos a tentar, eu neste momento não me quero
adiantar muito, porque não temos nenhuma proposta absolutamente fechada, há
diversas soluções em cima da mesa, temos que a fechar seguramente durante este mês
de Maio. Mas a forma como temos utilizado o Parque Delfim Guimarães, e que todos
acho que temos refletido sobre isso, eu não sei se a proposta de reflexão foi do CDS, ou
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se foi do PSD, ou se foi da CDU, ou se foi do Bloco de Esquerda, isso para mim, ou do
PS, é absolutamente indiferente. O que conta, eu acho, desculpe, senhor Deputado não
estou agora nessa discussão, eu acho que todos os que estamos aqui reconhecemos, é
que precisamos de repensar aquele modelo e aquela forma, e é isso que a Câmara vai
fazer. Espero que corra bem, até porque se não correr terei seguramente a cabeça a
prémio, mas mais do que isso os Amadorenses cá estarão para avaliar pouco tempo
depois, se foi ou se não foi uma boa decisão. Muito obrigada senhor Presidente, porque
acho que depois o resto pouco teve a ver com a Câmara, teve a ver com a Câmara mas
não foram questões colocadas diretamente.” ------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Presidente da Assembleia: ---------------------------------------------------
“Muito obrigado, calma, calma, deputado Miguel Vidigal para um Pedido de
Esclarecimento, o Deputado João Paulo Castanheira também para um Pedido de
Esclarecimento, senhora Presidente vai responder os dois em conjunto, ou prefere, não,
não a senhora Presidente é que diz, quer em conjunto ou quer em separado? ------------
Não, senhora Presidente, a senhora Presidente é que diz como é que responde, não são
os senhores Deputados que interrompem, quem coloca as questões não pode dizer,
prefere em conjunto? Ok. E pronto a senhora deixa para decidir, é isso? Muito bem.” ---
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Miguel Vidigal (Pedido de Esclarecimento): -----------------------------------
“Ora mais uma vez boa noite, naturalmente que tenho que pedir alguns esclarecimentos,
enquanto algumas afirmações que foram, e algumas afirmações que foram feitas pela
senhora Presidente. ---------------------------------------------------------------------------
A senhora Presidente disse-nos que a Feira das Artes e Ofícios, a FEIRATE e a Feira de
Natal, estas 3 não estão em risco, naturalmente surge-me logo uma pergunta, haverá
alguma que está em risco, nomeadamente a Feira do Livro? Esta é uma das primeiras
perguntas. -------------------------------------------------------------------------------------
A segunda pergunta que eu tenho para a senhora Presidente é que nós já, e aliás o
nosso debate foi essencialmente, andou muito à volta desta questão, da necessidade de
repensar modelos e o que é que, quais é que são os melhores, quais é que são os bons e
os maus exemplos, mas houve uma coisa que não conseguimos esclarecer no debate e
mais uma vez não ficou esclarecida, que é, se é necessário tudo isto, e se calhar todos
nós concordaremos que é necessário alterar coisas neste e naquele e no outro modelo,
se calhar até como dizia há bocado o senhor deputado, se calhar até na Feira
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Setecentista de ano para ano se melhoram coisas, e portanto se calhar concordamos
todos com isso. Mas há uma questão que se coloca, há aqui duas questões aliás que se
colocam, é se em relação a este Protocolo propriamente dito, se este repensar passa ou
não pelo Centro Cultural Roque Gameiro, porque parece que afinal não passará pelo
Centro Cultural Roque Gameiro. Se passa, então se é forma de funcionamento, se é um
novo modelo também, mais moderno e adequado à necessidade, o funcionamento
perante as Associações do Concelho, de denunciar Protocolos sem sequer os tentar
negociar com as Associações. Muito obrigado.” ---------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pela senhora Presidente da Câmara: -------------------------------------------------------
“Obrigada, senhor Presidente. E admito que o senhor Deputado Miguel Vidigal numa
questão tem razão porque, o que eu lhe quero dizer é que continuará a existir, o que eu
queria dizer, e disse mal e tem razão é que continuarão ou continuaremos a tentar para
que haja 3 momentos de Feiras no Parque Delfim Guimarães. Se vão chamar FEIRARTE,
se vão chamar Feira de Artes e Ofícios, não faço a mínima ideia, possivelmente não se
vão chamar. O que nós estamos a tentar, senhor deputado agora estamos a falar da
FEIRARTE, o que nós estamos, não é da Feira do Livro, o senhor Deputado há pouco
dizia, uma coisa é a Feira do Livro, outra coisa é a FEIRARTE. O que nós estamos a
tentar é que se mantenham 3 momentos de iniciativa de Feira no Parque Delfim
Guimarães e respondendo claramente à sua pergunta, se esse processo passa por o
Centro Cultural Roque Gameiro, não, não passará pelo Centro Cultural Roque Gameiro.
Muito obrigada senhor Presidente.” ----------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Paulo Castanheira (Pedido de Esclarecimento):------------------------
“Muito obrigado, senhor Presidente. Seguramente que uma coisa é a FEIRARTE, outra
coisa é a Feira do Livro, mas eu pareceu-me ouvir nas palavras da senhora Presidente
da Câmara, que era necessário, era premente repensar o modelo das Feiras que
aconteciam no Parque Delfim Guimarães. E eu admitindo até que esta pergunta se
calhar não deveria ser feita diretamente à senhora Presidente da Câmara, se calhar
devia ser feita à Bancada do Partido Socialista, mas imaginando eu que há alguma
articulação, entre aquilo que é o executivo Socialista e a Bancada Socialista, eu não
posso deixar de estranhar e fazer minhas as palavras do senhor Deputado Carlos
Almeida, enfim, uma vez por outra, tem que ser. Mas de facto hoje eu tenho que estar
completamente de acordo. Como é que é possível, como é que é possível que há 7
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meses atrás que o CDS tenha trazido aqui uma proposta, completamente aberta, que
deixava à Câmara todo o espaço de manobra, dizia apenas que era preciso revitalizar a
Feira do Livro e essa proposta foi chumbada com violência pela Bancada do Partido
Socialista, e hoje estamos aqui a dizer que afinal é preciso de facto repensar. A Feira do
Livro vai ficar na mesma? Então está respondido. Muito obrigado senhor Presidente.” ---
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pela senhora Presidente da Câmara: -------------------------------------------------------
“Senhor Deputado, nós estamos a falar da FEIRARTE, da Arte e Ofícios, não estamos a
falar da Feira do Livro. A Feira do Livro nunca foi organizada pelo Centro Cultural Roque
Gameiro é uma responsabilidade única e exclusiva da Câmara Municipal da Amadora
para o bom e para o mau, a seu tempo falaremos da Feira do Livro.” ---------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Vieira:----------------------------------------------------------------------
“Obrigado senhor Presidente. É uma intervenção muito curta, João Paulo Castanheira, é
assim, só quem não muda são os burros, e nós de facto não queremos ser burros
portanto mudamos sempre que é preciso mudar, acompanhando a realidade,
acompanhando as coisas. Por outro lado é assim a nossa decisão por vezes pode ter o
sentido da irrevogabilidade que o meu amigo tão bem conhece.” --------------------------
**************
VIII – PERÍODO DA ORDEM DO DIA ------------------------------------------------------
O senhor Presidente da Assembleia apresentou os assuntos constantes da Ordem do
Dia, colocando aqueles à apreciação da Assembleia Municipal, nos termos que de
seguida se enuncia: ----------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Ponto 1 - Apreciação e votação, nos termos e ao abrigo da alínea l) do nº 2 do
artigo 25º da Lei nº 75/2013 de 12 de setembro, na sua atual redação, da
proposta da C.M.A. relativa aos “Documentos de Prestação de Contas – Ano
2015 (Proposta nº 145/2016)”. --------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Ponto 2 - Apreciação, nos termos e ao abrigo da alínea l) do nº 2 do artigo 25º
da Lei nº 75/2013 de 12 de setembro, na sua atual redação, da proposta da
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C.M.A. relativa ao “Inventário de Bens, Direitos e Obrigações Patrimoniais –
Ano 2015 (Proposta n.º 146/2016)”. --------------------------------------------------
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O senhor Presidente da Assembleia informou que, e de acordo com o que ficou
estabelecido em conferência de representantes, as propostas relativas aos pontos 1 e 2
seriam discutidas em simultâneo, apenas sendo objeto de votação a proposta relativa ao
ponto 1. Mais informou de que para o período de discussão de ambas as propostas foi
definido 60 minutos, tendo a proposta do ponto 1 sido analisada pela Comissão de
Desenvolvimento Económico, Finanças e Administração, que elaborou o respetivo
parecer, o qual foi lido pelo 1º Secretário. ---------------------------------------------------
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O senhor Presidente da Assembleia concedeu a palavra à senhora Presidente da
Câmara para apresentação da proposta, a qual prescindiu da mesma, após o que
procedeu à abertura das inscrições. ----------------------------------------------------------
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Pelo senhor Luís Sampaio: -------------------------------------------------------------------
“Excelentíssimo senhor Presidente da Assembleia Municipal, Excelentíssima senhora
Presidente de Câmara, caros Vereadores, caros colegas deputados municipais,
digníssimo público. ----------------------------------------------------------------------------
O PSD entende que perante esta Prestação de Contas, que reflete no fundo as Politicas
que têm vindo a seguir em termos Orçamentais e as Politicas da Câmara Municipal da
Amadora no ano 2015, e que reflete aquilo que são as prioridades da Câmara, nós
entendemos que elas contém, estes documentos contém, há que distinguir duas
situações. --------------------------------------------------------------------------------------
Uma primeira situação em termos daquilo que são os documentos, tem a ver com a
factualidade e com o rigor do documento. No que diz respeito à parte técnica do
documento, aí não temos nada, enfim a ressalvar, não temos nenhum comentário a
fazer, são documentos técnicos, documentos de Prestação de Contas, os documentos
que são aqui apresentados não nos constitui nenhumas reservas, e portanto do ponto de
vista formal, do ponto de vista técnico não temos nada a opor ou a levantar. ------------
Agora há como eu dizia uma interpretação política, sobre as politicas que estão
traduzidas nesses documentos, porque esta Prestação de Contas traduz um Orçamento,
traduz opções politicas de investir numa área ou investir noutra área. E aqui temos que
salientar que de facto a Câmara Municipal, como já o dissemos inúmeras vezes, de facto
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tem vindo a acumular ao longo de vários anos superávit orçamentais, ano após ano, e
esses superávits orçamentais são pagos com os impostos dos munícipes, portanto
estamos a falar de dinheiro que sai do bolso dos munícipes. Em 2015, para terem uma
ideia, o superávit orçamental é de 11,3%, é de facto um superávit muito excessivo
sobretudo atendendo a que isto é uma situação recorrente, e que estamos num período
ainda de dificuldade económica para o País e para um Município que não é um Município
de gente rica, o Município da Amadora não é seguramente um Município de gente rica e
portanto um superávit neste montante parece-nos excessivo. -----------------------------
Há um crescimento significativo das receitas relativamente ao ano anterior, que
possibilitou este superávit, o resultado líquido é positivo e é na ordem dos 8,8 milhões
de euros, passa os 8,8 milhões de euros, e portanto a Câmara Municipal com esta
política de superávit excessivos ao longo de vários anos tem já mais, tem quase 75
milhões de euros em depósitos bancários. Iisto parece-nos que não é adequado à
realidade do Município, não é assim que se deve utilizar o dinheiro dos contribuintes, o
dinheiro não é para acumular, nem para pôr numa conta bancária, é para utilizar a favor
de políticas públicas e a favor no fundo dos munícipes, é para isso que arrecadamos os
impostos. Ou de facto se alivia a carga fiscal, que nós achamos que há espaço para isso,
ou então há uma política de facto de cobrança muito grande de receitas e aí tem que
haver obra pública em benefício, obra pública útil, em benefício dos munícipes. ---------
Acumular consecutivamente superávites tão elevados não nos parece, de facto que seja
uma política adequada para um Município que não é rico e para um País que passa
inúmeras dificuldades económicas, financeiras, sociais. ------------------------------------
Nós não podemos neste momento esquecer que o PSD ainda há pouco tempo
apresentou uma proposta de redução do valor do IMI, em função do número de
dependentes, proposta esta que foi rejeitada pelos Vereadores do PS e da CDU e eu
acho que esta Prestação de Contas vem nos dar razão à nossa proposta. Há margem
para baixar o valor do IMI e para aliviar os contribuintes e para ter uma política mais
ajustada ao momento em que o País vive, e no fundo reduzir estes superavits
absolutamente injustificados, ano após ano, ano após ano, já estamos à bem mais do
que uma década com superavits deste montante. ------------------------------------------
E portanto nós entendemos que deveria haver outra, uma política mais justa, de maior
coesão social e que no fundo trouxesse um sinal mais claro de apoio às famílias
amadorenses e que passaria inevitavelmente por um alívio fiscal. -------------------------
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Em todo o caso a oposição que o PSD tem feito, é uma oposição construtiva, os
documentos em causa são de Prestação de Contas, são documentos técnicos e portanto
votar contra documentos técnicos também não nos parece que seja, enfim a melhor
posição, e portanto, porque temos uma visão política diferente daquela que o Município
tem, que o Executivo Municipal tem, vamos abster, respeitamos as políticas do
Executivo, que foi eleito democraticamente. Respeitamos um documento que é técnico,
e do ponto de vista técnico não nos merece objeção. Estamos é em desacordo com
aquilo que os números que esta Prestação de Contas traduz, estes números traduzem
uma política de excessiva carga fiscal e de falta de apoio de facto às famílias, poder-se-
ia reduzir o IMI, por exemplo, aliviar as famílias de alguns dos seus encargos e ter, no
fundo, uma política de maior coesão social. Obrigado.” -------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Paulo Castanheira: ------------------------------------------------------
“Muito obrigado. Eu quero começar por dizer que nós, o CDS, fará aqui hoje uma
apreciação meramente política dos documentos, naturalmente sob o ponto de vista
técnico confiamos em absoluto nos serviços da Câmara, não é essa do nosso ponto de
vista a questão que está aqui em causa, faremos uma oposição meramente política dos
documentos. -----------------------------------------------------------------------------------
E partindo de um princípio que é para nós elementar e fundamental nestas matérias que
é a medida da boa gestão pública para o CDS, é a realização de Orçamentos e de Contas
equilibradas, ou seja sem défice, e o PS a nível nacional é como sabemos campeão dos
défices, mas também sem superávit, porque nesta matéria também temos aqui um PS
campeão superávits na Amadora. ------------------------------------------------------------
Se nós vivêssemos numa cidade perfeita sem problemas, com tudo resolvido, aquilo que
decorre destes documentos de Prestação de Contas seria normal e aceitável, talvez. -----
Se vivêssemos numa cidade com, enfim, com uma classe alta, com famílias de boa
saúde financeira, empresas de boa saúde financeira, também poderia ser aceitável.
Assim tendo em conta a realidade, o enquadramento em que nós vivemos, isto não pode
deixar de me gerar alguma perplexidade, nós estamos num Município onde a Câmara
Municipal acaba de lançar recentemente uma nova taxa sobre os munícipes, a Taxa de
Ocupação do Subsolo, que foi buscar aos munícipes mais umas centenas, não sei
quantas, mas mais umas centenas de milhares de euros de receita, foi isso, penso que
foi 200 mil euros que a senhora Presidente da Câmara nos disse, 200 mil euros a mais
de receita que foi buscar na fatura do gás. --------------------------------------------------
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Temos um Município onde famílias humildes, como é o nosso povo da Amadora, paga
uma taxa de IMI superior à taxa de IMI que se paga em Lisboa, por exemplo, ou em
Oeiras, que se pagam taxas de IMI mais baixas. --------------------------------------------
As empresas da Amadora grande parte delas depauperadas pagam taxas de IMI, pagam
Derrama à taxa máxima, com exceção das minúsculas empresas, pagam taxa de
Derrama à taxa máxima. ---------------------------------------------------------------------
E num Município com tantos problemas, tantas coisas por fazer, tanto, os problemas da
habitação, dos bairros degradados, da falta de uma marca positiva na cidade, enfim, na
falta de empresas, tudo isso, tantos problemas, nós de facto assistirmos a um
Orçamento, que é um Orçamento equilibrado quando é apresentado e depois se
transforma numas contas com superávit orçamental de 8,8 milhões de euros, isto não
pode nos deixar de causar perplexidade. ----------------------------------------------------
Uma conta bancária que subiu, só de um ano para o outro de 66 milhões de euros para
73,4 milhões de euros, não pode de nos deixar de nos causar perplexidade. Isto só tem
uma leitura, do nosso ponto de vista, só tem uma leitura, são os números que vem nos
documentos que nos são, que são aqui sujeitos a discussão e aprovação, isto só tem
uma leitura, que é das duas uma, ou se cobram impostos a mais, e é isso que nós
acreditamos, e é isso que nós temos vindo a defender, ou então se faz pouco com os
impostos que se cobram. E eu aliás chamava atenção, este aforro, esta loucura pelo
aforro bancário, eu diria com este Governo Progressista que temos, há aqui um risco,
qualquer dia o Governo lembra-se de mutualizar a divida dos Municípios e ainda vem
aqui buscar este aforro todo. Ou seja o Município da Amadora ainda vão acabar de pagar
para outros Municípios que andaram a gastar, ainda corremos esse risco, portanto isto é
uma política que não é muito segura, não é muito segura. ---------------------------------
Há aqui uma questão que eu, com toda a frontalidade tenho que dizer, cada vez que nós
aprovamos nesta Assembleia os impostos municipais, são apresentadas estimativas, eu
sei que há regras para essas estimativas, eu sei disso. Mas a verdade é que ano após
ano, nós temos realizações de receitas acima dos Orçamentos, e portanto nós
justificamos, “temos que aplicar aquela taxa de IMI porque precisamos desta receita”,
mas vejamos o que aconteceu. IMI previu-se arrecadar 20 milhões de euros,
arrecadaram-se 22 milhões e meio, mais 10%. IMT previu-se arrecadar 4 milhões de
euros, arrecadaram-se 5,2, mais 24%. Derrama previu-se arrecadar 1,9, arrecadou-se
2,6, mais 37%. A somatória dos impostos, arrecadou-se em vez de 30, 33,4, mais 11%,
já não falo do IRS que também subiu o IRS, arrecadou-se mais 1,3 milhões de euros, já
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não falo do SIMAS que obviamente que nunca vem no Orçamento mas que depois há
sempre aqui uns dividendos, há aqui uns dividendos, há aqui mais 3 milhões que vem do
SIMAS. Ou seja isto é milhão em cima de milhão, em cima de milhão e depois dá isto,
dá esta conta bancária, e nós que defendemos sempre todos os anos, defendemos que
há espaço, que há margem para se poder fazer um pouco mais pelos contribuintes na
Amadora, porque a Câmara não precisa de todo este dinheiro, chegamos à discussão de
Contas e a conclusão, como aqui já disse o colega do PSD, a conclusão é essa, é que de
facto haveria espaço para fazer algo mais, de facto haveria espaço para baixar um
pouco, pelo menos alguns dos impostos. -----------------------------------------------------
E portanto aquilo que eu diria, que a Bancada do CDS dira senhora Presidente é que,
gostaríamos, face a estes 8,8 milhões de euros que somam aos outros todos que vem de
trás, gostaríamos de ouvir aqui da sua parte, senhora Presidente da Câmara o
compromisso de que em 2017 se vão baixar os impostos, porque não é possível, nem é
preciso na Amadora continuar a manter este nível de tributação fiscal, não é preciso, não
é preciso, a Câmara está, eu sei que é muito confortável viver em cima de uma pilha de
dinheiro, é muito confortável, mas este dinheiro vem dos contribuintes da Amadora, e
ele não é preciso, a Câmara não precisa de tanto dinheiro. --------------------------------
E portanto eu pediria que se enfim, eu espero, eu espero que aconteça o que aconteceu
com a Feira, é que daqui por 6 meses esteja a dizer que o CDS tinha razão, e portanto
se vai baixar os impostos, portanto espero que se venha a reequacionar esta questão. -
Senhora Presidente, depois quero dizer, e sei que há justificações mesmo da questão do
Saneamento que é para nós também um pouco preocupante, que o nível de execução
das GOP’S deste ano seja de 62%, não é só o Saneamento, senhora Presidente da
Câmara, mesmo retirando a questão do Saneamento a execução foi baixa, isso é
também matéria de preocupação, 62%, é muito menos que nos anos anteriores.
Portanto é preciso também perceber o quê que se passa aqui, o que é que se passou
aqui e se é possível melhorar estes indicadores no futuro, porque de facto a Câmara,
neste caso não se pode queixar de falta de receita e de falta de meios. Se mais não faz é
porque mais não quis, ou não pôde, ou não soube fazer. Muito obrigado.” ----------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Carlos Almeida: -----------------------------------------------------------------
“Muito obrigado senhor Presidente. Como já foi referido, a apreciação dos documentos
de Prestação de Contas tem evidentemente uma dimensão técnica que julgo que não
cabe aqui discutir, julgo que quando apreciamos documentos de Prestação de Contas é
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matéria política, apreciação, digamos do nível de realização, da capacidade do Município
de realizar os objetivos a que se propõe, e é matéria de reflexão política, a ponderação
sobre digamos, as opções que foram feitas, tendo em conta o quadro de recursos que foi
colocado. ---------------------------------------------------------------------------------------
E nesta matéria senhora Presidente, eu quero começar por sublinhar que valorizamos
positivamente o facto de a Câmara Municipal, estamos a apreciar o ano de 2015,
portanto o ano em que, na esmagadora maioria, vivemos ainda sobre um Governo com
uma política sistematicamente inconstitucional e de afrontamento às Autarquias Locais,
que, pese embora esse ataque sistemático ao Poder Local e à sua capacidade de
realização financeira e política que a Câmara Municipal tenha ainda assim conseguido
realizar os recursos necessários para desenvolver a sua política e procurar no quadro
das suas opções políticas, dar resposta às necessidades das populações. -----------------
Todavia queremos também que, ponderado esse quadro que é forçoso reconhecer que a
capacidade de investimento da Câmara Municipal está muito para lá daquilo que
efetivamente a Câmara Municipal realiza em termos de obra. E convínhamos que, ouvir
sistematicamente a senhora Presidente aqui dizer-nos, a propósito das mais diversas
matérias, que a Câmara Municipal não tem recursos para, lembro-me de uma discussão
sobre a intervenção do Palácio dos Condes da Lousã, por exemplo, lembro-me de
inúmeras discussões, por exemplo sobre as políticas de Apoio ao Movimento Associativo,
sobro inúmeras matérias, aquilo que a senhora Presidente nos diz é, a Câmara Municipal
não tem recursos. Ora convenhamos que os documentos revelam que a Câmara
Municipal tem capacidade de investimento, e se tem capacidade de investimento deve
aplicar esse investimento na melhoria das condições de vida das populações e na
requalificação, na qualificação do Município da Amadora. ----------------------------------
A senhora Presidente argumentou na Sessão de Câmara com a necessidade de
investimentos, designadamente com a construção de Centros de Saúde, ao nível da
Habitação, nos processos de demolição. Senhora Presidente eu fico um pouco
preocupado porque há aqui um equívoco em relação ao qual a população da Amadora
tem que ser esclarecida, porque se a Câmara Municipal da Amadora está a arrecadar
receita para construir Centros de Saúde, nós temos que dizer à população da Amadora
que a Câmara Municipal está deliberadamente a substituir-se ao Governo, ou seja a
Câmara Municipal está a optar por não preencher as suas competências, as suas
responsabilidades, aquilo que é matéria obrigatória que decorre da Lei das suas
atribuições, para atribuir recursos que podiam ser aplicados em outras áreas, em
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matérias que é responsabilidade do Governo, que é responsabilidade da Administração
Central. E portanto o Município da Amadora, a população da Amadora, está a ser
privada, está a ser privada de uma capacidade de investimento que a Câmara tem em
áreas que são importantes para o seu desenvolvimento, em nome de uma opção política
da Câmara Municipal, que é realizar obra que é competência do Governo e que é
competência da Administração Central. Ora isto tem que ser esclarecido porque a
população da Amadora tem que saber, que ao contrário do que se passa em muitos
outros lugares deste País, são os seus impostos que vão pagar os Centros de Saúde, não
são os impostos do Orçamento de Estado. ---------------------------------------------------
E esta questão tem que ser esclarecida, porque a população da Amadora tem que saber
exatamente para onde vai o dinheiro com o qual, com os seus impostos contribui para o
financiamento e para a atividade do Município. ---------------------------------------------
Portanto do nosso ponto de vista, a questão fundamental que deve ser discutida e que
deve ser enfrentada, coloca-se justamente aqui, nas opções de intervenção política e de
investimento do Município da Amadora, e do nosso ponto de vista, a Câmara Municipal,
o Município tem recursos mais do que suficientes para desenvolver outra política e para
aumentar o investimento em áreas nas quais, evidentemente já investe, educação,
apoio à terceira idade, etc., mas se calhar temos recursos para investir mais, com mais
qualidade, com mais recursos e em outras áreas que até aqui tem vindo a ser
subestimadas na avaliação política da Câmara Municipal, provavelmente temos também
aí mais recursos para investir, que não estão a ser investidos em nome de opções que
não são claras, designadamente esta que aqui lhe coloquei. Muito obrigado.” ------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Rui Lourenço: -------------------------------------------------------------------
“Boa noite senhor Presidente da Assembleia Municipal, senhora Presidente da Câmara,
caros colegas deputados municipais, estimado público presente. --------------------------
Senhor Presidente, em primeiro lugar gostava de agradecer aos oradores que me
precederam, porque se eventualmente havia dúvidas em que nos distingue, eu penso
que estas intervenções foram muito esclarecedoras do que nos distancia e claramente o
entendimento do Grupo Municipal do Partido Socialista, é para além das chamadas
contas, o que está aqui em causa, e o que está em causa sempre que aprovamos as
Contas, não é só as Contas, é o rumo que o Partido Socialista definiu para o Município. É
esse que está em causa, portanto mais que as questões materiais das Contas estarem
bem ou menos bem feitas, coisa que nós não temos dúvidas que estão bem feitas, e
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mais do que a sustentabilidade financeira que está a toda a prova e é fundamentada
todos os anos, através dos prémios que a Associação dos Técnicos Oficiais de Contas
confere a este Município, o que está em causa aqui são orientações políticas e um rumo
que foi definido pelo Partido Socialista. E esse aí é claramente diferenciador, porque nós
não cedemos a questões conjunturais, portanto a matéria fiscal para nós, não é uma
questão de subir ou descer em função de modas ou de conjunturas mais fáceis ou mais
difíceis, nós temos um percurso muito bem assente, muito bem definido e que precisa
desse suporte. ---------------------------------------------------------------------------------
E portanto não é para ser populista que vamos aqui apresentar propostas de descidas de
impostos, por acaso e por sinal comparando com o resto dos Municípios da Área
Metropolitana não estamos dos mais elevados, até estão abaixo da média, se nós
compararmos com Municípios com a dimensão do Concelho da Amadora. Portanto, não
estamos nada acima da média e também não podemos comparar com Municípios que
têm outro universo, podem perfeitamente ter taxas mais baixas e ter outro tipo de
receitas. ----------------------------------------------------------------------------------------
Mas, o que está aqui em causa, claramente, é a questão que nós definimos desde
sempre. Nós queremos uma estratégia da cidade virada para as pessoas. Uma estratégia
inclusiva que defenda a coesão social, e é isso que temos feito, e se nós nos dermos ao
trabalho de ler o relatório, vemos que é isso que está em causa. E portanto,
independentemente de alguns acharem que, se calhar, não nos deveríamos colocar
nalgumas áreas, ou não devíamos apostar em algumas áreas, ou desviar recursos para
algumas áreas que são da responsabilidade do Governo. Nós sabemos que é da
responsabilidade do Governo. Sabemos perfeitamente. Foi responsabilidade do Governo
durante estes anos não ter apoiado determinadas áreas e que nós colocámos recursos
municipais. É verdade! É verdade, sim! Mas, foi uma opção pensada, pensada no
interesse das pessoas, pessoas que vivem no Concelho da Amadora. Por muito que às
vezes possa custar ter essas opções e que seja difícil defendê-las, o Município tem feito
isso, tem defendido isso. Tem apoiado iniciativas das IPSS’s e financiado quando o
Estado falha, quando o Estado falha em termos de coesão e de fundos de coesão social,
o Município tem substituído o Estado. Tem! E, também não vamos em situações de
facilitismo noutro tipo de questões. Nós temos intervindo onde várias vezes é difícil,
porque fácil é fazer medidas que agradem a toda a gente e o Município tem provado
isso. --------------------------------------------------------------------------------------------
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A Câmara Municipal tem provado que sabe definir um rumo, que sabe distinguir os
factos, e que sabe decidir em função do interesse global do Município, por muito que às
vezes tome medidas que não são as que são mais populares ou que são mais mediáticas
em determinados períodos. E, por isso é que se tem feito um caminho gradual,
paulatino, consolidado, assente num equilíbrio orçamental das contas e temos feito o
que, se calhar, muito poucos imaginariam que fosse possível, designadamente a questão
do realojamento dos bairros municipais. Portanto, nós estamos aqui a fazer, acabar com
bairros degradados que existiam há décadas neste Município e que estão a ser pura e
simplesmente terminados, e acabar com esse tipo de situação em que a população vivia
em condições sub-humanas e isso está a ser resolvido. ------------------------------------
Um dos números que eu acho que deve ser enaltecido neste relatório, é o facto da
execução do Programa Especial de Realojamento estar praticamente terminado. Estamos
com 80 e tal por cento de execução. Portanto, esse é um dos fatores que devem ser de
salientar. Portanto, esse caminho que muitos, se calhar, queriam mais rápido, mas, se
calhar, também quando estiveram no Governo não apoiaram, com medidas que
proporcionassem ao Município os meios que pudessem acelerar esse percurso, tem sido
feito. -------------------------------------------------------------------------------------------
A apreciação que nós fazemos, claramente para além da sustentabilidade financeira que
o Município tem, é uma apreciação politica, é uma apreciação que podia estar aqui de
uma forma exaustiva, a exaltar todos os programas de apoio às pessoas, às famílias,
aos mais jovens, aos menos jovens, que o Município tem desenvolvido ao longo das
últimas décadas e que está aqui à frente dos interesses deste Município. Portanto, nós
temos aqui uma clara distinção, quer das posições do PSD e do CDS-PP, quer em relação
à da CDU. ---------------------------------------------------------------------------------------
Nós não nos amarramos a contextos, nós decidimos atuar e atuamos sempre que é
possível, e é isso que temos feito. Se for preciso substituir o Estado, substituiremos. É
por isso que temos os meios que estão aqui. E é uma mistificação falar nesses meios,
quando se sabe que esses meios estão comprometidos com outros projetos, que a
senhora Presidente pode ter toda a oportunidade de dizer, mas que esses meios estão
comprometidos com oportunidades de crescimento e de consolidação social do tecido do
Município da Amadora. Disse!.” ---------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Camargo: ---------------------------------------------------------------
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“Não vamos fazer uma intervenção por ai além, não obstante a intervenção do senhor
deputado Rui Lourenço e que, infelizmente, terá que merecer uma resposta, porque,
infelizmente, invocar argumentos de apoio à igualdade social, na sua plenitude, perante
aquilo que é prática recorrente neste Município, nomeadamente nos processos de
despejo e demolição de casas, e, não estou a dizer das pessoas que têm no PER,
porque, infelizmente, também a execução de mais de 80% do PER não é uma novidade
deste orçamento porque ela existe há vários anos, continua sempre no mesmo nível ou
próximo disso, com variações muito pequenas. Portanto, é um argumento relativamente
frágil e muito mais preocupante do que o Município se substituir ao Estado, o que em
alguns casos é compreensível, na verdade, o Município tal como foi, aliás, apurado pelo
senhor Provedor de Justiça, substitui-se aos privados, nomeadamente nos processos de
demolições em Santa Filomena. E, portanto, sobre esse assunto era muito interessante
que o PS tivesse um pouco de modéstia ao invocar galões de solidariedade a toda a
prova e transversal na sociedade amadorense.” ---------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Alcides Matos: ------------------------------------------------------------------
“Começo esta minha intervenção com uma devida vénia à intervenção que o meu colega
Rui Lourenço aqui fez, que identificou em termos políticos claramente aquilo que o
Partido Socialista pensa. Mas, eu penso que era necessário também, nós às vezes em
termos técnicos, convém desmistificar estes superavits e perceber porque é que eles
existem. Porque é que existem os superavits? É que existem dois instrumentos de
gestão, um é o POCAL, que foi criado para fazer o enquadramento da contabilidade das
Autarquias Locais com as regras do plano oficial da contabilidade pública. Para quê? Para
que se pudesse ter uma noção global em termos do país. E, outra coisa é a contabilidade
orçamental que obriga a que sejam definidos os projetos que sejam defendidas as obras.
E, é através dessa contabilidade orçamental que depois se fazem as cabimentações, e
que quando as obras são lançadas ou quando são projetadas, antes de poderem ser
executadas, muitas delas a partir de um certo valor, têm que ir a Tribunal de Contas. E,
o Tribunal de Contas, todos nós que sabemos que normalmente provoca um atraso
nessa análise e, portanto, quando vem a aprovação do Tribunal de Contas, se
entretanto, vamos admitir que não faz nenhuma questão, que não pergunta, que não
manda o processo para ser esclarecido algum elemento, faz com que as obras no tempo
já tenham tido uma “décalage” no ano e elas têm de estar providas orçamentalmente
pelo valor da obra. ----------------------------------------------------------------------------
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Depois, a seguir dão-se, a obra teoricamente começa e os autos de medição, é
evidentemente que não são dentro do próprio ano orçamental, não são os que estavam
teoricamente previstos, são menores. E, portanto, o que é que dá? Dá que a partir de 14
de janeiro, se houver autos de medição feitos até 31 de dezembro, ainda se poderá
pagar com o orçamento do ano anterior, a partir daí acabou, já não se pode pagar. A
partir daí tem que, e é isso que esta Câmara faz, esta e todas, têm que no orçamento
que entretanto foi elaborado, tem que se promover para aquela obra novamente
instrumentos financeiros para poder, para que a obra possa ser concretizada. Portanto,
aqueles 8 milhões resultam precisamente disso. Resultam de situações de atrasos
técnicos que existem face a estes dois documentos, porque o balanço nada mais é do
que uma “fotografia” de uma realização financeira, duma execução financeira de toda a
politica da Câmara e, portanto, e essa realização, essa “fotografia”, por exemplo, esta
“fotografia” de 2015 tem 8 milhões de euros. Estes 8 milhões de euros só estão
disponíveis para poderem ser reforçados em alguma obra, para poder ser lançada
alguma obra, a partir da primeira revisão, que se poderá fazer, não sei quando é que a
Câmara pensa fazer, mas eventualmente será em junho/julho, e, portanto, tudo isto
provoca estes superavits muitas vezes são um bocado fantasiosos, porque não
representam, porque, efetivamente, representam ao fim ao cabo uma certa contradição
entre dois instrumentos de gestão que existem, e que fazem com que fique a sobrar
dinheiro e, portanto, há o resultado na “fotografia” do fim do ano, dá um superavit dá
um lucro, entre aspas.” ------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Paulo Castanheira (Pedido de Esclarecimento):------------------------
“Senhor deputado Alcides, essa da “fotografia”, até percebia, não se desse o caso de a
conta bancária da Câmara ser o álbum de fotografias completo, porque os 8 milhões de
euros, este ano tivemos um atraso em obras e há 8 milhões de euros que passaram
para o ano seguinte, mas que já estão comprometidos com obras. Penso que é essa a
lógica, não é? Sucede que todos os anos há 6, 7, 8, 9, e, portanto, isto acumula e tanto
que já estão 74 milhões no banco. Portanto, eu não sei se a “fotografia” de que falou, ou
se o Tribunal de Contas atrasa isto por uma década, porque nós já temos aqui uma
década de “fotografias”. E, portanto, a minha pergunta é: se o senhor deputado pode
esclarecer a que é que deve este “álbum de fotografias”? Todos os anos temos a somar
uma “fotografia” a somar à outra. E, também se estes atrasos nestas obras só
acontecem na Amadora? Porque esta conta bancária só há na Amadora e, portanto, se
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esta questão do Tribunal de Contas só se passa na Amadora? Quer dizer, será que nós
estamos a fazer mal os orçamentos? O que é que se passará? Não sei se nos pode
esclarecer a propósito disto. Muito obrigado.” ------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Alcides Matos (Resposta ao Pedido de Esclarecimento): ---------------------
“Pois é, aqui as “fotografias” são as mesmas fotografias da imagem que os socialistas
são muito gastadores, são uns gajos que gastam muito dinheiro. É que o problema é a
Câmara e onde não exista isto, para que não existisse isso, a Câmara tem um volume de
endividamento que pode ocupar, que pode utilizar, mas não tem utilizado e penso que
de uma forma prudente. É evidente que se a Câmara fosse buscar dentro do
endividamento 30 milhões de euros e que lançasse muitas mais obras, não havia
superavit. Não havia! Pode ter a certeza que não havia, porque a partir dai estava
protegido e os gastos seriam sempre superiores aos valores que a Câmara tinha, porque
eram balizados por orçamento, porque o empréstimo passaria a ser uma receita. Como
não tem receitas, quanto se fazem, não sei se o senhor deputado já se apercebeu,
quando se faz qualquer, quer uma Junta de Freguesia, quer a Câmara, o primeiro
orçamento é sempre muito difícil de fazer, porque só em termos de despesas gerais e
obrigatórias levam uma fatia muito grande dos valores que estão disponíveis. Os valores
que sobram para obras muitas vezes não são tão elevados como isso, muitas vezes são
reforçados depois na revisão orçamental. E esta questão de todos os anos 7 milhões,
bem o senhor não leu que o ano passado foi só um milhão e meio.” -----------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Nuno Freitas: -------------------------------------------------------------------
“Eu não posso dar aulas de contabilidade à CDU, porque a CDU não percebe muito de
números, não convém. Ora bem, senhores deputados, eu antes de mais nada gostava
de dar os parabéns ao novo CDS-PP que voltou, vem conviver connosco novamente
depois de 4 anos de ausência, em que esteve desaparecido, irrevogavelmente. Gosto de
ver aqui aparecer novamente com aquele velho problema de bipolaridade “hoje sou
Governo, hoje sou oposição, hoje sou Amadora, hoje sou nacional”. Tem um problema
prático que é, a Amadora é do país, faz parte do país, de Portugal. Tem os
desempregados de Portugal, tem os problemas de viver abaixo da linha de pobreza de
Portugal, tem os problemas das empresas de Portugal, tem os problemas da terceira
idade de Portugal, têm a redução dos valores que foram dados à terceira idade e aos
apoios sociais de inserção de Portugal. Foram os senhores. Senhor deputado está
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Quadriénio 2013/2017
enganado. Sabe porquê? Porque é assim: nos últimos 4 anos as “fotografias” para trás,
o senhor deputado diz que tem dificuldade em perceber a coerência. Eu explico-lhe. As
“fotografias” que estão para trás são as “fotografias” dos pavilhões escolares que foram
pagos pela Amadora que deveriam ter sido pagos pelo seu Governo, perdão, pelo
governo do PSD onde os senhores irrevogavelmente desapareceram. Os centros de
saúde em que houve cedências de terrenos, património da Amadora, mais projetos que
foram pagos pela Amadora. ------------------------------------------------------------------
Que eram competência de quem? Do anterior Governo. ------------------------------------
Fez? Não fez? Zero. ---------------------------------------------------------------------------
Quem é que pagou? A Amadora. --------------------------------------------------------------
Para que é que era o dinheiro? Era o dinheiro guardado dos últimos anos anteriores. ----
O senhor deputado vinha cá dizer que não, não. A conversa é sempre a mesma. Aliás, já
agora eu estava aqui há bocado a fazer um comentário, acho espantoso como é que os
senhores deputados têm coragem de dizer que aqui os deputados da CDU é que têm a
cassete, bem se calhar ainda têm, mas não me cabe a mim estar a julgar. Mas, acho
espantoso os senhores todos os anos, se forem gravar, se forem ver as atas, os
senhores repetem frases literalmente, as mesmas frases, os mesmos argumentos, o que
é fantástico por um motivo só. É que é a realidade mudou, os senhores continuaram
literalmente a criar desempregados, a criar deficit, criar dívida pública. -------------------
Senhor deputado está aqui, quer ver? É só ver o resultado que saiu hoje. Viu os
resultados hoje do INE? Mas, se quer ver eu posso lhe mostrar. ---------------------------
Portanto, resumo: a Câmara da Amadora andou a pagar a conta dos pavilhões
escolares, andou a pagar a conta dos centros de saúde, das construções de
equipamentos socias, quer creches, quer a nova unidade residencial. ---------------------
Quem é que tinha de pagar? O Governo de vossas excelências. ---------------------------
Pagaram? Não pagaram. ----------------------------------------------------------------------
Para que é que serviu o dinheiro? Foi para isso. --------------------------------------------
O dinheiro de quem? ---------------------------------------------------------------------------
O dinheiro dos contribuintes da Amadora. É verdade. --------------------------------------
Portanto, da próxima vez que o senhor deputado quiser defender os contribuintes da
Amadora tem um bom remédio, vá reclamar com o Governo anterior. --------------------
Eu sei que o senhor deputado não esteve no governo anterior, é verdade, mas podem
reclamar com ele, porque foram eles que criaram a falta de dinheiro, foi preciso com que
a Amadora metesse dinheiro ai para pagar. É para ai que vai o dinheiro. E, digo-lhe mais
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Quadriénio 2013/2017
senhor deputado, vou aqui levantar, porque houve aqui um ponto de vista que eu acho
que é no mínimo legítimo. Atenção que a Câmara da Amadora não se deve substituir ao
estado. É verdade. O problema é que quem vive na Amadora não pode ter esse tipo de
preocupações. Nomeadamente, as pessoas depois não têm assistência médica e
infraestruturas médicas necessárias, não estão preocupadas com isso. Estão
preocupadas é que, de facto, lhes resolvam os problemas, e somos impostos e as outras
pessoas na Amadora que, infelizmente, lhes resolvem os problemas. Foi isso que lhes
fizeram durante 4 anos, senhor deputado. Quatro anos. E nessa altura o senhor
deputado vinha aqui com o mesmo discurso, tal e qual. E, eu acho fantástico com o
mesmo discurso. O senhor deputado às segundas, quartas e sextas dizia: “vamos é
cobrar imensos impostos”, como dizia o senhor Gaspar, o senhor deputado não dizia, o
senhor deputado não esteve no governo, tem razão, peço desculpa. Vamos cobrar
impostos até a exaustão. Às terças e quintas, não, porque isto de cobrar impostos é uma
loucura. Não pode ser, porque coincidia com as sessões da Amadora, da Assembleia
Municipal da Amadora. Não pode ser, senhor deputado. Um bocadinho de coerência! ----
Eu sei que isto agora, estamos numa onda é fácil fazer ‘assunções’. Há muitas ondas, há
muitas cristas de ondas, é fácil fazer ‘assunções’. Isso é um problema, mas há mais
marés do que marinheiros. -------------------------------------------------------------------
O senhor deputado é uma pessoa competente, inteligente, não precisa se preocupar
mais com isso, está bem? Estamos todos de acordo, já passou. Depois há de vir ai uma
nova onda, uma nova maré, e iremos com certeza, todos estarmos de acordo que a
Amadora vai evoluir, vai evoluir apesar dos comentários de todos os anos, os
comentários, repetidos da cassete da oposição, vai evoluindo no bom sentido, vai haver
investimento e as pessoas, espante-se! E as pessoas vão continuar a ter os seus
problemas resolvidos. Fantástico! Qualquer dia até parece que temos uma autarquia.
Disse!” ------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Não havendo mais intervenções, o senhor Presidente da Assembleia deu a palavra à
senhora Presidente da Câmara para as respostas tidas por convenientes. --------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pela senhora Presidente da Câmara: -------------------------------------------------------
“Muito obrigada senhor Presidente. Não são 75 milhões, são 73 e isso é o resumo diário
de tesouraria senhor deputado. É o resumo diário de tesouraria, que inclui tudo, são as
disponibilidades da Câmara, à data de hoje, para assumir todos os compromissos, o
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Quadriénio 2013/2017
pagamento de salários, investimento. Hoje eram 73 e qualquer coisa. Tivemos reunião
pública de Câmara, e tenho isso fresquinho. E lá está tudo senhor deputado, aquela que
é a disponibilidade, à data de hoje, da Câmara Municipal da Amadora. --------------------
Bom, mas deixando essas questões. Naturalmente, duas ou três notas, percebendo
naturalmente que os senhores deputados, com exceção dos senhores deputados do PS,
não podem acompanhar a votação desta prestação de contas, estranho seria que assim
o fosse. Não é, naturalmente, o orçamento dos senhores deputados. Mas, dar duas ou
três notas que me parecem importantes. Primeiro, realçar, porque acho que é justo
fazê-lo, o trabalho que tem sido desenvolvido pela área financeira da Câmara para que
tivéssemos em tempo as contas preparadas, certificadas, com menos ênfase e menos
reservas que o ano passado. Há situações que temos ainda de afinar, naturalmente,
resultante do processo que foi explicado na comissão, da inventariação das vias das
pequenas áreas verdes, e que são questões que nós temos procurado vir a melhorar.
Dar nota também, e antes, duas ou três questões de um lamento e de uma
particularidade relativamente a este processo de prestação de contas. --------------------
Pela primeira vez e apesar de todos os documentos que nós aprovamos serem subscritos
pelos senhores Vereadores, tenham ou não tenham pelouros no Executivo Municipal,
apesar de a ata de reunião de Câmara, as declarações de voto das forças políticas,
naturalmente a ata da Assembleia Municipal, acompanharem todo o processo que é
remetido para Tribunal de Contas, os senhores membros dos diversos Executivos das
308 Câmaras Municipais foram este ano surpreendidos com a obrigatoriedade de
subscrevermos uma declaração de responsabilidade individual de cada um de nós que
resulta de uma resolução, salvo erro, de março, do Tribunal de Contas e por isso nós
tivemos que a subscrever. Ainda hoje o senhor Presidente da Câmara Municipal de
Loures me ligava dizendo que as contas de Loures não foram aceites no tribunal
exatamente porque a declaração não foi subscrita por todos os 11 elementos que
compõem o Executivo Municipal. E, por isso, partilhar também este lamento, porque
acho que cada vez mais todos os poderes olham para os órgãos autárquicos,
independentemente das forças políticas que os representam, com uma enorme
desconfiança que em nada dignifica, naturalmente, a vida politica e as funções que todos
representamos. --------------------------------------------------------------------------------
Posto isso, e feito este lamento, nós todos subscrevemos a declaração, naturalmente,
depois os 4 vereadores que não têm pelouros atribuídos subscreveram-no, e bem, sob
condição. Foi um processo que articulámos entre todos no Executivo. Mas, dar nota da
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ridicularidade a que chegámos e da desconfiança que reina sobre tudo aquilo que são o
desempenho das funções autárquicas. Naturalmente uma vez que este processo, tanto
quanto sei, se aplica também às próprias Juntas de Freguesia. -----------------------------
Depois, relativamente às contas do Município, duas ou três notas que me parece
importante ressalvar. Naturalmente, que os senhores deputados estarão recordados não
temos, de facto, dos IMI’s mais baixo da área metropolitana, mas temos, salvo erro, o
quarto ou o quinto valor mais baixo de IMI da área metropolitana. Tomámos foi aqui
uma opção, naturalmente, discutível, de não aplicarmos os escalões e descermos o IMI
para toda a gente. E, por isso, naturalmente, quando fazemos estas projeções, os
senhores deputados sabem isso, até porque acompanham estes processos há muitos
anos, nós não inventamos as projeções, elas resultam daquilo que é a base de dados e
que é a média que é determinada para a contabilização da arrecadação da receita. O que
houve, de facto, este ano, e é verdade, há 2 situações geradoras deste valor. Por um
lado, um aumento de 2 milhões e meio de euros na arrecadação do IMI, e que até à
data de hoje eu desejaria ter uma explicação para dar aos senhores deputados, mas
nem a Autoridade Tributária e Aduaneira nos consegue clarificar e, por outro lado, a
questão do SIMAS que, também como os senhores deputados sabem, foi da última vez,
como estarão recordados, tivemos oportunidade já de discutir estes temas na
Assembleia Municipal, inclusive por via de recomendação da ERSAR, foi necessário fazer
mexidas no tarifário do SIMAS, uma vez que não é possível legalmente voltar a fazer a
distribuição no fundo dos resultados, não lhes vamos chamar de dividendos, mas dos
resultados entre os dois municípios. E isso explica, naturalmente, parte significativa do
resultado líquido positivo que a Câmara teve e que, naturalmente, vai necessitar já, até
porque nós vamos de ter de fazer a revisão orçamental em maio, seguramente de parte
significativa ser incorporada para fazer face a um conjunto de compromissos que temos
e, nomeadamente, a um conjunto de investimentos que temos. ---------------------------
E, naturalmente, o meu desejo, enquanto Presidente de Câmara, é obviamente baixar os
impostos o mais possível. Entendo que temos que gerir estas questões com prudência e
quanto se fala em mexer no IMI, obviamente, que nós percebemos que estamos a taxar,
e o próprio IRS, aliás, teve uma explicação, não aconteceu nos últimos anos desde que
nós temos a redução no IRS, por exemplo, foi o primeiro ano que isso aconteceu e
acabámos por ter uma transferência superior a que estava prevista, uma vez que nós
devolvemos uma parte do IRS aos nossos munícipes. E, com certeza senhor deputado,
senhores deputados, que não vos posso, nem seria sensato nem responsável da minha
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parte à data de hoje de dizer “muito bem, vamos descer o IMI”, atendendo que o ano
2017 se aproxima. Eu até desejaria que ele estivesse na taxa mínima, mas,
naturalmente, não sou irresponsável ao ponto de, a esta data e a este momento, poder
assumir um compromisso dessa natureza com a Assembleia, porque há um conjunto de
dados e um trabalho que em julho, normalmente começará a ser feito, mas se houver
condições para descer o IMI, como o fizemos o ano passado, cá estaremos com certeza
para poder descer o IMI. ----------------------------------------------------------------------
Temos também e tenho particularmente uma preocupação que tenho tido a
oportunidade já quer com o anterior quer com o atual Governo, relativamente a zonas
que considero absolutamente essenciais no território. Nomeadamente, o eixo da
Nacional 117 e a zona da Falagueira/Venda Nova. Acho que é importante que se
encontrem os mecanismo legais, e nós, felizmente, temos condições para depois
equacionar a descida da Derrama, para que em áreas delimitadas no território que
sejam áreas prioritárias ao nível da captação e da atração do investimento, pelas suas
características territoriais, nós possamos também aqui ter margem, não de uma forma
geral para o Concelho, mas para áreas absolutamente essenciais poderemos ter esse
recurso também, para além de outros que temos, nomeadamente com as questões que
diretamente nos dizem respeito, como são por exemplo as taxas urbanísticas. -----------
Mas, relativamente à taxa de execução, senhor deputado Joao Paulo Castanheira e
penso que o senhor deputado Carlos Almeida também o colocou, peço desculpa, mas
penso que também colocou duas ou três notas que já foram explicadas na comissão
tecnicamente, mas que volto a referir, que tem a ver com as nossas responsabilidades
com a SANEST, SIMTEJO e com a VALORSUL. E, também com o facto, como foi
explicado, e eu vou dar um exemplo, porque temos acompanhado de muito perto, eu
volto a dar o exemplo que já tivemos a oportunidade de darmos na comissão. Nós
estamos neste momento com o processo da videovigilância, como todos sabem.
Naturalmente, e já foi o contrato à Câmara, já foi a minuta do contrato de adjudicação a
reunião de Câmara. Para nós lançarmos o processo, ainda que não tenhamos toda a
execução física e financeira no ano de 2016, está lá um milhão e tal. Tem de estar,
senão nós não poderíamos lançar o processo. Eu sei que daqui a um ano o senhor
deputado vai dizer “bom, a execução foi baixa”. Não conseguimos, obviamente, até
porque é um processo e como este há outros com visto do Tribunal de Contas, mas que
está dotado e tem de estar dotado na sua totalidade para podermos fazer o lançamento
dos diversos procedimentos. -----------------------------------------------------------------
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Isso é aqui, como é em qualquer um dos 308 municípios. E, os senhores deputados
também sabem, e se justiça nos seja feita, quer a nós, quer a própria área financeira,
que o que temos em termos de receita, é o que temos de real. Não há relativamente ao
Município da Amadora, e isso é reconhecido, e os senhores deputados sabem isso, não
há aqui nem empolação de vendas, de fogos e de terrenos. Não há. O que está, é o que
está. E, o que nós vamos sentindo é que cada vez mais contamos connosco próprios.
Nós vivemos de duas coisas: dos impostos, de facto, dos nossos munícipes e das
transferências do orçamento de estado. ------------------------------------------------------
Se consultarmos os documentos de prestação de contas percebemos todos que as
receitas ao nível do urbanismo são absolutamente residuais para a nossa sobrevivência
enquanto Município. Depois também dar uma nota que parece de menos importância
relativamente à execução, mas que teve aqui uma implicação, aqui, nos 308 municípios,
uma implicação significativa e que foi a celebre legislação de março de 2015 da
obrigatoriedade do parecer prévio genérico vinculativo e que obriga a que todos os
processos de prestação de serviços à Câmara, acima de 5 mil euros, têm de ir ao
Executivo Municipal. Coisa que até março do ano passado não acontecia e quem tem a
área financeira, que neste caso até sou eu em concreto, dentro das competências que no
meu caso em concreto, dos concursos, até não os assumi, porque prefiro que os
processos vão a reunião de Câmara. Podia despachar esses processos e agora o
Executivo Municipal tem que dar uma alteração, um parecer prévio genérico em cada um
dos processos individualmente e se os senhores deputados consultarem as ordens de
trabalho da reunião de Câmara percebem isso. E todas essas questões, naturalmente,
que fazem também com que os processos sejam mais morosos, porque há, não, que não
nos reunamos de 15 em 15 dias, é um facto, mas uma coisa é o processo estar
despacho, estar preparado, subir, já não sobe, vem no sistema, para que eu possa de
imediato despachar ao final do dia, outra coisa naturalmente é termos que preparar
agendamento das mais variadas áreas para terem que ir a deliberação de Câmara e,
obviamente, naturalmente, há estas questões que penso que alguém também já referiu
nas intervenções, que tem a ver muitas vezes, basta o momento da adjudicação ou de
assinatura do contrato resvalar, para que a execução não aconteça na totalidade no ano
civil. ---------------------------------------------------------------------------------------------
Mas, há essencialmente, e não querendo dispersar, três questões essenciais. As
questões que foram explicadas na comissão, SANEST, SINTEJO e VALORSUL. Todos
estes três processos que, obviamente, foram retirados, porque as competências, a
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competência, não somos nós agora que mensalmente temos esse processo, estão na
faturação do SIMAS, como sabem. E, por outro lado, de facto, esta questão foi o último
relativamente também ao processo do SIMAS. ----------------------------------------------
Depois há algumas questões que os senhores deputados colocam sobre quem é a
responsabilidade de quem. Senhor Deputado Carlos Almeida perdoe-me agora, é para si
que me estou a dirigir, partilho sempre da mesma opinião e da mesma forma de estar,
esteja quem estiver no governo. Eu acho que há um conjunto de matérias que nós só
conseguirmos resolver se trabalharmos em estreita parceria e em estreita colaboração.
Eu acho que aos nossos munícipes da Buraca interessa pouco de quem é a
responsabilidade de construir o centro de saúde. O que os nossos fregueses e os nossos
munícipes da Buraca precisam é de um centro de saúde em condições. E, por isso se foi
com o PSD ou se é com o PS que se desenvolve este processo, ou se um dia será com a
CDU, ou com o Bloco de Esquerda ou com o CDS, é a coisa que menos me importa. O
que acho é que em conjunto temos de encontrar aqui formas de responder àquilo que
são as necessidades das populações. Sempre foi essa a postura da Câmara Municipal,
fosse qual fosse o Governo e, naturalmente, continua a ser essa a postura da Câmara
Municipal da Amadora. -------------------------------------------------------------------------
Naturalmente, que nós podíamos ter um metro a funcionar desde o dia 13, mas
tínhamos a D.Carlos como tínhamos antes e por isso achámos todos, e foi a Câmara, e
todos achámos, na altura, que faria todo sentido a Câmara fazer esse investimento, que
não estava previsto, que não estava pensado, que não estava priorizado pelo menos,
mas que não fazia sentir estar a haver um investimento como estava a existir
relativamente a termos um interface de transportes e depois termos da nossa parte,
enquanto cidade, a D. Carlos I sem intervenção e sem requalificação. E, por isso eu
continuo hoje, como sempre, a acreditar que, com certeza, há competências que são
próprias e que o senhor deputado também sabe que nunca as deixámos de exercer. Se
os senhores deputados olharem para os valores relativamente às questões, por exemplo,
da habitação em que é preciso somar todo o investimento também feito com a questão
do realojamento e também não é verdade que tudo esteja na mesma, porque o Estrela
de África em 2 anos não está lá. Foi erradicado. Terminámos o processo de Santa
Filomena, também. E, estamos, neste momento, também como os senhores deputados
sabem, em dois bairros, “6 de maio”, de uma forma mais expressiva sob o ponto de
vista do esforço financeiro da Câmara e dos meios da Câmara, e também na Estrada
Militar, até porque há um conjunto de ligações de redes viárias junto à Atalaia que é
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necessário fazer, e que carecem, naturalmente, de um enfoque maior nestes processos
de demolição. ----------------------------------------------------------------------------------
Agora, senhor deputado o que se calhar temos é com certeza programas de governo de
cidade diferentes e por isso intenções e vontades de investimento diferentes. Deixe-me
clarificar-lhe uma questão, que eu penso que não foi dessa forma que o transmiti,
quando o senhor deputado, naturalmente, por exemplo, os Condes da Lousã é uma
preocupação, com certeza que sim. Tenho muita pena que neste quadro comunitário no
âmbito da região de Lisboa e Vale do Tejo não seja possível termos financiamento para a
reabilitação. E, na altura, recordo-me, que o que disse ao senhor deputado, penso eu
que foi isso, que este ano não íamos fazer, tínhamos o D. João V, agora o que também
lhe posso garantir é que neste momento nós estamos a reabrir esse processo. Vamos
voltar a trabalhar no projeto, vamos tentar ter novamente as autorizações necessárias,
porque, naturalmente, é um espaço que tem de ter solução. -------------------------------
Nós temos é de tomar decisões, não se consegue fazer tudo ao mesmo tempo, o senhor
deputado dir-me-á: “ calhar dever-se-ia ter feito, apoiado o movimento associativo e
não estar a afetar uma parte significativa do orçamento de 2016 para a construção dos
centros de saúde”. São opiniões, naturalmente, que todos temos que respeitar, mas isso
não significa que abandonemos 3 ou 4 áreas que para nós, são absolutamente
essenciais. A erradicação dos bairros, isso continua a achar para a Câmara é uma
prioridade, são processos com avanços e recuos. São processos que vamos com certeza,
que vamos mesmo precisar de reforçar bastante nesta revisão orçamental que vamos
fazer em maio, a requalificação do espaço público, a manutenção do espaço público, são
áreas que são absolutamente essenciais, a par, naturalmente, de outras questões que
não deixam de ter relevância. As questões sociais, as questões educativas, é verdade
que nós estamos no momento de estabilização relativamente às respostas educativas,
uma vez que temos todas as escolas, e somos o único Município, pelo menos da área
metropolitana, que tem todos os equipamentos de ensino em regime normal. Todos os
meninos entram e saem à mesma hora no Concelho, mas não deixamos de, como
sabem, todos os anos ter a preocupação de fazer uma manutenção mais profunda, pelo
menos em 5 escolas do 1º ciclo, no sentido de não deixar degradar, porque os meninos,
e a permanência hoje é diferente com as atividades de enriquecimento curricular e com
o próprio programa da componente de apoio à família. E por isso há um conjunto de
áreas, nas áreas sociais, na construção de equipamentos, sabem que priorizamos essas
matérias. Por exemplo, as unidades de cuidados continuados, que todos acham que
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estamos aqui reconhecemos que são, absolutamente essenciais para o nosso Concelho,
foram retiradas no âmbito dos 20/20, como sabem, por isso a Região de Lisboa e Vale
do Tejo está fora dessa possibilidade de apoio. Mas temos uma Câmara, que tal como
construiu a unidade residencial, tem condições para estabelecer parcerias comas IPSS’s
e podermos financiar nós, uma parte da construção desses equipamentos que é
absolutamente, essencial para a cidade. -----------------------------------------------------
E é esta tranquilidade financeira que nos permite chegar a maio, incorporar parte do
saldo para reforçar um conjunto de questões, algumas delas que vão surgindo
raramente, muito raramente até porque o plano, quando é feito sob o ponto de vista das
ações, é feito de forma realista. Realista sob o ponto de vista, ou, que fica com execução
no ano civil. Muitas vezes temos de reforçar por causa das questões das plurianualidades
e pelo momento de lançamento de concurso, ou, porque se atrasou, ou, porque houve
reclamações, isso é um facto, acontece nas alterações orçamentais, mas nesta revisão
orçamental, com exceção da questão da Igreja de S. Brás, das terras da Igreja de S.
Brás, do desaterro, não há coisas novas a colocar, é o que está e o orçamento é feito
com realismo desde o início do ano, fazendo escolhas, porque as escolhas não são feitas
no momento da revisão, como os senhores deputados sabem, as escolhas e os caminhos
são feitos no momento em que estamos a elaborar, naturalmente, o orçamento. --------
Por isso, partilhando das preocupações relativamente aos impostos, naturalmente, o que
desejaria, enquanto Presidente de Câmara, era poder baixá-los o mais possível,
obviamente, até porque é benéfico para os munícipes. Nós temos essa consciência, mas
temos procurado fazer aqui uma gestão de prudência. Se, quando chegar outubro, o
momento em que temos de deliberar sobre essas matérias, tivermos, naturalmente,
condições e tranquilidade para podermos voltar a baixar o IMI, tal como fizemos o ano
passado e tal como tínhamos feito há 2 anos, naturalmente, que o faremos e já
tínhamos feito há 3 anos, e já tínhamos feito há 4 anos. Nós nem temos o IMI na taxa
máxima, como sabem, e cá estaremos, naturalmente, para o fazer. Muito obrigada.” ----
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Carlos Almeida: --------------------------------------------------------------
“Muito obrigado senhor Presidente. Só para clarificar um ponto que foi colocado pelo
senhor deputado e pela senhora Presidente que tem que ver com o seguinte. ------------
É evidente, quer dizer, nós achamos, naturalmente, que todos temos a ganhar com a
colaboração entre os diferentes órgãos da Administração Pública, Administração Pública
Local e Administração Pública Central. É evidente, também, que consideramos e
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apreciamos as diferentes situações que já aqui debatemos, em inúmeros momentos, em
que a Câmara Municipal permitiu que, por exemplo, algumas associações pudessem
recorrer e fazer investimentos, adiantando a Câmara Municipal a sua parte, e muitas
vezes cobrindo a parte que é da responsabilidade da Administração Central, não
esperando se o dinheiro vinha ou não vinha, mas em todo o caso, mesmo ai estávamos
perante situações contratualizadas, situações em que era claro que havia uma
responsabilidade da Administração Central. Outra coisa bem diferente é um centro de
saúde. ------------------------------------------------------------------------------------------
Um centro de saúde é um equipamento da responsabilidade do Ministério da Saúde.
Ponto! Todo! Quer dizer não é nada contratualizado e, portanto, é necessário explicar à
população da Buraca que se a Câmara Municipal opta à cabeça, sem debate, sem
discussão, sem negociação, assumir a construção do centro de saúde, não está a fazer
outras coisas que são sua responsabilidade para benefício da população da Amadora,
porque aceitou, abdicar de um recurso que a Amadora merece, e a sua população
merece, que é o recurso do Orçamento de Estado, que pertence à Amadora, porque é
responsabilidade da Administração Central. -------------------------------------------------
E isso, senhora Presidente, não é uma questão de opção politica do investimos aqui ou
investimos ali. Não! Não! Isto é mesmo uma questão de direito e de dignidade do
Município da Amadora. ------------------------------------------------------------------------
A Câmara Municipal tem o dever de reclamar do Governo a resolução dos problemas da
Amadora que são competência e responsabilidade da Administração Central e, portanto,
vamos ser claros. Não estamos aqui a falar de colaboração, é evidente, que ela é
desejável muito mais do que aquela que realmente existe, mas não substituição. E,
quero dizer-lhe, senhora Presidente, com toda a frontalidade, nós criticamos todas as
situações em que o Governo e Administração Central, ou melhor, que as autarquias, que
as Câmara Municipais que se substituem à Administração Central. E criticamos todos os
governos que empurram as Câmaras Municipais para essa situação, seja o Governo do
PSD, ou CDS-PP, seja o Governo do Partido Socialista. --------------------------------------
E portanto essa questão tem de ficar esclarecida. Essa questão tem mesmo que ficar
esclarecida. Quem empurra a Câmara Municipal para a assunção da responsabilidade da
construção de um centro de saúde que é da responsabilidade do Governo? Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------
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Pela senhora Presidente da Câmara: ----------------------------------------------------
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“Muito obrigado senhor Presidente. Eu penso que será a mesma entidade que empurrou
a gestão da CDU para a cedência do Alto Maduro para instalar o centro de saúde, na
gestão da CDU. Muito obrigada, senhor Presidente.” ----------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------
Não se tendo verificado mais nenhuma intervenção por parte dos membros da
Assembleia Municipal, o senhor Presidente da Assembleia colocou a proposta a
votação, tendo a mesma sido aprovada por maioria, com 21 votos a favor (PS), 3 contra
(CDS-PP) e 14 abstenções (7 CDU, 5 PSD, 2 BE), encontrando-se em anexo à presente
ata, dela constituindo parte integrante, a proposta ora aprovada bem como o respetivo
parecer. -----------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
A proposta relativa ao Ponto n.º 2 foi considerada apreciada, anexando-se à presente
ata, dela fazendo parte integrante, registo digital do referido documento. -----------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Ponto 3 - Apreciação e votação, nos termos e ao abrigo do artigo 22º-A da Lei
nº 50/2012 de 31 de agosto, na sua atual redação, da proposta da C.M.A.
relativa a “Escola Intercultural das Profissões e do Desporto da Amadora - EM
(EIPDA) - Alteração da Designação Social e dos Estatutos (Proposta nº
127/2016)” ----------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
A proposta relativa ao presente ponto não foi objeto de deliberação tendo em conta o
pedido da senhora Presidente da Câmara e referenciado no início da sessão. -------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Ponto 4 - Apreciação e votação, nos termos e ao abrigo da alínea g) do nº 1 do
artigo 25º da Lei nº 75/2013 de 12 de setembro, na sua atual redação, da
proposta da C.M.A. relativa ao “Código Regulamentar do Município da
Amadora – Após Consulta Pública (Proposta nº 135/2016)” ----------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------
O senhor Presidente da Assembleia informou que, e de acordo com o que ficou
definido em conferência de representantes, foi estabelecido um período de 60 minutos
para a discussão da presente proposta, tendo a mesma sido analisada pela Comissão de
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
Quadriénio 2013/2017
Desenvolvimento Económico, Finanças e Administração, que elaborou o respetivo
parecer, o qual foi lido pelo 1º Secretário. ---------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
O senhor Presidente da Assembleia concedeu a palavra à senhora Presidente da
Câmara para apresentação da proposta, a qual prescindiu da mesma, após o que
procedeu à abertura das inscrições. ----------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Miguel Vidigal: ------------------------------------------------------------------
“Porque, como já deveriam estar todos à espera, aliás, a senhora Presidente estava
certamente à espera que eu viesse colocar uma coisa. Vou ser muito rápido, porque
realmente não há muito a dizer sobre este código regulamentar que não tenha sido dito
aquando da primeira vez que ele cá veio. Ora, há aqui duas notas que para nós são
essenciais. --------------------------------------------------------------------------------------
Eu leio o preâmbulo e diz logo aqui no preâmbulo, ”…com este código pretende-se
sistematizar todos os regulamentos externos, gerais em vigor no Município…”. Um
bocadinho mais à frente diz que, ”… este código representa assim um enorme passo no
sentido de modernizar a atividade administrativa municipal quer na ótica do Município,
quer na ótica dos serviços municipais…” e diz um bocadinho mais à frente que “… criam-
se normas que visam agilizar práticas administrativas e que pela sua simplicidade …”. ---
E eu fico-me já por aqui. Porque acho que aqui já está tudo dito. Isto é o código
regulamentar. ---------------------------------------------------------------------------------
A parte da sistematização eu não vou discutir muito, porque ai teria novamente que
voltar e eu não vou estar aqui a discutir questões de direito e o que é que é uma
sistematização ou não. Isto não está sistematizado, lamento imenso informar. ----------
Não é de simples consulta na ótica de um munícipe de certeza absoluta e se calhar o
problema de tudo isto tem a ver com o ponto essencial desta discussão, que é, eu não
posso dizer que procedo a uma discussão pública de um documento destes quando me
limito a cumprir um prazo de 30 dias sem, de facto, apelar a que essa discussão pública
exista e quando envio para algumas entidades esta proposta, e apenas para algumas, e
fico à espera que se eles quiserem venham apresentar alguma coisa, sem sequer querer
que eles, de facto, e chamá-los para uma discussão que poderia ser de todo o interesse,
quer para essas entidades, quer para muitas outras, para o movimento associativo, para
as entidades que utilizam o campo do Monte de Galega, enfim, para um conjunto de
entidades. --------------------------------------------------------------------------------------
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
Quadriénio 2013/2017
E eu acho que esta nota tem que ser dada relativamente ao que é que é uma discussão
pública à serio, e quando nos estamos a limitar a cumprir um formalismo legal ou
quando é que estamos, de facto, a fomentar uma discussão pública, porque vem ai a
discussão do PDM. E, eu espero bem que no âmbito do PDM façamos, de facto, uma
discussão pública como deve de ser. Que chamemos as pessoas a intervir, que
realizemos o melhor número de iniciativas para discutir um assunto de maior
importância, porque em relação a este não o fizemos. Limitámo-nos a dizer que está nos
termos legais, em discussão pública e agora se alguém quiser que se chegue à frente. E,
portanto, este é que é um problema de fundo, aliás, é uma prática recorrente na
Autarquia. É que a discussão pública é um “proforma” e tendo em conta um conjunto de
matérias de grande importância que vamos estar a discutir nos próximos anos eu espero
bem que estas situações não se venham a repetir para essas discussões. Muito
obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Não havendo mais intervenções, o senhor Presidente da Assembleia deu a palavra à
senhora Presidente da Câmara para as respostas tidas por convenientes. --------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pela senhora Presidente da Câmara: -------------------------------------------------------
“Muito obrigada senhor Presidente. Só duas ou três notas. Senhor Deputado um
regulamento destes sem discussão púbica, com reuniões com toda a cidade, nem daqui
a 50 anos nós tínhamos regulamento. Não teríamos seguramente. O que nós precisamos
é de sistematizar, ainda que não concordemos na sistematização. Não vamos entrar em
diálogo senão daqui a bocado estamos os dois despedidos. Ainda era importante, nós
tínhamos, de facto, um conjunto vasto de regulamentos, como sabem todos vocês, e
também não estamos a fazer nada, nós não inventámos a roda, estamos a fazer aquilo
que toda a gente está a fazer, tentar sistematizar, tentar não, sistematizar todos os
regulamentos que existem no Município. Eles têm um índice, têm uma forma de
consulta, por isso não creio que seja tão difícil quanto isso de consultar o regulamento.
E, por isso fizemos a consulta pública. A lei determina as entidades que determina e isto
se queríamos ter regulamento, porque há sempre uma forma de não querermos ter
regulamento, que era uma forma de prolongar isto no tempo, e nós entendíamos que
era um documento absolutamente essencial para o funcionamento dos serviços e para o
funcionamento da cidade. Aliás, esta mesma versão acabou ainda por ter ainda
ajustamentos fruto da prática deste primeiro ano de funcionamento e que foi necessário
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
Quadriénio 2013/2017
acertar, e que vos foi dada a explicação aos senhores deputados relativamente a
algumas alterações que houve a necessidade de fazer, algumas delas até por alteração
legislativa e que obrigam, naturalmente, como sabe, também a ter de imediato reflexos
no regulamento.--------------------------------------------------------------------------------
Relativamente à revisão do PDM, senhor deputado creio que o vou surpreender, acho
que me vou arrepender amargamente, mas vou surpreendê-lo. Muito obrigada, senhor
Presidente.” ------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Não se tendo verificado mais nenhuma intervenção por parte dos membros da
Assembleia Municipal, o senhor Presidente da Assembleia colocou a proposta a
votação, tendo a mesma sido aprovada por maioria, com 26 votos a favor (21 PS e 5
PSD) e 12 abstenções (7 CDU, 3 CDS-PP, 2 BE). --------------------------------------------
A proposta ora aprovada e respetivo parecer, encontram-se anexos à presente ata, dela
constituindo parte integrante. -----------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Ponto 5 - Apreciação e votação, nos termos e ao abrigo da alínea a) do nº 1 do
artigo 53º da Lei nº 75/2013 de 12 de setembro, na sua atual redação,
conjugado com a alínea b) do nº 1 do artigo 14º do Regimento da A.M.A., da
Recomendação apresentado pelo Grupo Municipal do BE e referente a “É
Urgente o Encerramento de Almaraz!” (Recomendação nº 02/AMA/2016)” -----
---------------------------------------------------------------------------------------------
O senhor Presidente da Assembleia informou que, e de acordo com o que ficou
estabelecido em conferência de representantes, foi definido um período de 30 minutos
para a discussão da presente recomendação, subscrita pelo Grupo Municipal do BE,
tendo concedido a palavra ao seu representante para a apresentação da mesma, nos
termos que se enuncia: ------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Camargo (Apresentação): ------------------------------------------------
“Senhor Presidente, senhores Vereadores, caros colegas deputados, excelentíssimos
membros do público. É irónico que estejamos a discutir este tema hoje, dia 26 de abril,
quando perfaz 30 anos do acidente na Central Nuclear de Chernobyl que acaba por
também aumentar a relevância daquilo que vimos aqui trazer-vos hoje. Vou passar a ler
a recomendação e depois farei alguns considerandos à parte”. -----------------------------
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
Quadriénio 2013/2017
---------------------------------------------------------------------------------------------
De seguida, procedeu à leitura da recomendação, nos termos do documento que se
encontra anexo à presente ata, dela constituindo parte integrante, após o que interveio
nos seguintes termos: -------------------------------------------------------------------------
“Gostaria apenas de destacar alguns pontos que têm alguma relevância na minha
opinião. Primeiro que esta moção, não é uma moção, peço desculpa, recomendação. Não
é uma recomendação sobre a energia nuclear por si mesma. Não tem aqui uma
condenação ou um pedido pelo fim da energia nuclear. Embora na nossa opinião essa
situação pudesse ser defendida, não o faremos aqui, com o objetivo de possivelmente
aprovarmos esta recomendação. Também queria recordar-vos que a questão
frequentemente levantada da ingerência em assuntos de outros Estados deve ser
bastante refletida neste tema, uma vez que um acidente na Central Nuclear de Almaraz
teria um impacto tão grande em Portugal quanto em Espanha, possivelmente maior em
Portugal do que em Espanha. ----------------------------------------------------------------
Vou-vos só fazer aqui um pequeno levantamento de alguns incidentes que aconteceram
recentemente e como não é distante da realidade que estamos a falar, quando falamos
de Almaraz, aquilo que ocorreu em vários outros cenários, nomeadamente em
Fukushima, Chernobyl ou Three Mile Island --------------------------------------------------
A 11 de fevereiro de 2016 uma das bombas de refrigeração do circuito terciário de
Almaraz falha. É uma de duas destas bombas. A falha da primeira, faz com que
arranque a segunda, que é em tudo igual. Existe ainda uma terceira bomba de
refrigeração de reserva, igual em tudo, modelo, idade e tamanho, às duas primeiras.
Devido à existência desta terceira o conselho de segurança nuclear autoriza uma vez
mais a Central Nuclear de Almaraz a manter-se em funcionamento. A 11 de março de
2011, um corte de energia provocado por um tsunami inutiliza o sistema de refrigeração
da Central Nuclear de Fukushima e 3 dos reatores, mesmo desativados, começam a
aquecer e a fundir parcialmente os seus núcleos. O que ocorrerá quase totalmente nos 3
dias subsequentes. Os reatores resistiram ao sismo, mas a inundação ligada ao tsunami
fará com que apesar da central ter um sistema de segurança que desliga os reatores, o
mesmo falha 12 dos 13 geradores de emergência suplentes, não arranca, e o sistema de
refrigeração debilitado não é capaz de retirar calor suficiente para impedir a fusão dos
núcleos. -----------------------------------------------------------------------------------------
Em setembro de 1990, enquanto a Central Nuclear de Almaraz se encontra desligada, o
sistema de extração de calor residual do núcleo deixa de funcionar durante 46 minutos. -
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
Quadriénio 2013/2017
No início dos anos 80, Anatoly Alexandrov, Presidente da Academia das Ciências da
União Soviética, diz a Mikhail Gorbatchov que o reator nuclear de Chernobyl é
absolutamente seguro, tão seguro que poderia ser instalado na Praça Vermelha, em
Moscovo. ----------------------------------------------------------------------------------------
A 26 de abril de 1986, exatamente há 30 anos, o reator numero 4 da Central Nuclear de
Chernobyl explode, libertando na atmosfera quantidades gigantescas de elementos
radioativos cuja nuvem chega até à costa mediterrânica da Catalunha. --------------------
Em outubro de 2007, há uma fuga de água radioativa da piscina de combustível durante
uma recarga de combustível do reator II da Central de Almaraz. Cem trabalhadores são
evacuados de urgência, a temperatura da piscina de combustível aumenta de forma
descontrolada. ---------------------------------------------------------------------------------
Início de 2008, uma falha na bomba de circulação da água na piscina de arrefecimento
do reator II de Almaraz ocorre enquanto a bomba suplente está em manutenção. Como
resultado começa a evaporar-se a água, o que leva à evacuação de todos os 300
trabalhadores que estavam no recinto. -------------------------------------------------------
Em 28 de março de 1979, na Central Nuclear de Tree Mile Island, na Pensilvânia, às 4 da
manhã, enquanto o reator II funciona a 97% da sua potência, uma pequena avaria no
circuito secundário de arrefecimento provoca um aumento da temperatura no sistema
primário de arrefecimento. O que desencadeia o encerramento de segurança desligando
o reator. Isto demora 1 segundo. Ocorre uma falha numa válvula de escape que não se
fecha, o que não é assinalado nos painéis informativos. O líquido de refrigeração do
sistema primário de arrefecimento escoa pela válvula aberta e o calor do decaimento
nuclear do núcleo do reator não é removido. O núcleo sofre uma fusão parcial e
libertam-se grandes quantidades de substâncias radioativas na atmosfera. ---------------
A descontaminação de Tree Mile Island só foi dada por concluída em 1993, 14 anos
depois, com um custo estimado de mil milhões de dólares. O custo de descontaminação
de Chernobyl é incalculável. É uma cidade fantasma, uma região fantasma, deixando um
milhão de mortos diretamente associados e a contaminação de pelo menos 5 milhões de
pessoas com aumento de cancro e incidência de cancro gigantesca naquela região da
Ucrânia. ----------------------------------------------------------------------------------------
A descontaminação de Fukushima está longe de começar uma vez que a contaminação
ainda não acabou e a central continua a vazar material radioativo há 5 anos
ininterruptamente para o Oceano Pacífico. E Almaraz com isso? ---------------------------
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Desde a sua inauguração em 1981, Almaraz teve registados 2.500 incidentes, 54
acidentes graves, sendo que desde 1996 são notáveis as falhas recorrentes no sistema
de refrigeração, aquele que coincide com todos os acidentes nucleares mais sérios que
descrevi. ---------------------------------------------------------------------------------------
Desde a sua inauguração o desenho da Central já sofreu 4 mil modificações, teve 32
paragens de emergência e 3 de manutenção, foi construída para operar 30 anos dentro
da segurança, esses 30 anos já foram amplamente ultrapassados e os acidentes
sucedem-se. -----------------------------------------------------------------------------------
A Central Nuclear de Almaraz tem uma potência de 2.000 Megawatts, parecendo
relevante, mostra a sua insignificância, a produção elétrica, total em Espanha é 100.000
Megawatts, o consumo total elétrico em Espanha é de 40.000 Megawatts, a produção de
todas as 6 Centrais Nucleares Espanholas é de 7.500 Megawatts, são pigmeus
energéticos, são também literalmente bombas atómicas de libertação controlada, num
raio de contaminação de um acidente em Almaraz, estão Madrid a 180 Km, Lisboa a 360
Km e todas as cidades entre uma e a outra. Está o Tejo, que há décadas que recebe as
descargas nucleares de Almaraz através do Embalse do Arrocampo, chegando o trítio de
Almaraz a Lisboa, em várias ocasiões. -------------------------------------------------------
Esperar que tudo corra pelo melhor é um risco grave de mais e uma irresponsabilidade,
especialmente se considerarmos que a única razão pela qual a Central se mantém aberta
é para dar rendas garantidas de 161 milhões de euros anuais à Iberdrola, à Endesa e à
Gás Natural Fenosa, suas proprietárias já tem o investimento amortizado. ---------------
Porque não precisamos de mais Chernobyl, nem Fukushimas para continuar a alimentar
os lucros de uns poucos. ----------------------------------------------------------------------
Tive a possibilidade muito recente de ir a Mérida onde reuni com vários movimentos
Espanhóis que estão envolvidos na questão do encerramento de Almaraz, e trazer muita
informação, a qual eu também não estava consciente, tinha consciência da antiguidade
da Central e do seu perigo. A descrição daquela que é a vida útil e o período a partir do
qual acabou a vida útil de Almaraz deixou-me bastante assustado, com a possibilidade, e
se olharmos para o que foram os grandes acidentes, há alturas em que pode mesmo
correr tudo mal, além do mais Almaraz está numa zona sísmica, e portanto neste
momento a exigência de encerrar uma Central Nuclear que está fora do seu tempo de
vida, que está fora da sua necessidade energética é um imperativo. Obrigado. ” ---------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Rui Lourenço: -------------------------------------------------------------------
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Quadriénio 2013/2017
“Boa noite senhor Presidente da Assembleia Municipal, mais uma vez. --------------------
O Grupo Municipal do Partido Socialista tem consciência que estes problemas do controlo
da energia nuclear, está muito longe de ser um problema local, é certamente um
problema global. ------------------------------------------------------------------------------
Portanto o impacto de qualquer tipo de instalação com estas características pode ter um
impacto global, e não só a questão do País onde está localizado. Portanto do nosso
ponto de vista, infelizmente hoje há uma feliz coincidência de hoje celebrar-se o
aniversário da catástrofe que aconteceu em Chernobyl, mas de certa forma também dá
outra atualidade e oportunidade a esta Proposta de Recomendação. ----------------------
E que nós não podemos deixar de concordar que estas questões são demasiadamente
sérias para deixarmos só nas mãos dos Países que tem estas instalações. Portanto nós
temos que ter uma atenção redobrada, e esta Recomendação, como outras deste género
podem ter o condão positivo, de pelo menos focar as atenções sobre as instalações e
equacionar porque é que estas instalações funcionam, dado o reconhecido facto de em
termos tecnológicos estarem obsoletas e vale a pena, acho que esta Moção ou esta
Proposta de Recomendação é muito oportuna e portanto tem o nosso apoio. Disse.” ----
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Paulo Castanheira: ------------------------------------------------------
“Muito obrigado senhor Presidente. Enfim, de facto já foi aqui notada esta infeliz
coincidência de celebrarmos hoje 30 anos sobre o acidente nuclear de Chernobyl, enfim
um triste episódio que todos nos lembramos que o Regime Soviético da altura tentou
esconder durante algum tempo. De todo modo queria dizer o seguinte. ------------------
Este é um tema pelo qual a nossa Bancada tem, a Bancada do CDS tem simpatia, aliás
eu, pessoalmente devo dizer que não, não sou apenas favorável ao encerramento de
Almaraz, como favorável ao fim da utilização da energia nuclear, é a minha posição
pessoal, e portanto tenho de facto muita simpatia sobre esta matéria, e aliás é uma área
que me diz muito. Agora, eu, e por isso não podíamos votar contra esta Recomendação,
naturalmente, do Bloco de Esquerda, mas também não poderemos votar a favor, eu vou
tentar explicar porquê. ------------------------------------------------------------------------
Parece-nos a nós que veio um pouco a despropósito esta discussão a esta Assembleia
por duas razões fundamentais. Isto até me lembra um pouco aquela coisa que havia
Movimento ZLAN, não sei se ainda se lembram do Movimento ZLAN, nós fazíamos parte
do Movimento ZLAN, acho que também fazíamos parte. -----------------------------------
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Ata n.º 06/2016, de 26 de abril de 2016
Quadriénio 2013/2017
De todo modo, as razões que nos levam no fundo a abster-nos, e é esse o nosso sentido
de voto nesta matéria tem a ver com o seguinte. É uma matéria complexa, é uma
matéria muito complexa, são feitas nesta Recomendação algumas afirmações que tem
alguma sensibilidade, quer dizer, dizer-se, eu não estou a dizer que elas são inverdades,
agora não tenho a confirmação que elas sejam verdades, porque aquilo que se diz aqui,
como a Central não tem válvulas de segurança, ou não tem dispositivo eficaz para
contenção de radioatividade, ou não tem avaliação de riscos naturais. Isto é
naturalmente, e eu conheço um pouco, enfim da sensibilidade e da delicadeza com que
estas questões nucleares são tratadas e da quantidade de entidades que fiscaliza e
vistoria estas instalações. A Assembleia Municipal afirmar textualmente isto, pode ser
complexo e pode ser refutado, porque, enfim, não creio que seja assim tão fácil de fazer
estas afirmações. ------------------------------------------------------------------------------
Portanto atenção àquilo que se está aqui a aprovar e que está dito neste texto. ---------
Segunda matéria, tem a ver com, infelizmente a Assembleia Municipal não pode mandar
encerrar Almaraz, e aquilo que se diz aqui é, no fundo que a Assembleia Municipal
recomenda, não sei se à Câmara, que a Câmara recomende ao Governo Português, que
o Governo Português recomende ao Governo Espanhol, que o Governo Espanhol
recomende não sei a quem, e que se recomende à União Europeia que se feche Almaraz.
Ora, enfim, eu acho até, acho até que o Bloco de Esquerda no âmbito da maioria
progressista que existe em Portugal nesta altura, poderia tratar destas coisas dentro do
Governo, não é? E o Governo minoritário do Partido Socialista com o apoio do CDS e da
maioria, seguramente da sólida maioria progressista de Esquerda, poderiam tratar disto
a nível do País, a nível do Governo, e não vir-se para uma Assembleia Municipal fingir
que o Governo não tem maneira de exigir esta matéria, ou de impor, ou de tentar
apresentar esta questão ao Governo Espanhol. E portanto, naturalmente, sendo nós
sensíveis à matéria, e percebendo que é de facto uma matéria muito importante para o
País, nos parece a nós que é uma matéria demasiado complexa para ser analisada aqui
com esta ligeireza que é aqui trazida nesta Moção. -----------------------------------------
Portanto não podemos votar contra, também não podemos votar a favor, vamos abster
nesta matéria. Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Matos: ---------------------------------------------------------------------
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“Senhor Presidente da Assembleia Municipal, senhora Presidente da Câmara, senhores
Vereadores, senhores Deputados, estimável público, ainda há alguns resistentes
felizmente, boa noite a todos. ----------------------------------------------------------------
A Central Nuclear de Almaraz, assim como os problemas relacionados com o Tejo, tem
sido alvo da atenção particular do PSD, exemplo disso é o Projeto Resolução
apresentado pelo PSD, que colocou na agenda os caudais ecológicos, a navegabilidade e
a poluição do Rio Tejo. Lembro, que aquando das primeiras notícias que davam conta de
falhas na Central Nuclear de Almaraz, foi o PSD que questionou o Governo, este
Governo, sobre esta matéria. Foi ainda o PSD que propôs a Comissão Interparlamentar
Luso-Espanhola para abordar esta e outras matérias transnacionais. ----------------------
Se num problema que preocupa os dois Países, ao pedido de esclarecimento que fizemos
no início de Março, ao atual Governo, obtivemos por parte do Ministério do Ambiente
feedback reconfortante. Os pareceres técnicos, científicos sucedem-se, por vezes
contraditórios, pelo que partilhando a apreensão do Bloco de Esquerda, é prematuro,
nesta fase, e depois do parecer que está no Ministério do Ambiente, é prematuro como
disse, votar favoravelmente o encerramento desta Central, pelo que iremos abster-nos.
Por outro lado, chamo a atenção que não nos iriamos abster, se de facto o último
parágrafo não tivesse este teor, “ A Assembleia Municipal da Amadora, reunida a 26 de
Abril de 2016, propõe que se recomende ao Governo que tome todas as iniciativas
necessárias, junto do Estado Espanhol e as Instituições Europeias, no sentido do
encerramento da Central Nuclear de Almaraz.”. Isto é no dia 26 de Abril. Agora há um
aspeto fundamental senhores deputados, é que por iniciativa do PSD, o Ministério do
Ambiente mexeu-se, e obteve no dia 3 de Março uma resposta do Governo Espanhol,
resposta essa que passo a ler e passo a citar, isto é do Ministério do Ambiente, não, não
do Ministério do Ambiente Português. Vocês vejam, não estudaram bem a lição, “O
Conselho de Segurança Nuclear de Espanha, garantiu às autoridades Ambientais
Portuguesas, que a Central Nuclear de Almaraz se encontra em condições de segurança,
refere a Agência Portuguesa do Ambiente, esta informação foi comunicada após uma
inspeção realizada por 5 inspetores deste Conselho, este Conselho é a Entidade
Reguladora Independente de Espanha para estas matérias, que depende apenas do
Parlamento Espanhol, e reconhecida como tal pelas Entidades Internacionais e
Comunitárias. Sendo o Regulador de todas as Centrais Nucleares Espanholas, mas não
sendo operador dessas Centrais. Portugal possui instrumentos bilaterais para
acompanhar situações anómalas em qualquer Central Nuclear em Espanha, através dos
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Protocolos e Acordos estabelecidos, entre Autoridades Espanholas e Portuguesas, e
neste âmbito, a Agência Portuguesa do Ambiente, solicitou informação adicional, sobre a
situação da Central Nuclear de Almaraz”. ----------------------------------------------------
Isto é Ministério do Ambiente deste Governo. “De acordo com a informação
disponibilizada pelo Conselho de Segurança Nuclear sobre a inspeção à Central Nuclear
de Almaraz, realizada na sequência de falhas ocorridas nos motores das bombas do
sistema de refrigeração, concluíram os inspetores, que todas as 5 bombas de água,
garantem o arrefecimento dos sistemas de segurança dos reatores e se encontram
perfeitamente operacionais, que a Central adotou medidas mais restritivas que as
previstas nas especificações técnicas de funcionamento, e que no caso de qualquer falha
em alguma das 5 bombas, implicará a paragem imediata dos reatores, e que o operador
se encontra também a realizar as ações necessárias para determinar eventuais falhas.”
Está justificado o nosso voto de abstenção.” ------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Carlos Almeida: -----------------------------------------------------------------
“Muito obrigado, senhor Presidente. Sobre esta Proposta de Recomendação que o Bloco
aqui apresenta, e que tem evidentemente atualidade, eu quero começar por dizer que
da nossa parte, da parte do PCP, e aqui falo em nome dos deputados do PCP, nós não
temos nenhuma posição de princípio contra a energia nuclear. ----------------------------
Acompanhamos as preocupações relativamente ao funcionamento de Almaraz, elas são
conhecidas, notícias várias sobre acidentes, problemas no seu funcionamento, mas nós
estamos de acordo com a Proposta de Recomendação do Bloco de Esquerda quando ela
refere a necessidade de prevenção. Ora do nosso ponto de vista, a necessidade de
prevenção, resolve-se com medidas de prevenção. E justamente, estamos a
aproximamo-nos de um momento que é oportuno para introduzir essas medidas. Em
2020 termina o Contrato de Concessão e está neste momento o processo em curso de
renovação dessa Concessão. Aliás o Consórcio privado que gere Almaraz pretende aliás
uma concessão extraordinária por 40 anos, até 2060, que a nós nos parece de todo
inaceitável. E portanto a aproximação do momento da renovação dessa Licença parece-
nos o momento oportuno para que as Entidades Públicas, as Organizações Internacionais
que gerem estas matérias, mas também as Entidades Públicas, quer em Espanha, quer
em Portugal, porque como aqui foi dito e nós estamos de acordo, esta é uma matéria
que não pode ser tratada no espaço das Fronteiras Nacionais, é o momento para que
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sejam amplamente discutidos, todas as medidas que permitam ultrapassar eventuais
dificuldades, deficiências do funcionamento de Almaraz. -----------------------------------
E que todo esse processo é um requisito e uma exigência fundamental desse processo,
que ele seja amplamente participado, discutido, conhecido por todas as instâncias
Internacionais, pelos representantes das populações em Espanha, em Portugal, pelas
Organizações e Instituições Cientificas e portanto seja possível um total escrutínio desta
matéria. ----------------------------------------------------------------------------------------
Aliás, esse facto recomenda aliás, que Portugal inverta a política que tem vindo a ser
seguida nos últimos anos, de desinvestimento e de desestruturação do sistema de
laboratórios do Estado, para justamente capacitar as instituições portuguesas, em
particular as Instituições de Investigação Cientifica e Tecnológica, no sentido de
preencher aspetos fundamentais da soberania do Estado e designadamente o
acompanhamento da matéria relativa, digamos, à questão nuclear. -----------------------
Chamamos também à atenção, como aliás aqui também já foi referido, que existe um
processo de discussão no seio da Assembleia da República, no Parlamento, de
acompanhamento desta matéria, e portanto parece-nos também útil aguardar pelos
resultados desse processo, já que, presumimos nós, que do processo de discussão
parlamentar, haverá uma capacidade acrescida que ultrapassa aquela que nós aqui
temos, pese embora as informações úteis que o Bloco de Esquerda aqui trouxe, mas
uma capacidade acrescida de recolha de informação, sobre exatamente o estado daquela
Central Nuclear e os problemas que se colocam, digamos, ao seu funcionamento. -------
Portugal utiliza já hoje, em alguma medida energia nuclear, numa fatia que creio não ser
despicienda, não é um assunto que domino, mas creio que, não é despicienda a fatia da
nossa energia que nós hoje consumimos, que tem origem no nuclear, designadamente
na parte que é, de energia que é importada. E portanto creio que devemos, do nosso
ponto de vista, tratar estas matérias com alguma ponderação, reconhecendo os riscos,
intervindo sempre que esses riscos justifiquem intervenção, mas como digo, nós não
temos uma posição de principio contra a utilização de energia nuclear, e como tal em
relação à Proposta que aqui é apresentada, que reconhecemos evidentemente, mérito e
atualidade iremos abster-nos. Muito obrigada.” ---------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Camargo (Pedido de Esclarecimento): -----------------------------------
“Vinha só fazer um oedido de esclarecimento, sobre se sabe que no dia 28 de Fevereiro
houve 5 inspetores, é muito rápido, é só, se sabia que no dia 28 de Fevereiro deste ano
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5 deputados do Conselho Nacional de Segurança, assinaram uma nota dizendo que não
havia garantias suficientes de uma expectativa razoável de que o sistema de
refrigeração que existe em Almaraz, básico para impedir acidentes, possa atuar
adequadamente devido às falhas detetadas nos motores que fazem funcionar as bombas
de água de serviço essenciais. Obrigado.” ---------------------------------------------------
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Pelo senhor João Matos: ---------------------------------------------------------------------
“Senhor Deputado Camargo Santos, neste momento não sei se acaba de dar conta, de
que, está a chamar mentiroso ao Governo Português.” -------------------------------------
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Pelo senhor Nuno Freitas: -------------------------------------------------------------------
“Senhores deputados, eu queria de facto ir para casa, mas assim não vai ser fácil, eu
acho que isto chegou a um ponto tal em que de facto, os senhores do Governo cessante,
não conseguem lidar com o facto de estar na oposição, então já começamos a entrar no
chamado mercado de nicho. Bom então as coisas correm bem para o Governo, não dá, a
economia está, não dá, então o quê que nós vamos fazer? A energia nuclear então deve
ser uma coisa, bom se calhar estamos aqui um bocado incomodados com isto, o quê que
nós vamos fazer? Vamos arranjar um assunto nicho. ---------------------------------------
Bom, moral da história, o que eu quero dizer com isto? Eu quero dizer uma coisa muito
simples, é que a Central de Almaraz, eu sei que os senhores não sabem isso, com
certeza porque se soubessem, não diziam o que acabaram de dizer agora. ---------------
A Central de Almaraz já existe há muitos anos e os perigos da Central de Almaraz
também, especialmente nos últimos anos, onde houve, não sei se os senhores
deputados estão relembrados, havia uma Ministra da Agricultura, que houve um período
muito grave de seca em Portugal, questão dos caudais, não sei se lhes diz alguma coisa,
em que dizia para resolver isto temos que esperar e rezar para Nossa Senhora, uma
coisa assim do género para resolver o problema. Quanto a decisões e medidas politicas
para resolver problemas ambientais estamos conversados. --------------------------------
O que eu acho bastante estranho, é que os senhores, ao fim de 4 anos em que a Central
de Almaraz criou claramente perigos, quer aos caudais, quer em termos de, como já foi
dito aqui, já está comprovado por várias entidades independentes internacionais, criou
perigos claros de poluição das águas do Tejo, os senhores fizeram zero durante 4 anos,
zero, os senhores fizeram zero. Portanto durante 4 anos os senhores não fizeram nada,
nem fizeram nenhuma declaração em que permitisse de alguma forma perceber aos
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Portugueses que estavam a tentar preservar a defesa das populações de Portugal,
relativamente ao perigo de contaminação nuclear da Central de Almaraz. Os senhores se
não gostam disto, tem muito bom motivo para não gostar, mas eu não votei no Governo
dos senhores, foram os senhores que votaram nesse Governo, todo bem, eu não tenho
nada contra isso é a Democracia em ação, como se costuma dizer. -----------------------
Mas agora a minha questão é, como é que é possível, como é que é possível, vir aqui
reclamar de quem não fez nada, diz o senhor Deputado, de quem não fez nada, quando
de facto está a ser feito, e foi feito na Cimeira Ibérica, e mais, até foi feito curiosamente,
se calhar o senhor Deputado não sabe, não está informado, quando o senhor Presidente
da República deu um saltinho ali aos nuestros hermanos, também referiu o assunto, só
que isso não veio nos pasquins que costumam poluir a opinião pública. Mas também
falou no assunto, esse assunto foi de facto abordado não só por este Governo, como o
atual Presidente da República, agora o que eu acho estranho, é que ao fim de 4 anos da
Central de Almaraz, de poluição, de falta de caudais, os senhores tenham feito zero
como Governo e agora venham reclamar por causa de um parecer do Ministério do
Ambiente? Que triste figura ser oposição sem justificação senhor Deputado.” ------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Matos (Pedido de Esclarecimento): ---------------------------------------
“Senhor deputado, que grande ginástica, senhor deputado posso-lhe fazer uma
pergunta, posso e vai-me responder. Sabia deste documento que saiu no dia 3 de Março
às 19 e 17, por parte do Ministério do Ambiente, do seu Governo? ------------------------
Só mais uma coisa, não se esqueça que em 42 anos de Democracia, o PS teve 76% do
tempo no Governo.” ---------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Nuno Freitas (Resposta ao Pedido de Esclarecimento): ----------------------
“Senhor Deputado, sabia que quando houve, acerca de 2 anos atrás um problema grave
de caudal em Portugal, o Governo que ainda há pouco tempo cessou funções, nem
sequer fez referência, ainda não acabei. Senhor Deputado, o senhor Deputado continua
a estar incomodado com o eu estar-lhe a perguntar-lhe diretamente, porque que ao fim
de 4 anos de Governo, em que o problema existiu, existe e continua a existir. O senhor
Deputado e o seu Governo não fizeram nada, mais, com graves problemas de caudal,
estou a dizer caudal, porque foi algo que o senhor Deputado aqui levantou, na iniciativa
que o seu Partido fez, 4 anos sem fazer anda, e vem-me pedir esclarecimentos, quando
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o Ministério do Ambiente faz coisas que os senhores não fizeram em 4 anos? Senhor
Deputado não há muito que eu lhe possa dizer. É facto.” ----------------------------------
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Pelo senhor João Vieira:----------------------------------------------------------------------
“Senhor Deputado, eu louvo-me muito, que Vossa Excelência fique tranquilizado com
essa informação do Ministério, ainda bem que o senhor fica tranquilizado. Agora penso
que perceberá, que estando nós numa das zonas potencialmente atingidas por alguma
catástrofe que possa ali ocorrer, que de facto possamos exprimir aqui, por um lado o
nosso descontentamento, por outro lado a nossa preocupação e querer endossar essa
mesma preocupação ao Governo Português. Isto independentemente da tranquilização
que o Governo faz, através dessa comunicação do Ministério do Ambiente, não tem uma
coisa a ver com a outra, não tem uma coisa a ver com outra. Tem a ver com um
principio que a minha avó me ensinou há muitos anos atrás, cautelas e caldos de galinha
não fazem mal a ninguém.” ------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Matos ----------------------------------------------------------------------
“Não sei se se apercebeu mas nós não vamos votar contra, nós vamo-nos abster.” -----
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Rui Lourenço: -------------------------------------------------------------------
“Esta Recomendação tem um condão, que é assim. Senhor Presidente da Assembleia
Municipal, pelos vistos há aqui algumas confusões de pensamento nalguns Grupos
Municipais, porque é assim, vir aqui com um sentimento de grande preocupação com o
nuclear, a enaltecer as questões das preocupações ambientais, a dizer que somos contra
o nuclear e depois não tem a coragem de ser, votar uma Moção porque é apresentada
pelo Bloco de Esquerda? A questão é essa? -------------------------------------------------
Vem aqui com estas desculpas esfarrapadas a dizer, não, não, nós somos muito
preocupados com o nuclear, nós aliás até somos contra o nuclear, mas como é uma
Moção apresentada aqui pelo Bloco de Esquerda, não, vamo-nos abster, nós nunca
fomos correia de transmissão do Governo ao contrário de Vossa Excelências, que aqui
nesta Assembleia Municipal sempre foram uma correia de transmissão do Governo, é
isso que vocês são.” ---------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Luís Sampaio (Pedido de Esclarecimento): ------------------------------------
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“Gostaria de fazer um pedido de esclarecimento rápido ao senhor deputado Rui
Lourenço. É que pelo que consta o Bloco de Esquerda irá apresentar nesta Assembleia,
na Assembleia da República, uma Moção idêntica, que tenho aqui, um Projeto de
Resolução é o que eu tenho aqui, na Assembleia da República na sexta-feira vai
apresentar o Bloco de Esquerda. Eu sei, certo, certo, mas há aqui um conteúdo que é
semelhante e que vai ser um Projeto de Resolução que vai ser apresentado na sexta-
feira pelo Bloco de Esquerda na Assembleia da República, e eu gostava de perceber se
de facto, porque termina este Projeto de Resolução do Bloco de Esquerda e eu passo a
lê-lo “Ao abrigo das disposições Constitucionais e Regimentais aplicáveis o Grupo
Parlamentar do Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia da República recomende ao
Governo que tome todas …” -------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Presidente da Assembleia: ---------------------------------------------------
“Senhor Deputado, não, senhor Deputado, o Pedido de Esclarecimento ao Rui Lourenço,
não desculpe não está a fazer um Pedido de Esclarecimento ao Rui Lourenço. Está a
fazer um Pedido de Esclarecimento ao Bloco de Esquerda, a Moção é do Bloco de
Esquerda, está a ler a Proposta do Bloco de Esquerda na Assembleia da República e está
a fazer um Esclarecimento a quê? Seja claro, pergunte.” -----------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Luís Sampaio --------------------------------------------------------------------
“A pergunta é direta, a pergunta é se o Partido Socialista na Assembleia da República vai
ter a mesma posição que teve hoje aqui? Vai votar a favor ou não? -----------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Presidente da Assembleia: ---------------------------------------------------
“É outro campo. Não. São Órgãos diferentes.” ----------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Luís Sampaio --------------------------------------------------------------------
“É outro campo? Então são dois Partidos Socialistas. Então temos um Partido Socialista
que depende do dia, da hora, do local onde está. Então já percebemos, então era isso.”
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Presidente da Assembleia: ---------------------------------------------------
“Senhor Deputado, não brinquemos, não brinquemos, não senhor Deputado não
brinquemos. O senhor sabe quando se apresentam Propostas, são Propostas que não
estão fechadas, pode haver alterações das mesmas Propostas, parece que não sabe isso.
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Não vale a pena senhor Deputado. Mais alguma intervenção, senhor Deputado João
Vieira quer intervir?” ---------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Vieira-----------------------------------------------------------------------
“Bom, muito rapidamente, primeiro aspeto. Partido Socialista, a Bancada do Partido
Socialista aqui, não é propriamente uma correia de transmissão do Partido Socialista no
Governo, bom, ao contrário aliás daquilo que outros senhores já nos deram exemplo da
sua postura, e posto isto, gostaria ainda de dizer uma coisa, nestas matérias do nuclear
senhores Deputados, só vejo duas posições, ou queremos ser parte do problema, ou
queremos ser parte da solução. Essa história de dizer, “nós até concordamos e tal, mas
não votamos porque não sei quê”, desculpe lá é perfeitamente esfarrapado. Ou somos
parte da solução, ou somos parte do problema e os senhores de facto decidam-se de
uma vez por todas. Agora essa posição, nem carne, nem peixe, não me parece que seja
correto.” ---------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Não se tendo verificado mais intervenções por parte dos membros da Assembleia
Municipal, o senhor Presidente da Assembleia submeteu a votação a Recomendação
subscrita pelo Grupo Municipal do BE, tendo a mesma sido aprovada por maioria, com
24 votos a favor (21 PS, 1 CDU – António Lourenço e 2 BE) e 14 abstenções (6 CDU, 5
PSD e 3 CDS-PP). ------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor João Camargo (Declaração de Voto): ------------------------------------------
“O Bloco de Esquerda naturalmente votou a favor da sua própria Recomendação, e não
pode deixar de destacar que existe já um evento marcado para o dia 11 de Junho, uma
manifestação que tem exatamente a ver com este assunto que será em Cáceres, em
Espanha, organizado por Associações, Movimentos e Partidos Portugueses e Espanhóis
com o objetivo muito claro de pedir o encerramento de Almaraz às Autoridades
Competentes.” ---------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Ponto 6 - Apreciação, nos termos da alínea c) do n.º 2 do Artigo 25.º da Lei n.º
75/2013, de 12 de Setembro, da “Informação Escrita da Presidente da Câmara
acerca da Atividade do Município”. ------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
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O senhor Presidente da Assembleia informou que, nos termos do nº 3 do artigo 36º
do Regimento, o período de discussão deste ponto é de 90 minutos, distribuídos nos
termos do anexo I ali referido. ----------------------------------------------------------------
De seguida procedeu à abertura de inscrições e intervieram os seguintes membros, nos
termos que se enuncia: ------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo senhor Carlos Almeida: -----------------------------------------------------------------
“Muito obrigado, senhor Presidente. Era para colocar duas notas, fazer, digamos uma
nota à senhora Presidente da Câmara e uma pergunta. ------------------------------------
A nota é para registar o facto de a Câmara Municipal ter acompanhado uma deliberação
da Assembleia Municipal, inscrevendo o nome do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez,
na toponímia da Cidade. Quero registar esse facto, e quero sobretudo salientar a feliz
coincidência de esse acontecimento, digamos a criação da Rua, ter sido feita justamente
no dia em que se comemorava a tentativa de golpe contra o Governo Constitucional e
democraticamente constituído na Venezuela. E essa circunstância é ainda mais
importante, tendo em conta a situação que se vive na América-Latina, e em especial no
Brasil, perante uma vez mais, os mesmos que apoiaram, instigaram, armaram,
financiaram todas as tentativas de destabilização na Venezuela, são justamente
também, os mesmos que estão a alimentar a tentativa de golpe de Estado contra um
Presidente, um Governo constituído democraticamente no Brasil e daqui vai a nossa
solidariedade com o povo brasileiro, e com os cidadãos brasileiros, muitos deles que
vivem entre nós, no nosso Município, na luta pela defesa do Regime Democrático no
Brasil. ------------------------------------------------------------------------------------------
A segunda questão senhora Presidente, que lhe queria colocar, é uma pergunta simples.
Em 2016 vai ou não haver na Amadora uma Feira do Livro? Muito obrigado.” ------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Pela senhora Presidente da Câmara: -------------------------------------------------------
“Muito obrigada senhor Presidente. Dificilmente senhor Deputado, dificilmente teremos
Feira do Livro na Amadora, em Setembro de 2016. Muito obrigada, senhor Presidente.” -
**************
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Antes de dar por encerrados os trabalhos e tendo em vista a eficácia externa, as
minutas de deliberação da Ordem do Dia foram aprovadas, nos termos do nº 3 do Art.
57º da Lei nº 75/2013 de 12 de setembro, por unanimidade dos 38 membros presentes.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
O senhor Presidente da Assembleia deu por encerrada a sessão pelas 2h10m, da qual
foi lavrada a presente ata, que, depois de aprovada, será assinada por si e pelo 1º
Secretário, Luís Miguel Rodrigues Costa, que a redigiu. -------------------------------------
O Presidente da Assembleia
Joaquim Moreira Raposo
O Primeiro-Secretário
Luís Miguel Rodrigues Costa
Auscultada e datilografada de acordo com o novo acordo ortográfico por: Fátima Rodrigues, Matilde Roriz e Isabel Palma Ata aprovada na 4ª Sessão Extraordinária
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