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Post on 07-Apr-2016

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As relações afetivas estão passando por transformações profundas e revolucionando

o conceito de amor.

A idéia de uma pessoa

ser o remédio para nossa felicidade

está fadada a desaparecer.

Hoje se busca uma relação compatível com os tempos modernos, onde exista

individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto.

Não mais uma relação de dependência,onde se responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração

e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.

Muitas vezes ocorre um processo de despersonalização que atinge mais a mulher.

Ela abandona suas características e se amalgama ao projeto masculino.

A teoria da ligação entre opostos vem dessa raiz, onde o outro tem de saber fazer o que eu não sei.

Se sou manso, deve ser agressivo, e sucessivamente.

Uma idéia prática de sobrevivência,mas pouco romântica.

A palavra de ordem é parceria.Estamos trocando o amor de necessidade,

pelo amor de desejo.Gosto e desejo uma companhia, mas dela prescindo.

O avanço tecnológico exige mais tempo individual e as pessoas estão perdendo o pavor

de ficar sozinhas; estão aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.

Estão começando a perceber que são fração, mas se sentem inteiras.

O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração.

Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma; apenas companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo,e depois tem de reciclar-se

para se adaptar ao mundo que criou.Entramos na era da individualidade,

não do egoísmo.

O egoísta não tem energia própria;

se alimenta da energia do outro,

quer seja ela financeira ou moral.

A nova forma de amor tem nova feição e significado.

Não une mais duas metades; aproxima dois inteiros.

Ela só é possível para quem consegue trabalhar sua individualidade. Quanto mais competente para viver sozinho, mais preparado para

uma boa relação afetiva.

A solidão é boa.

Ficar sozinho não é vergonhoso,ao contrário, dá dignidade.

As boas relações afetivas são ótimas e parecidas

com o ficar sozinho.

Nenhum exige do outro e ambos crescem.

Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do passado.

Cada cérebro é único e nosso modo de pensar e agir não é referência para avaliar ninguém.

Muitas vezes pensamos que o outro é nossa alma gêmea; na verdade o que fizemos foi inventá-lo a nosso gosto.

Todos deveriam ficar sós de vez em quando para dialogar internamente e descobrir sua força pessoal.

Na solidão entendemos que a harmonia e paz de espírito só podem ser encontradas dentro de nós;

não à partir do outro.

Ao perceber isso nos tornamos menos críticos e mais compreensivos quanto às diferenças,respeitando a maneira de ser de cada um.

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.

Nesse tipo de ligação, há aconchego,prazer da companhia e respeito pelo ser amado.

Nem sempre é suficiente ser perdoado.Algumas vezes temos de nos perdoar.

Texto- desconheço a autoriaMúsica - Piensa em MIImagens- InternetFormatação - Amélia Soaresameliasoares-55@hotmail.com

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